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RELATÓRIO DE IMPACTO NO TRÂNSITO URBANO

POLO LOCAÇÕES DE VEÍCULOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

Revisão:00

Responsável Técnico: Sérgio Furtado de Sousa Junior


Crea: 93050/D

Araxá
Junho/2019
Sumário

1. IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO RITU ........................... 1


1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR............................................................................. 1
1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 1
1.3 RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO RITU .............................................................. 1
2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 2
3. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................................ 2
3.1 LOCALIZAÇÃO CONFORME ZONEAMENTO URBANO ................................................. 2
4. PROJETO ARQUITETÔNICO ....................................................................................................... 3
5. QUADRO DE ÁREAS ................................................................................................................ 7
6. VAGAS DE ESTACIONAMENTO ............................................................................................ 7
7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS/FUNCIONAIS ..................................................................... 7
7.1 POPULAÇÃO FIXA ................................................................................................................. 8
7.2 POPULAÇÃO FLUTUANTE ................................................................................................... 8
7.3 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS ........................................................................................... 8
8. ÁREA DE INFLUÊNCIA ............................................................................................................... 8
8.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA .......................................................................................... 9
8.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA.................................................................................... 12
9. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS VIAS ................................................................................ 12
9.1 SENTIDO DE CIRCULAÇÃO DAS VIAS ............................................................................ 13
10. MACRO E MICROACESSIBILIDADE ..................................................................................... 14
11. TRANSPORTE COLETIVO ....................................................................................................... 18
12. PESQUISA DE CONTAGEM DE VEÍCULOS ......................................................................... 19
12.1 PONTOS DE CONTAGEM .................................................................................................. 20
12.2 RESULTADOS DA CONTAGEM DE VEÍCULOS ............................................................ 24
12.3 HORÁRIOS DE PICO ........................................................................................................... 25
13. GERAÇÃO DE TRÁFEGO......................................................................................................... 25
13.1 DIVISÃO MODAL DE VIAGENS ....................................................................................... 25
13.2 VIAGENS ATRAÍDAS ......................................................................................................... 26
14. NÍVEIS DE SERVIÇO ................................................................................................................ 26
14. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE ................... 29
15. MEDIDAS MITIGADORAS ...................................................................................................... 30
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 31
17. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 32
1. IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO RITU

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Nome: Polo Locações de Veículos e Participações LTDA.


CNPJ: 29.412.494/0001-01
Endereço: Rua Primeiro de Maio, número 135, centro
Telefone: (34) 3662-4772

1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Tipo de empreendimento: Escritório Comercial


Endereço: Av. Geraldo Porfirio Botelho, número 2300ª, Silvéria
Araxá/MG, CEP:38.184.250

1.3 RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO RITU

Responsável Técnico: Sérgio Furtado de Sousa Junior


Engenheiro Civil
Crea: 93050/D
Telefone: (34) 3662-4772
E-mail: sergio@grupopolo.net

Consultoria: Letícia Gracielle de Morais Ceccato


Engenheira Ambiental
Crea:218801/D
Telefone: (34) 98886-7111
E-mail: lceccato.eng@gmail.com

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2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento é caracterizado como Edifício Comercial onde as áreas dos pavimentos
são utilizadas para fins de escritórios, salas de reuniões e salas multiuso. O projeto é composto por
térreo mais dois pavimentos e subsolo. No primeiro pavimento funcionará o escritório
administrativo do Grupo Polo. Os demais pavimentos ainda não foram locados. Já o subsolo será
utilizado para estacionamento.

3. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento será construído em um lote de propriedade da Grupo Polo Locações de
Veículos e Participações localizado na Av. Geraldo Porfírio Botelhos, 2300 A, bairro Silvéria com
área de 383,61m² e possui a inscrição municipal 1E1.04.071.0220.001.

Figura 1. Localização do empreendimento. Fonte: Modificado de Google Earth, 2018.

3.1 LOCALIZAÇÃO CONFORME ZONEAMENTO URBANO


De acordo com o Plano Diretor Estratégico do município de Araxá e com a Lei 4292/2003
(De uso e ocupação do solo) que dispõem sobre o zoneamento urbano o lote está localizado em
Zona Residencial 2 (ZR2), sendo permitido a instalação e funcionamento de escritórios
administrativos dentre outras atividades. Portanto está adequado ao zoneamento conforme as
legislações do município.

