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IP PRÁTICAS
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INSTRUÇÕES PRÁTICAS – FASCÍCULO 1
Caro Médium:
Este folheto é dirigido a você como Médium da Corrente. No momento que
você recebeu sua emanação, no seu primeiro dia como principiante você já se
tornou Médium do T emplo do Amanhecer.
A partir desse ponto, seu problema é desenvolver suas qualidades
Mediúnicas. Estas Instruções são para lhe ajudar de maneira prática e objetiva.
Elas lhe ensinarão como se movimentar no Vale e no T emplo, como usar seu
uniforme e como se adaptar no quotidiano da vida Mediúnica.
Naturalmente, seu desenvolvimento não vai depender de coisas escritas,
de leituras e aulas. Este trabalho apenas irá complementar as coisas que
você vê e ouve no decorrer de seu desenvolvimento.
Use-o como um livrinho de bolso, para você ler na condução ou nos seus
momentos de folga. Se houver mais alguma coisa que você ache que está
faltando, procure seu instrutor ou qualquer Mestre mais experiente. T emos
certeza que alguém irá lhe informar o que você pretende.
T emos à sua disposição 7 fascículos (Instruções Práticas para os Médiuns)
que deverão ser adquiridos de conformidade com as orientações dos Mestre
Instrutores, bem como os livretos de Pequenas Histórias e outras obras
publicadas sob os olhos da Clarividente Neiva, doutrinariamente destinadas a
somar valores essenciais ao seu melhor posicionamento. Os títulos são:
- O Vale do Amanhecer;
- Tia Neiva - Autobiograa Missionária;
- Série Pequenas Histórias (Fascículos 1 ao 7)
- Mensagens de Pai Seta Branca
- Luz do Amanhecer
- Hinos Mântricos e Preces
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(em memória)
Caro leitor:
Este folheto é dirigido aos Médiuns do Vale do Amanhecer.
Embora não haja objeção que seja lido por outras pessoas, apenas
queremos lembrar que ele será mais bem assimilado por quem estiver
participando das atividades Mediúnicas do Vale.
Na verdade ele é apenas um registro das posições básicas do Vale do
Amanhecer mostrando suas nalidades posição técnica, doutrinária e mística.
É também verdade que nossos Médiuns não dependem de material escrito
para sua participação, uma vez que o conhecimento da Doutrina do Amanhecer é
adquirido mais pela Mediunidade que pelo intelecto.
Sem dúvida existe um aprendizado inicial, no qual entram os processos
imitativos e sensoriais. Mas, tão pronto o Médium se familiariza com o sistema ele
aperfeiçoa mais a percepção Mediúnica que a sensorial.
Por meio de "Mantras", "chaves", cantos, gestos, indumentárias, e
horários, tudo formando um conjunto ritualístico, se estabelece um intercâmbio
ectoplasmático entre o Médium e a Corrente. Isso muda seu teor uídico e o
impregna com as energias espirituais manipuladas no T emplo.
O resultado é o clareamento siológico que abre a percepção extra-
sensorial. O Médium passa a perceber as coisas de seu campo consencional que
antes não eram registradas pelo seu "eu".
Por esse processo ele se torna esclarecido sem artifícios, de acordo com
sua formação psíquica e sua cultura, sem falsas submissões à dogmatismos que
produzem dúvidas e angústias.
Só o mediunismo sem retoques ou superstições garante o respeito ao livre
arbítrio, e toma possível a modicação do individuo de dentro para fora, a única
mudança de comportamento que se faz sem criar dependência e que permite o
equilíbrio Individual.
Esse é o motivo básico pelo qual não se sujeita o Médium do Vale do
Amanhecer a leituras obrigatórias. Mas, uma vez aprendido o sistema do Vale,
nada há que se objete à leitura, que sempre pode acrescentar algo à
personalidade. Essa é a razão deste manual prático, que vamos colocando nas
mãos dos leitores em capítulos, para não se tornar cansativo.
Boa Sorte!
O Editor
F ascículo 1
1. Como você ingressou no desenvolvimento.
3. O começo do desenvolvimento
coronário. Com isso você sente a cabeça um pouco mais quente, mas ca
completamente consciente. Se você for Apará (incorporação) a inuência é maior
no Plexo Solar, no "Chacra" umbilical. Nesse caso você perde um pouco a
consciência e sente a pressão na região do estômago.
A partir dai você se deniu: Doutrinador ou Apará.
No domingo seguinte você foi encaminhado a um Instrutor. Doutrinador ou
Apará, aqui estão as coisas fundamentais que você deverá saber:
Por isso não convém que você continue freqüentando como cliente
passando pelos Setores de Trabalhos. Você só deve fazer isso se tiver um motivo
muito forte e assim mesmo mediante orientação. Desde o momento em que se
tornou Médium, tudo que você precisa deverá ser obtido pela sua Mediunidade e
não pela mediunidade dos outros.
5. Horários
6. A sirene do Templo
Depois que ela toca você tem sempre 15 minutos para se apresentar ou
para encerrar seu trabalho.
7. O ritual básico
8. Ritual de abertura
Cada um que passa pela Pira faz a chave de preparação: "Senhor, Senhor,
faze a minha preparação, para que neste instante possa eu estar contigo", segue
depois para a frente da mesma e, abrindo os braços diz: "Meu Senhor e Meu
Deus". Segue depois para a base da mesa triangular e, abrindo os braços de
frente para a Pira repete: "Meu Senhor e Meu Deus".
9. Mediunização
Para você entender bem a mediunização é preciso que você saiba algo
fundamental sobre você mesmo. Procure nos seguir com sua imaginação.
Um dia, na Eternidade, seu espírito foi criado por Deus. É como se Deus
fosse uma nuvem muito grande, uma dessas nuvens de chuva e seu espírito
fosse uma das gotas de chuva que caiu da Nuvem Deus. É lógico que essa gota
de água-chuva é feita da substância da Água-Nuvem-Deus.
Só que, uma gota de água é água, mas não é a água. Entendeu? A gota é
água, mas não é toda a água. A gota é um pouco de água individualizada.
Como uma gota de chuva que cai sobre terra, seu espírito iniciou uma
trajetória, um caminho, um destino.
Agora pense quanta coisa pode acontecer com uma gota de água!
Ela pode se dissolver na terra, cair sobre uma planta e ser sugada por ela,
misturar-se com outras gotas e se tornar apenas água. Ela pode se sujar, se
colorir, ser mais transparente ou mais opaca, etc...
Depois ela pode virar vapor e subir de novo para a nuvem. Em seguida ela
pode descer de novo e tornar a subir. Mais ou menos assim é a vida do seu
espírito! T alvez você tenha mais imaginação e possa arranjar uma comparação
mais feliz. Mas cremos que você entendeu a idéia, não é verdade?
Seu espírito está em alguma parte deste Universo e seu sonho é voltar
para Deus. Provavelmente ele estará em "alguma morada do Pai" como disse o
Mestre Jesus no seu Evangelho. Mas, desde o momento que você, ou melhor,
seu espírito partiu de Deus, ele se arranhou, empoeirou, sujou e se poluiu. Para
voltar para Deus ele terá que se puricar de novo, car transparente, límpido
como a gota d'água em seu estado inicial.
