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UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO

Pós-Graduação em Psicologia do Trânsito

MATEUS DE CARVALHO SANCHES

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO: ALUNO HOJE-MOTORISTA AMANHÃ

BAURU
2018
MATEUS DE CARVALHO SANCHES

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO: ALUNO HOJE-MOTORISTA AMANHÃ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade do Sagrado
Coração, Pós-Graduação, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Psicologia do Trânsito, sob orientação
do Professor Me. Cleiton José Senem.

BAURU
2018
MATEUS DE CARVALHO SANCHES

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO: ALUNO HOJE-MOTORISTA AMANHÃ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade do Sagrado
Coração, Pós-Graduação, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Psicologia do Trânsito, sob orientação
do Professor Me. Cleiton José Senem.

Bauru, dia de mês de ano.

Banca examinadora:

___________________________________________________
Prof. Dr. ...
Universidade do Sagrado Coração

___________________________________________________
Titulação, Nome
Instituição

___________________________________________________
Titulação, Nome
Instituição
RESUMO

Este estudo visou afirmar a importância do ensino sistematizado do conteúdo


trânsito na escola enquanto objeto da cultura humana.Pesquisando ações no
âmbito educacional e seus impactos sociais destacando que tal pesquisa
demonstra os impactos causais e de curto prazo mas evidentemente a formação
humana a que buscamos causa impactos diretos e indiretos a curto e longo prazo o
que evidencia a necessidade de novas pesquisas mais abrangentes assim como
formulações de teorias e didáticas adequadas ao tema, visto que o tema trânsito
nas escolas não deve ser tratado de maneira simplista e como comprova o trabalho
esse conteúdo é grande influenciador social e qualificador de para índices
socialmente desenvolvidos , qualidade de vida em sociedade, pois todos fazemos
parte do trânsito praticamente a todo momento como pedestres e ou condutores de
veículos automotivos ou não.Como o trânsito em si vai muito além das regras ou
seja inclui mobilidade e socialização de espaços, educação dos envolvidos no
trânsito a busca por uma sociedade desenvolvida inclui ações estruturais e
educacionais.A educação formal e sistematizada da escola é o caminho a escola é
e deve ser lugar para o ensino das regras de trânsito, condutas sociais, objeto de
conhecimento e cultura, com professores detentores do conhecimento e métodos
didáticos adequados, isso inclui na formação docente um olhar diferenciado
podendo ser aprendidos também com a formação continuada com profissionais
envolvidos nos mais diferentes aspectos trânsito o qual o professor pode também
incluir em sua didática.

Palavras-chave – Ensino. Trânsito. Comportamento. Desenvolvimento social.


Segurança.
ABSTRACT

Keywords:
LISTA DE TABELAS

DENATRAN: O Departamento Nacional de Trânsito


IBGE:  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito
DPVAT: Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Terrestres
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................8
2 OBJETIVOS...................................................................................................10
2.1 GERAL............................................................................................................10
2.2 ESPECÍFICOS...............................................................................................10
3 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................10
3.1 COMO SE FORMA O COMPORTAMENTO..................................................10
3.2 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO NO ESPAÇO ESCOLAR........................11
4 METODOLOGIA DA PESQUISA...................................................................12
4.1 TIPO DE ESTUDO.........................................................................................12
4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO..........................................................................12
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.................................................12
4.4. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS..............................................13
4.6 DELIMITAÇÃO DOS ESTUDOS....................................................................17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................18
8

1 INTRODUÇÃO

Dirigir é um ato complexo devido ao comportamento no trânsito e a rotina no


espaço social. Para dirigir não é preciso somente habilidade motora é necessário
também controle, autodomínio emocional. A insegurança se deve muito ao
comportamento do brasileiro no trânsito, pois como afirma Braga e Santos (2015,
p.36):

No Brasil o motorista, julga-se muito mais portador do direito a circulação


que os demais participantes no trânsito, o que está ligado às
características autoritárias da sociedade e a falta de conscientização sobre
os direitos do cidadão.

