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CASOS DE TRAUMATISMO CRANIANO NO ESTADO DE SÃO PAULO

(2016 - 2021)

Alunos

Adriely Julie da Silva Paiva


Gabriele Santos Peres
Graciely Café Lima
Jacilma Alves Brandão Guimarães
Leandro Siqueroli de Lima
Maria Elineusa da Silva
Rosangela Luiz Augusto Passos
Sebastiana Ciriaco de Carvalho
Orientadora: Angela Maria Barros

INTRODUÇÂO: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é definido como uma agressão ao


cérebro, não sendo caracterizado como forma degenerativa ou congênita, mas decorrente de
algum tipo de trauma externo na cabeça, causando: rebaixamento do nível de consciência,
amnésia pós-traumática, fraturas cranianas, lesões encefálicas, comprometimento cognitivo ou do
funcionamento físico (ROCHA, SANTOS, et al., 2018). O aumento na incidência do TCE é um
fenômeno mundial, principalmente por acidentes de tráfego e pelo aumento da população idosa,
considerando o risco de quedas (DOMINGUES, LEAL, 2016).

OBJETIVO: Descrever o perfil dos casos de Traumatismo craniano em São Paulo entre
os anos 2016-2021.

MÉTODO: Estudo ecológico com levantamento de dados do período entre janeiro de


2016 e dezembro de 2021, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS), no ícone "Informações em saúde". A seleção nesta plataforma foi
direcionada a "Epidemiológicas e Morbidade" e "Internamento por local de residência ".
Os dados foram tabelados no programa Microsoft Excel, com posterior contagem
absoluta e relativa utilizando estatística descritiva.

RESULTADOS:
Gráfico 1 – Casos de internação por traumatismo craniano no estado de SP (2016 -2021).
18400 18348
18176
18200
17946

casos
18000 17887
17794
17800 17664
17600
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Anos

Fonte: DATASUS
Foram analisados 107.815 casos de internamento por Traumatismo craniano
durante os anos 2016 a 2021 no estado de São Paulo. Observa-se que a incidência no
período estudado se manteve em 17% ao ano.

Gráfico 2 – Custos dos serviços hospitalares de internação por politraumas por divisão
estadual de saúde - SP (2016 -2021).

34000000
33493410,56
33500000
Custos serviços hospitalares

33000000
32500000 32287779,96

32000000
31500000 31197880,84 31160689,4
31000000 30796433,75
30597726,65
30500000
30000000
29500000
29000000
2016 2017 2018 2019 2020 2021
Anos

Fonte: DATASUS

Em relação ao valor dos serviços hospitalares para o tratamento dos casos


internados entre 2016 a 2021, $ 189.533.921,20 foram repassados aos serviços de saúde
daquele estado. Nesse contexto, cabe a reflexão quanto o impacto desse tipo de agravo ao
Sistema de saúde nacional.

DISCUSSÃO:
Observa-se que entre os anos 2016 a 2021 ocorreram 107.815 casos de traumatismo
craniano no estado de São Paulo. Os Traumatismos intracranianos são um dos principais
problemas de saúde pública mundial e suas características epidemiológicas variam de acordo com
cada população. Devido ao aumento do número de transportes, bem como de acidentes
automobilísticos; assim como as violências. Esses fatores são considerados os principais
responsáveis pelo aumento expressivo dos índices de Traumas intracranianos (ROCHA,
SANTOS, et al., 2018).

Em relação aos custos dos serviços hospitalares foram repassados $ 189.533.921,20 ao estado
de São Paulo. E que o ano de 2021 foi o com maior gasto nesse tipo de agravo (CARTERI,
SILVA, 2021).

CONCLUSÃO:

Verifica-se que a alta incidência de Traumatismo Crânio Encefálico em adultos e


na população idosa deve ser salientada. Estudos sistematizados são necessários, a fim de
se estabelecer políticas públicas de educação em saúde mais eficazes para reduzir as taxas
de prevalência de Traumatismo Crânio Encefálico (TCE). Os recursos financeiros são
gastos muito mais com os tratamentos das vítimas do que com a prevenção dos acidentes.
E deve-se levar em conta, também, os recursos que são gastos com reabilitação. É
necessário dizer que o controle dos custos não se dá somente no nível de administração
hospitalar, mas também no nível mais amplo da administração pública

REFERENCIAS:

CARTERI, R. B. K., SILVA, R. A. da. "Traumatic brain injury hospital incidence in


Brazil: an analysis of the past 10 years", Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.
33, n. 2, 2021. DOI: 10.5935/0103-507X.20210036. Disponível em:
https://rbti.org.br/artigo/detalhes/0103507X-33-2-12. Acesso em: 11 maio 2022.

ROCHA, R. P., SANTOS, J., DELMONDE, D. "PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO


TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM PARNAÍBA - PI", p. 6, 2018. .

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