S1 T ALGA 18set23 24

Álgebra Linear e Geometria Analítica
Licenciatura em Engenharia Mecânica

L.EM 2023-2024, Turmas L.EM 7-8,11-12
Horário Semanal: 5h
3h(Teórica) + 2h(Prática)
Distribuição das aulas por semana:
• 2 aulas (Teóricas) + 1 aula (Prática)

• Cada ficheiro disponibilizado inclui ÚNICAMENTE as 2
aulas teóricas
• S1_T_ALGA_18Set23_24 corresponde às aulas da 1ª

SEMANA de aulas
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes Semana_1_1

L.EM
Ano:1º Sem:1º
• Apresentação da unidade curricular.
1) LER a ficha da Unidade Curricular com muita atenção!!
2) A documentação para as turmas LEM-7-8,11-12 está disponível nos

conteúdos da página da U.C, mais especificamente na pasta com
nome do docente associado a este bloco.
3)A documentação disponibilizada inclui apenas os tópicos de

referência dos assuntos lecionados nas aulas teóricas e não
dispensam de forma alguma o estudo e a consulta da bibliografia
recomendada na página da disciplina.
L.EM 7-8, 11-12
Professora: Cristina Faria M. Guedes: cfaria@fe.up.pt

Horário de Atendimento: Terça-Feira: 15h00m-17h00
Para esclarecimento de dúvidas (horário acima indicado) tem que

ser marcado por correio electrónico da seguinte maneira:
1. O estudante envia uma mensagem (sem conteúdo) e no campo

“subject” escreve o seguinte: Primeiro nome + Apelido + Turma
2. Não há esclarecimento de dúvidas exclusivamente através do

correio electrónico.

L.EM 7-8, 11-12
Ano:1º Sem:1º
Programa geral
 Sistemas de equações Lineares
 Álgebra Vetorial
 Aplicações da Álgebra Vetorial à Geometria Analítica
 Álgebra Matricial
 Determinantes
 Aplicações Lineares
 Mudanças de Base
 Valores Próprios e Vetores Próprios

1ª Semana, Aula nº 1, 18Set
• Apresentação da unidade curricular aos alunos.
• Método de Eliminação de Gauss.(MEG)
• 1ª Semana, Aula nº 2, 18Set
• Álgebra vetorial. Introdução.
• Vetores. Operações básicas com vetores: igualdade de vetores, adição de vetores
e produto de um escalar por um vetor.
• Propriedades.
• Produto escalar. Norma de um vetor.
• Versores de direção. Ortogonalidade entre vetores.
• Ângulo formado por dois vetores.
• Desigualdade de Cauchy-Schwarz.
• Desigualdade triangular.
• Projeção ortogonal entre vetores.
• Vetores coordenados unitários.
• Ângulos diretores e cossenos diretores.
• Exercícios de aplicação.
Licenciatura em Engenharia Mecânica
L.EM 2021-2022, Turmas L.EM 7-8,11-12
Horário Semanal: 5h
3h(Teórica) +2h (Prática)
-------------------------------------------------------------------
Sistemas de Equações Lineares
Método de Eliminação de Gauss (MEG)
Programa
 Sistemas de equações Lineares(******)
 Álgebra Vetorial
 Aplicações da Álgebra Vetorial à Geometria Analítica
 Álgebra Matricial
 Determinantes
 Aplicações Lineares
 Mudanças de Base
 Valores Próprios e Vetores Próprios
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes 1
Sistemas de equações lineares
Forma geral de uma equação linear com incógnitas
números reais conhecidos ( coeficientes)

são as incógnitas
valor real conhecido
Considere as seguintes equações lineares:
Qual das equações está na forma geral?

Equações não lineares(exemplos)

Considere-se os seguintes sistemas de equações:
Exemplo demonstrativo
,
não tem solução!