Isso faz com que os motoristas ocupem os espaços viários de maneira


agressiva não respeitando os demais participantes do trânsito e o pedestre assume
papel de “2ª classe” submetendo-se ao veículo. Para Mognon (2014, p.17): “O
sujeito pode desencadear comportamento de risco ao conduzir o veículo, liberando
seus padrões morais, infligindo sem culpa ações danosas. Podendo ser
denominada desengajamento moral”.
Os erros são usados genericamente para denominar todas as ocasiões em
que uma sequência planejada de atividades mentais ou fiscais não atinge o
resultado pretendido. Erros podem ser atribuídos à falta de atenção voluntária e ao
comportamento arrogante do condutor que deliberadamente leva-se ao erro.
Portanto, essa pesquisa visou investigar e analisar a importância da
Educação para a formação de cidadãos mais conscientes no trânsito, propondo a
investigação da educação para o trânsito na escola, dado ao fato que se faz
urgente uma educação para o trânsito no âmbito escolar não somente nas
autoescolas já que segundo Braga e Santos (2015, p.35):
9

O Brasil ocupava em 2015 o 3º lugar entre os pares com maior número de


mortes causadas pelo trânsito, com taxa de mortalidade de 23,4 para cada
100 mil habitantes de acordo com os dados da organização mundial da
Saúde.

O interesse pelo tema da pesquisa se justifica pelos altos índices de


problemas e acidentes no trânsito que estão relacionados a comportamentos ou
aspectos emocionais dos motoristas. Fatores que são corroborados pela
bibliografia pertinente de acordo com BARTHOLOMEU, (2008, p. 193):

As condições e estados emocionais dos motoristas constituem causas


humanas diretas que afetam negativamente a habilidade destes em
processar as informações pertinentes para que dirijam com segurança.
Dentre as condições emocionais mais relacionadas aos acidentes pode-se
mencionar, ansiedade, agressividade, angústia, entre outros; estando
muitas destas associadas à personalidade. Assim, certas características
de personalidade poderiam afetar de forma negativa os comportamentos
dos motoristas no trânsito, podendo aumentar as probabilidades destes
incorrerem em acidentes.

Corrobora a importância e a justificativa do tema o Código de Trânsito


Brasileiro (Lei nº 9.503/99 – Cap. VI, Art. 74 a 79): CAPÍTULO VI - DA
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO incluindo-se o fato que dentre os vários
acidentes que ocorrem diariamente, grande parte se deve à negligência e
imprudência dos nossos condutores, não descartando o fato de que pela
inobservância do governo existe também a falta adequada de sinalização nas
pistas e rodovias e a manutenção destas com tapamento de buracos e etc.
No âmbito da Psicologia do Trânsito, a pertinência desta pesquisa está no
fato de que, segundo Costa e Alchieri (2016, p. 7), esta área de estudo “pesquisa
os procedimentos relativos ao homem em trânsito, os resultados e processos
externos e internos, os conhecimentos e certos comportamentos que os causam e
modificam esse processo”. Entendendo, desse modo, a Psicologia do Trânsito
como a área de estudo responsável e propositora de garantia das adequadas
10

condições da saúde mental dos motoristas, de forma contínua e evolutiva. Nesse


sentido, esta pesquisa visa compreender e delinear os problemas e aspectos
negativos correlacionados na problemática apresentada. Também, busca analisar
os possíveis padrões existentes para, assim, tentar traçar projeções e proposições
possíveis para a educação, prevenção e ações que contribuam para um trânsito
seguro.

2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Esse trabalho teve como principal objetivo realizar uma revisão de literatura
investigando a importância da Educação para o trânsito no âmbito escolar
brasileiro.

2.2 ESPECÍFICOS
 Verificar possíveis correlações entre educação e redução dos acidentes no
trânsito.
 Analisar os projetos educacionais no Brasil com relação ao ensino do
trânsito nas escolas.
 Checar os fatores positivos e negativos das ações incluindo formação
docente.

3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 COMO SE FORMA O COMPORTAMENTO

O ser humano não é apenas um animal gregário, que vive junto com seus
pares. Não se trata simplesmente de viver com os outros humanos, como lobos
vivem com outros lobos, as relações com outros homens nos constituem, são
formadoras de nosso ser, constroem nossa humanidade, nosso psiquismo e nossa
personalidade. Isso porque, como afirma Vigotski (2006, p. 35), “diferentemente
dos animais nós humanos nos constituímos fundamentalmente a partir da herança
social, cultural. ”
11

