Níveis de organização

Componentes Célula Tecidos Órgãos Organismo População Comunidade

bióticos

em interação Intercâmbio constate entre as entidades bióticas e abióticas

com

Componentes Energia e material de caráter físico químico

abióticos

resultam em
Sis. de Sist.de Sist.de Sis.de Sistemas Ecossistemas
Sistemas células tecidos órgãos organismos de
biológicos população

1
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Nível de Organização Atributos ou propriedades

Emergente

Indivíduo  Variáveis Ecofisiológicas

• Eficiência Energética
• Ritmos
• Respostas Fisiológicas
• Características Etológicas

População  • Crescimento Populacional

• Parâmetros Populacionais
• Comportamento Social
• Competição intra-específica

Comunidade  • Tramas Tróficas

• Sucessão
• Diversidade
• Relações Inter-específicas
2
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 ATRIBUTOS OU PROPRIEDADES NO NIVEL COMUNIDADE
Biodiversidade das comunidades: número de espécies (riqueza especifica) e
quantidade de cada espécies, em uma determinada área.
No de espécies A

B Riqueza de espécies: Comunidade A maior

riqueza de espécies que a comunidade B
Tamanho da amostra
A
b A
u
n Espécies Heterogeneidade: a comunidade (A) = riqueza que
d
a
(B); mas abundancia relativa mais equitativa, assim
B
n (a) é mais heterogenia ou mais diversa que (C). E C é
c Espécies
i mais bio-diversa que B (> riqueza).
a C
p
o Espécies
r
e
s A
p
é
c Uniformidade ou equitabilidade: quando todas
i
e B as espécies têm a mesma abundância a
Ecologia. UFAL. ICBS Espécies equitabilidade é máxima. 3 3
Nídia Noemi Fabré
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Ecossistema
•A ecologia de ecossistemas estuda a quantidade de energia que circula no sistema e sua
relação com elementos químicos essenciais para a vida, como oxigênio, carbono,
nitrogênio, fósforo, enxofre.
•Também se busca a compreensão de como esses fluxos são influenciados pelo clima.
Os fluxos de matéria e energia no ecossistema
que ocorrem entre os organismos transformam
as condições físicas e químicas do solo, da
atmosfera, da água. Por isto, são sistemas
abertos difíceis de delimitar.

Ecologia. UFAL. ICBS 4

Nídia Noemi Fabré
 ATRIBUTOS OU PROPRIEDADES NO NIVEL COMUNIDADE
2. Sucessão ecológica das comunidades: mudanças da composição e abundância
na comunidade ao longo do tempo, até atingir a estabilidade ou estado climax.

T
E
M
P
O

Ecologia. UFAL. ICBS 5

Nídia Noemi Fabré
 Estabilidade nos ecossistemas

Os ecossistemas:
• fluxos de energia e ciclos de materiais
• redes de intercomunicações e informações, que governam ou
regulam o sistema como um todo.

• Os mecanismos reguladores se contrapões ao desequilíbrio.

• Os mecanismos reguladores são chamados mecanismos homeostáticos
dos sistemas organísmicos

Homeostase do ecossistema
6
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 ESTABILIDADE NOS ECOSSISTEMAS

A estabilidade dos ecossistemas depende:

1. Manutenção da estrutura → COMPARTIMENTOS: biomassa dos
componentes vivos do ecossistema: produtores, consumidores e
decompositores)
2. Manutenção do funcionamento → FLUXOS DE MATÉRIA E
ENERGIA entre os compartimentos e dos CICLOS DE MATERIAIS

As inter-relações entre os ciclos da matéria, fluxos de energia e

mecanismos de retro-alimentação dos sistemas geram a homeostase.
Podemos pensar em redes de intercomunicações que governam ou regulam o
sistema como um todo

Os mecanismos reguladores são chamados mecanismos homeostáticos

dos sistemas organísmicos

Homeostase do ecossistema 7
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
ESTABILIDADE ECOSSISTÊMICA

♦ Estabilidade de resistência:
capacidade de se manter constante
perante o estresse. É a capacidade
de um ecossistema de resistir a
perturbações mantendo intacta sua
estrutura e funcionamento.

