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TRABALHO - SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Bárbara Lage de Figueiredo Brandão


18/11/2022

● Por que as sociedades se encontram tão


desiguais?

Ao decorrer dos anos, principalmente após o declínio do feudalismo


no século XV, a sociedade se tornou capitalista. Entre os fatores que
contribuem para a desigualdade social, o capitalismo é o principal e há
muita coisa envolvida nesse contexto.
Podemos citar por exemplo a má distribuição de renda, que se dá
quando existe um desequilíbrio entre quem possui renda alta e os mais
pobres.
Um fato de extrema importância é levar em conta também que a má
distribuição de renda pode ser vista em decorrência de fatores como
racismo estrutural, discriminação de gênero, alta tributação de impostos
e o desequilíbrio da estrutura social, fatos que estão presentes desde a
escravidão, levando em conta que as oportunidades não são igualitárias
para brancos, negros e pardos. Além disso, o tratamento desnivelado
entre homens, mulheres, pessoas trans e demais identidades de gênero
também ocasiona a desigualdade social.
Existe uma música famosa chamada “Xibom bombom” onde há
influência direta do marxismo, e uma crítica gigantesca à desigualdade
social no trecho:
Analisando essa cadeia hereditária
Quero me livrar dessa situação precária
Onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece,
É que o de cima sobe e o de baixo desce
Nesse trecho, As Meninas citam claramente a teoria da Mais-valia de
Karl Marx, em que o sistema capitalista trabalha apenas para obter
lucros. E esses lucros ficam sempre nas mãos de poucos, os
proprietários das fábricas, das empresas. O empregado fica sempre
renegado a uma mínima parcela dos lucros em cima dos produtos que
ele mesmo produz. Sendo assim, o rico sempre fica cada vez mais rico
e o pobre cada vez mais podre. Isso só aumenta a luta de classes,
fazendo com que o de cima sempre suba enquanto o de baixo sempre
desça, gerando conflitos sociais.
Esse grande índice de desigualdade social no país afeta a sociedade
de diversas maneiras, como níveis altos de desemprego, desnutrição,
doenças, violência, miséria, marginalização, mortalidade. Sem contar
com o fato de que diminui a motivação das pessoas para lutar por
mudanças, pois elas já nascem e crescem nesse contexto de
desigualdade e vivem aceitando como se fosse a única opção de
acordo com a sua classe social.
Entrando no contexto de marginalização, podemos levar em conta que
a marginalização é um tipo de exclusão motivada pela desigualdade
social. A exclusão social é uma das consequências do capitalismo, pois
as pessoas são separadas por classes. Além disso, nesse sistema, o
trabalho é um dos principais meios de inserção social. Mas, para
acessá-lo, é preciso um mínimo acesso à educação e alguns tipos de
preparo. Entretanto, quem não consegue esses atributos acaba na
marginalidade e a ele é destinado apenas os subempregos.
Outra forma de desigualdade que leva a marginalização envolve a
questão da moradia. A falta de dinheiro e capacitação para ocupar uma
vaga no mercado de trabalho, fazem com que muitos sejam obrigados a
residir longe dos centros urbanos, lugares que geralmente não possuem
saneamento básico, coleta adequada do lixo, postos de saúde e outras
infraestruturas. Nesse contexto podemos citar a periferia, por exemplo,
onde há pessoas com a classe social mais baixa e onde, pela visão da
maioria das pessoas com renda alta, é um lugar onde “só tem marginal
e favelado”. Um termo totalmente errado e que se dá pela desigualdade
social.
Acabar com a desigualdade social, infelizmente, é uma expectativa
muito longe e improvável de ser cumprida. Mas existem algumas ações
que podem ser tomadas para que a desigualdade pelo menos diminua,
como enfrentar o racismo, propondo políticas públicas para acabar ou
diminuir o problema, promovendo ofertas de trabalho, investir em saúde,
educação e cultura e combater a corrupção, avançar em reformas
políticas específicas que aproximam a população brasileira das
instituições públicas e políticas do país.

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