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Em 20 de julho de 1969, o

mundo testemunhou o evento


que mudou a História

“É um pequeno
passo para
um homem,
TEORIA DA mas um salto
CONSPIRAÇÃO gigantesco para
Será que foi a humanidade”
Neil Armstrong, o
tudo uma farsa? primeiro astronauta a
pisar na Lua

A CONQUISTA
DO ESPACO
O contexto da Guerra Fria, a criação da NASA e suas
Especial - Ano 6, nº
História em Foco

15 - 2019

consequências: todos os detalhes da missão Apollo 11


Passos históricos
você sabe quem são neil armstrong, buzz aldrin e Michael collins? se
não consegue lembrar exatamente por qual motivo eles são conhecidos,
provavelmente já ouviu o nome dos três astronautas que, há 50 anos, conduziram
a missão apollo 11, responsável por levar os primeiros seres humanos à lua.
para saber mais sobre esse assunto, entender o contexto que levou os estados
unidos a investirem, entre 1959 e 1973, cerca de 23,6 bilhões de dólares em
exploração espacial e ficar por dentro dos desdobramentos da conquista lunar,
apresentamos esta edição especial de HISTÓRIA EM FOCO.
nas próximas páginas, você vai encontrar matérias que explicarão deasde a
corrida espacial da guerra Fria até os programas que antecederam apollo e
os fatos que marcaram a viagem até o satélite natural da terra. além disso,
apresentamos as teorias que acreditam que toda essa jornada rumo à lua não
passou de uma encenação americana com o objetivo de demonstrar seu poder
para a união soviética. esperamos que gostem.
Boa leitura!
A redação

Foto oFicial para a presidência – divulgação/planalto.gov.br


ÍNDICE Toque para ir na matéria desejada

3
Ao espaço e além
6
O pouso da águia
9
Uma jornada nas estrelas
a criação da nasa, no a missão apollo 11 entenda como ficaram as
contexto da guerra Fria, marcou a história da explorações espaciais depois
impulsionou a corrida humanidade ao levar o do episódio pioneiro
espacial primeiro homem à lua

12
Lua, câmera... ação!
14
Ampliando o
conheça os argumentos de conhecimento
quem acredita que tudo não indicações culturais para
passou de uma farsa saber mais sobre os temas
desta edição
Design Jamile cury
Foto castleski/shutterstock images
NASA

AO ESPAÇO
E ALÉM
A Guerra Fria impulsionou o desenvolvimento
tecnocientífico mundial, contexto no qual os Estados
Unidos criaram a maior agência espacial já vista
TEXTO E ENTREVISTAS MARINA BORGES/COLABORADORA
DESIGN JAMILE CURY

Q uando se fala em exploração do espaço,


geralmente o primeiro nome que vem à
mente é o da NASA – agência espacial
norte-americana responsável pelo desen-
volvimento dessa área científica –, mas nem sempre
sociedades humanas pautou-se em interesses sociais e
de poder. Assim aconteceu com as grandes navegações,
a revolução industrial e o neocolonialismo. No caso da
Guerra Fria, o jogo político existiu em função das super-
potências nucleares: Estados Unidos e União Soviética”,
foi assim. A história da National Aeronautics and Spa- explicita.
ce Administration (significado da sigla, em inglês) teve
início com as disputas acirradas entre os Estados Uni- Pioneirismo soviético: os Sputniks
dos (EUA) e a União Soviética (URSS) durante a Guerra Durante a Guerra Fria, a União Soviética largou na
Fria. Com os investimentos em tecnologias e aparatos frente dos Estados Unidos na disputa pela hegemonia
bélicos, uma potência estimulava a outra, caracterizan- espacial. Pioneiros em realizar o lançamento de um saté-
do o desejo de ambas as nações cruzarem a linha de lite artificial à órbita da Terra – o Sputnik I –, os soviéticos
chegada do espaço como símbolo de poder e suprema- deram início, então, a uma jornada emblemática pelo es-
cia no cenário mundial. Devido à pressão da URSS, que paço. Além desse feito, a nação socialista foi a primeira a
liderava a corrida, os EUA se sentiram ameaçados e re- levar um animal, a cadela Laika, e um humano, o astronau-
solveram fundar uma agência nacional para administrar ta Yuri Gagarin, para fora dos limites terrestres.
a atividade espacial não-militar do país. Foi em meio à O dia 4 de outubro de 1957 categorizou o início, de
Guerra Fria que o então presidente americano, Dwight fato, da corrida espacial travada entre os soviéticos e
Foto: rangizzz/Shutterstock Images

