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Aluno: Thales Amorim de Jesus

Roteiro para o debate

1 – Por que o capitalismo é ruim?


Um dos motivos pelo qual o capitalismo é ruim é que ele intensifica as desigualdades sociais,
através da criação das classes sociais sendo divididas em burgueses e proletariados. O
capitalismo é um sistema econômico que favorece apenas os burgueses, uma vez que eles são
os que mais lucram com a produção e comercialização de seus produtos. Ele empobrece a
população das classes mais baixas e consequentemente diminuindo suas chances de
mobilidade social e aumentando o índice de pobreza e miséria. Ele faz com que a classe
trabalhadora tenha que lutar para conseguir um salário que seja suficiente para suprir suas
necessidades básicas. Enquanto os burgueses trabalham para aumentar seus lucros e acumular
mais riquezas, tendo uma vida, em muitos casos, muito superior aos de seus empregados.
Além desses problemas citados, o capitalismo também causar problemas para o meio
ambiente, já que os donos dos meios de produção, em muitos casos, acabam descartando os
restos de resíduos de suas produções no meio ambiente, prejudicando todo o equilíbrio
ecológico e a sociedade. Além do que já foi citado, o capitalismo também acaba criando um
incentivo ao consumimos por parte da população, isto é, dar incentivo a consumir mais daquilo
que você realmente precisa.

Contextos sociais do capitalismo (críticos):

• Capitalismo e o feminismo:

No mundo capitalista, a mulher é menos remunerada do que o homem, mesmo


desempenhando a mesma função com a mesma carga horária. Na economia política, a
exploração descreve uma relação pela qual uma pessoa vende sua força de trabalho a alguém
que possui os meios de produção e que lucra pagando a ela, a trabalhadora, menos do que o
valor daquilo que ela produz. Portanto, sim, a maioria das pessoas, inclusive as mulheres, são
exploradas no sentido de que trabalham por um salário e que não poderiam comprar comida
ou pagar aluguel sem trabalhar em troca de um salário. Esta exploração é opressiva, ou seja,
constitui um tratamento cruel ou injusto? Bem, isso depende. Nos Estados Unidos, por
exemplo, nem todas as mulheres são oprimidas. (Algumas feministas e socialistas rejeitariam
esta avaliação.) No entanto, mulheres brancas altamente remuneradas que possuem respeito,
segurança e autonomia na organização de suas vidas profissionais não são oprimidas — ou
pelo menos não o suficientemente oprimidas para que seja necessário ir às ruas lutar por elas.
O problema é que este cenário feliz não descreve a situação da grande maioria das mulheres.
Uma mulher que trabalha em tempo integral por um salário mínimo e não tem condições de ir
ao médico, nem de comprar comida, nem de pagar aluguel é oprimida, por exemplo. O
feminismo entra justamente aí, com o objetivo de cessar essa opressão e desigualdade salarial
e de oportunidades de empregos, que são frutos do sistema capitalista.

• Sexualização do corpo feminino:

O sexo feminino entrou em peso no mercado de trabalho formal apenas durante a Segunda
Gerra Mundial, ou seja, em um cenário de falta de mão-de-obra formal do sexo masculino[3].
A feminilidade ser vista como um objeto não é motivo de espanto, devido a uma sociedade
patriarcal na qual mulheres não poderiam trabalhar fora de seus lares, votar, ter os seus
direitos reprodutivos e, em resumo, ter autonomia em suas escolhas - ou seja, em uma
sociedade que favorece o masculino. A partir disso, a sociedade capitalista, visando o lucro,
observou tais comportamentos sexistas e criou o que se conhece atualmente como “padrão
estético”. Assim, muito do que se entende hoje por belo nada mais é do que um padrão social
criado por uma indústria que lucra com a insegurança das mulheres, que na grande maioria
dos casos é fruto da incapacidade de alcançar tais padrões. Logo, na medida em que a
sociedade muda, o capital se altera, perpetuando a mesma lógica lucrativa. Exemplo claro
disso é a mercantilização do corpo feminino, que pode ser ilustrado pelo conceito de celulite,
antes visto como ‘inflamação do tecido celular ou laminoso’, de acordo com a 12ª edição do
Dicionário de Medicina liderada por Littré e Robin. No entanto, entre as décadas de 1920 e
1930, o conceito de celulite se tornou político e econômico, a partir de estudos que diziam que
a causa da celulite seria advinda de "sedentarismo, atitudes cansativas há muito mantidas, o
neuroartritismo, trauma conjugal e, em virgens, distúrbios no ritmo da circulação útero-
ovariana e secreções hormonais”, declaração do médico Eric Wetterwald em seu livro "O que é
celulite?”. A problemática se inicia no instante em que a celulite se torna “a doença da moda”;
os estudos não possuem profundidade suficiente segundo a socióloga Rossella Ghigi, os
pesquisadores se contradizem e a indústria cosmética fomenta ideais como os do Dr.
Wetterwald, uma vez que cremes, loções e diversos outros "cosméticos milagrosos” tornaram-
se uma indústria bilionária. Dessa maneira, discursos de autocuidado são outro exemplo da
pressão estética que mulheres sofrem diariamente, e que vem sendo cada vez mais
romantizada. Durante a quarentena, cresceu nas mídias sociais a ideia do skin care, “cuidados
com a pele” em tradução livre, que seria um momento de autocuidado inserido na sua rotina
diária, baseado em usar diversos produtos para “melhorar” o aspecto da pele. Essa ideia é
disseminada, em grande parte, por meio de influenciadores digitais e é direcionada
principalmente às mulheres, as quais são, não só nesse aspecto, pressionadas a seguirem
padrões estéticos irreais e irracionais.