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Figura 2. Mapa de zoneamento urbano do município de Araxá. Detalhe para a seta vermelha indicando a
localização do lote em questão. Fonte: Alterado de Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS Anexo 03 –
Zoneamento Urbano, 2003.

4. PROJETO ARQUITETÔNICO
A faixada do empreendimento e os detalhes do projeto arquitetônico estão detalhados nas
figuras abaixo, contemplando o térreo, primeiro e segundo pavimento e subsolo.

Figura 3. Projeção da faixada frontal do empreendimento. Fonte: projeto arquitetônico.

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Figura 4. Planta do pavimento térreo. Fonte: projeto arquitetônico.

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Figura 5. Planta do primeiro e segundo pavimento. Fonte: projeto arquitetônico.

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Figura 6. Planta do subsolo, detalhe para as vagas destinadas para pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida. Fonte: projeto arquitetônico.

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5. QUADRO DE ÁREAS
O terreno possui área de 383,61 m² e terá como área construída 1012,36 m². Não existe
possibilidade de expansão futura, pois a área do lote será toda utilizada pelo empreendimento.

QUADRO DE ÁREAS

Área total do terreno 383,61 m²

Área a ser construída 1012,36 m²

Área Liquida 130,52 m²

Vagas de estacionamento 15 VAGAS

Vagas para carga e descarga 1 VAGA


Tabela 1. Quadro de áreas.

6. VAGAS DE ESTACIONAMENTO
De acordo com a lei 4292/2003 (LUOS) empreendimentos acima 750 m² devem conter 1
vaga de estacionamento a cada 50 m², desse modo o mesmo foi projetado com um total de 15 vagas
de estacionamento. Também em atendimento a legislação municipal foram reservadas uma vaga
para carga e descarga, duas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e três vagas para
estacionamento de motos.

7. INFORMAÇÕES OPERACIONAIS/FUNCIONAIS
O empreendimento está previsto para iniciar as operações em fevereiro de 2021. O escritório
do Grupo Polo funcionará das 12:00 às 17:00. Quanto aos outros pavimentos que ainda não foram
alugados, reiteramos que as empresas locatárias respeitarão o horário comercial em suas atividades
futuras.
CRONOGRAMA DA OBRA

Movimentação de terra jan/20 a mar/20

Alvenaria mar/20 a jul/20

Acabamentos Jul/20 a dez/20

Início do funcionamento fev/21

Tabela 2. Cronograma da Obra.


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7.1 POPULAÇÃO FIXA
O Grupo polo possui um total de 5 funcionários no atual escritório. Não há previsão de
aumento nesse quadro. Desses funcionários, três utilizam veículo próprio e dois utilizam transporte
público. Quanto aos empreendimentos dos pavimentos superiores, não é possível estimar a
população fixa até sua locação.

7.2 POPULAÇÃO FLUTUANTE


O Grupo Polo atenderá cerca de 5 a 8 pessoas por dia, com base no funcionamento atual do
escritório que iniciou suas atividades a cerca de dez anos. Referente ao segundo e terceiro
pavimento, também não é possível estimar a população flutuante.

7.3 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS


Não haverá movimentação de cargas no local devido a característica dos empreendimentos a
serem instalados.

8. ÁREA DE INFLUÊNCIA
A delimitação da área de influência levou em consideração aspectos como o tipo de
atividade a ser desenvolvida, o local de implantação e as vias que serão afetadas com a instalação
do empreendimento.
A área de influência pode ser classificada em dois tipos, Área de Influência Direta (AID) e Área de
Influência Indireta (AII). A Área de Influência Direta (AID) pode ser definida como a área
geográfica diretamente afetada pela instalação e atividade do empreendimento. Este espaço
territorial pode sofrer tanto impactos positivos quanto negativos, esses impactos devem ser
mitigados ou compensados caso sejam negativos e potencializados caso sejam positivos. Já a Área
de Influência Indireta (AII) corresponde ao território que é afetado pelo empreendimento por
impactos considerados menos significativos que os da AID.

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8.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA
Considerou-se a quadra do empreendimento como Área de influência direta conforme figura
abaixo.

Figura 7. Demarcação da área de influência direta do empreendimento. Fonte: Registro fotográfico com Drone
Phantom 3 Advanced maio/2019 (modificado).