Como não bastou uma, ele teve várias e é por isso que se costuma dizer
que uma pessoa é um espírito reencarnado. Assim como cada ano ou cada época
a gente pode ter um carro diferente, cada encarnação a gente forma uma nova
personalidade.
Nessa altura meu caro Médium principiante, você tem duas coisas
diferentes para entender, que você é basicamente: a individualidade do seu
espírito e a sua personalidade atual. Naturalmente você já percebeu que a sua
individualidade é coisa antiga, tão antiga que você nem sabe quando ela começou
a existir. Mas a sua personalidade é recente, pois tem exatamente sua idade!
Sobre a sua personalidade você sabe quase tudo. Você sabe do que gosta
e do que não gosta. Na verdade você tem até mesmo certa admiração por você
mesmo! Pode até acontecer de você ter mágoa de não ser bonito, mais charmoso
ou mais alto...
Ao mesmo tempo sua "aura" vai cando mais clara e a "parede" do seu
perispírito se torna mais límpida, mais transparente. Seus "Chacras" começam a
acordar e você vai recebendo de volta a mesma quantidade de uido que você
está emitindo. Só que o uido que volta é mais sutil, cheio de vibrações positivas.
Na verdade, o que você sente é difícil de ser reproduzido aqui, uma vez
que a experiência é só sua, de acordo com você mesmo e com mais ninguém.
Daqui por diante você a cada dia você aperfeiçoa mais sua capacidade de
mediunização. Com o tempo e a repetição ela se torna automática, rápida.
12. O uniforme
As peças do seu uniforme, sua ta, sua carteira de Médium, seu chaveiro,
sua estrela de carro, ou qualquer outro objeto que você use na sua qualidade de
Médium do Vale merecem sempre cuidados especiais, pois são objetos que cam
impregnados de sua emanação.
13. A voz
14. O gesto
Você vai encontrar muita gente no Vale. A maioria você não conhece, mas
sempre encontrará alguns que conhece. Pode até encontrar alguns amigos e
alguns inimigos. Ou pode acontecer de você antipatizar com alguns ou simpatizar
com outros. Bem, isso acontece em qualquer outro lugar da vida, não é verdade?
Então qual é a diferença?
Sabedor disso você terá que se educar para agir de acordo. T anto o
desenvolvimento mediúnico como a busca de lenitivo para a dor são feitos no
Vale como a última esperança da pessoa. Logo, a probabilidade e que as que
chegam ao Vale talvez não sejam as melhores pessoas, os mais "bonzinhos" da
comunidade. Mas, seja pela mediunidade do Médium ou o Médium pela sua
mediunidade todos estão procurando conscientes ou não se integrar na sua
individualidade, no seu mundo espiritual e é isso que as tornam diferentes!
A Clarividente Neiva era uma pessoa única e original. Ela era mãe, irmã, o
consolo, a esperança e a segurança de todos nós do Vale, Médiuns ou Clientes.
Mas era também uma simples criatura humana.
Tudo que aqui existe veio por seu intermédio. Ela trouxe a Doutrina, a
técnica, o ritual e a presença dos Planos Superiores, colocando tudo isso ao
nosso alcance. Partiu no dia 15 de novembro de 1985, nos deixando como
herança, um sistema técnico-doutrinário, singular, todo direcionado no sentido de
somar - nunca dividir. Se você tem na sua família ou no trabalho pessoas de
outras religiões, respeite-as em suas posições doutrinárias, evitando discussões
desnecessárias. Seja natural e não se afaste das metas racionais.
- Maianti
O Médium em Retiro deve manter uma atitude atenta à sua vida espiritual.
Ele faz o seu Retiro para evoluir e se libertar de seus "carmas". Por esse motivo
ele deve fazer o Retiro com o máximo de elevação mental. Mas, mesmo que ele
esteja deprimido, irado ou revoltado ele deve fazer o Retiro. Nesse caso, devido
ao esforço de autodomínio que ele faz, pode não ganhar "bônus horas" mas
ganha evolução.
Você como Médium não pode pedir nada em nome do Vale, nem aceitar
coisa alguma.
25. O Cartão
Caro Médium:
Nesta altura você já deve ter lido o Fascículo 1 e ter ultrapassado a faixa
dos 80 dias de desenvolvimento.
Você agora sabe as coisas básicas que irão lhe permitir a integração
mais aprofundada no Corpo Mediúnico.
Naturalmente você esta usando seu uniforme e sabe qual é o seu
Mentor. Pode até acontecer de você já ter sido identificado e “emplacado”, isto
é, você estar credenciado para o atendimento ao público.
Agora é o momento oportuno para chamar sua atenção para o ponto
crucial de sua vida mediúnica: daqui para a frente você será apenas um
Médium de rotina ou irá se tornar um missionário – um Médium realmente
integrado na dinâmica da Doutrina do Amanhecer: a escolha será apenas sua.
A partir de agora é que você irá saber o que é a sua mediunidade e o
que é realmente esta Doutrina.
Quanto ao leigo que estiver lendo, nossa palavra é a mesma do primeiro
Fascículo: a missão espiritual não se desenvolve mediante um simples exercício
intelectual; é preciso que haja um instrutor, um Mestre e a constante
oportunidade do teste e da experiência.
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
F ascículo 2
1. O fenômeno da incorporação
Mentor”, isto é, ele “magnetiza” cada um dos candidatos, manda que fechem os
olhos e pensem no Mentor como cada um o imagina.
Nesse ponto o fenômeno do seu primeiro dia se repete com mais nitidez.
Desde então, podem acontecer algumas alternativas, cada uma delas de acordo
com sua personalidade, sua idade, seus preconceitos religiosos, seu estado de
saúde, etc. quaisquer que sejam suas manifestações, o Instrutor está em
condições de guiar sua incorporação.
É importante que você não se preocupe muito com os detalhes técnicos
e ofereça certa passividade. Deixe que o Instrutor se incuba do seu problema.
Também não se preocupe se sua manifestação não for muito nítida. Cada
Médium tem seu tempo próprio e alguns levam algum tempo ate incorporarem
completamente. Também não adianta explicarmos coisas a respeito, agora. Só
a prática o fará entender, compreender e finalmente assimilar.
Você irá repetindo a incorporação do seu Mentor até ter pleno controle
sobre o fenômeno. Depois disso você começa a incorporar outras entidades:
são os seus “Guias”, ou seja, espíritos do Plano Superior que irão exercer sua
missão por seu intermédio. Eles se apresentam em três roupagens: Pretos
Velhos, Caboclos e Médicos. Mais adiante você encontrará explicações
detalhadas sobre essas figuras.
gostaria de dizer uma coisa ou duas para o cliente. Mas n ao o fará porque
prometeu “ser instrumento da paz de Jesus”... E por isso deixa o assunto por
conta do Preto Velho.
