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• Capitalismo e o feminismo:
O sexo feminino entrou em peso no mercado de trabalho formal apenas durante a Segunda
Gerra Mundial, ou seja, em um cenário de falta de mão-de-obra formal do sexo masculino[3].
A feminilidade ser vista como um objeto não é motivo de espanto, devido a uma sociedade
patriarcal na qual mulheres não poderiam trabalhar fora de seus lares, votar, ter os seus
direitos reprodutivos e, em resumo, ter autonomia em suas escolhas - ou seja, em uma
sociedade que favorece o masculino. A partir disso, a sociedade capitalista, visando o lucro,
observou tais comportamentos sexistas e criou o que se conhece atualmente como “padrão
estético”. Assim, muito do que se entende hoje por belo nada mais é do que um padrão social
criado por uma indústria que lucra com a insegurança das mulheres, que na grande maioria
dos casos é fruto da incapacidade de alcançar tais padrões. Logo, na medida em que a
sociedade muda, o capital se altera, perpetuando a mesma lógica lucrativa. Exemplo claro
disso é a mercantilização do corpo feminino, que pode ser ilustrado pelo conceito de celulite,
antes visto como ‘inflamação do tecido celular ou laminoso’, de acordo com a 12ª edição do
Dicionário de Medicina liderada por Littré e Robin. No entanto, entre as décadas de 1920 e
1930, o conceito de celulite se tornou político e econômico, a partir de estudos que diziam que
a causa da celulite seria advinda de "sedentarismo, atitudes cansativas há muito mantidas, o
neuroartritismo, trauma conjugal e, em virgens, distúrbios no ritmo da circulação útero-
ovariana e secreções hormonais”, declaração do médico Eric Wetterwald em seu livro "O que é
celulite?”. A problemática se inicia no instante em que a celulite se torna “a doença da moda”;
os estudos não possuem profundidade suficiente segundo a socióloga Rossella Ghigi, os
pesquisadores se contradizem e a indústria cosmética fomenta ideais como os do Dr.
Wetterwald, uma vez que cremes, loções e diversos outros "cosméticos milagrosos” tornaram-
se uma indústria bilionária. Dessa maneira, discursos de autocuidado são outro exemplo da
pressão estética que mulheres sofrem diariamente, e que vem sendo cada vez mais
romantizada. Durante a quarentena, cresceu nas mídias sociais a ideia do skin care, “cuidados
com a pele” em tradução livre, que seria um momento de autocuidado inserido na sua rotina
diária, baseado em usar diversos produtos para “melhorar” o aspecto da pele. Essa ideia é
disseminada, em grande parte, por meio de influenciadores digitais e é direcionada
principalmente às mulheres, as quais são, não só nesse aspecto, pressionadas a seguirem
padrões estéticos irreais e irracionais.
• O capitalismo e o racismo:
A relação entre o capitalismo e o racismo é bastante íntima. Grande parte das riquezas
acumuladas pelo capitalismo primitivo, transformada em investimento para o fomento da
revolução industrial, veio da exploração do povo negro das colônias africanas. “Em seguida,
com o desenvolvimento industrial, esse povo negro continuou sendo explorado nas indústrias
dos países colonizados e é assim até hoje. O Brasil é um exemplo clássico”, afirmou o
psicanalista e professor de Filosofia da UFPE, Erico Andrade. Até hoje o racismo continua
operando no sistema capitalista, pois esse modelo econômico se recusa a fazer a reparação
sócio-histórica para, aí sim, equiparar brancos e negros. “Recusam-se a, por exemplo, taxar as
grandes fortunas e promover distribuição de renda justa. Importante lembrarmos que as
grandes fortunas de hoje são herança do Brasil colonial escravocrata”, comentou a cientista
social e professora de Sociologia, Laíse Neres. No lugar de reestruturar a economia de forma a
torná-la mais democrática e justa de modo a promover uma melhor distribuição de renda, a
sociedade brasileira prefere investir em um sistema repressor que multiplica a violência nas
periferias do país. Uma pesquisa de Defensoria Pública do Rio de Janeiro verificou que oito, em
cada dez presos, em flagrante são negros. Dos 23.497 homens e mulheres conduzidos a
audiências de custódia de setembro de 2017 a setembro de 2019, cerca de 80% declararam-se
pretas ou pardas. No Brasil, os casos de homicídio de pessoas pretas e pardas aumentaram
11,5% em uma década, de acordo com o Atlas da Violência 2020. Os negros representam
75,7% das vítimas de homicídio em 2018. Enquanto a taxa de homicídio a cada 100 mil
habitantes foi de 13,9 casos entre não negros, a atingida entre negros chegou a 37,8. “No
capitalismo brasileiro, sob o viés fascista de Bolsonaro, há um aprofundamento do racismo.
Não à toa as políticas afirmativas foram reduzidas e há a perseguição das pautas ligadas ao
movimento negro. A violência contra os negros também aumentou nas periferias”, comentou
o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. A violência e as mortes dos negros
nas periferias do Brasil já fazem parte de uma política de governo e são, cada vez mais,
naturalizadas. “Existe algo muito perverso para as vítimas de violência nas periferias. É uma
noção do cristianismo que compreende as mortes como um merecimento. A vítima teria
escolhido traficar drogas, roubar ou fazer algum outro tipo de crime. Então,
consequentemente ela teria encontrado o destino que lhe era próprio. Essa noção deixa
completamente de lado o fato do envolvimento dos negros em crimes está relacionado
diretamente com a situação de desigualdade social e econômica em que vivem e com o
histórico de escravidão de mais de 380 anos do Brasil”, observou Erico Andrade.
• Capitalismo e a inflação:
Um das leis básicas do capitalismo é a da oferta e da procura. Quando a procura é muito maior
do que a oferta de um determinado produto, o seu preço aumenta; quando é muito menor,
seu preço diminui. Assim, quando a população possui uma maior renda ou mais crédito para
comprar, há um aumento súbito da procura que geralmente não é acompanhado pela oferta,
o que eleva os preços e intensifica a inflação. Do mesmo modo, quando a produção encontra
algum tipo de problema – o que é comum na agricultura por ser uma atividade dependente
das condições climáticas –, a oferta diminui, enquanto a procura permanece igual ou maior,
aumentando novamente os preços.
• Países capitalistas:
Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Rússia, Brasil, Austrália,
Nova Zelândia, África do Sul, Argentina, Chile, Uruguai, Holanda e Coréia do Sul.
- Economicamente:
Os países capitalistas possuem uma economia e um PIB relativamente altos. Porém, toda essa
renda não é distribuida de forma igualitária, pois essa renda adquirida dentro dos países são
administradas pelos capitalistas, retornando novamente a relação de enriquecimento burguês
e empobrecimento dos trabalhadores.
- Socialmente:
3 – Propensão à guerra: em vista de que a única meta é acumular e não distribuir a riqueza, os
recursos que produzem riqueza devem ser controlados, portanto, a guerra é inevitável.
4 – Iniquidade intrínseca: sem nenhuma força exterior que a restrinja nem um princípio
internalizado de equidade social, o acúmulo de capital leva quase exclusivamente a mais
acumulo e o capital se concentra em poucas e poucas mãos.