O sistema indicado é obviamente impossível pois não tem
solução (basta reparar nas duas equações!)
Interpretação geométrica:
Considerando que as equações das retas r1 e r2 são dadas

respetivamente por trata-se de 2 retas
paralelas (não há nenhum ponto comum às 2 retas).
tem solução única dada por:
O sistema é possível e determinado pois tem solução

e além disso a solução é única!
Interpretação geométrica:
Considerando que as equações das retas e são

dadas respetivamente por
trata-se de 2 retas que se intersectam no ponto de
coordenadas .
tem uma infinidade de soluções!
O sistema é possível e indeterminado pois a solução

não é única (há uma infinidade de soluções!).
Designando ( é um parâmetro real livre) a solução geral
deste sistema é apresentada sob a forma:
Atribuindo um valor a s obtemos uma solução particular do

sistema. Por exemplo, tem-se a solução particular
Interpretação geométrica:Considerando que as equações das

retas e são dadas respetivamente por
e trata-se então de 2 retas que são coincidentes.
Método de eliminação de Gauss
Objetivo: Aplicar o método de eliminação de Gauss para
resolver sistemas de equações lineares.
Exemplo 1
Resolver o sistema indicado consiste em determinar os

valores de x, y e z (se existirem!) que satisfaçam
simultaneamente todas as equações (neste caso são 3
eq.).
Exemplo 1
x y z
representa a linha j da matriz Por exemplo,

Operações de Jacobi
(operações básicas sobre linhas da matriz Ã)
1) Troca de quaisquer 2 linhas.
2) Multiplicação de uma linha por um escalar não

nulo.
3) Substituir uma linha pela sua soma com outra

previamente multiplicada por um escalar.
Às transformações elementares do tipo 1, 2 e 3

chamamos transformações elementares sobre linhas.
Exemplo 1
O método de eliminação de Gauss (M. E. G.) consiste

em aplicar sucessivamente as operações básicas de
Jacobi às linhas da matriz Ã (matriz aumentada) e
transformá-la ao fim de um número finito de passos
numa matriz que está em forma de escada (?).
Exemplo 1
A matriz obtida e o respetivo sistema associado é:
Observações:No sistema obtido (indicado em cima) a incógnita x só aparece

na 1ª linha. Na 2ª e 3ª equação a incógnita x foi eliminada (os coeficientes
desta incógnita foram anulados).Cristina Faria M. Guedes
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP 15
Exemplo 1 (cont.)
O processo terminou porque a matriz obtida já está na forma de

escada!!!.O sistema anterior resolve-se facilmente (aplicando
substituição para tràs) resultando:

Exemplo 2
A linha de referência é a linha 1:
Observação:O 1º passo chegou ao fim pois todos os elementos da

1ª coluna (exceto o 1º) são zero.
Exemplo 2 A linha de referência é a linha 2:
A linha de referência é a linha 3:
O sistema não tem solução. Neste caso trata-se de um

sistema impossível.
Exemplo 3
Sistema final:

Exemplo 3 (cont.)
A solução é dada por:
Representação alternativa:
Todas as soluções deste sistema estão no seguinte
conjunto:

Exemplo 3 (conclusão)
Este sistema de equações é possível e duplamente

indeterminado.
O espaço das soluções deste sistema de equações é

dado por:

Exemplo 3 (cont.)
equações principais
equação não principal
O grau de indeterminação k do sistema é dado por:
em que
número total de incógnitas
número total de equações principais
Neste exemplo ( o grau de indeterminação é

Conforme se tinha visto anteriormente este sistema é possível e
duplamente indeterminado.
Exercício 1
*****
Será necessário continuar??

Exercício 1
Conclusão O processo para porque a matriz aumentada foi

transformada e já está na forma de escada!
p. falsa
equação não principal

Este sistema de equações não tem solução pois a equação não
principal não é compatível com as restantes equações.O sistema é
impossível.
Exercício proposto
Estude a dependência da solução do seguinte sistema
de equações lineares em relação aos respetivos
parâmetros recorrendo ao método de Gauss:

Discussão
Conclusão

Ex. proposto
Discussão final:
(1º caso)
Não há solução logo o sistema é impossível.
(2º caso)
(3º caso)
Ex. proposto
(2º caso)
O conjunto das soluções é dado por:

(3º caso)
Neste caso o sistema é possível e determinado. A

solução é úni dada por:

Exercício proposto
(Conclusão)
Sistema possível e determinado:
Sistema possível e simplesmente indeterminado (g.i. é 1)
Sistema impossível:

Exemplo 4
, reescrevendo

Exemplo 4
Sistema final Matriz final (em escada!!)
Sistema possível e determinado: A solução é única dada por

Vetores
 Álgebra Linear e Geometria
 1ª Semana, Aula nº 1, 18 Set

• Álgebra vetorial. Introdução.
• Vetores. Operações básicas com vetores: igualdade de vetores, adição de vetores
e produto de um escalar por um vetor.
• Propriedades.