♦ Estabilidade de elasticidade ou
resilência: e a capacidade de um
ecossistema de se recuperar,
quando é perturbado ou tirado do
seu equilíbrio.

Se os mecanismos homeostáticos não conseguem controlar o estresse o

sistema sucumbe ou retoma um novo patamar de equilíbrio.
8
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Homeostase do ecossistema
As inter-relações entre os ciclos da matéria, fluxos de energia e
mecanismos de retroalimentação dos subsistemas geram a
homeostase.

Os mecanismos de controle: retroalimentação, que “operam” os

ecossistema:

1. Potencial biótico - resistência ambiental.

1. Crescimento populacional. Densidade. Competição intraespecífica.

3. Relação predador - presa que regula o tamanho das populações

4. Mecanismo de comportamento. Territorialidade

5. Subsistemas microbianos que regulam o armazenamento e liberação de

nutrientes. 9
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 • A velocidade de crescimento da população é diretamente proporcional ao tamanho da
população (Nt) e à Taxa intrínseca de crescimento populacional (r);
• As populações não crescem indefinidamente;
• Os indivíduos da mesma espécie têm necessidades muito semelhantes;
• As necessidades da população podem ser maiores que a oferta de recursos do ambiente;

Modelo exponencial de Malthus

Nt + 1 = Nt r

Modelo logístico de Verhulst

Nt + 1 = rN (K-N)/K

10
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 • A própria densidade populacional, por meio de mecanismos de
competição intra-específica, REGULA o tamanho da população até atingir o
equilíbrio estável onde Natalidade = Mortalidade.

• A densidade no ponto de equilíbrio é a CAPACIDADE DE SUPORTE (K)

ponto no qual os recursos do ambiente são suficientes para manter esse
tamanho de população.

Densidade < K nascimento ≥ mortes ↑ A população aumenta

Densidade > K nascimento ≤ mortes ↓ A população diminui

Densidade = K nascimento = mortes A população permanece

estável

11
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 A dependência da densidade:
A relação entre natalidade – mortalidade – capacidade de suporte

12
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Controle dentro das
populações.

Controle entre as
populações da
comunidade.

Relação
predador - presa
na comunidade.

As populações
dentro da
comunidade
13
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Experimento de Gaus 1934
Objetivo: verificar o crescimento logístico das populações de
Paramecium aurelia e Paramecium caudatum.

14
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Características da competição intraespecífica
A competição afeta os indivíduos de uma espécie porque pode reduzir a fecundidade,
sobrevivência e o crescimento. Portanto, a competição pode afetar de muitas formas a
dinâmica populacional de uma espécie, sua distribuição e sua evolução.

1. O efeito sobre a fecundidade e sobrevivência. Diminuição da taxa de ingestão de recurso

por indivíduo, diminuição da taxa de crescimento e desenvolvimento individual, redução das
reservas armazenadas. ↓ sobrevivência ↓ fecundidade
2. A competição é por recursos limitados.
3. Não existe a reciprocidade unilateral. Apesar dos indivíduos serem da mesma espécie
existem diferenças no poder de competir. Podendo ser desequilibrada.
Uma plântula precoce e robusta fará sombra numa planta tardia e anã. As diferenças
hereditárias determinarão que as interações competitivas não sejam recíprocas.
4. A competição pode aumentara a eficácia. Os competidores fracos contribuirão menos para
as gerações seguintes ou não contribuirão. De fato um competidor poderoso pode realizar
uma contribuição proporcionalmente superior quando existe uma intensa competição.
15
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS.
15
 COMPETIÇÃO E COEXISTÊNCIA

 As interações entre os indivíduos afetam as populações de uma

determinada espécie, como resultado a população ira adquirir estrutura
populacional diferente em quando está ou não presente outra espécie.

