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O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, incisos V e VI,
da Constituição Estadual, e considerando o disposto na Lei Complementar nº 176, de 11 de julho de 2014, e
ainda o contido no protocolado sob nº 16.896.023-9,
DECRETA
CAPÍTULO I
DAS NORMAS INTRODUTÓRIAS
Art. 1º Este Decreto estabelece regras e diretrizes para elaboração e encaminhamento de propostas de
decretos e de anteprojetos de Lei ao Chefe do Poder Executivo pelos órgãos e entidades da Administração
Pública Estadual.
Art. 2º Devem orientar a edição de atos normativos os critérios de racionalização dos recursos públicos e
desburocratização da máquina administrativa, adotando-se, sempre que possível, medidas alternativas à
produção legislativa e regulamentar para solução dos problemas apontados.
CAPÍTULO II
DA PROPOSIÇÃO DE DECRETOS E DE ANTEPROJETOS DE LEI
Art. 3º Os Secretários de Estado podem encaminhar propostas de decretos e de anteprojetos de lei à Chefia
do Executivo Estadual desde que observadas as suas respectivas áreas de competência e o que estabelece
este Decreto.
Art. 4º Os expedientes que versem sobre a edição de decretos e de anteprojetos de lei, antes de serem
encaminhados à deliberação da Chefia do Poder Executivo, devem ser instruídos com os seguintes
elementos:
VII - manifestação da Secretaria de Estado da Fazenda, quando a proposta gerar despesa, direta e indireta,
ou renúncia de receita;
§ 1º A minuta do decreto ou do anteprojeto de lei deve ser subscrita ou ratificada pelo titular do órgão ou
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entidade proponente.
§ 2º A redação da minuta do decreto ou do anteprojeto de lei deve observar, quanto à técnica legislativa, as
disposições da Lei Complementar nº 176, de 11 de julho de 2014, inclusive quanto à necessidade de
menção expressa às normas por ele alteradas ou revogadas.
§ 3º A justificativa para a edição do decreto ou do anteprojeto de lei deve ser subscrita ou ratificada pelo
titular do órgão ou entidade proponente e deve conter, no mínimo:
II - as razões pelas quais se entende necessária a edição do decreto ou do anteprojeto de lei, inclusive em
detrimento de outras possibilidades de solução administrativa do problema;
III - as razões de fato e de direito que ensejaram a escolha das normas contidas no decreto ou no
anteprojeto de lei.
§ 4º O parecer de mérito deve ser elaborado pela área técnica com competência legal ou regulamentar para
o trato da matéria e deve conter, no mínimo:
V - a análise do impacto da medida sobre outras políticas públicas, inclusive quanto à interação ou à
sobreposição, quando houver;
VI - a indicação da existência de órgãos ou entidades que devem se manifestar acerca da proposta, ainda
que parcialmente.
§ 5º A proposta que envolver área de competência ou criar atribuições para outro órgão ou entidade deve,
obrigatoriamente, ser encaminhada para manifestação prévia deste, adotando-se, sempre que possível, a
proposição conjunta, nos termos do art. 5º deste Decreto.
§ 6º O órgão ou entidade proponente deve avaliar eventuais sugestões recebidas nos termos do § 5º e, se
entender pertinente, alterar o texto da minuta do ato normativo, adequando, se for o caso, a justificativa e o
parecer de mérito.
§ 7º A proposta que gere despesa, direta ou indireta, ou renúncia de receita para o ente público deve ser
instruída com a declaração do ordenador de despesas do órgão ou entidade proponente relativamente às
questões orçamentárias e financeiras e com os documentos que comprovem o cumprimento das exigências
constitucionais e legais aplicáveis ao caso, bem como ser submetida à manifestação prévia da Secretaria de
Estado da Fazenda.
§ 8º A proposta que não gere despesas ou renúncia de receita deve ser instruída com a declaração do
ordenador de despesas do respectivo órgão ou entidade proponente.
§ 10. Compete ao órgão ou entidade proponente manifestar-se quanto ao cumprimento do disposto neste
artigo mediante preenchimento da lista de verificação (Anexo Único), previamente ao encaminhamento à
Secretaria de Estado da Fazenda na hipótese do § 7º ou à Procuradoria-Geral do Estado na hipótese do §
8º.