Pode-se dizer que a escola é e deve ser lugar para o ensino das regras de
trânsito, condutas sociais, objeto de conhecimento e cultura. Os fatores sociais,
culturais e emocionais são decisivos na formação da personalidade já que o
desenvolvimento humano é histórico - social, assim como a formação da
personalidade sujeito é histórico- social o cultural-social suplanta não deixando o
sujeito a mercê do determinismo biológico levando em conta como os fatores
sociais são decisivos no processo de humanização, ou seja, sua personalidade.
Vigotski (1998, p.39).
Nossa relação com o mundo não é direta, ela é sim mediada pelos outros,
pelos signos (o signo também é nosso conhecimento nossa cultura) e por nossas
funções psíquicas superiores. A apropriação cultural desse signo que é o
conhecimento a cerca do trânsito que fará a mediação e o motorista e o mundo.
Dentre as funções psíquicas superiores está o autodomínio da conduta e a atenção
voluntária, ambas importantíssimas para o comportamento seguro no trânsito.
Conduzir um veículo automotor requer responsabilidade, conhecimento e atitudes,
assim como envolve a memória, a decisão e capacidade de tomar decisões em um
ambiente cheio de estímulos e informações, além de regras e leis. Todas as
funções superiores são desenvolvidas sociamente.
Todas as funções psíquicas superiores de acordo com Vigotski (2006), são
constituintes da personalidade humana, uma vez que, a mesma é a síntese de
todas estas funções psicológicas, personalidade esta que para o autor se
desenvolve no ínterim da sociedade em relação com o outro.
É preciso fazer um trabalho para ampliação de inserção social, ou seja,
educação para o trânsito, pois todos participam do trânsito a todo o momento. Para
ensinar é preciso instruir, já que o sujeito aprende pela instrução e imitação, o
ensino sistematizado concorda Spink (1993, p.304), e acrescenta que a relação
com o real nunca é direta, mas, “sempre mediada por categorias históricas e
subjetivamente construídas. ”.

3.2 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO NO ESPAÇO ESCOLAR


12

Como o fator insegurança no trânsito x personalidade estão intrinsecamente


ligados e sabendo que a personalidade se forma socialmente, com o outro e na
escola por meio do ensino sistematizado. Destaca-se aqui o ensino escolar, o
ensino sistematizado e com intencionalidade educativa. Portanto, para um trânsito
seguro é necessária educação- ensino. Segundo o Waiselfisz (2012, p. 3):

Os números apresentados pela Organização Mundial da Saúde são


estarrecedores, indicativos de uma real pandemia. Só no ano de 2009,
aconteceram perto de 1,3 milhões de mortes por acidentes de trânsito em
178 países do mundo. Se nada for feito, a OMS estima que deveremos ter
1,9 milhões de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030. Entre
20 e 50 milhões sobrevivem com traumatismos e feridas. Os acidentes de
trânsito representam a 3ª causa de mortes na faixa de 30-44 anos; a 2ª na
faixa de 5-14 e a 1ª na faixa de 15-29 anos de idade.

Para um trânsito seguro Perkons (2012) destaca os 3 E`s: Engenharia,


Esforço Legal e Educação que têm como objetivo criar condições para o trânsito de
forma a orientar, educar e proporcionar segurança e fluidez ás pessoas durante o
seu percurso, assim como fiscalizar o cumprimento dessas regras como forma de
reduzir o índice de acidentes, melhorar a segurança viária e punir, quando
necessário, aqueles que não obedecem á essas regras. Na visão de Pereira (2002,
p.39), a educação para o trânsito é:

Processo de desenvolvimento da capacidade física, cognitiva, afetiva e


moral da criança e do ser humano em geral, visando a sua melhor
integração individual e social. Acredita que esta aprendizagem deve levar
a formação de cidadãos, autônomos, críticos e participativos, capazes de
atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em
que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades
individuais, sociais, políticas e econômicas.

Nada mais evidente do que na escola o conteúdo trânsito seja objeto de


ensino para que o sujeito se aproprie das normas de trânsito e da sua importância
social, que incluem sua conduta, desenvolvendo assim sua personalidade de
condutor aliadas à apropriação cultural desse objeto de estudo trânsito. Não basta
encarar o ensino do trânsito na escola de maneira simplista é preciso permitir a
reflexão, fazer com que às crianças e os adolescentes reflitam criticamente a
respeito dos fatores culturais e éticos, pois ao contrário, as ações educativas não
estarão contribuindo para a formação de um cidadão.
13

4 METODOLOGIA DA PESQUISA
4.1 TIPO DE ESTUDO
Como método de estudo, será realizada uma revisão de literatura com busca na
base de dados CAPES, com as seguintes palavras para a pesquisa: Ensino.
Trânsito. Comportamento. Desenvolvimento social. Segurança. Incluindo ações
educacionais de sucesso para o ensino do trânsito nas escolas do Brasil.