• Projeção ortogonal entre vetores.
• Vetores coordenados unitários.
• Ângulos diretores e cossenos diretores.

Vetores
 Grandezas escalares
Algumas grandezas físicas são representadas por
escalares (números). Por exemplo, o comprimento, o
volume, área, a temperatura.
Ao escalar associa-se a unidade correspondente.
 Grandezas vetoriais
Outras grandezas para serem bem completamente
definidas é necessário caracterizar com um número,
uma direção e um sentido. Neste caso, são
representadas por vetores. Por exemplo, a velocidade
e a força.
Vetores
Usaremos daqui para a frente a seguinte notação:
• para representar os vetores
•
• para representar pontos
• para os escalares
• 0 representa
Semana_1_35
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes
Vetores
A partir dos pontos definamos o segmento de reta .
A este segmento associamos dois segmentos de reta
orientados: e
O segmento é orientado de para .

• a origem é .
• a extremidade é .
O segmento é orientado de B para A.

 a origem é .
A B
 a extremidade é .
Vetores
Um segmento orientado é caraterizado por:
• uma direção
• um sentido
• um comprimento
• ponto de aplicação (origem)
Os segmentos e têm
• sentidos opostos
• mesma direção
• mesmo comprimento
Vetores
Definição: dois segmentos orientados têm a mesma
direção se estiverem contidos em retas paralelas ou
coincidentes.
B
A
A
B
Definição: O comprimento do segmento orientado éa
distância do ponto ao ponto B.

Vetores
Definição: Os segmentos e dizem-se equipolentes
quando têm:
 mesmo sentido
 mesma direção
 mesmo comprimento
Neste caso escrevemos que =
Definição:Considere-se o segmento orientado num plano.

Define-se por vetor livre (ou apenas vetor ) ao conjunto de
todos os segmentos orientados do plano que têm o mesmo
comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido de
Observação: Pode-se chamar vetor ao conjunto de todos os
segmentos orientados que são equipolentes a
Vetores
Definição: Um vetor é uma entidade que pode ser
representada por um segmento orientado. Cada segmento
orientado é a imagem geométrica ou representante de um
vetor.
Seja . Todos os segmentos orientados com o mesmo
comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido que
representam o vetor .
Observação:Um vetor tem infinitos representantes

( tantos quantos os pontos do plano).

Referencial cartesiano em
=
Para um referencial fixado no plano associamos o seguinte:
 a origem do referencial , representada por

 3 retas ortogonais entre si e concorrentes na
origem e designadas por eixos coordenados
ortogonais
 uma unidade de comprimento
 um único ponto comum aos 3 eixos, a origem

Notemos que para um referencial cartesiano fixado no plano,
sistema (ortogonal) de coordenadas cartesiano no espaço temos :
• Eixos coordenados são os conjuntos de pontos
(eixo dos )
(eixo dos )
(eixo dos )
• Plano , plano definido pelos eixos e


Definido um referencial cartesiano em , sistema de

coordenadas cartesianas , cada ponto do espaço é
caraterizado por um terno ordenado de números reais
. Diz-se que são as coordenadas do ponto
em relação ao referencial considerado. Os números
designam-se respetivamente por abcissa,
ordenada e cota.
Observação: Nesta descrição considerou-se um sistema de

eixos ortogonais (perpendiculares) mas não tem que ser
necessariamente. Pode-se optar por um sistema de eixos que
não seja ortogonal, muitas vezes conveniente.
Coordenadas da origem O no
Coordenadas do ponto z referencial são .
x3
(x1 0, x3)
(0, x2, x3)
= (x1, x2,x3)
O
x1 x2
y
x
(x1, x2,0)
Considere-se um vetor no espaço tridimensional que

tenha sido posicionado com ponto inicial na origem do
referencial fixado, e com ponto final de
coordenadas .
Neste caso as coordenadas do ponto final do

vetor, ponto são designadas por coordenadas do vetor,
visto que :