 As interações entre as espécies poderão gerar resultados positivos ou

negativos na relação entre as espécies, assim podemos descrever 2 tipos de
interações:

1. Mutualismo: ambas as espécies se beneficiam

Interações “+” 2. Comensalismo: uma espécie se beneficia e a
outra não é afetada.

1. Competição: ambas as espécies são

Interações “-”
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
prejudicadas
2. Predação: uma espécie come a outra, uma se
beneficia e a outra se prejudica
16
 Interações “-”: conceitos:

 Competição por exploração: ocorre quando vários organismos (de uma ou

mais espécies) utilizam o mesmo recurso que está presente em pouca
quantidade. Levará mais vantagem a espécie que for mais eficiente na sua
utilização. Comum quando a competição se dá pelo alimento ou pelo espaço.

 Competição por interferência: Quando o recurso não está escasso, mais

uma espécie prejudica direta ou indiretamente a outra durante o processo de
exploração ou busca deste recurso. Comum entre os vegetais quando uma
espécie produz (no solo) substâncias venenosas a outras espécies.

Exclusão competitiva: fenômeno pelo qual uma espécie leva a extinção local
ou total de outra espécie devido a disputa por um recurso limitante.

Mimetismo mulleriano: é a existência de padrões comuns de cores

(geralmente vermelho, amarelo, preto e branco) que destacam presas potencias,
indicando uma presa cujo consumo é perigoso exemplo as cobras corais.
17
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 O tamanho da população: equilíbrio entre
os fatores positivos e negativos

Recrutamento Mortalidade Natural

População
Mortalidade por
Crescimento exploração
Fatores positivos Fatores negativos

•tamanho da população S2
•idade e tamanho médio dos indivíduos
• fatores bióticos e abióticos (temperatura, O2, espaço, disponibilidade de alimento)
18
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 • Potencial biótico: número de descendentes que As espécies se diferenciam
cada espécie produz. Determina o aumento da pelo potencial biótico,
comportamento reprodutivo
população. é recrutamento.
• Recrutamento: relacionado com a sobrevivência
nas primeiras etapas do desenvolvimento. È a
Estratégias de vida
incorporação de novos indivíduos á população diferenciadas das
adulta em cada geração. populações. (Pianka)

• Crescimento rápido
• Competidores fracos
• Investem na quantidade
• São oportunistas
Espécies r estrategistas

• Crescimento lento
• Competidores fortes
• Investem na qualidade
• São especialistas/
territorialistas
Espécies K estrategistas
19
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 Potencial biótico da população Resistência ambiental do ambiente
• Ritmo de reprodução • Falta de alimentos, de água
• Capacidade de migração • Perda de habitat
• Capacidade de ocupar novos • Condições climáticas adversas

habitas • Doenças, Parasitas

• Capacidade de superar • Competição intra e

condições adversas interespecífica (predação)
20
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 • Em condições ideais ocorre explosão demográfica

• Nos ecossistemas em equilíbrio fatores bióticos e

abióticos controlam o crescimento exponencial.

Fatores bióticos: predação, parasitas, competidores

intra e interespecíficos, falta de alimento
Fatores abióticos: temperatura, umidade, salinidade,
luz, pH, falta de nutrientes.

Resistência ambiental (RA)

• A resistência ambiental muda conforme as condições

• O potencial biótico: taxa de reprodução da sp= cte. (genético)
• O recrutamento varia conforme a RA.
21
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 O equilíbrio do ecossistema
é o equilíbrio da população
A estabilidade do ecossistema implica na manutenção da
composição de suas populações

A longo do tempo a população mantém seu tamanho

e distribuição geográfica constante

Por tanto a sustentabilidade dos ecossistemas se reduz

ao problema de como manter o equilíbrio populacional de
de todas as populações do ecossistema.
22
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL
 23
Nidia Noemi Fabré. Ecologia. ICBS. UFAL