4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO


Livros de especialistas na área que tratam desde os aspectos da psicologia
e formação social do sujeito na linha da Psicologia Histórico Cultural e artigos
publicados entre os anos 2000 e 2018, nacionais que abordem a Educação para o
Trânsito em âmbito escolar no Brasil.

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

A pesquisa nos artigos procurou a resposta para a problemática da


importância da educação para o trânsito nas escolas e alguns resultados
apresentados. Foram analisados 20 artigos dos quais 7 foram selecionados:
a) Os critérios de exclusão foram:

13 artigos excluídos

7 artigos 6 com data inferior a 2000


internacionais

b) Os critérios de inclusão foram:


14

4.4. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

TÍTULO ANO CONCLUSÂO

Educação para prevenção de 2018 Segundo os dados da seguradora Lider


acidentes: uma análise das DPVAT, o número de indenizações por morte
estatísticas de acidentes no no trânsito em 2017 cresceu 24% em relação a
Brasil a luz do código de 2016, no total geral de indenizações pagas em
trânsito Brasileiro. (COSTA e 2017 aquelas pagas por morte, subiram 27% a
SEVERO) faixa etária mais envolvida está em 20 e 24
anos e os homens representam 80% dos
casos de morte no trânsito. A cada 4 mortes
registradas no trânsito, 3 ocorreram em pista
secas e retas, estudos apontam que cerca de
70% a 75% com mortes aconteceram em
trechos seguros do trânsito. Com relação
comparado a Suécia que é considerada o
trânsito mais seguro do mundo a diferença
está na educação para o trânsito que tem um
investimento altíssimo no país. A legislação de
trânsito brasileira está entre as melhores do
mundo, pois determina um trânsito fluido,
pacífico, e com prioridades para o pedestre e o
ciclista, contudo na pratica não é o que se vê.
O que é diferente: a educação para o trânsito
na Suécia é feita de forma sistematizada e
continua, não simplista. Com alto investimento
dentro da escola.
A cidade de Ji-paraná- 2017 Para promover uma educação de
Rondônia e os índices de qualidade o educador precisa estar sempre se
acidentes de trânsito com especializando para que possa ter acesso a
lesões corporais: a descrição novas terias e assim, encontrar distintas
dos dados de 2012 a 2015, perspectivas de ensino. No mês de maio do
uma fonte para a pesquisa e ano de 2017 foi realizada uma campanha
contribuição direcionada a direcionada a educação para o trânsito nas
educação para o trânsito nas escolas, tendo como o público alvo crianças e
escolas. (SILVA) adolescentes denominado projeto amarelo.
Foram realizadas diversas atividades com os
alunos, como produção de desenhos, textos
frases e cartazes e os trabalhos que se
destacaram foram premiados no final da
campanha. A educação para o trânsito
passado pelas professoras em sala de aula
corroborou com a importância de se preocupar
com a segurança no trânsito, nesta ação foram
atendidos 325 alunos. No município
apresentaram após novembro amarelo uma
redução da taxa de acidentes com lesões
corporais sendo possível que essa redução
seja o indicativo das campanhas, projetos e
15

