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NATAL
2020
FABÍOLA LEITE GOUVEIA
NATAL
2020
Gouveia, Fabíola Leite.
Avaliação do efeito da suplementação com coenzima-Q10 sobre a
resistência insulínica em mulheres obesas portadoras da Síndrome
dos Ovários Policísticos / Fabíola Leite Gouveia. - 2020.
59f.: il.
Banca Examinadora:
NATAL / RN 2020
DEDICATÓRIA
A minha amada mãe, Maria Lúcia, por sempre acreditar em mim e por ter abdicado de suas
vidas em prol das realizações e da felicidade de seus filhos.
Aos meus amigos-irmãos Cínthya, Hugo e Alberto que desde os meus primeiros passos
estavam sempre comigo. Obrigada pelo convívio, amizade e apoio sempre.
Aos meus amigos potiguares, Fernanda, Saulo, Suzanna, Rúsia, Larissa, Ingrid, Jaine, Rosana,
Luzia, Aldilane, Ellen, Thalyta, Rafael e tantos outros, por todo amor, incentivo, apoio e
compreensão.
A Deus, pela dádiva da vida e por me permitir realizar tantos sonhos nesta existência.
Obrigada por me permitir errar, aprender e crescer, por Sua eterna compreensão e
tolerância, por Seu infinito amor, pela Sua voz “invisível” que não me permitiu desistir e
principalmente por ter me dado uma família tão especial, enfim, obrigada por tudo.
E a todos que direta e indiretamente fizeram parte da desta minha trajetória, o meu
sincero agradecimento.
RESUMO
TABELA 4. Avaliação comparativa dos parâmetros entre o grupo caso pré e pós 31
intervenção.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 15
2.1 Correlação entre síndrome dos ovários policísticos, resistência à insulina e hiperinsulinemia.
............................................................................................................................................ 15
2.2 Correlação entre síndrome dos ovários policísticos, obesidade e alterações
metabólicas. ........................................................................................................................ 17
2.3 Correlação entre síndrome dos ovários policísticos e estresse oxidativo. .................. 19
3 OBJETIVOS................................................................................................................. 22
3.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 22
3.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 22
4 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 23
4.1 Delineamento do estudo .............................................................................................. 23
4.2 Critérios de inclusão .................................................................................................... 24
4.3 Critérios de exclusão ................................................................................................... 24
4.4 Definição das variáveis a serem estudadas ................................................................. 24
4.5 Avaliação clínica, sociodemográfica e bioquímica ..................................................... 25
5 ANÁLISE ESTATÍSTICA .......................................................................................... 28
6 RESULTADOS ........................................................................................................... 29
7 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 35
8 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 43
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ....................................... 53
APÊNDICE B – Questionário de avaliação sóciodemográfica e clínica .......................... 58
14
1 INTRODUÇÃO
insulina (RI), assim possuindo uma maior prevalência de obesidade e síndrome metabólica
(BILAL; HASEEB; REHMAN, 2018; CHRIST; FALCONE, 2018). Estudos atuais
demonstraram que a SOP está associada à diminuição das concentrações de antioxidantes
gerando um quadro de estresse oxidativo, além disso, a incidência da síndrome tem sido
intimamente relacionada a inflamação crônica de baixo grau e o o aumento das espécies
reativas de oxigênio (EROs) (FATIMA et al., 2019). O estresse oxidativo gerado por esse
excesso das EROs favorece o desenvolvimento de complicações, como a aterosclerose,
doenças inflamatórias e cardíacas, dislipidemia, hipertensão, RI entre outras (SABUNCU;
VURAL; HARMA, 2001).
Considerando a presença dessas alterações metabólicas existentes em mulheres com
SOP, a coenzima Q10 (CoQ10) é uma benzoquinona utilizada no metabolismo glicídico e
lipídico por possuir uma poderosa ação antioxidante agindo na eliminação de radicais livres
e na inibição da oxidação lipídica e protéica. Este efeito protetor é benefico em relação a
SOP, pois, estudos comprovam que a CoQ10 tem a capacidade de proteger a reserva
ovariana contra danos oxidativos (IZADI et al., 2018; ÖZCAN et al., 2016).
Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar o efeito da suplementação com
CoQ10 sobre a resistência insulínica em mulheres obesas portadoras da SOP, servindo de
subsídio para a criação de novas alternativas que viabilizem uma nova terapêutica adjuvante,
minimizando os sinais e sintomas das mulheres que apresentam a referida condição clínica.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 1: Resumo do mecanismo da resistência insulínica na SOP. Adaptada de KIDSON et al., 1998;
TSILCHOROZIDOU et al., 2004.
Embora a obesidade seja muito comum em mulheres com SOP, a RI nessas pacientes
independe do peso e índice de massa corporal (IMC). Portanto, as pacientes obesas e não
obesas com a síndrome, apresentam aumento da razão cintura/quadril e adipócitos de maior
tamanho, quando comparadas às mulheres sem a síndrome (JEANES; REEVES, 2017).
Diante do exposto, observamos que a fisiopatologia da síndrome é envolvida por uma
grande contradição: O tecido ovariano das pacientes se mostra sensível à ação da insulina para
produzir excesso de andrógenos, no entanto, esse mesmo ovário permanece resistente à
atividade metabólica desse hormônio. Acredita-se que a etiologia da seletividade da RI ocorra
devido a um defeito na sinalização em nível de pós-receptor, já que investigações com relação
à forma e ao número dos receptores insulínicos não mostram alterações (MUKHERJEE;
MAITRA, 2010).
18
Devido ao perfil metabólico único que as mulheres com SOP demonstram, além da RI,
a obesidade está presente em quase 80% delas e é responsável pelo aumento do risco de
doença cardiovascular (DCV), pois, o acúmulo de gordura, caracterizada pela hipertrofia dos
adipócitos, é regulado por mecanismos hormonais, neurológicos e metabólicos que exerce um
papel crucial na manutenção e no aumento das anormalidades clínicas e bioquímicas
agregadas à SOP (PASQUALI et al., 2011). Apesar disso, ainda não está claro se mulheres
com SOP apresentam uma predisposição à obesidade, ou se esta é um fator secundário,
encarregado pelo agravamento da síndrome (NADERPOOR et al., 2015).
O tecido adiposo é o maior sítio de conversão dos precursores androgênicos (JEANES;
REEVES, 2017) e o aumento da adiposidade está associado com a diminuição de SHBG e com
hiperandrogenemia (ELIZONDO-MONTEMAYOR et al., 2016). A obesidade é uma doença
inflamatória que cursa com RI periférica e consequente hiperinsulinemia. A correção ou
supressão da hiperinsulinemia, por meio da perda de peso (MACUT et al., 2017) ou do
tratamento medicamentoso (NESTLER et al., 1989), leva à diminuição das concentrações
androgênicas e melhora da função ovariana, evidenciada pela regulação dos ciclos menstruais
e do status ovulatório (DIAMANTI-KANDARAKISET; DUNAIF, 2012; ROSENFIELD;
EHRMANN, 2016). A diminuição de pelo menos 5% no peso corporal de mulheres com SOP
pode levar a uma melhora de seus índices metabólicos e de sua fertilidade (ROSENFIELD;
EHRMANN, 2016).
Em virtude da estreita relação entre SOP, excesso de andrógenos com RI e a alta
prevalência de obesidade, vários estudos demonstraram uma maior predominância de fatores
de risco cardiovascular na SOP (WILD et al., 2010; LEGRO et al., 2013), como demonstado
na tabela 1. Independente do IMC, as mulheres com a síndrome podem apresentar maiores
concentrações de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e triglicerídeos, além de menor HDL
(colesterol de alta densidade) (WILD et al., 2010; BLAGOJEVIć et al., 2018). A combinação
entre a SOP e a obesidade pode originar desordens reprodutivas relacionadas às complicadas
interações entre o eixo hipotálamo, hipófise e ovário, culminando em uma relevante redução
na fertilidade das pacientes (ROSENFIELD; EHRMANN, 2016; JEANES; REEVES, 2017).