David Eisenhower, assinou o decreto que deu origem à os norte-americanos. Dessa forma, o Sputnik I se ca-
NASA em 1958. racterizou como um marco histórico. Apesar da sim-
Segundo o historiador Lucas Paris, a corrida espacial plicidade do projeto, o satélite auxiliou astrônomos na
não pode ser compreendida como um expediente téc- identificação das mais altas camadas atmosféricas da
nico e científico neutro. “Todo e qualquer avanço das Terra.
Após o sucesso do Sputnik I, e com as crescentes investidas
espaciais dos Estados Unidos, a União Soviética continuou in-
vestindo em seu programa e lançou outros satélites nos anos
seguintes. Em novembro de 1957, o Sputnik II foi à órbita e fi-
cou famoso por enviar ao espaço o primeiro ser vivo, a cadela
Laika. Os dados da cachorra foram monitorados e, depois de
algum tempo, os sinais vitais foram perdidos. Existem várias
versões para a morte de Laika: na época, o governo soviético
alegou falta de oxigênio, mas uma versão mais recente indica
que o animal tenha morrido com o superaquecimento da ca-
bine, em torno de sete horas após sua decolagem.
Os soviéticos deram continuidade ao projeto lançando
mais três satélites da série: os Sputniks III, IV e V, indo à órbita
entre o final da década de 1950 e início da de 1960. O Sputnik
IV, que era um projeto para que a URSS conseguisse levar o
primeiro homem ao espaço antes dos Estados Unidos, não
conseguiu decolar devido a uma falha nos retrofoguetes.

Mercury: a primeira missão


Após os avanços da URSS no cenário tecnológico, os EUA
se sentiram pressionados e desenvolveram, por meio da
NASA, suas primeiras missões. O início se deu com o Progra-
ma Mercury, que atuou entre os anos de 1961 e 1963, e tinha
como objetivo principal lançar um homem ao espaço e desco-
brir os efeitos gerados sobre o corpo humano. Com o tempo, a
missão Mercury passou a focar no envio de animais ao espaço
e de astronautas americanos à Lua, feito que, até então, nunca
havia sido alcançado por ninguém. Esse objetivo começou a
ser trilhado pelo lançamento da cápsula da missão Freedom 7,
com Alan Shepard a bordo – primeiro estadunidense a chegar
ao espaço, impulsionado pelo foguete Redstone, realizando
uma manobra sub-orbital de cerca de 15 minutos.
Mais tarde, no mesmo ano, foi a vez de Virgil Grisson de-
colar rumo às estrelas, dessa vez dentro da cápsula da mis-
são Liberty Bell 7, também movida por um Redstone em um
idêntico voo sub-orbital. No final de 1961, em continuidade
aos experimentos anteriores, os EUA enviaram ao espaço o
chimpanzé Enos, que completou duas órbitas na cápsula da
Mercury-Atlas 5.
Após a viagem de Grisson, a cápsula da Friendship 7 foi en-
viada ao espaço, em 1962, pilotada pelo astronauta John Glenn
– terceiro estadunidense a alcançar o cosmo e o primeiro a
entrar em órbita. Por fim, em 1963, o cosmonauta Gordon Co-
oper decolou na cápsula da missão Faith 7 e se tornou o último
Foto: ixpert, Outer Space/Shutterstock

astronauta do Projeto Mercury a ir ao espaço, quebrando o


recorde de permanência com dezenas de órbitas completadas
– mais de que todos os seus antecessores juntos. Tais astro-
nautas citados foram os primeiros seis americanos a saírem
dos limites planetários.
Foto: Mia2you / Shutterstock Images
Programa Gemini quando acabam, deixam um legado
O Programa Gemini foi o segundo projeto para a humanidade, seja bom ou ruim.
de exploração espacial realizado pela NASA. Constituí- Com a batalha entre americanos e soviéticos, não foi
do por dez equipes, manteve-se ativo entre os anos 1961 diferente. Óculos com proteção contra os raios ultra-
e 1966. Suas 12 missões tiveram como foco preparar a violeta; notebooks; aparelhos auditivos e ortodônticos;
tecnologia necessária para levar o homem à Lua, e foi coletes a prova de bala e até mesmo controles de video
no período do Gemini que os EUA lideraram a corrida game possuem influência direta da corrida espacial em
espacial. seu desenvolvimento”, pontua o especialista.
No projeto, realizaram-se diversas pesquisas sobre o Além disso, a disputa entre as nações socialista e
comportamento dos tripulantes e das máquinas no es- capitalista revolucionou a era da tecnologia, desenvol-
paço e as manobras de acoplamento em órbita terrestre, vendo satélites de comunicação e, assim, permitindo a
além das atividades extraveiculares (habilidades consi- criação de tecnologias como transmissões ao vivo das
deradas importantes para o voo até a Lua). Em 1961, a televisões, internet e sistemas espaciais e de navegação.
NASA anunciou o plano de estender o programa espa- Ademais, a corrida contribuiu para a ampliação de todo
cial de voos tripulados, desenvolvendo uma espaçonave o conhecimento que se obtém a respeito do espaço, de
para dois tripulantes. O programa foi iniciado oficial- outros planetas e, até mesmo, de voos com interesses
mente em janeiro de 1962. comerciais fora da órbita terrestre.
A nave Gemini era um melhoramento da pequena Outro avanço significativo dessa disputa foi a criação
nave Mercury (com capacidade para um astronauta), e da NASA que, nas últimas décadas, vem sendo respon-
o projeto utilizava como lançador o foguete Titan 2. No sável por inúmeras missões tripuladas e não tripuladas;
total, foram dez voos tripulados e dois voos teste não pelo lançamento de diversos corpos no espaço; pela
tripulados, somando 12 missões concluídas durante o construção de tecnologias jamais vistas; pela chegada
programa estadunidense. do homem à Lua e pelo vasto conhecimento da humani-
As inovações tecnológicas desenvolvidas até então dade sobre o universo – caracterizando, assim, uma das
foram impulsionadas pela disputa acirrada entre as duas mais importantes heranças que a Guerra Fria e a corrida
superpotências mundiais durante a corrida para cruzar espacial deixaram para a humanidade.
a linha espacial. CONSULTORIA
Para o historiador Eduardo Molina, a Guerra Fria en- Lucas Paris, historiador com especialização em sociologia e professor;
tre os EUA e a URSS deixou um dos mais importantes Eduardo Molina, historiador com pós-graduação em Política e Relações
avanços tecnocientíficos já vistos. “Todas as guerras, Internacionais, palestrante e professor.