• Capitalismo e a cultura de estupro


A cultura do estupro está diretamente ligada ao aperfeiçoamento de técnicas de controle do
corpo da mulher. A origem da vigilância sobre a liberdade e sobre o corpo feminino está ligada
ao surgimento da propriedade privada e do direito de herança. Entretanto, isso se aprofunda
na sociedade capitalista e a exposição do corpo feminino se transforma em mercadoria. São
comuns vermos comerciais de cerveja com mulheres quase nuas, outdoors de comerciais de
roupas ou sapatos com corpos expostos como mercadoria. Isso significa um aprofundamento
das relações do modo de produção capitalista que elevou ao máximo a contradição presente
em todas as formações econômico-sociais anteriores, assentadas na propriedade privada dos
meios de produção e dos produtos do trabalho humano. Cada vez mais, os bens necessários à
vida são incorporados à lógica capitalista e se transformam em mercadoria. A própria força de
trabalho humana também é tratada como uma mercadoria que pode ser vendida e comprada.
Para além disso, a cultura machista garante para além da mercantilização da força de trabalho
a mercantilização do próprio corpo da mulher, que ao ser exposto e vendido como mercadoria
rende muito lucro aos detentores dos meios de produção.

Essa mercantilização fomenta a cultura do estupro, em que homens se acham no direito, ao


desejar o corpo de um outro ser humano, investir sobre ele a qualquer custo, garantindo a
satisfação de seus prazeres. Diante da realidade social imediata, mulheres são vítimas de
inúmeras violências para além do estupro. Recebem em média 27% menos que os homens,
possuem maior responsabilização pelo trabalho doméstico e cuidado dos filhos, o que
representam uma carga de trabalho semanal de 5 horas a mais que os homens. Portanto não
basta se declarar contra a cultura do estupro, é preciso lutar todos os dias contra o machismo
e contra o formato social que o alimenta, no momento atual, o capitalismo. Escandalizar-se
pontualmente sobre o caso do estupro coletivo não é lutar pela emancipação da mulher.
Segundo estatísticas, ocorre um estupro no Brasil a cada 11 minutos. Conforme Mapa da
Violência de 2013 dez mulheres são mortas por dia no Brasil. Esses dados se tornam mais
graves se pensarmos que, de acordo a última pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, 65% dos entrevistados acreditam que mulheres que mostram o corpo
merecem ser atacadas. Essa opinião fortalece e justifica a cultura da violência contra a mulher.
Além das mulheres viverem sob a ameaça psicológica constante de receber uma cantada, ser
atacada, violentada e até mesmo morta, vivem em toda a sua vida uma exploração social a
mais que os seus companheiros homens da mesma classe.

