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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS PATO BRANCO

MATEMÁTICA
FINANCEIRA

SÉRIES DE PAGAMENTOS
E
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

MATERIAL DE APOIO
ADNP – 2ª PARTE/2021

PROF. LUIZ CARLOS SCHEITT


Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 2

SUMÁRIO

1 VALOR ATUAL DE UM CONJUNTO DE CAPITAIS .............................................. 03


2 SÉRIES UNIFORMES ................................................................................. 05
2.1 SÉRIES UNIFORMES POSTECIPADAS ............................................................ 05
2.2 SÉRIES UNIFORMES ANTECIPADAS .............................................................. 05
2.3 SÉRIES UNIFORMES DIFERIDAS ................................................................... 06
3 RELACIONAMENTO ENTRE PV E PMT .............................................................. 06
3.1 RELACIONAMENTO ENTRE PV E PMT EM SÉRIES UNIFORMES POSTECIPADAS ...... 06
3.2 PROCEDIMENTOS GENÉRICOS PARA CÁLCULO DA TAXA .................................. 14
3.3 RELACIONAMENTO ENTRE PV E PMT EM SÉRIES UNIFORMES ANTECIPADAS......... 15
4 AMORTIZAÇÃO DE FINANCIAMENTOS ............................................................ 23
4.1 SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO ........................................................... 23
4.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) .............................................. 26
4.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS .............................................................. 28
5 CÁLCULO DAS VARIÁVEIS PRICE E SAC DE UM PERÍODO QUALQUER .................. 32
5.1 SALDO DEVEDOR DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE ..................... 33
5.2 AMORTIZAÇÃO DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE ........................ 34
5.3 JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE ................................... 35
5.4 TOTAL DE JUROS NO SISTEMA PRICE ............................................................ 35
5.5 SALDO DEVEDOR DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC ....................... 38
5.6 AMORTIZAÇÃO DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC .......................... 39
5.7 JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC ..................................... 39
5.8 TOTAL DE JUROS NO SISTEMA SAC .............................................................. 39
6 RELACIONAMENTO ENTRE FV E PMT EM SÉRIES UNIFORMES ............................. 47
7 APLICAÇÕES SOBRE SÉRIES DE PAGAMENTOS ................................................. 55
7.1 COMPRAS A VISTA C/ DESCONTOS X COMPRAS PARCELADAS S/ ACRÉSCIMOS .... 55
7.2 TAXA LÍQUIDA EM SÉRIES DE PAGAMENTOS .................................................. 59
8 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..................................................... 63
9 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES – TESTES .................................................... 67
10 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA .......................................................................... 70
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 3

1. VALOR ATUAL DE UM CONJUNTO DE CAPITAIS


Utilizando o conceito de equivalência de capitais, podemos fazer a seguinte
definição:
Dado um conjunto de valores monetários y1 na data 1, y2 na data 2, y3 na data 3, e
assim por diante até o valor yn na data n , chamamos de Valor Atual (VA) desse
conjunto, a uma taxa de juros i, à soma dos valores equivalentes desses capitais na
data zero.
Em outras palavras, o Valor Atual (VA) do conjunto é o valor que, aplicado na
data zero à taxa i, consegue gerar os capitais y1 na data 1, y2 na data 2, y3 na data 3,
e assim por diante até o valor yn na data n.1.

Y1 Y2 Y3 yn-1 Yn

0 1 2 3 . . . n-1 n
VA

Diagrama do Fluxo de Caixa de um Conjunto de Capitais

Algebricamente, teremos:

y1 y2 y3 y n −1 yn
VA = + + + ... + n −1
+
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) 3
(1 + i ) (1 + i ) n

Fórmula do valor atual de um conjunto de capitais

Podemos também representar a fórmula na forma reduzida:

n yj
VA = ∑
j =1 (1 + i ) j

Fórmula do valor atual na forma reduzida

Diante dessas relações, podemos considerar cada y, tomado individualmente


como um valor futuro (FV). Assim, se calcularmos o valor presente (PV) de cada y e
somarmos na data zero, teremos o valor atual (VA) da série.

OBS: Essa definição nada mais é do que a confirmação de equivalência de capitais vistas
nos tópicos anteriores. Essa forma geral nos permite fazer a equivalência de tantos
capitais (valores) quanto queremos.

Vejamos o exemplo:
1) Uma empresa tem dívidas de R$ 2.000,00, R$ 3.000,00, R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00
que vencem dentro de 1, 2, 3 e 4 meses, respectivamente. Quanto deverá aplicar hoje,
à taxa de 3% a.m, para conseguir pagar os compromissos nas datas previstas?

Esquematização do problema:
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R$ 2.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 5.000,00

0 1 2 3 4
PV = ?

Diagrama do Fluxo de Caixa do exemplo


Solução: O valor a ser aplicado hoje, corresponde à somatória de todos os PVs dos
valores a pagar nas datas previstas, ou seja:

MODO ALGÉBRICO
2.000 3.000 3.000 5.000
PV = + + +
(1 + 0,03) 1
(1 + 0,03) 2
(1 + 0,03) 3
(1 + 0,03) 4

PV = 1941,75 + 2.827,79 + 2.745,42 + 4.442,44 = 11.957,40


Portanto, o valor a ser aplicado hoje (valor atual) é R$ 11.957,40.

Nas calculadoras financeiras, a manipulação da fórmula acima é simples. Faremos a


solução concentrando os valores individualmente na data zero, e somando-os.

CALCULADORA HP-12C (1a parte referente a dívida de R$ 2.000,00)


(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
2.000,00 → (CHS) → (FV) .............. entra com o valor da dívida (valor futuro)
3 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros mensal
1 → ( n ) ....................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 1.941,75 ............................ calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 1 ....................................... armazena na memória 1

OBS: Não limparemos as memórias, pois utilizaremos as memórias dos registradores


para guardar os valores encontrados. Nesse caso, substituiremos os valores
armazenados nas memórias financeiras. Note que a taxa será a mesma para todos os
cálculos, portanto não há necessidade de substituí-la.

CALCULADORA HP-12C (2a parte referente a dívida de R$ 3.000,00)


3.000,00 → (CHS) → (FV) ............. entra com o valor da dívida (valor futuro)
2 → ( n ) ...................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 2.827,79............................ calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 2 ...................................... armazena na memória 2

CALCULADORA HP-12C (3a parte referente a dívida de R$ 3.000,00)


3.000,00 → (CHS) → (FV) ............. entra com o valor da dívida (valor futuro)
3 → ( n ) ...................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 2.745,42............................ calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 3 ...................................... armazena na memória 3

CALCULADORA HP-12C (4a parte referente a dívida de R$ 5.000,00)


5.000,00 → (CHS) → (FV) ............. entra com o valor da dívida (valor futuro)
4 → ( n ) ...................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 4.442,44............................. calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 4 ....................................... armazena na memória 4
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CALCULADORA HP-12C (5a parte referente a soma dos valores atuais encontrados)
RCL → 1
RCL → 2 +
RCL → 3 +
RCL → 4 + Resposta: R$ 11.957,40.

Portanto, o valor a ser aplicado (valor atual) é de R$ 11.957,40.

Percebe-se que esse modo de resolução é simples, mas não prático. Se o fluxo
de caixa tivesse maior quantidade de valores, a resolução seria muito trabalhosa. Por
esse motivo, a calculadora HP-12C está programada para resolver esse tipo de
problema através das teclas de fluxo de caixa; tópico que veremos no quarto bimestre.

2. SÉRIES UNIFORMES
As séries uniformes, também denominadas de Rendas Certas, são um conjunto
de valores iguais que devem ser pagos ou recebidos em períodos iguais. Os pagamentos
ou recebimentos são, geralmente, representados pela sigla PMT que origina-se do
inglês.
PMT → Valor do pagamento ou recebimento (Payment = Pagamento).
O fluxo de caixa apresentado a seguir representa uma série uniforme de N valores
iguais.

PMT PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 . . . n-1 n

Diagrama de um Fluxo de Caixa de uma Série Uniforme

Geralmente a série uniforme precisa ser compactada em um único valor e


posicionada em uma data focal conveniente. Nesta transferência de valores, sempre é
considerada uma taxa de juro por período. As datas focais mais utilizadas são zero
(valor presente) e N (valor futuro).
As séries uniformes podem ser divididas em: Séries Uniformes Postecipadas, Séries
Uniformes Antecipadas e Séries Uniformes Diferidas.

2.1 SÉRIES UNIFORMES POSTECIPADAS – São aquelas em que os pagamentos


ocorrem no final de cada período. Por exemplo, compras parceladas sem entrada. Esse
sistema também é chamado de sistema de pagamento sem entrada (0 + n).

PMT PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 . . . n-1 n

Diagrama de um Fluxo de Caixa de uma Série Uniforme Postecipada

2.2 SÉRIES UNIFORMES ANTECIPADAS – São aquelas em que os pagamentos


ocorrem no início de cada período. Por exemplo, compras parceladas com entrada. Esse
sistema também é chamado de sistema de pagamento com entrada (1 + n).
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PMT PMT PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 . . . n-2 n-1

Diagrama de um Fluxo de Caixa de uma Série Uniforme Antecipada

OBS: Sempre que não for informado o tipo da série, considera-se do tipo postecipado
(sem entrada).

2.3 SÉRIES UNIFORMES DIFERIDAS - São aquelas em que os pagamentos ocorrem


após uma série de períodos. Estes períodos sem pagamentos são denominados
carência. Por exemplo, compras parceladas de promoções do tipo: “Compre hoje e
comece a pagar no ano que vem”

................ Carência .................. PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 4 5 . . . n

Diagrama de um Fluxo de Caixa de uma Série Uniforme Diferida

3. RELACIONAMENTO ENTRE PV E PMT


Neste caso, a data focal utilizada será o valor presente (PV)
Essa relação entre PMT e PV encontra inúmeras aplicações práticas. Entre essas,
destacamos os financiamentos, empréstimos pessoais, vendas ou compra de bens
(automóveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, imóveis, etc...)

3.1 RELACIONAMENTO ENTRE PV E PMT EM SÉRIES UNIFORMES


POSTECIPADAS

Vejamos os exemplos:
1) Uma empresa tem pagamentos para realizar a seus fornecedores que vencem dentro
de 1, 2, 3 e 4 meses, todas com valor de R$ 5.000,00. Quanto deverá aplicar hoje, à
taxa de 3% a.m, para conseguir pagar os compromissos nas datas previstas?
Esquematização do problema:

R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00

0 1 2 3 4
PV = ?

Diagrama do Fluxo de Caixa do exemplo

Solução: O valor a ser aplicado hoje, corresponde à somatória de todos os PVs dos
valores a pagar nas datas previstas, ou seja:
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MODO ALGÉBRICO

5.000 5.000 5.000 5.000


PV = + + +
(1 + 0,03) 1
(1 + 0,03) 2
(1 + 0,03) 3
(1 + 0,03) 4

PV = 4.854,37 + 4.712,98 + 4.575,71 + 4.442,44 = 18.585,49


Portanto, o valor a ser aplicado hoje é R$ 18.585,49.

Nas calculadoras financeiras, a manipulação da fórmula acima é simples.


Primeiramente, faremos a solução concentrando os valores individualmente na data
zero, e somando-os.
Posteriormente, utilizaremos o modo mais prático e rápido com auxílio da tecla PMT.

CALCULADORA HP-12C (1a parte referente a dívida de R$ 2.000,00)


(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
5.000,00 → (CHS) → (FV) .............. entra com o valor da dívida (valor futuro)
3 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros mensal
1 → ( n ) ...................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 4.854,37 ........................... calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 1 ...................................... armazena na memória 1

OBS: Não limparemos as memórias, pois utilizaremos as memórias dos registradores


para guardar os valores encontrados. Nesse caso, substituiremos os valores
armazenados nas memórias financeiras. Note que a taxa e o FV serão os mesmos para
todos os cálculos, portanto não há necessidade de substituí-los.

CALCULADORA HP-12C (2a parte referente a dívida do 2° mês com valor de R$ 5.000,00
)
2 → ( n ) ....................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 4.712,98 ............................ calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 2 ....................................... armazena na memória 2

CALCULADORA HP-12C (3a parte referente a dívida do 3° mês com valor de R$


5.000,00)
3 → ( n ) ....................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 4.575,71 ............................ calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 3 ....................................... armazena na memória 3

CALCULADORA HP-12C (4a parte referente a dívida do 4° mês com valor de R$


5.000,00)
4 → ( n ) ....................................... entra com o número de períodos (meses)
(PV) → 4.442,44 ........................... calcula o valor presente (valor a aplicar)
STO → 4 ........................................ armazena na memória 4

CALCULADORA HP-12C (5a parte referente a soma dos valores atuais encontrados)
RCL → 1
RCL → 2 +
RCL → 3 +
RCL → 4 + Resposta: R$ 18.585,49.

Portanto, o valor a ser aplicado é de R$ 18.585,49.


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Percebe-se que esse modo de resolução é simples, mas não prático. Se o fluxo
de caixa tivesse maior quantidade de valores, a resolução seria muito trabalhosa. Por
esse motivo, a calculadora HP-12C está programada para resolver esse tipo de
problema através da tecla PMT; sendo assim, utilizamos essa tecla para informar todos
os valores futuros (todos devem ser iguais).