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APOLLO 11

Há 50 anos, os primeiros seres humanos chegaram à Lua em


uma missão espacial comandada pelos Estados Unidos

Edwin E. Aldrin Jr.


ao lado da bandeira
dos EUA fincada no
solo lunar. A foto
foi feita pela colega
Neil A. Armstrong.

O pouso
TEXTO E ENTREVISTA ÉRIKA ALFARO
DESIGN JAMILE CURY da águia
E
xplorar o desconhecido, estar aonde nenhum piloto do módulo lunar, e Michael Collins, piloto do
Foto: NASA Image and Video Library/Divulgação

ser humano nunca esteve, ultrapassar limites módulo de comando, entraram para os registros da hu-
planetários, viajar pelo espaço e revolucionar manidade como sinônimos de coragem, pioneirismo e
o campo da engenharia: entre tantos outros heroísmo.
elementos que cercaram a chegada do homem à Lua E os próprios astronautas tinham noção da gran-
– inclusive políticos, ideológicos e socioeconômicos diosidade do que acabaram de fazer naquele 20
–, Apollo 11 foi um marco histórico. Os nomes de Neil de julho de 1969, dada a expectativa e o cenário
Armstrong, comandante da expedição, Buzz Aldrin, criados pela corrida espacial no contexto da Guer-
“Aqui os homens do dos EUA. Havia três estágios, com cinco motores em sua
planeta Terra puseram base”, explica o físico com habilitação em astronomia
Daniel Soler.
pela primeira vez os O especialista em astronomia pontua que a nave foi
pés na Lua. Julho de lançada 13 vezes. “O Saturno V foi resultado de um pla-
1969 d.C. Viemos em nejamento muito bem executado. Até hoje, continua a
ser o mais alto e mais potente foguete já operado. E ain-
paz em nome de toda a da detém o recorde de maior e mais pesada carga útil já
humanidade” lançada à órbita terrestre baixa”, afirma o professor.
Placa deixada por Buzz Aldrin, Michael A primeira missão tripulada do programa foi a
Collins e Neil Armstrong na Lua Apollo 7, mas uma das mais marcantes, a oitava, acon-
teceu em 1968, na véspera do natal, com apenas o com-
plexo de comando e serviço, sem o módulo lunar. No
ra Fria. Seis horas após a aterrissagem, depois de entanto, com a disputa acirrada da corrida espacial, os
anunciar à base de Houston "a águia pousou", Ar- americanos queriam chegar à órbita da Lua antes dos
mstrong se tornaria o primeiro ser humano a pisar soviéticos. O triunfo dessa tentativa ousada exigiu que
na superfície lunar. Foi então que disse a frase em- apenas mais dois testes fossem feitos para corrigir as-
blemática, que seria lembrada como símbolo de tal pectos relacionados ao pouso – a Apollo 10 chegou a
momento sem precedentes: "É um pequeno passo uma distância de cerca de 15 km da superfície lunar.
para um homem, mas um salto gigantesco para a
humanidade". Os riscos de entrar
para a história
O projeto No dia 16 de julho de 1969, às 9h32min, direto do
Antes do sucesso da décima primeira missão, o Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida
Programa Apollo, desenvolvido e comandado pela Na- (EUA) o Saturno V foi lançado. Em poucos minutos, já
tional Aeronautic and Space Administration (NASA), estava na órbita da Terra e, depois de uma volta e meia,
promoveu diversas experiências, além de muitos in- partiu em direção ao satélite.
vestimentos em tecnologia, estudos e testes – alguns Depois de três dias, o foguete atingiu a órbita lunar.