O principal acesso ao empreendimento se dará pelas vias:

 Av. Geraldo Porfirio Botelho: Via de acesso direto ao empreendimento, está localizada em
um Corredor comercial 2 (CC2), sendo caracterizada segundo a lei de Uso e Ocupação do
Solo como via arterial (destinada ao trafego preferencial e à circulação de veículos entre
áreas distantes orientando o fluxo para as vias de ligação regional, distribuindo melhor o
trafego nas vias coletoras e locais).

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Figura 8. Vista da Av. Geraldo Porfírio Botelho.

 Rua Benedito Rezende: Localizada na lateral do empreendimento podendo receber


futuramente parte do fluxo de veículos gerado. A via é caracterizada segundo a lei de Uso e
Ocupação do Solo como local (Destinadas ao tráfego lento e à circulação de veículos entre
áreas próximas, devendo ser usadas como acesso a áreas residenciais, comerciais ou
industriais).

Figura 9. Vista da rua Benedito Rezende.

 Rua Gastão dos Santos: Localizada na rua de fundo podendo receber fluxos de veículos
precedentes a instalação do empreendimento. A via é caracterizada segundo a lei de Uso e
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Ocupação do Solo como local (Destinadas ao tráfego lento e à circulação de veículos entre
áreas próximas, devendo ser usadas como acesso a áreas residenciais, comerciais ou
industriais).

Figura 10. Vista da rua Gastão dos Santos.

 Rua Dona Adélia Lelis: Via localizada na lateral da quadra do empreendimento


podendo ser utilizada para acesso ao mesmo. A via é caracterizada segundo a lei de Uso
e Ocupação do Solo como local (Destinadas ao tráfego lento e à circulação de veículos
entre áreas próximas, devendo ser usadas como acesso a áreas residenciais, comerciais
ou industriais).

Figura 11. Vista da Rua Dona Adélia Lélis.

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8.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA
Considerou-se como área de influência indireta do empreendimento as vias ao entorno
utilizadas para acesso as vias de influência direta, sendo elas:

 Av. José Ananias de Aguiar: Está localizada em um Corredor comercial 2 (CC2) sendo
caracterizada segundo a lei de Uso e Ocupação do Solo como via de ligação regional
(Responsáveis por promover a ligação da cidade com seu entorno, carreando
substanciais volumes de tráfego inter e intra urbano).

 Av. Imbiara: Está localizada em um Corredor comercial 2 (CC2) sendo caracterizada


segundo a lei de Uso e Ocupação do Solo como via arterial (destinadas ao tráfego
preferencial e à circulação de veículos entre áreas distantes orientando o fluxo para as
vias de ligação regional, distribuindo melhor o tráfego nas vias coletoras e locais).

 Av. Prefeito Aracely de Paula: Está localizada em um Corredor comercial 2 (CC2)


sendo caracterizada segundo a lei de Uso e Ocupação do Solo como via coletora
(Possibilitam a circulação de veículos entre as vias arteriais e locais).

9. CARACTERISTICAS FÍSICAS DAS VIAS

 Av. Geraldo Porfirio Botelho: Via de mão dupla com 12 metros de pista de rolamento,
possui as devidas sinalizações e a pavimentação se encontra em bom estado com apenas
algumas ondulações provenientes do fluxo de veículos pesados na via.
 Rua Benedito Rezende: Via de mão dupla com 7,80 metros de pista de rolamento, não
possui sinalização e a pavimentação se encontra em um estado regular devido a presença
de alguns buracos e remendos pontuais.
 Rua Gastão dos Santos: Via de mão dupla com 7,60 metros de pista de rolamento, não
possui sinalização e a pavimentação se encontra em um estado regular devido a presença
de alguns buracos e remendos pontuais.
 Rua Dona Adélia Lelis: Via de mão dupla com 8,40 metros de pista de rolamento, não
possui sinalização e a pavimentação se encontra em bom estado apesar de haver algumas
inconformidades na pista.

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O quadro 02 traz o resumo das características físicas das vias localizadas nas áreas de influência
direta.

Nome das vias Classificação Tipo de Largura da Condições da Sinalização


pista pista pavimentação da
via
Av. Geraldo Arterial Simples 12 metros Boa Boa
Porfirio Botelho
Rua Benedito Local Simples 7,80 metros Regular Não possui
Rezende
Rua Gastão dos Local Simples 7, 60 metros Regular Não possui
Santos

Rua Dona Adélia Local Simples 8,40 metros Boa Não possui
Lelis
Tabela 3. Resumo das características físicas das vias.

