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8º ANO: A IGREJA CATÓLICA EM CRISE E A REFORMA RELIGIOSA DO

SÉCULO XVI.

No século XV o prestígio da Igreja Católica e do Papa estavam muito


abalados.
Humanistas e religiosos criticavam o luxo, a opulência, a corrupção e imoralidade
em que vivia. Alguns, como o humanista Erasmo de Roterdão, pediam uma
profunda reforma religiosa, propondo o regresso à pureza do Cristianismo dos
primeiros tempos.
Nos inícios do século XVI, Martinho Lutero (monge agostinho alemão)
desencadeia, contra o papado, um poderoso movimento religioso - Mais tarde
conhecido por Reforma - que levou à divisão da cristandade da Europa
Ocidental.

O movimento luterano iniciou-se em 1517, quando o Papa Leão X manda pregar as


indulgências na Alemanha. O dinheiro recebido pela venda do perdão dos pecados
aos fiéis, destinava-se à construção da basílica de São Pedro em Roma.
Lutero indignado, afixou na porta da catedral de Wittenberg as suas " Noventa e
Cinco Teses Contra as Indulgências". Nelas reafirmava o valor da fé como meio de
salvação, a Bíblia como fonte de fé e os sacramentos do baptismo e da comunhão.
O Papa excomunga Lutero, todavia este encontrou protecção junto dos príncipes
alemães, desejosos de se libertarem do domínio de Roma. As ideias luteranas
propagaram-se rapidamente pelos países do Norte da Europa como a
Suécia, Noruega e Dinamarca.
O movimento protestante alargou-se ainda mais com o aparecimento de novas
Igrejas - a Calvinista (criada por Calvino e que se difundiu sobretudo na Suíça
e Escócia) e a Anglicana (fundada por Henrique VIII, na Inglaterra).
Nos finais do século XVI, a Europa estava dividida entre o Norte protestante e
o Sul católico.

Princípios Doutrinários das Igrejas Protestantes:


1º A salvação pela fé (e pela predestinação, para os
calvinistas):
2º A Bíblia é a única fonte de fé;
3º Sacramentos: Baptismo e Eucaristia;
4º Culto: leitura da Bíblia, cânticos e pregação dos
Evangelhos;
5º Recusa da autoridade do Papa e da adoração da
Virgem e dos Santos.

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