Para que você não pense que estamos falando de “teorias”, faça agora
mesmo a experiência; onde quer que você se ache. Tome como teste o assunto
que está presente na sua cabeça neste instante, de preferência a parte desse
mesmo assunto que exija alguma decisão sua, uma tomada de posição. Com
um pouco de habilidade analítica, você irá verificar que existem, para esse
assunto, duas posições básicas: uma de interesse seu, que irá satisfazer o seu
egocentrismo natural, sua necessidade pessoal, isto é, a satisfação da sua
alma, e outra que irá contrariar esses interesses e irritar o seu “ego”; a
probabilidade mesmo é que essa outra alternativa beneficie alguém, mas esse é
o lado do espírito! Deu pra entender?
Vamos dar um exemplo.
Suponhamos que você esteja lendo este manual sentado num ônibus da
Viplan, no caminho entre o Vale e sua casa. Você está cansado, já é tarde e sua
preocupação é pagar, amanhã logo cedo, aquela prestação , da sua TV, que
está atrasada. No momento você pensa como irá fazer para completar o
dinheiro da prestação e ainda deixar algum com a mulher para a feira.
Nisto você é despertado por uma comoção na parte de trás do ônibus,
uma discussão entre o cobrador e uma passageira. Aparentemente os dois
discutem porque a mulher não tem dinheiro para pagar a passagem e só
percebeu isso depois que entrou no carro. O cobrador quer que ela desça, mas
ela alega ser aquele o último ônibus, ser tarde da noite e garante que tinha o
dinheiro na bolsa quando pegou o ônibus. O ônibus pára, alguns passageiros
reclamam, outras fazem comentários desagradáveis sobre a reputação da
mulher, você chega mesmo a ouvir a palavra “vigarista”. Você também se
aborrece e faz o cálculo de quantas horas você ainda vai conseguir dormir, se o
incidente não acabar na delegacia. E assim a coisa vai esquentando e você
continua com seus cálculos.
De repente algo se faz sentir dentro de você. Você começa a se lembrar
da Doutrina que receber no Templo, da idéia de tolerância e de paciência. Você
se levanta envergonhado e vai até o fundo do ônibus. Sem saber bem como,
você consegue encerrar o incidente e ainda dá algum dinheiro à pobre mulher.
Você atendeu à voz do seu espírito, de uma visão mais ampla da vida,
um dimensionamento do seu campo consciencional. Se o exemplo não ilustrou
o suficiente, trabalhe com sua imaginação que você irá encontrar, na sua
própria experiência, os limites entre as vozes do corpo, da alma e do espírito.
Essa é a base da missão do Doutrinador, a de transformar a sua
personalidade num instrumento de ação do espírito, ser um intermediário, um
Médium, entre os planos superiores e a Terra.
que o Templo funciona como uma escola, você pode aprender muita coisa.
Faca seu próprio programa, acompanhe as explicações dos Mestres Instrutores.
Existe Cristo, como existe água: Jesus é um copo dessa água. Cristo
significa “o ungido”, “o que recebeu os óleos santos”, ou seja, o que recebeu a
consagração para uma Missão, para algo.
Cristo seria então o co-autor, o “co -responsável” pelo Universo mais
próximo da nossa capacidade concepcional.”Co-autor” e “co-responsável” são
os adjetivos mais aproximados para algo parecido com Deus que seria Cristo.
Jesus personifica, para esses dois mil anos que estão terminando, o
Cristo ou apenas “Cristo”. Façamos uma analogia, uma comparação para
podermos entender melhor. A gente diz: “no Planeta Terra existe água, e eu
tomei um copo de água”. A diferença entre a água do Planeta e o copo de água
que eu tomei é que a água do copo se tornou uma água específica, com
características limitadas pelo “copo” e outras circunstâncias que a situaram no
tempo e no espaço.
Jesus foi o copo, o veículo, mas foi de tal natureza que o copo e água se
fundiram em algo único: JESUS CRISTO .
A partir daí, esse algo que chamamos “Cristo” se tornou perceptível,
verificável, palpável pelo nosso senso comum, nossos sentidos, nossa alma. Em
resumo, os indefiníveis Deus e Cristo se tornaram definíveis na figura de Jesus.
Outros Seres como Jesus existiram antes e existirão depois, mas
também nesse sentido a nossa capacidade de verificação é limitada. Como
iríamos saber quem foram os personificadores de Cristo, antes de Jesus, e
como iremos saber quem serão os outros que virão depois?
Temos assim uma panorâmica, um fundo de pano para a Doutrina do
Amanhecer: Cremos em Deus, mas não temamos defini-lo, nem nos
preocupamos com isso. Também não nos atrevemos a atribuir qualidades a Ele
e afirmar que Ele gosta disso assim ou de outra forma. Cremos em Cristo como
algo, talvez mais definível que Deus, mas também não temos a pretensão de
penetrar no íntimo de sua natureza.
Cremos em Jesus, o filho de Maria de Nazareth, que incorpora o Cristo,
cuja história conhecemos e cuja obra é aceita universalmente.
O mestre Jesus edificou uma Escola Iniciática chamada a “Escola do
Caminho”, parte da qual está contida nos chamados Evangelhos escritos por
quatro de seus discípulos. É essa Escola que nos forneceu os elementos para
definir nossa posição em relação a Deus e ao Cristo.
preparo milenar. Ela sempre nas suas várias encarnações demonstrou seus
poderes de profetisa e clarividente. Ela reencarnou em 1925 e desde o princípio
foi preparada para esta Missão. Mais ou menos no mesmo período
reencarnaram outros espíritos da Falange e desde 1957 eles começaram a se
reunir em torno de Neiva. Em 1968, ao terem início as atividades neste local,
batizado de Vale do Amanhecer começou também o prenúncio do terceiro
sétimo da missão. Em 1971, com o início da construção do primeiro Templo
circular, a missão começou realmente a se efetivar. Em 1976, quando este
manual estava sendo escrito, o Vale do Aman hecer despertara para a plenitude
da sua missão.
Prefácio
Caro Médium:
Agora que você já leu os fascículos I e II e, provavelmente, já tem
alguns meses de prática no Templo do Amanhecer, você estará em condições
de entender melhor o que este terceiro volume tem para lhe dizer.
Você irá notar que os termos começam a ser um pouco mais difíceis, um
aspecto mais científico e até mesmo que o livro entre em considerações
filosóficas.
Não pense que isso está acontecendo porque nós julgamos que você se
matriculou na Universidade ou coisa parecida. Não, é que agora temos uma
certa idéia de que você já está sintonizado com a Corrente, que sua
mediunidade já se abriu, que seus "chacras" estão mais ativos.
A terminologia aqui usada é a mesma que você estará ouvindo de seus
Mestres e seus Instrutores. É importante que você se familiarize com essas
palavras porque elas revestirão suas atividades.
Pode ser que você atenda uma pessoa e ela manifeste o desejo de tomar
um passe. Você a conduz, mas daquele instante e nos instantes seguintes, você
estará mentalizando a transferência de energias que o referido passe
representa.
Agora, se você é um leigo, um cliente ou um leitor casual deste manual,
procure os Fascículos I e II, que irá entender melhor o que aqui estamos
dizendo.
