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ISBN: 978-85-7883-162-2
9788578831622
CÁTEDRA
AMAZONENSE DE ESTUDOS LITERÁRIOS
Edições
LIVRO DE RESUMOS:
II COLÓQUIO INTERNACIONAL POÉTICAS
DO IMAGINÁRIO
Otávio Rios
(Org.)
Universidade do Estado do Amazonas
LIVRO DE RESUMOS:
II COLÓQUIO INTERNACIONAL POÉTICAS
DO IMAGINÁRIO
Otávio Rios
(Organizador)
Manaus - AM
2010
Universidade do Estado do Amazonas
PROGRAMAÇÃO GERAL
15/09/2010
8h às 9h – Retirada de material
9h – Abertura
16/09/2010
8h às 12h – Minicursos I
17/09/2010
MINICURSOS
16/09/2010
8h às 12h – Minicursos I
Literatura e Sociologia – Dr. Willi Bolle (USP).
Literatura e Cânone Literário – Dr. Horácio Costa (USP).
Literatura Comparada e Estudos Culturais – Dr. Emerson da Cruz Inácio (USP).
Literatura e Mitologia – Dr. Marcos Frederico Krüger (UFAM/UEA).
Literatura e Psicanálise – Dr. Mauricio Matos (FAPEAM-CNPq/UEA).
Literaturas Africanas de Língua Portuguesa – Dr. Mário Lugarinho (USP/CNPq).
20h20min às 22h
Sala H: ENS
Sessão individual 12
Nicia Petreceli Zucolo (UFAM, coordenadora) - Simulacro e alucinação,
uma leitura de A Ninfa do Teatro Amazonas
Cristiana Mota (UEA) - A Amazônia multifacetada de Milton Hatoum: o
trabalho de intelectual exilado
Luciana Marino do Nascimento (UFAC) - Imaginário amazônico na Música
Monotematicidade Florestânica, de Aarão Prado-Acre
Mônica do Corral Vieira (UFPA) - Mulheres Choradeiras: uma análise
comparada do conto de Fabio Castro com O Mito da Medusa e o Canto
da Sereia
20h20min às 22h
Sala J: ENS
Sessão individual 14
Kenedi Santos Azevedo (UFAM, coordenador) - Horto al bertiano de incêndio
Ingrid de Souza Sampaio (UFAM) - A sustentabilidade do mundo, o eixo
de existências e os difíceis trabalhos em arduene, de Erasmo Linhares.
Lissandra de Freitas Brandão (UFAM) - Análise Histórico–Literária do
poema Áporo, de Carlos Drummond de Andrade
RESUMOS
gem barroca do cenário. Haveria uma poética ácrata que não impede
dialogar com o costumbrismo e o real maravilhoso? Em que medida
essa paisagem se traduz como cicatriz da modernidade que se inscreve
em imaginários cujos corpos se desnudam hoje em regaço de um hiper
realismo de Sísifo?
feita apenas pela própria poesia, pois, por mais que se pretenda cien-
tífica, toda análise teria sua origem numa “impressão” sendo, portan-
to, subjetiva. Para Schlegel, um “projeto perfeito” deve ter um caráter
objetivo, unindo Ideal e Real. Este trabalho pretende analisar o diálogo
travado entre os portugueses João de Deus e Cesário Verde, através
dos poemas Sonho e Cadências Tristes, como a expressão poética do
projeto schlegeriano, na medida em que fazem convergir pontos de vista
divergentes, oriundos de movimentos culturais distintos, Romantismo e
Realismo — Ideal e Razão —, na medida em que os dois poetas acabam
por apontar que a matéria primordial da poesia é, de certa forma, o
sonho, o devaneio, permeados pela razão, pela objetividade.