deles fracassados e até desastrosos. Foi então, no dia 20 de julho, que Neil Armstrong e
Apollo 1 era uma tentativa visando a primeira mis- Buzz Aldrin foram para o módulo lunar, batizado como
são tripulada do projeto. Foi então que, no dia 27 de Eagle (Águia, em português). E o momento mais crítico
janeiro de 1967, em um exercício cujo propósito era da missão começou.
lançar uma equipe na órbita ao redor da Terra, houve Quando os astronautas estavam se preparando para
um incêndio no módulo de comando. A falha acabou o pouso, o controle detectou um movimento inespera-
matando os três astronautas que participavam do ex- do que poderia causar um grande problema: os sovié-
perimento em Cabo Canaveral, localizado na Flórida. ticos haviam lançado uma sonda não tripulada na ór-
Gus Grissom, veterano dos programas Mercury e Ge- bita lunar, coincidindo com a chegada da Apollo 11. Os
mini, Edward White, o primeiro americano a se aven- americanos tentaram entrar em contato com os russos
turar em atividades fora do veículo espacial na Gemini para esclarecer a questão. A missão da URSS, Luna 15,
IV, e Roger Chaffee, o menos experiente entre os três, possuía propósitos de pesquisa: colher amostras na
protagonizaram a maior tragédia do projeto. Lua e levar para a Terra, mas, no fim das contas, sofreu
As missões de dois a seis, não tripuladas, eram tes- um acidente no local.
tes do Saturno V, que, mais tarde, seria bem-sucedido Nesse momento, os representantes da NASA espe-
na viagem lunar. “O foguete foi desenvolvido pelo en- ravam o sinal positivo da equipe para pousar. Eugene F.
genheiro alemão Wernher Von Braun, que trabalhou Kranz era o diretor de voo, e foi ele quem autorizou o
para a Alemanha nazista antes de se dedicar ao serviço feito histórico. Seis minutos antes de chegar à superfície
APOLLO 11
Tripulação de estrelas
De acordo com Daniel Soler, físico com habilitação para o corpo de astronautas da NASA em 1962. “Buzz
em astronomia e professor da Escola Superior de Enge- Aldrin, por sua vez, é engenheiro mecânico formado
nharia e Gestão (ESEG), é difícil estabelecer critérios na Academia Militar dos EUA, tendo ainda doutorado
objetivos para avaliar o nível de fama dos astronau- em aeronáutica pelo Instituto de Tecnologia de Mas-
tas. “Mas, certamente, Neil Armstrong está no ‘hall sachusetts (MIT). Assim como seu colega, lutou na
da fama’ e será sempre conhecido como um dos mais Coreia defendendo as Forças Aéreas, e entrou para a
famosos, já que é um dos protagonistas de um feito ex- NASA em 1963”, conta Daniel.
traordinário e único”, pontua o especialista. Já Michael Collins, segundo o físico, nasceu na Itália
Porém por qual motivo os três foram escolhidos e tinha como pai um oficial do exército norte-america-
para essa missão tão marcante? Quem eram eles? O no. Ele estudou na Academia Militar dos EUA, forman-
professor explica que Armstrong tinha formação em do-se em 1952 e indo em seguida para a Força Aérea,
engenharia aeroespacial, passou pela Marinha dos atuando como piloto de caças. Foi o primeiro dos três
EUA e depois seguiu para a Força Aérea/Aeronáutica. a se juntar ao corpo de astronautas da NASA em 1961.
Além disso, participou da Guerra da Coreia e entrou