Vejamos a solução utilizando a tecla PMT:

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ....................................... apaga as memórias financeiras
5.000 → (CHS) →(PMT) ................ entra com o valor do pagamento
3 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros
4 → ( n ) ..................................... entra com o número de parcelas
(PV) → 18.585,49 ......................... calcula o valor à ser aplicado

OBS: A ordem de entrada dos valores não interfere na resposta. Por exemplo, podemos
inserir os valores no “n” antes do “i” e vice-versa.

NÃO ESQUEÇA: Sempre deverá entrar com um dos valores (PV ou PMT), com sinal
negativo, pois essa é a regra do fluxo de caixa.

Como foi visto no exemplo anterior, fizemos uma relação entre PV e PMT. Com o
propósito de reforçar esse conceito de relação, podemos interpretar esses valores de
outras formas.
Por exemplo:
a) O valor presente sendo um empréstimo a ser devolvido em 4 parcelas mensais
iguais numa taxa de 3% ao mês.

b) O valor presente sendo o valor à vista de uma mercadoria, a qual está a venda
em 4 parcelas iguais, numa taxa de 3% ao mês.
Supondo, então essas duas situações, e o valor da parcela mensal desconhecida, a
esquematização do problema fica assim:

PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 4
R$ 18.585,49

Diagrama do Fluxo de Caixa do exemplo


Nesse caso, o valor do PV é conhecido, e o valor do PMT (da parcela) desconhecido.
Então devemos calcular o PMT.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ....................................... apaga as memórias financeiras
18.585,49 → (CHS) →(PV) ............ entra com o valor presente com sinal negativo
3 → ( i ) ...................................... entra com a taxa de juros
4 → ( n ) ...................................... entra com o número de parcelas
(PMT) → 5.000,00 ......................... calcula o valor da parcela
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2) Um automóvel está sendo financiado em 36 prestações mensais iguais de R$


1.098,52 pagas no final de cada mês (sem entrada). Considerando que a taxa de juros
cobrada pela empresa vendedora é de 2% ao mês, encontrar o preço à vista do
automóvel:

Esquematização do problema:

R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52

0 1 2 3 . . . 35 36
À VISTA = PV

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento


Para resolver esse problema, poderíamos considerar cada prestação de R$
1.098,52 tomado individualmente como um Valor Futuro (FV). Assim, se calcularmos o
Valor Presente (PV) de cada uma das 36 prestações e somarmos na data zero,
encontraremos o Valor Presente da série, o qual será o próprio preço à vista, ou seja:

1.098,52 1.098,52 1.098,52 1.098,52 1.098,52


PV = + + + ... + +
(1 + 0,02) 1
(1 + 0,02) 2
(1 + 0,02) 3
(1 + 0,02) 35
(1 + 0,02) 36

Esse procedimento pode se tornar muito cansativo, enfadonho e demorado; sem


contar que a probabilidade de cometer algum erro de cálculo é muito grande. Por esse
motivo, transformaremos essa fórmula numa outra equivalente, muito mais eficiente e
prática. Outra opção é a utilização de calculadoras financeiras, as quais trazem tais
fórmulas programadas para agilizar os cálculos.

De forma geral, escreveremos a fórmula acima substituindo os valores pelas respectivas


incógnitas:

PMT PMT PMT PMT PMT


PV = + + + ... + n −1
+
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) 3
(1 + i ) (1 + i ) n

Fórmula básica de uma série uniforme postecipada


Passo 1: Colocamos o termo comum (PMT) em evidência e fazendo uma substituição
de variável 1 + i = t , teremos:
 
1 1 1 1 1 
PV = PMT . 1 + 2 + 3 + ... + n −1 + n 
t t t t t
 14444244443 
 P .G 

Passo 2: Observemos que os valores localizados entre colchetes podem ser somados,
utilizando a fórmula da soma de uma progressão geométrica finita (PG), pois temos
1 1
aqui uma P.G, cujo primeiro termo (a1) é e a razão (q) também .
t t
A fórmula da soma de uma progressão geométrica é dada por:

a1 .(q n − 1)
Sn =
q −1
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Se substituirmos o primeiro termo e a razão da P.G entre colchetes, teremos a seguinte


situação:

1 1 1 1− tn 1− tn
.( n − 1) .( n ) n 1− tn
Sn = t t = t t = t =
1 1− t 1− t (1 − t ).t n
−1
t t
1− t n
Portanto a soma da P.G entre colchetes é S n = , e fazendo novamente a
(1 − t ).t n
1 − (1 + i) n 1 − (1 + i ) n
substituição de variável, temos: S n = = , a qual, invertendo o
(1 − (1 + i)).(1 + i ) n − i.(1 + i ) n
sinal da razão, fica:
(1 + i) n − 1
Sn =
(1 + i) n .i

Finalmente, voltando à equação original temos:

(1 + i ) n − 1
PV = PMT .
(1 + i ) n .i

Fórmula que relaciona PV com PMT de uma série uniforme postecipada

Voltamos, então, ao exemplo, onde queríamos encontrar o preço à vista do


automóvel. Substituindo os valores diretamente nessa fórmula, teremos o preço à vista
(PV).

SOLUÇÃO ALGÉBRICA
Logo,
(1 + 0,02) 36 − 1
PV = 1.098,52. = 1.098,52 x 25,488842 = 28.000,00
(1 + 0,02) 36 .0,02

Portanto, o preço à vista do automóvel é R$ 28.000,00.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ....................................... apaga as memórias financeiras
1.098,52 → (CHS) →(PMT) ........... entra com o valor da prestação
2 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros
36 → ( n ) .................................... entra com o número de prestações
(PV) → 28.000,00 ......................... calcula o valor à vista

Através de algumas manipulações algébricas, é possível encontrar equações


equivalentes àquela já demonstrada, ou seja, encontrar uma fórmula para determinar
o valor de: PMT e de n. A determinação do valor de i requer o uso de procedimentos
numéricos, pois não se consegue extrair uma fórmula para i.
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(1 + i ) n .i
PMT = PV .
(1 + i ) n − 1

(1 + i ) n − 1 log PMT − log( PMT − PV .i )


PV = PMT. n=
(1 + i ) n .i log(1 + i )
i = Processo Numérico

Variações da Fórmula de Séries Uniformes Postecipadas

OBS: As demonstrações das fórmulas do PMT e n não serão feitas. Essas demonstrações
ficam como exercícios para o aluno. Utilizaremos o mesmo exemplo para fazer a
verificação dessas fórmulas.

3) Um automóvel está sendo financiado em 36 prestações mensais iguais pagas no final


de cada mês (sem entrada). Considerando que a taxa de juros cobrada pela empresa
vendedora é de 2% ao mês, e o preço à vista do automóvel R$ 28.000,00, encontrar o
valor da prestação:

Esquematização do problema:

PMT PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 . . . 35 36
R$ 28.000,00

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento


SOLUÇÃO ALGÉBRICA
(1 + 0,02) 36 .0,02
PMT = 28.000. = 28.000 x 0,039233 = 1.098.52
(1 + 0,02) 36 − 1

Portanto, o valor da prestação é R$ 1.098,52.


CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ......................................... apaga as memórias financeiras
28.000 → (CHS) →(PV) .................. entra com o preço à vista com sinal negativo
2 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros
36 → ( n ) .................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 1.098,52 ......................... calcula o valor da prestação

4) Um automóvel está sendo financiado em prestações mensais iguais pagas no final


de cada mês (sem entrada). Considerando que a taxa de juros cobrada pela empresa
vendedora é de 2% ao mês, o preço à vista do automóvel R$ 28.000,00, e o valor das
prestações R$ 1.098,52, em quantas parcelas foi feito o financiamento?

Esquematização do problema:

R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52 R$ 1.098,52

0 1 2 3 . . . n-1 n
R$ 28.000,00

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento


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SOLUÇÃO ALGÉBRICA
Logo,
log1.098,52 − log(1.098,52 − 28.000 x 0,02) 0,712895
n= = = 36
log(1 + 0,02) 0,019803

Portanto, o financiamento será pago em 36 prestações.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) .............................................. apaga as memórias financeiras
28.000 → (CHS) →(PV) ........................ entra com o preço à vista
2 → ( i ) .............................................. entra com a taxa de juros
1.098,52 → (PMT) ................................ entra com o valor da prestação
( n ) → 36 ........................................... calcula o número de prestações

5) Um eletrodoméstico está a venda, em certa loja, por um preço à vista de R$


3.000,00. Essa mercadoria é vendida a prazo em 12 prestações iguais e mensais (sem
entrada) de R$ 308,63. Qual a taxa de juro mensal que o cliente está pagando, caso
opte pelo pagamento a prazo?

Esquematização do problema:

R$ 308,63 R$ 308,63 R$ 308,63 R$ 308,63 R$ 308,63

0 1 2 3 . . . 11 12
R$ 3.000,00

Diagrama do Fluxo de Caixa da compra a prazo

O cálculo da taxa de juros de uma série de pagamentos não poderá ser


encontrado através de uma fórmula básica, ou seja, não podemos isolar i na fórmula
do PV. Portanto, utilizaremos um método algébrico de aproximação por tentativa e erro,
ou seja, fazer a simulação de respostas até chegar no valor que torna a igualdade
verdadeira.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA

(1 + i) n − 1
PV = PMT .
(1 + i) n .i

PV (1 + i)12 − 1
=
PMT (1 + i)12 .i

3.000 (1 + i)12 − 1
=
308,63 (1 + i)12 .i

(1 + i )12 − 1
9,720377 =
(1 + i )12 .i

De acordo com igualdade acima, a solução numérica consiste em encontrar um valor


para i que torne a expressão verdadeira, isto é, igual a 9,720377.
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PV (1 + i )12 − 1
Solução numérica do problema: = 9,720377 e expressão
PMT (1 + i )12 .i

Taxa Sugerida Valor da Expressão Comparativo Conclusão - Decisão


2,0% 10,575341 > 9,720377 Taxa procurada maior que 2%. Aumentar "i"
10,0% 6,813692 < 9,720377 Taxa procurada menor que 10%. Diminuir "i"
6,0% 8,383844 < 9,720377 Taxa procurada menor que 6%. Diminuir "i"
4,0% 9,385074 < 9,720377 Taxa procurada menor que 4%. Diminuir "i"
3,0% 9,954004 > 9,720377 Taxa procurada maior que 3%. Aumentar "i"
3,5% 9,663334 < 9,720377 Taxa procurada menor que 3,5%. Diminuir "i"
Simulação de taxas/coeficientes e análises
De acordo com a tabela acima, percebemos que a taxa está entre 3% e 3,5%.
Se o processo de iteração for continuado, a taxa sugerida vai se aproximando da taxa
procurada. Esse processo pode ser demorado. Entretanto, o uso de interpolação linear,
permite encontrar um valor aproximado para a taxa procurada de forma mais rápida.

Fator

A
9,954004

E D
9,720377
C B
9,663334

Taxas ( % )
3 x 3,5
x = Taxa Procurada

Gráfico da interpolação linear

A taxa procurada será igual a “x”. Usando-se as propriedades entre triângulos


semelhantes, ABC ≅ ADE, encontra-se o valor de “x”.

Base do triângulo menor Altura do triângulo menor


=
Base do triângulo maior Altura do triângulo maior

x − 3 9,954004 − 9,720382
=
3,5 − 3 9,954004 − 9,663334

x − 3 0,233622
=
0,5 0,290670

x = 3,4019
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 14

Portanto, a taxa procurada é aproximadamente 3,4019% a.m

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
3.000 → (CHS) →(PV) .................... entra com o preço à vista com sinal negativo
308,63 → (PMT) ............................ entra com o valor da prestação
12 → ( n ) ................................... entra com o número de prestações
( i ) → 3,40 ................................. calcula o valor exato da taxa
Portanto, a taxa procurada é exatamente 3,40% a.m.

OBS: Embora a taxa encontrada seja um valor aproximado, esse valor é muito próximo
daquele procurado, portanto pode-se perfeitamente utilizá-lo, desde que a diferença
entre os fatores sejam pequenos.

3.2 PROCEDIMENTO GENÉRICO EM PROBLEMAS QUE NECESSITAM ENCONTRAR


A TAXA.

1) O procedimento adotado é o de aproximações sucessivas. Os passos estão colocados


a seguir:
(1 + i ) n − 1
2) Sugerir um valor para ( i ), calcular o valor da expressão: e comparar com
(1 + i) n .i
PV
o valor já determinado de ;
PMT
PV
3) Se o valor encontrado for igual a , então a taxa que foi sugerida é a taxa
PMT
PV
procurada, e o problema está resolvido. Se o valor for maior que , deve-se
PMT
PV
aumentar o valor de ( i ). Se o valor encontrado for menor que , deve-se diminuir
PMT
( i ).
(1 + i ) n − 1
4) Com o novo ( i ) recalcular o valor da expressão . A idéia básica é encontrar
(1 + i) n .i
duas taxas i< e i > da taxa procurada, de maneira que aproximem o valor da expressão
(1 + i< ) n − 1 PV (1 + i> ) n − 1
de tal forma que: < < ;
(1 + i< ).i< PMT (1 + i> ) n .i>
5) Satisfeita a condição acima, certamente a taxa procurada estará entre i< e i > . Para
diminuir a amplitude entre i< e i > , utiliza-se o conceito de ponto médio para sugerir uma
i< + i >
nova taxa i = e recalcular o valor da expressão (esse procedimento evita que, ao
2
sugerir nova taxa, não se distancie da taxa procurada). Quando a diferença entre as
PV
taxas i< e i > tender a zero, o valor da expressão tenderá para e o problema estará
PMT
solucionado. O uso da interpolação linear ajuda a acelerar o processo de convergência;
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 15

3.3 RELACIONAMENTO ENTRE PV e PMT EM SÉRIES UNIFORMES ANTECIPADAS


Esse tipo de exercício é caracterizado como uma série antecipada, ou seja, os
pagamentos são efetuados no início de cada período (com entrada).