19
Figura 2: Adaptado de BARBOUR et al., 2011. Interferência do estresse oxidativo no quadro da resistência
insulínica. Estudos mostram que a sindrome está intimamnete associada ao estresse oxidativo. As espécies
reativas de oxigênio formadas naturalmente, por exemplo, na respiração celular, exacerba o quadro de estresse
oxidativo inerente a SOP. Essas espécies reativas de oxigênio recrutam moléculas inflamatórias tais como
IKK, JNK, NF- kB (IkB quinase, quinase c-Jun N-terminal e fator nuclear Kb respectivamente) as quais,
interferem na sinalização entre a insulina e a vesícula contendo GLUT-4 reduzindo a entrada da glicose na
célula promovendo a hiperglicemia, assim como, exacerbandoo quadro da RI, característico da SOP.
Aliado ao aumento nos marcadores de EO, mulheres com SOP apresentam níveis
reduzidos de substâncias antioxidantes, tornando seu organismo ainda mais vulnerável a
lesões ao DNA (BLAGOJEVIć et al., 2018). Assim, os possíveis níveis mais elevados de
21
instabilidade genômica nas mulheres com SOP, podem aumentam os riscos de desenvolver
câncer, quando comparadas com mulheres sem a doença. Estudos demonstram que existe
um risco de 9% de desenvolver câncer endometrial na SOP contra apenas 3% na população
geral (HAOULA; SALMAN; ATIOMO, 2012), sendo necessário medidas que possam
reduzir os fatores metabólicos que geram essa perigosa incidência. Considerando os fatores
atrelados à SOP, como hiperinsulinemia, intolerância à glicose e RI, sendo esta última à
causa da hiperglicemia, que por sua vez promove à auto-oxidação da glicose formando os
produtos finais da glicação avançada (AGEs) e também, as espécies reativas de oxigênio
(EROs) (BLAGOJEVIć et al., 2018; MACUT et al., 2017), se faz necessária a
suplementação com compostos de ação antioxidante, como a CoQ10 .
A CoQ10, também conhecida como Ubiquinona (Figura 3), foi isolada pela primeira
vez na mitocôndria do coração de vaca por Frederick Crane (1957), que lhe atribuiu o nome
de CoQ10 por possuir 10 unidades de isopreno (JANKOWSKI et al., 2016), verificando
que este composto era parte integrante da cadeia respiratória mitocondrial, a qual produz
ATP (CRANE et al., 1957).
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Verificar o efeito da CoQ10 sobre a resistência à insulina em mulheres obesas com a
síndrome dos ovários policísticos.
3.2 Específicos
Avaliar os parâmetros clínicos (massa, IMC, pressão arterial sistólica e pressão arterial
diastólica) bioquímicos (glicose de jejum, teste oral de tolerância à glicose, colesterol
total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides) e hormonais (hormônio folículo
estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), progesterona e testosterona total) das
mulheres obesas com e sem SOP;
Determinar os níveis séricos de insulina antes e após a suplementação com a CoQ10 em
mulheres obesas com e sem SOP;
Comparar o efeito da CoQ10 sobre a resistência insulínica, perfil lipídico e perfil
hormonal entre as mulheres obesas com e sem SOP.
24
4 MATERIAL E MÉTODOS
30 Obesas Suplementação
Grupo Caso com CoQ10 por
30 voluntárias com SOP
08 semanas
60
voluntárias
recrutadas
Avaliação Inicial: Foram avaliadas as variáveis clínicas (massa, IMC, pressão arterial
sistólica e pressão arterial diastólica), bioquímicas (glicose de jejum, teste oral de tolerância a
glicose (TOTG), colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides) e hormonais
25
(insulina basal, FSH, LH, progesterona, testosterona total) além dos cálculos do HOMAR-IR
e do QUICKI, das voluntárias incluídas no estudo.
