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Caminhos para a promoção da paz e dos direitos humanos no trânsito

A saga “Velozes e Furiosos” retrata o comportamento de motoristas que se arriscam em


disputas de corridas ilegais, apresentando diversas infrações de trânsito em busca de emoções
e diversão. Fora da ficção, as atitudes dos motoristas brasileiros se assemelham ao filme, por
descumprirem regras básicas de trânsito e de cordialidade, promovendo a violência e o
desrespeito aos direitos humanos. Nesse sentido é válido destacar as possíveis causas para esse
grave problema, como a falta de autonomia do indivíduo, que age apenas regido por leis, e a
ausência de ações governamentais na educação e no planejamento do trânsito.

Em primeiro plano, quando o sujeito age apenas de forma a seguir normas e leis
aplicadas pelo estado, ele perde a sua autonomia e a capacidade de agir pelo bom senso. O
filósofo Kant, em seu princípio da ação moral, afirma que se o indivíduo toma uma atitude em
busca de uma recompensa individual, essa ação deixa de ser moralmente ética. Nesse caso, os
partícipes do trânsito, ao agirem apenas de forma a evitar multas e prejuízos pessoais, não estão
colaborando para a cultura de paz e a preservação dos direitos humanos. Caso esses condutores
agissem de forma ética, como Kant defendia, o trânsito seria um espaço de respeito e de paz.

Além disso, se não há investimentos em ação educacional e no planejamento do trânsito


por parte do governo, a sociedade não desenvolverá uma conduta no trânsito pautada na cultura
de paz. De acordo com o filósofo Pitágoras, é necessário educar as crianças para evitar punir os
adultos. Nesse sentido, é fundamental construir uma educação no trânsito com base no respeito
aos direitos humanos, promovendo o diálogo na resolução de conflitos, desde a infância, a fim
de que os futuros condutores possam agir de maneira ética, evitando, assim, a punição e a
diminuição do número de vítimas.

Portanto, cabe ao Governo Federal conscientizar a população a cerca do respeito aos


direitos humanos no trânsito por meio de campanhas publicitárias e educacionais com a
finalidade de promover a paz e diminuir o número de acidentes nas rodovias e trânsito brasileiro.
Fazendo isso, muitas vidas podem ser preservadas e teremos, de fato, atitudes concretas para a
resolução desse conflito.

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