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Direitos do Autor © 2022 Africa Nazarene Publications

Todos os direitos reservados.

Primeira Impressão 2022

Este livro foi originalmente publicado em Inglês com o título:


New Believers Bible Studies
By JESUS Film Harvest Partners

Direitos de autor © 2022


Todos os direitos reservados.

Esta edição foi adaptada pela Equipa do DNI de Africa


Direitos do Autor © 2022
Todos os direitos reservados.

Impresso pela
Africa Nazarene Publications
PLANO ANUAL DA REGIÃO DA ÁFRICA
LIÇÕES BÍBLICAS PARA OS JOVENS
Volume 24 Número 23

Conteúdo
PREPARANDO A LIÇÃO .......................................................................................................... 5
APRESENTANDO A LIÇÃO ...................................................................................................... 6
OUTRAS SUGESTÕES ............................................................................................................ 7
COMO ORAR COM AQUELE QUE PROCURA A FACE DE DEUS .................................................... 8 3

Unidade 1: A FIDELIDADE DE DEUS..................................................................................... 9


DEUS É FIEL EM TODAS AS NOSSAS ESTAÇÕES DE VIDA ............................................... 10
DEUS CAPACITA-NOS PARA VENCER OS NOSSOS PECADOS............................................ 12
O PERIGO DA INVEJA .................................................................................................. 14
DEUS FORNECE UMA FORMA DE PROTEGER UM HOMEM JUSTO ..................................... 16
O ORGULHO É PECAMINOSO E, PORTANTO, DESTRUTIVO ............................................. 18
RESPONDER COM FÉ A CHAMADA DE DEUS................................................................... 20
DEUS PROVIDENCIA UM SACRIFÍCIO ............................................................................ 22
DEUS PODE USAR AS DIFICULDADES QUE SUPORTAMOS PARA ABENÇOAR OS OUTROS .. 24
A PRESENÇA DE DEUS E O SEU PODER TORNAM-NOS CORAJOSOS ................................. 26
A PRIMEIRA PÁSCOA ................................................................................................... 28
VARA DE MEDIÇÃO PARA A HUMANIDADE..................................................................... 30
O SOFRIMENTO E A MORTE DE JESUS NÃO FORAM UMA SURPRESA PARA ELE ................ 32
JESUS VENCEU O PECADO E A MORTE .......................................................................... 34

Unidade 2: A SALVAÇÃO É ATRAVÉS DE CRISTO: DA PÁSCOA AO PENTECOSTES ........... 36


A ENTRADA TRIUNFAL ................................................................................................. 37
JESUS PURIFICA O TEMPLO ......................................................................................... 39
GRANDE LIÇÃO A PARTIR DA PRISÃO DE JESUS ............................................................ 41
É DIFÍCIL MANTER AS PROMESSAS OUSADAS ............................................................... 43
JESUS VENCE A MORTE................................................................................................ 45
JESUS REMOVE AS NOSSAS DÚVIDAS E MEDOS ............................................................ 47
O MESSIAS RESSUSCITADO OPERA O MILAGRE NA VIDA DOS CRENTES ......................... 49
A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO ............................................................................... 51
A COMUNIDADE DE JESUS CRISTO ............................................................................... 53
O PROBLEMA DA MENTIRA ........................................................................................... 55
PERDOAR OS NOSSOS PERSEGUIDORES ....................................................................... 57
DO ZELO CONTRA CRISTO AO ZELO POR CRISTO .......................................................... 59
Unidade 3: ARTIGOS DE FÉ ................................................................................................ 61
O DEUS TRINO ............................................................................................................ 62
JESUS CRISTO ............................................................................................................. 64
O ESPÍRITO SANTO ..................................................................................................... 66
A SAGRADA ESCRITURA ............................................................................................... 68
PECADO, ORIGINAL E PESSOAL .................................................................................... 70
EXPIAÇÃO ................................................................................................................... 72
GRAÇA PREVENIENTE .................................................................................................. 74
ARREPENDIMENTO ...................................................................................................... 76
JUSTIFICAÇÃO, REGENERAÇÃO, ADOPÇÃO.................................................................... 78 4
SANTIDADE CRISTÃ E INTEIRA SANTIFICAÇÃO ............................................................. 80
A IGREJA .................................................................................................................... 82
BAPTISMO .................................................................................................................. 84
A CEIA DO SENHOR ..................................................................................................... 86
CURA DIVINA .............................................................................................................. 88
A SEGUNDA VINDA DE CRISTO ..................................................................................... 90
RESSURREIÇÃO, JULGAMENTO, E DESTINO .................................................................. 92

Unidade 4: PREPARAÇÃO DOS NOSSOS CORAÇÕES PARA A VINDA DO MESSIAS .......... 94


MEIOS ORDINÁRIOS PARA FIM EXTRAORDINÁRIO ........................................................ 95
EM DEUS NÃO HÁ ESTRANHOS ..................................................................................... 97
DEUS CHAMA PESSOAS DE TODAS AS IDADES PARA A SUA MISSÃO ............................... 99
EVITANDO ORAÇÕES EGOÍSTAS ................................................................................. 101
ESCOLHIDO PARA UM GRANDE PROPÓSITO ................................................................ 103
A SANTIDADE DE DEUS É TÃO MAJESTOSA ................................................................. 105
DEUS É SOBERANO SOBRE TUDO O QUE POSSA AMEAÇAR O SEU POVO ....................... 107
RENOVANDO A NOSSA ESPERANÇA ............................................................................ 109
O ANÚNCIO SOBRE A VINDA DO MESSIAS................................................................... 111
NASCEU O MESSIAS ................................................................................................... 113
JESUS VEIO POR TODOS OS POVOS, JUDEUS E GENTIOS ............................................ 115
E
nsinar a Bíblia é um privilégio que Deus nos deu, mas implica uma grande responsabilidade,
uma vez que o ensino deve ser baseado na Palavra de Deus. Portanto, devemos ter muito
cuidado em pesquisar as Escrituras. Devemos buscar o propósito que Deus deseja comunicar 5
através dos escritores bíblicos.

Alcançar inteligentemente a juventude é vital para o crescimento e desenvolvimento da igreja. A


maioria da liderança evangélica concordará com esta afirmação. Por outro lado, ser um professor da
Escola Dominical é um privilégio que Deus nos concedeu e, ao mesmo tempo, constitui uma grande
responsabilidade. O privilégio de ensinar vem de ter sido ensinado primeiro e do mandato que
recebemos de Jesus para ensinar os outros (Mateus 28:20). Se entendermos bem a dinâmica do
ensino, não nos assustaremos com a responsabilidade, mas desfrutaremos do privilégio, e nos
treinaremos constantemente para formar Cristo nos outros. Nós os encorajamos a estudar cada lição
com cuidado e antecedência. Dessa forma você terá um melhor domínio de cada assunto, e sem
dúvida, será um tempo de crescimento espiritual.
A seguir, incluímos para si várias sugestões que esperamos lhe ajudem a preparar e apresentar
melhor cada lição.

PREPARANDO A LIÇÃO
1. Antes de preparar cada lição, ore, pedindo a Deus sabedoria e discernimento para entender
a passagem de estudo bíblico e aplicá-la em sua vida. Além disso, faça uma pregação para
que seus alunos sejam receptivos ao ensino da Palavra de Deus, para que, em meio às
situações particulares em que estão vivendo, a Palavra de Deus seja de ajuda, força e
orientação.
2. Prepare um lugar livre de distracções para estudar a lição, onde haja uma mesa ou carteira.
É importante ter alguns materiais disponíveis, como papel, canetas, lápis, apagadores, entre
outros.
3. Além do livro, você precisará de uma Bíblia, e seria de grande ajuda se você tiver nas mãos
versões diferentes. Além disso, tente ter um dicionário, um dicionário bíblico e um bom
comentário bíblico relacionado com a lição em suas mãos.
4. Leia o objectivo da lição várias vezes. Saber para onde você quer levar a lição tornará o
caminho muito mais fácil.
5. Memorize o versículo bíblico. Você deve ser um exemplo do que você vai ensinar.
6. Leia a lição com atenção, tantas vezes quantas forem necessárias. Conhecer profundamente
o tema o ajudará a desenvolver o tempo de lição.
7. O livro foi concebido para a juventude. Portanto, leia a actividade introdutória. Pratique-a para
ter certeza de que é viável. Verifique se será necessário levar algum material adicional para a
aula.
8. Procure na Bíblia e leia cada referência bíblica como indicado. Pratique a leitura, especialmente
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daquelas passagens que têm palavras difíceis de pronunciar.
9. Faça o seu próprio resumo da lição para se orientar na aula. Escreva numa folha de papel, ou
eletronicamente em um tablet ou telefone, o nome da lição, os principais pontos e desenvolva
um resumo enquanto estuda a lição, ponto por ponto. Escreva e destaque as referências
bíblicas que serão lidas durante a aula.
10. Procure o significado de palavras desconhecidas para que você possa entender melhor a lição.

APRESENTANDO A LIÇÃO
1. Seja o primeiro a chegar à sala de aula e organize a área da melhor maneira possível. Para
cada nova unidade, você pode mudar a disposição das cadeiras, do quadro, etc. Procure
maneiras de criar um ambiente confortável para o desenvolvimento da sala de aula. Lembre-
se de que um bom ambiente ajudará a criar boas atitudes das pessoas.
2. Comece sempre na hora marcada.
3. Comece por dar as boas-vindas aos seus alunos. Isso permite que você crie um ambiente de
estudo confortável. Conheça o nome de cada aluno, procurando maneiras de lembrar os
nomes dos novos alunos.
4. Comece a aula com a oração, pedindo ao Senhor que ajude a todos a entender Sua Palavra
e que dê a todos o desejo de obedecê-la.
5. Comece com a actividade introdutória; isto ajudará a entrar no tópico.
6. Escreva o título do ponto 1 e comece a explicá-lo. Use o quadro preto ou branco como um
recurso didático para anotar as explicações. Quando terminar o ponto 1, escreva o título do
ponto 2 e continue desta forma. Destaque aspectos importantes do tópico.
7. Incentive a participação de cada pessoa na c l a s s e . Forme grupos de trabalho para
desenvolver cada ponto. Peça aos seus alunos que consultem as referências bíblicas, leiam-
nas e comentem-nas. Permita que eles dêem seus pontos de vista. Peça a participação
daqueles que, por qualquer razão, não participam. Não critique nenhuma sugestão, seja gentil
e não evite discussões difíceis. Em vez disso, guie-os com o conselho da Palavra de Deus.
8. Dedique alguns minutos para comentar como aplicar as verdades bíblicas aprendidas na sala
de aula em nossa vida diária.
9. Motive os alunos a convidar outros jovens para a próxima aula. Duma forma criativa, dê-lhes
uma ideia do que a próxima lição irá tratar. Crie uma antecipação nos jovens.
10. Termine a aula com a oração. Faça-o de maneiras diferentes a cada dia.

OUTRAS SUGESTÕES
1. Metas e prêmios: Você pode oferecer um prémio simples para os alunos que, durante cada
aula: 7
 Memorizam todos os textos bíblicos.
 Assistem pontualmente a todas as aulas da unidade.
2. Memorização. Um aspecto importante do aprendizado da Bíblia é a memorização. Lembre-se
de que, quando algo é memorizado, geralmente é melhor compreendido e por mais tempo.
Portanto, ajude seus alunos a entender cada texto bíblico que eles vão memorizar. Para fazer
isso, você pode ajudar lendo ou escrevendo em diferentes versões da Bíblia, explicando aos
alunos o significado de palavras difíceis e ajudando-os a aplicar o texto a uma situação real
de suas vidas. A seguir, eis algumas actividades que, esperamos que ajudem na tarefa de
memorizar e ajudar os outros a memorizar a Palavra de Deus. Obviamente, que você deve
escolher a actividade que melhor funciona em sua situação. Lembre-se do número de pessoas
em cada classe, das características da classe e da área e recursos disponíveis.
 Escreva o texto no quadro e, ao desenvolver a lição, comece a apagar as palavras à
medida que os alunos as memorizarem. Dê algum tipo de prêmio à primeira pessoa
que diz o versículo correctamente.
 Forme equipas de não mais que quatro pessoas. Dê a cada equipa cartões com
palavras do versículo da memória (uma palavra por cartão). Reserve um ou dois
minutos para que, sem olhar para a Bíblia, os alunos reúnam o versículo correctamente
e todos os membros da equipa o memorizem. Dê um prêmio à equipa vencedora.
 Esconda o texto em algum lugar dentro da sala de aula. Permita que os alunos
procurem e memorizem. Quem conseguir isso primeiro será o vencedor. Não se
esqueça de um prêmio!
 Crie estações em diferentes lugares da sala de aula. Em cada uma, apresente parte
da lição. Antes de começar cada ponto, eles devem memorizar parte do versículo. A
esperança é que, no final da lição, todos tenham o versículo memorizado.
 Faça dois grupos e peça a cada um para memorizar o versículo por meio de gestos
com as mãos. Após alguns minutos, quando todos os membros das equipas tiverem o
versículo e os respectivos gestos das mãos memorizados, eles o apresentarão ao outro
grupo.
 Divida a classe em vários grupos para memorizar o texto. O grupo que o memorizar
primeiro e puder dizer sem erros será o vencedor. Dê algum tipo de reconhecimento
ao grupo vencedor.

COMO ORAR COM AQUELE QUE PROCURA A FACE DE DEUS


Esteja preparado para orar com aqueles que desejam orar enquanto a classe responde à lição de fé.
Faça arranjos para que o pastor e / ou outros crentes maduros o ajudem particularmente quando 8
muitas respostas são esperadas.
1. Perceba a importância do momento e dê toda a atenção.
2. Ajoelhe-se, sente-se ou fique ao lado da pessoa que você pretende ajudar.
3. Ore silenciosamente pela orientação de Deus e, sem interromper sua oração, ore por eles
também. Ele ou ela é quem deve orar e você só está lá para ajudar quando o Espírito Santo
liderar.
4. Ouça a oração de quem busca a face de Deus para determinar se ele precisa de ajuda.
5. Quando quem busca a face de Deus terminar de orar, descubra se ele tem a certeza de que
sua oração foi respondida. Você não precisa saber do que se tratava a oração.
6. Se quem busca a face de Deus continuar orando sem chegar ao fim ou sem ser específico:
i. Pergunte com cuidado se você pode ajudar. Depois que a permissão for concedida,
ii. Descubra por que ele / ela veio orar.
iii. Guie-os brevemente com as Escrituras relevantes.
iv. Juntos, orem pela necessidade específica e confiem em Deus com o pedido.
v. Quando terminar de orar, descubra se ele tem a certeza de que sua oração foi respondida.
Caso contrário, incentive-os brevemente a continuar confiando em Deus e andando na luz
como Deus os guia. Lembre-os de que é somente pela fé em Deus que eles podem ter
vitória e, uma vez que o trabalho seja feito neles, o Espírito Santo testificará com seu
espírito. Pode não haver manifestações físicas, mas a certeza do Espírito Santo sempre
estará lá.
7. Lembre-se de dar ao pastor os nomes de todos os que buscam e os resultados de suas
orações.
Unidade 1:

A FIDELIDADE DE DEUS

Objectivo da presente unidade:

Esta unidade procura ajudar os estudantes a compreender a fidelidade de Deus às Suas promessas.
Os estudantes compreenderão que o que os faz ter sucesso na sua vida não é o seu próprio poder
ou força; tudo tem a ver com a graça de Deus. Esta graça ajuda-os a prosseguir na submissão à
vontade de Deus, mesmo quando muitas pessoas da sua idade optam pela desobediência. Os
estudantes compreenderão que a verdadeira alegria na sua vida vem de Deus e Ele é sempre fiel. 9

 Lição 1: Deus é Fiel em Todas as Nossas Estações de Vida


 Lição 2: Deus Permite-nos Vencer os Nossos Pecados
 Lição 3: O Perigo da Inveja
 Lição 4: Deus providencia uma forma de proteger um homem justo
 Lição 5: O Orgulho é Pecaminoso e Por isso Destrutivo
 Lição 6: Respondendo com fé a Chamada de Deus
 Lição 7: Deus providencia um Sacrifício
 Lição 8: Deus pode usar as Dificuldades que suportamos para abençoar os outros
 Lição 9: A Presença e o Poder de Deus tornam-nos corajosos
 Lição 10: A Primeira Páscoa
 Lição 11: Vara de medição para a humanidade
 Lição 12: O sofrimento e a morte de Jesus não foram uma surpresa para Ele
 Lição 13: Jesus venceu o pecado e a morte
DEUS É FIEL EM
TODAS AS NOSSAS
ESTAÇÕES DE VIDA
01
Objectivos: Ajudar os estudantes a acreditarem que as promessas de Deus são verdadeiras;
inspirá-los a celebrar que Deus é o mesmo ontem, hoje, e amanhã; por isso os cristãos
podem confiar em Deus porque a história mostra que Deus mantém as suas promessas.

Versículo a memorizar: Josué ordenou ao povo: "Santifiquem-se, pois amanhã o Senhor


fará maravilhas entre vocês". (Josué 3:5) 10

Escritura: Josué 3-4

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Dê tempo aos seus estudantes para partilharem o seu testemunho da fidelidade de Deus com os
outros. Diga-lhes que ao fazê-lo, estão a dar testemunho ao mundo de que Deus ainda está a
trabalhar neste mundo, trazendo alegria e salvação. Leia o texto da lição bíblica.

D
epois da morte de Moisés, Deus fez de Josué o novo líder dos israelitas. Os israelitas ficaram
contentes por Deus ter escolhido Josué para os liderar. Depois de vaguear pelo deserto
durante muitos anos, era finalmente tempo de os israelitas terem outra oportunidade de
entrar na Terra Prometida. Havia um problema: os israelitas tinham de atravessar o rio Jordão. O rio
tinha sido inundado, pelo que não o podiam atravessar facilmente. Deus disse a Josué para que os
sacerdotes levassem a Arca da aliança e caminhassem em frente dos israelitas. Quando os sacerdotes
chegaram ao rio, deviam entrar nele. Quando os seus pés tocaram na água, a água parou de correr
e começou a acumular-se de ambos os lados. Os israelitas conseguiram atravessar o rio Jordão em
terra seca. Depois de todos terem atravessado, a água começou a correr novamente. Os israelitas
tinham finalmente entrado na Terra Prometida.

1. Uma coisa que resta entre os israelitas e a Terra Prometida

Já passaram quase quarenta anos desde que os 12 Espiões exploraram a Terra Prometida. Os
israelitas não confiaram em Deus para lutar por eles. Surgiu uma nova geração em Israel, e eles
estavam prontos a confiar em Deus e a seguir o seu novo líder, Josué, para a Terra Prometida. A
presença de Deus, que costumava ser vista pelo fogo à noite e pela nuvem de dia, agora vai com o
povo de Israel com a Arca da Aliança. Tal como Deus ordenou a Moisés que separasse o Mar
Vermelho, Deus também ordenou a Josué que separasse o rio Jordão. Josué enviou os Sacerdotes
para o rio com a Arca, e o rio separou-se. Deus instruiu os israelitas a tirar 12 pedras do meio do
Jordão para construírem um Memorial a este evento no lado da Terra Prometida.

2. Caminhando para o Futuro com Deus

Já que na altura os israelitas não tinham fé no poder de Deus, tiveram de vaguear pelo deserto
durante 40 anos. Assim também, quando nos recusamos a confiar em Deus, quando vivemos em
rebelião, recebemos contratempos e consequências. Caminhar para o futuro com Deus requer fé e
coragem. Contudo, os cristãos não caminham para o futuro sozinhos, mas com o poder do Espírito
Santo a trabalhar neles e à sua volta. As histórias da Bíblia e os testemunhos de outros ajudam os
cristãos como "memoriais", para lhes dar coragem de que o Deus que os chama a caminhar para o
futuro com fé é o mesmo Deus que caminhou com os israelitas através do rio Jordão.

3. O significado de confiar em Deus

Confiar em Deus está no cerne de ter uma fé crescente em Deus. Uma vez que não somos os primeiros
a confiar em Deus, podemos estudar a Bíblia e ver como outros falharam e tiveram êxito em confiar
em Deus. Em última análise, podemos confiar em Deus, porque Deus nunca muda. Deus é sempre
santo, bom, e amoroso. O Baptismo e a Ceia do Senhor são os dois sacramentos, dois sinais exteriores
da obra interior da graça de Deus na vida de um cristão. Os cristãos devem ter uma fé muito prática,
uma fé que vive de forma prática todos os dias, modelando a vida de Jesus. Quando partilhamos o
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amor de Deus através das nossas acções e palavras, o Reino de Deus cresce.

PERGUNTAS:

Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Porque existe sempre a tentação de as pessoas se afastarem de Deus, tal como os israelitas
faziam continuamente, mesmo nos dias de Jesus?
2. Para além dos dois sacramentos, quais são algumas outras formas que os cristãos podem dar
testemunho da obra de Deus nas suas vidas?
3. Quem na sua vida precisa de ouvir o seu testemunho cristão esta semana?

REVISÃO/APLICAÇÃO:

Peça aos seus estudantes para resumirem o que aprenderam sobre a fidelidade de Deus e sobre a
confiança n'Ele. Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição
de hoje. Lembre-lhes que a sua vida é como uma jornada e que Deus é sempre fiel em todas as
circunstâncias da sua vida. Da mesma forma que acompanhou os israelitas, Ele acompanha-os e guia-
os de uma fase à outra.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua classe para
partilhar como acham que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre pedindo à
turma que orem juntos a oração do Pai Nosso.
DEUS CAPACITA-
NOS PARA VENCER
OS NOSSOS
02
PECADOS
Objectivo: Ajudar os estudantes a regozijarem-se sabendo que é pelo poder e graça de
Deus que os cristãos encontram a salvação e a vitória sobre o pecado. Para os ajudar a
compreender que adorar e louvar a Deus deve constituir hábitos regulares para os cristãos.
Sem a adoração regular, os cristãos sofrerão significativas adversidades espirituais.
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Versículo a memorizar: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem
de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
(Efésios 2:8-9)

Escritura: Josué 6; Efésios 2:1-10

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça a um estudante para orar agradecendo e pedindo ao Espírito Santo que abra os seus corações
e mentes para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco hoje. Peça a alguns dos
estudantes que façam um resumo do conteúdo da lição anterior. Leiam ambos os textos da lição
bíblica.

D
eus prometeu aos israelitas que a terra de Canaã era deles. Mas o povo Cananeu já lá vivia.
Isso significava que os israelitas tinham de lutar pela sua terra. Deus estava do lado dos
israelitas, por isso eles sabiam que iriam vencer. A primeira cidade que os israelitas tiveram
de conquistar foi Jericó. Esta cidade tinha muros muito grandes à sua volta. Deus disse a Josué para
que todos os israelitas marchassem à volta da cidade. Todos os dias, durante seis dias, os israelitas
marcharam uma vez à volta da cidade. No sétimo dia, marcharam à volta da cidade sete vezes.
Depois, os sacerdotes tocaram as suas trombetas, e os israelitas levantaram um forte grito de guerra.
Enquanto gritavam, Deus fez os muros da cidade começar a tremer e a rachar. Todos de uma vez,
as muralhas caíram ao chão.

1. É Deus e não os crentes que tem o poder de vencer as batalhas.

Logo após os israelitas terem atravessado o rio Jordão e entrado na Terra Prometida, chegaram a
Jericó, a primeira cidade que Deus iria ajudá-los a conquistar. Quando Josué se aproximou da cidade,
um mensageiro enviado por Deus disse-lhe que estava de pé em solo sagrado. Uma vez que Deus
queria certificar-se de que os israelitas sabiam que era Deus e não eles que tinham o poder de vencer
nas batalhas, Deus deu aos israelitas instruções muito estranhas para esta primeira batalha. Em vez
de atacarem a cidade com as suas armas, deviam marchar em torno da cidade com a Arca da Aliança,
a representação da presença de Deus com eles. Jericó encontrava-se num local estratégico. Foi um
primeiro passo importante para os israelitas ao iniciarem o processo de conquista da Terra Prometida
que Deus os tinha chamado a possuir. O Novo Testamento ensina que é importante para os cristãos
lembrarem-se de que é a graça e o poder de Deus a trabalhar neles, e não a sua própria piedade que
traz glória a Deus. É importante para os cristãos não se tornarem orgulhosos, mas permanecerem
humildes quando Deus actua através deles de formas poderosas.

2. A obediência a Deus é uma qualidade essencial para os cristãos.

É essencial que os cristãos confiem nas palavras de Deus. Deus dá orientações aos cristãos através
de muitas maneiras, incluindo a Bíblia, a oração, e outros cristãos. Por vezes, os cristãos podem não
compreender porque é que Deus os chama a certas acções, mas os cristãos precisam de confiar que
Deus tem o poder da sabedoria para realizar grandes coisas através deles, basta ser obedientes. Há
muitas vezes em que Deus chamará os cristãos a deixar a zona de conforto e ordenar-lhes-á que
assumam um risco a fim de demonstrar o amor ou compaixão de Deus. É por isso que os cristãos
precisam de ter um amor e confiança de Deus nos seus corações, e não apenas nas suas mentes.
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Pois é a partir do coração que os cristãos agem. Seguir Deus não é apenas uma decisão espiritual
que tomamos, mas tem também implicações físicas. Como parte do Povo de Deus, Deus chama os
cristãos a serem as mãos e os pés de Jesus. Às vezes isso significa fazer uma oração silenciosa, outras
vezes significa tomar uma posição pública em nome de Deus. Adorar a Deus com outros cristãos é
uma das mais importantes acções físicas que os cristãos podem realizar.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas das razões pelas quais Josué acreditava e obedecia às ordens de Deus,
apesar de não parecerem fazer muito sentido?
2. Quais são alguns dos pequenos passos de fé que os cristãos podem dar à medida que crescem
na sua fé e aprendem a confiança e obediência que lhes permitirá dar grandes passos de fé?
3. Como os cristãos maduros podem ajudar os cristãos mais novos a compreender ou discernir
a obra de Deus neste mundo?
4. Como os cristãos podem discernir o chamamento de Deus nas suas vidas, como podem saber
quando é a voz de Deus que os chama a uma determinada acção?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Peça a alguém para recontar novamente o texto principal da lição bíblica. Lembre os estudantes de
que é a graça e o poder de Deus a trabalhar neles, e não a sua própria piedade, que traz glória a
Deus. Adorar a Deus com outros cristãos é uma das mais importantes acções físicas que os cristãos
podem realizar.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Agradeça a Deus pelos louvores partilhados. Ore para encerrar a lição e entregue a Deus os pedidos
de oração.
O PERIGO DA
INVEJA 03
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que os pecados externos são manifestações
de pecados internos. Encorajar os estudantes a procurar a reconciliação com qualquer pessoa
com quem possam estar em conflito. Inspirar os estudantes a olharem para a situação da
sua perspectiva e da perspectiva de Deus, e a procurarem compreender como a reconciliação
pode ocorrer.
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Versículo a memorizar: Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba
que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo".
(Génesis 4:7)

Escritura: Génesis 4:1-16; Mateus 5:21-26

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Comece a sua aula com uma oração. Depois, peça aos seus alunos que façam um breve resumo da
4:7)
lição anterior. Depois, peça-lhes que mencionem algumas formas pelas quais as pessoas causam
danos aos outros, mesmo que não os prejudiquem fisicamente. Além disso, peça-lhes que indiquem
as possíveis medidas que um cristão pode tomar para se libertar de sentimentos de ódio e amargura
para com os outros. Leiam ambos os textos da lição bíblica.

O
s dois primeiros filhos de Adão e Eva chamavam-se Caim e Abel. Como muitos irmãos, eles
eram muito diferentes. Caim era o mais velho e cultivava a terra. Abel era um pastor que
cuidava das ovelhas. Caim e Abel tinham trabalhado nos seus campos durante muito tempo,
e decidiram que fariam uma oferta a Deus. Eles queriam agradecer a Deus pelas Suas bênçãos. Caim
ofereceu algumas das coisas que ele tinha cultivado no seu campo. Abel, por outro lado, ofereceu
uma das melhores ovelhas do seu rebanho. Deus estava satisfeito com a oferta de Abel, mas não
aceitou a oferta de Caim. Caim tinha tantos ciúmes do seu irmão que levou Abel para um campo e o
matou. Deus castigou Caim por matar o seu irmão. Caim já não podia viver na sua casa e já não
conseguiria cultivar boas colheitas.

1. A inveja pode causar homicídio

Satanás tentou Adão e Eva a comer a fruta proibida. Eles comeram, e o pecado entrou nas suas
vidas. Agora o pecado manifestou-se não apenas como comer um pedaço de fruta, mas no crime
supremo, o assassinato. Adão e Eva tiveram dois filhos. Caim, o primogénito, trouxe a Deus uma má
oferta. Abel, o primogénito, trouxe a Deus uma boa oferta. O texto não dá uma explicação para que
uma oferta fosse boa e a outra fosse má. Contudo, Deus avisou Caim para não permitir que o pecado
o controlasse (Génesis 4:6-7). Caim não levou a peito as instruções de Deus e permitiu que o ciúme
e a raiva dentro dele se manifestassem em violência contra Abel. Os efeitos do pecado aumentaram
tragicamente para homicídio.
2. Como superar a inveja
Jesus deixa claro que o pecado não se manifesta apenas em acções externas, mas pode também
consumir o coração. Se os cristãos querem viver uma vida santa que honre a Deus, devem ir além
de simplesmente viver segundo as regras cristãs, e em vez disso entregar todo o seu coração a Deus.
Ao entregar o seu coração a Deus, Deus pode trazer uma pureza e alegria à sua vida que resultará
na cura de relações fracturadas, tanto humanas como divinas. Deus é soberano, mesmo sobre o
sofrimento e a injustiça. Os propósitos de Deus ao permitir o sofrimento podem não ser
imediatamente compreendidos, mas no final, tudo isto valerá a pena. Por vezes, as pessoas acreditam
erroneamente que o cristianismo é simplesmente viver segundo um conjunto de regras, como os 10
Mandamentos. No entanto, o cristianismo é sobre o cristão dar o seu coração, alma e mente a Deus,
permitindo-lhe trazer cura e salvação a todas as partes da sua vida, resultando numa vida de alegria
e paz para o cristão. Em vez de deixar as marcas de dor e destruição, o cristão pode deixar como 15
marcas um legado de amor e compaixão.

3. Compreender as consequências do assassinato


O homicídio é o pecado capital, pois destrói outra pessoa que foi feita à imagem de Deus. Ao contrário
de outros pecados, não há maneira de uma pessoa fazer a restituição total por homicídio. O sexto
mandamento aplica-se ao homicídio intencionado. Embora o termo hebraico aqui utilizado possa
também referir-se a homicídio acidental, o mandamento aqui refere-se a homicídio voluntário.
Deuteronômio 19, onde Moisés faz uma distinção clara entre morte acidental e homicídio
intencionado, verifica que esta é a tradução correcta deste termo hebraico. Nesta passagem de
Deuteronômio, Moisés faz provisões para a segurança daqueles que mataram alguém acidentalmente,
enquanto afirma a pena de morte para quem comete homicídio voluntário (Deuteronômio 19:1-13).
Esta ordem não se aplica ao homicídio em guerra, execução judicial, ou morte em defesa da vida.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. O que pensa que Deus quer dizer quando diz a Caim que deve "governar" o pecado?
2. Porque Jesus ensina que odiar outra pessoa é tão pecaminoso como matá-la?
3. O que é necessário para um jovem crente fazer para se recusar a deixar que a amargura e a
raiva corrompam os seus corações?