lunar, o computador emitiu um alerta de sobrecarga. uso até hoje. Consiste de uma série de pequenos refle-
Então, Neil reparou que o local programado para o tores, formados por espelhos, capazes de refletir feixes
pouso não era seguro (existia uma cratera enorme e de laser, vindos da Terra, de volta para o ponto de onde
pedras gigantes). Nesse momento, o combustível apre- haviam sido emitidos. Em observatórios na Terra, são
sentava níveis críticos, e Houston deu um prazo de 60 emitidos feixes que, ao terem seu reflexo capturado de
segundos para abortar a missão. Quando o aviso de 30 volta, e o ângulo e o tempo de reflexão mensurados,
segundos foi dado, eles estavam a aproximadamente permitem determinar com grande precisão a distância
três metros da superfície. No áudio original da NASA, entre a Terra e a Lua”, esclarece o professor.
a sequência do diálogo foi: “Houston, a tranquilidade Assim, depois de duas horas e 31 minutos na Lua,
está estabelecida aqui. A Águia pousou”. A resposta de os dois voltaram ao módulo e, no dia 24 de julho, pou-
alívio era clara: “Voltamos a respirar, obrigado”. saram no oceano. Já no dia 27, estavam de volta aos
Estados Unidos.
Há 50 anos, pela primeira vez
Passaram-se cerca de seis horas até que Armstrong
colocou seus pés na Lua. Nesse momento, sua famosa
“Acredito que esta nação
frase foi anunciada, sob os olhares atentos de mais de deve comprometer-se a
500 milhões de pessoas ao redor do mundo que assis- atingir o objetivo, antes que
tiam a transmissão ao vivo pela televisão.
Logo em seguida, Buzz Aldrin desceu as escadas da
esta década termine, de
Eagle, bem a tempo de ver Armstrong fincar a bandeira pousar um homem na Lua e
americana no solo lunar e ser fotografado pelo compa- devolvê-lo em segurança ao
nheiro ao lado dela.
Além da coleta de rochas lunares, foram executadas planeta Terra”
três experiências. De acordo com Daniel, Soler, a pri- Promessa de John F. Kennedy, presidente dos
meira, trazida de volta para a Terra, foi uma coleta de Estados Unidos entre 1961 e 1963
partículas de vento solar, já a segunda era um sismô-
metro passivo, que tinha como objetivo estudar a pro-
CONSULTORIA Daniel Soler, físico com habilitação em Astronomia e
pagação de ondas sísmicas, bem como fornecer mais mestre em ensino de ciências, docente da Escola Superior de Engenharia
detalhes sobre a estrutura interna e da crosta lunar. “A e Gestão (ESEG).

terceira, talvez a mais famosa, é a única que está em FONTE Áudio original da NASA. Disponível em go.nasa.gov/3129BeB

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CONSEQUÊNCIAS E NOVOS HORIZONTES

Uma jornada
nas estrelas
A missão Apollo 11 foi determinante para o
avanço da tecnologia. Saiba quais são os rumos
recentes da exploração espacial
FOTO OFICIAL PARA A PRESIDÊNCIA – DIVULGAÇÃO/PLANALTO.GOV.BR

TEXTO MATHEUS SANTOS/COLABORADOR


DESIGN JAMILE CURY

A
o dar alguns poucos passos na superfície lu- início de uma nova era de exploração espacial, mar-
nar em 1969, o astronauta norte-americano cada pela projeção de um amplo horizonte, repleto
Neil Armstrong pronunciou a icônica frase de possibilidades a respeito dos limites que a ciência
“um pequeno passo para um homem, mas poderia atingir a partir de então. Como consequência,
um salto gigantesco para a humanidade” para des- novos objetivos foram trilhados em busca da solução
crever o feito. Acompanhada por milhões de pessoas dos mistérios do universo. Planetas desconhecidos
na Terra à frente das telas, a missão Apollo 11, além foram visitados e veículos espaciais, mais potentes,
de uma conquista impressionante, foi considerada o desenvolvidos.
O empreendimento
da NASA,
definitivamente,
foi um importante
capítulo da História
e abriu portas
para o estudo de
inúmeros fenômenos
presentes no espaço.

Para provar essa evolução, 50 anos depois da histórica tre essas, o único percurso do projeto que não saiu como
expedição, no ano de 2019, em anúncio oficial, a National o planejado foi a Apollo 13. Depois de mais de dois dias
Aeronautics and Space Administration (NASA) divulgou de viagem, indo em direção à Lua, a nave enfrentou uma
um novo projeto de viagem à Lua, denominado Artemis. explosão no módulo de serviço, compartimento em que
Baseado na deusa lunar e irmã gêmea de Apollo, o pro- sistemas e equipamentos de sobrevivência encontram-
grama traça planos inovadores para as expedições ao -se, e precisou retornar imediatamente à Terra.
satélite natural da Terra: a construção de uma mini-esta- Considerada um sucesso em relação ao seu objetivo
ção espacial (chamada Gateway), a viagem da primeira inicial proposto pelo presidente norte-americano John
mulher em direção ao solo lunar e o desenvolvimento Kennedy, o projeto Apollo foi responsável pela conquis-
do maior foguete documentado (o Sistema de Lança- ta de diversos dados científicos a respeito da estrutura
mento Espacial, referido popularmente como SLS). Tudo do nosso satélite natural e do sistema solar como um
em tempo recorde. Até o ano de 2024, a missão estará todo. Inserido em um contexto de Guerra Fria, o pro-
pronta com o objetivo de mapear o polo sul da Lua – grama é creditado como fundamental para inúmeros
região constituída por supostas formações de gelo – e avanços tecnológicos no ramo da comunicação, aviação
construir uma base humana sustentável no território. e computação no século 20 e 21. Além de todos esses ga-
nhos, o empreendimento da NASA, definitivamente, foi
Missão bem-sucedida um importante capítulo da história e abriu portas para
Após a primeira caminhada do homem na Lua, in- o estudo de inúmeros fenômenos presentes no espaço.
questionavelmente, os objetivos da ciência espacial
nunca mais foram os mesmos. Por mais que ainda haja Um caminho alternativo
discussão a respeito da veracidade da Apollo 11 (veja Mesmo com a finalidade de colocar um humano em
Foto: Everett Historical/Shutterstock Images