blitizen educativas realizadas com o DETRAN


em parceria com a Polícia Militar e autarquia
municipal de trânsito em JI Paraná. As
campanhas nas escolas alteraram
significativamente o comportamento dos pais e
como menciona o artigo houve após novembro
uma redução nas taxas de acidentes
provavelmente um indicativo dos sucessos das
campanhas.
Educação para o trânsito: 2016 Ao verificar através de pesquisa de
reflexões sobre o trabalho campo como se é trabalhado o tema Educação
desenvolvido no ensino para o trânsito pelos professores e pelo grupo
fundamental. (LIMA, COSTA e de gestores em uma escola municipal de
NUNES) Aracati-CE, constatou-se que após a aplicação
do formulário com o questionário para o grupo
de 20 pessoas incluindo 3 gestores, pode-se
verificar que apenas 8 dos 17 professores
afirmam conhecer o código de trânsito
Brasileiro, o grupo de gestor apesar de afirmar
conhecer o código de trânsito brasileiro
completam afirmando conhecer contudo pouco
a respeito da legislação de trânsito, com
relação a maior dificuldade em trabalhar o
tema trânsito ambos os 17 professores
afirmam trabalhar o tema de maneira
esporádica. A sugestão dos professores para
que fosse trabalhado de forma eficaz na escola
a temática trânsito foi o pedido de formação
por equipes que conheçam o tema com
propriedade. É importante de acordo com o
artigo que os professores conheçam o código
de trânsito, pois só se pode ensinar o que
sabe, por isso os professores reivindicam
cursos com especialistas para que possam
trabalhar a temática transito dentro da escola
com propriedade do assunto.
Educação para o trânsito: um 2015 Sinop-MT chegou a ocupar o nono lugar
estudo desenvolvido na Escola nas cidades com maiores índices de
Municipal Sadão Watanabe. mortalidade dentre as cidades brasileiras que
(CONCEIÇÃO) possuem mais de cem mil habitantes uma
média altíssima de atropelamentos cerca de
34% mais que a média nacional. As ações
educativas que resultaram em pontos positivos
reduzindo os atropelamentos culminou com o
Festival Estudantil Temático para o Trânsito
(FETRAN), onde são premiados docentes e
discentes, o festival é dividido por categorias
começando pelo infantil 6 a 12 anos, Juvenil de
13 a 18 anos e um diferencial é a educação
especial sem limite de idade. A partir de ações
16

integradas, o festival e a formação docente por


equipe técnica novas pesquisas apontam
redução de 10 % nos atropelamentos na faixa
etária de 6 até 18 anos e 13 % de redução nos
acidentes considerando que os dados para
atropelamento e acidentes são contabilizados
na mesma pesquisa. Apontando ainda que as
ações são a longo prazo, contudo efetivas. O
artigo evidencia que os professores devido a
sua formação conseguiram trabalhar de forma
efetiva os conteúdos Antes dos festivais o
tema foi trabalhado dentro da escola de
maneira interdisciplinar com todas as turmas.
Todo o trabalho culminou num festival que
trouxe benefícios dentro e fora da escola.
A importância da educação 2012 Pessoas de baixa renda se envolvem
para o trânsito na formação de com maior frequência em acidentes de trânsito
cultura de segurança no de acordo com a pesquisa e esse fator está
Trânsito. (CAMPOS, ROMÃO, diretamente ligado ao menor acesso que essa
JUNIOR e FERRAZ) parte da população tem a educação. Aponta os
três E’s para um trânsito seguro ou seja
engenharia, esforço legal e educação. O plano
nacional de redução de acidentes e segurança
viária para a década de 2011-2020, aponta a
educação em diversos setores como medida:
capacitar profissionais do trânsito, realizar
encontros, seminários e congressos voltados
para a educação. Introduzir a disciplina de
segurança viária nos cursos de graduação de
nível superior, implementar a educação para
trânsito como prática pedagógica cotidiana nas
escolas de ensino infantil e ensino
fundamental. Os acidentes apontados pelo
artigo são os que envolvem o comportamento
do condutor tanto com relação a sua
personalidade como outros fatores tais como
atenção e compreensão do sistema de trânsito.
Educação para o trânsito no 2011 Feira de Santana é a cidade que
espaço escolar: é possível? apresenta o maior entroncamento rodoviário do
(REBOUÇAS, MELO e BISPO) norte-nordeste do país, com grande fluxo de
pessoas e veículos, e diante do seu crescente
desenvolvimento econômico tem aumentado a
frota de veículos da cidade de acordo com
dados do DENATRAN (2011), a frota de
veículos de abril de 2011 aumentou o que
representa um veículo para cada 3 pessoas. O
censo demográfico realizado em 2010 (IBGE
2011) informa que a população de feira de
Santana está estimada em 542.476 habitantes,
sendo destas 40.964 crianças na faixa etária
17