REVISÃO/APLICAÇÃO:

Resuma a lição para a classe; lembre-lhes que o ciúme e o ódio encontram a sua expressão final no
homicídio. Entregar todo o seu coração a Deus é a melhor maneira de evitar inveja que pode culminar
em homicídio. Esta consagração é possível quando se recebe Cristo como seu Salvador.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua classe para
partilhar como acham que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre pedindo à
turma que orem juntos a oração do Pai Nosso.
DEUS FORNECE
UMA FORMA DE
PROTEGER UM
04
HOMEM JUSTO
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que o pecado se espalha rapidamente,
causando grande dor e destruição. Encorajar os estudantes a viverem vidas de justiça,
mesmo entre aqueles que lhes desejam mal.

Versículo a memorizar: O SENHOR viu como a maldade do homem tinha aumentado na 16


terra, e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para
o mal. (Génesis 6:5)

Escritura: Génesis 6; 1 Pedro 3:8-22

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:
Após a oração de abertura, peça aos seus alunos que façam um breve resumo da lição anterior. Peça-
lhes que expliquem de que forma Deus usou a família de Noé para criar um povo que rejeitará o
pecado e servirá a Deus. Diga-lhes que Deus quer usá-los para abençoar muitas pessoas.

N
oé era um bom homem. Ele tinha uma esposa e três filhos: Sem, Cam, e Jafé. Deus estava
muito satisfeito com Noé, mas estava zangado com as outras pessoas na terra porque elas
eram muito más. Deus disse a Noé que Ele ia destruir todos os seres humanos e animais
que Ele tinha feito. Deus disse então a Noé para construir um barco gigantesco chamado arca. O
povo riu-se de Noé enquanto o observavam a construir a arca. Em breve, deixariam de rir. Quando
Noé terminou, Deus disse-lhe para levar a sua família e dois de cada ser vivo com ele para a arca.
Choveu muito duramente durante quarenta longos dias e noites. Toda a terra foi inundada, mas Noé
e a sua família estavam a salvo na arca. Após a chuva, Deus colocou um belo arco-íris no céu. Isto é
para nos lembrar que Ele nunca mais inundará a terra.

1. Deus Revela Sua Graça ao fazer uma Aliança com Noé


A Bíblia começou com dois capítulos preenchidos com as bênçãos de Deus através da criação. No
entanto, a partir do terceiro capítulo, o foco passou das bênçãos de Deus para a destruição dos
destroços do pecado na criação de Deus. No capítulo 6 do Génesis, o pecado tinha-se tornado tão
predominante que "toda a inclinação dos pensamentos do coração humano era apenas maldade o
tempo todo". Deus decidiu recomeçar a humanidade. Desta vez, porém, em vez de simplesmente
dizer à humanidade para não pecar, Deus entrou num novo tipo de relação com a humanidade - uma
relação de aliança. Embora normalmente uma aliança seja uma relação formal entre dois humanos,
ou grupos de humanos, Deus escolheu estabelecer uma aliança com aqueles que Deus criou. Nesta
aliança divina/humana, Deus fez promessas às pessoas, e apelou a essas pessoas para serem fiéis à
aliança. Enquanto Deus recomeçou a humanidade após o Dilúvio, estabeleceu uma nova aliança com
Noé e toda a criação prometendo nunca mais destruir a humanidade desta forma. Enquanto Deus
prometeu a Noé e à sua descendência que Deus nunca mais destruirá a humanidade, isso não significa
que já não haja consequências para o pecado. O Povo de Deus deve ainda fugir do pecado, e viver
vidas de justiça. Este tipo de vida justa só é possível por causa da ressurreição de Jesus Cristo, que
quebrou o poder do pecado.
2. A Aliança Final de Deus com a Humanidade é através de Cristo.
A fim de libertar a humanidade do castigo do pecado, Deus entra em relações de aliança nas quais
Deus se compromete a abençoar e proteger aqueles que lhe são fiéis. Ele avisou o povo do desastre
que se aproximava através do Profeta Noé durante 120 anos. Ele mostrou-lhes o caminho da salvação.
Se eles acreditassem na Sua palavra e se arrependessem, entrariam na arca e seriam salvos. Mas
eles não acreditariam. No seu orgulho, eles rejeitaram a sua única esperança de salvação. Apenas
aqueles que acreditaram na Palavra de Deus e entraram na arca foram salvos. Todos os outros seres
humanos morreram no dilúvio. Deus entra em relações da aliança nas quais Deus se compromete a
abençoar e proteger aqueles que lhe são fiéis. O primeiro destas alianças que Deus faz é com Noé e
a sua descendência. A última aliança que Deus fará é através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Deus criou esta aliança a fim de fazer um caminho para os humanos encontrarem a salvação dos 17
seus pecados.

3. Todos nós nascemos com a mancha do pecado nas nossas vidas.


Nenhum de nós pode livrar essa mancha com as nossas boas obras ou tentativas de santidade. A
nossa única esperança para uma vida de paz com Deus e com os outros é permitir que o perdão de
Deus através de Cristo nos lave e nos traga nova vida. Uma vez salvos, podemos viver vidas de alegria
e paz no poder do Espírito Santo, mesmo no meio de um mundo pecaminoso, porque sabemos que
os nossos corações estão a salvo e seguros com Deus. O Apóstolo Pedro convida-nos a estar sempre
preparados para dar uma resposta a todos aqueles que nos pedem para dar a razão da esperança
que temos. Uma das razões que os cristãos têm para ter esperança é sabermos que em Cristo Deus
nos salva do castigo pelos nossos pecados.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. Porque Deus escolheu salvar a família de Noé, e não apenas recomeçar completamente com
uma humanidade totalmente nova?
2. Porque o pecado é tão destrutivo e porque não pode ser controlado pela força humana e pelas
boas intenções?
3. Como explicar aos outros que a aliança final de Deus com a Humanidade é feita através de
Cristo?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Dê tempo aos estudantes para resumirem o que aprenderam nesta lição. Da mesma forma que o
pecado pode espalhar-se de uma pessoa para o mundo inteiro, as bênçãos de Deus podem espalhar-
se de uma só pessoa. Deus quer que vivamos uma vida justa, mesmo que a maioria possa preferir
desobedecer a Deus. Uma vida justa só é possível através de Cristo. Nele somos chamados a
testemunhar a última aliança de Deus com a humanidade através de Cristo.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua classe para
partilhar como acham que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo a
turma orar em conjunto louvando a Deus pela Sua aliança final que Ele estabeleceu com todas as
pessoas através de Jesus Cristo.
O ORGULHO É
PECAMINOSO E,
PORTANTO,
05
DESTRUTIVO
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que em Babel a humanidade estava a tentar
criar uma sociedade em que pensavam poder ser os seus próprios deuses. Os estudantes
serão ajudados a compreender que a humanidade pode trabalhar em conjunto para fazer
grandes coisas, tais como desenvolver vacinas, ou podem trabalhar em conjunto para fazer
coisas terríveis como guerras. A lição encorajará os estudantes a encontrar formas de usar 18
os seus dons e talentos para fazer deste mundo um lugar melhor.

Versículo a memorizar: Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está
com os humildes. (Provérbios 11:2)

Escritura: Génesis 11:1-9; Actos 2:1-21

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça aos estudantes para indicarem como os bons métodos podem ser usados para alcançar más
intenções. Diga-lhes que, nesta lição, aprenderão que Deus não gosta do egocentrismo.

N
o passado nos tempos bíblicos, todas as pessoas falavam a mesma língua. As pessoas podiam
falar com qualquer pessoa no mundo e podiam compreender-se umas às outras. Um dia, um
grupo de homens reuniu-se. Eles decidiram que iriam construir uma cidade com uma torre
que alcançaria o céu. Se os homens o fizessem, as pessoas notariam a sua grandeza. Deus observava
os homens enquanto construíam a cidade e a torre. Eles trabalharam arduamente. Tudo estava a
correr tão bem que os homens pensavam já não precisar de Deus. Tornavam-se muito orgulhosos, e
ignoravam Deus. Deus decidiu misturar a sua língua. Isto tornou impossível que os homens
continuassem a construir. Deus fez com que todos os homens falassem línguas diferentes para não
se conseguirem compreender uns aos outros. Foi por isso que a cidade foi chamada Babel.

1. Os bons métodos não justificam as más intenções

A humanidade decidiu que não precisava da protecção de Deus, mas pensou que se construíssem
uma enorme Torre, então seriam um grande povo. É muitas vezes bom para homens e mulheres
trabalharem juntos. Contudo, não é bom quando trabalham em conjunto, não para glorificar a Deus,
mas para se orgulharem, tentando fazer um nome para si próprios. Em vez de se dispersarem pelo
mundo, como Deus lhes tinha dito na aliança que tinha feito com Noé e os filhos de Noé, decidiram
ficar numa zona e criar uma cidade onde pudessem criar um grande nome para si próprios. O grande
símbolo do seu orgulho era a Torre de Babel. Deus frustrou os planos da humanidade ao fazê-los
falar em diferentes línguas. Agora que não podiam juntar-se todos para construir esta torre do
orgulho, fizeram o que Deus tinha originalmente ordenado a Noé e aos seus filhos, espalhando por
todo o mundo. A corrupção desenvolveu-se onde quer que as autoridades não tenham sido
responsabilizadas. Quando a religião controla a compreensão das pessoas através de uma linguagem
que não é a sua, as pessoas têm sido usadas para os interesses políticos dos líderes religiosos.
Exemplos: A Inquisição Espanhola, o Papado antes da Reforma, as cruzadas da liderança de ambos
os lados, etc. O relato de Babel e a origem das línguas dão apoio lógico à ideia de que Deus quer
comunicar a Sua verdade a todas as pessoas na sua língua do coração. Deus o Criador, que ama as
Suas criaturas, deu revelação para que O pudéssemos conhecer. Ele fez isto para revelar, não para
obscurecer. A revelação foi dada através da linguagem.

2. Deus comunica a Sua verdade a todas as pessoas na sua língua do coração

Há uma diferença entre pessoas que se juntam para fazer algo para trazer glória a Deus, e pessoas
que se juntam para fazer algo para trazer glória a si próprias. A humanidade deve estar a viver num
relacionamento com Deus, onde Deus os abençoa e eles honram a Deus. O desejo de Deus pela
humanidade não é que ela fique confusa e alienada de Deus ou dos outros. Em vez disso, Deus quer
19
que todas as pessoas venham a conhecer Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. No segundo
capítulo de Actos, ouvimos falar de uma inversão da confusão que Deus trouxe à Torre de Babel. No
dia de Pentecostes, pessoas de muitas terras diferentes ouviram os discípulos de Jesus declarando
as maravilhas de Deus na sua própria língua, através do dom do Espírito Santo. Agora, em vez de
terem de viajar para Jerusalém para ouvir as maravilhas de Deus numa só língua, através do Povo
de Deus, os discípulos de Jesus vão por todo o mundo contar aos outros o Evangelho de Jesus Cristo
nas suas próprias línguas. Há muitas coisas que dividem as pessoas: línguas, culturas, política,
finanças (a lista poderia continuar). Contudo, em Cristo todos nós podemos ser um só. Não importa
quais sejam as nossas diferenças a nível humano, todos podemos fazer parte do Povo de Deus.
Contudo, isto requer um nível profundo de humildade, e uma decisão consciente de viver a nossa
vida glorificando a Deus, não a nós próprios.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. De acordo com Génesis 10:8-12 e 11:1-4, como descreveria a intenção dos líderes desta
civilização?
2. Quais são os perigos de trazer glória a nós próprios, mostrando aos outros o que podemos
fazer sob o nosso próprio poder?
3. Quais são algumas formas modernas de as pessoas procurarem trazer glória a si próprias em
vez de a Deus?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Faça o Resumo da lição à turma e permita que os alunos comentem. Lembre-os de que Deus é o
Criador e Salvador, nós próprios não somos deuses. Embora possamos ter grande alegria nas
capacidades e talentos que Deus nos dá, nunca devemos esquecer que Deus é o doador dos dons.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua classe para
partilhar como acham que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo a
turma orar em conjunto louvando a Deus por dar as suas bênçãos e cuidados a todo o mundo, em
vez de um só lugar. A turma também orará pela vida humilde reconhecendo Deus como o Criador e
Salvador.
RESPONDER COM
FÉ A CHAMADA DE
DEUS
06
Objectivo: Ajudar os estudantes a celebrar a grande fé e confiança de Abraão em Deus,
que lhe capacitou a sair na fé para seguir o apelo de Deus sobre a sua vida. Ajudá-los a
compreender que o Deus que foi fiel a Abraão também será fiel a eles.

Versículo a memorizar: Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um


lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo. 20
(Hebreus 11:8)

Objectivo: Ajudar os estudantes a celebrar a grande fé e confiança de Abraão em Deus,


Escritura:
que lhe Génesis 12:1-9;
capacitou a sairHebreus 11:8-16
na fé para seguir o apelo de Deus sobre a sua vida. Ajudá-los a
compreender que o Deus que foi fiel a Abraão também será fiel a eles.

ACTIVIDADE
Versículo INTRODUTÓRIA:
a memorizar: Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um
lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo.
Após a oração de abertura, peça a alguns estudantes que partilhem as suas experiências sobre a
(Hebreus 11:8)
confiança em Deus.

U
m dia, Deus falou com Abraão e exortou-o a sair com fé e a viajar para uma nova terra que
Deus lhe iria revelar. A chamada de Deus a Abraão não era apenas para sair com fé, mas
também incluía promessas que Deus iria cumprir se Abraão fosse obediente. Deus prometeu
que Abraão seria o pai de uma grande nação, que Abraão seria uma grande bênção para os outros,
e que todas as pessoas na terra seriam abençoadas através de Abraão. Assim, aos 75 anos de idade,
embora não tivesse filhos, e ele e a sua esposa tivessem passado a idade de produzir filhos, Abraão
acreditava que Deus poderia dar-lhe um filho para iniciar esta nova família.

1. Deus, que nos chama, é poderoso para fazer o impossível

Deus, o Criador do céu e da terra escolhe fazer outra aliança com um ser humano, como fez com
Noé. Desta vez, porém, a aliança é mais do que apenas uma promessa de nunca mais exterminar a
humanidade. Desta vez, a aliança com um homem resultará na criação de uma nação especial que
abençoará o mundo inteiro. Deus aqui continua a sua obra redentora para reconciliar uma
humanidade pecaminosa com um Deus santo. E mais uma vez, é Deus que dá os primeiros passos.
Abraão não é chamado a receber apenas as promessas, mas é chamado a sair na fé e a viver a sua
vida acreditando que as promessas são certas. A promessa de Deus de fazer de Abraão uma grande
nação é impossível em termos humanos, pois a esposa de Abraão, Sarai, é demasiado velha para ter
filhos. No entanto, Abraão acredita que Deus é suficientemente poderoso para fazer o impossível.
Assim, à medida que Abraão sai na fé, ele começa a cooperar com Deus para criar um povo que
abençoará o mundo inteiro. Abraão não provará ser perfeito nesta jornada, mas Deus não nos chama
à perfeição, ele chama-nos à fidelidade e obediência. E por todos os erros que Abraão cometera, ele
nunca perde a fé em Deus nem vira as costas à chamada de Deus na sua vida. Abraão não foi apenas
um grande homem de fé para os judeus respeitarem, foi também um grande homem de fé para os
cristãos respeitarem. Tal como Abraão acreditou nas promessas de Deus, assim também todas as
pessoas são chamadas a acreditar nas promessas de Deus cumpridas em Jesus e a acreditar em Deus
para a salvação. E tal como Deus foi fiel a Abraão, podemos confiar que Deus também será fiel a nós.
2. O passo mais importante de uma nova jornada é o primeiro passo.

Talvez já tenha dado esse primeiro passo - óptimo! Agora, qual é o próximo passo que Deus o chama
a dar? Pode não ter dado esse primeiro passo, o que está lhe puxar para trás? O único caminho para
ter verdadeira alegria e paz neste mundo é entregar plenamente as nossas vidas a Deus e aceitar a
salvação que Jesus ganhou para nós na cruz. O Criador do Céu e da Terra não criou tudo o que é, e
depois retirou-se desta criação. Mesmo quando o pecado entrou no mundo, Deus não se retirou da
humanidade pecadora. Em vez disso, Deus prova o grande amor, compaixão e desejo de reconciliação
para com o seu povo, criando relações com a humanidade pecadora. Devemos celebrar que o coração
do nosso Criador é amar, perdoar, e mostrar compaixão por nós. Seguir Deus chama-nos não só a
acreditar que Deus irá cumprir as promessas feitas, mas também a sair na fé e a viver as nossas
vidas como se essas promessas já tivessem sido cumpridas. Felizmente, Deus compreende os nossos 21
medos e dúvidas, e não se afastará de nós por causa delas. Em vez disso, Deus está cheio de paciência
e compaixão, e tomará esses medos e dúvidas e, se estivermos dispostos, substituí-los-á por
confiança e perseverança.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. De que forma os cristãos são os beneficiários da resposta fiel de Abraão às promessas de
Deus a ele?
2. Quais são algumas das razões que as pessoas dão para não quererem viver a chamada de
Deus sobre as suas vidas?
3. Quem são aqueles à sua volta que lutam para dar o próximo passo em direcção a Deus, e
como pode ministrar a eles e encorajá-los a dar esse próximo passo?
4. Qual é o próximo passo que Deus quer que dê na sua jornada espiritual?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Peça aos seus alunos para aplicarem na sua vida o que aprenderam com a fé de Abraão. Lembre-os
de que Deus não chama ninguém sem lhe dar graça. Deus chama, envia, e acompanha a pessoa
chamada no mesmo momento. Portanto, não há necessidade de ter medo de O seguir. Tal como
aconteceu com Abraão, Deus é suficientemente poderoso para fazer o impossível.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus pela Sua graça e fidelidade que dura
para sempre. A turma também vai aproveitar este tempo para pedir a Deus que lhes permita ter uma
fé semelhante à de Abraão, a fim de serem uma bênção para a sua família, igreja, e comunidade.
DEUS PROVIDENCIA
UM SACRIFÍCIO 07
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a fé em Deus não é apenas uma
decisão intelectual, mas afecta também o seu coração e as suas acções.

Versículo a memorizar: Pela fé Abraão, quando Deus o pôs à prova, ofereceu Isaque como
sacrifício. (Hebreus 11:17)
22

Escritura: Gênesis 22:1-19; Hebreus 11:17-19

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Lidere os seus alunos em oração pedindo ao Espírito Santo que abram os seus corações e mentes
para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco no dia de hoje. Peça aos seus
alunos que façam um resumo da lição anterior. Depois, peça-lhes que partilhem o que sabem sobre
sacrifício. No Antigo Testamento, os sacrifícios faziam parte das suas actividades religiosas; contudo,
nas nossas igrejas não somos ensinados a matar animais para sacrifício. Ajude os estudantes a
partilharem as suas respostas.

U
m dia, Deus falou com Abraão e disse-lhe que fizesse uma coisa muito difícil. Deus disse a
Abraão para levar o seu filho, Isaque, e sacrificá-lo num altar. Ele estava a testar Abraão. Deus
queria ver se Abraão faria alguma coisa que Ele pedisse. Abraão disse a Isaque que eles
precisavam de viajar para o Monte Moriá e oferecer um sacrifício a Deus. Enquanto viajavam, Isaque
perguntou ao seu pai onde estava o cordeiro que eles iriam queimar como sacrifício. Abraão disse-
lhe que Deus iria fornecer o cordeiro. Quando chegaram à montanha, Abraão amarrou o seu filho e
colocou-o sobre o altar que ele tinha construído. Abraão puxou da sua faca. E quando estava prestes
a matar Isaque, um anjo parou Abraão e disse: "Não mates o teu filho". Abraão olhou para cima e
viu um carneiro apanhado num arbusto. Deus tinha enviado o carneiro para que Abraão sacrificasse
em vez do seu filho.

1. A verdadeira fé é revelada na nossa obediência a Deus


Deus queria testar a fé de Abraão, e ver se Abraão amava as bênçãos de Deus mais do que amava o
próprio Deus. Deus chamou a Abraão para sacrificar Isaque como holocausto. Embora Deus nunca
tivesse pedido um sacrifício de crianças antes, os sacrifícios de crianças não eram incomuns na época
de Abraão entre as outras religiões. Abraão deve decidir se obedecerá a Deus com um sacrifício tão
custoso. Abraão decidiu obedecer a Deus e iniciou o processo para fazer o sacrifício. Isaque era o
único filho de Abraão pela sua esposa, Sara. Isaque era o único através de quem Deus podia continuar
a cumprir as suas promessas de aliança a Abraão. Abraão era demasiado velho para ter mais filhos.
Abraão sabia que Deus o tinha chamado para uma relação de aliança (Génesis 12:1-3), e depois
expandiu ou reafirmou essa aliança várias vezes (veja Génesis 15, 17). No âmago da aliança está a
promessa de Deus de fazer de Abraão um pai de uma grande nação. Com o nascimento de Isaque
(Génesis 21), Deus começa a cumprir esta promessa fundamental. Pouco antes de Abraão sacrificar
Isaque, Deus disse-lhe para parar, e providenciou um carneiro em seu lugar para o sacrifício. Deus
louvou então Abraão pela sua grande fé e reafirmou a aliança que tinha feito com Abraão.

2. Abraão tinha fé na bondade de Deus


O que levou Abraão a obedecer a Deus foi a sua fé de que Deus não podia fazer mal a Isaque. Abraão
sabia que Deus amava tanto a ele como ao seu filho. Por outras palavras, Abraão é um grande homem
de fé porque tinha fé na bondade de Deus. Nesta passagem, o escritor de Hebreus afirma que Abraão
estava disposto a sacrificar Isaque porque Abraão tinha tanta fé na bondade de Deus, que sabia que
Deus ressuscitaria Isaque dos mortos se ele passasse com a oferta queimada. A confiança em Deus
pode significar um sacrifício difícil e custoso para nós hoje em dia. Deus recompensou a vontade de
Abraão de sacrificar, e Deus recompensará também os nossos sacrifícios.
23
3. O nosso coração deve ser dirigido a Deus como o Doador de todas as bênçãos.

Muitas vezes não nos damos conta do quanto amamos ou desejamos algo até sermos confrontados
com a possibilidade de sermos retirados essa pessoa, sonho, ou posse. Por mais que Abraão amasse
a bênção que Deus lhe deu, e estivesse grato pelo dom milagroso de Deus, Deus quis certificar-se de
que o coração de Abraão não era mais dirigido para a bênção do que Aquele que lhe tinha dado a
bênção. Como seres humanos, Deus criou-nos para amar. A mancha do pecado leva-nos a amar o
que não é digno do nosso amor, leva-nos a desejar o que não é digno dos nossos desejos. Ter fé em
Deus é mais do que simplesmente acreditar que Deus existe ou que Deus nos ama. Ter fé em Deus
significa estar disposto a obedecer a Deus, não importa o que Deus mande. Porque os cristãos
acreditam que Deus é perfeitamente bom, eles sabem que Deus nunca lhes pedirá que façam algo
que acabará por fazer mal aos outros.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. Porque, por vezes, as pessoas são tentadas a amar mais as bênçãos de Deus do que a Deus?
2. De acordo com o Livro de Hebreus, Abraão acreditava que mesmo que sacrificasse Isaque,
Deus ressuscitaria Isaque dos mortos. Em que momento da viagem para a montanha pensa
que Abraão chegou a esta conclusão: no começo da viagem ou no fim da viagem?
3. Quais são os tipos de coisas em que as pessoas hoje estão a investir o seu amor, que não são
dignas do seu amor?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Resuma a lição à turma e permita-lhes aplicá-la à sua vida. Recorde-lhes que dirigir os seus corações
para Deus é perfeitamente bom, por isso Ele nunca lhes pedirá que façam algo que acabará por fazer
mal aos outros.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus por providenciar Cristo como o nosso
sacrifício final para a nossa salvação.
DEUS PODE USAR
AS DIFICULDADES
QUE SUPORTAMOS
08
PARA ABENÇOAR OS
OUTROS
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que embora não seja a vontade de Deus
que outras pessoas nos maltratem, Deus é capaz de trabalhar através destes maus-tratos
para nos colocar numa situação em que nos tornamos uma grande bênção para os outros. 24

Versículo a memorizar: Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um
remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida com grande livramento (Génesis 45:7)

Escritura: Génesis 41; Romanos 8:26-39

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Inicie a sua aula permitindo aos seus alunos partilharem a experiência que têm de serem maltratados
e, se ainda carregam esse fardo, encoraje-os a pedir ao Espírito Santo em oração para lhes permitir
perdoar aqueles que os maltrataram. Na vossa oração, peçam ao Espírito Santo que abram os vossos
corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco hoje. Peça aos
seus alunos que façam um resumo da lição anterior.

U
ma noite, o Faraó do Egipto teve um sonho estranho. Eram cerca de sete vacas magras a
comerem sete vacas gordas. O faraó queria saber o que significava o seu sonho. Depois, o
seu copeiro lembrou-se de um homem na prisão que podia interpretar sonhos. O seu nome
era José. Faraó mandou chamar José e contou-lhe sobre o sonho. José disse que durante sete anos
o Egipto iria cultivar colheitas maravilhosas. Durante os sete anos seguintes, haveria uma fome
terrível. O Faraó acreditou em José e fez dele um governante no Egipto. O trabalho de José era
garantir que os egípcios armazenassem muita comida durante os sete bons anos. Eles precisavam de
ter comida suficiente para comer durante os sete anos de fome. Durante a fome, a família de José
foi ao Egipto para comprar alguma comida. José ficou feliz por ver a sua família, pois não os via há
muitos anos. Deus foi fiel a José.

1. Deus usa o sofrimento dos seus servos para trazer bons resultados

Deus é soberano sobre os assuntos dos homens. A perversidade dos homens maus não pode impedir
que os propósitos de Deus sejam cumpridos. Deus trabalhou através das bênçãos que deu a José, e
trabalhou através das escolhas pecaminosas dos outros, para trazer protecção à descendência de
Abraão e aos egípcios. Foram precisos mais de dez anos para José ser libertado da escravatura e da
prisão e reconhecer a forma como Deus era capaz de pegar nas coisas más e transformá-las em boas.
José disse em Génesis 50:20: "Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem".
Esta não é uma declaração profética de José, mas um paralelo teológico. Este ensinamento é uma
preparação necessária para as pessoas compreenderem como Deus poderia permitir que Jesus
sofresse e morresse na cruz e não seria uma espécie de derrota. As multidões tinham a intenção de
prejudicar Cristo, mas Deus destinou-o para a salvação de muitos: Este homem lhes foi entregue por
propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o
mataram, pregando-o na cruz (Actos 2:23).

2. Nada pode separar os cristãos do amor de Deus


Surpreendentemente, através do comportamento perverso dos irmãos de José, a esposa de Potifar,
e o esquecimento do copeiro chefe do Faraó, José ainda posicionou-se no local exacto na altura certa
para salvar o Egipto e a família do seu pai de uma fome que se aproximava. Não era a vontade de
Deus que os irmãos de José o vendessem como escravo, nem que a mulher de Potifar tentasse
seduzi-lo. Contudo, Deus foi capaz de trabalhar através desses comportamentos pecaminosos e usou
o dom da interpretação de sonhos para colocar José numa situação em que ele poderia ser uma
grande bênção para os outros. Ninguém imaginou que uma grande salvação poderia vir através da
morte do Messias. No entanto, Deus trabalhou através das escolhas pecaminosas dos outros para
25
trazer esta grande salvação.
3. Os cristãos devem viver a sua fé em Deus na sua vida quotidiana
Uma vida com significado normalmente nunca é uma vida fácil. Pelo contrário, através da prova do
sofrimento, forma-se um carácter forte numa pessoa. José mostra através da sua vida uma devoção
a Deus, mesmo quando não conseguia ver ou compreender como Deus o iria salvar de tantos dos
seus problemas. Enquanto José esperava que Deus trouxesse o bem das suas dificuldades, ele ainda
vivia uma vida que abençoava os outros. O termo "bondade" significa ter um elevado carácter moral,
de ser de alta qualidade. Os cristãos são tentados a viver de acordo com os padrões morais da
comunidade em que vivem, mas as escrituras chamam os cristãos a viver de acordo com os elevados
padrões morais que Deus revelou nas escrituras. Por vezes, como no caso de José, viver com elevados
padrões morais resulta em perseguição e não em louvor. No entanto, os cristãos que vivem para
honrar a Deus, ainda que possam sofrer provações temporárias, ganharão uma grande recompensa
de Deus. Para José, a recompensa veio tanto nesta vida como na vida vindoura. Para os outros, a
recompensa só virá do outro lado da morte, quando vermos Cristo face a face.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são alguns dos paralelos entre a vida de José e a vida de Jesus, uma vez que Deus
trabalhou através deles para salvar outros?
2. Porque pensa que José continuou a viver uma vida de integridade, mesmo quando outros
continuaram a traí-lo?
3. Quais são alguns recursos que Deus deu aos cristãos para ajudar a proteger os nossos
corações de se tornarem endurecidos quando enfrentamos sofrimentos?

REVISÃO/APLICAÇÃO:

Faça o resumo da lição à turma. Recorde aos alunos que Deus não é a fonte do seu sofrimento porque
o sofrimento veio ao mundo por causa do pecado. No entanto, Deus é capaz de usar o seu sofrimento
para os abençoar a eles e a outras pessoas. Assim, eles precisam de evitar a tentação da vingança.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus sabendo que em tudo Ele trabalha para
o bem daqueles que O amam.
A PRESENÇA DE
DEUS E O SEU
PODER TORNAM-
09
NOS CORAJOSOS
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que é necessária coragem para que os
cristãos cumpram a vontade de Deus. Ajudá-los a acreditar que Deus nunca os abandonará
nem os desamparará, para que, quando o medo os toma no coração, não percam a
esperança.
26
Versículo a memorizar: "Eu lhes digo: quem me confessar diante dos homens, também o
Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus (Lucas 12:8).

Escritura: Êxodo 7:1-13; Lucas 12:4-12

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Lidere os seus alunos em oração pedindo ao Espírito Santo que abram os seus corações e mentes
para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco no dia de hoje. Peça aos seus
alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça-lhes que discutam o que causa medo nas suas
vidas, e como é que recuperam a coragem.

O
s egípcios forçaram os israelitas a trabalhar para eles como escravos. Os israelitas clamaram
a Deus e pediram-Lhe que os libertasse da escravatura. Deus ouviu o seu clamor e enviou
Moisés e Arão ao Egipto. Eles deviam dizer ao Faraó para libertar os israelitas. Se ele
recusasse, Deus enviaria uma praga ao Egipto. Moisés e Arão foram muitas vezes ao Faraó e
disseram-lhe que libertasse os israelitas. Cada vez que iam, o Faraó recusava e dizia: "Não! Deus era
fiel à Sua palavra. O Faraó recusou-se a libertar os israelitas nove vezes diferentes, pelo que Deus
enviou estas nove pragas ao Egipto: as águas transformaram-se em sangue; rãs; mosquitos; moscas;
morte do gado; frúnculos; granizo mortal; gafanhotos; e escuridão completa no Egipto, todo o dia e
toda a noite. Depois de tudo isto, Faraó ainda não deixou os israelitas saírem em liberdade.