9.1 SENTIDO DE CIRCULAÇÃO DAS VIAS


Todas as ruas consideradas na área de influência direta possuem mão dupla, facilitando
assim o fluxo de veículos na entrada e saída do empreendimento.

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Figura 12. Sentido de fluxo das vias de influência direta do empreendimento. Fonte: Registro fotográfico com
Drone Phantom 3 Advanced maio/2019 (modificado).

10. MACRO E MICROACESSIBILIDADE


A Macroacessibilidade pode ser definida como a maior ou menor facilidade de acesso a um
determinado local. Um elevado nível de macroacessibilide indica a facilidade em que as pessoas
podem chegar aos seus destinos estando diretamente relacionada a condição das vias e sinalização.
A área onde será implantado o empreendimento localiza-se em uma região de fácil acesso, ligada a
vias de ligação regional e vias arteriais facilitando a fluidez do trânsito. A principal via responsável
por essa fluidez é a Av. Geraldo Porfirio Botelho, no entanto a Av. Imbiara, Av. José Ananias de
Aguiar e Av. Prefeito Aracely de Paula representam grande importância na fluidez do trânsito por
serem vias acesso secundário ao empreendimento e por direcionarem os veículos com mais a
rapidez a vários setores da cidade.

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Figura 13. Vista geral das áreas de influência direta e indireta do empreendimento. Fonte: Registro fotográfico
com Drone Phantom 3 Advanced maio/2019.

Já a Microacessibilidade se refere à existência de estruturas que facilitem a circulação de


pedestres e acesso ao empreendimento. Esse acesso deve deverá considerar a existência de
pessoas com necessidades especiais.
O empreendimento será construído com frente para a Av. Geraldo Porfirio Botelho que possui
calçadas largas com 3,25 metros e rampas de acessibilidade em todo seu perímetro. Em frente o
empreendimento já existe uma via de travessia elevada para facilitar a passagem de pedestres
com segurança de um lado para outro da via. Um problema a ser solucionado é a existência de
um ponto de Ônibus localizado onde será à entrada do empreendimento, no entanto será
solicitado a ASTTRAN a mudança de local deste ponto.

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Figura 14. Faixada do empreendimento onde será a entrada para pedestres. Detalhe para a travessia elevada
existente na via para facilitar a passagem de pedestres.

Figura 15. Lateral do empreendimento onde será a entrada para o estacionamento do subsolo.

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Figura 16. Detalhe da rampa inclinada utilizada para o acesso de pedestres ao empreendimento e para o acesso
ao subsolo na rua lateral. Fonte: projeto arquitetônico (modificado).

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11. TRANSPORTE COLETIVO
O principal ponto de ônibus para embarque e desembarque de passageiros (PEDs) que
atende o empreendimento está localizado em frente a faixada do terreno. O ponto possui abrigo e
está localizado em uma calçada larga e com boas condições para atender aos passageiros, no entanto
será solicitado a ASTTRAN a alteração desse ponto devido ao acesso de veículos ao
empreendimento e possível conflito na parada dos coletivos.
A área ao entorno do empreendimento é atendida por duas linhas de transporte coletivo que
circulam pela Av. Geraldo Porfirio Botelho, conforme descrito a seguir:

 Linha 14 – Santo Antônio/Fertiza

Figura 17. Detalhes da linha de coletivo de número 14.

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 Linha 17 – Barreiro/Centro

Figura 18. Detalhes da linha de coletivo número 17.

12. PESQUISA DE CONTAGEM DE VEÍCULOS


A contagem de veículos é feita principalmente para conhecimento do comportamento do
tráfego na área de influência direta e análise da capacidade das vias de atender o fluxo de veículos
atraídos pelo empreendimento.
A contagem foi realizada no dia 29/05/2019 (quinta feira), por um período de oito horas incluindo
períodos da manhã, horário de almoço e tarde nos seguintes horários: 07:00 as 09:00, das 11:00 as
14:00 e das 16:00 as 19:00 em intervalos de 15 em 15 minutos para determinação dos horários de
pico. Os horários e forma de contagem foram definidos conforme o Manual de estudo de Tráfego
do DNIT.
Foram determinados pontos de contagem abrangendo os cruzamentos da área de influência direta,
sendo contabilizado de forma manual com a utilização de tabelas de contagem. Na ficha de
contagem os veículos foram subdivididos nas seguintes categorias: carro, moto, ônibus e caminhão.