Vetores
Exemplo 1.1: Considere-se um sistema de coordenadas
cartesianas com origem no ponto y
e sejam pontos de com a2 A
coordenadas:
b2 B
a1 b1 x
Quando um vetor está representado por um segmento orientado

com ponto inicial e extremidade em então :
As coordenadas do vetor não dependem do segmento que o

representa e são as coordenadas do único ponto tal que:
Vetores
Exemplo 1.1:
y
Seja o vetor representado a2 A
por um segmento orientado com
ponto inicial e extremidade em
b2 B
Então:
a1 b1 x
Pode-se escolher como representante do vetor x o vetor que tem

como ponto de aplicação a origem ( ) e como ponto final, o ponto de
coordenadas .
Representa-se então

Vetores
=
o conjunto de n-tuplos de números reais.
Sejam vetores de ,
y
Definição: Os vetores e são iguais,
x
• se têm a mesma direção, mesmo sentido e comprimento
igual
• ermos de coordenadas, os vetores são iguais se tiverem
coordenadas respetivamente iguais, i.e.

Vetores
Exemplo 1.2:
Sejam pontos de com as seguintes coordenadas
C
D

Vetores
Definição:Sejam vetores de Os vetores e dizem-se
paralelos ou colineares se:
Observação: O vetor nulo é paralelo a qualquer vetor. Por

outro lado, não há nenhum vetor não nulo que seja paralelo
ao vetor nulo.
No caso em que = , tem-se que .
Proposição: Os vetores e são linearmente dependentes se são

paralelos ou colineares.
Operações com Vetores
 Adição/subtração de vetores
 Regra do triângulo
 Regra do paralelograma
 Multiplicação de um vetor por um escalar (número real)
 Propriedades da adição de vetores e multiplicação por

um escalar

Definição: Sejam vetores de
 A adição de x com y denotada por é um vetor

definido por:
em que as coordenadas do vetor soma são obtidas a partir

da soma das coordenas de

Soma de vetores: Regra do triângulo
Definição: Sejam vetores de e um ponto qualquer do
espaço. Consideremos os segmentos orientados tal
que são representantes dos vetores
Então, a adição dos vetores é o vetor , que é

representado pelo segmento orientado
u
Soma de vetores: Regra do paralelograma
Definição:Sejam vetores de .Consideremos um ponto
qualquer do espaço, e os segmentos de reta que
representantes dos vetores .
A adição dos vetores pode-se definir por que é
representado pelo segmento orientado , que é a diagonal do
paralelograma definido por
u-v
u+v
v
+
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP u Cristina Faria M. Guedes
Semana_1_54
Adição/Subtração de vetores
• As regras do triângulo e do paralelograma pode ser
aplicadas (de forma sucessiva) para efetuar a adição de
mais do que 2 vetores.
• Subtração de vetores: processo semelhante à adição de

vetores: basta considerar em que éo
é um vetor de sentido oposto ao de .
• Em termos de coordenadas, a subtração de com é

vetor definido por:
Cristina Faria M. Guedes

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Semana_1_55
Definição: Sejam e o escalar .
A multiplicação do escalar pelo vetor é um vetor definido
por:
=
= =
,
• são colineares ou paralelos
• tem a mesma direção de
• tem comprimento igual a vezes o comprimento de
• têm o mesmo sentido
• têm sentidos opostos
Multiplicação de um vetor por um escalar
x
1
-x x
2

Exercício 1.1:Sejam
1 1
Calcule: a) x+y b) 3x  y, c)2x, 5y , 2 z d)-2(3x  y )  2z
2 2
Adição de Vetores (propriedades)
(Pav1) Comutatividade
(Pav2) Associatividade
(Pav3) Elemento neutro
(Pav4) x +  -1  x = 0 Elemento simétrico

Produto de um vetor por um escalar
(Ppve1) , Associatividade
(Ppve2) Existência de
elemento neutro
(Ppve3) Distributividade em
relação à adição de
vetores
(Ppve4) Distributividade em
relação à adição de
escalares
1ª Semana, Aula nº 2, 22Out21 (Teórica, em EAD)


Produto Interno ou escalar em
Definição:Seja um espaço vetorial real. Um produto interno
ou produto escalar em é uma aplicação
que satisfaz as 3 propriedades seguintes:

 É uma forma bilinear, simétrica e definida positiva.
(Pi1)
   x , y  =   x,  y      x , y 
(Pi2)   x , y  =   y , x 
(Pi3) \{ }