EXEMPLOS:
1) Uma empresa necessita adquirir um equipamento para desenvolver seus projetos.
Esse equipamento está à venda, em certa loja em 24 prestações mensais iguais, sendo
que a primeira parcela deverá ser paga no ato da compra. (1 + 23). A taxa de juros
cobrada a prazo é de 2,25% a.m. A empresa interessada pretende efetuar o pagamento
à vista. Determine o preço à vista do equipamento, sabendo que o valor das parcelas é
R$ 521,20.

Esquematização do problema:

R$ 521,20 R$ 521,20 R$ 521,20 R$ 521,20 R$ 521,20 R$ 521,20

0 1 2 3 . . . 22 23

À VISTA = PV

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento

Para resolver esse problema, poderíamos considerar cada prestação de R$ 521,20


tomado individualmente como um Valor Futuro (FV). Assim, se calcularmos o Valor
Presente (PV) de cada uma das 23 prestações, somarmos na data zero, mais a entrada,
encontraremos o Valor Presente da série, o qual será o próprio preço à vista, ou seja:

521,20 521,20 521,20 521,20 521,20


PV = 521,20 + + + + ... + +
(1 + 0,0225) 1
(1 + 0,0225) 2
(1 + 0,0225) 3
(1 + 0,0225) 22
(1 + 0,0225) 23
Da mesma forma que nas séries postecipadas, esse procedimento pode se tornar
muito cansativo, enfadonho e demorado; sem contar que a probabilidade de cometer
algum erro de cálculo é muito grande. Por esse motivo, transformaremos essa fórmula
numa outra equivalente, muito mais eficiente e prática. Sem falar nas calculadoras
financeiras, as quais trazem tais fórmulas programadas para agilizar os cálculos.

De forma geral, escreveremos a fórmula acima substituindo os valores pelas


respectivas incógnitas:

PMT PMT PMT PMT PMT


PV = PMT + + + + ... + n−2
+
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) 3
(1 + i ) (1 + i ) n −1

Fórmula básica de uma série uniforme antecipada


Através de manipulações algébricas semelhantes àquelas vistas na demonstração
da fórmula geral de séries postecipadas, chegamos na seguinte fórmula:

(1 + i ) n − 1
PV = PMT .
(1 + i ) n −1 .i

Fórmula que relaciona PV com PMT de uma série uniforme antecipada


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OBS: A única diferença da fórmula da série postecipada já conhecida é o expoente do


denominador, o qual de (n) passa para (n – 1).

A demonstração da fórmula que relaciona PV com PMT fica como exercício para
o aluno, visto que poderá seguir os passos da demonstração da fórmula de uma série
postecipada.
Voltamos, então, ao exemplo, onde queríamos encontrar o preço à vista do
equipamento. Substituindo os valores diretamente nessa fórmula, teremos o preço à
vista (PV).
SOLUÇÃO ALGÉBRICA
(1 + 0,0225) 24 − 1
PV = 521,20. = 521,20 x 18,802790 = 9.800,00
(1 + 0,0225) 23 .0,0225
Portanto, o preço à vista do equipamento é R$ 9.800,00.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
( g ) (BEG) ................................... Insere o modo antecipado (com entrada)
521,20 → (CHS) →(PMT) ............... entra com o valor da prestação
2,25 → ( i ) .................................. entra com a taxa de juros
24 → ( n ) .................................... entra com o número de prestações
(PV) → 9.800,00 ........................... calcula o valor à vista

No exemplo que acabamos de resolver, a calculadora foi colocada no modo


antecipado (pagamentos com entrada). Isto é percebido, pois aparece escrito no visor
da calculadora a palavra BEGIN (significa início). Deve-se tomar o cuidado de observar
se a calculadora está no modo antecipado ou postecipado para os cálculos de problemas
posteriores. Para voltar ao modo postecipado (sem entrada) basta digitar ( g ) (END),
e a palavra BEGIN desaparece do visor.
Quando a calculadora está no modo antecipado (com entrada), SEMPRE estará
escrito a palavra BEGIN na calculadora. No modo postecipado, (sem entrada), a palavra
END não aparece escrita no visor. Basta eliminar o BEGIN do visor. Muita atenção ao
fazer os cálculos. Esteja atento a esses fatos.

Do mesmo modo, como feito nas séries postecipadas, através de algumas


manipulações algébricas, é possível encontrar equações equivalentes àquela do PV, ou
seja, encontrar uma fórmula para determinar o valor de PMT e de n. A determinação do
valor de i também requer o uso de procedimentos numéricos, pois não se consegue
extrair uma fórmula para i.

(1 + i ) n −1 .i
PMT = PV .
(1 + i ) n − 1
PV .i
(1 + i ) n − 1 log PMT − log( PMT − )
PV = PMT . n= 1+ i
(1 + i ) n −1 .i log(1 + i )
i = Processo Numérico

Variações da Fórmula de Séries Uniformes Antecipadas


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OBS: As demonstrações das fórmulas do PMT e n não serão feitas. Essas


demonstrações ficam como exercícios para o aluno. Utilizaremos o mesmo exemplo
para a verificação das fórmulas.

2) Considere o exemplo ( 1 ), o qual tem o equipamento com preço à vista R$ 9.800,00.


Supondo que a empresa interessada na compra do equipamento faça uma proposta de
pagá-lo em 18 prestações mensais iguais, sendo 1 + 17. Qual seria o valor das
prestações na mesma taxa mensal de juros?

Esquematização do problema:

PMT PMT PMT PMT PMT PMT

1 2 3 . . . 16 17

R$ 9.800,00

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento

SOLUÇÃO ALGÉBRICA
(1 + 0,0225)17 .0,0225
PMT = 9.800. = 9.800 x 0,066677 = 653,43
(1 + 0,0225)18 − 1

Portanto, o valor da prestação seria R$ 653,43.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
( g ) (BEG) ................................... Insere o modo antecipado (com entrada)
9.800 → (CHS) →(PV) ................... entra com o preço à vista com sinal negativo
2,25 → ( i ) .................................. entra com a taxa de juros
18 → ( n ) .................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 653,43 ........................... calcula o valor da prestação

3) Considere o exemplo ( 1 ), o qual tem o equipamento com preço à vista R$ 9.800,00.


Supondo que a empresa interessada na compra do equipamento faça uma proposta de
pagá-lo com uma entrada de 20%, mais 17 prestações mensais iguais. Qual seria o
valor das prestações na mesma taxa mensal de juros?

Esquematização do problema:

R$ 1.960,00 PMT PMT PMT PMT PMT

1 2 3 . . . 16 17

R$ 9.800,00

Diagrama do Fluxo de Caixa do financiamento


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Nesse caso, nota-se que o valor financiado é 9.800,00 – 1.960,00 = 7.840,00 e não
9.800,00, concluindo que o valor da entrada não entrará no cálculo. O fluxo de caixa
pode ser modificado assim:

Esquematização do problema:

PMT PMT PMT PMT PMT

1 2 3 . . . 16 17

R$ 7.840,00

Diagrama do Fluxo de Caixa modificado

De acordo com o diagrama do fluxo de caixa acima, a série é postecipada. Os


cálculos deverão ser feitos no modo END (sem entrada).
SOLUÇÃO ALGÉBRICA
(1 + 0,0225)17 .0,0225
PMT = 7.840. = 7.840 x 0,071440 = 560,09
(1 + 0,0225)17 − 1

Portanto, o valor da prestação seria R$ 560,09.

CALCULADORA HP-12C (modo END = sem entrada)


(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
7.840 → (CHS) →(PV) .................... entra com o valor financiado (valor presente)
2,25 → ( i ) ................................... entra com a taxa de juros
17 → ( n ) ..................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 560,09 ............................. calcula o valor da prestação

3) Considere o exemplo ( 1 ), o qual é ofertado o equipamento com preço à vista R$


9.800,00. Supondo que a empresa interessada na compra do equipamento faça uma
proposta de pagá-lo em prestações mensais iguais de R$ 450,00, sendo 1 + n (com
entrada). Qual seria a quantidade de prestações na mesma taxa mensal de juros?

OBS: Neste caso a incógnita é o ( n ), e, possivelmente a resposta não será um número


inteiro, pois a prestação está sendo simulada. Veja a solução:

SOLUÇÃO ALGÉBRICA (1a PARTE)


PV .i
log PMT − log( PMT − )
n= 1+ i
log(1 + i )

9800 x 0,0225
log 450 − log(450 − )
1 + 0,0225 0,652423
n= = = 29,3215...
log(1 + 0,0225) 0,022251

Portanto, a quantidade de prestações seria 29,3215....


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Sabemos, entretanto, que não existem financiamentos com 29,322... parcelas (o n° de


parcelas deverá sempre ser inteiro). Desse modo, 29 parcelas de R$ 450,00 seriam
insuficientes para liquidar a dívida. Entretanto, 30 parcelas ultrapassariam o saldo da
dívida. Para resolver este problema, arredondamos a resposta SEMPRE PARA CIMA. Por
conseguinte, deve-se fazer um ajuste na prestação, de modo que os pagamentos não
sejam superiores ao saldo. Então, recalculamos o valor da prestação:

2a PARTE: (Ajuste da prestação).


(1 + i ) n −1 .i
PMT = PV .
(1 + i) n − 1

(1 + 0,0225) 29 x 0,0225
PMT = 9.800 x = 9800 x 0,045183 = 442,79
(1 + 0,0225) 30 − 1

Portanto, são 30 prestações com valor R$ 442,79.

CALCULADORA HP-12C
1a PARTE:
(f) (clx) ...................................... apaga as memórias financeiras
( g ) (BEG) ................................. Insere o modo antecipado (com entrada)
9.800 → (CHS) → (PV) ................ entra com o valor financiado (valor presente)
2,25 → ( i ) ................................ entra com a taxa de juros
450 → (PMT) .............................. entra com valor simulado da prestação
( n ) → 30 .................................. calcula o no de prestações (valor arredondado)

A resposta seria 29,322...

2a PARTE: Calcular o valor exato da prestação


(PMT) → 442,79 ....................... faz o ajuste da prestação

Portanto, são 30 prestações com valor R$ 442,79.

Lembre-se: O arredondamento é SEMPRE PARA CIMA. Se o arredondamento fosse feito


para baixo (29), as vinte nove parcelas de R$ 450,00 seriam insuficientes para liquidar
a dívida.

Exercícios Propostos:
E1) O preço à vista de uma mercadoria é R$ 1.300,00. Se o cliente preferir poderá
financiar em 1 + 9. Determine o valor da prestação sabendo que a taxa mensal de juros
cobrada é 5%:
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E2) Um carro usado está a venda por R$ 5.400,00. O vendedor oferece as seguintes
condições:
40% de entrada e o restante em parcelas iguais de R$ 491,22 com taxa de 4,5% ao
mês. Em quantas parcelas foi feito o financiamento?

E3) Certa pessoa, necessitando de dinheiro procurou um banco para fazer um


empréstimo. A taxa do empréstimo cobrada é de 5% ao mês. Feita a transação, a dívida
deverá ser liquidada em 18 vezes de R$ 251,11. Qual foi o valor financiado?

E4) A vista R$ 1 200,00: A prazo 10 x R$ 146,48. Qual a taxa?

E5) A vista R$ 640,00: Taxa 4,4%; 1 + 7 de:

E6) A prazo 24 x R$ 230,00 Taxa 2,5% a.m. Encontre o preço a vista:


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E7) Um eletrodoméstico cujo preço à vista é R$ 269,80 era vendido em 8 prestações


iguais de R$ 44,31. A loja reduziu os financiamentos para 4 prestações apenas. De
quanto será a nova prestação para que se tenha a mesma taxa de juros?

E8) Um empréstimo de R$ 3.500,00 deve ser pago em parcelas mensais, com juros de
4,2% ao mês. O devedor só dispõe de R$ 250,00 por mês para pagá-lo.
a) Em quantas prestações poderá ser paga a dívida?

b) De quanto serão as prestações ajustadas?

E9) Um financiamento de R$ 25.000,00 deve ser pago em parcelas mensais e iguais,


com juros de 3,5% ao mês. Sabe-se que o devedor só pode pagar no máximo R$
1.500,00 por mês:
a) Em quantas prestações ele poderá quitar a sua dívida?

b) Qual será o valor das prestações ajustadas?

E10) Um financiamento de R$ 13 200,00 será liquidado em 14 prestações mensais.


Considerando uma taxa de juros de 3% ao mês, calcular o valor da prestação na
hipótese de serem pagas:
a) Postecipadamente (sem entrada)

b) Antecipadamente (com entrada)


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E11) O preço à vista de uma moto é R$ 7.000,00. A loja oferece a moto financiada em
parcelas mensais fixas, numa taxa de 2,5% a.m. O devedor só dispõe de R$ 250,00 por
mês para o pagamento do financiamento, e deseja pagá-la em 3 anos. Diante disso, o
comprador se propõe dar uma entrada como parte do pagamento. Pergunta-se:
a) Qual o valor que deverá dar na entrada?

b) Qual a taxa anual equivalente à mensal paga no financiamento?

