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EMTI LEONEL DE MOURA BRIZOLA

LÍNGUA PORTUGUESA
ALUNO (A): ______________________________________________ DATA: __/__/__
SÉRIE: _________ TURMA: _________ PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): ___________________

TEMA: NO TRÂNSITO, ESCOLHO A VIDA!


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um artigo de opinião na modalidade escrita formal da língua portuguesa. o

TEXTO 1
PRESSA E IMPRUDÊNCIA: A SAÚDE MENTAL DOS MOTORISTAS TEM IMPACTADO NA VIOLÊNCIA
NO TRÂNSITO?
Impaciência e falta de cortesia geram não só desconforto, mas riscos a quem circula pelas ruas, como apontam
especialistas

Segunda-feira, manhã, 7h30. Avenida movimentada de Fortaleza. As filas de carros já se estendem por
quarteirões, com motos e bicicletas costurando os corredores. Entre uma seta não ligada e outra, xingamentos e buzinas
incessantes. É instalado o caos da impaciência.
Com uma frota superior a 1,2 milhão de veículos circulando nas vias, o trânsito da capital cearense incha dia a
dia – e pelo menos um acidente é registrado por hora na cidade, segundo dados de 2022 da Autarquia Municipal de
Trânsito e Cidadania (AMC).
Num cenário em que a pressa dita a rotina em vários espaços, o Diário do Nordeste conversou com condutores
e especialistas para entender: a saúde mental dos motoristas tem tornado o trânsito mais hostil?
Para o assistente de vendas Paulo Marques, 32, a resposta é categórica: “é óbvio”. Motociclista há 17 anos, ele
faz diariamente o percurso entre a casa, no bairro Aerolândia, e o Centro de Fortaleza – “um caminho cada vez
mais estressante e perigoso”.
“O que eu vejo é que as pessoas estão muito impacientes mesmo. Não dão vez, dirigem mal, ‘tiram fino’ na
gente e ainda brigam, se acham certas. É como se estivesse todo mundo apressado e nem aí pros outros”, resume Paulo,
que já neste ano foi derrubado pela imprudência de um carro. O motorista não prestou socorro.
Em 2022, Fortaleza registrou 11,7 mil acidentes de trânsito, dos quais 9,8 mil com vítimas, conforme dados da
AMC. São menos que em 2021, mas o comportamento ainda é causador de cerca de 90% dos sinistros, como pontua
Jorge Trindade, diretor de educação de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/CE).
“Hoje a ação que mais desvia a atenção do condutor é o uso do celular, seja para falar ou, pior ainda, manusear.
O uso de celular é a terceira maior causa de morte no trânsito, atrás apenas do excesso de velocidade e do uso de álcool
antes de dirigir”, destaca.
O gestor avalia que “o ritmo de vida acelerado” reflete nas infrações. “Falta gentileza, cortesia e paciência no
trânsito. Parece que há uma disputa entre os modais, e o Código de Trânsito Brasileiro prevê justamente o contrário”,
pondera [...].
Fonte: Diário do Nordeste

TEXTO 2
VELOCIDADE MÁXIMA DE 50 KM/H SERÁ APLICADA EM MAIS TRÊS VIAS DE
FORTALEZA
Saiba quais Intervenções para a aplicação da mudança devem iniciar até o mês de agosto
Nos últimos cinco anos, 50 vias de Fortaleza tiveram a velocidade máxima readequada para 50 km/h a fim de
reforçar a segurança viária e proteger usuários mais vulneráveis no trânsito. No momento, cinco avenidas - Dom Manuel,
Aguanambi, Porto Velho, 13 de Maio e Pontes Vieira - estão em processo de readequação, e mais três devem ter o
processo iniciado até agosto [...].
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que uma redução de até 5% na velocidade do veículo pode
resultar em 30% menos sinistros fatais.
Os impactos da readequação de velocidade foram avaliados por um estudo técnico que considerou como grupo
de comparação outras vias de características similares que não receberam a política de segurança viária.
Em 16 vias cuja readequação foi implementada há mais de 12 meses, o levantamento indicou redução de
68,1% na média de acidentes com mortes.
Fonte: Diário do Nordeste