Produto Interno em ( e. v. real)
Considere os seguintes produtos internos:
Nesta disciplina vamos considerar sempre (espaço vetorial real)
Exemplo 2.1
Exemplo 2.1
Sejam =
Este produto interno ou escalar designa-se por produto interno

usual em . Por vezes aparece com a designação de produto
interno Euclidiano usual em .
Exemplo 2.3

Produto Interno em ( e. v. real)
Exemplos de produtos internos:
Exemplo 2.5
A aplicação
definida por é um produto interno.
Exemplo 2.6: O espaço vetorial real pode ser munido do

seguinte produto interno:
em que

Produto Interno em (e. v. complexo)
Seja um espaço vetorial sobre
que satisfaz as 3 propriedades seguintes:

(1)
(**)
(2)
\{ }
(3)
Exemplos de produtos internos
Exemplos de produtos internos num espaço vetorial complexo.
Exemplo 2.2
Exemplo 2.2 ; =
Este produto interno ou escalar designamos por produto interno
usual de .
Definição: Um espaço vetorial real munido de um produto
interno designa-se de espaço Euclidiano.
Definição: Um espaço vetorial complexo munido de um produto

interno designa-se de espaço Hermitiano ou Unitário.

Produtos interno
Observação: Seja ( um espaço vetorial sobre um corpo

munido do produto interno é usualmente
representado por ou . Daqui em diante um produto
interno ou escalar é sempre representado por um ponto (.).
O produto interno =
passa a ser representado da seguinte maneira:

Norma
Definição: Seja um espaço vetorial sobre um corpo .
Uma norma em é uma aplicação
que satisfaz as seguintes propriedades:
(Pn1)
(Pn2) ,
(Pn3) desigualdade triangular

Exemplos de normas
Exemplo 2.9:
Norma-1 :
+ +…..+
Norma- 
:
Norma-p :
Alternativamente

Norma Euclidiana
Definição: Seja um espaço vetorial munido de um produto
interno. Então define-se a norma euclidiana do vetor x por:
A partir de um produto interno (euclidiano) podemos associar

norma euclidiana correspondente.
As normas apresentadas no exemplos 2.9 não são normas
euclidianas.

Norma Euclidiana
Definição: Seja um espaço vetorial munido do produto
interno usual. Então define-se a norma euclidiana a partir
deste e representa-se por
Esta norma pode ser designada por norma euclidiana ou

norma-2 porque a fórmula anterior é expressão da norma-p
para p=2.
Exercício 2.1: Mostre que a função anterior definida a partir do
produto interno usual é de facto uma norma euclidiana.
Sugestão:As propriedades Pn1 e Pn2 são de demonstração imediata. A propriedade

Pn3 (desigualdade triangular) será demonstrada à frente.
Norma
Definição: . O comprimento do vetor, também
designado por norma de , por aplicação o Teorema de
Pitágoras é dado por:
Por outro lado, considerendo que num referencial cartesiano

a norma euclidina do vetor
Observação: Daqui para a frente no âmbito desta disciplina usar-se-á sempre a

norma euclidiana. Por isso utilizaremos o símbolo da norma e omite-se a
especificação do número 2.
Distância entre dois pontos
Definição: Sejam dois pontos de . A distância entre os
dois pontos é igual à norma do vetor . Como
Então a distância de é:
Observação: Muito importante**

Notemos que considera-se um referencial cartesiano (sistema de
coordenadas ortogonais) e a fórmula anterior para a distância só é
válida nesta situação. Se o sistema de coordenadas não é ortogonal
então temos outra expressão para o cálculo da distância.

Exercícios de aplicação:
Exercício 2.3: Sejam , (0, 4, 1)

Considerando o produto interno usual definido em calcule:
b) ,
c)
, ,

Exercícios de aplicação:
Interpretação geométrica
, ,
, ,
v u-v u+v
u
ÁLGEBRA VECTORIAL
4ª Aula
• Desigualdade de Cauchy-Schwartz
• Desigualdade triangular
Seja um espaço Euclidiano. Então tem-se:
• Desigualdade de Cauchy-Schwartz
,
• Desigualdade triangular
+ , ,
Desigualdade de Cauchy-Schwarz
Definição: Seja um espaço Euclidiano. Então:
,
Verificação da igualdade
são linearmente dependentes.
Observação: Notemos que a desigualdade de Cauchy-Schwarz

está definida para um espaço euclidiano ou seja é um espaço
vetorial munido de uma norma. Na demonstração apresentada
considera-se que é um espaço vetorial real euclidiano.