Suplementação: foi administrado 100mg/dia de CoQ10 via oral, meia hora antes do almoço
durante 08 semanas e realizado as devidas orientações quanto à posologia. Além disso, para
melhorar a adesão e acompanhamento da suplementação, foi criado um grupo com as
voluntárias, em um aplicativo de mensagem para esclarecimentos de dúvidas e reforçar a
ingestão do antioxidante.
Avaliação Final: As voluntárias submetidas à intervenção foram reavaliadas em todos os
parâmetros da avaliação inicial após o período de suplementação.
Tabela 2. Valores de referência adotados para avaliação laboratorial das mulheres com e sem
SOP.
ANÁLISES METABÓLICAS VALORES DE REFERÊNCIA
Glicemia de jejum < 100 mg/dL*
TOTG 75g- 2h <140 mg/dL*
Colesterol total <190 mg/dL**
Colesterol HDL >40 mg/dL**
28
O diagnóstico da RI foi realizado por meio dos seguintes métodos indiretos: índice de
Homeostases Model Assessment-Insulin Resistance (HOMA-IR), e Quantitative Insulin
Sensitivity Check Index (QUICKI). Desenvolvido por MATHEUS e colaboradores (1985), o
índice HOMA avalia a RI sendo determinado por meio do valor da glicemia e insulina de
jejum, onde: HOMA-IR = insulina jejum (μUI/mL) x glicose jejum (mmol/L*) / 22,5, e o
QUICKI = 1 ÷ (Log insulina + Log glicemia), o qual relaciona a RI com a sensibilidade a este
hormônio, determina que um baixo valor de sensibilidade à insulina reflete uma maior RI.
Valores de sensibilidade à insulina abaixo de 0,33 estão associados à maior resistência ao
homônio, obesidade e fatores de risco cardiovascular (MIRZAALIAN et al., 2019).
A RI será considerada efetiva quando os valores de HOMA-IR forem maiores ou
iguais a 2,71 (CARMINA; LOBO, 2004; ABREU et al., 2017), e /ou valores de QUICKI
inferiores a 0,33 de acordo com a distribuição de valores para a população brasileira.
*Para conversão da glicose de mg/dL para mmol/L, multiplicou-se o valor por 0,0555.
29
5 ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise estatística dos dados foi realizada com o pacote estatístico SPSS© 22.0. O
pressuposto de distribuição normal dos dados foi verificado pelo teste de Shapiro-Wilk. A
análise descritiva para caracterização da amostra foi realizada por meio de média e desvio
padrão quando a distribuição apresentou-se normal, ou mediana e intervalo interquartílico nos
casos em que a distribuição dos dados foi não-normal. A análise comparativa intra e
intergrupos foi realizada mediante os testes não-paramétrico de Wilcoxon e U de Mann-
Whitney, de acordo com a distribuição dos dados. As diferenças foram consideradas
estatisticamente significantes quando p<0,05.
30
6 RESULTADOS
Infertilidade (%,n)
Sim 56,6 17 33,3 10 0,062
Não 43,4 13 66,7 20 0,062
Valores expressos em média (m), desvio padrão (dp), frequência relativa (%) e frequência absoluta (n).
IMC: Índice de massa corporal.
As avaliações dos parâmetros do grupo caso pré e pós intervenção estão apresentadas
na tabela 4. Com base nesta avaliação, foi verificado uma diferença significativa em relação
a massa (91,1 vs. 89,9 kg p=0,008) e o IMC (33,9 vs. 33,6 kg/m² p= 0,017). A análise
32
comparativa dos níveis pressóricos entre os grupos também evidenciou uma significância
estatística (126,0 vs. 125,5 mmHg p=0,025 e 85 vs. 79,5 mmHg p=0,003 para sistólica e
diastólica, respectivamente).