O Editor
F ascículo 3
01. O Templo do Amanhecer
nos pára-brisas dos carros. Só que a nossa estrela não é entrelaçada e nem
mesmo se distingue os dois triângulos. Isso porque a nossa Corrente simboliza
a Síntese mais do que a Análise.
Também é bom que você saiba que não foi David quem inventou essa
estrela. Ela sempre existiu na natureza, na formação de cristais e outras coisas.
Talvez por isso ela seja um símbolo eterno. O importante é que você saiba que
seu uso pela nossa Corrente não implica filiação alguma a outros grupos
religiosos ou doutrinários.
Voltemos agora a nossa estrela em frente ao Templo. Nela você verá um
trecho de uma de suas mensagens: “Filhos - O Homem que tentar fugir de suas
metas cármicas ou juras transcendentais será devorado ou se perderá como a
ave que tenta voar na escuridão da noite”. Essa advertência está implícita na
própria estrela: metas cármicas são o triângulo da descida; juras
transcendentais estão contidas no triângulo de subida.
Logo em seguida, no anteparo da porta, você encontra o trecho do
Evangelho de João 14:06 que diz: “Eu sou o caminho da verdade e da vida;
ninguém vai ao Pai senão por mim”. Dentre os profundos significados dessa
frase do Mestre Jesus, nós destacamos o sentido do “EU” ou seja, a sede da
decisão, o centro do livre arbítrio, da responsabilidade individual. Essa é a base
da Doutrina da Amanhecer.
Entre pelo lado pouco esquerdo e veja o conjunto elíptico. Pare um
pouco junto ao anteparo da entrada e divida o Templo em 14 partes;
começando pelos Castelos, distribuídos na seqüência 3 + 2 + 3 = 8.
02. A Pira
Se você assimilou tudo que foi dito até aqui, principalmente o que é
realmente o Templo, você então sabe que está lidando com energias de vários
tipos. São elas que curam, que resolvem os seus problemas e os problemas dos
Clientes. A parti daqui preste muita atenção e procure entender bem, pois disso
depende o seu futuro de Missionário.
Outras duas palavras que você precisa entender com muita clareza são
“forças” e “energias”. Elas não são exatamente sinônimas, isto é, não significam
exatamente a mesma coisa, mas, no seu emprego elas se confundem. Por isso
a gente usa "força" ou "energia" conforme o emprego. Pela origem de ambas,
“forças” deriva de "forte", que tem força: e “energia” deriva de trabalho, ou
seja, de força direcionada, empregada em alguma coisa.
No item da descrição do Templo da Amanhecer, você já se familiarizou
com a idéia de forças e energias. Você então ficou sabendo que existem forças
e energias circulando no Templo. Percebeu também que existem forças de fora
e forças que partem de você mesmo. Resumindo, sabe agora que no Templo
são manipuladas forças, do Médium e forças que chegam de fora dele. Vamos
tentar com o máximo cuidado descrever essas forças.
Comece por se lembrar do que dissemos a respeito da Pira, quando
mencionamos a microcirculação. "Macro" quer dizer grande, e "micro" quer
dizer pequeno. "Microcirculação", significa a movimentação de forças dentro de
você e Macrocirculação" é a movimentação de forças dentro do Templo.
07. Trabalho
Cremos que o que foi dito até agora, você já pode considerar-se
consciente do fato de que vive dentro de uma usina maior que é o mundo que
o cerca. Também já deve ter se compenetrado de que existe uma variação no
tipo de forças que atuam sobre você, podendo separar razoavelmente o que é
força física e o que é força psicológica.
Daqui para diante vamos observar um outro fato, um tanto subjetivo,
mas que será a porta de entrada para seu mundo iniciático, o mundo invisível e
subjacente em todos os atos humanos. Tomemos de novo o surrado exemplo
do automóvel em movimento conduzido pelo nosso motorista.
Enquanto o carro anda, o motorista obedecendo os regulamentos de
trânsito, o mecanismo funcionando perfeitamente e os dois seguindo uma rota,
um outro mundo de forças está atuando sobre eles, um mundo subjetivo e
indefinido. Por exemplo, quando ele olha para a placa "Cuidado, escola!" e
automaticamente diminui a velocidade, um mundo de coisas que se referem a
crianças atravessa rapidamente a sua consciência. Ele pode se lembrar da sua
infância, dos seus filhos, da oportunidade que ele perdeu não estudando, da
filosofia educacional do Brasil, da meiguice das crianças, etc.
Aquela placa, por sua vez, representa o fato de que existe preocupação
das autoridades com a segurança das crianças, que existe um cuidado, que
existe uma filosofia de educação dos motoristas, que é uma cidade organizada,
que trânsito é um negócio perigoso, etc, etc e etc...
A parti daqui nós sabemos, pelo bom senso, sem complicação alguma de
ordem intelectual, que tudo que se move e age no Planeta, até mesmo uma
pedra inerte na aparência sensorial, existe e age por recepção e emissão de
forças e energias. Assim é nosso organismo físico, assim é nossa alma e assim é
nosso espírito. Cada movimento do nosso corpo, cada sensação de nossa alma
e cada deliberação de nosso espírito, tudo acontece por meio de energias que
se transformam em forças e forças que se transformam em energias. Vamos
mediunidade e, embora ela seja sempre a mesma na base, ela varia conforme o
uso que você fizer dela. Vamos dar-lhe um exemplo bem simples e verificável
para que entenda bem isso: a maioria dos Médiuns quando começa a se
desenvolver apresenta um entusiasmo e uma pressa de trabalho fora do
comum. Se for um Médium de incorporação, ele incorpora a todo o momento,
custa para desincorporar e dá verdadeiros "shows" de mediunismo. Entretanto,
passados apenas alguns dias de desenvolvimento, ele esmorece, tem
dificuldades para sintonizar com seu Mentor, começa a achar que não é
Médium Apará e chegar a pedir para passar para a Doutrina.
Isso acontece pela simples razão que ele chega carregado com seu
próprio ectoplasma, acumulado desde o momento em que sua mediunidade
começou a se manifestar, e que foi subindo além de suas forças, além do seu
padrão normal. Isso quer dizer que ele vem com mais energia do que sua força
suporta. Esse exemplo completa seu entendimento do que sejam forças e
energias.
Todo Médium tem uma "força" mediúnica e com essa força manipula
vários tipos de energias, conforme seu programa de trabalho. Essas energias
são muito variáveis e se torna desnecessário descrevê-las todas aqui.
Mas, para seu melhor entendimento, vamos citar alguns exemplos. Há
Médiuns aparás que têm força para manipular energias do Povo das Águas,
outros dos Pretos Velhos e outros dos Caboclos. Embora ele possa trabalhar
com todas essas falanges, há sempre uma que é sua força predominante. É
com base nisso que é identificado o seu Guia Principal ou Mentor. Os outros
Guias, pertencentes a outras falanges, trabalham com o Médium na "Linha"
predominante do Médium. Assim acontece também com os Doutrinadores cuja
força principal é caracterizada pela sua Princesa.
mas apenas uns servem de instrumento de outros. Alguns nos trazem o alivio,
mas somos somente nós mesmos que buscamos uma ou outra coisa.