mais na página 12), a viagem se tornou um marco do po- solo lunar, a NASA também desenvolveu outras missões
tencial humano na exploração do espaço. Após o trajeto em direção aos céus. Em 1962, foi criado o Programa Ma-
de julho de 1969, o programa Apollo preparou mais seis riner com o propósito de mapear planetas do Sistema
tripulações para expedições ao território lunar, aprimo- Solar. Após dez anos de experimentos, o projeto foi ca-
rando e desenvolvendo, significativamente, os objetivos paz de enviar o primeiro satélite artificial para a órbita
e funções dos astronautas envolvidos a cada missão. En- de Marte e por alcançar o planeta Mercúrio, coletando
os dados da formação Novos horizontes
de ambos. Entre 1958 e Com o foco no futuro, as agências espaciais têm apon-
1978, a instituição espacial tado seus projetos para um objeto em específico: Marte.
também realizou o Progra- Em questão de interesse científico, o planeta vermelho
ma Pioneer, num total de 20 tem configurado como alvo de expedições espaciais re-
missões, buscando mapear os fe- centes e sido considerado o equivalente contemporâneo
nômenos cósmicos existentes em pla- da Lua. Mais do que isso, tem apresentado diversas infor-
netas como Júpiter, Saturno e Vênus. mações promissoras a respeito da sua geografia e forma-
No ano de 1977, a agência americana iniciou o Progra- ção biológica, indicativos da presença de vida ou, mesmo,
ma Voyager, em funcionamento até hoje. Em conjunto, as de um ambiente propício para a humanidade habitar no
Foto: David Woods/Shutterstock Images

sondas Voyager 1 e 2, lançadas com a finalidade de explo- futuro. Nesse quesito, os dados coletados pelas sondas
rar Júpiter, Saturno e seus respectivos satélites naturais, Spirit e Oportunity, na missão de Veículos Exploradores
estão em atividade há mais de 40 anos. Resistentes, os de Marte da NASA, iniciada em 2003, apontaram para a
objetos foram capazes de ultrapassar os limites do Siste- presença de água no planeta – e o objeto Mars Recon-
ma Solar, proporcionando informações valiosas para os naissance Orbiter, da mesma agência, apontou a existên-
cientistas da NASA. Além disso, o projeto carrega o Voya- cia da substância em estado líquido em 2015.
ger Golden Record, um disco de ouro, contendo imagens De olho nesse objetivo, o vice-presidente norte-ame-
e sons da raça humana para o caso de seres extraterrestre ricano do governo Trump, Mike Pence, estipulou que até
entrarem em contato com a nave. o ano 2024 os Estados Unidos serão capazes de voltar à
Outra conquista considerada determinante para um Lua. A missão Artemis, da NASA, além do objetivo de ma-
maior conhecimento do cosmos é a construção do teles- pear o satélite com a primeira astronauta mulher a pisar
cópio espacial Hubble. Desenvolvido durante as décadas no local, também tem a finalidade de desenvolver uma
de 1970 e 1980 pela agência norte-americana, o aparato é base humana sustentável. O sucesso do projeto pode in-
tratado como um equivalente contemporâneo da luneta dicar o avanço rumo a Marte. Em declaração dada a Cable
do cientista Galileu Galilei. Responsável por tecnologias News Network (CNN), em 2016, o antecessor de Trump,
capazes de detectar tanto luz visível quanto luz infraver- Barack Obama, indicava a tendência de levar o homem
melha, o objeto, desde 1990 – ano de seu lançamento –, ao planeta vermelho até 2030. Com um ponto estratégico
é utilizado para obter imagens de alta precisão e detalhes – a Lua –, a chegada ao local pode ser facilitada, audacio-
de eventos do universo. samente indo onde nenhum homem jamais esteve.
Ainda a respeito de episódios impressionantes, a
construção da Estação Espacial Internacional (ISS) é vista
como um feito de considerável grandeza. Constru-
ído por agências espaciais de diversos países, o
laboratório em órbita terrestre teve seu desen-
Foto: Christian Kohler/Shutterstock Images

volvimento iniciado em 1998 e foi concluído em


2011. Planejado com o intuito de perpetuar a per-
manência humana no espaço, a iniciativa também é
um indicativo do projeto mundial de exploração espacial
– nesse quesito, a Agência Espacial Europeia (ESA), a Ad-
ministração Espacial Nacional da China (AENC) e a Agên-
cia Espacial Federal Russa (Roscosmos) têm apresentado
resultados impressionantes. Em virtude dessa exploração
global, ocorreu a única viagem de um astronauta brasi-
leiro: o engenheiro Marcos Pontes foi designado para Columbia, o módulo de comando que levou
a instalação de um módulo na plataforma em 2006. Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz
Aldrin de volta à Terra.