E12) Certa empresa necessita adquirir uma máquina industrial. Uma loja oferece o
produto, nas condições especificadas abaixo:
À vista: R$ 75.000,00, ou 8 parcelas semestrais postecipadas de R$ 12.500,00
A empresa interessada propôs outra alternativa, na qual se compromete a pagar em 5
parcelas anuais antecipadas, na mesma taxa de juros (taxa anual equivalente).
Determine o valor da parcela anual.

E13) Qual o valor presente do fluxo de caixa mensal a seguir a uma taxa de juros de
18% a.a com capitalização mensal?
R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
PV ?

Diagrama do Fluxo de Caixa com período mensal


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E14) Qual o valor presente do fluxo de caixa mensal a seguir a uma taxa de juros de
15% a.a com capitalização mensal?
R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00

R$ 1.500,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

PV ?

Diagrama do Fluxo de Caixa com período mensal

4. AMORTIZAÇÃO DE FINANCIAMENTOS

Ao contratar um financiamento (empréstimo), a ser pago mediante prestações


periódicas, o devedor pode identificar, a cada prestação que paga, qual o valor
destinado ao pagamento de juros e qual valor destinado à amortização do capital.
Esse plano de amortização do financiamento informa sobre os pagamentos a
serem feitos durante o contrato, sobre os valores do juro e da amortização
compreendidos em cada pagamento, bem como a evolução do saldo devedor.
Todas as prestações podem ser decompostas em duas parcelas: juros e
amortização. Assim temos:

PRESTAÇÃO = AMORTIZAÇÃO + JUROS

Amortização é o pagamento efetivo da dívida (valor sem juros).


Os tipos de financiamentos mais utilizados no Brasil são o Sistema Francês
(também conhecido como Tabela Price), o Sistema de Amortização Constante (SAC), O
Sistema de Amortização Crescente (SACRE).
No estudo dos sistemas de amortização, busca-se identificar, em qualquer
tempo, o estado da dívida, isto é, a decomposição do valor de uma prestação em juro
(remuneração do capital), amortização (valor destinado ao pagamento da dívida) e
saldo devedor imediatamente após o pagamento da prestação.

4.1 SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO


O sistema francês de amortização, também conhecido como TABELA PRICE, é o
mais utilizado nas transações comerciais a prazo, principalmente no crédito direto ao
consumidor. A característica básica desse sistema é a de ter prestações constantes
(PMT1 = PMT2 = PMT3 = ... = PMTn).
A função da amortização é restituir o capital emprestado de tal forma que a soma
de todas as amortizações deverá ser igual ao valor do financiamento.
No sistema Francês, as prestações iniciais contêm uma grande parcela de juros,
a qual vai caindo geometricamente à medida que a dívida vai sendo saldada. A
amortização, ao contrário, apresenta crescimento geométrico ao longo dos períodos.
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 24

A planilha a seguir ilustra um financiamento de valor “X” a ser pago pelo Sistema
Price, contratado a uma taxa de juros de i% e a ser saldado em N prestações.

Período Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 X = SD0
1 PMT1 J1 = i * SD0 A1 = PMT1 - J1- SD1 =SD0 – A1
2 PMT2 J2 = i * SD1 A2 = PMT2 - J2- SD2 =SD1 – A2
3 PMT3 J3 = i * SD2 A3 = PMT3 - J3- SD3 =SD2 – A3

n PMTn Jn = i * SDn-1 An = PMTn - Jn- SDn =SDn-1 – An

EXEMPLO: Uma empresa negociou, com uma instituição financeira, um financiamento


de R$ 30.000,00 pelo sistema francês de amortização a uma taxa de juros de 2,5% ao
mês a ser pago em 8 prestações mensais. Elabore a planilha de financiamento:
Calculadora HP-12C
(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
30.000 → (CHS) →(PV) ................. entra com o valor financiado (valor presente)
2,5 → ( i ) ..................................... entra com a taxa de juros
8 → ( n ) ...................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 4.184,02 ......................... calcula o valor da prestação
Após determinado o valor da prestação, a planilha de amortização pode ser
facilmente elaborada como mostra o exemplo:

Período Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 R$ 30.000,00
1 R$ 4.184,02 R$ 750,00 R$ 3.434,02 R$ 26.565,98
2 R$ 4.184,02 R$ 664,15 R$ 3.519,87 R$ 23.046,11
3 R$ 4.184,02 R$ 576,15 R$ 3.607,87 R$ 19.438,24
4 R$ 4.184,02 R$ 485,96 R$ 3.698,06 R$ 15.740,18
5 R$ 4.184,02 R$ 393,50 R$ 3.790,52 R$ 11.949,66
6 R$ 4.184,02 R$ 298,74 R$ 3.885,28 R$ 8.064,38
7 R$ 4.184,02 R$ 201,61 R$ 3.982,41 R$ 4.081,97
8 R$ 4.184,02 R$ 102,05 R$ 4.081,97 (R$ 0,00)
TOTAL R$ 33.472,16 R$ 3.472,16 R$ 30.000,00
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 25

SOLUÇÃO USANDO A HP-12C

f CLX
-30.000 PV
Cálculo da Prestação 2,5 i%
8 N
PMT R$ 4.184,02
Juro 1 f AMORT R$ 750,00
1ª linha Amortização x <> y R$ 3.434,02
Saldo Devedor RCL PV R$ 26.565,98
Juro 1 f AMORT R$ 664,15
2ª linha Amortização x <> y R$ 3.519,87
Saldo Devedor RCL PV R$ 23.046,11
Juro 1 f AMORT R$ 576,15
3ª linha Amortização x <> y R$ 3.607,87
Saldo Devedor RCL PV R$ 19.438,24
Juro 1 f AMORT R$ 485,96
4ª linha Amortização x <> y R$ 3.698,06
Saldo Devedor RCL PV R$ 15.740,18
Juro 1 f AMORT R$ 393,50
5ª linha Amortização x <> y R$ 3.790,52
Saldo Devedor RCL PV R$ 11.949,66
Juro 1 f AMORT R$ 298,74
6ª linha Amortização x <> y R$ 3.885,28
Saldo Devedor RCL PV R$ 8.064,38
Juro 1 f AMORT R$ 201,61
7ª linha Amortização x <> y R$ 3.982,41
Saldo Devedor RCL PV R$ 4.081,97
Juro 1 f AMORT R$ 102,05
8ª linha Amortização x <> y R$ 4.081,97
Saldo Devedor RCL PV R$ 0,00

Para o exemplo em análise, o gráfico a seguir mostra a evolução das parcelas do juro e
da amortização.

Sistema PRICE - composição das prestações

R$ 5.000,00
R$ 4.000,00
Prestação

R$ 3.000,00
R$ 2.000,00
Juros Amortização
R$ 1.000,00
R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8

Período
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 26

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
E15) O preço à vista de uma TV é R$ 1.500,00. Poderá ser pago em 3 prestações
mensais e iguais, sem entrada. A taxa cobrada é 7% ao mês. Construa a planilha do
financiamento:
N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

4.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)


A principal característica desse sistema, como o próprio nome já diz, é a de
amortização constante, isto é:

SD0
a = a1 = a2 = a3 = ... an =
N

Fórmula do cálculo da amortização no SAC

onde:
a = amortização
SD0 = Saldo devedor inicial (valor financiado)
N = número de prestações
Uma vez que a amortização é constante, a cada prestação, o saldo devedor
decresce sempre do mesmo valor (amortização). Comparativamente ao sistema Price,
o SAC apresenta prestações iniciais superiores e, por conseqüência, o saldo devedor
decresce mais rapidamente. A planilha a seguir ilustra o desenvolvimento de um
financiamento de valor X, contratado a uma taxa de juros i% a ser saldado em N
prestações pelo sistema de amortização constante:

Período Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 X = SD0
1 P 1 = A1 + J1 J1 = i * SD0 A1 = SD0/N- SD1 =SD0 – A1
2 P 2 = A2 + J2 J2 = i * SD1 A2 = SD0/N- SD2 =SD1 – A2
3 P 3 = A3 + J3 J3 = i * SD2 A3 = SD0/N- SD3 =SD2 – A3
... ..... ..... ..... .....
n P n = An + Jn Jn = i * SDn-1 An = SD0/N- SDn =SDn-1 – An
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 27

EXEMPLO:
Uma empresa negociou, com uma instituição financeira, um financiamento de R$
30.000,00 pelo sistema de amortização constante (SAC) a uma taxa de juros de 2,5%
ao mês a ser pago em 8 prestações mensais. Elabore a planilha de financiamento:

Período Prestação Juros Amortização Saldo Devedor


0 R$ 30.000,00
1 R$ 4.500,00 R$ 750,00 R$ 3.750,00 R$ 26.250,00
2 R$ 4.406,25 R$ 656,25 R$ 3.750,00 R$ 22.500,00
3 R$ 4.312,50 R$ 562,50 R$ 3.750,00 R$ 18.750,00
4 R$ 4.218,75 R$ 468,75 R$ 3.750,00 R$ 15.000,00
5 R$ 4.125,00 R$ 375,00 R$ 3.750,00 R$ 11.250,00
6 R$ 4.031,25 R$ 281,25 R$ 3.750,00 R$ 7.500,00
7 R$ 3.937,50 R$ 187,50 R$ 3.750,00 R$ 3.750,00
8 R$ 3.843,75 R$ 93,75 R$ 3.750,00 R$ 0,00
TOTAL R$ 33.375,00 R$ 3.375,00 R$ 30.000,00

Para o exemplo em análise, o gráfico a seguir mostra a evolução das parcelas, do juro
e da amortização:

sistema SAC - Composição das prestações

R$ 4.500,00
R$ 4.000,00
R$ 3.500,00
Prestação

R$ 3.000,00
R$ 2.500,00
R$ 2.000,00
R$ 1.500,00 Juros Amortização
R$ 1.000,00
R$ 500,00
R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8

Período
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 28

E16) (Cx. E. Fed) Um industrial, pretendendo ampliar as instalações de sua empresa


solicita R$ 200 000,00 emprestados a um banco, que entrega a quantia no ato. Sabe-
se que os juros serão pagos anualmente, à taxa de 10% ao ano, e que o capital será
amortizado em 4 parcelas anuais, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Os
juros pagos por esse empréstimo deverão totalizar a quantia de:
a) R$ 40 000,00
b) R$ 45 000,00
c) R$ 50 000,00
d) R$ 55 000,00
e) R$ 60 000,00

N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

4.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS


Do ponto de vista de custo de capital, os dois sistemas se equivalem. Pelo
conceito de equivalência de fluxos de caixa, isso pode ser verificado. Dois fluxos de
caixa são ditos equivalentes quando, ao serem descontados a uma mesma taxa, por
um mesmo período, produzirem o mesmo valor presente. Em ambos os sistemas, o
valor presente do fluxo de desembolso será igual ao valor do financiamento.

Planilha de Comparação entre os dois Sistemas

Prestação Amortizaçao Amortização Saldo Devedor Saldo Devedor


N PRICE Prestação SAC Juros PRICE Juros SAC PRICE SAC PRICE SAC
0 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
1 R$ 4.184,02 R$ 4.500,00 R$ 750,00 R$ 750,00 R$ 3.434,02 R$ 3.750,00 R$ 26.565,98 R$ 26.250,00
2 R$ 4.184,02 R$ 4.406,25 R$ 664,15 R$ 656,25 R$ 3.519,87 R$ 3.750,00 R$ 23.046,11 R$ 22.500,00
3 R$ 4.184,02 R$ 4.312,50 R$ 576,15 R$ 562,50 R$ 3.607,87 R$ 3.750,00 R$ 19.438,24 R$ 18.750,00
4 R$ 4.184,02 R$ 4.218,75 R$ 485,96 R$ 468,75 R$ 3.698,06 R$ 3.750,00 R$ 15.740,18 R$ 15.000,00
5 R$ 4.184,02 R$ 4.125,00 R$ 393,50 R$ 375,00 R$ 3.790,52 R$ 3.750,00 R$ 11.949,66 R$ 11.250,00
6 R$ 4.184,02 R$ 4.031,25 R$ 298,74 R$ 281,25 R$ 3.885,28 R$ 3.750,00 R$ 8.064,38 R$ 7.500,00
7 R$ 4.184,02 R$ 3.937,50 R$ 201,61 R$ 187,50 R$ 3.982,41 R$ 3.750,00 R$ 4.081,97 R$ 3.750,00
8 R$ 4.184,02 R$ 3.843,75 R$ 102,05 R$ 93,75 R$ 4.081,97 R$ 3.750,00 (R$ 0,00) R$ 0,00
TOTAL R$ 33.472,16 R$ 33.375,00 R$ 3.472,16 R$ 3.375,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
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Comparação entre as prestações PRICE - SAC

R$ 4.500,00

R$ 4.000,00

R$ 3.500,00

R$ 3.000,00
Prestação

R$ 2.500,00

R$ 2.000,00 PRICE
SAC
R$ 1.500,00

R$ 1.000,00

R$ 500,00

R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8
Período
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 30

EXERCÍCIOS:
E17) Ao fazer um empréstimo de R$ 1.000,00, vou pagar em 6 prestações iguais e
consecutivas, pagando a primeira prestação 30 dias após o empréstimo. A taxa cobrada
pelo banco é 6,5% ao mês. Construa a planilha do financiamento.