O que a Doutrina do Amanhecer nos retransmite são as coisas que nosso
próprio espírito tenta nos "dizer" e nós habitualmente não entendemos. Nisso
consiste também a essência do Sistema Crístico e da Escola do Caminho de
Mestre Jesus. Pela Lei do Perdão, do Amor, da Tolerância e da Humildade, a
pessoa se esclarece, se torna sensível à direção de seu espírito e se equilibra
consigo mesmo. Equilibrado e consciente de suas forças o Ser Humano retoma
o seu caminho com tranqüilidade, sabendo para onde vai e o que q uer da vida.
Caro leitor:
Se você já leu os fascículos anteriores já terá formado um conceito
razoável do fenômeno mediúnico. Também já terá verificado que se trata de
um mecanismo intrínseco do Ser Humano, algo que faz parte da Natureza e
uma poderosa arma de defesa contra as intempéries da vida.
Se além desse conhecimento você se inclinar a “não resistir ao mal”
como preconiza Jesus, e se deixar envolver no fluxo universal da vida, as coisas
começarão a ir melhor para você e encontrará a verdadeira paz interior, aquela
paz que é mantida mesmo no meio do conflito e da luta.
Você já está assistindo às aulas para a Elevação de Espadas e em breve
terá acesso ao segundo passo Iniciático.
Daqui para frente vamos entrar em considerações mais sérias de seu
comportamento mediúnico, aspectos esses que serão decisivos para sua
trajetória terrena. Lembre-se que a Civilização da qual você faz parte está como
a semente que começa a germinar. Isso produz espasmos e contorções e suas
moléculas, no esforço de varar a superfície, alcançar a luz do Sol, devoram as
energias latentes – urge buscar novas forças – e isso é dor!
Você é uma dessas moléculas – ou será um simples átomo? Depende de
você mesmo, de seu esforço para entender o que se passa no seu interior, no
seu coração, na sua alma e, principalmente, no seu espírito. Vejamos no que
podemos ajudá-lo, guiá-lo. Somos apenas jardineiros que iremos lhe fornecer
alguma água, talvez um esteio para que sua plantinha cresça.
Somos os lavradores do jardim da vida, os humildes servos de Jesus, o
Caminheiro. E foi Ele que disse aos Apóstolos: “Vinde a mim, todos os que
andais aflitos e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso
para vossas almas. Pois o meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mateus
11:28-30)
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
F ascículo 4
01. Porquê o Médium não deve tomar álcool
resultado natural, tudo que absorvemos é vivo. O Ser Humano é uma complexa
máquina que absorve e transforma, como todos os outros seres, a matéria em
energia e a energia em matéria. Nada é desperdiçado e tudo é transformado.
Essa luta eterna é variável conforme a simplicidade ou a complexidade
dos organismos que existem no Planeta. Quanto mais complexo é um
organismo, mais complexa é a luta. O princípio, porém é inalterável: absorção
ou perda de energias. Isso acontece desde a pedra bruta, que é atacada pelo
ar, a água, o atrito, o calor, o frio e as variações do terreno onde se encontra,
até o Ser Humano, que é afetado por esses e outros fatores.
Desde o mineral, passando pelo vegetal, e chegando ao mundo animal, a
luta vai adquirindo aspectos mais variados e complexos. Ela atinge o máximo
refinamento no homem, a maior usina da Natureza de transformação
energética que existe.
O simples ato de pensar já é uma poderosa forma de emitir e receber
energias, com perdas ou ganhos conforme os controles, as qualidades e as
sintonias. Quanto mais sutil é o campo vibratório em que as energias são
recebidas ou emitidas, maior é a intensidade, a potência e a força que entram
em jogo.
Com esse raciocínio fácil e razoável conclui-se que o conflito, a luta, o
ataque e a defesa são intrínsecos em nossa natureza, essa é a Lei do Planeta
Terra, não existe a paz, mas sim a guerra, permanente e inevitável, se
situarmos o problema apenas em termos do plano psicofísico.
Essa Lei, entretanto é restrita, delimitada pelo campo vibracional da
Terra e, para começarmos a entender isso um pouco, nós temos que pensar em
termos de dimensões, planos e mundo. Embora essas palavras sejam
escorregadias, são as únicas que nos dão a idéia aproximada de planos
vibratórios. Façamos uma analogia: por mais encapelado, tempestuoso que o
mar esteja, se mergulharmos alguns metros abaixo da superfície,
encontraremos uma tranqüilidade impressionante. Pessoas que já voaram em
aviões comerciais de grande porte também conhecem essa notável experiência.
As vezes a gere decola de um Aeroporto em meio a tempestade, o avião
jogando perigosamente; ele ganha altura e, em poucos minutos o sol brilha por
sobre o colchão de nuvens enquanto que o vento parece inexistente. Assim é a
nossa vida e assim também são nossas alternativas. É preciso mergulhar ou
subir acima de nossas contingências para que tenhamos paz e tranqüilidade, é
preciso penetrar na dimensão do espírito. Só que o mergulho no mundo do
espírito não é medido em metros, mas em sensibilidade.
Torna-se necessário a gente se fazer receptivo ao mundo de nosso
próprio espírito, seja em termos do passado cármico ou do futuro planejado,
para que possamos avaliar melhor os nossos conflitos e podermos reduzi-los às
proporções que eles realmente têm.
Para facilitar essa receptividade, para tornar possível a trajetória dos
espíritos encarnados, para que o Mundo seja uma escola proveitosa é que
existe o Sistema Crístico e a Doutrina do Mestre Jesus com sua Escola do
Caminho.
O Vale do Amanhecer não exige dos seus Médiuns que contrariem as
Leis do Planeta, quaisquer que sejam elas, mas que sobreponham a elas uma
10. Os reajustes
Para que um espírito possa ocupar um corpo físico e sua respectiva alma,
e com isso formar um Homem, um Ser Humano, entram em jogo múltiplos
fatores, alguns dos quais podem ser analisados e compreendidos pela visão
científica da vida.
Dois Seres Humanos se complementam e dão origem a um terceiro.
Ambos são portadores de fatores genéticos e, da combinação dos genes fica
estabelecida a estrutura fundamental do novo ser.
A partir desse ponto forma-se o feto, cujo sistema nervoso e cérebro-
espinhal se completam entre o segundo e o terceiro mês de gestação. No
terceiro mês o espírito passa a habitar naquele corpo.
Todo o processo está compreendido nas leis que regem os planos físicos
e seus complementares etéricos e astros do Planeta, até o momento do espírito
aderir ao corpo. Para que isso aconteça entra em jogo um fator extraterre no ou
hiperetérico chamado Fagulha Divina, Átomo Crístico, etc.
Se não existisse esse fator extra-etérico, o fenômeno da vida seria
passível de ser controlado pelos Homens. Sem essa fagulha divina não existe
reencarne, não começa a vida humana, a não ser em termos apenas biológicos.