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CONSPIRAÇÃO

Lua, câmera...
Será que os seres humanos realmente
chegaram à Lua? É possível que seja
tudo encenação? Conheça as teorias
que cercam esse fato histórico
ação!
TEXTOS RICARDO PICCINATO E HELENA OMETTO/COLABORADORA
ILUSTRAÇÕES RICARDO AVANCINI/COLABORADOR

N
o dia 20 de julho de 1969, numerosas famílias esse trabalho com a precisão necessária, mas essa seria
ao redor do mundo se reuniram em frente a prova de que a tecnologia da NASA já permitia o envio
aos televisores para acompanhar o primei- de uma estrutura com passageiros que pousasse na Lua”,
ro passo do homem fora de nosso planeta. afirma Castro.
A transmissão era precária, mas não impediu o êxtase As principais justificativas da teoria referem-se às fo-
dos expectadores que acreditavam presenciar um fato tos da data. Castro acredita que esses argumentos de
histórico. Contudo, há quem pense que tudo não passou observação implicam desconhecimento da física e da as-
de uma fraude: os conspiradores atestam que esse feito tronomia. O astrônomo Renato Las Casas, completa di-
heroico, na verdade, foi uma encenação promovida pelos zendo que nunca viu uma foto que não fosse facilmente
Estados Unidos (EUA). explicada.
Quem defende a conspiração diz que tudo foi uma
produção ao melhor estilo hollywoodiano com direção Observações possíveis
do diretor Stanley Kubrick e cenas filmadas em um estú- O destaque para os desconfiados é a bandeira dos
dio de TV no estado de Nevada, em solo americano. EUA tremulando em solo lunar, onde não há gravidade.
Guillermo de Castro, astrônomo especialista em física Castro explica que a bandeira se contorceu em resposta
espacial, diz que a missão faz parte de uma promessa do aos movimentos aplicados para fixar o mastro no solo.
ex-presidente John Kennedy em 1962. Teorias dizem que Eles teriam virado a bandeira para esquerda e direita,
a NASA não tinha condições de realizar o feito, mas, para provocando o balanço.
cumprir o compromisso político, optou pela fabricação A falta de estrelas, mesmo na ausência de atmosfera,
das cenas. “A corrida espacial era um peão no xadrez da também causa desconfiança – os corpos celestes deve-
Guerra Fria, e a promessa deveria ser cumprida a qual- riam ficar mais nítidos, já que a atmosfera não encobriria
quer custo”, declara. o brilho. Essa falta justifica-se porque o filme deveria ficar
exposto por mais tempo para registrar o brilho estelar,
Onde está a farsa? mas as roupas brancas e a alta intensidade da luz solar
Atualmente, não dá para negar que o homem já foi não permitiram essa exposição. Isso poderia danificar os
para o espaço, que os satélites estão em órbita e que son- únicos registros do momento.
das estudam o universo. Entretanto, os teóricos explicam Um motivo para não acreditar na conquista é a ausên-
que a “mentira” está apenas na aterrissagem. A missão cia de novas missões. “A exploração espacial continuou,
Apollo 11 realmente existiu e os três astronautas foram mas ficou estagnada com acontecimentos como a Guer-
enviados ao espaço sob os aplausos de mais de três mil ra do Vietnã e a crise econômica norte-americana, encer-
pessoas. rando o programa espacial em 1975”, diz Castro.
Os estudos da atividade sísmica lunar também são
inegáveis. Alguém precisou implantar o sistema de ob- CONSULTORIA
servação sísmica no solo da Lua para permitir as análi- Guillermo de Castro, astrônomo especialista em física espacial; Renato Las
Casas, astrônomo
ses. “Os conspiradores alegam que uma sonda realizou
na Lua
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SAIBA MAIS

AMPLIANDO
O CONHECIMENTO
Conheça alguns títulos culturais para ficar ainda mais por dentro do
contexto histórico e sociopolítico que envolveu a corrida espacial

Filmes
TEXTOS MARINA BORGES/COLABORADORA

Estrelas Além do Tempo (2016) Apollo 13: O Primeiro Homem (2018)