1. Deus é o único Deus verdadeiro que tem poder sobre toda a criação.
Moisés regressou ao Egipto por ordem de Deus, a fim de resgatar os israelitas da escravatura e levá-
los para a Terra Prometida. Deus venceu os medos de Moisés, fazendo milagres por Moisés. Agora
Moisés faz milagres em nome de Deus para mostrar ao Faraó o grande poder de Deus. O Faraó
acreditava em muitos deuses, ele até acreditava que tinha divindade. Portanto, ele não acreditava
que precisava de se submeter ao "Deus" de Moisés. No entanto, como Moisés demonstrou em todas
as pragas de Deus sobre o Egipto, o Deus de Moisés é o único Deus verdadeiro que tem poder sobre
toda a criação. Em geral, os relatos do endurecimento do coração do Faraó por parte de Deus vêm
durante as últimas quatro pragas, após referências ao endurecimento do coração do Faraó durante
as primeiras pragas. Uma interpretação disto é que, depois do Faraó ter agido de forma pecaminosa
continuamente, Deus entregou o Faraó à sua pecaminosidade. (ver Romanos 1:18-32). No início,
Faraó recusou-se a submeter-se à ordem de Deus através de Moisés. Portanto, ao longo do tempo,
Deus enviou uma série de dez pragas sobre o Egipto. Faraó finalmente cedeu após a 10ª praga. Deus
libertou poderosamente Israel da escravidão no Egipto através do seu servo Moisés. Deus salvou o
seu povo da morte quando, em confiança e obediência a esta Palavra, derramaram o sangue de uma
vítima inocente na praga da morte dos primogénitos.
Jesus avisou os seus seguidores de que devem estar dispostos a falar por Deus perante os outros.
Ser um seguidor de Jesus pode resultar em perseguição e sofrimento, mas é melhor sofrer por causa
de Jesus do que rejeitar as ordens de Jesus, e assim ser rejeitado por Jesus.

2. Deus envia os cristãos a partilhar a mensagem de salvação


Da mesma forma que Deus ouve o clamor dos israelitas escravizados e envia Moisés para os resgatar
do Egipto com grandes sinais e maravilhas, há momentos em que Jesus nos chama a ser corajosos
e a falar de Deus ou a prover àqueles que estão em necessidade. Como os israelitas no Egipto, Deus
ainda ouve o clamor dos que sofrem, e ainda envia cristãos para os libertar da sua opressão. Faraó 27
não honrou a palavra de Deus proferida através de Moisés, e os egípcios sofreram por causa dessa
desobediência. Eles sofreram através das 10 pragas que Deus enviou sobre o Egipto. Deus respondeu
ao clamor dos israelitas, embora não tenha vindo sem um custo para Moisés. Moisés deve ter a
coragem de que Deus o protegerá e cumprirá as promessas a ele feitas. Temos de guardar os nossos
corações. Cair longe de Deus raramente é uma simples decisão única. Em vez disso, as pessoas
tomam frequentemente muitas pequenas decisões desobedientes ao longo do tempo que resultam
numa eventual incapacidade de ouvir a voz de Deus. Estas decisões desobedientes são quando
confiamos mais na nossa própria sabedoria e força do que na sabedoria e força de Deus para a
direcção. A chave para guardar os nossos corações é acreditar que Deus nunca nos abandonará ou
nos desamparará.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas consequências do pecado que afectam mais do que apenas o indivíduo
que pecou?
2. Como é que o orgulho leva uma pessoa a duvidar da palavra de Deus para ela, ou a duvidar
que a vontade de Deus é melhor que a sua própria vontade?
3. Como é que um cristão ganha coragem para falar de Deus quando o resultado pode ser
perseguição?
4. Que dons, talentos e/ou capacidades Deus lhe deu que pode usar para ajudar outros que se
encontram em necessidade?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Encoraje os alunos a confiar em Deus como fonte de
verdadeira coragem. Inspire-os a serem os vasos de Deus para levar a liberdade àqueles que ainda
estão sob a escravidão do pecado e do diabo. Como Deus usou Moisés para realizar o Seu plano de
salvação, Ele chama cada um de nós a ir e a fazer discípulos semelhantes a Cristo. Da mesma forma
que Deus nunca abandonou Moisés, Cristo promete estar sempre connosco até ao fim dos tempos.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus que ouve o clamor dos que estão em
cativeiro e os resgata.
A PRIMEIRA
PÁSCOA 10
Objectivo: Ajudar os estudantes a celebrar a provisão da salvação de Deus a todos aqueles
que seguem fielmente as instruções de Deus. Ajudá-los a compreender a Ceia do Senhor
com honra e alegria, pois é a refeição da Páscoa do cristão celebrando a nossa salvação
através de Jesus Cristo.

Versículo a memorizar: Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias
28
nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor (Êxodo
12:11).

Escritura: Êxodo 11:1-12:13; Lucas 22:1-23

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Lidere os seus alunos em oração pedindo ao Espírito Santo que abram os seus corações e mentes
para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco no dia de hoje. Peça aos seus
alunos que façam um resumo da lição anterior. Deixe os estudantes partilhar o que sabem sobre a
Páscoa.

D
eus tinha enviado nove pragas sobre o Egipto porque o Faraó se tinha recusado a libertar os
israelitas da escravatura. Deus decidiu enviar mais uma praga sobre o Egipto. Deus mandou
Moisés dizer ao Faraó e aos israelitas que por volta da meia-noite iria atravessar o país. O
filho primogénito de todas as famílias que viviam no Egipto morreria. Deus deu instruções aos
israelitas que viviam no Egipto. Cada família israelita devia sacrificar um cordeiro ou um bode. Deviam
tirar o sangue e colocá-lo no topo e nos lados da sua porta. Quando Deus passava por cada casa, Ele
procurava o sangue. Se Ele visse o sangue, Ele passaria por cima da casa e o filho primogénito seria
salvo. Se Ele não visse o sangue, o filho primogénito morreria. Quando o Faraó percebeu que o seu
filho tinha sido morto, estava finalmente disposto a libertar os israelitas.

1. Na Páscoa, Deus revela a sua fidelidade ao povo oprimido

Durante as nove pragas, o Faraó recusou a ordem de Deus através de Moisés de deixar os israelitas
saírem do Egipto. Deus deu a Moisés instruções sobre o que seria a praga final, a Praga dos
Primogénitos. Nesta praga, todos os primogénitos no Egipto morreriam, tanto de animais como de
humanos. Depois desta praga, Faraó finalmente cedeu e deixou os israelitas deixarem o Egipto. Deus
também deu instruções a Moisés para passar aos israelitas para os proteger da Praga dos
Primogénitos e estar pronto a deixar o Egipto. Para protecção contra a praga final, os israelitas
deviam sacrificar uma ovelha ou cabra, prepará-la para uma refeição, e colocar marcas do seu sangue
nas ombreiras das suas casas. Esta Páscoa tem de ser uma festa recorrente que os israelitas
celebrarão anualmente. Na Páscoa, Deus continuou a ser fiel nas alianças que fez com os Patriarcas
de Israel. Deus providenciou a salvação aos israelitas do Egipto para que pudessem viajar para a
Terra Prometida, construir um Templo, e adorar a Deus livremente.
2. A provisão de salvação de Deus a todos
A Última Ceia instituída por Cristo no Novo Testamento traz o cumprimento do que se realizou no
Egipto no Antigo Testamento. O Livro do Êxodo revela que todo o Egipto sofreu as consequências do
orgulho do Faraó que fez com que o coração do Faraó endurecesse e se recusasse a fazer o que era
melhor para os egípcios. Os estudantes podem argumentar que a última praga só deveria afectar o
Faraó e não todos os egípcios. No entanto, o Faraó não era a única pessoa orgulhosa. Tanto o Faraó
como os egípcios estavam a maltratar Israel. A opressão egípcia mostrou que um opressor cruel não
pode fazer o povo oprimido ser livre sem ser derrotado. Por outro lado, mesmo os egípcios que
obedeceram às orientações de Deus em relação à Páscoa também foram resgatados porque a
salvação de Deus está ao alcance de todos. Isto era verdade para Israel sob o Faraó, e é verdade
hoje em dia para aqueles que estão sob o poder de Satanás. Desta forma, as pessoas de hoje têm
corações que foram endurecidos pelo pecado e pelas consequências do pecado. Mesmo os cristãos, 29
se não tiverem o cuidado de manter os seus corações abertos a Deus, podem cair em tentações que
resultarão em corações endurecidos.

3. Jesus instituiu uma nova refeição de Páscoa para os seus discípulos

Na noite da sua traição, Jesus instituiu uma nova refeição de Páscoa. Na primeira Páscoa Deus
proporcionou liberdade da escravidão ao Egipto, na segunda Páscoa Deus proporcionou liberdade da
escravidão ao pecado. A Ceia do Senhor, a Eucaristia, e a Comunhão são alguns dos nomes usados
para se referir a esta nova refeição pascal. Deus dá instruções para a vida, para a salvação da
escravidão. Hoje, as pessoas que seguem as instruções de Deus para a vida encontram a liberdade
do pecado. A fé cristã não se trata apenas de crenças; é uma fé vivificada nas acções dos cristãos.
Celebrar a Ceia do Senhor é uma das acções que Deus chama os cristãos a praticar. Na Última Ceia,
os cristãos celebram a liberdade que Deus lhes trouxe através do sacrifício do Cordeiro de Deus
perfeito, Jesus Cristo. A Ceia do Senhor é um tempo de reflexão honesta sobre a qualidade da nossa
fé cristã, e um tempo de celebração alegre pela salvação que Jesus proporcionou aos cristãos.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Qual é a ligação entre a Primeira Páscoa no Egipto e a Última Ceia instituída por Cristo no
Novo Testamento?
2. O que leva as pessoas a revoltarem-se contra as ordens de Deus?
3. O que pode fazer para preparar o seu coração para tomar a Ceia do Senhor?

REVISÃO/APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição para a turma. Lembre aos alunos que Deus é fiel no resgate dos oprimidos.
O sangue de Jesus Cristo derramado na cruz tem poder para resgatar qualquer pessoa que acredite
n'Ele. A Ceia do Senhor é o cumprimento da primeira Páscoa.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo.
VARA DE MEDIÇÃO
PARA A
HUMANIDADE
11
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que a nossa responsabilidade como cristãos
é honrar o nosso Criador e Salvador com a forma como vivemos a nossa vida quotidiana.

Versículo a memorizar: Ele respondeu: " ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu
coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame
o seu próximo como a si mesmo’". (Lucas 10:27) 30

Escritura: Êxodo 20:1-20; Lucas 10:25-28

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Deixe
os estudantes partilhar o que sabem sobre os 10 Mandamentos.

O
s israelitas tinham viajado no deserto durante três longos meses. Finalmente chegaram a um
lugar chamado Sinai. Os israelitas estavam muito cansados e montaram o seu acampamento
na banda de um monte chamado Monte Sinai. Este monte é também conhecido como o monte
sagrado de Deus. Deus disse a Moisés para subir até ao topo do Monte Sinai. Ele tinha algumas regras
para os israelitas que os ajudariam a saber o que estava certo e errado. São chamados os Dez
Mandamentos. Deus escreveu estas regras em duas tábuas que eram feitas de pedra. Moisés levou
as tábuas com ele de volta pelo monte para as poder mostrar aos israelitas. Estas eram algumas das
regras: Não ter outros deuses diante de mim; Não tomar o nome de Deus em vão; Honrar o seu pai
e a sua mãe; Não matar; Não roubar; Não mentir.

1. O povo resgatado recebe os 10 Mandamentos

Após a sua libertação do Egipto e a travessia do Mar Vermelho, os israelitas acamparam na base do
Monte Sinai. Durante o caminho, Deus providenciou-lhes comida, água e vitória na batalha sobre os
Amalequitas. Agora Deus providenciou os 10 Mandamentos fundamentais sobre os quais o Povo de
Deus deveria viver as suas vidas perante Deus e uns com os outros. A base para os israelitas serem
obedientes a estes 10 Mandamentos é a libertação graciosa de Deus para Israel da escravatura no
Egipto. Os israelitas não deviam seguir os 10 Mandamentos para serem amados e aceites por Deus,
eles já eram amados e aceites. Deus provou este amor ao resgatá-los da escravatura no Egipto. Os
israelitas deviam ser obedientes a estes mandamentos como uma resposta ao amor e cuidado de
Deus que já lhes tinha sido expresso. Moisés desceu a montanha e ensinou os mandamentos a Israel.
Os 10 Mandamentos são: Não farás para ti nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou
nas águas debaixo da terra. Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus; Lembra-te do dia de
sábado, para santificá-lo. Honra teu pai e tua mãe. Não matarás. Não adulterarás; Não furtarás; Não
darás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás. Os israelitas tiveram medo quando
viram o Monte Sinai consumido com fumo, trovões e relâmpagos. Moisés disse-lhes para não terem
medo, que Deus quer usar o Seu poder para os proteger.

2. Os 10 Mandamentos estão resumidos em amar a Deus e ao próximo

Quando perguntado qual era o maior mandamento, Jesus disse que é amar a Deus com toda a sua
vida e o seu próximo como a si mesmo. Os 10 Mandamentos são o fundamento destes dois maiores
mandamentos. É significativo que Deus enquadre este mandamento em termos de amor. Mais uma
vez, os mandamentos que Deus dá a Israel não são fardos diversos a serem seguidos apenas para
serem observados. Pelo contrário, eles são os meios através dos quais Israel poderia responder em
amor a Deus na forma como vivem perante Deus e uns com os outros. Aprendendo de Jesus, os
estudiosos dividem frequentemente os 10 Mandamentos em dois grupos, aqueles que se preocupam
31
com o nosso relacionamento com Deus (os primeiros quatro), e aqueles que se preocupam com o
nosso relacionamento uns com os outros (os últimos seis). Porque todos os seres humanos são
criados à imagem de Deus, não basta apenas adorar a Deus; devemos viver a nossa fé de formas
tangíveis e práticas com os outros.

Estas ordens fundamentais não eram regras diversas que devem ser seguidas simplesmente porque
Deus as ordenou que fossem seguidas. Em vez disso, eram uma expressão do amor de Deus por
Israel, pois, se fossem seguidas, resultariam em grandes bênçãos para os israelitas na sua relação
com Deus e uns com os outros. Deus fez uma aliança com Israel e seria fiel a essa aliança. Deus deu
os 10 Mandamentos depois de salvar Israel da escravidão. Israel pode confiar em Deus e nos
mandamentos por causa do amor que Deus demonstrou no Êxodo. Além disso, podemos confiar em
Deus e nas ordens de Deus, não apenas por causa do Êxodo, mas porque a vida, morte e ressurreição
de Jesus demonstram o amor de Deus por nós.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. O que os 10 Mandamentos revelam sobre Deus?
2. O que os 10 Mandamentos revelam sobre as pessoas?
3. Porque as pessoas reagem muitas vezes negativamente quando alguém tenta fazê-las viver
segundo certas regras?

REVISÃO/APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição para a turma. Relembre aos alunos que Deus salvou o Seu povo antes de
lhes dar os 10 Mandamentos. Estes 10 Mandamentos são uma expressão do amor de Deus ao Seu
povo. Como cristãos, precisamos de pedir ao Espírito Santo que nos permita amar a Deus e ao nosso
próximo, porque sem Ele não podemos agradar a Deus.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus por nos salvar, e por fornecer os Seus
Mandamentos em nosso benefício.
O SOFRIMENTO E A
MORTE DE JESUS NÃO
FORAM UMA
12
SURPRESA PARA ELE
Objectivo: Ajudar os estudantes a saber que Jesus sabia que o Seu sofrimento e morte
faziam parte do plano de Deus para trazer a salvação ao mundo.

Versículo a memorizar: Jesus chamou à parte os Doze e lhes disse: "Estamos subindo
para Jerusalém, e tudo o que está escrito pelos profetas acerca do Filho do homem se 32
cumprirá (Lucas 18:31).

Escritura: Lucas 18:31-34; Isaías 52:13-53:12

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior.
Tenham tempo para agradecer a Deus pela salvação em Cristo.

L
ucas regista três exemplos no seu evangelho de Jesus prevendo a sua morte iminente (ver
também Lucas 9:21-27 e 9:43-45). A crença comum no tempo de Jesus era que o Messias de
Deus seria um líder militar como o Rei Davi que libertaria Israel da sua escravidão ao Império
Romano. Contudo, Jesus ensinava continuamente que o Messias de Deus não seria como o Rei Davi,
mas sim como o Servo sofredor de quem Isaías profetizou. Era difícil para os discípulos de Jesus
aceitar estas previsões, e de facto, só depois da ressurreição de Jesus é que eles começaram a
acreditar nesta parte dos ensinamentos de Jesus. No entanto, é importante compreender que a falta
de fé deles não impediu o ministério de Jesus, que Jesus viveu plenamente o apelo de Deus sobre a
sua vida, mesmo quando Jesus sabia que isso significava que iria experimentar sofrimento e dor.

1. Jesus sabia plenamente que a sua missão era morrer e ressuscitar em Jerusalém.
Jesus ensinou várias vezes aos seus discípulos que ele morreria em Jerusalém às mãos das
autoridades. A morte de Jesus não foi uma surpresa para Ele, ele partiu resolutamente para Jerusalém
para lá chegar na Páscoa, e ser o cordeiro perfeito de Deus que assumiria os pecados do mundo. Os
discípulos de Jesus não compreenderam o seu ensinamento sobre este ponto. Embora Jesus lhes
tenha ensinado repetidamente que o Messias de Deus tinha de morrer e ser ressuscitado, eles
pensaram que o Messias de Deus, em vez disso, derrubaria as autoridades romanas e libertaria Israel
da escravidão a Roma.
Em vez de evitar esta dolorosa missão e evitar Jerusalém, Jesus fez propositadamente o seu caminho
para Jerusalém, a fim de cumprir o plano de salvação de Deus para o mundo. Jerusalém era o centro
da vida judaica, albergando o Templo, e estando onde viviam os mais importantes líderes religiosos
e políticos de Israel. A crucificação foi um dos meios mais dolorosos através dos quais o Império
Romano matou pessoas. A crucificação ocorreu mesmo fora das muralhas da cidade, onde os
viajantes dentro e fora da cidade seriam confrontados com o poder e a impiedade das autoridades
romanas.
2. O plano de salvação de Deus para a humanidade pecadora exigiu sacrifício
O plano de Deus para proporcionar um meio de salvação à humanidade pecadora exigia sacrifício.
E, na mente de Jesus, este sacrifício não era um preço demasiado alto a pagar. Embora Jesus
soubesse da sua morte iminente, os seus discípulos não compreenderam os seus múltiplos
ensinamentos sobre este facto. No entanto, Jesus continuou a ensiná-los sabendo que depois da sua
ressurreição começariam a compreender não só que Jesus tinha de morrer por eles, mas que muito
antes da sua morte, Jesus sabia e escolheu este caminho. Uma das razões pelas quais os discípulos
lutaram tanto para compreender Jesus ensinando sobre a necessidade da sua morte é que a sua
imagem do Messias de Deus estava centrada em torno do rei Davi em vez dos ensinamentos de Isaías
sobre o Servo sofredor. Desde os seus anos iniciais, os discípulos de Jesus teriam sido ensinados que,
enquanto Israel está agora sob servidão para Roma, Deus enviaria um Salvador, um Messias na
linhagem do rei Davi que lutaria e libertaria Israel da sua servidão. 33

3. O Messias sofredor
Foi apenas do outro lado da ressurreição que os discípulos começaram a compreender que os
ensinamentos de Isaías sobre o Servo sofredor foram, de facto, ensinamentos sobre o Messias por
vir. Não seria suficiente que o Messias simplesmente rompesse o poder de Roma e libertasse Israel
da sua escravidão política a Roma. Não, o Messias de Deus iria quebrar o poder do pecado, e oferecer
uma salvação que libertaria todos os povos da sua escravidão ao pecado. Toda a eficácia do plano
de Deus para Jesus como Salvador do pecado é removida do cristianismo com a remoção da morte,
sepultamento, ressurreição e ascensão de Jesus. Os cristãos não são chamados a procurar
sofrimentos e problemas. Sofrimentos e problemas suficientes virão naturalmente no seu caminho
porque vivem num mundo pecaminoso. No entanto, os cristãos são chamados a procurar aqueles
que sofrem e estão em apuros e a ser as mãos e os pés de Jesus para eles.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são alguns outros casos nos Evangelhos em que Jesus demonstrou o seu conhecimento
do futuro? (A negação de Pedro, a traição de Judas)
2. Porque algumas pessoas assumem que, quando se tornarem cristãos, Deus lhes tirará todos
os seus problemas e lutas?
3. Como o experimentar o sofrimento por Jesus ajuda melhor um cristão a ministrar a outros
que precisam de Jesus?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre aos alunos que o Messias de Deus quebraria o poder
do pecado, e ofereceria uma salvação que libertaria todos os povos da sua escravidão ao pecado.
Como cristãos, não devemos procurar o sofrimento, mas somos chamados a procurar aqueles que
sofrem e estão em apuros e a ser as mãos e os pés de Jesus para eles.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus por proporcionar a salvação à
humanidade através do sofrimento e morte do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
JESUS VENCEU O
PECADO E A MORTE 13
Objectivo: Ajudar os estudantes a regozijarem-se, sabendo que Jesus é Senhor tanto sobre
o pecado como sobre a morte; e inspirar os estudantes a sentirem conforto porque Jesus
conhece a sua dor e tristeza.

Versículo a memorizar: Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê
em mim, ainda que morra, viverá (João 11:25). 34

Escritura: João 11:1-44; Isaías 53:1-6

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça
aos estudantes para partilharem a sua experiência de oração aos doentes.

L
ázaro e as suas irmãs, Maria e Marta, viveram em Betânia. Jesus amou esta família e ficou em
sua casa muitas vezes. Um dia, Maria e Marta enviaram uma mensagem a Jesus, dizendo-lhe
que Lázaro estava muito doente. Elas sabiam que Jesus tinha curado outras pessoas, e queriam
que Ele viesse imediatamente. Jesus partiu para Betânia dois dias depois de ter recebido a mensagem
de Maria e Marta. Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já estava morto e tinha sido enterrado
durante quatro dias! Quando Maria e Marta viram Jesus, correram para Ele e caíram aos Seus pés.
Choraram e disseram: "Jesus, se estivesse aqui mais cedo, podia ter curado o nosso irmão". Jesus
chorou quando ouviu a notícia sobre Lázaro. Ele sabia o quanto Maria e Marta amavam o seu irmão.
Jesus foi ao túmulo onde Lázaro foi sepultado e disse: "Lázaro, sai daí!". Depois de Jesus ter dito isto,
Lázaro saiu do túmulo! Ele estava vivo!

1. Nunca é tarde demais para Jesus resolver os nossos problemas

Maria e Marta eram irmãs, cujo irmão Lázaro estava muito doente. Eram boas amigas de Jesus, e
mandaram-lhe notícias da doença de Lázaro, esperando que Jesus viesse e curasse o seu irmão.
Jesus não foi imediatamente ver Lázaro quando recebeu a notícia das irmãs. Em vez disso, quis
mostrar a todos o seu poder sobre a morte. Por isso, Jesus esperou alguns dias antes de ir a Betânia,
onde Lázaro e as suas irmãs viviam. Quando Jesus chegou, Lázaro já tinha morrido. Ambas as irmãs
lamentaram que Jesus tenha demorado tanto tempo, caso contrário, o seu irmão não teria morrido.
Jesus, contudo, encoraja-as a acreditar que Lázaro podia ressuscitar dos mortos. Quando chegaram
ao túmulo de Lázaro, Jesus ordenou que a pedra fosse removida. Ele ordenou então: "Lázaro, sai
daí!". Lázaro ressuscitou dos mortos quando Jesus pronunciou estas palavras! Saiu do túmulo com
os panos de enterro ainda enrolados à sua volta. Todos se regozijaram por os discípulos de Jesus
continuarem a segui-lo, mesmo quando não compreendiam porque é que ele ia voltar para Judeia.
2. Jesus aceita a nossa falta de fé e as nossas dúvidas

As irmãs de Lázaro mantiveram a fé em Jesus, mesmo quando Ele inicialmente não respondeu às
suas preces, como elas queriam que as respondesse. Os cristãos podem confortar-se em saber que
não precisamos de conhecer todas as respostas ou ter a quantidade certa de fé para seguir Jesus.
Jesus aceita a nossa falta de fé e as nossas dúvidas, e convida-nos a crescer e amadurecer à medida
que Ele se revela amoroso e fiel. Ao longo do caminho, Jesus chama os cristãos a tomar qualquer fé
e conforto que tenham, e a usá-los para expressar o amor de Jesus pelos outros que também têm
falta de fé e conforto. Ao tornarem-se embaixadores do amor e conforto de Jesus, os cristãos mostram
a glória de Deus.

3. Jesus não despreza as nossas mágoas


35
Jesus não andou apenas na terra como um grande mestre e milagreiro; ele também sofreu como o
cordeiro pelo nosso sacrifício. Jesus conheceu a dor, conheceu a tristeza, e conheceu a rejeição. Jesus
é o nosso grande Sumo Sacerdote, que se pode juntar a nós na nossa dor e tristeza, porque Ele
conhece a dor que sentimos. Jesus chora porque, na sua humanidade, Ele identifica-se com a dor
dos seus amigos íntimos. Nesta lição, continuaremos a apontar a divindade de Jesus, olhando para o
poder de um milagre maravilhoso. Jesus, como a imagem do Deus invisível, demonstrou o poder de
Deus nos milagres e na ressurreição de uma pessoa dos mortos. Jesus, como Messias, entrou
plenamente na nossa humanidade. Jesus conheceu a dor, a rejeição, a oposição, e a fome. Porque
Jesus entrou plenamente na nossa humanidade, nenhuma tristeza ou dor, mágoa ou dúvida, é
demasiado duro para Jesus lidar com isso. Podemos colocar sobre Jesus todas as nossas dúvidas e
dor, sabendo que Jesus nos confortará e nos curará.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. É difícil compreender porque Deus responde a algumas orações para cura com "sim", mas
outras orações para cura com "não". Que esperança têm todos os cristãos,
independentemente de como Deus responde às nossas orações?
2. Que formas práticas pode ministrar a graça de Deus àqueles que estão doentes ou presos em
casa esta semana?

REVISÃO/APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Relembre aos alunos que podem colocar sobre Jesus as suas
dúvidas e dores, sabendo que Jesus os consolará e os curará. Os estudantes precisam de saber que
Jesus não despreza a sua tristeza e sofrimento. Quando Jesus realizou o seu maior milagre,
ressuscitando um cadáver de quatro dias dos mortos, é uma garantia de que em Cristo há ressurreição
e vida.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus por Cristo ser a nossa esperança de
ressurreição e de vida.
Unidade 2:

A SALVAÇÃO É ATRAVÉS DE CRISTO: DA PÁSCOA


AO PENTECOSTES

Objectivo da presente unidade:

Esta unidade traz as lições que estão relacionadas com a morte e ressurreição de Cristo. Os
estudantes serão ajudados a compreender que a nossa vida cristã é completamente dependente de
Cristo. Compreenderão também que o Pentecostes teve lugar porque Jesus tinha cumprido o plano
de salvação através da Sua morte e ressurreição. 36

 Lição 14: A Entrada Triunfal


 Lição 15: Jesus Purifica o Templo
 Lição 16: Grande lição a partir da prisão de Jesus
 Lição 17: É difícil manter promessas ousadas
 Lição 18: Jesus vence a morte
 Lição 19: Jesus Remove as nossas Dúvidas e Medos
 Lição 20: O Messias Ressuscitado opera o Milagre na Vida dos Crentes
 Lição 21: A Promessa do Espírito Santo
 Lição 22: A Comunidade de Jesus Cristo
 Lição 23: O problema da mentira
 Lição 24: Perdoando os nossos perseguidores
 Lição 25: Do zelo contra Cristo ao zelo por Cristo
A ENTRADA
TRIUNFAL 14
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que a entrada de Jesus em Jerusalém cumpre
as profecias do Messias vitorioso, tal como foi dito no Antigo Testamento.

Versículo a memorizar: Quando se aproximou do local onde o caminho desce o Monte das
Oliveiras, toda a multidão de discípulos começou alegremente a louvar a Deus em voz alta
por todos os milagres que tinham visto (Lucas 19:37). 37

Escritura: Lucas 19:28-44; Zacarias 9:9-13

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça
aos estudantes para partilharem o que sabem sobre o Domingo de Ramos.

U
m dia, Jesus e os seus discípulos estavam a viajar para Jerusalém. Antes de chegarem à
cidade, pararam no Monte das Oliveiras. Jesus disse a dois dos seus discípulos para irem para
a aldeia próxima. Encontrariam uma jumenta e um jumentinho amarrados a um poste.
Deveriam dizer ao proprietário que Jesus precisava do jumentinho e que Ele o traria de volta quando
terminasse com ele. Os discípulos foram à cidade e encontraram a jumenta e o jumentinho, tal como
Jesus tinha dito. Levara o animal de volta para Jesus e colocaram as suas vestes nas costas do animal.
Jesus sentou-se nele e foi até à cidade. A multidão seguiu Jesus até Jerusalém. Balançavam ramos
de palmeira no ar e gritavam: "Hosana ao Filho de Davi! Abençoado aquele que vem em nome do
Senhor" (NVI). O povo estava a tratar Jesus como um rei. Mas Jesus sabia que estas pessoas iriam
enfurecer-se e afastar-se Dele.

1. Jesus era o Messias de quem Zacarias profetizou


Jesus entrou em Jerusalém na festa da Páscoa como rei. A sua entrada é marcada com muitas alusões
do Antigo Testamento a um rei vitorioso entrando na cidade. No entanto, enquanto alguns nas
multidões celebravam Jesus como rei, as autoridades religiosas não o fizeram. Escandalizaram-se
com a adoração que as multidões davam a Jesus, e ordenaram-lhe que as impedisse. Jesus sabe que
estas multidões que celebram a sua entrada esperam que Ele seja um Messias político e militar que
os libertará do controlo de Roma. Até os discípulos de Jesus irão abandoná-lo quando os guardas
vierem prendê-lO. Portanto, todos compreenderam mal Jesus. Jesus sabe que este é o caminho de
Seu Pai para Ele, e enquanto haverá grande dor e sofrimento nos próximos dias, a obediência de
Jesus ao plano de Seu Pai conduzirá à salvação de todos os que abraçam Jesus como o verdadeiro
Messias. Os discípulos olharão para trás sobre estes acontecimentos após a ressurreição e
reconhecerão, enquanto eles e tantos não compreenderam o ministério de Jesus, isto não impediu
Jesus de ser o tipo de Messias que Deus prometeu.
2. Jesus é o Messias para vencer não Roma, mas o pecado e a morte

Todos compreenderam mal a natureza do ministério de Jesus: as multidões, as autoridades religiosas,


até os seus discípulos. Todos eles viam Jesus em termos de poder e autoridade humana, mas Jesus
veio para trazer poder e autoridade espiritual. Os cristãos precisam de ter cuidado, mantendo os seus
corações e mentes abertos aos ensinamentos de Jesus, para que não caiam na armadilha de entender
mal o ministério de Jesus nas suas vidas e neste mundo. Jesus afastou-se de permitir que as pessoas
reconhecessem a sua identidade como Messias. A sua Entrada Triunfal em Jerusalém, contudo,
mudou isto. Agora, a fim de cumprir as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, Jesus
permite que as multidões cantem os seus louvores como Messias. As multidões ainda não
compreendem o tipo de Messias que Jesus foi, no entanto, após a sua ressurreição, irão fazê-lo.
38
Aqueles que esperam um Messias militar leram Zacarias 9:9-11 como prometendo exactamente o que
queriam. Contudo, após a ressurreição de Jesus, aqueles que experimentaram a salvação e libertação
de Jesus do pecado reconheceram que esta passagem significava que o Messias venceria, não Roma,
mas o pecado e a morte. Ainda hoje, muitas pessoas não compreendem a diferença entre a causa e
a consequência dos seus problemas. Vão a Cristo como uma forma de resolver as consequências do
seu problema, mas não conseguem aceitar Jesus para resolver a causa. A causa de todos os
problemas neste mundo não é política nem económica. É o problema do pecado e Cristo veio para
resolver isso. Está perdoado, ou ainda está sob a opressão dele? Se o pecado e Satanás continuam
a ser o seu opressor, não pode pretender ser governado por Messias.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. Quais são algumas formas de as pessoas hoje em dia entenderem mal o tipo do rei Jesus é e
porquê?
2. Porque as autoridades religiosas ficaram tão perturbadas com os louvores da multidão a
Jesus?
3. Todos nós tínhamos algumas ideias erradas sobre Deus. Quais são algumas das ideias erradas
que tiveram sobre Deus e que Jesus corrigiu?
4. Jesus, como o Messias prometido, merece a nossa adoração. Quais são algumas formas de
adoração a Jesus todos os dias da semana?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição à turma. Lembre aos alunos que Jesus é o Messias prometido, mas não
como um líder político, mas Aquele que veio para vencer o pecado e a morte. Isto quer dizer que os
desafios políticos foram apenas as consequências do verdadeiro problema que era o pecado. Da
mesma forma, os cristãos de hoje devem evitar a tendência de procurar Jesus apenas para conseguir
o que querem neste mundo; Jesus tem de ser o Rei da nossa vida e a obediência às Suas Palavras
tem de ser o nosso estilo de vida.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus sabendo que Jesus Cristo reina nos
seus corações.
JESUS PURIFICA O
TEMPLO 15
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que Jesus veio não só para trazer salvação
aos pecadores, mas também para corrigir abusos que alguns tinham trazido para a adoração
de Deus.
Versículo a memorizar: "Está escrito", disse-lhes ele, "A minha casa será uma casa de
oração"; mas vocês fizeram dela "um antro de ladrões". (Lucas 19:46)
39

Escritura: Lucas 19:45-48; Jeremias 7:1-11

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que os crentes são o Templo do Espírito Santo e que o Templo se deve manter limpo.