de 0 a 4 anos, e 44.522 entre 5 a 9 anos,


correspondendo ambas a 15,76 % do total da
população. Constatou-se altos índices de
mortalidade infantil relacionados ao trânsito,
representando em 2005, aproximadamente 7
crianças mortas por dia, excluindo as
hospitalizadas e ou com sequelas temporárias
ou permanentes. Sendo assim propõe a
educação para o trânsito desde a mais tenra
idade como forma de prevenção e ensino. Para
tanto a metodologia do trabalho foi pesquisa de
relato de experiência a partir dos projetos com
20 alunos da rede pública de feira de Santana
na faixa etária de 6 anos. Utilizou-se vários
recursos materiais pedagógicos, além das
placas de sinalização por toda a escola para
chamar a atenção. Trabalhou de forma
interdisciplinar ética nas aulas de artes,
conteúdos correlacionados nas aulas de
educação física, nas atividades de Matemática
conhecer e explorar gráficos e desenvolver
noções de direcionamento, para isso gráfico
humano com as crianças, trabalhou com
instrução e também com ludicidade, a
culminância do projeto foi com o convite da
equipe de Educação para o trânsito da policia
rodoviária federal, lotada na própria cidade,
que ajudou tanto os alunos quanto a equipe
docente.

Fé em Deus e pé na tábua, ou 2010 Em países como Índia, China, Peru e


como e porque o trânsito Brasil o veículo é signo de uma cidadania
enlouquece no Brasil. diferenciada, um modo de ser e estar não mais
(MATTA, VASCONCELLOS e individualizado, mas também relacional ou
PANDOLFI) hierarquizado, o que produz procedimentos e
atitudes da rua ou na rodovia, de acordo com o
preço, a marca e o condutor do veículo. A
educação para o trânsito deve permitir as
crianças e adolescentes refletir criticamente a
respeito desses fatores culturais, éticos, pois
caso contrário as ações educativas não
estarão contribuindo para a formação de um
cidadão.

4.4 DELIMITAÇÃO DOS ESTUDOS


18

Apesar da situação do trânsito ser caótica, não só no Brasil, mas em várias


partes do mundo, existem caminhos que podem promover uma rápida mudança na
situação das rodovias do país. Países como Suécia e Japão deram o exemplo com
medidas simples, mas eficazes, reduzindo o número de acidentes quase a zero. É
preciso investir generosamente em educação, fiscalização, estrutura viária e
políticas publicas para um trânsito mais segura. (Costa e Severo, 2018).
De acordo com a Policia Rodoviária Federal (PRF) dos acidentes ocorridos
em 2016 as principais causas são: falta de atenção (30% dos óbitos registrados);
excesso de velocidade (21,9%); embriaguez ao volante (15,6%); imprudências
como desrespeito a sinalização e ultrapassagem indevida (19,3%); e sono (6, 7%).
(Costa e Severo, 2018).
Conduzir um veículo automotor requer responsabilidade, conhecimento e
atitudes, assim como envolve a memória, a decisão e a capacidade de tomar
decisões em um ambiente cheio de estímulos e informações, além de regras e leis.
Todas as funções superiores são desenvolvidas socialmente.
Todas as funções psíquicas superiores, são constituintes da personalidade
humana, uma vez que, a mesma é a síntese de todas estas funções psicológicas,
personalidade esta que para o autor se desenvolve no ínterim da sociedade em
relação com o outro. (Vigotski, 2006).
Com relação à cidade de Ji – Paraná- MT, conclui-se que, os órgãos
responsáveis pelo trânsito no município, estão criando políticas de conscientização
direcionadas aos condutores de veículos e crianças, em parceria com as escolas,
analisando dados e opiniões técnicas nessa área. (Silva, 2017).
A educação para o trânsito deve permitir uma reflexão crítica a respeito de
fatores culturais e éticos, ações educativas o ano todo que contribua para a
formação de um cidadão. (Campos, Feltrin, Romão, Junior e Ferraz, 2012).
Os estudiosos sobre o trânsito apontam diversos caminhos para que a
educação para o trânsito seja realizada de forma efetiva nas escolas, por meio de
projetos, de parcerias com órgão competentes (Policia Rodoviária Estadual e
Federal, Superintendência Municipal de Trânsito, Corpo de Bombeiros, DETRAN),
promovendo atividades diversificadas que auxiliam os educadores nesta tarefa,
somando-se as campanhas educativas promovidas pelo governo e outras
instituições, trabalhando com a formação docente já que foi um dos problemas
apontados na pesquisa. (Rebouças, Melo e Bispo, 2011). Indo de encontro com o
19

