As desigualdades sociais são um dos principais desafios do mundo
atual. É o fenômeno em que ocorre a diferenciação entre pessoas no contexto de uma mesma sociedade, colocando alguns indivíduos em condições estruturalmente mais vantajosas do que outros.
Jean-Jacques Rosseau afirmava que a desigualdade é um
fenômeno que tende sempre se intensificar no contexto social. As famílias mais pobres possuem um menor acesso à instrução e às informações necessárias para um desenvolvimento próprio, enquanto os grupos mais ricos possuem um maior nível estrutural para investirem e multiplicarem sua renda e os largos benefícios advindos dela. Para Rosseau, o que causa a desigualdade é exatamente a divisão social do trabalho, com a criação da propriedade e dos bens particulares e não distribuíveis.
Karl Marx via a desigualdade manifestada a partir dos
desequilíbrios entre a burguesia e os trabalhadores, haja vista que a primeira era a detentora dos meios de produção, controlando e retendo a maior parte dos lucros sobre os bens produzidos a partir do trabalho coletivo.
Estas provocam consequências como:
Aumento da pobreza absoluta, miséria e má qualidade na
alimentação; Más condições de habitação e falta de saneamento básico; Violência e falta de segurança pública; Falta de oportunidades de emprego; Má qualidade nos serviços públicos
Dentro destas desigualdades, existem vários tipos como:
- Desigualdades de género: a grande injustiça da nossa época e o
maior desafio que enfrentamos em matéria de direitos humanos. No entanto, a igualdade de género oferece soluções para alguns dos problemas.
- Desigualdades económicas: este refere-se à distribuição de
riqueza ou renda. Em Portugal, por exemplo, em 2020 a taxa de pobreza subiu cerca de 2.2 pontos percentuais desde de 2019. Este agravamento foi o maior registado nas últimas duas décadas num único ano e correspondeu a um acréscimo de cerca de mais 228 mil pessoas em situação de pobreza.
Concluindo, a desigualdade social, seja ela intelectual, econômica
ou sob qualquer outra forma, torna-se visível na composição estrutural das sociedades, sejam elas rurais ou urbanas. As cidades e os lugares expressam a diferenciação econômica entre as pessoas, que é resultante, muitas vezes, de questões históricas que submetem cidadãos e até grupos étnicos.