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“Se definir, é se limitar...

Como poderia existir uma definição de quem sou, se continuamente me estranho? Pensamentos
confluentes que reverboram por minha mente...as vezes me sinto sozinha, e tento me recordar do
que não vi. Existem tantas facetas descobertas, que aos poucos se tornam aparentes em atitudes...e
já não consigo mais imaginar como fui, sooa tão absolutamente estranho. E é como se eu soubesse
todas as palavras, e elas simplesmente não fossem capazes de se organizar em sentenças
inteligíveis. E paro para refletir se isso realmente está emergindo de mim. Meus olhos já estão
totalmente abertos, não consigo mais fechá-los, e é como se minha mente se recusasse a se libertar.
Passado é intángivel, e posso lhes garantir que não tem nada a ver com distâncias...e sinto-o, tão
apegado, escuro, memórias deturpáveis, seres indistintos, seres instintos.
Me pergunto qual a origem, e este passa a ser meu caminho constante, a resposta na grande maioria
das vezes não chega nem perto de ser agradavél. Mas as vezes eu esteja indo fundo demais sem me
ater aos fatos exteriores. Toda essa construção social que nos fará ser para sempre seres frustrados.
Sempre a espera do princípe encantado, do trabalho dos sonhos, de algum salvador que irá chegar e
todos os nossos problemas irão simplesmente se esvair, como poeira pelo vento forte. E vivemos
assim...eternamente na espera, assistindo os segundos passarem, se tornando minutos, horas, e
quando se dão conta, a vida se acaba. A fonte seca, a motivação se perde, os anos se acumulam, e
tudo sempre serve de desculpa.

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