§ 11. A manifestação jurídica, que será realizada após o cumprimento das demais etapas previstas neste
artigo, compete à Procuradoria-Geral do Estado, ou ao integrante da Carreira dos Advogados do Estado, em
extinção, lotado no respectivo órgão ou entidade, e deverá abranger:
II - o exame da compatibilidade da proposta com outros atos normativos, quando for o caso;
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Art. 5º A proposta que tratar de matéria relacionada a dois ou mais órgãos ou entidades poderá ser
elaborada conjuntamente, hipótese em que o expediente será instruído, nos termos deste Decreto, por
todos os órgãos ou entidade proponentes.
§ 1º A minuta do decreto ou do anteprojeto de lei e a justificativa devem ser subscritas ou ratificadas pelos
titulares de todos os órgãos ou entidades proponentes.
CAPÍTULO III
DO ENCAMINHAMENTO À CHEFIA DO PODER EXECUTIVO
Art. 6º Instruído com os elementos exigidos no art. 4º, o expediente será encaminhado à Casa Civil, a
quem compete, de forma articulada com os demais órgãos e entidades, a análise das propostas de decreto
ou de anteprojeto de lei em relação ao seu conteúdo, oportunidade e conveniência, visando coordená-las e
harmonizá-las com os programas de governo e as políticas públicas das áreas correlatas, na forma do
Regulamento da Casa Civil.
Art. 7º Nos procedimentos administrativos oriundos dos órgãos ou entidades que não integram a sua
competência originária, compete à Procuradoria Consultiva junto à Governadoria – PCG/PGE verificar a
regularidade formal do feito, inclusive quanto ao atendimento ao disposto neste Decreto.
Art. 8° No que diz respeito à proposição de atos normativos no âmbito do Poder Executivo, compete:
II - ao Centro de Redação de Atos Oficiais da Casa Civil – CRA/CC, a verificação do atendimento aos
requisitos deste Decreto e da adequação da técnica legislativa e redacional empregada nas minutas de
decreto, realizando ajustes, sempre que necessários.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 9° Os órgãos e entidades da Administrativa Pública Estadual devem comunicar formalmente a Diretoria
Legislativa da Casa Civil – DL/CC quando iniciarem estudos para a proposição de decretos ou anteprojetos
de lei com significativo impacto social, econômico ou político.
Art. 10. As disposições deste Decreto aplicam-se, no que couber, à elaboração dos demais atos normativos
de competência interna dos órgãos e das entidades integrantes do Poder Executivo Estadual.
VII - situações específicas e urgentes, desde que mediante expressa e fundamentada manifestação do
Chefe do Poder Executivo.
VIII - Declaração de utilidade pública para fins de desapropriação ou outras formas de intervenção do
estado na propriedade privada. (Incluído pelo Decreto 8768 de 20/09/2021)
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§ 1° Na hipótese do inciso VII deste artigo a prioridade de urgência de tramitação deverá ser concedida por
ato do Chefe do Poder Executivo. (Incluído pelo Decreto 9551 de 25/11/2021)
§ 2° O regime de urgência de tramitação de que trata o inciso VII deste artigo importará em prioridade da
análise das propostas assim declaradas sobre as demais, que deverão ser analisadas pelos órgãos
competentes em, no máximo, 48 horas a partir de seu recebimento, sob pena de responsabilização
administrativa em caso de descumprimento do prazo, a ser apurada pela Controladoria Geral do Estado.
(Incluído pelo Decreto 9551 de 25/11/2021)
Art. 12. A Secretaria de Estado da Fazenda, no prazo de 60 (sessenta) dias contados a partir da publicação
deste Decreto, editará Resolução para a padronização dos documentos a que se referem os incs. V e VI do
art. 4º deste Decreto, inclusive para os fins do inc. II do art. 33 do Decreto 3.169, de 22 de outubro de
2019.
Art. 13. Altera o inc. I do art. 33, do Decreto nº 3169, de 22 de outubro de 2019, que passa a ter a
seguinte redação:
Art. 14. Altera a numeração dos incs. III e IV e acresce o inc. V do art. 33, do Decreto nº 3169, de 22 de
outubro de 2019, que passam a ter a seguinte redação:
Guto Silva
Chefe da Casa Civil
- republicado por ter sido publicado sem o anexo único a que se refere o § 10 do art. 4 -
ANEXOS:
Arquivo Observações
anexo246755_58839.pdf
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