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12.1 PONTOS DE CONTAGEM
Foram definidos três pontos de contagem (A, B e C) para contabilizar o fluxo de veículos
nos cruzamentos ao entorno do empreendimento. Os pontos estão localizados na confluência das
vias adjacentes a quadra onde será construído o empreendimento.

Figura 19. Pontos demarcados para contagem de veículos. Fonte: Registro fotográfico com Drone Phantom 3
Advanced maio/2019 (modificado).

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 PONTO A
Foram contabilizados quatro possíveis movimentos neste ponto representados na figura
abaixo como A1, A2, A3 e A4.

Figura 20. Detalhamentos dos fluxos analisados no ponto A. Fonte: Registro fotográfico com Drone Phantom 3
Advanced maio/2019 (modificado).

Figura 21. Responsável pela contagem no ponto A.

21
 PONTO B
Foram contabilizados quatro possíveis movimentos neste ponto representados na figura
abaixo como B1, B2, B3 e B4.

Figura 22. Detalhamentos dos fluxos analisados no ponto B. Fonte: Registro fotográfico com Drone Phantom 3
Advanced maio/2019 (modificado).

Figura 23. Responsável pela contagem no ponto B.

22
 PONTO C
Foram contabilizados quatro possíveis movimentos neste ponto representados na figura
abaixo como C1, C2, C3 e C4.

Figura 24. Detalhamentos dos fluxos analisados no ponto C. Fonte: Registro fotográfico com Drone Phantom 3
Advanced maio/2019 (modificado).

Figura 25. Responsável pela contagem do ponto C.

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12.2 RESULTADOS DA CONTAGEM DE VEÍCULOS
O principal objetivo da contagem volumétrica de veículos é a determinação da capacidade
das vias de absorver o fluxo gerado pelo futuro empreendimento. A tabela 4 demonstra a quantidade
de veículos durante o período de 8 horas por ponto analisado. Destaca-se que alguns pontos não
foram incluídos na tabela por terem tido um fluxo mínimo ou nenhum fluxo de veículos.

Volume de veículos no
Ponto Sentido
período de 8 horas
Av. Imbiara sentido Av. Geraldo
A1 2511
Porfirio Botelho
Av. Geraldo Porfirio Botelho
A2 69
sentido Dona Adélia Lelis
Rua Gastão dos Santos sentido Av.
A3 7
Geraldo Porfirio Botelho
Av. Geraldo Porfirio Botelho
B1 2267
sentido Av. Imbiara
Benedito Rezende sentido Geraldo
B2 8
Porfirio Botelho (subindo)
Benedito Rezende sentido Geraldo
B3 42
Porfirio Botelho (descendo)
Av. Geraldo Porfirio Botelho
B4 11
descendo a rua Benedito Rezende
Gastão dos Santos subindo a Rua
C1 e C3 14
Benedito Resende
Benedito Rezende Sentido Av.
C2 29
Prefeito Aracely de Paula
Tabela 4. Resultado da contagem de veículos por fluxo analisado.

Nota-se que a Av. Geraldo Porfirio Botelho recebe um grande volume de veículos de todas as
categorias, pois a via interliga o centro da cidade ao Complexo Hidromineral do Barreiro, ao
Condomínio Residencial Villagio e a Empresa Mosaic Fertilizantes. Em contrapartida as demais
vias localizadas ao entorno do empreendimento recebem um baixo volume de veículos.

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12.3 HORÁRIOS DE PICO
Com o objetivo de determinar a capacidade da via da área de influência direta e cálculo dos
níveis de serviço atuais e futuros, definimos o horário de pico por via e não por fluxo.

Rua Horário de pico Volume de veículos

Av. Geraldo Porfirio Botelho


17:15 às 18:15 406
sentido barreiro
Av. Geraldo Porfirio Botelho
17:00 às 18:00 448
sentido Av. Imbiara
Rua Benedito Resende (em todos
13:00 às 14:00 7
os sentidos)
Rua Gastão dos Santos (em todos
11:30 a 12:30 7
os sentidos)
Rua Dona Adélia Lélis (em todos os
11:00 ao 12:00 17
sentidos)
Tabela 5. Quantidade de veículos nos horários de pico por via.