A identidade nos faz diferentes dos outros. Cada indivíduo vai sendo
construído historicamente à medida que incorpora valores, crenças, pa-
drões de comportamento de um determinado grupo social. No encontro
entre culturas há, na maioria dos casos, dois pólos que se contrapõem:
dominação e resistência. Denys Cuche (2002) nos faz refletir sobre o
encontro com outro, ao questionar se “as culturas dos grupos domina-
dos socialmente estão destinadas a desaparecer ou a imitar as cultu-
ras dos grupos dominantes?”. Paes Loureiro (1995) diz que “o ‘homem
amazônico’ (...) tem se abatido as mais sutis formas de preconceitos
que foram potencializadas a partir do século XIX”. Portanto, é dessa
forma que as narrativas dos naturalistas, cronistas e literatos do século
XIX “olham” para o homem amazônico. Entre esses escritores estão:
Louis Agassis (Viagem ao Brasil), Alexandre Rodrigues Ferreira (Viagem
Filosófica), Henrique João WilKens com o poema épico “A muhuraida ou a
conversão do gentil muhra”, Francisco Gomes de Amorim com o romance
“Os Selvagens”. Todos os discursos dessas narrativas negam o direito
de alteridade no processo de colonização da Amazônia. Historicamente,
os portugueses e os espanhóis, imbuídos de uma visão etnocêntrica, fo-
ram os principais atores do etnocídio da identidade cultural amazônica.
Neste texto propõe-se analisar o olhar que Sophia Andresen lança para o
Brasil, fazendo uma analogia com a Carta de Pero Vaz de Caminha, onde
ele escreve sobre suas primeiras impressões na terra recém alcançada.
Para isso elege-se o poema Descobrimento, do livro Geografia, de 1967,
situado na seção VI - Brasil ou do outro lado do mar, em que o Oceano
Atlântico é mostrado como um ser mitológico que religa dois povos en-
volvidos na história das grandes navegações para propor que o antigo
encontro entre ambos seja feito novamente sob a forma de relação en-
tre iguais, não mais entre colonizador e colonizado.
Este estudo trata da possível mudança lexical que pode estar ocorrendo
em Manaus em conseqüência do advento de supermercados oriundos
de outras regiões do país. O ferramental teórico que sustentará este
estudo contará com a participação de grandes expoentes do âmbito dos
estudos lexicais, além de buscar guarida nos parâmetros estabelecidos
pela Sociolingüística, cujos métodos são de natureza quali-quantitativo,
o qual possibilitará a compilação do corpus através de entrevistas com
vendedores, caixas e consumidores em feiras e supermercados de Ma-
naus.
estão outras que fazem parte somente da ficção desse romance. Temos
como objetivo focalizar nosso olhar sobre o papel que o espelho desem-
penha nesse romance, tecendo diálogo com as ideias de alguns filósofos
e críticos, como Maurice Blanchot, Roland Barthes, Umberto Eco e Gilles
Deleuze, numa perspectiva contemporânea da literatura.
Este trabalho tem o intuito de fazer uma análise dos poemas de Al Ber-
to, destacando a imagem do fogo, na obra Horto de Incêndio, 1997,
último trabalho do poeta português; já que, a presença dessa imagem,
em alguns poemas, é constante; exemplo disso verifica-se em: vestígio,
outros dias, horto, inferno, fantasmas, senhor da asma, incêndio, e ou-
tros; não apenas como a palavra em si – fogo -, mas também conforme
campos semânticos afins, como o seguinte grupo de termos: incêndio,
sarça, inferno, fósforo, cigarro, arder, acende, pólvora, labareda, quei-
mada, febre, cinza, ligando todo o significado e a simbologia da palavra
para um só sentido: a do renascimento e regeneração, da dualidade,
destruição/renovação. Também, apresentar brevemente a vida e a obra
ainda pouco conhecida e lida desse que foi um dos grandes nomes da
poesia pós-moderna.