Desigualdade de Cauchy-Schwarz
Dem: Seja
Se a desigualdade é obviamente verificada.
, mas . Logo,
Verificação da igualdade
Dem(1) : então são li. dependentes
Aplica-se a hipótese
Logo Resulta que:
Dem (2): são li. dependentes então
Como =
= =
Desigualdade Triangular
Seja um espaço Euclidiano.
+ , ,
Interpretação geométrica
Num triângulo em que dois lados têm respetivamente
comprimento a soma dos comprimento de dois lados é
maior que o comprimento do terceiro lado, dado por .
u u+v v
u
Desigualdade Triangular
Dem (cont.):
= +
= =….porque….?
=
Aplica-se a desigualdade
de Cauchy-Schwarz!!!
Resulta . Logo,

ÁLGEBRA VETORIAL
Definição: Um vetor é unitário se tiver norma 1.
Definição: : O vetor normalizado é dado
por:
• O vetor normalizado tem norma unitária.
Se , então o vetor normalizado, é um vetor unitário

que tem a mesma direção e o mesmo sentido de .
Versores de um vetor
Definição: Seja Os versores de direção do
vetor são:
• vetores paralelos ao vetor
• vetores com norma unitária
Se : então existem sempre dois vetores colineares

com o vetor que são os versores de direção.

Versores de um vetor
Os versores de direção do vetor x são:
x
1 1 O v1
x e  x v2
x x
v1 v2
• vetor unitário
• vetor unitário • colinear com x
• colinear com x • sentido contrário ao x
• mesmo sentido de x
Ângulo entre dois vetores
Definição: O produto interno entre os vetores é o escalar real
definido da seguinte maneira:
em que é o menor ângulo entre os vetores.

Se
Se são unitários o escalar é o valor do coseno do ângulo

formado por estes vetores.
Convenção: Se ou é o vetor nulo convenciona-se que o ângulo é zero.
No caso de ou o ângulo definido na equação anterior coincide com o
conceito geométrico de ângulo.
Alternativamente, em termos de coordenadas temos o produto interno usual

dado por:
Dem:
No caso de , u , ), , ), Pela lei dos co-senos
u u u
Como u
u
,
, substituindo na eq. ( ),
B
= u , resultando u
u
= u c.q.d.
A C
Definição: Seja Definimos o ângulo entre os
vetores , como sendo o menor ângulo, dado por:
Da desigualdade de Cauchy-Schwarz , , resulta
- ,

Ortogonalidade
Seja um espaço Euclidiano.
Definição: Os vetores dizem-se ortogonais
(ou perpendiculares) se
Definição: Sejam vetores não nulos tal que

Então,
Observação: O vetor nulo, é ortogonal a todos os vetores

de . No caso em que são ortogonais, representa-se

Produto interno
Aplicações do produto interno:
• Projeção ortogonal
• Cálculo da área de triângulos e paralelogramas
Proposição: Seja um espaço Euclidiano e vetores
ortogonais. Então,
Interpretação geométrica).

Produto interno
Aplicações do produto interno:
• Projeção ortogonal
• Cálculo da área de triângulos e paralelogramas
Exercício 3.1:
Sejam . Calcule
b)
u
B
A C
Projeção ortogonal
Definição:Seja Consideremos um ponto qualquer
do espaço e os segmentos orientados que são
representantes dos vetores
A projeção ortogonal do vetor sobre o vetor é o
vetor , em que é o ponto de interseção da reta que
passa em e é ortogonal à reta que contem o vetor .
Semana_1_90
Seja Tem-se que por outro lado
Igualando as expressões anteriores resulta = (3) .

Como = usando (3) tem-se
que:
Semana_1_91
Definição: Sejam : A projeção ortogonal do
vetor sobre o vetor é o vetor dado por:
1) Se é um vetor unitário então
2) Se
Semana_1_92
Área do paralelograma definido pelos vetores e é
dada por:
Consideremos um paralelograma definido pelos vetores

e vértices em que:
, =?
Semana_1_93
Área do paralelograma:
, =?
Dem: (eq. *)
Sugestão: O valor da altura, é dado por . Vamos definir
a partir de , e de 𝐯 . Neste caso,
+ = , logo = 𝐯
Desenvolvendo
=
Semana_1_94
• Área do paralelograma :
• Fórmula alternativa
A área do triângulo é , em que