Por isso o ser humano criado em laboratório será apenas um sonho mau,
uma pretensão humana sem propósito. O Sistema Crístico na Terra foi
organizado para os espíritos em trânsito e fora dele é impossível, pelo menos
até onde alcança a visão espiritual da Doutrina do Amanhecer, o reencarne dos
espíritos.
A Fagulha Divina é uma energia que mantém a aderência do espírito ao
corpo através do perispírito. No término da jornada o espírito volta ao plano
alcançado, à dimensão que conquistou. A energia da Fagulha Divina,
impregnada pelas características da vida que foi vivida por aquele Ser Humano,
fica na Terra, geralmente junto ao local onde o corpo é desintegrado, não
importando qual o processo, se enterramento, dissolução, cremação, e tc.
A partir desse ponto a Fagulha Divina se transformou em energia
cármica e permanece nas proximidades onde o corpo ficou depois do
desencarne. Ela irá passar por transformações lentas, em termos de localização,
intensidade e mobilidade, dependendo de como o espírito que a deixou segue
sua evolução. O sucesso ou insucesso de uma encarnação depende muito da
maneira como um espírito manipula as energias cármicas.
Depois disso ele entra para o chamado Sono Cultural, enquanto o plano
é executado pelos Mentores, entrando no jogo os espíritos encarnados e os
desencarnados que irão relacionar-se com ele nessa encarnação.
Isso mostra claramente que o livre arbítrio é que preside todos os atos.
Mesmo depois de encarnado, quando esquecido da escolha feita, se ele não
quiser aceitar as condições que se impôs, ele pode fugir ao cumprimento do
programa. Essa fuga, entretanto apenas lhe traz mais angústias e transfere os
problemas para mais tarde. Mas, o importante é que Deus não tem pressa...
E assim, um Ser Humano nasce em determinado lugar, sua família
muda-se para outro lugar, ele cresce e viaja para outro lugar e pode acabar sua
vida em algum lugar bem distante de onde começou. Acaso?
– Não, não existe acaso na vida humana a não ser na aparência sensorial.
Atrás de cada acontecimento de nossas vidas, do mais banal ao mais
importante, existe sempre um intrincado mecanismo cujo funcionamento é mais
complicado ainda porque muda a cada momento. Essa mudança se opera a
cada instante na dependência de nossas decisões. Se a decisão é errada, com
isso contrariamos nosso destino transcendente, sentimos angústias e dor.
O Homem é feliz ou infeliz dependendo de como vive e de como
estabelece seu sistema de decisões. Naturalmente, a pergunta que essa
questão suscita de imediato é: como saber o que está certo e o que está
errado? – mas esse é exatamente o enigma da vida, do livre arbítrio. Foi talvez
essa questão que levou os sábios da mais remota antiguidade a inscrever nos
pés da Esfinge: “Decifra-me ou te devoro” e que levou São Francisco de Assis a
dizer: “Senhor dai-me forças para tolerar as coisas que não podem ser
mudadas; dai-me amor, para mudar as coisas que devem ser mudadas e dai -
me sabedoria para distinguir umas das outras”.
Mas, para sermos bem objetivos, para que possamos realmente saber a
decisão certa, a Natureza nos deu um mecanismo de percepção que nos
permite saber – qualquer que seja nossa posição no contexto humano – as
coisas da Lei no Plano Físico, as coisas da Lei no Plano Psíquico e as coisas da
Lei no Plano Espiritual.
Normalmente, nós estamos habituados a ouvir a voz de nosso corpo e a
voz de nossa alma, uma vez que seus reclamos são facilmente discerníveis: eu
sei quando tenho fome e sei do que gosto ou não gosto. Essas exigências
produzem uma pequena dor. Mas temos também que nos acostumar a ouvir a
voz de nosso espírito, pois a falta disso n os produz a grande dor, a verdadeira
dor. Perder um corpo é um fato natural – não existe corpo eterno; perder a
alma também é um fato natural – não existe alma eterna. Mas perder o
espírito, tirar a oportunidade de uma encarnação arduamente conquistada é
desafiar a Lei em seu aspecto mais amplo, é fato mais grave e mais doído.
Por essa razão é que o Grande Mestre Jesus nos deu, de forma clara e
adequada, o Sistema Crístico na sua Escola do Caminho, para que pudéssemos
ouvir facilmente a voz de nosso espírito.
A propósito é preciso que se diga que o único erro que os exegetas do
Cristianismo cometem é de querer interpretar o Evangelho como guia para alma
e para o corpo; não, Jesus não fala para eles, Jesus fala para o espírito
encarnado. O Evangelho tem um aspecto literal, factual e psicológico porque ele
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Trino Tumuchy
(Em memória)
F ascículo 5
01. Família Cármica e Família Espiritual
um supérfluo ou seja, nesse lugar existe energia a mais. Esse fato gera o
desequilíbrio e a Lei exige o reequilíbrio. Tudo que existe no Planeta Terra é
vivo e busca uma compensação energética. Os dois extremos dessa situação
chamam-se “vida e morte”.
Vida é força de obtenção de energias. Morte é perda da força para
obtenção de energias. Vida é algo com determinada forma, mantida por certa
quantidade de energia. Morte é ausência de forma, resultante de ausência de
energia.
Os seres e as coisas obtêm suas energias da Terra a que estão
submissos pela Lei da Terra. A Terra por sua vez obtém suas energias do Sol.
Como a base do Sistema Terráqueo é a bi-polaridade, o Satélite Lua atua como
o pólo negativo. Logo a Terra é alimentada pelas energias do Sol e da Lua.
Como essas energias são limitadas pela Lei do Sistema Solar, a vida na Terra é
condicionada a esse sistema. Todas essas considerações são resumidas num
velho axioma: “Nada se perde e nada se cria, tudo se transforma”. O homem -
animal, apenas psico-físico, é submisso a essa lei e, seria apenas isso se não
fosse portador de um espírito.
O espírito, e só o espírito, é criativo porque transcende a Lei da Terra,
vem de outro mundo. Na Doutrina do Amanhecer esse outro mundo é o
conjunto planetário que chamamos Capela. Também chamamos de “Planeta
Mãe”, “Planeta de Origem”, “Mundo de onde viemos”, “Mundo Divino”, etc.
mas, na verdade ao nosso alcance, ele é apenas o lugar de onde veio o nosso
espírito.
Só que esse “lugar” é o “além” a outra dimensão, a dimensão do espírito.
Se ele existiu antes de vir à Terra, continua a existir depois, é evidente que a
energia que o alimenta não é da Terra. Mas, ao encarnar e se submeter às
condições da Terra ele perde o contato com sua fonte de energias, até que
conscientize o ser que habita e o espiritualize.
Rudimentarmente podemos comparar, a situação de um espírito
encarnado, com a de um mergulhador equipado, um “homem rã” ao mergulhar.
Ele trás sua provisão de oxigênio e a roupa que o aquece. Usa um visor para
proteger os olhos e as nadadeiras para se movimentar. Por alguns minutos e
até horas, ele tem as condições semelhantes aos habitantes aquáticos. Mas,
chega o momento em que ele terá que se lembrar de sua condição de Homem
e retornar à superfície.