Em relação ao perfil glicêmico das participantes, foi possível observar que houve
alterações consideraveis na maioria dos parâmentros. No que diz respeito à glicose de
jejum, não houve alterações expressivas, conforme demonstrado na tabela 4 (94,5 vs. 92,0
mg/dL p=0,161), mas referindo-se á glicose de 120 minutos (138,0 vs. 122,5 mg/dL
p=0,046), insulina basal (16,2 vs. 10,7 µUI/mL p=0,000), HOMAR-IR (3,67 vs. 2,31
p=0,000) e QUICKI (0,31 vs. 0,30 p=0,000) notou-se uma nítida relevância na maioria
valores (p=0,000).
Diante do perfil hormonal observado nesta mesma tabela, os hormônios FSH (5,4 vs.
6,0 UI/mL p=0,004), LH (6,3 vs. 4,5 UI/mL p=0,000), testosterona (32,1 vs. 22,0 ng/dL
p=0,000) e progesterona (0,20 vs. 0,35 ng/dL p=0,000) apresentaram valores estatisticamente
33
No que diz respeito ao perfil glicêmico das voluntárias do grupo controle, podemos
observar uma relevância positiva nos seguintes parâmetros, glicose de jejum (95,0 vs. 94,5
mg/dL p=0,033), glicose de 120 minutos (127,0 vs. 125,0 mg/dL p=0,001), insulina basal
(15,2 vs. 9,0 µUI/mL p=0,000), HOMAR-IR (3,75 vs. 2,04 p=0,000) e QUICKI (0,31 vs. 0,32
p=0,000). Notamos também um valor estatisticamente relevante no perfil lipídico para os
parâmetros do colesterol total (189 vs.183,5 mg/dL p=0,005), LDL-colesterol (118 vs.117,5
mg/dL p=0,016) e do triglicerídeo (115 vs. 113,5 mg/dL p=0,046). Quanto à avaliação do
perfil hormonal (tabela 5), foi possível observar uma relevância efetiva em todos os
34
parâmetros estudados, FSH (5,1 vs. 5,5 UI/mL p=0,000), LH (5,3 vs. 4,3 UI/mL p=0,000),
testosterona (29,2 vs. 20,9 ng/dL p=0,000) e progesterona (0,30 vs. 0,31 ng/dL p=0,000).
A tabela 6 representa a avaliação dos parâmetros do grupo caso em comparação ao
controle na etapa de pré intervenção. Comparativamente, houve diferenças entre os grupos em
relação à massa (91,1 vs. 97,5 kg p=0,024 para caso e controle nesta ordem), ao IMC (33,9 vs.
34,1 kg p=0,031 respectivamente) e ao LDL-coleterol (109 vs. 108 mg/dL p= 0,037 de modo
respectivo).
7 DISCUSSÃO
disso, acredita-se que o Ubiquinol diminui as tensões oxidativas geradas pelos produtos
finais da glicação avançada (AGEs) que podem induzir a liberação de citocinas
inflamatórias (TAN et al., 2011), que dificultam a sinalização da insulina, promovendo
uma regular entrada de glicose na célula diminuindo o quadro de hiperglicemia (OKURA et
al., 2017; HURRLE; HSU, 2017).
A partir da análise de dados das mulheres com SOP avaliadas, foi observado que para
o perfil hormonal (tabela 4), apresentou considerável redução dos valores entre as etapas da
pesquisa (pré e pós intervenção). Estudos relatam que a produção hipofisária de
gonadotrofinas (LH e FSH) é um evento fundamental para a função reprodutiva. Para que a
hipófise produza e libere esses hormônios, ela depende da estimulação realizada pelo
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) (ABASIAN et al., 2018).
Modificações na pulsatilidade de liberação do GnRH influenciam o nível de secreção
das duas gonadotrofinas. Alguns estudiosos sugerem que, nas pacientes com SOP, há um
aumento de frequência de pulsos de GnRH e, consequentemente, secreção exacerbada de
LH em relação ao FSH (ROJAS et al., 2014). Além disso, os andrógenos diminuem a
atividade de enzimas proteolíticas que degradam o GnRH. Assim, quando há o
hiperandrogenismo, pode haver aumento da biodisponibilidade de GnRH, o que novamente
leva à liberação de níveis elevados de LH em detrimento do FSH (BASKIND; BALEN,
2016).