N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

E18) Na compra de um carro no valor de R$ 10.000,00, o cliente paga R$ 6.000,00 à


vista e financia o restante em 12 prestações mensais e iguais, numa taxa de 2,8% ao
mês. Construa a planilha do financiamento.
N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

E19) (Receita Fed. – adaptada) Um banco oferece empréstimos nas seguintes


condições:
l – taxa nominal de 6% a.a com capitalização semestral (lembre-se que a taxa efetiva
é 3% a.s)
ll – prestações semestrais
lll – sistema de amortização constante ou sistema francês.
Para um empréstimo de R$ 12 000,00, determine os valores a serem pagos em cada
sistema e faça a planilha dos financiamentos, supondo 6 prestações:
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 31

PRICE
N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

SAC
N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor

Total

E20) (B. Brasil/99) Na tabela abaixo, que apresenta algumas células sem valores
numéricos, os dados referem-se a um empréstimo bancário de R$ 10 000,00, entregues
no ato e sem prazo de carência, à taxa de juros de 12% ao ano, para pagamento em 6
meses pela tabela Price.

Meses Saldo Amortizaçã Juros Prestação


devedor o
0 10 000,00 0 0 0
1 8 374,52
2 83,75
3 5 074,64 1 658,15 67,33
4 3 399,91 1 674,73 50,75
5
6 0
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Com relação a essa situação, julgue os itens abaixo:


I – O valor da quinta prestação será superior a R$ 1 700,00?

II – Imediatamente após ser paga a segunda prestação, o saldo devedor será inferior a
R$ 7 000,00?

III – O valor correspondente aos juros pagos na sexta prestação será inferior a R$
20,00?

E21) Uma empresa tomou um financiamento de R$ 60.000,00 sob as seguintes


condições: taxa de juros de 10% ao ano; amortização da dívida em 5 anos pelo sistema
SAC; encargos de R$ 500,00 anuais (valor incluído em cada parcela). Pede-se: Montar
a planilha de amortização
No saldo amortização juros amort + encargos parcela
devedor juros
0
1
2
3
4
5

5. CÁLCULO DAS VARIÁVEIS DA PLANILHA PRICE E SAC DE UM PERÍODO


QUALQUER
Seguidamente nos deparamos com situações em que necessitamos saber os
valores de um financiamento num período qualquer (saldo devedor, juros de uma
parcela, etc...). Esses dados podem ser calculados sem a construção da planilha, fato
que nos auxilia a ter respostas mais rápidas, evitando certo trabalho.

Exemplo:
Um financiamento de R$ 30.000,00 deve ser amortizado em 60 prestações mensais. A
taxa de juros desse financiamento é de 18% ao ano capitalizada mensalmente.
Determinar, sem elaborar a planilha, os seguintes valores, nos sistemas PRICE e SAC
a) Juros e amortização da 50a prestação
b) Saldo Devedor após pago a 30a prestação
c) O total de juros em R$ pagos no financiamento
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 33

5.1 SALDO DEVEDOR DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE


Supondo uma série de ‘n’ prestações postecipadas, em um ’t-ésimo’ período
qualquer, o número de prestações ainda não pagas será igual a ‘n-t’. Dessa maneira, o
saldo devedor do ‘t-ésimo’ período será igual ao valor presente (PV) das prestações
devidas. Portanto, para encontrar o saldo devedor imediatamente após o pagamento
de determinada prestação, basta encontrar o valor presente das parcelas restantes.
De fato, se partirmos de uma série inicial integral, sem pagamento de nenhuma
prestação, verificamos que o Valor Presente (PV) é o próprio saldo devedor na data
zero. Mas, se quisermos encontrar o PV de parte da série considerada, o PV dessa data
será exatamente o saldo devedor das prestações restantes. Portanto:

 (1 + i )n − 1 
PV = PMT ×   = SD 0
 (1 + i ) × 1 
n

Então, PV = SD0

Assim temos:
 (1 + i )n − 1
SD0 = PMT ×  
 (1 + i ) × i 
n

 (1 + i )n −1 − 1
SD1 = PMT ×  
 (1 + i ) × i 
n −1

 (1 + i )n −2 − 1
SD2 = PMT ×  
 (1 + i ) × i 
n−2

.
.
.
 (1 + i )n −t − 1
( I ) SDt = PMT ×  
 (1 + i ) × i 
n −t

Onde:
SD0 = Saldo Devedor na data zero (inicial).
SD1 = Saldo Devedor no período um (após o pagamento da 1ª prestação).
SD2 = Saldo Devedor no período dois (após o pagamento da 1ª e 2ª prestação).
.
.
. SDt = Saldo Devedor num período t qualquer (após o pagamento de ‘n –t’’ prestações).
 (1 + i )n × i 
Sabendo que PMT = PV ×   , e substituindo o ‘PMT’ na equação (I) acima
 (1 + i ) − 1
n

 (1 + i )n × i 
por PV ×   , teremos:
 (1 + i ) − 1 
n
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 34

 (1 + i )n × i   (1 + i )n −t − 1 
SDt = PV ×  × 
 (1 + i ) − 1  (1 + i ) × i 
n n −t

(1 + i ) × [(1 + i ) − 1]
t n −t
SDt = PV ×
(1 + i )n − 1

 (1 + i )n − (1 + i ) t 
( II ) SDt = PV ×  
 (1 + i ) − 1 
n

 (1 + i )n − (1 + i ) t 
SDt = PV ×  
 (1 + i ) − 1 
n

Fórmula do cálculo do saldo devedor de uma prestação ‘t’ qualquer no PRICE

5.2 AMORTIZAÇÃO DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE


O valor da prestação em um ‘t-ésimo’ período qualquer é igual à soma da
amortização desse período mais os juros respectivos, calculados com base no saldo
devedor do período anterior ‘t-1’.

PMT = At + J t , sendo que J t = SDt −1 × i

Então:
At = PMT − J t

At = PMT − SDt −1 × i

 (1 + i )n × i 
At = PV ×   − SDt −1 × i
 (1 + i ) − 1
n

 (1 + i )n × i   (1 + i )n − (1 + i ) t −1 
At = PV ×   − PV ×  ×i
 (1 + i ) n
− 1   (1 + i ) n
− 1 

[ ]
 (1 + i )n − (1 + i )n − (1 + i ) t −1 
At = PV × i ×  
 (1 + i )n − 1 

 (1 + i ) t −1 
( III ) At = PV × i ×  
 (1 + i ) − 1
n
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 35

 (1 + i)t −1 
At = PV × i ×  
 (1 + i ) − 1
n

Fórmula do cálculo da amortização de uma prestação ‘t’ qualquer no PRICE

5.3 JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA PRICE

O valor da prestação é a soma da amortização mais os juros:

PMT = At + J t

Então:
J t = PMT − At

 (1 + i )n × i   (1 + i ) t −1 
J t = PV ×   − PV × i ×  
 (1 + i ) − 1  (1 + i ) − 1
n n

 (1 + i )n − (1 + i ) t −1 
( IV ) J t = PV × i ×  
 (1 + i )n − 1 

 (1 + i )n − (1 + i ) t −1 
J t = PV × i × 
 (1 + i )n − 1 

Fórmula do cálculo dos juros de uma prestação ‘t’ qualquer no PRICE

5.4 TOTAL DE JUROS NO SISTEMA PRICE

O total de juros é dado pela diferença entre o valor total pago o valor financiado:

J TOTAL = PMT × n − SD0

Fórmula do cálculo de juro total no PRICE


Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 36

SOLUÇÃO – PRICE

MÉTODO ALGÉBRICO
1) Juros da 50a prestação
 (1 + 0,015)60 − (1 + i ) 50−1 
J 50 = 30.000 × 0,015 ×  
 (1 + 0,015)60 − 1 
 0,369089 
J 50 = 450 ×  
 1,443220 

J 50 = 450 × [0,255740]

J 50 = 115,08

2) Amortização da 50a prestação


 (1 + 0,015) 50−1 
A50 = 30.000 × 0,015 ×  
 (1 + 0,015) − 1 
60

 2,074130 
A50 = 450 ×  
 1,443220 

A50 = 450 × [1,437155]

A50 = 646,72

Resposta da letra ‘a’:


Juros = R$ 115,09
Amortização = R$ 646,71

3) Saldo Devedor após pago a 30a prestação


 (1 + 0,015)60 − (1 + 0,015) 30 
SD30 = 30.000 ×  
 (1 + 0,015)60 − 1 
 0,880140 
SD30 = 30.000 ×  
 1,443220 

SD30 = 30.000 × [0,609844]

SD30 = 18.295,33

Resposta da letra ‘b’:


Saldo devedor após o pagamento de 30 prestações é R$ 18.295,33.
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4) O total de juros em R$ pagos no financiamento

O total de juros é dado pela diferença entre o valor financiado e o valor total pago:
Valor financiado = R$ 30.000,00
Valor total pago = 60 * 761,80 = R$ 45.708,00

J TOTAL = 761,80 × 60 − 30.000

J TOTAL = 45.708 − 30.000 = 15.708,00

Resposta da letra ‘c’:


Total de juros =R$ 15.708,00

CALCULADORA HP-12C
1a PARTE: Calcular o valor da prestação. Sempre teremos que inserir os valores nas
teclas financeiras para posteriormente calcular os valores solicitados.
(f) (clx) ..................................... apaga as memórias financeiras
30.000 → (CHS) →(PV) ............... entra com o valor financiado (valor presente)
18 ENTER 12 ÷ → ( i ) .................. entra com a taxa de juros
60 → ( n ) ................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 761,80 .......................... calcula o valor da prestação

OBS: Após inseridos os valores nas teclas financeiras, as operações “número→f→N”


mostra os juros de cada prestação. Por exemplo, “1→f→N” mostra os juros da 1a
prestação.
CUIDADO: Ao repetir a operação “1→f→N”, a calculadora mostrará os juros da 2a
prestação e assim sucessivamente. Toda vez que se fizer a operação “1→f→N”, serão
mostrados os juros da prestação seguinte, em seqüência. Por outro lado, se fizer a
operação “2→f→N”, por exemplo, serão mostrados os juros acumulados das duas
prestações seguintes, e, se fizer em seguida “3→f→N”, serão mostrados os juros
acumulados das três prestações seguintes, e assim, sucessivamente.

2a PARTE: Calcular os juros e a amortização da 50ª prestação.


49→ f → (N) →15.000,63 ........... calcula o juro acumulado das 49 prestações
iniciais
1→ f → (N) →115,09................... calcula o juro da 50a prestação
X > < Y →646,71 ........................ mostra a amortização da 50a prestação

Resposta da letra a:
Juros = R$ 115,09
Amortização = R$ 646,71
Total = R$ 761,80
3ª PARTE: Para calcular o saldo devedor após o pagamento da 30ª prestação, deve-se
inserir os valores iniciais nas teclas financeiras, pois eles foram modificados com as
operações feitas anteriormente. Portanto:
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 38

(f) (clx) ..................................... apaga as memórias financeiras


30.000 → (CHS) →(PV) ............... entra com o valor financiado (valor presente)
18 ENTER 12 ÷ → ( i ) .................. entra com a taxa de juros
60 → ( n ) .................................. entra com o número de prestações
(PMT) → 761,80 .......................... calcula o valor da prestação

30 → f → (N) → 11.149,32 ........... calcula o juro acumulado das 30 prestações


iniciais.
RCL → (PV) → 18.295,32 .............. mostra o saldo devedor das prestações
restantes.

3a PARTE (Total de juros). Inserir novamente os valores iniciais nas teclas financeiras.
(f) (clx) ....................................... apaga as memórias financeiras
30.000 → (CHS) →(PV) ............... entra com o valor financiado (valor presente)
18 ENTER 12 ÷ → ( i ) ................... entra com a taxa de juros
60 → ( n ) ................................... entra com o número de prestações
(PMT) → 761,80 ........................... calcula o valor da prestação

60 → f → (N) → 15.708,04 ........... calcula o juro acumulado das 60 prestações.

Resposta: O total de juros é R$ 15.708,04.

RESPOSTA SISTEMA PRICE


Juros da 50a prestação = R$ 115,09
Amortização da 50a prestação = R$ 646,71
Saldo Devedor após pago a 30a prestação = R$ 18.295,32
Total de juros = R$ 15.708,00

5.5 SALDO DEVEDOR DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC


O saldo devedor “k” é conseguido eliminando as amortizações feitas nestes
períodos “k”. Assim temos:

SDk = SD0 – A * k

ONDE:
SD0 = Saldo Devedor inicial (valor financiado).
SDk = Saldo Devedor do mês k
A = Valor da Amortização do financiamento (sempre é constante, ou seja, A = SD0/N)
K = mês em que se deseja calcular os valores

SDk = SD0 – A * k

Fórmula do cálculo do saldo devedor K no SAC


Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 39

5.6 AMORTIZAÇÃO DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC

As quotas de amortização são constantes e calculadas dividindo-se o valor do


principal inicial pelo número de períodos de pagamento.