Os peixes se alimentam de energia do mar; o mergulhador se alimenta
das energias de superfície. Enquanto ele não mergulha, ele tem todo ar à sua
disposição. Depois do mergulho ele só tem o ar que leva consigo. O percurso
de um nadador submarino é maior ou menor, mais eficiente ou m enos eficiente,
na proporção em que ele saiba aproveitar melhor o seu equipamento.
Os habitantes do mar nada criam, apenas transformam. Um mergulhador
tem possibilidade de criar algo no mundo submarino. Os animais e as coisas da
Terra nada criam, apenas transformam. Um espírito encarnado pode criar,
modificar a situação da Terra. Naturalmente, tanto no caso do mergulhador
como do espírito, o poder criativo é relativo ao seu equipamento e seus
propósitos.
05. Os Cobradores
“Tendes ouvido o que foi dito aos antigos: Não matará, e quem matar
será réu em juízo. Eu, porém, vos digo que todo homem que se irar contra seu
irmão será réu em juízo; e quem chamar a seu irmão “insensato” será réu
diante do conselho; e quem o apelidar de “desgraçado” será réu do fogo do
inferno. Se, por conseguinte, estiveres ante o altar para apresentar sua
oferenda, e te lembrares de que teu irmão tem queixa de ti, deixa tua oferenda
ao pé do altar e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão; e depois vem
oferecer o teu sacrifício.
Não hesites em fazer as pazes com adversário, enquanto estiveres em
caminho com ele, para que não, te vá entregar ao juiz, e o juiz te entregue ao
oficial da Justiça, e sejas lançado no cárcere. Em verdade, te digo que daí não
sairás enquanto não houveres pago o último vintém”. (Mateus, 5:21 -26)
Mãe Yara, a Mentora dos Doutrinadores dos Templos do Amanhecer, nos
ensina, que até mesmo uma mistificação pode ser transformada num fato
positivo e aproveitável. Nós podemos completar essa lição afirmando, sem
medo de errar, que tudo depende de nossa criatividade, de nossa capacidade
em tratar as situações de nossa vida, iluminados pelo nosso espírito e sabendo
utilizar as energias que ele coloca à nossa disposição.
“Cobrador” é a palavra mais usada e abusada nos meios mediúnicos.
Qualquer situação de atrito que se apresente, em que alguém faça algo que
nos desagrade, nós temos a tendência de logo julgar que se trate de um
cobrador espiritual. Essa generalização é realmente perigosa e pode nos deixar
desprevenidos para quando n os encontrarmos com os nossos reais cobradores.
Na verdade “cobrador” é somente aquele espírito a quem nós causamos
algum prejuízo deliberadamente e segundo o juízo desse mesmo espírito. Por
esse motivo é que em todas as práticas nos Templos do Amanhecer a gente se
refere “àqueles que se dizem nossos inimigos”.
No emaranhado das relações entre os espíritos na Terra, na luta pela
vida, na agressividade compulsória a que o sistema da Terra nos obriga, é
difícil, senão impossível, saber-se quando estamos fazendo um inimigo, a
menos que a gente tenha plana consciência espiritual de nossos atos. A simples
consciência anímica ou física, ou seja a violação do jogo de princípios, costumes
e normas vigentes no meio em que vivemos, só irá se constituir em cobrança se
o ofendido assim considerar.
Mesmo assim é muito difícil de se conceituar os atos nos quais nós
realmente encontramos ou fazemos um cobrador. Aliás, não são os atos que
caracterizam a cobrança mas sim o tipo de reação que se passa entre as
pessoas quando se encontram. A maioria dos atritos são dissolvidos, pelo
próprio sistema humano de ação e reação, sem deixar maiores problemas.
Depois dessa ligeira análise e, com base na experiência quotidiana no
atendimento do Vale do Amanhecer, chega -se à conclusão que “cobrador”
mesmo é o espírito que vem ao nosso encontro “pela benção de Deus”, como
costuma se expressar a nossa Clarividente, isto é, aquele que está programado
para essa encarnação, cujo enredo estamos vivendo, porque assim quisemos
conscientemente antes de chegarmos à Deus.
Há ainda que distinguir quando o cobrador é encarnado ou não. Se for
desencarnado ele poderá ser um Elítrio, obsessor ou alguma outra das várias
condições que nossas antigas vítimas se apresentam para nos cobrar.
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Trino Tumuchy
(Em memória)
F ascículo 6
01. Umahã
O Micro Plexo obedece a Leis mais sutis, um plano mais vibrátil do que o
Plexo Físico. Ele comanda a percepção e a comunicação do Homem. Enquanto
o corpo é limitado no tempo e no espaço, pelas leis da matéria física, a alma
age dentro de limites mais amplos no tempo e no espaço.
É a alma que vai em busca dos desejos e da satisfação dos anseios, que
emite e recebe as vibrações, que alimenta e é alimentada pela inteligência. A
mais importante de suas funções é receber os eflúvios do Plano Espiritual e
levar a personalidade a agir de acordo com as leis transcendentes. Por causa
dessa função ampla e quase ilimitada é que a alma se confunde com o espírito.
08 O Neutrôm
Até este item temos falado do Sol Interior procurando dar uma idéia
generalizada de sua estrutura e de seu mecanismo. Omitimos até agora
detalhes, que só poderão ser entendidos se forem descritos, no seu
relacionamento com outros aspectos do Homem e do Universo. Isso será feito
na medida em que formos desenvolvendo os outros itens desta Doutrina
Iniciática.
Cremos que facilitará o entendimento de nossos Mestres saber que o
organismo físico, o corpo humano, é em tido uma reprodução do corpo etérico,
também chamado corpo fluídico. Por esse motivo às vezes a mesma linguagem
é empregada para designar aspectos de um ou de outro corpo. Por exemplo, a
gente usa a palavra “Plexo” no lugar de “Chacra”. Isso porque ambos se situam
mais ou menos no mesmo lugar do corpo, com a diferença que o “Chacra” se
situa em baixo da pele enquanto que o “Plexo” fica no interior do corpo, parte
integrante que é do sistema nervoso.
Antes, porém de prosseguir, vamos descrever melhor a idéia do que seja
o “neutrôm”, uma vez eu essa será a palavra que mais o Mestre ouvirá (e
também que usará) no seu aprendizado Iniciático. Para começar com respeito à
Ciência, vamos descrever o neutrôm como uma das partículas do átomo.
O átomo é composto por um núcleo central (massa) que é rodeado por
uma nuvem de partículas sem carga elétrica. Essas partículas se chamam
“nêutron”. Além disso, ele possui outras partículas, os elétrons que,
negativamente carregadas se chamam “anions” e positivamente carregadas se
chamam “cátions”; a partícula que as carrega chama-se “íon”. Naturalmente
essa é uma descrição de leigo para leigo sem maiores exatidões.
Feito isso, voltemos à descrição do nosso “neutrôm” Iniciático.