Este trabalho tem por objetivo analisar o poema Áporo, do livro A Rosa
do Povo (1945), de Carlos Drummond de Andrade, sob o ponto de vista
histórico e literário. Na década de quarenta, época em que o poema foi
publicado, o Brasil vivia os horrores da Ditadura Militar de Getúlio Var-
gas e a criação do Estado Novo afligindo toda a população brasileira com
a censura em que as liberdades individuais eram ignoradas em função
de interesses políticos, levando a população a situações dramáticas. As
metáforas da Ditadura Militar e a alegoria das idéias de transformação
desse momento histórico-político aparecem em oposição no poema men-
cionado.
torcidas por tais registros, foi vista como o “país da cocanha” ; terra
da abundância; “ inferno verde”; “paraíso perdido”. Tais imagens ainda
vigoram quando se tratam das mais diversas representações sobre a
Amazônia, co m sua floresta e seus animais, mais notadamente a onça
e a arara. Pretende-se mostrar nesta comunicação que para além des-
se discurso hegemônico, outros discursos convivem no interior dessa
mesma sociedade, nos mostrando que não só de imagens da floresta
ou da onça vive a Amazônia, mas também do questionamento dessas
imagens, como é caso da canção “Monotematicidade florestânica”, do
músico acreano Aarão Prado.
O presente artigo tem como objetivo uma breve análise das disjunções e
conjunções presentes na transmutação fílmica do conto “As Formigas”,
de Lygia Fagundes Telles. O conto faz parte do livro Mistérios, antologia
de contos que pertencem ao gênero Fantástico, foi transmutado em
2004 em curta-metragem pela cineasta cearense Verônica Guedes. A
abordagem escolhida para essa análise será guiada à luz dos conceitos
da semiótica greimasiana e pelas abordagens dos temas, de pulsão de
vida e morte — Eros e Tânatos — tratados na psicanálise freudiana.
ROMANCE-FOLHETIM E O ROMANTISMO/REA-
LISMO PORTUGUÊS: ENTRE A SOBREVIVÊN-
CIA E A ARTE
centra a ação em uma praça, que pode ser de qualquer cidade e prima
por valorizar e incorporar exatamente os incidentes do cotidiano, dando
à história um tom tragicômico. Partindo-se de teóricos como Avellar
(2007), que discute como se dá a contaminação das linguagens entre
literatura e cinema; e Xavier (2003), para quem a adaptação cinemato-
gráfica deve dialogar não só com o texto de origem, mas com seu próprio
contexto, a apresentação será pautada, primeiramente, em considera-
ções teóricas sobre a adaptação e, após a exibição de trechos do curta-
metragem, serão explicitados os procedimentos para sua realização e a
construção do significado.
Dentre os signos buscados por Pier Paolo Pasolini no campo caótico dos
mitos que deram origem ao imaginário trágico predominante na época da
criação e representação das tragédias no palco grego, o Centauro, per-
sonagem do filme Medeia (1970), constitui um dos mais eficazes para a
composição de um campo significativo que impressione os espectadores,
para que estes passem a receber imagens e sons como sinais do conflito
entre mito e lógos, mito e razão, sagrado e dessacralizado. O Centauro
pasoliniano, homem e animal, mítico e humano é signo da ambiguidade
que permeia o filme e que representa na tela do moderno cinema – como
se fosse um palco grego – a metamorfose do ser mítico em ser huma-
nizado. A missão do duplo Centauro em Corinto é lembrar a Jasão que
signos míticos – o velocino e a própria Medeia – perdem o significado no
mundo dessacralizado da pólis. O Novo Centauro é a força produtiva que
representa a síntese resultante do embate entre as forças antigas e as
modernas forças dessacralizadas. Na representação fílmica, a passagem
do mundo bárbaro-mítico da Cólquida e do velocino dourado para o mun-
do clássico grego leva o homem moderno da era do cinema à experiência
quase catártica das metamorfoses.
LITERATURA E SOCIOLOGIA
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