Além do que, altas concentrações de insulina na SOP são capazes de estimular a
produção do fator de crescimento insulínico tipo I (IGF-I), reduzindo a secreção e a
sinalização dos receptores de insulina provocando resistência à insulina sistêmica
(MUKHERJEE; MAITRA, 2010) e ativando receptores localizados nas células da teca que
estimulam a esteroidogênese ovariana com um decorrente aumento dos andrógenos
(DIAMANTI-KANDARAKISET; DUNAIF, 2012; DUMESIC et al., 2015).
Como a CoQ10 é um potente antioxidante que influencia na diminuição dos níveis de
EROs, por consequência, na redução do estresse oxidativo, que interfere na sinalização
intracelular da insulina levando a um aumento dos seus níveis séricos e consequentemente
um aumento dos andrógenos (HURRLE; HSU, 2017), acredita-se que com a diminuição
desse estresse oxidativo a sinalização intracelular da insulina seja restabelecida, diminuindo
os níveis de andrógenos e assim a hiper estimulação da produção de LH e FSH.
Além do mais, sugere-se que, com essa melhora na sinalização da insulina deve haver
também um aumento na síntese hepática de globulina transportadora de hormônios sexuais
(SHBG) que é diminuída devido ao quadro de hiperinsulinemia, aumentando assim a
40
2012).
Após a fosforilação da subunidade catalítica da AMPK, esta irá estimula a vias
catabólicas, incluindo a da glicose e a oxidação de ácidos graxos, diminuindo assim a
formação do colesterol total, triglicerídeos e do LDL- colesterol (FORETZ; VIOLLET,
2018). Além disso, outro mecanismos de ação propostos, é um aumento na oxidação de
ácidos graxos pela CoQ10 através da diminuição do estresse oxidativo melhorando o
metabolismo endotelial, resultando em um aumento na lipólise de triglicerídeos
(MARCOFF; THOMPSON, 2007).
Já em relação ao parâmetro do HDL-colesterol não houve uma relevância estatística
em seu resuldo, mas ocorreu um aumento do seu valor, tendo em vista que, esse achado é
um ponto benéfico, pois, o HDL-colesterol protege o endotélio, através de sua capacidade
de estimular a produção de óxido nítrico pelas células endoteliais (VAISAR et al., 2018).
Baixos níveis séricos do HDL-colesterol têm sido reconhecidos como um fator de risco
cardiovascular, independente dos níveis de LDL-colesterol (KIM et al., 2019).
Quanto à avaliação do perfil hormonal (tabela 5), foi possível observar uma expressiva
redução nos valores em todos os parâmetros: FSH, LH, testosterona e progesterona. Segundo
LORDELO e colaboradores (2007), na obesidade, a produção androgênica adrenal e ovariana
encontra-se elevada, apresentando correlação positiva com IMC.
Nas mulheres, a obesidade abdominal é fortemente associada à hiperandrogenemia
(LORDELO et al.2007). Pressupõe-se que como houve diminuição no IMC, que seria
diretamente proporcional a produção androgênica, também houve uma melhora do
hiperandrogenismo, gerando benefícios no quadro do perfil hormonal das pacientes
(LORDELO et al.2007).
Levando em consideração que, segundo HOTAMISLIGIL e colaboradores (2006), a
obesidade induz um estado inflamatório crônico de baixo grau caracterizado pela produção de
citocinas pró-inflamatórias pelo tecido adiposo, piorando o quadro de estresse oxidativo.
Entre os inúmeros mediadores (citocinas e hormônios) produzidos pelo tecido adiposo
podemos citar o fator de necrose tumoral α, interleucinas (IL- 6 e IL-1β), leptina e
adiponectina (HENDARTO; SASTROASMORO; SJARIF, 2019).