• O capitalismo e o racismo:

A relação entre o capitalismo e o racismo é bastante íntima. Grande parte das riquezas
acumuladas pelo capitalismo primitivo, transformada em investimento para o fomento da
revolução industrial, veio da exploração do povo negro das colônias africanas. “Em seguida,
com o desenvolvimento industrial, esse povo negro continuou sendo explorado nas indústrias
dos países colonizados e é assim até hoje. O Brasil é um exemplo clássico”, afirmou o
psicanalista e professor de Filosofia da UFPE, Erico Andrade. Até hoje o racismo continua
operando no sistema capitalista, pois esse modelo econômico se recusa a fazer a reparação
sócio-histórica para, aí sim, equiparar brancos e negros. “Recusam-se a, por exemplo, taxar as
grandes fortunas e promover distribuição de renda justa. Importante lembrarmos que as
grandes fortunas de hoje são herança do Brasil colonial escravocrata”, comentou a cientista
social e professora de Sociologia, Laíse Neres. No lugar de reestruturar a economia de forma a
torná-la mais democrática e justa de modo a promover uma melhor distribuição de renda, a
sociedade brasileira prefere investir em um sistema repressor que multiplica a violência nas
periferias do país. Uma pesquisa de Defensoria Pública do Rio de Janeiro verificou que oito, em
cada dez presos, em flagrante são negros. Dos 23.497 homens e mulheres conduzidos a
audiências de custódia de setembro de 2017 a setembro de 2019, cerca de 80% declararam-se
pretas ou pardas. No Brasil, os casos de homicídio de pessoas pretas e pardas aumentaram
11,5% em uma década, de acordo com o Atlas da Violência 2020. Os negros representam
75,7% das vítimas de homicídio em 2018. Enquanto a taxa de homicídio a cada 100 mil
habitantes foi de 13,9 casos entre não negros, a atingida entre negros chegou a 37,8. “No
capitalismo brasileiro, sob o viés fascista de Bolsonaro, há um aprofundamento do racismo.
Não à toa as políticas afirmativas foram reduzidas e há a perseguição das pautas ligadas ao
movimento negro. A violência contra os negros também aumentou nas periferias”, comentou
o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. A violência e as mortes dos negros
nas periferias do Brasil já fazem parte de uma política de governo e são, cada vez mais,
naturalizadas. “Existe algo muito perverso para as vítimas de violência nas periferias. É uma
noção do cristianismo que compreende as mortes como um merecimento. A vítima teria
escolhido traficar drogas, roubar ou fazer algum outro tipo de crime. Então,
consequentemente ela teria encontrado o destino que lhe era próprio. Essa noção deixa
completamente de lado o fato do envolvimento dos negros em crimes está relacionado
diretamente com a situação de desigualdade social e econômica em que vivem e com o
histórico de escravidão de mais de 380 anos do Brasil”, observou Erico Andrade.

• Capitalismo e a sociedade LGBT:

Visando a atrair os setores da população normalmente discriminados, o capitalismo gera um


mercado específico focado em satisfazer os desejos desse público, desejos que são
manipulados pela moral burguesa. O fato é que desde a época da extrema perseguição aos
gays, ainda no século 19, principalmente na Europa e Estados Unidos, já começaram a se criar
bares, saunas e prostíbulos direcionados ao público gay. A partir dos anos 90, com o avanço
dos direitos dos LGBTs, a discriminação começou a diminuir, ampliando o acesso da
comunidade a postos de trabalho melhores, aumentando o poder aquisitivo de muitos gays.
Esse aumento do poder aquisitivo entre os LGBTs também ficou conhecido como “dinheiro
rosa” (pink money). A partir daí, várias empresas surgem ou começam a se especializar para
atender a esse público, trazendo junto consigo a pregação do consumismo como sinônimo de
independência e a pregação da libertação sexual como forma para acabar com as opressões.
Essa incorporação dos discursos LGBT ao capitalismo fica conhecida como Capitalismo Rosa ou
Arco-íris. Porém esse “capitalismo rosa” apenas engana esse grupo, fingindo estar preocupado
com seu bem-estar e sua inserção na sociedade, mas na verdade não está preocupado com o
aumento dos clientes que, por sua vez, aumentarão o lucro. Essa falsa homossocialização na
verdade segrega e distancia o público LGBT, pois cria padrões de consumo, sendo voltada para
o homem gay branco, cisgênero, de classe média ou alta, ocidental, urbano, com interesse por
tendências de moda das grifes e de estética similar ao exibido nas publicidades, corpo
musculoso e hipersexualizado, e comportamento masculino. Em poucas palavras, o modelo de
homossexual mais aceito na sociedade. Ou seja, a travesti negra, a lésbica, o gay efeminado e
os mais pobres ficam de fora dessa “diversidade sexual” constantemente pregada pelo
capitalismo rosa.