D
epois de Jesus ter montado o jumentinho em Jerusalém, Ele parou no Templo para adorar.
Quando Ele entrou no pátio do Templo, Ele viu alguns homens a vender animais às pessoas
para os seus sacrifícios. Ele também os viu a trocar dinheiro. Enquanto Jesus observava os
homens, reparou que eles estavam a enganar o povo e a ganhar muito dinheiro. Jesus ficou muito
zangado com estes homens porque estavam a mentir e a enganar o povo enquanto estavam no
Templo, a casa de Deus. Jesus correu para as mesas e virou-os para baixo. As aves voaram para o
ar, e caixas de dinheiro caíram no chão. Jesus ficou tão zangado que começou a gritar com os
homens. Ele disse: " A minha casa será uma casa de oração"; mas vocês fizeram dela "um antro de
ladrões '" (NVI). Depois de Jesus ter dito isto, os homens que estavam a enganar o povo tiveram
tanto medo que fugiram do Templo.

1. O Templo é um lugar de culto, não para ganho pessoal.

Logo após as multidões terem louvado a Jesus na Entrada Triunfal, Jesus entrou no pátio do Templo.
Zangado por as pessoas estarem a realizar negócios onde deveriam estar a orar, Jesus virou as mesas
dos vendedores. As acções de Jesus aqui não são o resultado de fúria fora de controlo. Em vez disso,
Jesus demonstrou a Palavra de Deus nesta situação particular. Quando os israelitas vinham ao Templo
para fazer sacrifícios ou dar ofertas, havia regras específicas sobre que tipo de animais e dinheiro
podiam usar. A fim de garantir que os adoradores tivessem os tipos correctos de animais e dinheiro,
algumas pessoas montaram barracas nos Pátios do Templo para vender estes artigos. Os vendedores
cobravam frequentemente preços muito elevados por estes artigos. Estes vendedores realizavam
negócios numa área onde os gentios deviam vir e adorar a Deus.

Jesus também ficou zangado por os preços dos vendedores serem tão altos que prejudicaram os
peregrinos religiosos que vinham a Jerusalém para adorar a Deus. Buscar vantagem dos peregrinos
religiosos não era novidade para o dia de Jesus. As suas acções aqui estão a cumprir profecias de
Isaías e Jeremias que ambos avisaram os israelitas de que não deveriam aproveitar um do outro.
Deus enviou Jeremias para pregar contra os abusos em Israel. Deus chamou os israelitas a cuidar
um do outro como uma expressão do seu amor por Deus. Contudo, em vez de se preocuparem
amorosamente um com o outro, muitos israelitas estavam, em vez disso, a aproveitar-se um do outro.

2. Os cristãos devem proteger-se da ganância

Embora muitas vezes seja necessário dinheiro para operar igrejas e pagar pelos pastores, o dinheiro
pode por vezes tornar-se um entrave à missão de Deus no mundo. É errado que as pessoas se
aproveitem dos outros financeiramente. Jesus ficou muito zangado por as pessoas que afirmam estar
a seguir a Deus estarem a aproveitar-se dos peregrinos religiosos. Ele também ficou zangado por ter
sido nos Pátios do Templo que eles levaram a cabo este abuso. A fim de se protegerem da ganância,
os cristãos deveriam praticar regularmente a generosidade. Quando os cristãos são generosos com
40
os outros, não só se lembram da generosidade de Deus, mas também põem em prática o amor de
Deus. Jesus quer que os cristãos se certifiquem de que o dinheiro não controla as nossas acções e
valores. Os cristãos devem sempre manter o dinheiro no seu lugar, como recurso que os cristãos
utilizam para ajudar as nossas famílias, igrejas, e outros. O dinheiro não é para se tornar um ídolo
para os cristãos.

Quando a ganância nos ataca, deixamos de obedecer a Deus porque as nossas decisões são
influenciadas pelo amor ao dinheiro. Paulo sublinha que o amor ao dinheiro é a raiz de todo o tipo de
mal. Algumas pessoas, ansiosas por dinheiro, desviaram-se da fé e trespassaram-se a si próprias com
muitos sofrimentos (1 Timóteo 6:10). Nos nossos dias, muitas jovens abandonam a escola porque
são engravidadas só porque algumas pessoas lhes prometeram dinheiro. Sempre que somos tentados
pela ganância, precisamos de manter as nossas vidas livres do amor ao dinheiro e contentar-nos com
o que temos, sabendo que Deus prometeu estar sempre connosco como nosso ajudador (Hebreus
13:5-6).

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque a ganância é uma tentação tão poderosa para tantas pessoas?
2. Porque alguns líderes cristãos cedem ao pecado de se aproveitarem de outros?
3. A ganância dos vendedores fez Jesus zangar. Haverá algo no dinheiro que o faça zangar?
4. Como pode ser generoso com os outros esta semana, quer partilhando o seu tempo, tesouro
ou talentos?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre aos alunos que o amor pelo dinheiro é a raiz de todo
o tipo de mal. Em vez de serem tomados pela ganância, os cristãos devem praticar regularmente a
generosidade. Ao fazê-lo, não só se lembram da generosidade de Deus, mas também põem o amor
de Deus em acção. Jesus quer que os cristãos se certifiquem de que o dinheiro não controla as nossas
acções e valores.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus pelo Seu amoroso cuidado por nós.
Peça a Deus em oração que os alunos sejam protegidos da ganância.
GRANDE LIÇÃO A
PARTIR DA PRISÃO
DE JESUS
16
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender o poder do pecado pode de tal forma
infectar o coração de uma pessoa que o que elas consideram ser boas acções é na realidade
uma traição a Deus.

Versículo a memorizar: Naquela hora Jesus disse à multidão: "Estou eu chefiando alguma
rebelião, para que vocês venham prender-me com espadas e varas? Todos os dias eu estava 41
ensinando no templo, e vocês não me prenderam! (Mateus 26:55)

Escritura: Mateus 26:47-56; Génesis 37

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Pergunte
aos estudantes porque Jesus não usou o Seu poder para derrotar aqueles que O prenderam.

J
udas sabia que os sacerdotes odiavam Jesus, por isso foi falar com eles. Judas perguntou-lhes o
que lhe dariam se ele lhes dissesse onde poderiam encontrar Jesus. Os sacerdotes ofereceram
a Judas 30 moedas de prata, pelo que ele concordou em trair Jesus. Quando os discípulos
terminaram de comer a Última Ceia com Jesus, Judas deixou a sala para encontrar os sacerdotes.
Uma multidão de pessoas com espadas seguiu Judas até ao Jardim do Getsémani. Judas sabia que
Jesus estaria lá. Judas disse aos homens que o homem que ele beijar seria Jesus. Quando Judas
beijou Jesus, os homens agarraram Jesus e prenderam-no. Pedro ficou tão zangado que pegou na
sua espada e cortou a orelha de um dos homens. Jesus tocou a orelha do homem e curou-o. Jesus
sabia que tudo isto fazia parte do plano de Deus, por isso não lutou contra os homens.

1. Nós não somos melhores que Judas

A última lição foi sobre o perigo da ganância. Esta lição ajuda-nos a compreender mais sobre esta
questão. Judas, um dos 12 discípulos de Jesus, fez arranjos para trair Jesus aos Sumos-sacerdotes.
Os Sumos-sacerdotes não gostaram dos ensinamentos de Jesus ou das grandes multidões que o
ouviam. Portanto, ficaram contentes quando Judas concordou em entregar-lhes Jesus à noite, quando
as multidões não estavam por perto. Pagaram a Judas 30 moedas de prata em troca da sua traição.
Isto não surpreendeu Jesus, Ele sabia que Judas o iria trair, e que tudo isto fazia parte do plano de
salvação de Deus. Os Sumos-sacerdotes não tinham autoridade para matar Jesus, e por isso
conspiraram com as autoridades romanas para prender Jesus e eventualmente mandá-lo crucificar.
Tudo está a acontecer como Jesus disse aos discípulos que isso iria acontecer. Na Última Ceia, ele
disse-lhes que um dos discípulos iria traí-lo. Judas já tinha concordado em trair Jesus pelo preço de
30 moedas de prata. Não sabemos porquê, mas Judas concordou em trair o Messias.
2. Toda a humanidade foi representada na prisão de Jesus
Satanás engana as pessoas. Ele enganou Adão e Eva no Jardim do Éden para acreditar que comer a
fruta proibida os tornaria mais parecidos com Deus. Ele enganou as autoridades religiosas e Judas
para acreditar que trair Jesus iria beneficiar as suas vidas. Ainda hoje, Satanás engana as pessoas
para acreditar que cometer pecados as fará realmente sentir-se melhor e não magoará os outros.
Contudo, como todos os cristãos sabem, os pecados não beneficiam as pessoas, mas prejudicam-
nas, e a outras. Enquanto os líderes religiosos odiavam os romanos por ocuparem as suas terras, os
romanos também os assustavam. Os líderes religiosos acreditavam que Jesus iria liderar uma rebelião
contra os Romanos e perder. Os romanos puniriam então os israelitas, retirando-lhes ainda mais
direitos, talvez até o direito de adoração no Templo. Assim, os líderes religiosos conspiraram para
que Jesus fosse morto. O Evangelho de João revela que Pedro foi o discípulo que usou a espada para
tentar impedir a prisão de Jesus. Jesus, contudo, nunca usou a violência para cumprir a sua missão. 42
Judas cometeu um pecado terrível ao trair Jesus, no entanto, o ataque de Pedro com violência
também foi errado. Em vez de usar a violência para se proteger, Jesus submeteu-se à vontade do
seu Pai. Embora nada se compare à traição de Judas a Jesus, José também sofreu nas mãos dos seus
irmãos que o deveriam ter protegido em vez de o venderem. Os irmãos, consumidos com ciúmes e
raiva contra José conspiraram para se verem livres dele.

3. Aprender com a doçura de Jesus

A gentileza é o dom de ter um temperamento apropriado. Não significa que nunca se aborrece, nem
que se permita que outros se aproveitem de si. Em vez disso, significa ter a resposta apropriada para
a ocasião. Nesta lição, Jesus demonstrou um espírito muito gentil quando confrontado por Judas, o
seu traidor, e os soldados. No entanto, precisamente um dia antes, Jesus purificara o Templo dos
vendedores e dos cambistas. Em ambos os casos, embora muito diferentes, Jesus demonstrou o
mesmo poder e força de estar no controlo das suas emoções e acções. Um cristão gentil sabe quando
confrontar alguém e quando ficar calado, e em ambos os casos age a partir de uma sabedoria dada
por Deus sobre a situação.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Que pecados as pessoas cometem hoje em dia e não pensam que irão prejudicar a elas ou a
outras pessoas?
2. Quais são algumas situações em que uma pessoa gentil agirá de forma corajosa, e quais são
algumas situações em que a mesma pessoa agirá de forma silenciosa?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Recorde-lhes que Jesus tinha poder para evitar a sua prisão,
mas Ele sabia que tinha vindo para morrer para salvar o mundo. A prisão de Jesus é uma grande
lição para nós sobre gentileza. Ele não usou o Seu poder para lutar contra os Seus inimigos. Ele usou
o seu poder para os salvar.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerrem fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus pelo que Cristo fez pela nossa salvação.
Ele usou o Seu poder não para destruir os seus inimigos, mas para os salvar.
É DIFÍCIL MANTER
AS PROMESSAS
OUSADAS
17
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que, apesar de todas as promessas de Pedro
que ele nunca abandonaria Jesus, quando a crise surgiu, Pedro abandonou Jesus.

Versículo a memorizar: Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-
se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação,
porém, sem pecado. (Hebreus 4:15) 43

Escritura: Lucas 22:54-62; Hebreus 4:14-16

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça-
lhes que partilhem as suas experiências sobre como fazer promessas ousadas e não as cumprir.
Explique-lhes que Cristo conhece os nossos corações e que Ele quer sempre curar-nos das nossas
tristezas.

D
urante a Última Ceia, Jesus disse aos discípulos que todos eles O negariam. Negar alguém
significa dizer que não conhece essa pessoa, quando realmente conhece. Os discípulos não
podiam acreditar que algum deles negaria Jesus. Pedro levantou-se e disse que iria morrer
em vez de negar Jesus. Jesus voltou-se para Pedro e disse que, antes de o galo cantar, Pedro iria
negar-Lhe três vezes. Naquela noite, quando os homens levaram Jesus embora, Pedro sentou-se no
pátio e esperou para ouvir falar de Jesus. Uma jovem perguntou a Pedro se ele tinha estado com
Jesus. Pedro disse-lhe que não sabia do que ela estava a falar. Depois outra rapariga disse a Pedro
que o tinha visto com Jesus. Pedro disse que ele não conhecia o homem. Um pouco mais tarde, um
grupo de pessoas disse que Pedro tinha de ser um discípulo porque ele falava como eles. Pedro negou
Jesus dizendo: "Eu não conheço o homem"! Nesse momento, um galo cantou.

1. O medo levou Pedro a negar Jesus


Após a prisão de Jesus, todos os seus discípulos fugiram. Pedro, contudo, seguiu secretamente Jesus
e os guardas. Quando chegaram à casa do sumo-sacerdote, Pedro entrou no pátio da casa, onde
pôde observar os procedimentos. Contudo, três pessoas reconhecem Pedro como sendo um discípulo
de Jesus e querem que ele se identifique como tal. Em vez de admitir isto, Pedro fez como Jesus
previu que faria, ele negou Jesus três vezes. Estar no pátio do sumo-sacerdote era muito perigoso
para Pedro. Pedro tinha acabado de cortar a orelha de um dos servos do sumo-sacerdote, e merecia
ser processado. Após a terceira negação, Jesus olhou para Pedro, e Pedro, vendo o Senhor olhar para
ele e ouvir o galo cantar, percebeu que tinha acabado de cumprir a predição que Jesus tinha feito há
pouco. (Lucas 22:34) Pedro, cheio de vergonha, fugiu para chorar amargamente. Embora haja muito
a aprender com este relato, devemos lembrar que isto não é o fim da história de Pedro. Após a
ressurreição de Jesus, Jesus reintegrou Pedro como discípulo. (João 21:15-19) Longe de ser apenas
um fracasso para Pedro, este acontecimento serviu para revelar a Pedro a sua verdadeira cobardia,
para que Pedro se lembrasse sempre que qualquer bem nele é de Jesus e não de si próprio. Quando
os cristãos suportam sofrimentos e perseguições por Jesus, eles reflectem o carácter de Jesus nas
suas vidas. Além disso, quando os cristãos suportam sofrimentos por Jesus, são testemunhas do amor
de Jesus para com os outros.

2. Jesus é o nosso Sumo-Sacerdote


Ninguém quer falhar a alguém que ele ou ela ama. Além disso, ninguém quer que esse fracasso seja
revelado publicamente. Este episódio muito doloroso na vida de Pedro serve como um dos episódios
mais importantes na vida de Pedro. Pedro, que sempre acreditou ser o discípulo mais dedicado, mais
amoroso de Jesus, ainda não é o discípulo dedicado que ele pensa ser. A boa notícia é que, agora
que esta crise revela a fraqueza de Pedro, Jesus pode construir Pedro para ser o verdadeiro discípulo
dedicado que ele queria ser em primeiro lugar. Muitas vezes Jesus como nosso Sumo Sacerdote usará
situações na vida dos cristãos para fazer a mesma coisa: revelar as nossas fraquezas para que Jesus
possa encher-nos com a sua força. Ao contrário do sumo-sacerdote corrupto de Jerusalém que
prendeu Jesus e O entregou às autoridades romanas, Jesus é o nosso verdadeiro Sumo Sacerdote.
44
Ele é um sumo sacerdote capaz de simpatizar com as nossas fraquezas porque enfrentou as tentações
tal como nós. Por causa disto, podemos confiar em Jesus e saber que quando o chamarmos, Ele nos
responderá com misericórdia e graça.

3. Nas nossas fraquezas, Jesus pode nos encher com o Seu Poder

Dificuldades revelam carácter. No entanto, as dificuldades também podem formar o nosso carácter.
Só porque Pedro falhou com Jesus no seu tempo de julgamento, não significa que Jesus tenha
abandonado a Pedro. Em vez disso, as negações de Pedro tornaram-se um ponto de viragem vital na
sua vida ao perceber dolorosamente o quão fraco ele era. Após a ressurreição, e o perdão de Jesus,
Pedro poderá viver no poder de Jesus em vez de tentar viver por seu próprio poder. Enquanto muitos
cristãos, como Pedro, querem fazer declarações ousadas da sua devoção a Deus, é mais sensato
permanecer humilde e permitir que o poder de Jesus funcione através deles sabendo que não
podemos ter sucesso sem o Seu poder.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque acha que o verdadeiro carácter de Pedro era muito mais fraco do que ele afirmava
que seria?
2. Por que acha que era importante para Jesus prever que Pedro o negaria três vezes até ao fim
da noite?
3. Porque Satanás quereria que os cristãos acreditassem que os seus fracassos são tão grandes
que Jesus nunca lhes perdoará? Como os cristãos podem lutar contra esta mentira com a
verdade?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-os de que a sua força vem de Cristo, por isso, em
vez de fazerem declarações ousadas da sua devoção a Deus, têm de permanecer humildes e permitir
que o poder de Jesus trabalhe através deles.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre pedindo à turma faça a oração de Pai Nosso.
JESUS VENCE A
MORTE 18
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a ressurreição de Cristo quebra o poder
do pecado! Jesus cumpriu todas as promessas que fez aos discípulos.

Versículo a Memorizar: Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os


homens lhes disseram: "Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive?
(Lucas 24:5) 45

Escritura: Lucas 24:1-12; 1 Coríntios 15

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que em Cristo a morte é vencida.

D
epois da morte de Jesus, um homem chamado José sepultou-O num túmulo. Três dias mais
tarde, Maria Madalena e algumas outras mulheres foram ao túmulo de Jesus. Quando lá
chegaram, notaram que a pedra que devia cobrir a entrada do túmulo tinha sido rolada para
longe. As mulheres foram para dentro e viram que o corpo de Jesus tinha desaparecido! Quando se
voltaram, dois anjos estavam de pé ao seu lado. Um dos anjos falou e disse às mulheres que Jesus
não estava lá. Ele estava vivo! Maria correu para os discípulos de Jesus e contou-lhes o que o anjo
tinha dito. Pedro e João correram para o túmulo o mais depressa que puderam. Eles queriam ver o
túmulo por si próprios. Quando lá chegaram, Pedro correu para dentro. Ele olhou para baixo e viu as
tiras de linho e o pano de sepultura que tinha sido colocado na cabeça de Jesus. Antes da sua morte,
Jesus disse aos discípulos que ressuscitaria dos mortos. Era verdade. Ele estava vivo!

1. A Ressurreição de Jesus traz esperança


Jesus contou várias vezes aos seus discípulos da sua vinda traição, morte, e ressurreição em
Jerusalém. No entanto, os discípulos não compreenderam o que Jesus queria dizer. Por isso, quando
Jesus morreu, acreditaram que Jesus tinha desaparecido para sempre. Os discípulos esconderam-se
juntos por medo que as autoridades também os pudessem mandar matar. Algumas das discípulas de
Jesus foram até ao túmulo para prestar os seus respeitos. Levaram especiarias com as quais iriam
ungir o corpo de Jesus. No entanto, como poderiam ungir o corpo se a pedra estivesse em frente da
porta? Quando chegaram, encontraram a porta aberta e o corpo de Jesus desapareceu. Mesmo nesta
altura, não consideraram o anterior ensinamento de Jesus sobre a sua ressurreição. De repente, dois
anjos apareceram-lhes para lhes recordar o ensinamento de Jesus. As mulheres voltaram para os
onze discípulos escondidos e contaram-lhes a notícia chocante. O mundo mudou radicalmente com a
ressurreição de Jesus. Antes da ressurreição de Jesus, o poder do pecado reinava no mundo. Após a
ressurreição de Jesus, o poder do pecado é quebrado, e o sangue de Jesus cria um caminho de
salvação. O pecado já não tem domínio; em vez disso, os cristãos podem viver uma vida de amor,
graça e misericórdia sob o poder de Deus. Os discípulos, embora Jesus lhes tenha revelado tudo isto
antes da sua morte, ainda foram apanhados de surpresa. Acreditar que uma pessoa a quem assistiram
morrer numa cruz poderia viver uma vez mais é acreditar em algo incrível. No entanto, a aparição de
Jesus após a sua ressurreição provou aos discípulos o incrível poder de Deus em acção em Jesus.

2. A Ressurreição de Jesus é o Pilar da Fé Cristã


Os onze discípulos de Jesus pelejaram para acreditar na sua ressurreição antes de Ele aparecer a
eles. Em vez de condenar os seus discípulos por não terem acreditado na ressurreição, mesmo depois
de terem visto o túmulo vazio, Jesus apareceu em graça aos discípulos. Jesus também não condenou
Pedro pelas suas negações nem os outros discípulos por o terem abandonado. Parte da Boa Nova do
Evangelho é o facto de Jesus compreender as nossas dúvidas e questionamentos. Os cristãos podem
acreditar na ressurreição de Jesus por causa do ministério que Jesus continua nas suas vidas.
Enquanto os cristãos podem não ver fisicamente o Jesus ressuscitado, podem experimentá-lo nos 46
seus corações.
Décadas mais tarde, falsos professores na cidade romana de Corinto estavam a tentar os cristãos a
negar a ressurreição de Jesus. Os falsos professores diziam aos cristãos que Jesus era apenas um
bom professor, mas que nunca ressuscitou dos mortos. O Apóstolo Paulo reconhece os perigos deste
ensinamento. Em 1 Coríntios 15, Paulo deixa claro que o cristianismo levanta ou cai sobre a
ressurreição de Jesus. Se Jesus não ressuscitou dos mortos, então os cristãos são tolos em segui-
Lo. O plano de Deus, e a obediência de Jesus a esse plano, era fazer com que Jesus morresse como
um sacrifício perfeito, cumprindo plenamente as exigências de Deus de perfeição e justiça, e aplicar
essa expiação às Suas criaturas que acreditarão na Sua maneira de proporcionar a justiça. As
Escrituras são enfatizadas neste evento como sendo autoritárias e úteis para ver o plano de Deus e
para reconhecer o cumprimento desse plano. Em Jesus, Deus tomou a iniciativa de proporcionar um
caminho para a salvação. Antes dos cristãos amarem a Deus, Deus amou-os. Portanto, antes que
outros possam compreender o amor de Deus, muitas vezes terão de o ver primeiro a ser vivido na
vida dos cristãos. A sua ressurreição ajuda-nos a acreditar que Jesus, o Messias, era quem Ele afirmou
ser - o verdadeiro Messias, que tem o poder de nos perdoar os nossos pecados e de nos dar a vida
eterna.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. O que fez Jesus o Messias para provar que Ele não era apenas um espírito?
2. Como é que a fé na ressurreição de Jesus traz esperança para a vida dos seus seguidores?
3. Como Jesus trouxe nova vida para a sua vida quando se tornou cristão?
4. Como pode mostrar gratidão a Deus pela grande salvação de que goza?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição à turma. Lembre-lhes que a nossa fé se baseia na verdade do Messias
Ressuscitado. A sua ressurreição prova a nossa esperança como cristãos de saber que através de
Cristo o pecado e a morte foram destruídos e que nEle podemos viver uma vida vitoriosa.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à turma para partilhar
como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração pela sua
comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo a turma
orar em conjunto louvando ao Senhor pela Sua Ressurreição.
JESUS REMOVE AS
NOSSAS DÚVIDAS E
MEDOS
19
Objectivo: Ajudar os estudantes a prosseguir na celebração de Jesus ressuscitado! Jesus
encarregou a Igreja de levar a cabo o seu ministério a todo o mundo em todas as eras.

Versículo a memorizar: E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas
mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". (João 20:27)
47

Escritura: João 20:19-29; 2 Coríntios 5:11-6:2

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que Jesus conhece as nossas dúvidas e ajuda-nos a ultrapassá-las.

Q
uando Pedro e João descobriram que Jesus tinha ressuscitado dos mortos, regressaram para
contar aos outros discípulos. Nessa noite, todos os discípulos, excepto Tomé, estavam na
mesma casa. Os discípulos trancaram a porta porque tinham medo que os judeus os tentassem
capturar. Enquanto os discípulos estavam lá, Jesus apareceu na casa. Mostrou-lhes as marcas dos
pregos nas mãos e nos pés. Comeu até um pedaço de peixe grelhado para provar que Ele estava
realmente vivo! Quando Tomé voltou para casa, Jesus já tinha ido embora. Os outros mal podiam
esperar para contar a Tomé o que tinham visto. Quando o fizeram, Tomé não acreditou neles. Ele
disse: " Se eu vir as marcas dos pregos nas suas mãos, colocar o meu dedo onde estavam os pregos
e puser a minha mão no seu lado, então crerei. Na semana seguinte, Jesus regressou. Aproximou-se
de Tomé e mostrou-lhe as Suas mãos e o Seu lado. Quando Tomé viu as marcas de pregos nas mãos
de Jesus, Ele acreditou!

1. Jesus conhece as nossas dúvidas e ajuda-nos a ultrapassá-las.

Jesus não regressou simplesmente ao céu após a sua ressurreição. Em vez disso, Jesus permaneceu
na terra durante algum tempo, aparecendo e ensinando aos seus discípulos. No entanto, antes de
poder ensinar os seus discípulos, Jesus teve primeiro de eliminar as suas dúvidas e medos. Nos dois
domingos após a crucificação de Jesus, ele apareceu aos seus discípulos para fortalecer a sua fé e
determinação. Acreditando agora em Jesus como o Filho de Deus, Jesus comissiona aos discípulos a
partilha da Boa Nova com o mundo. Os discípulos não acreditaram na incrível história que as mulheres
lhes contaram de um túmulo vazio, anjos, e de um Jesus ressuscitado. Seria certamente difícil
acreditar numa tal história, especialmente depois de os discípulos terem estado de luto desde a morte
de Jesus. Com medo de que as autoridades tentassem prendê-los e matá-los por serem discípulos de
Jesus, os discípulos encontraram-se com medo e atrás de uma porta trancada. De repente, Jesus
ficou no meio deles. O corpo ressuscitado de Jesus apareceu como o seu corpo normal, mas tinha as
marcas dos pregos e permitiu-lhe passar pela porta trancada. De repente, ao ver Jesus, as dúvidas e
os medos dos discípulos desapareceram! Jesus soprou sobre eles, e o Espírito Santo encheu-os.
Por qualquer razão, Tomé, um dos 11 discípulos restantes, estava ausente na aparição de Jesus. As
dúvidas de Tomé são certamente compreensíveis. A declaração de Tomé é bastante ousada! Uma
semana depois, no segundo domingo após a crucificação, os discípulos reuniram-se novamente numa
sala fechada. Mais uma vez, Jesus apareceu. Desta vez, Jesus procurou Tomé e convidou-o a sanar
as suas dúvidas. Tomé declarou: "Meu Senhor e meu Deus". Tomé é a primeira pessoa no Novo
Testamento a declarar a divindade de Jesus. Portanto, enquanto ele é famoso por ser o "Duvidoso",
Tomé foi o primeiro a confessar Jesus como Deus.

2. A ressurreição de Cristo faz de nós novas criações para divulgar o evangelho

Ser cristão não é simplesmente uma decisão que tomamos na nossa cabeça, mas uma decisão que
tomamos no nosso coração. Jesus não foi apenas uma figura histórica; ele não foi apenas um grande
48
mestre. Jesus é o Filho de Deus. Quando acreditamos em Jesus, acreditamos no grande poder e amor
de Deus, e tornamo-nos novas criaturas. Tal como os discípulos, podemos ainda ter muitas dúvidas,
mas Deus irá ministrar-nos e trazer paz para lidar com nossas dúvidas através do poder do Espírito
Santo. Os cristãos devem então usar esse poder do Espírito Santo para ministrar aos outros. Acreditar
na ressurreição de Jesus Cristo dos mortos não faz dos cristãos pessoas melhores. Faz dos Cristãos
novas criaturas. Na salvação de Cristo, começa uma nova criação. Os cristãos são os novos Adãos,
que estão reconciliados com Deus. Como estas novas criaturas, os cristãos devem partilhar a Boa
Nova da salvação de Jesus com os outros. Muitos hoje duvidam da existência de Deus e do Seu amor
por eles. Deus chama os cristãos a ministrar a todos estes duvidosos no poder do Espírito Santo.
Através do ministério do Espírito Santo, os cristãos são capazes de fazer maiores actos de amor e
compaixão através da graça de Jesus, do que se vivessem apenas com o seu próprio poder.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Nunca viram o corpo ressuscitado de Jesus, então como sabem que Jesus ressuscitou dos
mortos?
2. Como é que a presença do Espírito Santo na sua vida lhe permitiu ministrar aos outros?
3. Quais são algumas das razões pelas quais as pessoas hoje em dia duvidam da existência ou
do amor de Deus?
4. Como pode mostrar a graça de Jesus às pessoas esta semana?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Relembre-lhes que Jesus conhece as nossas dúvidas e medos
e está feliz por nos ajudar a ultrapassá-los. Só depois de vencermos as nossas dúvidas e medos é
que somos capazes de partilhar o evangelho com os outros.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à turma para partilhar
como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração pela sua
comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo a turma
orar em conjunto louvando ao Senhor por ter retirado as nossas dúvidas e receios para nos tornar os
vasos da Sua mensagem aos outros.
O MESSIAS
RESSUSCITADO
OPERA O MILAGRE
20
NA VIDA DOS
CRENTES
Objectivo: Ajudar os estudantes a reflectir sobre o grande amor que Pedro tinha por Jesus.
Jesus restaurou Pedro como um discípulo autêntico.
49
Versículo a memorizar: O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor! "
Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar.
(João 21:7).

Escritura: João 21; 1 João 3:19-24

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA: Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes
para receber com alegria o que Deus tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que
façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes que Jesus conhece as nossas necessidades e as
preenche através do Seu poder e graça.