SD0
A=
N

Fórmula do cálculo da amortização no SAC

onde:
A = amortização
SD0 = Saldo devedor inicial (valor financiado)
N = número de prestações

5.7 JUROS DE UM PERÍODO QUALQUER NO SISTEMA SAC

De acordo com a planilha de amortização, os juros de um determinado mês “k”


são calculados sobre o saldo devedor “k – 1”, assim temos:

Jk = SDk-1 * i%

Fórmula do cálculo de juros de uma parcela K no SAC

5.8 TOTAL DE JUROS NO SISTEMA SAC

Cálculo do total de juros:


Os juros totais de um financiamento, no sistema SAC, formam uma progressão
aritmética. Deste modo, basta apenas aplicar a fórmula da soma de P.A.

n
J t = ( J1 + J n ) *
2

Fórmula do cálculo de juro total no SAC


SOLUÇÃO NO SISTEMA SAC

1) Cálculo do saldo devedor k - 1


SD49 = 30.000 – 49 * 500 = 5.500,00

2) Cálculo dos juros do mês k


J50 = 5.500 * 0,015 = 82,50

3) Cálculo da amortização do mês k.


A amortização sempre é constante, ou seja, A = SD0/N

30.000
A50 = = 500
60
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4) Cálculo do saldo devedor após paga a 30a prestação


SD50 = 30.000 – 30 * 500 = 15.000,00

5) Cálculo do total de juros:

60
J t = (450 + 7,50) * = 13.725,00
2

RESPOSTA SISTEMA SAC


Juros da 50a prestação = R$ 82,50
Amortização da 50a prestação = R$ 500,00
Saldo Devedor após pago a 30a prestação = R$ 15.000,00
Total de juros = R$ 13.725,00

A seguir, mostramos as planilhas PRICE e SAC com todas as informações detalhadas do


financiamento acima.

Valor Financiado = R$ 30.000,00

Prazo = 60 meses
18%
Taxa = 18% ao ano capitalizado mensalmente = = 1,5% ao mês.
12
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Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 43

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
E22) Um financiamento de R$ 24.000,00 deve ser amortizado em 96 prestações
mensais. A taxa de juros desse financiamento é de 24% ao ano capitalizado
mensalmente. Determinar, sem elaborar a planilha, os seguintes valores, nos sistemas
PRICE e SAC
a) Juros da 60a prestação

b) Amortização da 50a prestação

c) Saldo Devedor após pago a 40a prestação

d) O Total de juros
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E23) Um empréstimo de R$ 3.500,00 deve ser pago em 22 parcelas mensais de R$


246,85.
a) Qual a taxa mensal de juros do empréstimo?

b) Qual o total amortizado da dívida após a 11ª prestação?

c) Se somar o juro da 9ª e 10ª prestação, qual será o valor?

d) Qual o valor amortizado na 16ª prestação?

e) Quanto deverá pagar para quitar a dívida na data do pagamento da 16a prestação?

E24) Certo cliente financiou uma motocicleta, cujo valor à vista é de R$ 5.000,00, em
60 meses de R$ 161,77. Após pagar 16 parcelas propôs uma substituição das parcelas
restantes a fim de pagá-las em mais 24 parcelas somente. Determine:
a) O valor da nova parcela mensal, preservando a mesma taxa de juros:
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b) O valor em dinheiro que o cliente economizará nesta renegociação?

E25) Na compra de um carro zero km, um empréstimo de R$ 15.000,00 deverá ser


amortizado em 96 parcelas mensais fixas, numa taxa de 1,99% a.m. Nestas condições,
responda as perguntas abaixo:
a) Qual o valor das parcelas?

b) Qual o juro a ser pago na 50a parcela?

c) Qual o valor amortizado na 63a parcela?

d) Qual o saldo devedor depois da metade das parcelas serem pagas?

e) Caso o devedor resolva quitar a dívida na 50a parcela, quanto terá que pagar?

f) Qual o valor em R$ de juros que economizará nesta antecipação?


Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 46

g) A tabela abaixo representa parte da planilha de amortização do financiamento.


Complete os quadros em branco:
Não precisa mostrar os cálculos.
N° Prestação Juros Amortização Saldo Devedor
43
44
45
46
47
48
49
50

E26) Certo cliente financiou uma motocicleta, cujo valor à vista é de R$ 7.200,00, em
36 meses pelo sistema SAC. A taxa contratada foi 2,5% ao mês Após pagar 16 parcelas
propôs uma substituição das parcelas restantes a fim de pagá-las em mais 10 parcelas
somente pelo sistema PRICE. Qual a amortização extraordinária que o cliente deverá
fazer juntamente com a 16a prestação para ficar com apenas mais 10 parcelas de
valores exatamente iguais a 1a parcela?

E27) Um empréstimo pessoal de R$ 10.800,00 com taxa de juros de 2% ao mês deverá


ser liquidado em 48 parcelas pelo sistema de amortização constante (SAC). Pede-se
a) O valor da 24a parcela

b) A taxa de juros anuais efetiva

c) A taxa de juros total do financiamento


Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 47

d) saldo devedor após ser paga a 10a parcela

e) O juro pago na última parcela

f) O total de juros em reais do financiamento

E28) Uma empresa efetua um financiamento numa taxa efetiva de juros de 15% ao
semestre capitalizado mensalmente, para pagar em 24 prestações postecipadas
mensais iguais no valor de R$ 2.124,69 cada. Imediatamente após o pagamento da
oitava prestação, por estar em dificuldades financeiras, a empresa consegue com o
financiador uma redução da taxa de juros de 15% para 12% ao semestre capitalizado
mensalmente e um aumento no prazo restante de 16 para 24 parcelas mensais.
Calcule o valor da nova prestação do financiamento.

6. RELACIONAMENTO ENTRE PMT E FV EM SÉRIES UNIFORMES


Neste caso, a data focal utilizada será o VALOR FUTURO (FV)
Essa relação entre PMT e FV encontra inúmeras aplicações práticas. Por exemplo,
suponhamos uma pessoa que deseja constituir um capital no futuro. Para isso, efetua
investimentos periódicos, durante um determinado prazo.
O valor futuro ou montante de uma série de pagamentos ou recebimentos
uniformes será igual à soma dos montantes de cada prestação em uma determinada
data futura, calculados pela mesma taxa de juros. Veja o exemplo:
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 48

a) Uma pessoa pretende formar um capital com o fim de adquirir uma casa própria.
Para tanto, efetua depósitos de R$ 200,00, mensalmente, em um banco que está
remunerando o capital numa taxa efetiva de 1,5% ao mês. Quanto terá acumulado na
data do:
1o depósito?
2o depósito?
3o depósito?
4o depósito?
12o depósito?

Esquematização do problema:

FV = ?
0 1 2 3 11 12
. . .
R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00

Diagrama do Fluxo de Caixa relacionando PMT e FV

SOLUÇÃO ALGÉBRICA
10 depósito? R$ 200,00

20 depósito? R = R$ 403,00
FV = PV .(1 + i ) n
FV = 200.(1 + 0,015)1 + 200 = 203 + 200 = 403

30 depósito? R$ 609,05
FV = PV .(1 + i ) n
FV = 200.(1 + 0,015) 2 + 200.(1 + 0,015)1 + 200 = 206,05 + 203 + 200 = 609,05

40 depósito? R$ 818,18
FV = PV .(1 + i ) n
FV = 200.(1 + 0,015) 3 + 200.(1 + 0,015) 2 + 200.(1 + 0,015)1 + 200 = 209,14 + 206,05 + 203 + 200 = 818,18
120 depósito? R$ 2.608,24

FV = PV .(1 + i) n
FV = 200.(1 + 0,015)11 + 200.(1 + 0,015)10 + 200.(1 + 0,015) 9 + ... + 200.(1 + 0,015) 2 + 200.(1 + 0,015)1 + 200
FV = 2.608,24
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Podemos simplificar esses cálculos utilizando uma fórmula reduzida que relaciona PMT
e FV, veja:
(1 + i ) n − 1
Se FV = PV .(1 + i ) e PV = PMT .
n
, então :
(1 + i ) n .i
(1 + i ) n − 1 (1 + i ) n − 1
FV = PMT . .(1 + i ) n
= PMT .
(1 + i ) n .i i

Portanto, chegamos à seguinte fórmula:

(1 + i ) n − 1
FV = PMT .
i
Fórmula que relaciona PMT com FV de uma série uniforme

SOLUÇÃO ALGÉBRICA UTILIZANDO A FÓRMULA ENCONTRADA

(1 + 0,015)12 − 1
FV = 200. = 2.608,24
0,015
Portanto, o valor acumulado na data do 12o depósito é R$ 2.608,24.

Podemos representar a evolução do capital através de uma tabela.

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ...................................... apaga as memórias financeiras
200 → (CHS) → (PMT) ................. entra com o valor do depósito
1,5 → ( i ) .................................. entra com a taxa de juros
12 → ( n ) .................................. entra com o número de depósitos
(FV) → 2.608,24 ........................ calcula o valor do montante (valor acumulado)

Do mesmo modo, como feito anteriormente, nas relações entre PMT e PV, através
de algumas manipulações algébricas, é possível encontrar equações equivalentes
àquela do FV, ou seja, encontrar uma fórmula para determinar o valor de PMT e de n.
A determinação do valor de i também requer o uso de procedimentos numéricos, pois
não se consegue extrair uma fórmula para i.
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 50

i
PMT = FV .
(1 + i ) n − 1

(1 + i ) n − 1 log( PMT + FV .i ) − log PMT


FV = PMT . n=
i log(1 + i )
Processo numérico

Variações da Fórmula de Séries Uniformes com PMT e FV


OBS: As demonstrações das fórmulas do PMT e n não serão feitas. Essas
demonstrações ficam como exercícios para o aluno.

b) Certa pessoa pretende acumular um capital a fim de comprar um veículo usado de


R$ 16.000,00. Sabe-se que ele poderá aplicar no máximo R$ 200,00 por mês. O banco
paga juros de 1% ao mês. Quanto tempo deverá poupar, e quanto será o valor exato
das parcelas aplicadas?

Esquematização do problema:

R$ 16.000,00
0 1 2 3 n-1 n
. . .
R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00

Diagrama do Fluxo de Caixa de incógnita 'n'

SOLUÇÃO ALGÉBRICA (1a PARTE: Encontrar ‘n’)

log( PMT + FV .i ) − log PMT


n=
log(1 + i )
log 360 − log 200
n= = 59,072
log 1,01

Portanto, a quantidade de depósitos deverá ser 60, pois temos que arredondar o
valor sempre para cima (ver pág. 18). Por outro lado, deverá ser feito um ajuste no
valor do depósito.

2a PARTE: Ajustar o valor do depósito.


0,01
PMT = 16000. = 16000 x 0,0122444 = 195,91
(1 + 0,01) 60 − 1

CALCULADORA HP-12C
1a PARTE:
(f) (clx) ....................................... apaga as memórias financeiras
16.000 → (CHS) → (FV) ................ entra com o valor do montante
1 → ( i ) ...................................... entra com a taxa de juros
200 → (PMT) ............................... entra com valor simulado do depósito
( n ) → 60.................................... calcula o no de depósitos (valor arredondado)
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2a PARTE: Calcular o valor exato dos depósitos


(PMT) → 195,91 ........................... faz o ajuste do valor do depósito
Portanto, deverão ser feitos 60 depósitos de R$ 195,91.

c) Considerando o exemplo ( b ) qual o valor acumulado caso o depósito fosse


exatamente de R$ 200,00?
Esquematização do problema:

FV = ?
0 1 2 3 59 60
. . .
R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00

Diagrama do Fluxo de Caixa com 60 depósitos de R$ 200,00

SOLUÇÃO ALGÉBRICA
(1 + i ) n − 1
FV = PMT .
i
(1 + 0,01) 60 − 1
FV = 200. = 200 x 81,669670 = 16.333,93
0,01

CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) ........................................ apaga as memórias financeiras
200 → (CHS) → (PMT) ................... entra com o valor do depósito
1 → ( i ) ....................................... entra com a taxa de juros
60 → ( n )..................................... entra com o no de depósitos
(FV) → 16.333,93 ......................... calcula o montante após 60 depósitos

Portanto, o valor acumulado seria R$ 16.333,93.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
E29) Certa pessoa pretende acumular um capital a fim de comprar um veículo usado
de R$ 6.000,00. Sabe-se que ele poderá aplicar no máximo R$ 100,00 por mês. O banco
paga juros de 1% ao mês. Quanto tempo deverá poupar, e quanto será o valor exato
das parcelas aplicadas?

E30) Um empresário pretende ter disponível, dentro de 1 ano, um capital de 20.000,00,


para ampliar sua empresa. Quanto deverá depositar mensalmente em um banco que
paga uma taxa pré-fixada de 1,6% ao mês?
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E31) Certa pessoa está programando suas férias que acontecerão daqui há 10 meses.
Ela fez uma estimativa que precisará de R$ 1.500,00. O rendimento de aplicações em
certo banco é de 1,8% ao mês. Determine o valor dos depósitos que deverá ser feito
mensalmente, para que após 10 meses se tenha o valor pretendido:

E32) Determine a taxa que foi aplicado R$ 120,00 mensalmente, acumulando um


montante de R$ 2.000,00 em 10 meses?

E33) Um banco remunera seus depósitos a 1% am. Um investidor planeja efetuar 18


depósitos mensais e iguais. Determinar o valor dos depósitos a serem feitos a fim de
que produzam R$ 50.000,00 daqui há 4 anos.

E34) Uma pessoa pretende formar um capital com o fim de adquirir uma casa própria.
Para isso, efetua depósitos de R$ 180,00, mensalmente, em um banco que está
remunerando o capital numa taxa efetiva de juros de 2% ao mês. Quanto terá
acumulado após 3 anos?