13. GERAÇÃO DE TRÁFEGO


A definição do tráfego gerado pelo empreendimento é baseada em aspectos operacionais tais
como; tipo de atividade, horário de funcionamento, quantidade de funcionários dentre outros
fatores.
Para quantificar o tráfego gerado nesse estudo foi considerada a principal atividade do
empreendimento que funcionará em horário comercial. Apesar dos dois últimos pavimentos não
estarem locados, foi feita uma estimativa para eles com base na atividade, população fixa e
população flutuante do escritório administrativo que funcionará no térreo.

13.1 DIVISÃO MODAL DE VIAGENS


A divisão modal consiste na identificação dos principais meios de transporte que os usuários
utilizam para acessar ao empreendimento. Para determinar a divisão modal, considerou-se apenas o
fluxo de veículos da Av. Geraldo Porfirio Botelho devido a baixa quantidade de veículos contados
nas demais vias da área de influência direta do empreendimento. O gráfico abaixo demonstra os
tipos de transportes mais utilizados no tráfego existente.

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Gráfico 1. Divisão modal dos fluxos.

Nota-se que a quantidade de carros é superior as demais categorias. A porcentagem de caminhões


equiparou-se a de motos, fato que está relacionado ao tráfego de veículos gerado pela empresa
Mosaic Fertilizantes e pela característica de umas das vias interligadas a Av. Geraldo Porfirio
Botelho (Av. José Ananias de Aguiar) ser de ligação regional aumentando o tráfego de veículos
pesados para acesso as rodovias.

13.2 VIAGENS ATRAÍDAS


O escritório que funcionará no térreo atrairá em um cenário acima da média 14 viagens
diárias considerando a população fixa que utiliza transporte próprio (três pessoas), a volta do
horário de almoço e os visitantes diários (aproximadamente oito pessoas). Considerando o mesmo
número de viagens para os demais pavimentos é estimada a geração de 42 viagens no
funcionamento do empreendimento como um todo, valor considerado de baixa significância em
relação ao volume de veículos das vias adjacentes.

14. NÍVEIS DE SERVIÇO


Segundo o Manual de Elaboração do Ritu do IPDSA, o nível de serviço é um parametro
utilizado para analisar as condições das vias em realção ao serviço oferecido pelo motorista que
percorre a via, levando em consideração aspectos como a velocidade, tempo de viagem,
interrupções no tráfego, liberdade de movimentos dentre outros fatores. O nível de serviço de uma
via pode ser classificado em 7 niveis, sendo eles A,B,C,D,E,F e E, conforme descrito abaixo.
 Nível de serviço A (vt/c até 0,20): Indica escoamento livre; baixos fluxos; altas
velocidades; baixa densidade; não há restrições devido à presença de outros veículos
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 Nível de serviço B (vt/c de 0,21 a 0,50): Indica fluxo estável; velocidade de operação
començando a ser restringida pelas condições de tráfego; condutores possuem razoaveis
condições de liberade para escolher a velocidade e faixa para circulação.
 Nível de serviço C (vt/c de 0,51 a 0,65): Indica fluxo estável; velocidade e liberdade de
movimento são controladas pelas condições de tráfego; existem restrições de
ultrapassagem; velocidade de operação satisfatória.
 Nível de serviço D (vt/c de 0,66 a 0,80): Próximo a zona de fluxo instável; velocidade
de operação afetada pelas condições de tráfego; flutuações no fluxo e restrições
temporarias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação.
 Nível de serviço E (vt/c de 0,81 a 0,90): Indica fluxo instável; fluxos próximos à
capacidade da via; paradas de duração momentânea.
 Nível de serviço F (vt/c acima de 0,91): Escoamento forçado; baixas velocidades;
fluxos abaixo da capacidade; no caso extremo fluxo e velocidade caem a zero
(congestionamento).

Os níveis de serviço são calculados pela seguinte equação:

NS=vt/c
Sendo:
NS= nível de serviço
Vt = volume de tráfego
C= capacidade da via

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A tabela 6 apresenta os níveis de serviço das vias de influência direta considerando o volume obtido
na hora pico de cada via. Foi obtido o nível de serviço atual das vias a prospecção após a
implantação do empreendimento.