Direção: Theodore Melfi Do Desastre ao Triunfo (1995) Direção: Damien Chazelle
Elenco: Taraji P. Henson, Octa- Direção: Ron Howard Elenco: Ryan Gosling,
via Spencer e Janelle Monáe Elenco: Tom Hanks, Ed Harris Claire Foy e Jason Clarke
No auge da corrida espacial tra- e Kevin Bacon Na trama, o astronauta
vada entre Estados Unidos e Em 1970, a NASA envia à Lua um novo norte-americano Neil
União Soviética, durante a Guerra grupo de astronautas na missão Apollo Armstrong embarca em
Fria, uma equipe de cientistas da 13. Porém, um acidente ocorre com o uma jornada histórica para
NASA, formada exclusivamente tanque de oxigênio e provoca uma alte- se tornar o primeiro homem
Foto: Vovan/Shutterstock Images e Reprodução

por mulheres afro-americanas, ração na rota dos astronautas Jim Lovell, a pisar na Lua, em 1969. O
provou ser o elemento crucial que Jack Swigert e Fred Haise, que correm o Primeiro Homem aborda
faltava na equação para a vitória risco de ficar sem ar e energia suficientes as dificuldades e os custos
americana. Ao liderarem uma das para voltarem à Terra. No meio desse ce- que a nação americana
maiores operações tecnológicas nário conturbado, as equipe de bordo e enfrentou durante uma das
registradas na história do país, terra firme correm contra o tempo para mais perigosas missões na
tornaram-se heroínas da nação. consertar a nave espacial. história das viagens espaciais.

EDITORA-CHEFE Tais Castilho EDITOR Ricardo Piccinato REDAÇÃO Bruno Ribeiro, Paula Santana e Érika Alfaro DESIGN Jamile Cury e Josemara Nascimento ©2019 EDITORA ALTO
História em Foco ESTAGIÁRIOS Gabriel Jaquer, Mariana Borges e Matheus Santos (Redação), Laura Alcará (Arte) IMAGENS Shutterstock Images IMPRESSÃO GRAFILAR Gráfica ASTRAL LTDA. TODOS OS
Especial - Ano 6, DIREITOS RESERVADOS.
nº 15 - 2019 PROIBIDA A REPRODUÇÃO.
CONSELHO João Carlos de Almeida e Pedro José Chiquito DIREÇÃO Silvino Brasolotto Junior COMERCIAL Marcelo Pelegia EDITORIAL Mara De Santi ENDEREÇOS BAURU Rua Gustavo Maciel, 19-26, CEP 17012-110, Bauru, SP. Caixa
Postal 471, CEP 17015-970, Bauru, SP. Fone (14) 3235-3878, Fax (14) 3235-3879 SÃO PAULO Alameda Vicente Pinzon, Nº 173, 4º Andar, CEP 04547-130, Vila Olímpia, São Paulo, SP. ATENDIMENTO AO LEITOR ✆ (14) 3235-3885 De
segunda à sexta, das 8h às 18h atendimento@astral.com.br Caixa Postal 471, CEP 17015-970, Bauru, SP LOJA astralshopping.com.br ANUNCIE E-mail publicidade@astral.com.br Fone (11) 3048-2900
Minissérie
Da Terra à Lua (1998)
Autores: Andrew Chaikin e Graham Yost
Elenco: Tom Hanks, David Andrews e Daniel Hugh
Em 12 episódios, a minissérie narra a história do projeto Apollo – programa
espacial norte-americano para a chegada do homem à Lua, cobrindo des-
de o seu início, em 1961, até a missão final, em 1972. A produção destaca
diversos elementos que envolveram a aterrissagem americana fora da ór-
bita, como lançamentos de corpos no espaço, astronautas e suas famílias,
pesquisadores, tragédias e conquistas até o “grande passo para a humani-
dade” ser dado.

Livros

Missão Apollo:
A Incrível História da
Corrida à Lua
Autor: David Baker
Editora: M. Books
O livro relata com deta-
lhes as missões Apollo,
desde a primeira apari-
ção até a última, trazen-
Os Eleitos (1983) do imagens de espaçonaves, astronautas, fogue-
Autor: Tom Wolfe tes, módulos de comando lunares, traje espacial
Editora: Rocco da Apollo 1, operações da NASA, da Terra e da Lua.
A obra apresenta uma reportagem Além disso, há quadros especiais sobre eventos,
em linguagem literária, com apro- pessoas importantes, números e fatos que revelam
fundamento no viés humano da pormenores, como nome e idade dos astronautas,
corrida espacial. Situando-se na se- data e duração dos voos, o que Armstrong comeu
gunda metade da década de 1950, o em trânsito e onde ver a espaçonave Apollo nos
livro destaca o período em que o re- dias atuais. Missão Apollo revive a experiência e o
cém-eleito presidente dos Estados drama que se desenrolou desde a origem do pro-
Unidos, John Kennedy (1917 – 1963), grama espacial estadunidense e as primeiras ten-
procurava um herói para cumprir a tativas de colocar um astronauta americano no es-
promessa de fazer um americano paço até o sucesso do pouso da Apollo 11 na Lua e
pisar na Lua. a comemoração de sua queda no Oceano Pacífico.

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