E35) Uma pessoa deseja constituir, daqui há 60 meses, um capital no valor de R$


12.000,00, com o objetivo de comprar um carro novo. Quanto deverá investir
mensalmente, com depósitos iguais, em um banco que está pagando juros numa taxa
de 1,5% ao mês?
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E36) Certo consórcio de 60 parcelas no valor de R$ 500,00 fornece uma carta de crédito
no valor de R$ 25.000,00. Suponha uma pessoa que não queira fazer este consórcio e
decida investir mensalmente o valor de R$ 500,00 numa instituição financeira que
remunere o capital investido numa taxa de 0,75% ao mês. Pergunta-se:
a) Quantos depósitos de R$ 500,00 serão necessários para ter o valor da carta de
crédito? Quantas parcelas pouparia? Faça o ajuste dos depósitos.

b) Quanto teria acumulado em 60 depósitos?

E37) Um banco remunera seus depósitos na taxa de 1,2% a. m. Um investidor efetua


nessa instituição 24 depósitos mensais consecutivos e iguais de R$ 800,00. Após esses
depósitos, passa a efetuar 12 depósitos trimestrais de R$ 2.400,00. Quanto terá
acumulado no final do último depósito?

E38) Uma pessoa resolveu fazer seu plano de aposentadoria própria, onde deposita R$
50,00 mensais em um banco a 2,8% ao mês. Quanto ele terá acumulado após 12 anos
e quanto ele poderá sacar ao mês por 10 anos?

E39) Faça o seu plano de aposentadoria particular, conforme seja a sua idade e suas
pretensões financeiras como aposentadoria:
Obs: Considere uma taxa de juros de 1% ao mês.
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E40) Certa pessoa resolveu fazer seu plano de aposentadoria particular depositando
mensalmente R$ 200,00 em uma instituição financeira que acertou uma taxa fixa de
0,65% ao mês. Sabe-se que esta pessoa tem 20 anos e pretende depositar todo mês,
até aos 40 anos, a fim de efetuar retiradas mensais.

a) Quanto poderá sacar no final do prazo?

b) Quantas retiradas de R$ 1.000,00 poderá fazer? Faça o ajuste das retiradas.

c) Quantas retiradas de R$ 2.000,00 poderá fazer? Faça o ajuste das retiradas.

E41) Certa pessoa resolveu fazer seu plano de aposentadoria particular depositando
mensalmente em uma instituição financeira que acertou uma taxa fixa de 0,7% ao mês.
Sabe-se que esta pessoa tem 25 anos e pretende depositar todo mês, até aos 50 anos,
a fim de começar retirar R$ 1 500,00 por mês até aos 70 anos. Quanto deverá depositar
por mês, durante o período de 25 anos a 50 anos?

E42) Um executivo, prevendo sua aposentadoria, resolve efetuar, durante 4 anos,


depósitos mensais iguais à taxa de 1,5% a.m. O valor acumulado deverá permitir 5
retiradas anuais de R$ 50.000,00, ocorrendo a primeira 2 anos após o último depósito.
De quanto devem ser os depósitos mensais?
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7. APLICAÇÕES SOBRE SÉRIES DE PAGAMENTOS

7.1. COMPRAS A VISTA COM DESCONTOS X COMPRAS PARCELADAS SEM


ACRÉSCIMOS
De modo geral, o comércio utiliza-se da prática da venda de mercadorias em
parcelas sem acréscimos, entretanto concede descontos, se o pagamento for a vista.
Essa situação esconde as taxas efetivas cobradas na venda parcelada.
Essas facilidades de compra oferecidas pelo comércio, buscam atrair os
consumidores a qualquer custo. O pagamento a prazo é um dos recursos mais
utilizados, pelos comerciantes, mas nem sempre é um bom negócio para o consumidor;
pois, normalmente, em toda venda a prazo, os juros já estão embutidos, visto que, na
maioria das vezes, há desconto no pagamento à vista.
Exemplo:

1) Certa loja lança uma promoção nas seguintes condições de pagamentos em suas
mercadorias: 25% DE DESCONTO NO PREÇO DE ETIQUETA NO PAGAMENTO À VISTA,
ou, o preço de etiqueta divido em 4 vezes: (entrada, 30; 60 e 90 dias sem acréscimos).
Encontre a taxa mensal de juros paga pelo cliente que optar pela compra a prazo.

Tendo em vista o conceito de juros, em que o preço à vista é menor que o preço
a prazo, analisa-se as opções, comparando os valores do preço à vista com os valores
parcelados.
Nesse caso, não há informação de valores das mercadorias, então simulamos um
valor fictício, por exemplo: Preço de etiqueta igual a R$ 100,00 (poderia ser qualquer
outro valor, pois a taxa será a mesma).

Esquematização do problema:

R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 25,00

0 1 2 3
R$ 75,00
Diagrama do Fluxo de Caixa
Utilizaremos o método algébrico de aproximação por tentativa e erro.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA

(1 + i) n − 1
PV = PMT .
(1 + i ) n −1 .i
PV (1 + i ) 4 − 1
=
PMT (1 + i) 3 .i
75 (1 + i) 4 − 1
=
25 (1 + i) 3 .i
(1 + i) 4 − 1
3=
(1 + i) 3 .i

A solução numérica consiste em encontrar um valor para i que torne a expressão


verdadeira, isto é, igual a 3.
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PV (1 + i ) 4 − 1
Solução numérica do problema: = 3 e expressão
PMT (1 + i ) 3 .i

Taxa Sugerida Valor da Expressão Comparativo Conclusão - Decisão


2,0% 3,883883 >3 Taxa procurada maior que 2%. Aumentar "i"
10,0% 3,486852 >3 Taxa procurada maior que 10%. Aumentar "i"
20,0% 3,106481 >3 Taxa procurada maior que 20%. Aumentar "i"
30,0% 2,816113 <3 Taxa procurada menor que 30%. Diminuir "i"
25,0% 2,952000 <3 Taxa procurada menor que 25%. Diminuir "i"
22,5% 3,026707 >3 Taxa procurada maior 22,5%. Aumentar "i"
23,75% 2,988748 <3 Taxa procurada menor que 23,75%. Diminuir "i"
Simulação de taxas/coeficientes e análises
De acordo com a tabela acima, percebemos que a taxa está entre 22,5% e
23,75%. Se o processo de iteração for continuado, a taxa sugerida vai se aproximando
da taxa procurada. Esse processo pode ser demorado. Entretanto, o uso de interpolação
linear, permite encontrar um valor muito aproximado para a taxa procurada de forma
mais rápida.

Fator

A
3,026707

E D
3,000000

C B
2,988748

Taxas ( % )
22,5 x 23,75
x = Taxa Procurada

Gráfico da interpolação linear


A taxa procurada será igual a ( x ). Usando-se as propriedades entre triângulos
semelhantes, ABC ≅ ADE, encontra-se o valor de ( x ).

Base do triângulo menor Altura do triângulo menor


=
Base do triângulo maior Altura do triângulo maior

x − 22,5 3,026707 − 3
=
23,75 − 22,5 3,026707 − 2,988748

x − 22,5 0,026707
=
1,25 0,037959
x = 23,379469
Portanto, a taxa procurada é aproximadamente 23,379% a.m.
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CALCULADORA HP-12C
(f) (clx) .............................................. apaga as memórias financeiras
( g ) (BEG) ......................................... coloca a calculadora no modo antecipado
(com entrada)
75 → (CHS) →(PV) .............................. entra com o preço à vista
25 → (PMT) ........................................ entra com o valor da prestação
4 → ( n ) ............................................ entra com o número de prestações
( i ) → 23,3752 ................................... calcula o valor exato da taxa

Portanto, a taxa procurada é exatamente 23,375% ao mês.

Obs: A situação enunciada no problema acima é comum no dia-a-dia do comércio.


Analisando esse problema, podemos perceber a maneira enganosa em que é oferecida
a mercadoria. O anúncio “sem acréscimos” está, de certa forma, induzindo os clientes
mal informados, comprar a prazo. Essa opção é simplesmente desastrosa ao cliente e
excelente ao vendedor: 23,38% a.m de juros nos dias de inflação abaixo de 1% a.m, é
caso absurdo.

IMPORTANTE: A operação da calculadora no modo “com entrada” (BEGIN) só deve ser


efetuada se o valor da entrada for igual o valor do restante das prestações, caso
contrário, a operação deverá ser feita no modo “sem entrada” (END).

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
E43) Certa loja tem as seguintes condições de pagamentos: 20% DE DESCONTO NO
PREÇO DE ETIQUETA NO PAGAMENTO À VISTA. Encontre a taxa mensal de juros nos
itens abaixo.
a) O preço de etiqueta divido em 4 vezes: (30; 60, 90 e 120 dias sem acréscimos)

b) 1 + 4 vezes sem acréscimos

c) 120 dias direto sem acréscimos


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E44) Certa loja tem as seguintes condições de pagamentos: 15% DE DESCONTO NO


PREÇO DE ETIQUETA NO PAGAMENTO À VISTA. Encontre a taxa mensal de juros nos
itens abaixo.
a) O preço de etiqueta divido em 3 vezes: (30; 60 e 90 dias sem acréscimos)

b) 5% de desconto sobre o preço de etiqueta, dividido em 3 vezes iguais: 1 + 2


(entrada; 30 e 60 dias sem acréscimos)

E45) Uma máquina industrial está a venda com 10% de desconto no pagamento à vista.
Na compra a prazo, o cliente pode optar por uma das opções abaixo: Encontre a taxa
de juros dos itens a; b e c e diga qual seria a opção na compra a prazo com menor taxa
de juros:
a) Preço de tabela divido em 1 + 1 (sem acréscimos), sendo a primeira na entrada e a
segunda após um ano da compra

b) O preço de tabela dividido em 6 vezes (sem acréscimos) sendo as parcelas


bimestrais.

c) O preço de tabela divido em 4 vezes (sem acréscimos sendo as parcelas trimestrais).


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E46) Certa empresa necessita adquirir uma máquina industrial. Três lojas ofereceram
o produto, nas condições especificadas abaixo:
Analise as propostas de cada uma das lojas, calculando as taxas efetivas de juros
mensais e anuais na venda a prazo e aponte a melhor opção.

LOJA A: R$ 100.000,00. Esse valor pode ser dividido em 32 parcelas trimestrais


postecipadas sem acréscimos. Se for pago à vista tem desconto de 25% (sobre
os R$ 100.000,00).

LOJA B: R$ 93.750,00. Esse preço pode ser dividido em 17 parcelas semestrais


antecipadas, sem acréscimos. Se for pago à vista tem desconto de 20% (sobre
os R$ 93.750,00).

LOJA C: R$ 75.000,00 à vista, ou, 8 parcelas anuais postecipadas no valor de


R$ 12.000,00.

7.2 TAXA LÍQUIDA EM SÉRIES DE PAGAMENTOS


A taxa líquida é assim denominada quando, nas operações, forem reduzidas
todas as despesas de custos financeiros, ou seja, considerado todas as tributações nas
operações comerciais.
No caso de empréstimos (financiamentos), a taxa líquida deverá ser calculada tendo
em vista dois aspectos:
O valor resgatado na data do empréstimo
O valor pago nas parcelas
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Exemplos:
1) Um financiamento de R$ 24.000,00 será pago em 8 prestações mensais iguais pagas
no final de cada mês (sem entrada). Considerando que a taxa de juros cobrada pelo
banco é de 5% ao mês, e considerando que o banco cobra uma taxa de abertura de
crédito (TAC) de R$ 200,00 e 1% de IOF sobre o valor financiado, calcular o valor das
prestações, e a taxa LÍQUIDA mensal de juros, sabendo que estas despesas foram
colocadas no saldo devedor:

1a PARTE: (calcular o valor da parcela)


O valor da parcela (PMT) será calculado pelo saldo devedor total, ou seja:
R$ 24.000,00 + R$ 200,00 + R$ 240,00 = R$ 24.440,00

Esquematização do Problema

PMT PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 . . . 7 8
R$ 24.440,00

Diagrama do Fluxo de Caixa do Financiamento

CALCULADORA HP-12C
1a PARTE: (calcular o valor da prestação)
(f) (clx) ................................ apaga as memórias financeiras
24.440 → (CHS) →(PV) ......... entra com o saldo devedor (24.000 + 200 + 240)
5 → ( i ) ............................... entra com a taxa de juros
8 → ( n ) .............................. entra com o número de prestações
(PMT) → 3.781,40 ................ calcula o valor da prestação

2a PARTE: (calcular a taxa líquida)


O valor resgatado na data do empréstimo = R$ 24.000,00
O valor pago nas parcelas = R$ 3.781,40
Esquematização do Problema

R$ 3.781,40 R$ 3.781,40 R$ 3.781,40 R$ 3.781,40 R$ 3.781,40

0 1 2 3 . . . 7 8
R$ 24.000,00
Diagrama do Fluxo de Caixa Modificado

(f) (clx) ......................................... apaga as memórias financeiras


24.000 → (CHS) →(PV) .................. entra com o valor a vista (valor presente)
8 → ( n ) ...................................... entra com o número de prestações
3.781,40 → (PMT) .......................... entra com o valor da prestação
( i ) → 5,45 .................................. calcula a taxa mensal de juros

Portanto, a taxa líquida de juros é 5,45% a.m.