U
ma noite, Pedro, João e outros cinco discípulos foram pescar no Mar de Tiberíades. Pescaram
toda a noite e não apanharam nada. Na manhã seguinte ainda estavam no barco na esperança
de apanharem algum peixe. Um homem em pé na costa perguntou aos homens se tinham
apanhado algum peixe. Os discípulos disseram que não. Então o homem disse-lhes para colocarem a
rede no outro lado do barco. Quando o fizeram, apanharam mais de 150 peixes! Depois foi tão
pesado, que os discípulos não conseguiram puxá-lo para dentro do barco. João olhou mais de perto
para o homem que estava de pé na costa. Então ele disse: "Olha! Aquele homem é Jesus"! Quando
Pedro ouviu João dizer isto, ele saltou para a água e começou a nadar em direcção à costa. Os outros
discípulos remaram o barco até à costa e tiveram de arrastar a rede de peixe atrás deles. Jesus disse
aos homens para trazerem alguns dos peixes que tinham apanhado e que tomariam o pequeno-
almoço junto.

1. Há benefícios quando reconhecemos o Senhor

Após a ressurreição de Jesus, alguns dos discípulos regressaram ao seu território natal. Ainda não
completamente esclarecidos sobre como Jesus queria que eles ministrassem, voltaram aos seus
antigos trabalhos enquanto esperavam por mais orientação de Jesus. Apesar de terem pescado toda
a noite, não apanharam nenhum peixe. Uma figura não reconhecida à beira da água chamou-os.
Disse-lhes que lançassem as suas redes no outro lado do barco e eles obedeceram. Quando o fizeram,
não só apanharam peixe, como apanharam um grande número de peixes. Um dos discípulos
reconheceu esta figura à beira da água como Jesus, e disse a Pedro. Quando Pedro soube que era
Jesus à beira da água, quis imediatamente ver Jesus. Ele estava tão entusiasmado que não queria
esperar que o barco chegasse à costa, por isso saltou do barco e nadou até à costa. Quando os outros
discípulos chegaram à costa, todos partilharam uma refeição de pequeno-almoço com Jesus. Tal
como a Ceia do Senhor, Jesus distribuiu a comida aos discípulos que lá estavam. Jesus leva então
Pedro através de um processo pelo qual Jesus restaura Pedro como discípulo de Jesus. Ele também
avisou Pedro do custo de ser um discípulo. Não importa quão grandes sejam os pecados dos cristãos,
Jesus está pronto a perdoá-los e a restaurá-los. Os cristãos podem experimentar este completo
perdão e restauração nas suas vidas através do poder e ministério do Espírito Santo.

2. O perdão de Jesus elimina o medo e a vergonha

O perdão de Jesus muda a vida de uma pessoa. Por vezes, essa mudança parece mudar para outra
cidade e tornar-se um professor ou pregador do Evangelho. Outras vezes, parece que fica na sua
cidade e com o seu trabalho, e ministra às pessoas da sua comunidade. É importante que os cristãos
procurem a vontade de Deus para as suas vidas.

Por vezes pode ser difícil acreditar que Deus perdoa todos os seus pecados. Ouvir a Bíblia que ensina 50
que Deus perdoa todos aqueles que procuram honestamente o perdão é crucial. No entanto, por
vezes é necessário um trabalho mais profundo, quando Deus toma esse conhecimento na sua cabeça
e o aplica ao seu coração. Certamente, Pedro, que negou Jesus três vezes no tempo da maior
necessidade, levou consigo uma profunda vergonha pelas suas acções. Mas Jesus deixa claro nesta
passagem que o perdão deve curar a vergonha, e que os Filhos de Deus não devem viver na
vergonha. Jesus restaura completamente Pedro, porque é o poder de Deus a trabalhar no perdão,
não o trabalho de Pedro. Jesus quer encher os seus discípulos de alegria, poder e amor. Mas quando
os cristãos carregam com eles a vergonha, não podem aceitar toda a alegria, poder e amor de Jesus.
É fundamental que os cristãos entreguem plenamente os seus corações a Deus, para que Deus possa
trazer a cura e a paz total às suas vidas. Se Jesus não condena os seus filhos, os seus filhos não
devem condenar-se a si próprios. Isto é muito encorajador.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque alguns cristãos ainda sentem vergonha, mesmo depois de Jesus os perdoar?
2. Porque precisa de ser o poder de Deus, e não a nossa força de vontade que torna completo
o perdão e a cura?
3. O que uma pessoa deve fazer se acreditar que os seus pecados são demasiado grandes para
que Deus perdoe?
4. O que acontece se alguém não se sentir culpado pelos seus pecados, mas simplesmente
continuar a pecar e pedir a Deus que os perdoe?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Encoraje-os a compreender que é fundamental que os
cristãos entreguem plenamente os seus corações a Deus, para que Deus possa trazer a cura e a paz
total às suas vidas. Se Jesus não condena os seus filhos, os seus filhos não devem condenar-se a si
próprios. Lembre-os que os cristãos podem experimentar este completo perdão e restauração nas
suas vidas através do poder e ministério do Espírito Santo.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à turma para partilhar
como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração pela sua
comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre a aula orando juntos
louvando o Senhor por remover a nossa vergonha e medo através do Seu perdão baseado no Seu
trabalho na cruz.
A PROMESSA DO
ESPÍRITO SANTO 21
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que pouco antes de regressar ao Céu, Jesus
prometeu o dom do Espírito Santo aos discípulos, os quais dariam poder aos discípulos para
serem testemunhas de Jesus até aos confins da terra.
Versículo a memorizar: “ Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre
vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra” (Actos 1:8) 51

Escritura: Actos 1:1-14; Jonas 3

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça-
lhes que partilhem o que sabem sobre a Ascensão de Cristo.

J
esus tinha passado muitos dias com os discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos. Mas
chegou o momento em que Ele teve de deixar a terra. Ele precisava de estar com o Seu Pai
Celestial. Jesus e os discípulos viajaram para um lugar chamado Betânia. Jesus abençoou os
discípulos e disse-lhes que precisavam de sair e contar a outros sobre Ele. Muitas pessoas ainda não
sabiam que Ele tinha morrido por eles e que os podia perdoar dos seus pecados. Como Jesus ia para
o céu, Ele disse aos discípulos que lhes enviaria um ajudador. Aquele ajudador era o Espírito Santo.
Depois de Jesus lhes ter dito isto, Ele levantou as suas mãos em direcção ao céu. Como Ele fez, os
Seus pés deixaram o chão e Ele começou a subir, ou a elevar-se para o céu. Enquanto Jesus era
levado para cima, Ele estava escondido atrás de uma nuvem. Então dois anjos apareceram e disseram
aos discípulos que um dia Jesus voltaria à terra tal como tinha ido para o céu.

1. Como esperar pela Promessa do Espírito Santo


Uma das acções mais poderosas que os cristãos podem realizar é reunir-se com outros cristãos em
oração. Embora haja grandes benefícios na oração privada, há um grande encorajamento e poder
quando os cristãos se reúnem em oração. É também importante que os cristãos aprendam paciência
com a vontade de Deus e com as mensagens que lhes são dirigidas. Porque os planos de Deus são
sempre maiores do que os cristãos podem compreender, muitas vezes o tempo de Deus será muito
diferente dos tempos e planos humanos. Aprender a esperar obedientemente na oração é essencial
para os cristãos.
Jesus visitou os seus discípulos várias vezes após a sua ressurreição. Durante estes tempos, Jesus
ensinou aos discípulos muitas coisas sobre o Espírito Santo vindouro e a base bíblica da sua morte e
ressurreição. Os discípulos ainda não haviam compreendido completamente a missão de Jesus, pois
ainda queriam saber se Jesus iria restaurar Israel como uma nação independente. Os discípulos não
começariam a compreender plenamente o ministério de Jesus e a sua missão no mundo até que o
Espírito Santo entrasse nos seus corações. Por isso, Jesus ordenou-lhes que regressassem a
Jerusalém após a sua ascensão e esperassem por este enchimento. Os discípulos não foram os únicos
a assumir que as bênçãos de Deus e a salvação eram principalmente para Israel. Deus chamou Jonas
para deixar Israel e pregar aos habitantes de Nínive. Os Ninevitas eram inimigos históricos de Israel.
Portanto, Jonas não queria obedecer a Deus, pois queria as bênçãos de Deus apenas para Israel, e
o castigo de Deus para consumir Nínive. No entanto, tanto com Jonas como com os discípulos, Deus
torna-lhes clara a mensagem de amor e salvação de Deus para todas as pessoas.

2. A Mensagem de Salvação deve ser pregada a todas as nações

Mesmo depois da ressurreição de Jesus e do seu ministério aos discípulos após a sua ressurreição,
os discípulos ainda lutaram para compreender a amplitude do ministério de Jesus. Havia ainda mais
sobre o reino de Deus que os discípulos precisavam de compreender. Jesus prometeu que o Espírito
52
Santo lhes daria poder para desempenharem o ministério de Jesus. À medida que os discípulos
continuassem a cumprir obedientemente a vontade de Deus nas suas vidas, viriam a compreender o
coração e a missão de Deus de formas mais profundas. Jesus está vivo e cuida de nós de formas que
vão para além da nossa compreensão. O sofrimento, morte e ressurreição de Jesus foram necessários
(tiveram de acontecer) para que Ele cumprisse tudo o que foi escrito do Messias (Cristo): Estas foram
um cumprimento das profecias das Escrituras a respeito do Messias (Cristo). Porque Deus criou todas
as pessoas e ama todas as pessoas, Deus quer que todas as pessoas experimentem a salvação.
Enquanto o ministério terreno de Jesus se concentrava principalmente na terra de Israel, o poder da
sua ressurreição e a Boa Nova da salvação são para todos os povos. Portanto, o ministério de Jesus
não terminou com a sua ressurreição. Em vez disso, quando o Espírito Santo veio sobre os cristãos,
o ministério de Jesus continuou. Além disso, por causa do Evangelho ser para o mundo inteiro, Jesus
ensinou aos seus discípulos que o Espírito Santo os enviaria aos confins do mundo, pregando o amor
e a salvação de Jesus.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Que promessa é que os dois homens vestidos de branco (anjos) deram aos seguidores de
Jesus, o Messias?
2. O que esperam experimentar quando vêem Jesus cara a cara?
3. Como é que a promessa do regresso de Jesus lhe dá forças para viver neste mundo caído e
quebrado?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-os que a Promessa do Espírito Santo foi crucial para
os discípulos cumprirem a Grande Comissão de ir e fazer discípulos semelhantes a Cristo em todas as
nações. Da mesma forma, não podemos fazer a obra de Deus sem a ajuda do Espírito Santo. O
cumprimento desta Promessa ajuda-nos a estar confiantes enquanto esperamos pela Segunda Vinda
de Jesus Cristo.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre pedindo à turma faça a oração de Pai Nosso.
A COMUNIDADE DE
JESUS CRISTO 22
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a Igreja universal é o representante
de Jesus Cristo na Terra.

Versículo a memorizar: Os que aceitaram a mensagem foram baptizados, e naquele dia


houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. (Actos 2:41).
53

Escritura: Actos 2:41-47; Efésios 1:15-23

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Permita
que os estudantes partilhem as suas ideias sobre o conceito da igreja.

N
o dia de Pentecostes, depois de estar cheio do Espírito Santo, Pedro pregou o Evangelho a
milhares de judeus que se tinham reunido em Jerusalém vindos de todo o mundo para a festa
judaica. O Espírito Santo, que trabalhou poderosamente nos discípulos que tinham sido cheios
do Espírito Santo, também trabalha na multidão que ouviu a pregação de Pedro. Milhares de pessoas
foram salvas. Estes recém-convertidos seguidores de Jesus começaram a reunir-se para adoração,
encorajamento, ensino e comunhão. A alegria da salvação de Jesus encheu de tal forma que os novos
crentes partilharam em comum todos os seus bens, e deram a todos os que necessitavam.

1. A Igreja não é o edifício, mas sim, o povo

A igreja não é um evento recém-chegado ao cenário da civilização mundial ou da história mundial.


Fundada apenas 10 dias após a ascensão de Jesus, durante quase 2000 anos a igreja tem dado a
Deus grande prazer ao adorá-Lo e ao servi-Lo. A igreja é a comunidade mundial de crentes em Jesus,
o Messias, e tem recebido instrução e bênção de Deus para ser o Seu instrumento de bênção na terra
desde o regresso de Jesus ao céu. A palavra inglesa "church" é uma palavra carregada que mesmo
entre os crentes temos de definir continuamente como o povo, e não como o edifício. Além disso, há
também a distinção a ser feita entre a igreja universal e a igreja local. A comunidade encaixa na
primeira, enquanto que a congregação encaixa na segunda.

Com o enchimento do Espírito Santo no Pentecostes, os discípulos de Jesus começaram finalmente a


compreender plenamente a sua vida, missão e ensinamentos. Começaram a compreender como Jesus
era um Servo Messias sofredor, em vez de um tipo de Messias que governava militarmente. A fim de
aprender mais sobre Jesus e partilhar a alegria que estes primeiros cristãos tinham, eles reuniam-se
regularmente. Estes primeiros cristãos eram principalmente judeus, e por isso ainda iam ao Templo
no sábado mas depois reuniam-se para comunhão, ensino e encorajamento aos domingos, conhecido
como o Dia do Senhor (o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos). No texto de Efésios, o Apóstolo
Paulo escreve sobre o poder e autoridade de Jesus Cristo. Este poder e autoridade estendem-se à
igreja, o povo reunido de Deus que reconhece Jesus Cristo como o Messias, o Salvador do mundo.
2. A Igreja representa o amor de Jesus Cristo uns para com os outros e para com as
pessoas de fora
A manifestação da graça, poder e misericórdia de Jesus Cristo na terra é a Igreja universal. A alegria
e preocupação que têm uns pelos outros é o testemunho da mudança que Jesus Cristo trouxe às
suas vidas. Uma das testemunhas mais fortes do poder de Jesus Cristo para transformar vidas na
Igreja primitiva foi o amor, comunhão e generosidade que estes primeiros cristãos demonstraram.
Embora muitas pessoas possam ter lutado para compreender que Jesus era o Messias, não podiam
ignorar o grande amor e alegria que tinham transformado estes seguidores de Jesus. Por vezes, o
maior testemunho que os cristãos têm não está no testemunho que falam em palavras, mas no
testemunho que demonstram através dos seus actos de amor e alegria.
Quinze grupos de pessoas ou nações estão representados em Actos 2:9-11. Estes povos
representavam o mundo conhecido daquele dia. Estes povos incluíam os Persas (Partos, Medos, 54
Elamitas, Mesopotâmicos), Egípcios, Norte-africanos (Líbia, Cirene), e Árabes. Desta forma, a igreja
pode solidificar a nova identidade de um crente, recordando-lhe quem são em Cristo e modelando
essa transformação na vida da igreja: filho, herdeiro, membro de uma nova família e membro de um
novo reino. Aproximadamente 3000 foram baptizados nesse dia, e acrescentados à comunidade dos
crentes. Eram muito provavelmente de todas as áreas do mundo e de todos os estilos de vida. Os
primeiros cristãos reuniram-se regularmente para partilhar os ensinamentos sobre Jesus, em
comunhão, em milagres, e em generosidade. Estes primeiros cristãos experimentaram a alegria de
perdão dos seus pecados e a infusão do Espírito Santo, e isso transformou não só as suas vidas
individuais, mas também as suas vidas em conjunto. Assim também, as nossas vidas devem mostrar
sinais de transformação à medida que procuramos viver o amor e a alegria que Jesus nos tem
mostrado nas nossas relações com os outros.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas formas específicas de ver a Igreja mostrar o amor e a graça de Jesus Cristo
aos outros?
2. Quais foram alguns dos actos de amor e alegria mais significativos que outros cristãos lhe
demonstraram?
3. Que dons e graças que Jesus lhe deu que possa partilhar com os outros esta semana?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-os de que a igreja não é o edifício, mas sim as
pessoas. O verdadeiro dono da igreja é Cristo. Os jovens são por vezes tentados a zangar-se com a
congregação e alguns pensam que a solução é abandonar a igreja. A lição de hoje ajudou-nos a
compreender que o amor a Deus e uns aos outros é a característica chave da Igreja.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre o grupo orando e louvando a Deus pela oportunidade e privilégio que Deus nos dá de fazer
parte da Sua igreja em Jesus Cristo.
O PROBLEMA DA
MENTIRA 23
Objectivo: Para ajudar os estudantes a compreender que o pecado não se contenta em estar
limitado ao seu coração, quer controlar também as suas acções. Encorajar os estudantes a
viver uma vida de integridade para que os seus pensamentos, sentimentos e acções possam
fluir de um amor por Deus e pelos outros.

Versículo a memorizar: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o
55
outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.
(Mateus 6:24)

Escritura: Actos 5:1-11; Josué 7

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior.
Pergunte-lhes porque as pessoas optam por mentir.

H
avia muitas pessoas pobres que viviam na cidade de Jerusalém. Por causa disso, os cristãos
vendiam pedaços de terra ou mesmo casas para que pudessem dar dinheiro aos apóstolos.
Os apóstolos pegavam então no dinheiro e davam-no ao povo pobre. Um dia, um homem
chamado Ananias, e a sua esposa, Safira, venderam uma parte da sua propriedade por muito dinheiro.
Eles devem ter-se tornado muito egoístas quando viram todo o dinheiro. Em vez de dar todo o
dinheiro aos apóstolos, decidiram ficar com parte do dinheiro para si próprios, pegaram no resto do
dinheiro e deram-no aos apóstolos. Ananias e Safira queriam que os apóstolos acreditassem que
estavam a dar todo o dinheiro que tinham recebido pelos seus bens. Os apóstolos podiam dizer que
estavam a mentir. Porque tinham mentido a Deus, Ananias e Safira morreram instantaneamente. As
outras pessoas aprenderam que nunca deveriam mentir a Deus.

1. O cristão deve evitar enganar os outros

Cheios do Espírito Santo, os primeiros cristãos gozavam de grande comunhão com Deus e uns com
os outros. Tão cheios de alegria e amor, que doaram os seus bens à igreja para cuidar dos pobres.
Alguns até venderam casas e terras, e doaram as receitas. Deus não ordenou nada disto. Os cristãos
simplesmente deram livremente, respondendo ao grande amor de Deus. Ananias e Safira decidiram
vender algumas das suas terras e doar uma parte do produto da venda. No entanto, em vez de
simplesmente dizerem aos outros que a sua oferta era apenas uma parte das receitas, mentiram, e
disseram aos outros que tinham doado a quantia total. Embora estivessem a ser generosos, porque
Satanás ainda tinha o controlo dos seus corações, permitiram que a sua ganância os levasse a
enganar os outros. Um pouco de pecado pode causar grandes problemas. Por causa disso, Deus
decidiu castigá-los imediatamente, para que a sua ganância e engano não se espalhassem por toda
a igreja. Este acontecimento causou grande medo de tomar a igreja, pois os primeiros cristãos
perceberam que o grande poder da ressurreição poderia trazer, não só a salvação do pecado, mas
também o julgamento do pecado. Um episódio semelhante à ganância de Ananias e Safira ocorreu
pouco depois de os israelitas terem entrado na Terra Prometida. Acã, em vez de obedecer às ordens
de Deus para que os israelitas trouxessem todo o seu despojo para uso de Deus, roubou alguns
objectos de valor. Tal como Ananias e Safira, Acã e a sua família pagaram o preço final pelo pecado
e engano de Acã.

2. Um cristão não pode gerir o pecado na sua vida

Embora a ressurreição de Jesus quebre o poder do pecado, os cristãos ainda podem optar por permitir
que o pecado reine nas suas vidas. Em particular, Ananias e Safira acreditavam que podiam servir a
Deus e permanecerem gananciosos e enganadores. Deus demonstrou para os primeiros cristãos o
incrível perigo de acreditarem que podiam gerir o pecado. Embora Deus não espere que os cristãos
56
vivam na perfeição, existe um grande perigo quando os cristãos escolhem afirmar que estão a seguir
a Deus, ao mesmo tempo que escolhem deixar o pecado dominar as suas vidas. Os cristãos precisam
de se lembrar, o pecado não se contenta em ter apenas parte do coração de uma pessoa. Um cristão
não pode gerir o pecado na sua vida. Se o cristão permitir que o pecado permaneça no seu coração,
esse pecado infectará também outras partes da vida do cristão. Os pecados internos como a ganância
também não permanecem no interior, mas tornam-se manifestos também nas acções do cristão. Uma
vida de integridade é quando as crenças e acções de um cristão são alinhadas. É muito importante
que os cristãos não aceitem simplesmente Jesus como seu Salvador, mas também se esforcem por
permitir que Cristo reine também nos seus corações e acções.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Qual é a natureza do pecado que levou este casal a mentir sobre a sua oferta, quando Deus
nunca lhes ordenou que dessem todo o produto da venda em primeiro lugar?
2. Porque a ganância pode ser um vício tão destrutivo para os cristãos e para aqueles que os
rodeiam?
3. Porque Satanás quer que os cristãos acreditem que os pecados íntimos são inofensivos?
4. Quais são algumas formas de os pecados interiores se manifestarem nas acções e atitudes de
um cristão?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-os que Deus quer que vivam uma vida de integridade.
Sozinhos não são capazes, mas através do poder do Espírito Santo podem conseguir. Ajude-os a
compreender que, como seres humanos, os seus pecados podem trazer problemas para aqueles que
vivem perto deles. Como jovens, precisam de saber que, em alguns casos, a sua atitude e o seu
comportamento podem cheirar mal aos seus pais para ficarem doentes. Pode dar-lhes alguns minutos
para discutir o tipo de doença que podem trazer aos seus pais se permanecerem em pecado.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre o grupo orando a Deus por uma vida de integridade que O glorifique. Nesta oração, agradeça
a Deus pelo Espírito Santo que nos permite vencer a ganância e o engano.
PERDOAR OS
NOSSOS
PERSEGUIDORES
24
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que ser uma testemunha de Jesus Cristo
pode levar à perseguição e ao sofrimento. Se assim for, porém, apenas dá ao cristão uma
oportunidade de ser mais como Jesus. O perdão é uma virtude cristã muito difícil de pôr em
prática, mas liberta o cristão de permitir que a amargura e o ódio sejam destruídos nos seus
corações.

Versículo a memorizar: Estêvão, homem cheio da graça e do poder de Deus, realizava 57


grandes maravilhas e sinais entre o povo (Actos 6:8).

Escritura: Actos 6:8-7:50; Jeremias 38:1-14

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Peça
aos estudantes para partilharem a sua experiência quando sofreram perseguição por causa da sua
fé. Como a superaram?

E
stêvão era um homem muito sábio e não tinha medo de falar de Jesus às pessoas. Tal como
Pedro e João, Deus graciosamente decidiu fazer milagres através de Estêvão. Estêvão sabia
que a razão pela qual podia fazer estes milagres era porque o Espírito Santo o estava a ajudar.
Alguns homens judeus não gostavam do que Estêvão estava a fazer. Acusaram Estêvão de dizer
coisas terríveis sobre Moisés e Deus, e levaram Estêvão a tribunal. Enquanto estavam no tribunal,
Estêvão olhou para o céu. Ele disse aos judeus que podia ver Jesus ao lado de Deus. Os homens
ficaram furiosos e arrastaram Estêvão para fora da cidade. Apanharam pedras do chão e começaram
a atirá-las a Estêvão. Estêvão olhou para o céu e pediu a Jesus que perdoasse os homens por terem
feito isto. Então Estêvão morreu. Estêvão foi o primeiro homem a ser morto só porque contou às
pessoas sobre Jesus.

1. Sem a graça de Deus, não podemos perdoar os nossos perseguidores.

A oposição religiosa a Jesus assumiu que, uma vez crucificado Jesus, os seus seguidores deixariam
de pregar sobre Jesus. Contudo, cheios do Espírito Santo, muitos cristãos não só pregavam sobre
Jesus, mas também realizavam sinais e prodígios poderosos em nome de Jesus. Por conseguinte,
alguns líderes religiosos acreditavam que agora tinham de começar a matar os seguidores de Jesus.
Tal como Jesus, porém, os líderes religiosos não tinham autoridade para matar Estêvão. Também
não tinham provas de que Estêvão tivesse cometido quaisquer crimes dignos de morte. Por vezes, as
pessoas acreditam que é correcto infringir as suas próprias leis. Acreditam que é correcto cometer
um crime para conseguirem o seu caminho. No entanto, Jesus ensinou que nunca é correcto cometer
um crime para se conseguir o seu caminho. Jesus ensinou que era mais importante amar do que agir
violentamente por raiva. Estêvão foi o primeiro mártir cristão, o que significa que foi o primeiro cristão
morto por causa da sua fé em Jesus Cristo. Tal como Jesus, Estêvão amava a Deus e aos outros,
tanto que perdoou àqueles que o estavam a matar.
Tal como Estêvão, as autoridades perseguiram Jeremias por falar a verdade sobre Deus. Enquanto
as autoridades deveriam ter ouvido a mensagem de Deus de Jeremias e arrependido dos seus
pecados, optaram, em vez disso, por calar Jeremias. Jeremias sabia que as autoridades o
perseguiriam por dizer a verdade sobre Deus, mas Jeremias também sabia que era mais importante
ser fiel a Deus do que ter medo das pessoas que estão a ensinar as coisas erradas sobre Deus.

2. Em tempo de perseguição, é importante ouvir Jesus e ser obediente a Ele

É triste que o ministério para Jesus, que tanto ensinou sobre amor e perdão, possa levar a uma
perseguição tão terrível. Os primeiros cristãos ajudaram os pobres, fizeram milagres, e ensinaram a
verdade sobre Deus. No entanto, isto não só não os protegeu de danos, como também levou as
autoridades religiosas a castigá-los. Contudo, ninguém gosta de sofrer, é mais importante ser fiel a
58
Jesus do que tentar evitar o sofrimento. Além disso, enquanto Jesus não chama os cristãos a procurar
perseguição, é importante ouvir fielmente Jesus e ser obediente sempre que Jesus o chama a agir ou
a falar em seu nome. É difícil amar as pessoas que o perseguem. Também é difícil perdoar as pessoas
que o prejudicam. No entanto, Jesus é modelo para os cristãos que o ódio e a amargura não têm
lugar no coração de uma pessoa. Se o cristão que enfrenta a perseguição permite que o ódio e a
amargura se acumulem nas suas vidas, então Satanás vence, porque Deus não é o Senhor único dos
seus corações. O perdão, que é de importância vital para os cristãos praticarem, pode levar muito
tempo a crescer. Deus não quer que os cristãos enfureçam outras pessoas. Deus reconhece, no
entanto, que algumas pessoas ficarão muito zangadas quando nos virem a amar os outros ou quando
nos ouvirem falar de Jesus. Enquanto outros podem ficar zangados, os cristãos devem servir a Deus
primeiro, e agir e falar quando Deus os leva a agir e a falar.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque algumas pessoas ficam muito perturbadas quando outras pessoas agem de forma
muito amorosa e generosa?
2. O que um cristão pode fazer para tornar mais fácil perdoar os outros?
3. O que diria a um cristão que está a lutar por causa da perseguição que enfrentam?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-os de que a vida cristã não significa parar de sofrer.
Deus é fiel para nos proteger na nossa jornada cristã. Há momentos em que vem a perseguição.
Precisamos de confiar em Deus nesses momentos difíceis e estar prontos a seguir o que o Espírito
Santo nos guiará a fazer ou a falar. Perdoar os perseguidores ajuda os cristãos a partilhar o amor
incondicional de Cristo.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre pedindo à turma que faça a oração de Pai Nosso.
DO ZELO CONTRA
CRISTO AO ZELO
POR CRISTO
25
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que Deus chamou Saulo para mudar a sua
vida, de perseguidor dos seguidores de Jesus, para ser um dos maiores pregadores sobre
Jesus que o mundo já conheceu.

Versículo a memorizar: Mas o Senhor disse a Ananias: "Vá! Este homem é meu
instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o 59
povo de Israel. (Actos 9:15)

Escritura: Actos 9:1-19; Números 22:21-41

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior.
Pergunte-lhes se conhecem alguém cuja mudança de vida os inspiram.

S
aulo era um judeu que não gostava de ouvir os cristãos contar aos outros sobre Jesus. Saulo
pediu permissão ao sumo-sacerdote para reunir todos os cristãos em Damasco. Ele queria levá-
los de volta para Jerusalém e mandá-los para a prisão. Saulo e alguns outros homens
começaram a viajar para a cidade de Damasco. De repente, apareceu uma luz brilhante do céu, e
Saulo caiu no chão. Então Saulo ouviu a voz de Jesus a perguntar-lhe porque queria magoar os
cristãos. Ao magoar os cristãos, ele estava a magoar Jesus. Quando Saulo se levantou do chão, não
conseguia ver. A luz tinha-o cegado. Os outros homens tinham de conduzir Saulo até à cidade. Deus
disse a um homem chamado Ananias para ir ter com Saulo e orar com ele. Depois de Ananias ter
orado, Jesus curou Saulo para que ele pudesse ver novamente. O Espírito Santo estava com Saulo e
ele queria ser baptizado. Saulo tinha-se tornado cristão. As pessoas também chamaram Saulo por
outro nome - Paulo.

1. Deus pode mudar o coração de qualquer pessoa


Esta é uma das histórias de conversão mais importantes da Bíblia. Até aquela altura, os seguidores
de Jesus tinham levado a mensagem de Jesus a muitas das cidades de Israel. No entanto, com a
conversão de Saulo, mais tarde conhecido como Paulo, a mensagem de Jesus irá percorrer todo o
Império Romano. A conversão de Saulo é especialmente significativa porque a sua vida demonstrou
a mudança radical que Deus pode fazer na vida de uma pessoa. Saulo não era apenas um pecador
necessitado de salvação; Saulo perseguia activamente os seguidores de Jesus. Saulo não acreditava
que Jesus fosse o Messias, e queria aprisionar quem quer que fosse que ensinasse que Ele era. No
entanto, quando Jesus o confrontou na Estrada de Damasco, Saulo apercebeu-se do quão errado ele
estava. Deus chamou um dos seguidores de Jesus, Ananias, para começar a falar de Jesus a Saulo.
O medo encheu Ananias, porque a notícia tinha espalhado de todo o mal que Saulo estava a fazer
aos seguidores de Jesus. No entanto, Deus assegurou a Ananias que tudo estaria bem, que Deus
estava no comando, não Saulo. Ananias obedeceu a Deus, e fez com que Saulo recuperasse a sua
visão. Saulo creu em Jesus e foi baptizado.
Deus confrontou Balaão de uma forma muito estranha, ao fazer o seu burro falar com ele! Deus
tinha uma mensagem muito importante para Balaão, e escolheu confrontar Balaão de uma forma
muito chocante, a fim de garantir que Balaão ouvisse e obedecesse à mensagem de Deus. Tal como
o confronto de Deus com Saulo na estrada de Damasco, Balaão não podia duvidar da mensagem de
Deus para ele, e fez exactamente o que Deus lhe disse para fazer.