Como no átomo da Física ele representa uma “nuvem”, um turbilhão de
partículas em movimento, do centro para a periferia e da periferia para o centro
(movimento centrífugo e centrípeto). A periferia em que ele se move não é uma
superfície física, isto é, ele não está rodeado de substância ou tecido algum; o
que estabelece a periferia onde o neutrôm se move é uma força gravitacional
que o pressiona, o “empurra” de todos os pontos dessa periferia. Esse fato é
que estabelece a diferença entre o nêutron da Física e o neutrôm Iniciático. O
mesmo nome com diferença apenas na acentuação da última sílaba se deve ao
fato de que o princípio é o mesmo: o átomo é o símbolo do Universo, na
afirmativa de que o “micro-cosmos” é igual ao “macro-cosmos” na sua estrutura
e funcionamento.
Um átomo é bem menor que este ponto. Entretanto a distância relativa,
o espaço entre as partículas é tão grande como a distância entre os planetas e
estrelas. Sempre porém há um limite, uma circunscrição: no átomo físico seu
limite é microscópico: no átomo Iniciático o limite é de acordo com a unidade
que está sendo descrita. No caso, no Ser Humano, o limite, a barreira é a força
da gravidade, pressionando da periferia para o centro, qu e é resultante do
sistema planetário humano: do Eixo Solar para o Macro Plexo e deste para o
Plexo Físico – sendo que o neutrôm “irá constituir” o Micro Plexo.
Também como no átomo físico, a função do neutrôm é separar, limitar
dois mundos diferentes: o físico e o espiritual. Num estado em que se poderia
que as formas densas das baixas vibrações “manchem” a luz do neutrôm; “...
dai-me forças Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros”, nesse
caso estamos pedindo auxílio do Alto para que possamos imprimir a direção
certa aos nossos pensamentos e corrigir suas distorções; “... pelo pensamento,
neste instante, vou controlar a minha força vital-mental, e nenhum pensamento
negativo poderá penetrar em minha mente” – este último propósito faz com
que controlemos, pela nossa vontade, a força vital que emana do plexo físico, e
essa energia impregne nossa mente. Assim vitalizada a mente se torna
impermeável às emanações de baixo teor vibratório. Os pensamentos negativos
não podem assim penetrar no nosso “campo mental” e assim conseguimos o
equilíbrio.
Frisamos bem a palavra “penetrar” para que nossos Mestres entendam
bem o problema: “pensamentos” são construções energizadas, eles têm
“formas”; uma vez formados eles “existem” e podem ser percebidos pelo som,
pela palavra escrita, etc. – nós não podemos eliminar sua existência. Mas nós
podemos evitar que eles penetrem em nossa mente, mesmo que eles atinjam
os n ossos sentidos. A gente pode ouvi-los, senti-los, percebê-los, mas não
precisamos necessariamente metalizá-los ou pensá-los, desde que tenhamos,
para isso a necessária força vital-mental.
O ônus de nosso livre arbítrio é essa constante luta, essa escolha que
temos que fazer a cada segundo de nossas vidas: o teor vibratório das coisas
que abrigamos em nossas mentes. Esse teor determina o que somos, ou
melhor, o que “estamos sendo” a cada momento.
Cremos que com o que foi dito até agora, nós temos os elementos para
compreender o que é, em linha gerais o nosso “sol interior”, nossas “esferas
coronárias” e, principalmente, a função do neutrôm. Isso é apenas um começo,
pois nos resta saber muita coisa ainda. Para maior facilidade no entendimento,
vamos nos fascículos seguintes, analisar separadamente as funções mais
íntimas do “micro plexo” e do “perispírito”, embora seja difícil falar de um deles
sem falar nos outros, pois todos funcionam ao mesmo tempo na “unidade trina”
que é o Homem.
Mário Sassi
Trino Tumuchy
(Em memória)
F ascículo 7
01. A Mente
03. A Razão
04. O Equilíbrio
05. A Consciência
06. Raciocínio
07. A Personalidade
“vida real”, se ele é bom ou mau ator, se representou bem ou mal a quele ou
este “personagem”, distinguindo -o, portanto dos personagens que ele tem
representado.
Temos então uma perfeita analogia entre a “individualidade” (o ator) e a
“personalidade” (o personagem ou a personificação).
Usemos agora essa analogia para começar a entender o problema das
reencarnações em que o espírito é a individualidade e a nossa presente
encarnação a personalidade.
A primeira precaução que devemos tomar, ao entender esse fato, é
saber que o problema da personalidade e da individualidade não é tão simples
como uma representação teatral.
Nós podemos saber quase tudo sobre um ator, onde nasceu, se estudou
ou não, se teve uma origem pobre ou rica, etc., porém sobre o espírito n os
podemos saber muito pouco.
Para começar é importante que se saiba, que ninguém, nenhuma ciência,
filosofia ou religião pode dizer “quando” e “como” foi criado o Universo ou a
Criação. Nem mesmo a Terra que é um pequeno Planeta do Sistema Solar, a
Ciência não tem meios de dizer “como” e “quando” ela foi criada.
Existe muita especulação, muita teoria, mas todas esbarram nos mesmos
problemas, principalmente na questão do tempo. A Ciência clássica, essas cujas
teorias são explicadas nos livros escolares, estabeleceu certa contagem de
tempo, certa divisão de “Eras” que nos acostumamos a aceitar como sendo o
“certo”. Assim é que ouvimos falar em “Era Glacial”, “Idade Geológica”,
“Nebulosa”, “Era Paleolítica”, “Era Megalítica” e etc. conceitos que envolvem
milhões e até bilhões de anos.
Fora do âmbito cientifico, nas religiões antigas o problema fica na
mesma, embora haja algumas religiões que traduzem as coisas em termos de n
úmeros, o que no fundo é tão aleatório, tão teórico como as afirmações da
Ciência.
O problema se complica ainda mais quando se trata de determinar a
origem da vida. Nesse ponto a Ciência é ainda mais emaranhada e mais teórica
uma vez que ela só considera “vida” as coisas que nós chamamos de natureza
física.
Mas, mesmo sem poder determinar a origem do Universo, do Planeta
Terra e da Vida a Ciência se arrisca a determinar (e a cada período se corrigir)
a origem do Homem. Nesse ponto então as contradições se amontoam de tal
forma que, teorias que eram aceitas como verdade até pouco tempo hoje são
objetos de galhofas dos próprios cientistas.
Em relação ao Espírito a Ciência não cogita de sua existência, e até agora
não existe admissão científica de que o espírito exista.
Para ela, a Ciência Oficial, o espírito é apenas um componente do Ser
Humano, um mecanismo abstrato, que se confunde com o sistema psicológico.
Essa palavra “psicológico” deriva de uma palavra grega que significa alma
(Psyquê).
Assim, qualquer referência que se ouça ou se leia, quer sobre alma ou
sobre o espírito, as duas palavras aparecem sempre como sendo a mesma
coisa, a não ser que se trate de adjetivação poética ou literária tais como
“tenacidade do espírito”, “fortaleza de alma”, etc.