Nível de serviço após a


Nível de serviço
Rua implantação do
atual/classificação
empreendimento/classificação
Av. Geraldo Porfirio Botelho
0,16 (A) 0,18 (A)
sentido barreiro
Av. Geraldo Porfirio Botelho
0,18 (A) 0,20 (A)
sentido Av. Imbiara
Rua Benedito Resende (em todos
0,006 (A) 0,02 (A)
os sentidos)
Rua Gastão dos Santos (em todos
0,006 (A) 0,02 (A)
os sentidos)
Rua Dona Adélia Lélis (em todos os
0,015 (A) 0,03 (A)
sentidos)
Tabela 6. Níveis de serviços antes e após a instalação do empreendimento.

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14. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE
Considerando o volume de veículos antes da implantação do empreendimento, os níveis de
serviço das vias de influência direta e sua capacidade viária conclui-se que o empreendimento
causará um baixo impacto no sistema viário. Conforme demonstrado no gráfico abaixo, os pontos
com maior fluxo de veículos (A1 e B1) são na Avenida Geraldo Porfirio Botelho com uma média
de aproximadamente cinco veículos por minuto em ambos os sentidos. A via comporta o trafego
atual e comportará o trafego adicional de maneira eficaz e sem congestionamento pois trata-se de
uma via larga, em boas condições de acesso e trafegabilidade e sem congestionamentos. As demais
vias possuem volume extremamente baixo, comportando tranquilamente a instalação do
empreendimento.

Gráfico 2. Média de veículos por minuto em uma contagem de 8 horas em cada fluxo analisado.

29
15. MEDIDAS MITIGADORAS
As medidas mitigadoras são fundamentais para garantir e diminuir os impactos da
construção do empreendimento e causar o mínimo de desconforto aos moradores ao entorno e aos
transeuntes. Serão executadas as seguintes medidas:

 Os caminhões utilizados na fase de obras devem circular sempre lonados para evitar a
dispersão de materiais pelas vias. Caso ocorra queda de material, o responsável técnico
pela obra deve providenciar imediatamente a retirada e limpeza da via.
 Deve ser evitado o fluxo dos caminhões e máquinas pesadas em horários de pico na Av.
Geraldo Porfirio Botelho.
 As obras deverão ser realizadas em horário comercial para evitar o incomodo à
vizinhança. Em caso de necessidade de exceder esse horário deve ser feita uma
solicitação ao IPDSA e comunicação a vizinhança.
 Deve ser instalada uma placa na obra com nome do responsável técnico e telefone para
possíveis reclamações da vizinhança.
 Será solicitado ao IPDSA o requerimento para aterro e desaterro na fase de
movimentação de terra.
 Será realizada a solicitação de mudança de local do ponto de ônibus localizado na
entrada do empreendimento pela Av. Geraldo Porfirio Botelho a fim de evitar futuros
problemas devido a parada dos coletivos e entrada de veículos no estacionamento
frontal.

É necessário informar que não haverá cortes ou interdições nas vias. Caso haja necessidade no
decorrer da obra, será feita a solicitação junto a Secretaria de Serviços Urbanos com comunicação
ao IPDSA.
Por fim, ressalta-se que não haverá supressão arbórea no terreno em questão.

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16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após as informações obtidas na realização deste estudo, constatou-se que o empreendimento
causará um baixo impacto viario, visto que as vias de influência conseguirão absorver os fluxos
gerados sem alteração dos níveis de serviço e com boas condições de trafegabilidade.
O projeto arquitetônico contempla vagas de estacionamento suficientes para atender a população
fixa e flutuante e boas condições de acessibilidade a pedestres e pessoas com deficiencia física ou
mobilidade reduzida.
Desse modo conclui-se que a implantação do empreendimento é viavel, pois alem de promover a
geração de empregos trará valorização imobiliaria a uma área que encontra-se vaga.

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17. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAXÁ. Lei Municipal nº. 4.292 - Lei de Uso e Ocupação do Solo - LUOS - do município
de Araxá, de 01 de dezembro de 2003. Araxá, 01 dez. 2003.

ARAXÁ. Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá. Manual para


Elaboração do Relatório de Impacto no Trânsito Urbano. Setembro, 2005.

BRASIL, Departamento Nacional de Infra- estrutura de Transportes. Diretoria de


Planejamento e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de estudos de tráfego.
Rio de Janeiro, 2006.

CET/SP – COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO. Pesquisa e Levantamentos de


Tráfego. Boletim Técnico, São Paulo, SP nº 31, 1982.

MANUAL DE ESTUDOS DE TRÁFEGO. - Rio de Janeiro, 2006. 384 p. (IPR. Publ.723.).


BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de projeto de
interseções. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005.

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