2. Deus prepara-nos para o Seu ministério mesmo antes de sabermos


Deus tinha em mente um trabalho muito específico para Saulo. Porque o Evangelho de Jesus Cristo
era para todos os povos e não apenas para os judeus, Deus precisava de alguém que pudesse
defender a mensagem de Jesus tanto para os judeus como para os não Judeus. Devido à educação
e cidadania de Saulo numa cidade gentia, à sua educação e cidadania tanto romana como judaica, e
à sua capacidade de ser muito persuasivo, Deus identificou Saulo como uma excelente pessoa para 60
partilhar a mensagem de Deus aos não Judeus. Mas um grande problema, Saulo não só não
acreditava que Jesus era o Messias, como também perseguia os seguidores de Jesus. Por
conseguinte, Deus confrontou Saulo de uma forma radical que iria mudar a sua vida para sempre.
Após este encontro, Saulo passou vários anos a aprender sobre Jesus e a vida cristã antes de começar
a sua obra missionária para Jesus. Saulo pensava que estava a viver uma boa vida. No entanto, Deus
fê-lo perceber que a sua vida precisava de uma mudança radical. A mudança não veio de uma só
vez, levou anos até que Saulo estivesse pronto para iniciar o seu ministério missionário. Esse tempo
de preparação para o ministério foi muito importante. Saulo tinha agido por raiva e paixão quando
perseguia os seguidores de Jesus, Deus precisava de reorientar essa raiva e paixão para algo bom, o
Evangelho. Assim também, Deus não muda os cristãos de uma só vez. Embora os cristãos façam uma
mudança significativa na conversão, Deus continua a mudá-los, para os tornar mais semelhantes com
Jesus, para o resto das suas vidas. Depois de Jesus ter confrontado Saulo, Saulo passou três dias em
oração e jejum, à espera que Deus lhe revelasse os próximos passos que deveria dar. É muito
importante para os cristãos terem tempos regulares de oração e jejum para que possam ouvir e
compreender melhor a mensagem de Deus para eles.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Como Deus o confrontou com a sua necessidade de se tornar um cristão?
2. Que tipo de mudanças Deus fez na sua vida?
3. Qual tem sido a sua experiência em passar o tempo em oração e jejum?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre-lhes que a transformação dos seus corações é feita
pelo Espírito Santo. Embora tenham experimentado a mudança radical quando receberam Cristo pela
primeira vez, Deus continua a mudá-los para os tornar mais semelhantes a Cristo, para o resto da
sua vida.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre a classe orando juntos agradecendo a Deus pela transformação radical que experimentaram
quando receberam Jesus Cristo como seu Salvador.
Unidade 3:

ARTIGOS DE FÉ

Objectivo da Unidade:

As lições desta unidade são para ajudar os estudantes a compreender os artigos da nossa fé. Artigos
de Fé são declarações que fazem o sentido central da nossa denominação e fornecem a ligação
essencial que une a Igreja como um todo unificado e coeso. Estes artigos não são meras ideias de
homens e mulheres que se reúnem periodicamente para elaborar um consenso. Pelo contrário, são
a descrição dos ensinamentos da Palavra de Deus, A Bíblia Sagrada. 61

 Lição 26: O Deus Trino


 Lição 27: Jesus Cristo
 Lição 28: O Espírito Santo
 Lição 29: A Sagrada Escritura
 Lição 30: Pecado, Original e Pessoal
 Lição 31: Expiação
 Lição 32: Graça Preveniente
 Lição 33: Arrependimento
 Lição 34: Justificação, Regeneração, Adopção
 Lição 35: Santidade Cristã e a Inteira Santificação
 Lição 36: A Igreja
 Lição 37: Baptismo
 Lição 38: A Ceia do Senhor
 Lição 39: Cura Divina
 Lição 40: A Segunda Vinda de Cristo
 Lição 41: Ressurreição, Julgamento e Destino
O DEUS TRINO
26
Objectivo: Ajudar os estudantes a acreditar que Deus é Um e Ele manifesta-se em Três
Pessoas; o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. O Deus Trino criou os céus e a terra, e que Deus
os criou "bons". "Acreditar também que Deus criou o casamento como uma relação especial
entre um homem e uma mulher.

Versículo a memorizar: Assim Deus criou a humanidade à sua imagem, à imagem de Deus 62
a criou; homem e mulher os criaram. (Génesis 1:27)

Escritura: Génesis 1-2; João 1:1-14

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos da Fé. Hoje a lição será baseada na
Santíssima Trindade de Deus. Peça-lhes que partilhem o que sabem sobre esta doutrina. Lembre-
lhes que o termo "Trindade" é teológico e que não o podem encontrar directamente na Bíblia.

H
á muito, muito tempo atrás, Deus criou tudo. Em apenas seis dias Ele criou o céu, o mar, e a
terra. Ele também fez todas as árvores, plantas, animais e flores. Depois, Deus tirou o pó da
terra e criou um homem. Ele chamou a este homem Adão. Deus colocou Adão num belo
jardim que Ele tinha feito, o Jardim do Éden. Adão devia tomar conta de tudo o que Deus tinha criado.
Deus reparou que Adão era solitário. Ele decidiu criar alguém que pudesse ajudar Adão e fazer-lhe
companhia. Deus fez Adão cair num sono muito profundo. Enquanto Adão dormia, Deus pegou numa
das suas costelas e fez uma mulher. Deus deu a mulher a Adão, e Adão deu-lhe o nome de Eva. Deus
estava muito satisfeito com tudo o que tinha feito. E, no sétimo dia, Ele descansou.

1. O Deus Trino é o Único Deus a ser adorado

O cristianismo é uma religião monoteísta, o que significa que acredita num só Deus. Este Deus único
criou este mundo, tal como delineado em Génesis 1 e 2. A última expressão da criação de Deus é a
humanidade, que foi criada à imagem de Deus. No entanto, Deus é mais do que Criador, Deus é
também Redentor (em Jesus Cristo) e Sustentador (no Espírito Santo). Por causa do amor de Deus,
quando a humanidade caiu em pecado, Deus estendeu a mão para oferecer um caminho para o
perdão, salvação e comunhão. A expressão perfeita e última da oferta de salvação de Deus é através
de Jesus Cristo, quando Deus se fez carne. Jesus ministrou, morreu, e ressuscitou dos mortos. Após
o regresso de Jesus ao Céu, Deus veio à terra como o Espírito Santo. O Espírito Santo é a própria
presença de Deus na vida dos cristãos, tornando a vida de Jesus Cristo real e viva nos cristãos. O
Espírito Santo capacita os cristãos a viverem no poder, amor e santidade de Deus. Assim, Deus é um
só, mas expresso de três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. Todas estas expressões são provas do
desejo amoroso de Deus de estar em relação com a humanidade.
2. O Deus Trino criou tudo

O começo é muito importante porque se não começar bem, nunca poderá chegar ao destino certo.
Génesis 1 e 2 dão-nos alguns factos fundamentais sobre Deus, este mundo e sobre nós próprios. Se
vamos viver vidas abençoadas e alegres, precisamos de ter a certeza de basear a nossa fé nos factos
verdadeiros e fundamentais que os dois primeiros capítulos do Génesis revelam. Primeiro, Deus tomou
o que é caótico (sem forma e vazio), e levou-o à ordem. Cada um dos sete dias da criação revela a
intenção e a alegria que Deus teve em criar este mundo e tudo o que nele existe. Deus criou tudo o
que é "bom". Segundo, cada dia Deus olhou para o que Ele fez e declarou que era "bom". O mundo
em que vivemos, embora agora muitas vezes tenha cicatrizes do pecado, foi originalmente criado
"bom". Terceiro, Deus criou a humanidade de forma diferente de todo o resto. A humanidade não é
apenas mais um animal, não é apenas mais um ser vivo. Em vez disso, a humanidade tem a bênção 63
especial de ter sido criada à "imagem de Deus". Também vemos na criação do primeiro homem e
mulher que a humanidade é criada para estar em relação uns com os outros. O casamento é a relação
especial que Deus criou para um homem e uma mulher entrarem para que possam desfrutar da
relação conjugal e continuar a raça humana. À medida que a história bíblica avança, veremos as
responsabilidades e privilégios especiais que vêm com esta imagem de Deus a ser colocada nas
nossas vidas. Uma segunda criação começa com o nascimento de Jesus Cristo. Não uma criação física
da terra e dos céus, mas a criação espiritual de um novo Povo de Deus. Através de Jesus Cristo, Deus
oferecerá salvação, cura, e bênção futura a todos os povos. Deus criou todas as coisas "boas", mas
o pecado trouxe dor e quebrantamento ao mundo. Em Jesus Cristo, Deus oferece-se para trazer a
cura a esta Criação caída.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. O que saberíamos sobre o Deus infinito e a Sua vontade se Ele não nos revelasse isso em
linguagem humana?
2. Como seria a vida se Deus fosse apenas o Criador do mundo, e não Redentor e Sustentador
também?
3. Quais são os atributos de Deus que as pessoas à sua volta mais precisam de ver na sua vida?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição à turma. Explique aos alunos que quando falamos do Deus Trino não
estamos a referir-nos a três deuses. Não estamos a referir-nos a três pedaços de um só Deus.
Referimo-nos ao Deus Único que se manifesta em Três Pessoas: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.
Isto significa que adorar o Pai não é idolatria; adorar a Jesus Cristo não é idolatria; adorar o Espírito
Santo não é idolatria. Não há outro Deus que mereça a nossa adoração e adoração, excepto este
Deus Uno e Trino.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre a lição orando em conjunto agradecendo a Deus como nosso Criador. Após a oração, abençoe
a sua turma lendo 2 Coríntios 13:14.
JESUS CRISTO
27
Objectivo: Ajudar os Estudantes a acreditar que Jesus é o Filho de Deus que tem o poder
de perdoar pecados e de realizar milagres.

Versículo a memorizar: Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua do mudo cantará
de alegria. Águas irromperão no ermo e riachos no deserto (Isaías 35:6)
64
Escritura: Marcos 2:1-12; Isaías 35

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na doutrina
de Jesus Cristo.

J
esus foi para a cidade de Cafarnaum. Este foi o lugar a que Ele chamou casa. Tanta gente queria
ver Jesus que alguns tiveram de ficar do lado de fora da casa onde Ele estava a pregar. Houve
quatro homens que ouviram dizer que Jesus estava em Cafarnaum. Estes homens tinham um
amigo que não podia andar porque estava paralisado. Assim, pegaram no homem paralítico e
levaram-no até Jesus, sabendo que Jesus era o único que podia curar o seu amigo. Quando lá
chegaram, não puderam entrar para ver Jesus, por isso levaram o paralítico até ao telhado. Abriram
um buraco no telhado e baixaram o homem para dentro da sala até ele estar ao lado de Jesus. Jesus
sabia que os amigos deste homem tinham fé que Ele podia curar o amigo deles. Jesus disse ao
homem paralítico que os seus pecados tinham sido perdoados. Então Jesus disse-lhe que se
levantasse e pegasse na esteira em que estava deitado. E ele fê-lo! Ele voltou a andar! Jesus tinha
curado o homem paralítico.

1. Jesus Cristo merece a nossa devoção e adoração

Jesus Cristo é a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Enquanto os cristãos normalmente falam
de Deus, a primeira pessoa da Trindade, como o Criador, os cristãos normalmente falam de Jesus
como Redentor. Quando a humanidade não só caiu em pecado, mas se mostrou incapaz de servir a
Deus com um coração verdadeiro através da Lei dada no Antigo Testamento, Deus veio à terra como
Jesus Cristo para providenciar um caminho de verdadeira salvação. As duas naturezas da divindade
e da humanidade habitaram dentro de Jesus Cristo. Através da obediência de Jesus à vontade de
Deus, à sua morte e ressurreição, Deus colocou o castigo do pecado sobre Jesus na sua crucificação.
Através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo, a humanidade recebe o perdão pelos seus
pecados. A divindade de Jesus é demonstrada pela Sua autoridade sobre o pecado. Ao pronunciar o
perdão dos pecados de um homem, e depois mostrar a Sua capacidade de curar, Ele mostrou que
tem autoridade para perdoar pecados, alguma coisa que só Deus pode fazer. Qualquer pessoa pode
afirmar que é o Messias. Como pode alguém discernir se a pessoa é realmente o Messias? Deus
encheu o Antigo Testamento com profecias sobre o Messias. Portanto, podemos perguntar: "Será
que esta pessoa que afirma ser o Messias cumpre essas profecias? Jesus cumpre. Em segundo lugar,
podemos perguntar: "Será que esta pessoa está a realizar milagres que só Deus pode realizar?" Mais
uma vez, Jesus realizou milagres como ninguém tinha feito antes dele. Jesus sabia que seria difícil
para as pessoas acreditarem que alguém de Nazaré era o Messias. Portanto, ele não só ensinava
sobre Deus, como fazia milagres para apoiar os seus ensinamentos. Nesta passagem, temos dois
milagres, um muito mais difícil do que o outro. O povo está espantado com a cura do homem
paralítico. No entanto, é o perdão de Jesus pelos seus pecados que é o maior milagre.

2. Jesus tem o poder de perdoar o pecado

Após o seu baptismo, as suas tentações, chamando os seus discípulos, Jesus agora empenhou-se
plenamente no seu ministério. O seu ministério concentrou-se no ensino e na cura. A fama de Jesus
tinha-se espalhado, e alguns amigos de um paralítico acreditavam que se pudessem simplesmente
levar o seu amigo a Jesus, Jesus curaria o seu amigo. Os amigos mostraram tanto a sua fé em Jesus
como o seu profundo amor pelo seu amigo, indo a um esforço tão dramático para levar o seu amigo
a Jesus. Surpreendentemente, Jesus decidiu, em vez de curar o homem de imediato, perdoar primeiro
os seus pecados. Depois de declarar os pecados deste homem perdoados, alguns na multidão 65
começaram a queixar-se. Jesus afirmou ser mais do que um professor ou fazedor de milagres. Só
Deus pode perdoar pecados, e assim alguns dos professores da lei na multidão queixaram-se uns aos
outros de que Jesus estava a blasfemar. Blasfémia é alegar ser Deus ou alegar coisas sobre Deus que
não são verdadeiras. Jesus sabia que estavam a queixar-se dele e Ele confrontou-os. Eles vieram
para ver um fazedor de milagres, mas Jesus afirmou ser muito mais do que um fazedor de milagres.
Perdoar pecados é algo que só Deus pode fazer.

Isaías profetizou sobre o ministério do Messias que estava por vir. Parte da forma como as pessoas
seriam capazes de reconhecer o Messias é que ele faria milagres. Especificamente no versículo 6,
ouvimos dizer que o coxo saltaria como um cervo, uma profecia cumprida na cura deste homem
paralítico. Perdoar pecados é uma marca da divindade de Jesus; a verdadeira natureza de Jesus é
confirmada desde cedo no seu ministério. Porque Jesus tem as mesmas características de divindade
que Deus, Ele é Deus. Os cristãos compreendem que Jesus é 'Deus Filho', não concebido fisicamente
por Deus, mas a imagem exacta de Deus para os homens verem, conhecerem e seguirem (Hebreus
1:1-4).

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Que prova Jesus o Messias oferece de que Ele tem autoridade para perdoar pecados? O que
Jesus o Messias realmente revela ao mostrar a Sua autoridade para perdoar pecados?
2. De que forma é o nosso corpo um milagre de Deus, em primeiro lugar?
3. O que lhe diz sobre a natureza de Deus que Jesus veio voluntariamente à terra para morrer
por uma humanidade pecadora?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição à turma. Explique aos alunos que Jesus Cristo é a Segunda Pessoa da
Trindade. Declarando assim que acreditamos que Jesus Cristo não é uma criatura. Juntamente com
o Pai e o Espírito Santo, é o Deus Criador.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela sua comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje.
Encerre pedindo à turma que faça a oração de Pai Nosso.
O ESPÍRITO SANTO
28
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender a doutrina do Espírito Santo e o Seu
trabalho no mundo e na Igreja. Ajudá-los a compreender que o Espírito Santo não é para ser
usado. É Ele quem nos deve usar.

Versículo a memorizar: Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e os gregos


que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era 66
engrandecido (Actos 19:17)

Escritura: Actos 19:1-20; João 11:1-54

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na
doutrina do Espírito Santo.

P
aulo viajou até Éfeso e pregou sobre Jesus. Deus estava a usar Paulo para curar pessoas e
expulsar demónios que estavam nas pessoas. Alguns homens que não eram cristãos tentaram
expulsar um demónio de um homem. Quando não funcionou, o homem possuído por demónios
atacou-os. Muitas pessoas que praticavam feitiçaria e magia maligna ouviram falar do homem
possuído por demónios. Estas pessoas tinham feitiços especiais que diriam. Estes feitiços foram
escritos em pergaminhos. Um pergaminho é um longo pedaço de papel que se tem de desenrolar
para se poder ler o que nele está escrito. Quando as pessoas ouviram o que tinha acontecido, ficaram
aterrorizadas. Muitas pessoas creram naquele momento que Jesus era o único que tinha o poder de
expulsar demónios. Aqueles que acreditavam pediam a Jesus que os perdoasse dos seus pecados.
Depois pegaram nos seus pergaminhos com os feitiços malignos, colocaram-nos numa pilha, e
queimaram-nos.

1. O Espírito Santo convence as pessoas dos seus pecados

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Enquanto os cristãos normalmente falam
de Deus, a primeira pessoa da Trindade, como o Criador, de Jesus, a segunda pessoa da Trindade,
como Redentor, os cristãos normalmente falam do Espírito Santo como Sustentador. Porque na
ressurreição de Jesus Deus quebrou o poder do pecado, quando um cristão convida Deus para os
seus corações, Deus como Espírito Santo habita no coração do cristão. Com a habitação do Espírito
Santo, o poder de Deus está em acção na vida do cristão. Este poder de Deus em acção no cristão
capacita o cristão a viver a vida de Jesus, uma vida de pureza, amor e alegria. Paulo pregou sobre
Jesus na cidade de Éfeso durante três anos. Durante esse tempo, Paulo realizou muitos milagres, e
muitas pessoas tornaram-se crentes. Havia muitas pessoas em Éfeso que praticavam artes mágicas.
Um dia, algumas pessoas que não eram cristãs tentaram praticar magia expulsando um demónio,
invocando o nome de Jesus e Paulo. O demónio respondeu-lhes: "Jesus eu conheço, e Paulo eu
conheço, mas quem és tu?" Então o homem com o demónio atacou as pessoas usando o nome de
Jesus e Paulo, e bateu neles. Quando as pessoas em Éfeso ouviram falar disto, respeitaram
profundamente Jesus. Reconheciam que era perigoso tentar e praticar magia, pois o Deus sobre o
qual Paulo pregava era o único Deus verdadeiro. Portanto, reuniram todos os pergaminhos que
continham informações sobre as artes mágicas e queimaram-nos todos. Havia tantos pergaminhos
queimados, que seriam necessárias centenas de anos de trabalho para ganhar dinheiro suficiente
para os substituir.

2. O Espírito Santo permite aos crentes testemunhar o Poder de Deus

Paulo passou cerca de três anos a ministrar em Éfeso. Como habitualmente, começou o seu ministério
na sinagoga, tentando convencer os judeus de que Jesus era o Messias. No entanto, Paulo enfrentou
67
muita oposição na sinagoga, e acabou por estabelecer o seu próprio horário semanal de ministério
numa sala de conferências. O ministério de Paulo demonstrou o poder de Deus através de obras
milagrosas, assim como o seu ensino e pregação. Muitos outros quiseram usar este poder de Deus
trabalhando através de Paulo, mas como o texto demonstra com os filhos de Ceva, o poder de Deus
não é como a magia, como uma possessão que se pode usar desde que tenham os nomes especiais
a invocar. Os filhos de Ceva, um sumo sacerdote, tentaram usar o nome de Jesus e o nome de Paulo
para expulsar um demónio, mas acabaram por ser mal espancados pelo homem possuído por
demónios. O povo de Éfeso, ao ouvir falar deste ataque, começou a levar o nome de Jesus muito
mais a sério. Reconheceram que Jesus era diferente de todos os falsos deuses que adoravam, e o
poder de Jesus era maior do que todos os feitiços mágicos que podiam lançar. Houve um grande
reavivamento em Éfeso, pelo menos temporariamente, e as pessoas queimaram os seus muito
valiosos pergaminhos que continham os falsos feitiços mágicos que se aperceberam de que não
valiam nada. Deus demonstra amor através de Jesus Cristo. Jesus não se limitou a ensinar e a fazer
milagres, Jesus amou. Nas lágrimas que derramou por Lázaro e por aqueles que estavam de luto por
Lázaro, Jesus demonstra o facto de que o amor de Deus por nós é real.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. O que devemos esperar ver na vida de um cristão que afirma ser cheio do Espírito Santo?
2. Como o poder de Deus pode actuar dentro da vida de um cristão?
3. Porque é que é tão perigoso envolver-se numa guerra espiritual se não se está possuído com
o verdadeiro poder de Deus?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Explique aos alunos que o Espírito Santo não é um ser
impessoal a ser usado, manipulado, ou coagido. Em vez disso, o único Deus verdadeiro é pessoal,
amoroso, e quer estar em relação com a humanidade. Peça aos alunos para partilharem a sua
experiência sobre como algumas pessoas enfatizam os milagres enquanto a sua vida não mostra a
presença do Espírito Santo.

DESAFIO:

Peça à turma que partilhe como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a aula orando em conjunto louvando a Deus pelo fruto e dons do Espírito Santo.
A SAGRADA
ESCRITURA 29
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a Bíblia é um guia para o caminho da
salvação e para viver uma vida santa

Versículo a memorizar: Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam
as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". (Mateus 5:16)
68

Escritura: Mateus 5:1-20; Romanos 8:18-30

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na doutrina
das Escrituras Sagradas

J
esus tornou-se muito popular entre muitas das pessoas que O rodeavam. As pessoas queriam
ouvir Jesus porque Ele cuidava delas e queria ajudá-las. Jesus não era como os fariseus, que
apenas ensinavam sobre as regras que as pessoas deviam seguir. Um dia, Jesus ia falar a um
grupo de pessoas. Muitas pessoas foram escutá-Lo. Quando Jesus viu a multidão a aproximar-se
Dele, caminhou para uma montanha perto de Cafarnaum e sentou-se. A multidão de pessoas seguiu
Jesus até à montanha e também se sentou. Jesus falou com o povo durante muito tempo. Falou-lhes
de muitos temas diferentes: como deviam tratar uns aos outros; como podiam contar aos outros
sobre o amor e perdão de Deus; como deviam dar aos pobres; sobre o céu; e até mesmo como
deviam orar.

1. A Bíblia é a Palavra de Deus que nos ensina a Verdade

Deus dá a Bíblia aos cristãos como um guia para o caminho da salvação e para viver uma vida santa.
Os 66 livros do Antigo e do Novo Testamentos revelam o coração e a vontade de Deus para a
humanidade. Através da inspiração do Espírito Santo, os cristãos recebem sabedoria e instrução de
Deus através do estudo da Bíblia. Jesus demonstra no Sermão da Montanha a importância de saber
mais do que factos sobre a Bíblia, mas de interpretar correctamente a Bíblia. Na passagem específica
para este estudo, as bem-aventuranças, Jesus declara o tipo de pessoa que resulta de seguir as
escrituras de Deus. Deus abençoa esta pessoa enquanto ela vive os ensinamentos das Escrituras. Em
2 Timóteo 3:10-17, o apóstolo Paulo ensina a Timóteo a importância da Bíblia para se tornar sábio e
para se preparar para o poderoso trabalho de Deus.

O Sermão da Montanha é o ensinamento mais longo de Jesus na Bíblia. O mesmo abrange três
capítulos (Mateus 5-7), e cobre muitos tópicos diferentes relacionados com a vida do cristão. Muitos
judeus na época de Jesus pensavam que a parte mais importante de ser um seguidor de Deus era
viver segundo todas as regras e rituais encontrados no Antigo Testamento. Jesus, contudo, ensinou
que a parte mais importante de ser um seguidor de Deus era viver o amor de Deus. Os discípulos de
Jesus não deviam concentrar-se em seguir regras, mas em amar a Deus e amar os outros. Se
amassem a Deus e amassem os outros, então seguiriam naturalmente todas as regras de Deus. A
primeira parte do Sermão da Montanha é uma lista de bem-aventuranças. As bem-aventuranças são
promessas feitas a pessoas que estão a atravessar tempos difíceis. Prometem conforto e recompensas
futuras. No entanto, as bem-aventuranças de Jesus são um pouco diferentes. Pois as bênçãos que
Jesus promete não são apenas para o futuro, mas vêm também para o presente. Enquanto os
discípulos de Jesus sofrerão nesta vida se seguirem todas as suas ordens, eles também
experimentarão a presença próxima de Deus. O cristão experimenta a presença de Deus de muitas
maneiras, inclusive experimentando paz, alegria, conforto e esperança. Portanto, quando Jesus diz
que estes seguidores são "abençoados", ele significa que no meio do sofrimento por viverem como
Jesus os chamou a viver, a presença de Deus irá confortá-los.
69
2. A Bíblia ensina como confiar e obedecer a Deus
Muitos dos ensinamentos do Sermão da Montanha ensinam os cristãos a viver o amor de Deus de
formas muito práticas. Não basta acreditar apenas na nossa cabeça no que Jesus disse que é verdade,
temos de pôr esses ensinamentos em acção. Embora isto não seja fácil, resultará em grandes bênçãos
tanto para nós como para aqueles que são abençoados através das nossas acções semelhantes às
de Cristo. Jesus chama os seus discípulos a um tipo de vida muito diferente do que outros à sua volta
estão a viver. Os discípulos de Jesus devem colocar os valores e a vontade de Deus em primeiro lugar
nas suas vidas. Isto significa que eles podem experimentar o sofrimento agora, mas também significa
que o amor e as bênçãos de Deus irão fluir através das suas vidas. Quando os cristãos forem capazes
de compreender que negar os seus desejos egoístas e aceitar a vontade amorosa de Deus são a
melhor forma de viver, terão uma paz e alegria profundas, independentemente do que aconteça na
sua vida. Quando o nosso coração é totalmente dado a Deus, amamos o que Deus ama e vivemos
como Deus quer que vivamos. Isto significa que sentiremos compaixão e misericórdia por aqueles
que sofrem, e significa que procuraremos confortar aqueles que precisam de ser confortados.
Faremos isto não só porque sabemos que teremos uma recompensa no céu, mas porque sabemos
que Deus nos fortalecerá e nos abençoará também neste lado do céu.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque a simples leitura da Bíblia não resulta necessariamente na sabedoria de uma pessoa?
2. Os ensinamentos de Jesus não são fáceis de viver. Portanto, porque os cristãos precisam de
viver os ensinamentos de Jesus?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Explique aos alunos a importância de prestar muita atenção
ao que Deus realmente disse na Bíblia. Se dependermos do que os outros dizem sobre Deus, em vez
do que Ele registou nas Escrituras, corremos o risco de sermos enganados ou afastados da verdade
de Deus.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a vossa aula orando juntos louvando a Deus por nos ter dado a Bíblia como nosso
guia para a salvação e a vida cristã.
PECADO, ORIGINAL
E PESSOAL 30
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que Satanás usa o engano para nos levar
a duvidar do amor e bondade de Deus. Para os encorajar a viver sob o poder do Evangelho
e não sob o poder do pecado.

Versículo a memorizar: Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus


para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. (Romanos 1:16)
70

Escritura: Génesis 3; Romanos 1:16-32

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na doutrina
do pecado.

A
dão e Eva viveram no Jardim de Éden. Deus disse a Adão e Eva que tudo no Jardim era deles.
Eles podiam comer o fruto de qualquer árvore, excepto a árvore do meio. Era a Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal. Agora, Satanás tinha-se disfarçado de uma cobra má. Ele
disse a Eva que ela podia comer o fruto da árvore. Ele disse que se ela comesse a fruta, seria como
Deus e saberia o que era bom e o que era mau. Eva estava a ser enganada pela serpente. Ela viu a
fruta na árvore, e parecia deliciosa. Eva queria ser sábia como Deus, por isso deu uma mordedura.
Depois, ela deu um pouco a Adão. De imediato Adão e Eva reconheceram que tinham desobedecido
a Deus, e ficaram com muito medo. Deus fê-los abandonar o Jardim do Éden porque O tinham
desobedecido. Desobedecer às ordens de Deus é pecado.

1. Adão e Eva pecaram porque duvidavam da bondade de Deus.

Os dois primeiros capítulos da Bíblia estão cheios de bênçãos de Deus. No entanto, à medida que o
terceiro capítulo se abre, entra uma ameaça, a serpente. Entre todas as bênçãos que Deus deu,
também deu uma restrição a Adão, ele não deve comer o fruto da árvore do conhecimento do bem
e do mal. A serpente tentou Adão e Eva a acreditar que as bênçãos de Deus eram demasiado boas
para serem verdadeiras. Ou, mais precisamente, as bênçãos de Deus eram demasiado pequenas para
serem aceites. A serpente tentou Adão e Eva a acreditar que Deus se estava a esconder deles, e que
se eles realmente quisessem experimentar tudo o que a vida tinha para oferecer, então precisavam
de deixar de confiar tanto em Deus, e depositar mais confiança em si próprios. Adão e Eva caíram
nesta mentira, e quebraram deliberadamente uma conhecida lei de Deus. Isto que é o pecado,
quebrar uma lei conhecida de Deus. E assim nesse dia o pecado entrou no mundo, e desde então
tem causado estragos e trazido dor e sofrimento tremendos todos os dias. Como consequência da
sua rebelião, Deus ordenou a Adão e Eva que abandonassem o Jardim do Éden. Embora as bênçãos
e protecção de Deus não deixem Adão e Eva, as suas vidas nunca mais serão as mesmas. A dor e o
trabalho duro tornam-se as consequências imediatas do pecado, mas os efeitos do pecado irão crescer
dramaticamente. Na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, ele enumera muitas formas como o
pecado cresceu ao longo da história do mundo. No primeiro capítulo de Romanos, Paulo deixa claro
que Deus deu à humanidade a oportunidade de conhecer o Criador do céu e da terra. Contudo, a
humanidade preferiu continuar o pecado de Adão e Eva, seguindo os seus próprios desejos em vez
de seguir as ordens de Deus.

2. Pecado original é uma propensão herdada para o pecado pessoal

Enquanto Deus criou este mundo e a humanidade como uma expressão do amor de Deus, Deus não
forçou a humanidade a amar em troca. Em vez disso, Deus criou a humanidade com a capacidade de
viver ou servindo a Deus ou servindo-se a si próprio. Adão e Eva escolheram viver para si próprios
quando caíram nas mentiras da Serpente que lhes prometeu que poderiam ser como Deus se apenas
desobedecessem a Deus. Devido a este pecado de Adão e Eva, o pecado entrou no mundo e infecta
71
a vida de cada pessoa nascida. Cada pessoa nascida nasce com este Pecado Original, este desejo de
viver duma forma egoísta. Quando uma pessoa age com este desejo de viver de forma egoísta,
comete um Pecado Pessoal. Este Pecado Pessoal causa todo o tipo de mal e dano à pessoa e aos
outros, uma vez que eles vivem contrariamente às leis e à vontade do Deus Criador. Os cristãos
acreditam que o pecado é desobediência/falta da marca ou alvo que Deus estabeleceu para nós. Não
estamos apenas enganados, mas desobedientes e errados. Isto é uma ofensa a Deus. A nossa ofensa
ao pecado separa-nos d'Ele. O poder do pecado tem tocado a vida de cada homem e mulher.
Enquanto, como criaturas, devemos concentrar as nossas vidas em viver para o nosso Criador e amar
os outros, o pecado leva as pessoas a concentrarem-se em si próprias. Viver sem pecado não é
possível sob o nosso próprio poder ou com as nossas próprias boas intenções. Só Cristo pode
conquistar o pecado neste mundo e nas nossas vidas. Por conseguinte, Jesus chama-nos a viver as
nossas vidas pelo poder do Evangelho, sob o seu Senhorio e a sua direcção. Isto não é apenas para
o bem dos nossos corações, mas também para o bem daqueles que nos rodeiam, aos quais
prejudicaremos se permitirmos que o pecado reine nas nossas vidas.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque acham que Deus permitiu que a Serpente entrasse no Jardim, e não se certificou
simplesmente de que Adão e Eva nunca enfrentassem a tentação?
2. Como é que o pecado nos corações corrompe a forma como as pessoas vêem este mundo, a
si próprias e a Deus?
3. Porque o pecado nunca se contenta em infectar apenas o coração de uma pessoa, mas
encontrará sempre expressão nas acções de uma pessoa?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Explique aos alunos que, tal como Satanás tentou Adão e Eva
no Jardim, também Satanás continua a tentar os cristãos. Portanto, os cristãos precisam de se
comprometer todos os dias com o Senhor, procurando viver uma vida de devoção a Deus.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre guiando a classe a fazer a oração do Pai Nosso.
EXPIAÇÃO
31
Objecto: Ajudar os estudantes a reflectir sobre a morte dolorosa que Jesus sofreu nas mãos
de pessoas pecadoras, a fim de se tornar o Cordeiro Pascal perfeito que pode tirar os nossos
pecados.