• Capitalismo e a inflação:

Um das leis básicas do capitalismo é a da oferta e da procura. Quando a procura é muito maior
do que a oferta de um determinado produto, o seu preço aumenta; quando é muito menor,
seu preço diminui. Assim, quando a população possui uma maior renda ou mais crédito para
comprar, há um aumento súbito da procura que geralmente não é acompanhado pela oferta,
o que eleva os preços e intensifica a inflação. Do mesmo modo, quando a produção encontra
algum tipo de problema – o que é comum na agricultura por ser uma atividade dependente
das condições climáticas –, a oferta diminui, enquanto a procura permanece igual ou maior,
aumentando novamente os preços.

Quando uma empresa consegue o monopólio ou um amplo controle de um produto ou setor


do comércio, ela passa a controlar a variação de preços nesse setor. Assim, como o objetivo
principal do sistema capitalista é o lucro individual, os empresários dessa instituição vão
procurar aumentar ao máximo os preços, haja vista que não há concorrência para forçar uma
queda. Se esse caso se generaliza na sociedade, ou seja, se a maior parte dos produtos passa a
ser controlada por poucos empresários (o que é uma tendência do Capitalismo Financeiro
atual), instala-se um processo generalizado de inflação em função da elevação do custo de vida
do consumidor.

• Como são os países capitalistas:

• Países capitalistas:

Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Rússia, Brasil, Austrália,
Nova Zelândia, África do Sul, Argentina, Chile, Uruguai, Holanda e Coréia do Sul.

- Economicamente:

Os países capitalistas possuem uma economia e um PIB relativamente altos. Porém, toda essa
renda não é distribuida de forma igualitária, pois essa renda adquirida dentro dos países são
administradas pelos capitalistas, retornando novamente a relação de enriquecimento burguês
e empobrecimento dos trabalhadores.
- Socialmente:

Como já citado anteriormente, o capitalismo contribui para a intensificação de diversos


problemas sociais, a desigualdade social; pobreza e miséria; racismo, machismo e homofobia;
alta da inflação etc.... Todos esses problemas é percebido em todos os países capitalistas de
forma intensificada. Podemos destacar o Brasil, que é um país capitalista que aparece sempre
em altas posições nos índices de violência e discriminação.

- Argumentos extras contra o capitalismo:

1 – Amoralidade: o incremento da riqueza individual e corporativa é o coração principal do


capitalismo. O reconhecimento de qualquer preocupação social ou relação com o mundo
natural que transcende a meta de incremento do acúmulo de capital, é extrínseca ao sistema.

2 – Dependência do crescimento: o capitalismo descansa no crescimento ilimitado, mas os


recursos naturais essenciais para a geração de riqueza são finitos. A super exploração é
exaustiva com aqueles recursos e destrói os ecossistemas dos quais fazem parte, arriscando
tanto a sobrevivência humana como a de outras espécies.

3 – Propensão à guerra: em vista de que a única meta é acumular e não distribuir a riqueza, os
recursos que produzem riqueza devem ser controlados, portanto, a guerra é inevitável.

4 – Iniquidade intrínseca: sem nenhuma força exterior que a restrinja nem um princípio
internalizado de equidade social, o acúmulo de capital leva quase exclusivamente a mais
acumulo e o capital se concentra em poucas e poucas mãos.

5 – Antidemocrático: as democracias são corruptíveis, ou seja, a riqueza pode comprar muito


da representação que precisa para obter as leis necessárias para mais acumulo e concentração
de riqueza. Isto significa que conforme a concentração da riqueza incrementa, a democracia
degrada e ao final se destrói.

6 – Improdutividade de felicidade real: a felicidade humana e o bem-estar estão


evidentemente ligados a outros fatores além do acúmulo de capital. A extrema pobreza
claramente não produz felicidade, mas a riqueza também não, passado um nível relativamente
modesto. A felicidade encontra-se mais disseminada onde há garantias de que as necessidades
básicas estejam cobertas para todos, a riqueza se encontre melhor distribuída e os laços entre
as pessoas e o ambiente natural sejam mais fortes que o desejo de acumular riqueza. Talvez
agora, que algumas nações ricas começam a fazer água e que o todo poderoso EUA exibe
tímidos sinais de debilidade, a pergunta seja se realmente nos encontramos ante o ocaso
deste sistema ou se, como já aconteceu em outras ocasiões, o capitalismo perambulará ainda
por muito tempo como um zumbi putrefato (para os novos pobres), expondo suas entranhas
que

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