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Capítulo 3
Técnicas de Análise de
Circuitos
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Conhecer as Leis de Kirchhoff e as relações tensão-corrente para os elementos
de circuito, apesar de ser necessário e suficiente para a análise de circuitos
elétricos, nos leva, muitas vezes, a escrever muitas equações, sem otimizar a
solução do problema.
Este capítulo apresenta técnicas para a análise de circuitos a fim de otimizar a
solução e garantir o uso do menor número possível de equações para
determinar as variáveis de interesse.
As técnicas de análise serão divididas em duas categorias distintas: os Métodos
de Análise e os Teoremas de Circuitos. Os métodos de análise, Análise de Nós
e Análise de Malhas, buscam otimizar as equações obtidas a partir das Leis de
Kirchhoff, utilizando os circuitos originais e garantindo trabalhar sempre com a
menor quantidade possível de equações; já os teoremas de circuitos, Teorema
ou Princípio da Superposição e Teoremas de Thévenin e de Norton, procuram
transformar os circuitos originais dados em circuitos equivalentes mais simples e
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Ao final do capítulo, serão estudados circuitos com Amplificadores
Operacionais (abreviados como Amp-Op), componentes eletrônicos muito
importantes em diversos tipos de circuitos. A análise de circuitos com esses
dispositivos utiliza uma técnica especial, fazendo uso de características
específicas dos Amp-Op (ideais), além das Leis de Kirchhoff das correntes e das
tensões.
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3.1 Métodos de Análise
Qualquer circuito elétrico pode ser analisado a partir das duas Leis de Kirchhoff
(LKC e LKT) e das relações tensão-corrente nos elementos desse circuito. No
entanto, existem dois métodos que permitem a análise de circuitos utilizando
um número mínimo de equações na determinação de dois conjuntos de
variáveis específicas. A partir desses conjuntos de variáveis, um para cada
método, podem ser determinadas quaisquer variáveis de interesse do circuito
sob análise.
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A Análise de Nós consiste nos seguintes passos:
2º) Associar a cada nó uma variável chamada “Tensão de Nó”, atribuindo a ela
a letra “V” maiúscula com um índice que seja o número ou a letra
representativa do nó em questão.
3º) Escolher um dos nós para ser o nó de referência e atribuir à tensão desse nó
o valor 0 (zero). Dessa forma, o valor das tensões dos outros nós estarão
referidos a este nó de referência.
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Como escolher o nó de referência?
Qualquer nó pode ser o nó de referência. No entanto, a fim de simplificar as
equações a serem escritas neste método, podem ser consideradas duas
situações para a escolha do nó de referência:
• O nó de referência deve ser aquele com mais elementos ligados a ele
(uma vez que, com mais elementos, a tensão desse nó aparece em mais
equações e, com o valor nulo, as equações são simplificadas).
• O nó de referência deve ser aquele ligado a um terminal negativo de uma
fonte de tensão independente, ou de uma fonte de tensão controlada,
nesta ordem, a fim de facilitar o cálculo das tensões em outros nós ou nos
“pseudo” nós.
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4º) Escrever uma equação da Lei de Kirchhoff das Correntes (LKC) para cada nó,
exceto para o nó de referência. Dessa forma, o número de equações no
Método da Análise de Nós é igual ao número de nós menos 1 (um).
As equações da LKC deverão ser escritas, inicialmente, utilizando-se
“correntes auxiliares”, que são as próprias correntes que circulam pelos
ramos do circuito. Dessa forma, as equações da LKC para cada nó irão ser
escritas a partir dessas correntes. Na sequência, deve-se escrever, na medida
do possível, cada “corrente auxiliar” em função das tensões de cada nó que
estão ligados a cada ramo. Só será possível escrever a corrente auxiliar em
função das tensões de nó nos ramos em que se tem resistores. Nesses
elementos, a relação entre a corrente auxiliar e as tensões de nó é dada
como: R
V+ V-
+ -
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3.1.2 Método da Análise de Malhas
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A corrente de malha estará associada a cada malha, percorrendo-a no sentido
horário ou anti-horário. O sentido pode ser qualquer. Mostra-se ser vantajoso,
para a relação entre as variáveis, colocar o sentido da corrente de malha com o
mesmo sentido de alguma fonte existente nesta malha, quando possível.
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A Análise de malhas consiste nos seguintes passos:
2º) Associar para cada malha uma variável chamada “Corrente de Malha” no
sentido horário ou anti-horário. Normalmente se atribui a estas variáveis a
letra “I” maiúscula com um índice que pode ser um número ou uma letra
representativa da malha em questão.
O sentido da corrente de malha deve obedecer, preferencialmente, o
sentido das fontes de excitação existentes na malha, na medida do possível,
principalmente das fontes de correntes, a fim de facilitar a escrita das
equações e a relação entre as variáveis correntes de malha e correntes nos
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elementos.
3º) Escrever uma equação da Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT) para cada
malha. Dessa forma, o número de equações no Método da Análise de
Malhas é igual ao número de malhas do circuito.
As equações da LKT serão escritas, inicialmente, utilizando-se “tensões
auxiliares”, que são as próprias tensões nos diversos elementos do circuito.
Dessa forma, as equações da LKT para cada malha serão escritas
inicialmente a partir dessas tensões. Na sequência, deve-se escrever, na
medida do possível, cada tensão auxiliar em função das correntes de malha
que estão circulando em cada malha. Só será possível escrever a tensão
auxiliar em função das correntes de malha nos ramos onde existem
resistores. Esses elementos poderão estar submetidos a uma ou duas
correntes de malha, percorrendo o elemento passivo do terminal positivo
para o negativo ou vice-versa. A relação entre a tensão auxiliar e as correntes
de malha para todas as possíveis situações são apresentadas a seguir.
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R R
+ - + -
R R
+ - + -
R R
+ - + -
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Malha 1 Malha 2
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Malha 1 Malha 2
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Malha 1 Malha 2
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3.2 Teoremas de Circuitos
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Eliminação de Fontes Independentes:
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• Eliminar uma fonte de tensão independente é substituí-la por um CURTO
CIRCUITO.
• Eliminar uma fonte de corrente independente é substituí-la por um CIRCUITO
ABERTO.
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Circuito 1: Apenas com a fonte de tensão atuando (fonte de corrente
independente eliminada)
Circuito Aberto
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Circuito 2: Apenas com a fonte de corrente independente atuando (fonte de
tensão independente eliminada)
Curto Circuito
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3.2.2 Teoremas de Thévenin e de Norton
CIRCUITO
CIRCUITO B
A (Pode ser
(Linear) Não
Linear)
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CIRCUITO
A
(Linear)
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CIRCUITO CIRCUITO
A A
(“Morto”) (“Vivo”)
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CIRCUITO
A
(Completo
)
•
CIRCUITO
A
(Completo
)
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3.2.3 Teorema da Máxima Transferência de
Potência
Toda fonte independente real, seja ela de tensão ou de corrente, possui uma
resistência interna que produz uma queda na sua tensão ou corrente fornecida,
respectivamente. As representações das fontes reais de tensão e de corrente
estão apresentadas a seguir:
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Fonte Ideal
Fonte Real
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Fonte Ideal
Fonte Real
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3.3 Circuitos com Amplificadores Operacionais
Entrada Inversora
Saída do Amp Op
Entrada Não Inversora
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Fim do Capítulo 3
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