Versículo a memorizar: Quando o centurião e os que com ele vigiavam Jesus viram o
terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram aterrorizados e exclamaram:
72
"Verdadeiramente este era o Filho de Deus! " (Mateus 27:54)

Escritura: Mateus 27; Isaías 53:7-12

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na
doutrina da Expiação.

O
s sacerdotes levaram Jesus a Pilatos, o governador da Judeia. Mentiram a Pilatos e disseram-
lhe que Jesus tinha cometido crimes terríveis. Os judeus disseram a Pilatos que Jesus não era
o seu rei e que O queriam crucificado. Ser crucificado era a pior morte que alguém poderia
sofrer. Alguns soldados tiraram as roupas de Jesus e enrolaram um manto de púrpura à Sua volta.
Depois bateram muitas vezes em Jesus com um chicote, puseram uma coroa de espinhos para a Sua
cabeça, e cuspiram Nele. Simão, um homem de Cirene, teve de carregar a cruz até à colina chamada
Gólgota, porque Jesus era demasiado fraco para a carregar sozinho. Os soldados deitaram Jesus na
cruz, esticaram-lhe os braços, e bateram com pregos nas suas mãos. Antes de levantarem a cruz,
pegaram noutro prego e bateram-lhe nos pés de Jesus. No momento da morte de Jesus, houve um
terrível terramoto. Depois de ver tudo isto, um dos soldados percebeu que Jesus era realmente o
Filho de Deus.

1. Jesus morreu no nosso lugar como um Sacrifício Substituto em nosso nome

A crucificação provou o incrível amor que Deus tem por nós em Jesus. Com a morte do Cordeiro da
Páscoa, Deus resgatou os israelitas da sua escravidão ao Egipto. Agora com a morte de Jesus, Deus
resgatou o mundo inteiro da sua escravidão para o pecado. Enquanto os líderes políticos e religiosos
conspiraram para matar Jesus, Jesus submeteu-se de bom grado aos seus planos perversos. Jesus
sabia que enquanto as autoridades agiam a partir do pecado, Deus usaria os seus planos perversos
para libertar a maior salvação que o mundo alguma vez viu. Os cristãos deveriam demonstrar o amor
e a compaixão que Jesus demonstrou na cruz. Os cristãos podem viver com confiança porque têm
liberdade do poder do pecado. Enquanto Satanás tentará sempre os cristãos, eles podem viver
confiantes no poder de Jesus Cristo para lhes dar força para dizer "não" à tentação. Os cristãos podem
também viver confiantes ao mostrarem o amor de Cristo aos outros. Enquanto aqueles que zombavam
de Jesus consideravam a sua morte como prova de que ele não era o Messias, de facto, a sua morte
cumpriu muitas profecias do Antigo Testamento sobre o Messias. Esta passagem de Isaías prediz
muitos detalhes sobre o ministério e a morte de Jesus, séculos antes de isso acontecer. O poder do
pecado corre profundamente na vida das pessoas. No entanto, o amor de Jesus quebra o poder do
pecado na vida dos cristãos. Em resposta ao grande sacrifício de Jesus, os cristãos devem aceitar
este grande poder e permitir que Jesus purifique o seu coração e a sua mente.

2. A Morte de Jesus proporciona um caminho de Salvação para cada pessoa


O pecado quebra a relação entre um Deus Santo e uma humanidade pecadora. A fim de proporcionar
um caminho para reconciliar um Deus Santo e uma humanidade pecadora, Jesus Cristo veio à terra
para viver uma vida perfeita sem pecado e tomar sobre si a culpa de todos os pecados da
humanidade. Porque Jesus morreu a morte que cada pessoa merece por causa dos seus pecados, a
morte de Jesus dá liberdade a uma pessoa pecadora para aceitar o amor e o perdão de Deus. A 73
morte de Jesus proporciona um caminho de salvação para cada pessoa que ouve a Boa Nova do
Evangelho e, na fé, aceita a oferta de salvação de Jesus.
Após a prisão e julgamento de Jesus pelo sumo-sacerdote, as autoridades religiosas enviaram Jesus
para as autoridades romanas. Embora as autoridades religiosas quisessem a morte de Jesus, apenas
as autoridades romanas governantes podiam executar as sentenças de morte. Portanto, as
autoridades religiosas conspiraram para manipular Pilatos, o governante romano, para matar Jesus.
Quando Pilatos condenou Jesus à morte, ordenou que Jesus fosse espancado com chicotes. Os
soldados romanos forçaram então Jesus a carregar a sua própria cruz pelas ruas de Jerusalém até ao
local da crucificação. Quando chegaram, os soldados romanos despojaram Jesus das suas roupas e
pregaram-no à cruz. Enquanto alguns dos seus seguidores ficavam a assistir silenciosamente à morte
de Jesus, algumas das autoridades religiosas zombavam de Jesus. Normalmente levava muito tempo
até que as pessoas morressem na cruz, mas como os soldados maltrataram a Jesus mais cedo, Ele
morreu numa questão de horas. Jesus clamou muitas coisas quando estava a morrer, incluindo "Está
consumado"!

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. O que é vontade de Jesus de morrer uma morte tão dolorosa lhe diz sobre as profundezas do
amor de Jesus?
2. O que aconteceu no seu coração quando ouviu que Jesus morreu pelos seus pecados e tomou
sobre si o castigo que merecia?
3. Qual é a resposta adequada que uma pessoa deve dar a alguém que tenha feito um grande
sacrifício por ela?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre aos alunos que Cristo morre por nós para a nossa
salvação. Em resposta ao grande sacrifício de Jesus, os cristãos devem aceitar este grande poder e
permitir que Jesus purifique o seu coração e a sua mente. Como cristãos, precisamos de mostrar o
amor de Jesus através da vida de sacrifício aos outros.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a aula orando juntos louvando ao Senhor pelo Seu sacrifício para a nossa salvação.
GRAÇA
PREVENIENTE 32
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a salvação de Deus em Jesus Cristo é
para todos os povos, independentemente da sua nação, raça, sexo ou origem.

Versículo a memorizar: Então Filipe, começando com aquela passagem da Escritura,


anunciou-lhe as boas novas de Jesus. (Actos 8:35)
74

Escritura: Actos 8:26-40; Isaías 53:7-12

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na doutrina
da Graça Preveniente.

F
ilipe (não o apóstolo) foi um missionário que pregou às pessoas sobre Deus. Um dia, Deus
enviou um anjo para dizer a Filipe para caminhar por uma estrada deserta que levaria para fora
de Jerusalém. Filipe obedeceu ao anjo. Enquanto Filipe caminhava, viu um homem da Etiópia
sentado numa carruagem. O homem estava a ler o livro de Isaías das Escrituras do Antigo
Testamento. Enquanto o homem estava a ler, Filipe aproximou-se e perguntou-lhe se compreendia o
que estava a ler. O homem etíope disse a Filipe que não compreendia, mas gostaria que alguém lho
explicasse. Filipe explicou ao homem que ele estava a ler as boas novas sobre Jesus. Então Filipe
contou ao homem como Jesus tinha morrido para o perdoar dos seus pecados. O homem etíope
pediu a Jesus que o perdoasse dos seus pecados, e depois pediu a Filipe que o baptizasse. O Espírito
Santo levou então Filipe para outra cidade onde ele pregou sobre Jesus.

1. A graça de Deus através de Jesus Cristo é oferecida a todas as pessoas

Deus dá sempre o primeiro passo no amor e na salvação. Deus criou os céus e a terra para que a
humanidade possa desfrutar. No entanto, a humanidade escolheu pecar. Contudo, não contente com
um relacionamento quebrado com a humanidade, Deus estendeu a mão através dos patriarcas e
profetas para mostrar à humanidade como ter um relacionamento com Deus. Quando a humanidade
continuou a viver em pecado, Deus estendeu a mão em Jesus Cristo para proporcionar um caminho
ainda melhor para a salvação. Quando uma pessoa se torna convicta dos seus pecados e se volta
para Deus, é porque Deus estendeu a sua mão primeiro. Louvado seja Deus, Deus dá sempre o
primeiro passo no amor e na salvação! A Boa Nova sobre Jesus é para todas as pessoas. Deus quer
que os cristãos partilhem as Boas Novas sobre Jesus com todos os que puderem. No entanto, por
vezes as pessoas permitem diferenças entre elas e outras impedem-nas de ajudar os outros. Por
vezes as diferenças são raciais, económicas, religiosas, ou de muitas outras formas. Deus não quer
que nada impeça os cristãos de partilharem a Boa Nova com os outros. Deus quer que os cristãos
vejam para além da raça, nacionalidade, riqueza, e vejam os outros simplesmente como criações
amadas de Deus que precisam de Boa Nova.
2. Deus traz pessoas à sua vida que precisam de ouvir a Boa Nova de Jesus Cristo

Após o apedrejamento de Estêvão, eclodiu uma grande perseguição contra os cristãos em Jerusalém.
Muitos dos cristãos fugiram de Jerusalém. No entanto, esta perseguição não impediu o ensino e
pregação sobre Jesus, pelo contrário. Enquanto os cristãos fugiam de Jerusalém, começaram a pregar
sobre Jesus e a fazer grandes milagres para onde quer que fossem. Um destes cristãos era Filipe. Ele
fugiu para uma cidade em Samaria, e lá curou muitas pessoas e muitas tornaram-se cristãs por causa
do seu ministério. Um dia Deus disse a Filipe para deixar Samaria e ir para sul, para uma estrada
movimentada entre Jerusalém e Gaza. Quando Filipe lá chegou, viu uma pessoa muito importante a
viajar numa carruagem. Esta pessoa era um funcionário da Etiópia que tinha viajado para Jerusalém
para adorar no Templo. Este funcionário estava frustrado porque, embora estivesse a ler as escrituras,
não compreendia o que estava a ler. Filipe ofereceu-se para lhe explicar as escrituras, e assim ele 75
entrou na carruagem e eles viajaram pelo caminho. A passagem que o funcionário estava a ler era
sobre o Servo sofredor, sobre como Jesus iria morrer pelos nossos pecados. Centenas de anos antes
de Jesus ser crucificado, Deus deu esta profecia a Isaías para contar a forma como Deus salvaria as
pessoas dos seus pecados. Como Filipe explicou a este oficial tudo sobre Jesus, o oficial ficou muito
contente, e quando chegaram a alguma água, perguntou a Filipe se ele o baptizaria. Assim, naquele
momento, embora os inimigos de Jesus pensassem que poderiam impedir os seus seguidores de
pregar sobre Jesus perseguindo-os, em vez disso, a Boa Nova sobre Jesus não estava apenas a ser
pregada a mais pessoas, mas agora um Etíope tornou-se cristão e levaria a Boa Nova de Jesus Cristo
a um novo continente: África!

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Como seria a sua vida se Deus não tivesse dado o primeiro passo na sua direcção, mas
esperasse por si para alcançar a salvação e a cura?
2. O que te diz sobre a natureza de Deus que Deus não esperou por ti para reconhecer o teu
pecado e a tua necessidade de salvação?
3. Qual deve ser a resposta de uma pessoa à graça preveniente de Deus?
4. O que deve fazer se Deus trouxer alguém à sua vida para partilhar o Evangelho com quem é
muito diferente de si?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre os alunos que a graça preveniente permite a todos
os que quiserem regressar do pecado à justiça. Isto significa que sem esta graça nenhum humano
poderia ser capaz de aceitar Jesus. Significa também que não há raça, comunidade ou nação que
esteja excluída de ouvir a Boa Nova de Jesus Cristo. Como aprendemos hoje, Deus preparou o coração
do Oficial Etíope para receber a mensagem trazida por Filipe.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre guiando a classe a fazer a oração do Pai Nosso.
ARREPENDIMENTO
33
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que nenhum pecador está tão longe da
graça de Deus que Deus não os possa salvar.

Versículo a memorizar: Jesus lhe disse: "Hoje houve salvação nesta casa! Porque este
homem também é filho de Abraão. (Lucas 19:9)

76
Escritura: Lucas 19:1-10; 1Timóteo 1:12-17

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada no
arrependimento. Permita que os estudantes partilhem a sua experiência de arrependimento.

J
esus estava de passagem por uma cidade chamada Jericó. Um homem chamado Zaqueu vivia
nesta cidade. Zaqueu era um homem muito rico porque era um cobrador de impostos. Os
cobradores de impostos eram conhecidos por aceitarem dinheiro que não era deles. Quando
Zaqueu soube que Jesus estava em Jericó, quis vê-lo. Porque Zaqueu era um homem baixo, não era
capaz de ver Jesus através da multidão. Em vez disso, Zaqueu subiu ao topo de uma figueira brava
para poder ver Jesus. Quando Jesus passou pela árvore, olhou para cima. Então Jesus disse: "Zaqueu,
desce dessa árvore". Quero ir e ficar em sua casa hoje". Zaqueu ficou entusiasmado e desceu da
árvore. O povo não conseguia compreender porque Jesus quereria ir para a casa de alguém que era
pecador. Porque Jesus mostrou amor a Zaqueu, Zaqueu fez a restituição pagando quatro vezes a
quantidade de dinheiro que devia ao povo.

1. Foi apenas pela graça de Deus que recebemos a salvação de Jesus.


Na época de Jesus, o Império Romano ocupava a Terra Prometida. Como ocupantes, os romanos
exigiam impostos aos israelitas. Os romanos utilizavam estes impostos para apoiar as tropas na Terra
Prometida. Os israelitas odiavam os romanos e queriam desesperadamente a libertação da ocupação
romana. Os romanos utilizaram alguns dos israelitas para cobrar estes impostos. Os israelitas odiavam
pagar impostos aos romanos, mas odiavam ainda mais os seus companheiros judeus que cobravam
os impostos para os Romanos. Os israelitas viam estes cobradores de impostos como colaboradores
dos romanos, e por isso traidores a Israel e a Deus. Os israelitas, então, consideravam Zaqueu, o
principal cobrador de impostos, como o pior de todos os pecadores em Israel. Não é, pois,
surpreendente que Zaqueu, como o chefe dos cobradores de impostos, tenha optado por não entrar
nas multidões para ver Jesus, mas esconder-se na segurança de uma árvore. Jesus, no entanto,
reparou em Zaqueu. Para além do choque da multidão, Jesus convidou a si próprio para jantar na
casa de Zaqueu. No tempo de Jesus, partilhar uma refeição com alguém na sua casa significava que
se aceitava como amigo. Jesus, portanto, declara publicamente que vai ser um amigo deste chefe
dos cobradores de impostos. Ao jantar dessa noite, Zaqueu ficou tão dominado pelo amor e aceitação
de Jesus, que se arrependeu de quaisquer pecados que cometeu, e prometeu fazer a restituição a
quem quer que tivesse cometido um erro. Jesus declarou a salvação de Zaqueu. Não só isso, declarou
este chefe dos cobradores de impostos, que outros viam como um traidor, era na realidade um
verdadeiro filho de Abraão! Se Jesus pode salvar Zaqueu, então a salvação está à disposição de
qualquer pessoa. Se os israelitas viam Zaqueu como o pior de todos os pecadores antes da sua
salvação, então os primeiros cristãos viam o apóstolo Paulo como o pior dos pecadores antes da sua
salvação. De facto, Paulo chama-se a si próprio o pior dos pecadores. Antes de Jesus ter salvo Paulo,
Paulo blasfemou contra Jesus e perseguiu os cristãos. Foi apenas pela graça de Deus que Paulo
recebeu a salvação de Jesus.

2. O arrependimento é a resposta adequada e alegre à graça de Deus


No arrependimento, um pecador vira-se do seu pecado e egoísmo e volta-se para a graça e
misericórdia de Deus. Este arrependimento inclui uma vontade de mudar completamente, não apenas 77
uma mudança de coração, mas também uma mudança de mente e de estilo de vida. Embora seja a
obra de Deus no crente que fará esta mudança, o crente deve estar aberto e disposto a aceitar esta
obra de Deus nas suas vidas. A graça de Deus não é "justa", na maneira que nós, humanos, vemos
a justiça. Em vez disso, a graça de Deus é extravagante, alcançando pessoas que não a merecem. A
questão não é que as pessoas possam escapar à justiça ou fazer a restituição, mas que Jesus
normalmente concede a salvação antes de uma pessoa fazer a restituição. Jesus declara
corajosamente que irá partilhar o jantar na casa de Zaqueu. Zaqueu declarou corajosamente que
fará a restituição a qualquer pessoa que tenha enganado. Enquanto Deus perdoará livremente os
pecadores arrependidos, Deus por vezes chamará os cristãos salvos a fazer a restituição àqueles que
erraram. Por vezes, a restituição pode ser a restituição de qualquer dinheiro que alguém tenha
roubado. Outras vezes procura o perdão dos que foram feridos pelos nossos pecados.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque é importante para uma pessoa não só acreditar na sua cabeça que Jesus morreu por
ela, mas também arrepender-se dos seus pecados?
2. Quais são algumas das emoções que experimentou quando compreendeu que Jesus tinha
morrido por si e se ofereceu para o perdoar de todos os seus pecados?
3. Uma vez que é contra Deus que mais temos pecado, como os cristãos podem mostrar gratidão
a Deus pela nossa salvação numa base regular?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Recorde aos alunos que ninguém está demasiado longe no
pecado que não pode ser salvo. Ajude os estudantes a compreender que Deus ama mesmo aqueles
que pensamos que não merecem. Na verdade, ninguém merece a salvação de Deus. É por esta razão
que a salvação é através da graça de Deus. Como pessoas perdoadas, precisamos de perdoar os
outros. Como pessoas salvas, precisamos de obedecer ao Espírito Santo. Por vezes, precisamos de
procurar o perdão daqueles que foram feridos pelos nossos pecados.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre guiando a classe a fazer a oração do Pai Nosso.
JUSTIFICAÇÃO,
REGENERAÇÃO,
ADOPÇÃO
34
Objectivo: Ajudar os estudantes a acreditar que Jesus veio à terra para proporcionar um
caminho para a vida eterna. Através da fé em Jesus Cristo, Deus perdoa os cristãos, e os
cristãos nascem de novo.

Versículo a memorizar: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigénito,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)
78

Escritura: João 3:1-21; Ezequiel 36:22-29

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na
Justificação, Regeneração e Adopção.

N
icodemos foi um fariseu. Os fariseus eram um grupo de homens que conheciam as Escrituras
do Antigo Testamento e as ensinavam a outras pessoas. Quando os fariseus conheceram
Jesus, acreditaram que Ele era um mestre, não o Filho de Deus. Mas, Nicodemos ficou muito
curioso. Ele queria saber mais sobre este homem chamado Jesus. Durante a noite, Nicodemos foi ver
Jesus. Nicodemos sabia que Deus estava com Jesus, mas não tinha a certeza se devia crer no que
Jesus estava a ensinar. Jesus disse a Nicodemos que, para ir para o céu, ele tinha de nascer de novo.
Nicodemos não compreendia o que Jesus queria dizer com o nascer de novo. Jesus queria que
Nicodemos percebesse que é preciso mais do que apenas conhecer a Bíblia para ir para o céu. Uma
pessoa precisa de pedir a Deus perdão dos seus pecados, e aceitar Deus na sua vida. Nicodemos
deixou Jesus e ficou a pensar no que Ele tinha dito.

1. Jesus é o Messias cuja batalha é contra o pecado e a morte

Jesus não era o tipo de Messias que os líderes judeus esperavam. Eles esperavam um líder militar
como o rei Davi que pregaria contra a ocupação romana da Terra Prometida e lideraria uma batalha
para tirar os romanos de lá. Eles pensavam que o Messias iria mostrar o poder de Deus através da
vitória em batalhas militares. Jesus, contudo, era um Messias preocupado em salvar mais do que
apenas os judeus da ocupação romana. A sua batalha era contra o pecado e a morte. Além disso,
Jesus demonstrou o poder de Deus nas curas, não nas batalhas. Os líderes judeus não sabiam o que
fazer com este Jesus. Como poderia ele ser o Messias e ainda assim não estar a criar um exército?
Como poderia ele não ser o Messias, e ainda assim fazer todos estes milagres? Nicodemos veio em
nome dos líderes religiosos para tentar obter mais informações de Jesus. As respostas de Jesus a
Nicodemos confundiram-no. Jesus falava-lhe em termos espirituais, mas Nicodemos pensava que
Jesus estava a falar em termos físicos. Ezequiel 36:22-29 é um texto que profetiza sobre Jesus.
Nicodemos deveria ter pensado sobre este texto como Jesus o ensinou. Os fariseus conheciam muito
bem as escrituras do Antigo Testamento. Neste texto, Deus promete um tempo em que os israelitas
recebem novos corações e novos espíritos. Tal como com o ensino de Jesus, isto não é literalmente
novos corações, mas novos corações espirituais. Nicodemos deveria ter entendido a conversa de
Jesus de que "nascer de novo" está fundamentada neste texto. Deus faz muitas outras promessas no
texto que Ele cumpriu no ministério de Jesus e na vinda do Espírito Santo em Pentecostes.

2. Justificação, regeneração e adopção ocorrem em simultâneo

O momento em que uma pessoa se arrepende do seu pecado e pede a Deus a salvação, Deus salva
o pecador, e o pecador torna-se uma pessoa completamente nova. Já não estão separados de Deus
pelo pecado ou pela rebelião. Em vez disso, na salvação, Deus remove toda a sua culpa por todos os
seus pecados, concedendo-lhes um perdão total. Em segundo lugar, eles "nascem de novo", já não
são governados pelo pecado que herdaram no seu nascimento, mas agora são governados por Deus
como um salvo pela graça. Terceiro, o cristão é transformado, passando de um filho da ira a um Filho
79
de Deus. Todas estas três acções acontecem ao mesmo tempo, e representam a salvação completa
e total que Deus oferece a todos os povos. As nossas vidas são muito mais do que aquilo que vemos
aqui na terra. Dentro do nosso corpo está a nossa alma que vive para sempre. Se crermos nos nossos
corações que Jesus é o único Filho de Deus, então recebemos de Deus o perdão dos nossos pecados
e vivemos para sempre no Céu. Se nos recusarmos a crer no nosso coração que Jesus é o filho de
Deus, então seremos condenados. A condenação não é o desejo de Deus para ninguém, mas as
pessoas devem decidir por si próprias se aceitam Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador ou não.
Devemos celebrar a grande salvação que Deus nos proporciona. Podemos celebrar em tempos de
adoração com irmãos e irmãs em Cristo. Podemos celebrar em ser compassivos e amorosos para com
os outros. Podemos celebrar em viver uma vida de amor. Jesus dá-nos uma nova vida, devemos
celebrar!

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. Porque acha que Nicodemos, tão bem treinado como professor religioso, lutou para
compreender este ensinamento de Jesus sobre a necessidade de nascer de novo?
2. Porque é que algumas pessoas crêem imediatamente em Jesus como Senhor e Salvador, e
outras levam tempo antes de crerem?
3. Acreditar em Jesus não traz apenas salvação espiritual. Que outros benefícios advêm da
aceitação de Jesus como Senhor e Salvador?
4. Como se sente quando ouve dizer que Deus o adoptou como um Filho de Deus?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo a lição à turma. Lembre aos alunos que, como cristãos, devemos celebrar a nova
vida que Jesus nos deu. Podemos celebrar vivendo uma vida de amor. Os estudantes precisam de
compreender que a justificação, a regeneração e a adopção acontecem de uma só vez, e representam
a salvação completa e total que Deus oferece a todas as pessoas.

DESAFIO:
Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a aula orando juntos louvando a Deus pela nova vida que temos em Cristo.
SANTIDADE CRISTÃ
E INTEIRA
SANTIFICAÇÃO
35
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que o enchimento dos discípulos pelo
Espírito Santo permite aos discípulos levar a Boa Nova até aos confins do mundo.

Versículo a memorizar: Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja


baptizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do
Espírito Santo. (Actos 2:38) 80

Escritura: Actos 2; Joel 2:28-32

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na vida
cristã e na Inteira Santificação.

A
ntes de Jesus ascender ao céu, Ele disse aos discípulos para ficarem em Jerusalém. Ele ia
enviar o Espírito Santo para os ajudar. Um dia, os discípulos e alguns outros cristãos foram a
uma casa para orarem juntos. De repente, a promessa do Espírito Santo foi cumprida. O dia
em que Jesus enviou o Espírito Santo aos seus seguidores é chamado o Dia de Pentecostes.

1. Esta infusão do Espírito Santo leva o cristão a uma vida de comunhão com Deus e
de crescimento na graça.

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. O ministério do Espírito Santo é tornar
a vida de Jesus viva no cristão e dar-lhes poder para viverem no poder de Deus. Com o poder do
Espírito Santo a trabalhar dentro deles, os cristãos podem cumprir as ordens de Deus para amar a
Deus e amar os outros. Com o enchimento do Espírito Santo, os cristãos podem também viver
plenamente devotados ao Reino de Deus, e livres da escravidão ao pecado. Embora os discípulos
tenham muitas vezes entendido mal a missão de Jesus ao mundo enquanto Jesus ministrava na terra,
uma vez cheios do Espírito Santo, começaram a compreender melhor o Evangelho de Jesus Cristo e
a missão de Jesus ao mundo. O plano de salvação de Deus é mais do que salvar as pessoas da culpa
dos seus pecados, o plano de Deus é salvar as pessoas do poder do pecado nas suas vidas. Portanto,
enquanto a ressurreição de Jesus Cristo proporciona um caminho para a salvação, o enchimento do
Espírito Santo é uma obra posterior de Deus, na qual Deus limpa o coração do pecado. Através do
Poder do Espírito Santo, o cristão é capaz de rejeitar o pecado e ter o poder de amar os outros com
o amor de Deus.

2. Santidade Cristã e Inteira Santificação é para todos

Toda a Santificação é o resultado do baptismo com o Espírito Santo, que também é chamada
enchimento do Espírito Santo. Inclui a purificação do coração do pecado e a presença eterna do
Espírito Santo. Ele capacita o crente a viver e a servir como Jesus Cristo. Deus nunca pretendeu que
a salvação fosse limitada a Israel. Porque Deus criou todos, Deus quer que todos sejam salvos. Joel
2:28-32 fala da promessa de Deus de que um dia, não apenas os israelitas, mas todos os que invocam
o nome do Senhor serão salvos. Deus também fala através de Joel do Espírito Santo que virá a encher
os Filhos de Deus. Como Jesus ordenou, os discípulos reuniram-se em Jerusalém para esperar pelo
Espírito Santo. Mais do que os 11 discípulos de Jesus, cerca de 120 seguidores de Jesus reuniram-se
para esperar. De repente, um vento impetuoso encheu a sala, e o que parecia ser línguas de fogo
projectadas sobre as suas cabeças. Os discípulos declararam então os louvores a Deus em muitas
línguas diferentes. Este enchimento do Espírito Santo cumpriu as promessas de Jesus, assim como
muitas profecias do Antigo Testamento. Este enchimento pelo Espírito Santo deu aos discípulos a
força e a graça de cumprir o apelo de Deus sobre as suas vidas.
81
3. O enchimento do Cristão pelo Espírito Santo é uma realidade diária.

Embora haja um dia específico em que cada um de nós recebeu Cristo como nosso Senhor e
Salvador, a nossa vida cristã não deve limitar-se à experiência passada. Precisamos de nos examinar
diariamente para termos a certeza de que ainda estamos sob a orientação de Deus. Por outras
palavras, o enchimento do cristão pelo Espírito Santo não deve ser um acontecimento único, mas
uma realidade diária. Quando o cristão vive pelo poder de Deus em vez do seu próprio poder, dá
testemunho da obra de Deus nas suas vidas. Eles são capazes de realizar muito mais com o poder
de Deus do que sob o seu próprio poder. A santidade cristã e a inteira santificação é proporcionada
pelo sangue de Jesus Cristo e tem vários termos como perfeição cristã, amor perfeito, pureza de
coração, baptismo com o Espírito Santo, e a plenitude da bênção. Como todas as etapas da salvação,
a santificação é feita pela graça através da fé em Jesus Cristo. Não ocorre como resultado dos esforços
de cada um. Contudo, esta experiência tem de ser conscientemente alimentada, e tem de ser dada
uma atenção cuidadosa aos requisitos e processos de desenvolvimento espiritual e de melhoramento
da semelhança com Cristo, do carácter e da personalidade.

PERGUNTAS:

Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Porque é que os discípulos são capazes de viver mais como Jesus após o enchimento do
Espírito Santo do que quando Jesus caminhou na terra?
2. Sente-se dividido entre viver para Deus e viver ligado ao pecado? Em caso afirmativo, o que
se pode fazer para permitir que Deus tenha toda a sua vida?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição à turma. Esclareça aos alunos a diferença entre a Inteira Santificação e o
crescimento espiritual. Relembre-lhes que a vida cristã é uma jornada de graça porque os cristãos
devem continuar a crescer na sua fé ao longo da sua vida neste mundo.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre guiando a classe a fazer a oração do Pai Nosso.
A IGREJA
36
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que Deus dirige a igreja como ela lhe
pertence. A igreja tem uma missão que inclui comprometer as pessoas na obra do Senhor,
mesmo que isso signifique que Deus as envie da sua comunidade para abençoar os outros.

Versículo a memorizar: Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo:


"Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado". (Actos 13:2)
82

Escritura: Actos 13:1-5; 1 Samuel 15 - 16

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na Igreja.
Peça aos estudantes que comentem sobre o conceito de Igreja e a razão pela qual muitas pessoas
consideram o edifício como a Igreja.

P
aulo, Barnabé e três homens de outros países estiveram numa igreja na cidade de Antioquia,
enquanto lá estiveram, jejuaram e adoraram a Deus. Jejuar significa passar um tempo sem
comer. Enquanto os homens oravam, o Espírito Santo disse-lhes que separassem Paulo e
Barnabé para uma tarefa especial. O Espírito Santo queria que Paulo e Barnabé fossem a diferentes
partes do mundo e que falassem de Jesus às pessoas. Quando o Espírito Santo terminou de falar, os
outros homens caminharam até Paulo e Barnabé. Colocaram as suas mãos sobre Paulo e Barnabé e
oraram para que o Senhor os ajudasse e protegesse enquanto saíam para pregar. Após os homens
terem orado, Paulo e Barnabé viajaram de barco para a ilha de Chipre. Este foi o início da primeira
viagem missionária de Paulo.