O TNF-α é sintetizado pelos adipócitos e sua função está relacionada à RI e à
incapacidade da mesma de regular o metabolismo (ZATTERALE et al., 2020), como já foi
exemplificado neste trabalho a insulina aumenta os níveis de andrógenos através da hiper
estimulação ovariana (YAO; BIAN.; ZHAO, 2017), sendo assim, melhorando o quadro da RI,
através da ação antioxidante da CoQ10, acredita-se, por consequência, que haverá uma
42
8 CONCLUSÕES
Diante dos resultados, pode-se observar que a média de idade das voluntárias com
SOP manteve-se similar com estudos anteriores, verificou-se também, que o perfil lipídico foi
mais alterado no grupo controle devido ao excesso de peso, e que a intervenção com a CoQ10
apresentou efeitos benéficos frente à redução do perfil lipídico e glicêmico para ambos os
grupos. Além disso, notou-se que a ingestão da coenzima trouxe efeitos benéficos em relação
à pressão arterial sistêmica, reduzindo seus valores, tanto para o grupo caso como para o
controle. Vale salientar também que esta suplementação expressou valores estatisticamente
significativos com relação ao perfil hormonal para ambos os grupos.
Deste modo, no geral, a suplementação com CoQ10 por 08 semanas entre pacientes
com e sem SOP apresentou efeitos positivos no perfil glicêmico, hormonal e alguns
parâmetros do perfil lipídico. Mesmo com todos esses aparentes benefícios, sugere-se a
necessidade de que novas pesquisas sejam realizadas para avaliar o impacto dessa
suplementação a longo prazo, corroborando com nossos resultados.
Estes achados podem impactar diretamente o contexto clínico, com o potencial de
mudança de paradigma em relação à terapia adjuvante da SOP, permitindo assim outra forma
de minimizar os sinais clínicos e metabólicos gerados pela SOP e pela obesidade.
44
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54
APÊNDICES
como prevenção do mesmo, teremos uma equipe treinada para a coleta sanguínea venosa
(enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de laboratório) que farão a técnica da coleta sem
extravasamento de sangue. Também poderá acontecer constrangimento ao responder os
questionários, que será eliminada explicando a voluntária do arquivamento adequado das
informações, confidencialidade e acesso restrito ao pesquisar os dados pessoais das
voluntárias, mantendo sigilo das informações, além de explicar a voluntária o questionário, e
caso ela aceite respondê-lo, será em uma sala reservada no laboratório de pesquisa clínica e
epidemiológica (Pesqclin) no Hospital Universitário Onofre Lopes.
Relacionados à suplementação com a COQ10, para a maioria das pessoas os efeitos
colaterais, se ocorrerem, são simplesmente incômodos. Na verdade, as pessoas toleram a
coenzima Q10 muito bem, na maioria das vezes sem efeitos colaterais ou apenas efeitos leves.
Mas os efeitos desagradáveis que poderão ocorrer com a ingestão do comprimido são:
desconforto no estômago, náusea e diarreia, que desaparecem espontaneamente na maioria
dos casos e nos primeiros dias. Tais efeitos geralmente são raros de ocorrer, porém se o
desconforto no estômago for incômodo e se não puder ser tolerado, deve-se parar com a
suplementação e procurar o responsável pela pesquisa.
BENEFÍCIOS
Os benefícios desse estudo será a possibilidade da voluntária ser acompanhada por
uma equipe multiprofissional, com nutricionista, médico, enfermeira, psicólogo e
farmacêutico, possibilitando melhor conduta no seu tratamento. Irá receber o suplemento
coenzima q10 e todos os resultados dos exames laboratoriais realizados sem qualquer custo.
Além dos dados do estudo servirem como contribuição para as pesquisas científicas e difusão
para a comunidade acadêmica.
CONFIDENCIALIDADE DO ESTUDO
O registro da participação neste estudo será mantido confidencial, até o limite
permitido pela lei. No entanto, agências Federais que regulamentam no Brasil o Comitê de
Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte podem inspecionar e copiar registros
pertinentes à pesquisa e estes podem conter informações identificadoras. Nós guardaremos os
registros de cada indivíduo e somente os pesquisadores trabalhando com a equipe terão
acesso. Se qualquer relatório ou publicação resultar deste trabalho, a identificação do paciente
não será revelada. Os resultados serão relatados de forma sumariada e os indivíduos não serão
identificados.