que foi pesquisado na cidade de Aracati – CE, com relação à reclamação docente
a respeito do conhecimento e formação sobre o tema trânsito (Lima, Costa e
Nunes, 2016).
A educação para o trânsito é concebida, muitas vezes, apenas como o
ensino de regras e o treinamento de habilidades como únicas formas de atingir o
objetivo de reduzir o envolvimento em acidentes, sendo necessário e emergente
investir em ações educativas permanentes que transcedam a aprendizagem de
regras, normas ou leis, mas que busquem na adoção de atitudes e valore
primordiais no convívio social colaborando, dessa maneira, na construção da
cidadania do educando e no respeito aos direitos humanos. (Conceição, 2015).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que para dirigir automóveis é exigido muito mais que a habilidade
motora sendo os conhecimentos críticos relevantes ao desenvolvimento humano-
genérico precisamos defender que a escola seja de fato um meio onde os
estudantes possam ser afetados com aprendizagens de conteúdos emancipatórios.
Conforme dados apesar das campanhas e da legislação referente à
educação para o trânsito nas escolas essas são eventuais sendo que países que
investiram em Educação demonstram dados estatísticos da importância do
investimento em educação para o trânsito.Analisando os artigos pode-se inferir a
importância da educação para o trânsito nas escolas, contudo não basta encarar o
ensino do trânsito na escola de maneira simplista é preciso permitir a reflexão,
fazer com que ás crianças e os adolescentes reflitam criticamente a respeito dos
fatores culturais e éticos, pois ao contrário, as ações educativas não estarão
contribuindo para a formação de um cidadão.
Devendo ainda promover debates do tema trânsito nas escolas do infantil ao
ensino médio, primeiro é importante que o professor conheça o tema não de
maneira simplista, mas de maneira sintética incluindo sua capacidade de
transformação social, devendo então o professor partir para a problematização,
após instrumentalizar ou seja o processo pedagógico para que o aluno faça a
catarse com a catarse o ultimo momento seria o uso do conteúdo aprendido como
prática social instigada pelo professor.
Nada mais evidente do que com o ensino sistematizado da escola visando
que o sujeito se aproprie das normas de trânsito e da sua importância no trânsito
20

socialmente, sua conduta, desenvolvendo assim sua personalidade de condutor e


suas funções superiores aliadas à apropriação cultural desse objeto de estudo
trânsito.

REFERÊNCIAS

BARTHOLOMEU, Daniel. Traços de personalidade e comportamentos


De risco no trânsito: um estudo correlacional. Psicol. Argum. 2008 jul./set.,
26(54), 193-206

BRASIL. Código Nacional de Trânsito. Código Brasileiro de Trânsito. Instituído


pela lei 9.503, 1999; Brasília: DENATRAN, 2001.

CAMPOS, Isabel de, Cintia. Feltrin, Fernanda, Talita. ROMÃO, Vasconcellos,


Pazzian, Natalia, Magaly. JUNIOR, Raia, Azevedo, Archimedes. FERRAZ, Pinto,
Clovis, Antonio. A importância da educação de trânsito na formação de cultura
21

de segurança no trânsito. III Simpósio de Pós-Graduação em Engenharia


Urbana. 2012.

COSTA, Marques, Camila. SEVERO, Martins, Viviane. Educação para prevenção


de acidentes: Uma análise das estatísticas de acidentes no Brasil à luz do
código de trânsito brasileiro. Goiás. 2018.

LIMA, Silva, Ari. COSTA, Lima, Ribeiro, Artemizia. NUNES, Oliveira, Albano.
Educação para o trânsito: reflexões sobre o trabalho desenvolvido no ensino
fundamental. 2016.
CONCEIÇÃO, Fardin, Gislaine. Educação para o trânsito: um estudo
desenvolvido na escola municipal Sadao Watanabe. Revista Eventos
Pedagógicos. 2015.

MATTA, R. VASCONCELLOS, J, G. PANDOLFI, R. Fé em Deus e pé na tábua,


ou como e porque o trânsito enlouquece o Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Rocco.
2010.

MOGNON, Ferreira, Jocemara. Autoeficácia para dirigir, desengajamento moral


e impulsividade em motoristas. Psico-USF. 2014.

PEREIRA. Maria Lucia. Novas práticas para a educação para o trânsito. Ed.
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PERKONS. Perkons S.A. Disponível em http://www.perkons.com.br/?


page=legislacaoEsub=o trânsito. Acesso em 16/12/2108.

SILVA, Francisco da, Geraldo. A cidade de Ji-Paraná e os índices de acidentes


de trânsito com lesões corporais: A descrição dos dados de 2012 a 2015, uma
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