é o valor da área do paralelograma
definido por
Cristina Faria M. Guedes
Semana_1_95
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP
Exemplos de aplicação: Seja
Calcular a projeção ortogonal do vetor x sobre o vetor y para
os seguintes casos:
y
1)
2)
 4,4 
2
 -2,1
-2 O y 2 4 x
Cristina Faria M. Guedes Semana_1_96
ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP
Vetores coordenados unitários
Definição: Consideremos um referencial cartesiano em
os vetores , com as seguintes coordenadas:
• z
•
•
•
x y
Vetores coordenados unitários
Definição: Os vetores são designados por vetores
coordenados unitários e representam os versores dos
eixos coordenados ortogonais e respetivamente.
Tem-se que:
1.
2. =0 =0 =0
O vetores formam um conjunto ortonormado porque

são um conjunto ortogonal (são ortogonais entre si, prop. 2) e
além disso são unitários (p. 1).
Vetor posição como combinação linear de
z
x3
O
x2
y
x

Cossenos diretores de um vetor
Definição: Seja o vetor =
Os ângulos diretores do vetor relativamente são

os ângulos que este vetor forma com cada um dos vetores
coordenados unitários . Designemos por, e
os ângulos que o vetor forma respetivamente com .
Então os co-senos diretores do vetor são dados por:

Definição: Consideremos o vetor =
Então,
Como são vetores unitários e além disso,

, resulta que,

=
Notemos que o vetor fica univocamente determinado pelo

seu comprimento e pelos ângulos diretores:
1) , )
cos    cos     cos     1

2 2 2
2)

=
j y
i
x

S1 T ALGA 18set23 24

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Álgebra Linear e Geometria Analítica

Licenciatura em Engenharia Mecânica

• 2 aulas (Teóricas) + 1 aula (Prática)

• S1_T_ALGA_18Set23_24 corresponde às aulas da 1ª

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes Semana_1_1

1) LER a ficha da Unidade Curricular com muita atenção!!

2) A documentação para as turmas LEM-7-8,11-12 está disponível nos

3)A documentação disponibilizada inclui apenas os tópicos de

Professora: Cristina Faria M. Guedes: cfaria@fe.up.pt

Para esclarecimento de dúvidas (horário acima indicado) tem que

1. O estudante envia uma mensagem (sem conteúdo) e no campo

2. Não há esclarecimento de dúvidas exclusivamente através do

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes Semana_1_3

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes Semana_1_4

números reais conhecidos ( coeficientes)

Qual das equações está na forma geral?

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes 7

não tem solução!

Considerando que as equações das retas r1 e r2 são dadas

O sistema é possível e determinado pois tem solução

Considerando que as equações das retas e são

O sistema é possível e indeterminado pois a solução

Atribuindo um valor a s obtemos uma solução particular do

Interpretação geométrica:Considerando que as equações das

Resolver o sistema indicado consiste em determinar os

representa a linha j da matriz Por exemplo,

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes 12

2) Multiplicação de uma linha por um escalar não

3) Substituir uma linha pela sua soma com outra

Às transformações elementares do tipo 1, 2 e 3

O método de eliminação de Gauss (M. E. G.) consiste

A matriz obtida e o respetivo sistema associado é:

Observações:No sistema obtido (indicado em cima) a incógnita x só aparece

O processo terminou porque a matriz obtida já está na forma de

ALGA/ L.EM 2023-24/FEUP Cristina Faria M. Guedes 16

A linha de referência é a linha 1:

Observação:O 1º passo chegou ao fim pois todos os elementos da

A linha de referência é a linha 3:

O sistema não tem solução. Neste caso trata-se de um

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A solução é dada por:

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Este sistema de equações é possível e duplamente

O espaço das soluções deste sistema de equações é

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Neste exemplo ( o grau de indeterminação é

Será necessário continuar??

Conclusão O processo para porque a matriz aumentada foi

equação não principal

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O conjunto das soluções é dado por:

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Neste caso o sistema é possível e determinado. A

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Sistema possível e determinado:

Sistema possível e simplesmente indeterminado (g.i. é 1)

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Sistema final Matriz final (em escada!!)

Sistema possível e determinado: A solução é única dada por

 1ª Semana, Aula nº 1, 18 Set

1ª Semana, Aula nº 2, 18Set