TEXTO 3

TEXTO 4
“TRÂNSITO: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA”
A violência no trânsito cresceu significativamente e, atualmente, é a segunda maior causa de mortes no Brasil.
Acidentes de trânsito estão ocorrendo com maior frequência e, infelizmente, estão se tornando parte do nosso dia a dia,
seja por meio de notícias no jornal, na televisão, seja, muitas vezes, ocorrendo na nossa rua, no nosso bairro, no nosso
caminho para o trabalho. Segundo dados do DPVAT, o seguro obrigatório pago aos acidentados, mais de 50 mil pessoas
morrem anualmente no país, vítimas de acidentes de trânsito. Isso significa 136 mortes todos os dias ou ainda 5 a cada
hora. Os acidentes de trânsito tornaram-se, pois, um grave problema de saúde pública no país.
Esses números, que envolvem os diversos tipos de acidentes, mostram que até mesmo os menores deslizes
podem resultar em um desastre. Dentre as principais causas dos acidentes, provocadas por negligência ou erro humano,
estão a distração decorrente do uso de celular ao volante, seguida pelas ocorrências de dirigir embriagado e ter atitudes
imprudentes, como não usar o cinto de segurança e dirigir acima da velocidade permitida.
Somadas a esse contexto, não podemos deixar de citar as péssimas condições das rodovias brasileiras, como
também a falha ou a falta de sinalização, fatores que muito colaboram com o índice de acidentes. Muitas rodovias têm
problemas estruturais que prejudicam e comprometem a logística no país e, sobretudo, a segurança de motoristas,
passageiros e pedestres.
Os gastos públicos com acidentes de trânsito envolvem desde a ocupação de leitos hospitalares até internações
hospitalares e cirurgias. Esses custos, quando pagos com recursos provenientes dos cofres públicos, poderiam ser
aplicados em medidas preventivas, como métodos de educação de condutores e reestruturação de rodovias, que venham
a representar melhores condições para o trânsito do país.
[...]
Estamos vivendo um período em que muitas pessoas não respeitam o próximo, não se preocupam com quem
está no veículo ao lado ou atravessando a faixa de pedestres. Nota-se falta de sensibilidade e sobra de egoísmo.
Infelizmente, uma parte dos números dos acidentes nas estradas e rodovias não retrata fatalidades, mas sim a falta de
educação, conscientização e respeito por meio de atitudes irresponsáveis, que colocam vidas em risco.
O trânsito deve ser um ambiente harmonioso, seguro, de cooperação e colaboração entre as pessoas, onde todos
têm os mesmos direitos e deveres e, portanto, todos correm o mesmo risco. Não podemos aceitar tudo isso como algo
inevitável, tão pouco natural. Isso é consequência de atitudes muitas vezes irresponsáveis e da falta de práticas
essenciais, que deveriam proporcionar o desenvolvimento e a evolução da sociedade brasileira.
Fonte: Correio do Estado

Gênero: artigo de opinião


O artigo de opinião é um texto de caráter argumentativo, ou seja, apresenta a opinião do autor e busca convencer
o leitor a respeito dela. Usualmente, é publicado em veículos de comunicação ou jornais. Costuma ter como assunto
algo que está em debate ou em destaque na sociedade e a respeito de que, portanto, muitas pessoas estão a par dos
detalhes ou têm opiniões, de forma que sua função é fornecer mais argumentos para a discussão ou expressar a opinião
de determinado setor da sociedade.
O texto dissertativo-argumentativo do artigo de opinião é escrito em norma culta da língua portuguesa, em
terceira pessoa do singular ou do plural e normalmente apresenta uma estrutura bem definida e tamanho relativamente
curto.
A estrutura mais comum de artigo de opinião tem, em média, entre 3 e cinco parágrafos, podendo ter mais se o
espaço reservado para o debate for maior, no caso de jornais e revistas. Ele costuma apresentar um tamanho menor,
porque responde à dinamicidade do debate sobre o tema e não costuma se aprofundar muito, fazendo um panorama
sobre o que o autor considera o principal sobre seu ponto de vista.
Em relação à organização e à estrutura, os artigos não mudam muito. O artigo de opinião costuma ter:
– Título: apresenta uma síntese do texto em poucas palavras.
– Tese: apresentada logo no primeiro parágrafo ou nos primeiros parágrafos, a tese é explicitamente a opinião do autor
sobre determinado assunto. Nela, são apresentados o tema, no qual o autor fundamenta o debate, e a sua opinião sobre
determinado assunto, quando deixa claro qual abordagem terá ao escrever.
– Argumentação: A partir do segundo ou dos próximos parágrafos, o autor aprofunda sua opinião, buscando o
convencimento do leitor. Para isso, utiliza dados, exemplos ou parte de situações de amplo conhecimento da sociedade.
No caso de redações de vestibular, é comum que a prova apresente uma coletânea de textos nos quais já existem dados
e argumentos que auxiliam o debate. Quando se trata de textos em jornais, normalmente o próprio jornal já vem fazendo
essa discussão e apresenta elementos que fomentam o debate.
– Contra-argumentação: Em alguns casos, para fortalecer a opinião do autor do texto, pode-se adotar a estratégia de usar
uma opinião contrária, de conhecimento comum ou que esteja na coletânea. Nesse caso, o autor apresenta a opinião
contrária e rebate os argumentos de forma a fortalecer sua opinião.
– Conclusão: O último ou os últimos parágrafos apresentam a conclusão do artigo, momento em que o autor amarra
todos os argumentos usados e retoma a primeira parte do texto, fazendo uma síntese.

Hora da escrita!
Produza um artigo de opinião, atentando-se para os estudos acerca do gênero desenvolvidos em sala de aula.
Mas antes, se julgar necessário, busque realizar pesquisas e dados que, certamente, ajudarão no seu processo de escrita.
É permitido flexionar verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular (EU), ou seja, embora seja essencial a
fundamentação das opiniões apresentadas, elas podem ser construídas de forma subjetiva. Contudo muitos articulistas
optam pela 3ª pessoa do discurso (ELE/ELA);
Siga a estrutura habitual do gênero artigo de opinião:
• Introdução — contextualização e/ou apresentação da questão que está sendo discutida (1 parágrafo);
• Desenvolvimento — explicitação do posicionamento adotado com a utilização de argumentos e de contra-
argumentos; apresentação de dados, informações e discurso de autoridade (2 ou 3 parágrafos);
• Conclusão — ênfase/retomada da tese e/ou proposta de intervenção social (1 parágrafo).
• Mínimo de 25 linhas e máximo de 30 linhas;
• Crie um título criativo!

Boa produção!

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