DANO ADVINDO DA PESQUISA
Todo e qualquer dano comprovadamente decorrente do desenvolvimento deste projeto
56
COMPROMISSO DO INVESTIGADOR
Eu discuti as questões acima apresentadas com as pacientes participantes desse estudo
ou com seus representantes legalmente autorizados. É minha opinião que o indivíduo entende
os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a este projeto.
________
(Pesquisador responsável) Data: ______/______/______
_________________________________ _____________________________
Assinatura da Voluntária Pesquisador responsável
Assinatura:_______________________________________
Impressão digital para
aqueles com
Data: ______/______/______ incapacitação de escrever
Nome:_________________________________________________________
Data da Avaliação: __________/__________/_________ Idade:___________
Telefones:_____________________________________ Data____________
Nascimento:____/____/____
Endereço:_______________________________________________________
ASPECTOS SÓCIODEMOGRÁFICOS
- Estado civil:
( ) 0 = Solteira ( ) 1= Casada ) 2= União estável ( ) 3= Divorciada ( ) 4= Viúva
- Escolaridade:
( ) 0= Analfabeta ( ) 1= Fundamental ( ) 2= Ensino Médio ( ) 3= Ensino Superior
- Emprego/Profissão:
( ) 0= Não ( ) 1= Sim Qual(is) _________________________________________________.
- Renda familiar:
( ) 0 = < 1 salário mínimo ( ) 1= 1-3 salários mínimos ( ) 2= 4-6 salários mínimos
( ) 3= > 6 salários mínimos
- Residência própria:
( ) 0= Não ( ) 1= Sim
Medicação:
( ) 0= Não ( ) 1= Sim
Qual(is):________________________________________________________.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Gestação___________ Parido____________ Aborto___________
- Menstruação
Menarca, primeira mesntruação (Idade):_______________
Dia da ultima menstruação (DUM):_______/_______/_______
- Duração do ciclo:
( ) 0= < 25 dias ( ) 1= 25-34 dias ( ) 2= 35-60 dias ( ) 3= > 60 dias ( ) 4= variável
-Situação atual: ( ) 0= Menstruação regular ( )1= Oligorréia ( ) 2= Amenorréia
- Ocorrência de cólicas: ( ) 0= Não ( ) 1= Sim
- Duração da Menstruação:
( ) 0= < 3 dias (hipomenorréia) ( ) 1= 3-8 dias (normal) ( ) 2= > 8 dias (hipermenorréia) (
) 3= variável
-Fertilidade: Durante o período de mais ou menos 1 ano estão ocorrendo relações sexuais
desprotegidas e ausência de gravidez? ( ) 0= Não (F) ( ) 1= Sim (IN)
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ANTECEDENTES PESSOAIS
- Hipertensão: ( )0= Não ( )1= Sim
- Diabetes: ( )0= Não ( )1= Sim
- Câncer: ( )0= Não ( )1= Sim (Tipo:_____________________________________)
- Tireoidopatia: ( )0= Não ( )1= Sim
- Outras: ( )0= Não ( )1= Sim Qual:______________________________________.
- Cirurgia: ( )0= Não ( )1= Sim Qual:______________________________________.
ANTECEDENTES FAMILIARES
- Hipertensão: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem ________________________________
- Diabetes: ( )0= Não ( )1= Sim (incluir tipo) -Quem ___________________________
- Câncer: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem ______________________________________
- Tireoidopatia: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem _________________________________
- Infarto agudo do miocárdio: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem _____________________
- Trombose venosa profunda: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem _____________________
- Acidente vascular cerebral: ( )0= Não ( )1= Sim -Quem _____________________
- Outras: ( )0= Não ( )1= Sim Qual:________________________________________
- Medidas antropométricas:
Peso [kg]:____________ Estatura [m]:____________ IMC [kg/m²]:_____________
- Hemodinâmica de repouso: PAS [mmHg]:____________ PAD [mmHg]:____________
SCORE: ___________