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EXERCÍCIOS:
E47) Um cliente faz um empréstimo em certo banco no valor de R$ 15.000,00 para
pagar em 36 prestações mensais e iguais. O banco cobra uma taxa de 3,5% ao mês.
Ao efetuar o empréstimo, o cliente teve algumas despesas, as quais foram pagas no
ato do financiamento:
Seguro de vida: R$ 96,00.
IOF (1,5% do valor financiado): R$ 225,00
Despesas com documentação: R$ 80,00
Determine:
a) O valor líquido resgatado pelo cliente:

b) O valor da parcela:

c) A taxa líquida mensal de juros paga pelo cliente:

d) A taxa líquida de juros acumulados nos 36 meses:

e) A taxa líquida anual de juros paga pelo cliente:

E48) Considere o exercício anterior, com a única diferença de que as despesas foram
para o saldo devedor, de maneira que o cliente não precisou desembolsar nenhum valor
no ato do empréstimo, determine:
a) O valor líquido resgatado pelo cliente:

b) O valor da parcela:
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c) A taxa líquida mensal de juros paga pelo cliente:

d) A taxa líquida acumulada dos 36 meses:

e) A taxa líquida anual de juros paga pelo cliente:

E49) Um cliente faz um empréstimo em certo banco no valor de R$ 60.000,00 para


adquirir uma casa própria para pagar em 90 prestações mensais e iguais. O banco cobra
uma taxa de 1,25% ao mês. Ao efetuar o empréstimo, o cliente teve algumas despesas:
Seguro de vida: R$ 30,00 mensalmente (fixo todo mês).
IOF de 1% sobre o valor do empréstimo: R$ 600,00 (descontado no ato do
empréstimo).
Taxa de abertura de crédito: R$ 200,00 (financiado junto com o valor do
empréstimo).
Determine:
a) O valor líquido creditado na conta do cliente

b) O valor da parcela (incluído o seguro de vida):

c) A taxa líquida mensal de juros paga pelo cliente:

d) A taxa líquida total de juros paga pelo cliente:

e) A taxa líquida anual de juros paga pelo cliente:


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8. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS


E1) R = R$ 160,34

E2) R=8

E3) R = R$ 2.935,37

E4) R = 3,8%

E5) R = R$ 92,56

E6) R = R$ 4.113,55

E7) R = R$ 78,75

E8) R = 22
R = R$ 246,85

E9) R = 26 prestações
R = R$ 1.480,13

E10) a) R$ 1.168,55 b) R$ 1.134,51

E11) a) R$ 1.110,94
b) 34,49%

E12) R$ 19.229,38

E13) R$ 16.361,26

E14) R$ 18.118,97

E15)

E16) letra “c”

E17)
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E18)

E19)
PRICE

SAC

E20) l – sim ll - sim lll – sim


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E21)
No saldo devedor amortização juros amort + juros encargos parcela
0 R$ 60.000,00 R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
1 R$ 48.000,00 R$ 12.000,00 R$ 6.000,00 R$ 18.000,00 R$ 500,00 R$ 18.500,00
2 R$ 36.000,00 R$ 12.000,00 R$ 4.800,00 R$ 16.800,00 R$ 500,00 R$ 17.300,00
3 R$ 24.000,00 R$ 12.000,00 R$ 3.600,00 R$ 15.600,00 R$ 500,00 R$ 16.100,00
4 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 R$ 2.400,00 R$ 14.400,00 R$ 500,00 R$ 14.900,00
5 R$ - R$ 12.000,00 R$ 1.200,00 R$ 13.200,00 R$ 500,00 R$ 13.700,00

E22)
PRICE
a) R$ 293,09
b) R$ 222,50
c) R$ 18.906,92
d) R$ 30.173,39

SAC
a) R$ 185,00
b) R$ 250,00
c) R$ 14.000,00
d) R$ 23.280,00

E23) a) 4,20% a.m b) R$ 1.360,66 c) R$ 210,33 d) R$ 185,08

e) R$ 1.285,59 + R$ 246,85 = R$ 1.532,44

E24) a) R$ 239,73 b) R$ 1.364,36

E25) a) R$ 351,52 b) R$212,28 c) R$ 179,89 d) R$ 10.803,87


a) R$ 10.528,11 + R$ 351,52 = R$ 10.879,63 f) R$ 5.641,81

E26) R$ 674,22

E27) a) R$ 337 ,50 b) 26,82% a.a c) 158,71% d) R$ 8.550,00


e) R$ 4,50 f) R$ 5.292,00

E28) R$ 1.466,53

E29) R = 48 parcelas de R$ 98,00

E30) R = R$ 1.525,04

E31) R = R$ 138,25

E32) R = 10,93%

E33) R$ 1.891,24

E34) R = R$ 9.358,99
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E35) R = R$ 124,72

E36) a) 43 parcelas de R$ 494,83. Economizaria 17 parcelas


b) R$ 37.712,07

E37) R$ 69.284,13

E38) R = R$ 93.454,53 e R$ 2.715,51

E40) R$ 114.918,73 b) 213 parcelas de R$ 998,06


c) 73 parcelas de R$ 1.982,16

E41) R$ 171,50

E42) R$ 1.815,29

E43) a) 9,56% b) 12,59% c) 5,74%

E44) R = 8,59%
R = 12,26%

E45) a) 25% a.a b) 20,07% a.a c) 18,58% a.a , sendo a letra “c” a
menor taxa

E46) Loja A: 1,85% a.t ≅ 0,61% a.m ≅ 7,59% a.a


Loja B: 2,96% a.s ≅ 0,49% a.m ≅ 6,01% a.a
Loja C: 5,84% a.a ≅ 0,47% a.m (melhor opção)

E47) R = R$ 14.599,00
R = R$ 739,26
R = 3,6898%
R = 268,55%
R = 54,466%

E48) R = R$ 15.000,00
R = R$ 759,03
R = 3,6848%
R = 267,91%
R = 54,3762%

E49) a) R$ 59.400,00
b) R$ 1.148,00
c) 1,36% a.m
d) 237,07%
e) 17,59% a.a
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9. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES - TESTES

1) Uma casa pode ser financiada em dois pagamentos. Uma entrada de R$


150.000,00 e uma parcela de R$ 255.333,44 dezoito meses após a entrada. Um
comprador propõe mudar o esquema de pagamentos para seis parcelas iguais, sendo
a primeira parcela paga no ato da compra e as demais vencíveis a cada trimestre.
Sabendo-se que a taxa contratada é de 24% ao ano capitalizado a cada trimestre.
Então, o valor de cada uma das parcelas será igual a:
a) R$ 63.311,01
b) R$ 64.708,00
c) R$ 59.233,45
d) R$ 67.109,67
e) R$ 70.140,01

2) Na compra de um carro em uma concessionária, no valor de R$ 25.000,00, um cliente


dá uma entrada de 20% e financia o saldo devedor em 48 prestações mensais a uma
taxa de 2% ao mês. Considerando que a pessoa financia ainda o valor total do seguro
do carro e da taxa de abertura de crédito, que custam R$ 1.300,00 e R$ 200,00
respectivamente, nas mesmas condições, ou seja, esses valores incluídos no saldo
devedor, determine a taxa líquida mensal paga pelo cliente.
a) 2,39% a.m
b) 2,37% a.m
c) 2,36% a.m
d) 2,29% a.m
e) 2,00% a.m

3) Certa empresa necessita adquirir uma máquina industrial. Das lojas pesquisadas,
escolheu-se a melhor oferta, cujos dados são os seguintes:

O preço à prazo é R$ 93.750,00. Esse preço pode ser dividido em 36 parcelas


bimestrais antecipadas, sem acréscimos. Se for pago à vista tem desconto de
20% (sobre os R$ 93.750,00).
Analise a proposta apresentada, calculando a taxa efetiva de juro mensal na venda a
prazo e assinale a alternativa correta.
Obs: Utilize 3 casas decimais na sua resposta.
a) 0% a.m
b) 0,628% a.m
c) 0,667% a.m
d) 0,669% a.m
e) 1,338% a.m
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4) Certa empresa concede empréstimos a seus funcionários numa taxa de 3% a.m. A


devolução sempre acontece em prestações mensais iguais postecipadas. Além da taxa
de juros mensais, a empresa cobra uma taxa administrativa de 2% sobre o valor
financiado. Esse valor é acrescentado no saldo devedor. Determine o coeficiente
utilizado para um empréstimo que será pago em 24 parcelas
a) 0,060228
b) 0,058474
c) 0,057328
d) 0,059047
e) 0,059644

5) Uma financeira apresenta o coeficiente de 0,017391 para cálculo do valor da


prestação de financiamentos de caminhões em 96 prestações mensais antecipadas.
Certo cliente propôs os pagamentos em 18 prestações semestrais postecipadas
Encontre o coeficiente a ser utilizado para o recálculo da prestação, preservando-se a
mesma taxa de juros (taxa equivalente).
a) 0,31303
b) 0,10244
c) 0,10085
d) 0,09536
e) 0,09407

6) Certa empresa concede empréstimos a seus funcionários numa taxa de 3% a.m. A


devolução sempre acontece em prestações mensais iguais postecipadas. Além da taxa
de juros mensais, a empresa cobra uma taxa administrativa de 2% sobre o valor
financiado. Esse valor é acrescentado no saldo devedor. Assinale a taxa líquida mensal
para um empréstimo que será pago em 12 vezes.
a) 5,35% a.m
b) 5,00% a.m
c) 3,40% a.m
d) 3,33% a.m
e) 3,17% a.m

7) Uma empresa fez um financiamento numa taxa de juros de 15% ao semestre


capitalizado mensalmente, para pagar em 72 prestações postecipadas mensais iguais
no valor de R$ 2.166,06 cada. No dia do pagamento da 36ª prestação, a empresa
propôs a liquidação do financiamento. Determine o saldo devedor.
a) R$ 51.024,25
b) R$ 5.978,16
c) R$ 51.892,99
d) R$ 57.002,41
e) R$ 20.975,75
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8) Um industrial, pretendendo ampliar as instalações de sua empresa solicita R$


90.000,00 emprestados a um banco, que entrega a quantia no ato. Sabe-se que o
empréstimo será devolvido em 60 parcelas mensais pelo Sistema de Amortização
Constante (SAC), à taxa de 1% ao mês. De acordo com os dados, o valor total de juros
pagos em R$ no financiamento será de:
a) R$ 30.120,04
b) R$ 27.450,00
c) R$ 13.500,00
d) R$ 27.000,00
e) R$ 30.000,00

9) Um terreno no valor de R$ 90.000,00 será pago em 120 parcelas mensais pelo


sistema SAC, numa taxa de juros de 1% ao mês. No dia do pagamento da 60ª parcela,
o devedor quitou o financiamento. Então o valor em R$ (juros) economizados no
financiamento é:
a) R$ 40.725,00
b) R$ 19.426,49
c) R$ 13.725,00
d) R$ 27.000,00
e) R$ 12.250,00

10) Um industrial, pretendendo ampliar as instalações de sua empresa solicita R$


90.000,00 emprestados a um banco, que entrega a quantia no ato. Sabe-se que o
empréstimo será devolvido em 60 parcelas mensais pelo Sistema de Amortização
Constante (SAC), à taxa de 1% ao mês. De acordo com os dados, o valor da 30ª parcela
será de:
a) R$ 1.500,00
b) R$ 1.965,00
c) R$ 1.515,00
d) R$ 2.400,00
e) R$ 1.950,00

Questão Resposta
1 A
2 C
3 C
4 A
5 B
6 D
7 A
8 B
9 C
10 B
Prof. Luiz Carlos Scheitt – UTFPR 70

10. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

1) SHINODA, Carlos. Matemática Financeira para usuários do Excel. São Paulo. Atlas,
1998.

2) LAUREANO, José Luiz & OLÍMPIO, Vissoto Leite. Os Segredos da Matemática


Financeira. São Paulo. Editora Ática, 1987.

3) PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira: Objetiva e Aplicada. 5ª Edição.


São Paulo. Editora Saraiva, 1998.

4) HEWLETT – PACKARD COMPANY. Manual do proprietário e guia para solução de


problemas, 1998.

5) ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas Aplicações. São Paulo:


Atlas,1992.

6) SOUZA, Alceu & CLEMENTE, Ademir. Matemática Financeira – Fundamentos,


Conceitos e Aplicações. São Paulo: Atlas, 2000.

7) GUERRA, Fernando. Matemática Financeira Através da HP – 12C. Florianópolis:


Editora da UFSC, 1997.

8) SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira; Aplicações à Análise de


Investimentos. São Paulo: Editora Prentice Hall, 2001.

9) CRESPO, Antonio Arnot. Matemática Comercial e Financiera Fácil. Editora Saraiva,


2002.

10) IEZZI, Gelson; HAZZAN, Samuel; DEGENSZAJN, David. Fundamento de


Matemática Elementar; Matemática Comercial; Matemática Financeira e
Estatística Descritiva. Volume 11. Editora Atual, 2005.

11) RIBEIRO, Manoel. Lições de Matemática Comercial e Financeira. Editora


Premius, 2003.

12) SOUZA, Maria Helena S & SPINELLI, Walter. Matemática Comercial e Financeira.
Editora Ática, 1998.

13) VELTER, Francisco & MISSAGIA, Luiz Roberto. Aprendendo Matemática Financeira.
Editora Campus, 2006.

14) FARO, Clóvis de. Fundamentos de Matemática Financeira: Uma Introdução ao


Cálculo e à Análise de Investimento de Risco. Editora Saraiva, 2006.

15) COSTA, Anísio Castelo Branco. Matemática Financeira Aplicada. 2a Edição. Editora
Thomson, 2005.

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