1. A Igreja não é um lugar, mas um povo de Deus redimido por Cristo

A Igreja é a comunidade que confessa Jesus como Senhor. É o povo de Deus que é feito novo em
Cristo. É o corpo de Cristo convocado pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus. Nos tempos do
Antigo Testamento, Deus formou a nação de Israel para receber as bênçãos de Deus e para partilhar
as bênçãos de Deus com o mundo. Nos tempos do Novo Testamento, Deus formou a Igreja para ser
um ajuntamento de cristãos que partilham entre si as bênçãos de Deus e depois partilham também
com o mundo as bênçãos de Deus. A Igreja não é um lugar, mas o Povo de Deus que pratica os dons
de Deus uns com os outros, adora, tem comunhão, e depois sai ao mundo para pôr em prática os
seus dons e talentos dados por Deus. Deus chama todos os cristãos para serem testemunhas do
Evangelho de Jesus Cristo. Deus, contudo, chama alguns cristãos para os cargos mais públicos de
pastores e missionários. É importante para a igreja discernir se uma pessoa que sente a chamada de
Deus para este tipo de posição é, de facto, uma chamada de Deus.
2. A Igreja tem a sua Missão e todos os Membros devem participar

Após a perseguição dos seguidores de Jesus em Jerusalém, muitos dos líderes dos seguidores de
Jesus mudaram-se para Antioquia. Foi em Antioquia que as pessoas começaram a chamar os
seguidores de Jesus cristãos. Durante um dos seus cultos de adoração, Deus disse aos cristãos que
pusessem de lado Saulo e Barnabé para o trabalho especial de Deus. Os cristãos não perceberam
exactamente o que isso significava na altura, mas Saulo e Barnabé tornar-se-iam dois dos mais
importantes missionários que a igreja cristã alguma vez conheceu. Em particular, Deus chamou Saulo
e Barnabé para serem missionários dos gentios. Saulo (mais tarde chamado Paulo) escreveu muitos
dos livros do Novo Testamento escritos depois do livro de Actos, às muitas igrejas que ele plantou ou
foi seu mentor. Deus chama muitas vezes a mais improvável das pessoas para fazer grandes coisas.
Quando Deus enviou o profeta Samuel à casa de Jessé em Belém para ungir o novo rei de Israel, 83
todos teriam presumido que Samuel iria ungir o primogénito de Jessé. No entanto, não só Deus não
escolheu o primogénito, como Deus acabou por escolher o contrário, o mais novo de Jessé, Davi.
Deus olhou para o potencial no coração de Davi quando procurava alguém que pudesse servir
fielmente a Deus. Assim também, quando Deus escolheu um missionário para os gentios, ninguém
pensou que Deus escolheria Saulo. Saulo era um homem que perseguia o reino de Deus, Saulo estava
a perseguir a nova igreja de Deus. No entanto, Deus identificou em Saulo uma pessoa através da
qual Deus podia fazer grandes coisas. Quando Deus chama pessoas para posições especiais de
ministério, como pastorear ou ser missionário, Deus usa outros cristãos para confirmar esse chamado.
Desta forma, toda a Igreja desempenha um papel muito importante nos ministérios mais públicos da
Igreja, não só na liderança desses ministérios, mas também na confirmação, apoio e encorajamento
daqueles que são chamados a liderar esses ministérios.

PERGUNTAS:

Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Quais foram algumas das acções que os crentes em Actos 13 testemunharam como Igreja?
2. Quais são alguns dos benefícios que os cristãos recebem quando se reúnem com outros
cristãos para adorarem juntos e praticarem os seus dons espirituais?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição para a turma. Recorde aos alunos que embora seja importante ter um bom
edifício para o nosso culto, a igreja não é esse edifício, mas sim aqueles que são salvos e que juntos
adoram o Senhor. Precisamos de ser humildes para servir o Senhor e uns aos outros com amor.
Precisamos de estar prontos a ser comissionados para partilhar a Boa Nova de acordo com a indicação
de Deus.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a aula orando juntos louvando a Deus por ser o Dono da Igreja.
BAPTISMO
37
Objectivo: Ajudar os estudantes a celebrar a vontade de Jesus de demonstrar o seu amor
por nós. Para levar os nossos pecados sobre Si mesmo na cruz, Jesus precisava de participar
no baptismo

.Versículo a memorizar: Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em
quem me agrado". (Mateus 3:17)
84

Escritura: Mateus 3:1-17; Isaías 42:1-9

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada no
Sacramento do Baptismo.

Q
uando Jesus tinha cerca de 30 anos de idade, deixou a Galileia e viajou para o sul até ao rio
Jordão. Enquanto lá esteve, Jesus foi ver o seu primo, João Baptista. João Baptista baptizou
pessoas que queriam mostrar que estavam arrependidas dos seus pecados. Jesus entrou no
rio e apresentou-se diante de João. Jesus disse a João que gostaria de ser baptizado. João não podia
acreditar no que Jesus estava a dizer. Jesus não precisava de ser baptizado, porque Ele nunca tinha
pecado. Em vez disso, João queria que Jesus o baptizasse. Mas Jesus disse que precisava de ser
baptizado a fim de cumprir a missão de Deus. Quando João ouviu isto, concordou em baptizar Jesus,
apesar de se sentir indigno. Quando João tirou Jesus da água, o céu abriu-se e uma bela pomba
desceu do céu e aterrou em cima de Jesus. Então uma voz do céu disse: “Este é o meu Filho amado,
em quem me agrado” (NVI).

1. O baptismo simboliza estar morto para o pecado estar vivo em Deus

O baptismo é o primeiro de dois sacramentos praticados pela Igreja do Nazareno. Um sacramento é


um sinal exterior de uma graça interior. Como tal, o Baptismo significa a aceitação de uma pessoa
dos dons e bênçãos que Deus oferece na salvação. No Baptismo, o cristão passa simbolicamente de
morto ao pecado para vivo em Deus. Neste sentido, representa ser "nascido de novo". O baptismo
inclui também muitas referências ao Antigo Testamento. Ser salvo através da água lembra a forma
como Deus salvou Israel ao separar o Mar Vermelho durante o Êxodo. O baptismo também aponta à
circuncisão, na qual Deus deu aos israelitas uma prática em que deviam ser marcados como sendo
reservados para uso e bênção de Deus. Não somos sem pecado ou irrepreensíveis como Jesus. No
entanto, podemos lutar para, como Jesus, "cumprir toda a justiça" nas nossas vidas. Isto não significa
que trabalhemos arduamente sob o nosso poder para sermos justos. Significa que entregamos toda
a nossa vida à vontade de Deus por nós, e estamos dispostos a fazer tudo o que Deus nos pedir. É
importante para os estudantes compreenderem que o Baptismo tem de ir junto com a fé em Jesus
Cristo. O baptismo por si só não nos pode salvar porque é um acto externo para testemunhar o que
se passou dentro de nós. Da mesma forma, uma pessoa que se recusa a ser baptizada afirmando
que já é salva por Cristo traz dúvidas sobre a sua salvação porque o baptismo foi estabelecido por
Deus e a verdadeira fé é revelada na obediência.

2. Jesus foi baptizado para nos mostrar tanto o poderoso amor de Deus pela
humanidade como a Sua obediência ao Pai.

Pode ser um desafio explicar porque é que Jesus sem pecado disse que precisava do baptismo.
Contudo, o que é claro é que Jesus, o Filho de Deus, obedeceu plenamente ao apelo do Seu Pai sobre
a sua vida. Totalmente Deus e plenamente humano, Jesus demonstrou-nos tanto o amor poderoso
de Deus pela humanidade como a sua obediência ao Seu Pai. Porque Jesus obedeceu ao plano de
Deus até à morte e ressurreição, a salvação está disponível para nós. Jesus demonstrou o seu amor
por nós na sua obediência a Deus. Celebre a vontade de Jesus de demonstrar o seu amor por nós.
85
Jesus começou o seu ministério público com o baptismo. João Baptista veio como precursor de Jesus,
preparando os israelitas para a mensagem e ministério de Jesus. Uma das formas de João fazer isto
foi chamando os israelitas a pedir perdão dos seus pecados e depois receber o baptismo. O baptismo
de João simbolizava a morte da pessoa ao pecado e ao tornar-se viva em Deus. Por causa disto, João
ficou surpreendido quando Jesus pediu o baptismo. Do ponto de vista de João, Jesus não precisa do
baptismo. Já que Jesus não tinha pecado e era o Messias, porque é que Jesus precisa do baptismo?
Se Jesus vai assumir os pecados da humanidade na cruz, ele precisa de se identificar com a
humanidade no baptismo. João não baptizou Jesus porque Jesus precisava do baptismo; baptizou
Jesus porque precisamos de Jesus para nos salvar. Mais do que identificar-se com a humanidade, o
baptismo de Jesus foi a oportunidade para Deus falar do céu e confirmar o amor de Deus por Jesus.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Que mudanças Deus trouxe na sua vida desde o seu baptismo?
2. O que diria aos outros sobre o benefício de ser baptizado?
3. O que pensa que acontece na vida de um cristão quando este começa a praticar a obediência
aos mandamentos e à vontade de Deus para com a sua vida?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição à turma. Recorde aos alunos que o baptismo é um sacramento porque é
um sinal exterior de uma graça interior. Quando os cristãos são baptizados, fazem um testemunho
externo do que Deus fez no seu coração. Desta forma, o baptismo significa obediência. Quando os
cristãos aprendem a obediência aos mandamentos de Deus e aos seus caminhos, Deus abençoa as
suas vidas para além de qualquer medida.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem a aula orando juntos louvando a Deus por providenciar o sacramento do baptismo
através do qual simbolicamente testemunhamos a nossa nova vida em Cristo.
A CEIA DO SENHOR
38
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que Jesus transforma a refeição da Páscoa
de uma refeição redentora sobre a liberdade da escravatura no Egipto para uma refeição
redentora sobre a liberdade da escravatura para o pecado.

Versículo a memorizar: E disse-lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês
antes de sofrer. (Lucas 22:15)
86

Escritura: Lucas 22:1-23; Êxodo 11:1 - 12:13

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada no
Sacramento da Ceia do Senhor.

T
odos os anos, os judeus celebrariam o feriado da Páscoa. Numa noite de Páscoa, Jesus e todos
os discípulos comeram juntos a Ceia Pascal. Esta seria a última ceia que Jesus teria com os
seus discípulos. Enquanto comiam, Jesus olhou para os seus amigos e disse que um deles O
trairia. Trair significa denunciar um amigo. Os discípulos ficaram tristes e disseram que nunca o
fariam. Jesus disse que o homem que mergulhou o seu pão no prato ao mesmo tempo que Ele O
trairia. Quando Jesus olhou para Judas, Ele disse: "Sim, és tu" (NVI). Então Jesus pegou num pão e
partiu-o. Ele disse que quando comessem o pão, deveriam pensar no Seu corpo que seria partido.
Então Jesus pegou o cálice cheio de vinho de cor vermelho. Ele disse que quando bebessem o vinho,
deveriam pensar no sangue que Ele derramaria pelos seus pecados. Quando o fazemos hoje na igreja,
chamamos-lhe Comunhão ou Santa Ceia.

1. A Ceia do Senhor, é a nova Ceia Pascal de Jesus

A Ceia do Senhor é o segundo de dois sacramentos praticados pela Igreja do Nazareno. Um


sacramento é um sinal exterior de uma graça interior. Enquanto o primeiro sacramento, Baptismo, é
normalmente praticado apenas uma vez no início da jornada espiritual de um cristão, a Ceia do Senhor
deve ser praticada regularmente até que o cristão receba a sua recompensa eterna. Jesus estabeleceu
a Ceia do Senhor na noite da sua traição, ao reunir-se com os seus discípulos para celebrar a refeição
da Páscoa. Jesus redefiniu a refeição da Páscoa e infundiu-lhe um novo significado em antecipação
da sua morte e ressurreição vindouras. Enquanto foi o sangue de um cordeiro que salvou os israelitas
da última praga que Deus enviou sobre o Egipto, agora será através do sangue de Jesus Cristo, o
Cordeiro perfeito de Deus, que a salvação virá ao mundo. Jesus apela aos seus seguidores para
praticarem esta Ceia do Senhor, não uma vez por ano como na refeição da Páscoa, mas numa base
regular.
2. A Ceia do Senhor é tanto um tempo de reverência pelo grande sacrifício de Jesus,
como um tempo de celebração pelo grande amor de Jesus.

A prática da Ceia do Senhor deveria ser tanto um tempo reverente de humildade, como um tempo
alegre de celebração. Deus providenciou a salvação para Israel da sua escravidão no Egipto. No
entanto, os israelitas tiveram de obedecer às palavras de Deus sobre a marcação das suas portas
com sangue. Os judeus celebram todos os anos a refeição da Páscoa para recordar este
acontecimento fundamental na sua história. Agora, em Jesus, Deus providencia a salvação para o
mundo inteiro, desde a sua escravidão até ao pecado. No entanto, as pessoas precisam de obedecer
à palavra de Deus para receberem esta salvação. A Ceia do Senhor é uma celebração que os cristãos
realizam frequentemente para se lembrarem deste acontecimento fundamental nas suas vidas.
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Jesus é o Filho de Deus, cuja morte e ressurreição irá quebrar o poder do pecado sobre a vida dos
cristãos. Contudo, Jesus ainda partilha com eles esta refeição transformadora especial para que,
apesar de não compreenderem agora, após a sua ressurreição, se lembrem do que aconteceu. A
memória desta refeição irá recordar-lhes que Jesus sempre soube que a sua vida iria acabar na cruz.
Depois de se recusar a libertar os israelitas do Egipto, mesmo depois de muitas pragas, finalmente,
depois da praga dos Primogénitos, o Faraó expulsou Israel do Egipto. Como memorial duradouro da
poderosa obra de Deus em nome de Israel, na qual Deus matou o primogénito dos egípcios, mas
"passou" as casas dos israelitas marcadas pelo sangue do cordeiro, os israelitas devem celebrar todos
os anos a refeição da Páscoa. A Ceia do Senhor, como a nova Ceia Pascal de Jesus, é muito especial
para os cristãos porque nela se lembram não apenas de um cordeiro que morreu para a sua salvação,
mas do próprio Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Os cristãos também acreditam que Deus os fortalece
e os encoraja ao participarem da Ceia do Senhor. Como tal, a Ceia do Senhor é tanto um tempo de
reverência pelo grande sacrifício de Jesus, como um tempo de celebração pelo grande amor de Jesus.

PERGUNTAS:

Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Que emoções e sentimentos experimenta quando se lembra do sacrifício que Jesus fez por si
na cruz?
2. Que diferença faz na sua vida que Jesus morreu na cruz para lhe proporcionar um caminho
de salvação?
3. O que lhe vem à mente quando reflecte sobre a dor que Jesus sofreu para lhe trazer a
salvação?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição à turma. Lembre aos alunos que A Ceia do Senhor é um sacramento porque
é um sinal exterior de uma graça interior. Deus fortalece os cristãos e encoraja-os à medida que
participam da Ceia do Senhor.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre fazendo o grupo a orar juntos louvando a Deus pelo Cordeiro de Deus, Jesus Cristo que
tira o pecado do mundo.
CURA DIVINA
39
Objectivo: Ajudar os estudantes a serem encorajados porque Jesus conhece as suas
necessidades, e ouve quando O invocam.

Versículo a memorizar: Quando ouviu que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus,
Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Marcos 10:47)

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Escritura: Marcos 10:46-52; Rute 1

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na Cura
Divina.

E
nquanto Jesus viajava para Jerusalém, Ele passou pela cidade de Jericó. Uma grande multidão
de pessoas rodeou Jesus enquanto Ele caminhava pela rua. Ele ouviu um homem a chamar por
Ele, dizendo: "Jesus, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim"! Muitas das pessoas que
estavam à volta de Jesus disseram ao homem para ficar calado e não incomodar Jesus. Quando o
homem ouviu as pessoas a falar com ele, gritou ainda mais alto. Ele queria que Jesus o ouvisse
chamar. Jesus olhou pela multidão e viu um homem cego, chamado Bartimeu, sentado à beira da
estrada. Jesus disse ao povo para fazer saber a Bartimeu que Jesus ouviu o seu grito. Então Jesus
perguntou a Bartimeu o que ele queria que Ele fizesse. O cego disse: "Mestre, eu quero ver". Jesus
disse a Bartimeu que, porque tinha fé, ele seria curado. Quando Bartimeu ergueu a cabeça, ele pôde
ver!

1. Deus continua a curar as pessoas hoje em dia

Os judeus na época de Jesus acreditavam geralmente que Deus envia recompensas e castigos nesta
vida sobre os justos e os ímpios. Embora o texto não declare explicitamente este princípio, as
multidões dizem ao cego em grande necessidade de estar calado, pois o operador de milagres estava
a passar. Porque as multidões diriam a alguém que precisava da ajuda de Jesus para se calar? Porque
não acreditavam que Bartimeu fosse digno da atenção de Jesus. Porque os deficientes não podiam
trabalhar, dependiam frequentemente da mendicidade para as suas necessidades diárias. Outros
também olhavam para os deficientes, assumindo que a sua deficiência era um castigo de Deus. Por
conseguinte, a deficiência de Bartimeu tem implicações físicas, sociais e religiosas. Bartimeu está
desesperado. Ele grita em voz alta para chamar a atenção de Jesus. A fé de Bartimeu impressiona
Jesus, por isso Jesus cura-o. Bartimeu torna-se então um seguidor de Jesus. Muitos aspectos dos
ensinamentos, milagres e ministério de Jesus surpreendem as pessoas. Nos dois últimos
acontecimentos, Jesus surpreende as pessoas que assumiram que os ricos eram justos e que os
deficientes eram perversos. Pois, o jovem rico afasta-se de Jesus triste, porque amava mais as suas
riquezas do que Deus, enquanto o incapacitado Bartimeu segue Jesus depois de ter sido curado por
causa da sua fé. As curas físicas foram um dos meios pelos quais Jesus manifestou a sua divindade.
Enquanto Jesus não curou todos os doentes ou ressuscitou todos os mortos no seu tempo, Jesus
usou as curas físicas para demonstrar o poder por detrás dos seus ensinamentos. O ministério de
Jesus continuou através da igreja primitiva, como muitos dos seguidores de Jesus ensinaram e
curaram com o poder do Espírito Santo. Deus continua a curar pessoas também hoje em dia. Por
vezes, essas curas são milagres instantâneos através da oração. Às vezes, Deus cura através dos
meios da ciência médica. Por vezes, a resposta de Deus às orações de cura é dar paciência e
resistência perante a doença (2 Coríntios 12:7-10). Finalmente, às vezes Deus oferece a derradeira
cura aos seus filhos, a recompensa de o ver face a face na glória (Filipenses 1:20-24).

2. As pessoas podem interpretar mal o amor e os planos de Deus

Os cristãos precisam de ser sempre humildes de coração e abertos à mensagem de Deus para eles.
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Porque muitos no tempo de Jesus assumiram que sabiam como Deus sempre trabalhava e não
ouviram a mensagem de Deus através de Jesus, repreenderam os apelos de Bartimeu à cura de
Jesus. Sempre que os cristãos pensam que sabem exactamente como e quando Deus vai agir, podem
estar a dificultar o trabalho redentor de Deus. Em vez disso, os cristãos precisam de acreditar que
Deus ouve sempre as suas orações. Tal como a cegueira de Bartimeu, as pessoas teriam olhado para
a perda de Noemi tanto do seu marido como dos seus filhos como sinais do castigo de Deus. No
entanto, a vida é muito mais complicada do que apenas acharmos que "coisas boas acontecem a
pessoas boas e coisas más acontecem a pessoas más". Por causa do pecado neste mundo, por vezes
coisas más acontecem a pessoas boas, e coisas boas acontecem a pessoas más. O que é importante
é olhar para o coração de uma pessoa, não para as suas circunstâncias. Será uma pessoa de fé?
Então não importa quais sejam as suas circunstâncias, Deus trabalhará para trazer cura e bondade
às suas vidas. No tempo de Jesus, pensavam que Deus punia as pessoas pelos seus pecados,
tornando-as incapacitadas. Jesus, contudo, demonstrou o amor de Deus pelas pessoas deficientes. O
pecado procura incapacitar as pessoas enquanto Deus procura curar as pessoas. A cura de Deus vem
em muitas formas. No ministério de Jesus, Ele cura pessoas fisica, espiritual e socialmente. Hoje em
dia, a cura de Jesus também vem sob muitas formas.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque acha que as pessoas sentiram que tinham o direito de repreender Bartimeu?
2. Porque Deus nem sempre responde às nossas preces da maneira que nós queremos?
3. Quais são algumas das necessidades físicas e espirituais da sua comunidade?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Relembre aos alunos que a cura de Deus vem de muitas
formas. Os cristãos precisam de compreender que as pessoas na sua comunidade têm diferentes
tipos de doenças. Desta forma, a cura divina pode ser física, espiritual, e social. Deus é capaz de nos
curar. Precisamos de evitar o espírito de julgamento para aqueles que estão doentes.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerrem fazendo a classe a orar juntos louvando a Deus por ser o nosso Único e Verdadeiro
Curador.
A SEGUNDA VINDA
DE CRISTO 40
Objectivo: Ajudar os estudantes a encorajar, sabendo que no fim desta era, Jesus o Messias
voltará para julgar os seus inimigos, recompensar o seu povo, e reinar como Rei sobre toda
a terra.

Versículo a memorizar: Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam


sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há
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em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito (1 Pedro 3:15).

Escritura: Apocalipse 19:11-20:6; Lucas 21:5-19

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-lhes
que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na Segunda
Vinda de Cristo.

N
esta passagem, usando imagens e símbolos vívidos, ouvimos que um dia Jesus Cristo voltará
à terra e a maldição do pecado será quebrada à medida que os injustos forem derrotados e
os justos forem resgatados.

1. Cristo virá pela segunda vez

Depois da morte e ressurreição de Jesus, ele voltou para o Céu e o Espírito Santo veio habitar dentro
dos cristãos. Um dia, no final dos tempos, Cristo voltará pela segunda vez. Nessa altura, os cristãos,
vivos e mortos, encontrarão Jesus e serão levados para o Céu. Há muitos que tentam interpretar
exactamente quando e como tudo isto irá acontecer. No entanto, a Igreja do Nazareno reconhece
que a Bíblia não dá detalhes claros e exactos sobre o "quando" e "como", e assim opta por se
concentrar no "quem". (2 Pedro 3:3-15) Cristo voltará em glória!

No livro do Apocalipse, o Apóstolo João partilha muitas das visões que Deus lhe deu sobre
acontecimentos que irão ocorrer no futuro. Utilizando imagens e símbolos vívidos, João comunicou
estas visões através da sua escrita. João viu estas visões como pertencentes ao fim do Império
Romano do seu tempo. Contudo, os cristãos acreditam que estas visões também comunicam verdades
sobre o futuro reinado de Cristo na terra. Há muito debate sobre o significado de muitas das imagens
e símbolos que João usa. O melhor é não ficar preso à tentativa de atribuir paralelos modernos a
cada imagem e sinal que João usa, mas encontrar a mensagem principal que João estava a tentar
comunicar, e aplicar essa mensagem à nossa situação actual. Jesus também usa imagens e símbolos
vívidos para tentar comunicar verdades celestiais aos discípulos sobre o futuro. O futuro imediato de
que Jesus falava aos discípulos é a queda de Jerusalém para os romanos em 70 AD. Os cristãos
também compreendem esta passagem para falarem também do fim dos tempos, quando Jesus
voltará com poder e glória.
2. Um dia Deus irá destruir completamente o poder de Satanás, e resgatar os crentes
em Jesus.

Quando os tempos são difíceis, por vezes precisamos de encorajamento. A visão dada a João foi a
de dar encorajamento aos primeiros cristãos, que sofriam sob a perseguição do Império Romano.
Assim também, a passagem tem sido uma fonte de esperança para os cristãos ao longo dos séculos
que também têm sofrido por serem seguidores de Jesus Cristo. Quando somos encorajados, e temos
uma compreensão clara do amor e poder de Deus, então podemos viver confiantes neste mundo
caído. Embora possamos sofrer muitas provações e perseguições, isso não nos torna únicos. Pelo
contrário, coloca-nos na longa linhagem de cristãos fiéis ao longo dos séculos que não consideravam
o sofrimento por Cristo como algo a ser evitado. A esperança cristã é mais profunda do que muitas
pessoas possam pensar. Embora o pecado e o mal pareçam correr desenfreadamente neste mundo, 91
chegará um dia em que Deus destruirá completamente o poder de Satanás, e salvará os crentes em
Jesus. João recebeu esta visão, e partilha-a nas escrituras como uma fonte de esperança para os
cristãos ao longo dos séculos.

É importante notar que a nossa vida actual como crentes determina como enfrentaremos a Segunda
Vinda de Cristo. Por outras palavras, a Segunda Vinda de Cristo não deve ser considerada como um
tema de curiosidade; em vez de desperdiçarmos o nosso tempo a tentar calcular as possíveis datas
da Segunda Vinda de Cristo, precisamos de espalhar a Boa Nova a outros sabendo que a Segunda
Vinda de Jesus Cristo trará consequências diferentes às pessoas. Este evento futuro tem de nos
inspirar a viver em Cristo. Aqueles que ainda estarão vivos na Sua vinda não precederão aqueles que
estão a dormir em Cristo Jesus. Se estivermos em Cristo, seremos arrebatados com os santos
ressuscitados para encontrar o Senhor, para que possamos estar sempre com o Senhor. Portanto,
precisamos de estar em Cristo agora que ainda estamos vivos, sabendo que não há arrependimento
após a morte.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Jesus, o Messias, voltará à terra. Porque sabemos que este é o mesmo Jesus que temos
estudado?
2. Jesus, o Messias, derrotará aqueles que se lhe opuserem nessa altura. Quem são estes
inimigos de Jesus? Quem são a besta e o falso profeta?
3. Em que parte do nosso estudo vimos previsões de que Jesus, o Messias, reinará como Rei?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Incentive os estudantes com o que aprenderam hoje,
ajudando-os a compreender que o que parece impossível de ser removido hoje na sua vida será
completamente destruído. Embora o pecado e o mal pareçam correr desenfreadamente neste mundo,
chegará um dia em que Deus destruirá completamente o poder de Satanás, e salvará os crentes em
Jesus.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre fazendo a classe a orar juntos louvando a Deus por ajudá-los a contemplar a Segunda
vinda de Cristo, não com medo mas com esperança e alegria.
RESSURREIÇÃO,
JULGAMENTO, E
DESTINO
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Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que a vida terrena que vivemos é apenas o
início da nossa existência. Após a morte, todos os cristãos vão para o céu onde viveremos
adorando a Deus e desfrutando da presença de Deus sem dor ou sofrimento para sempre.

Versículo a memorizar: Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte,
nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". (Apocalipse 21:4)
92

Escritura: Apocalipse 21; João 14

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Diga-
lhes que nesta Unidade estarão a aprender sobre os Artigos de Fé. Hoje, a lição será baseada na
Ressurreição, Julgamento e Destino.

U
ma noite, João, o apóstolo, teve uma visão. Uma visão é como um sonho. Deus quis mostrar
a João como seria o céu. Deus chamou o céu, a Nova Jerusalém. João viu a cidade mais bela
que alguma vez tinha visto. Ele viu uma cidade com muros feitos de jaspe, e o interior da
cidade era feito de ouro puro. Havia quatro muros à volta da cidade, e cada muro tinha três portões.
Os portões tinham o nome das 12 tribos de Israel. Cada portão era feito de uma pérola gigante. João
olhou para dentro da cidade e viu que não havia um templo para adorar a Deus. Um anjo disse a
João que não havia necessidade de um templo, porque Deus e Jesus seriam o Templo. Então o anjo
disse a João que não haveria sol no céu porque Deus e Jesus brilhariam mais do que o sol. As pessoas
cujos nomes estavam escritos no Livro da Vida do Cordeiro, uma vez que Jesus as tinha perdoado
dos seus pecados, poderiam entrar nesta maravilhosa cidade.

1. Cada pessoa comparecerá perante o tribunal de Deus

Na ressurreição dos mortos, os corpos tanto dos justos como dos injustos serão ressuscitados e
unidos aos seus espíritos. Os que fizeram o bem, para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal,
para a ressurreição da condenação. Esta é a boa nova porque temos o privilégio de ouvir isto
enquanto podemos tomar uma decisão ajudados pelo Espírito Santo. Por outras palavras, a
mensagem do Futuro tem impacto na nossa vida presente da mesma forma que a nossa vida presente
pode afectar o nosso futuro sabendo que a mensagem de Deus termina com maravilhosas notícias -
qualquer pessoa que tenha confiado em Jesus, o Messias, como seu Salvador, entrará num belo
paraíso sem pecado e aí viverá eternamente com Deus. Deus e o Cordeiro (Jesus, o Messias, o Filho
de Deus) são o centro do céu, não nós. Quando Cristo voltar, Ele ressuscitará os santos dos mortos
para se juntarem a Deus no céu. Cada pessoa estará também perante o assento de julgamento de
Deus. Por causa da morte e ressurreição de Jesus Cristo, os cristãos serão salvos. No entanto, aqueles
que rejeitarem o perdão de Cristo estarão eternamente perdidos no inferno. Esta vida terrena é
apenas uma pequena parte do que realmente somos como Filhos de Deus. Quando esta vida terminar,
todos os cristãos desfrutarão de uma eternidade no Céu com Deus. Lá todas as nossas perguntas
serão respondidas, todos os nossos sofrimentos serão tirados, e todas as nossas lágrimas serão
enxugadas. Será um lugar onde poderemos adorar a Deus na perfeição, pois já não haverá dor nem
pecado.

2. O céu será um lugar onde os cristãos passarão toda a eternidade com Jesus

Deus deu ao Apóstolo João visões de como será o Céu. Não haverá mais dor, pecado, ou sofrimento.
Em vez disso, os cristãos irão adorar Jesus com amor e alegria perfeitos. Jesus prometeu aos seus
discípulos, antes da sua morte, que quando os deixasse, prepararia um lugar no Céu para eles. Os
discípulos deveriam viver na fé e na paz que, mesmo quando Jesus partisse, Jesus continuaria a
cuidar deles através do ministério do Espírito Santo. Viver a vida cristã pode ser muito difícil. No meio
de tentações e perseguições, muitos cristãos são tentados a afastar-se da fé. Além disso, se não se
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afastarem explicitamente da fé, pelo menos são tentados a comprometer a sua fé. Uma das razões
pelas quais Deus dá aos cristãos a esperança do Céu é para nos lembrar que vivemos agora para
algo maior do que estas dores e provações momentâneas. Vivam com confiança, estejam prontos a
partilhar a vossa esperança do céu com alguém esta semana. Isso pode até significar que alguns lhes
ridicularizem; no entanto, todos precisam de saber que há esperança não só para esta vida, mas
também para a vida futura. Também precisam de saber que há consequências para a forma como
vivem a sua vida, consequências tanto para esta vida como para a vida vindoura.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. A promessa de julgamento no fim dos tempos traz-lhe alegria ou medo? Porquê?
2. Como a perspectiva do fim dos tempos deve afectar a forma como encara a sua vida
quotidiana?
3. O que é que mais anseia no Céu?
4. O que faz com que a mensagem do destino seja uma Boa Nova?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição para a turma. Ajude os alunos a compreender que Cristo veio morrer por
todos para a salvação. Receber Jesus Cristo como Senhor e Salvador e obedecer aos Seus
mandamentos em comunhão com outros santos é a melhor maneira de esperar com alegria e
esperança o último julgamento. No Céu todas as nossas perguntas serão respondidas, todos os nossos
sofrimentos serão tirados, e todas as nossas lágrimas serão enxugadas. Será um lugar onde
poderemos adorar a Deus na perfeição, pois não haverá mais dor ou pecado.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de
hoje. Encerre fazendo a classe a orar juntos louvando a Deus por nos informar sobre o futuro da Sua
criação e por providenciar o Céu como o nosso último destino.
Unidade 4:

PREPARAÇÃO DOS NOSSOS CORAÇÕES PARA A


VINDA DO MESSIAS

Objectivo da Unidade:

Esta unidade ajudará os estudantes a compreender que a sua vida cristã não se baseia em obrigações
religiosas feitas por seres humanos. A nossa fé cristã é baseada em Jesus Cristo. No Segundo Termo
aprendemos sobre a obra de salvação de Cristo através da Sua morte e ressurreição. Este último
termo tratará das mensagens relacionadas com o Seu nascimento. Os estudantes compreenderão 94
que a melhor maneira de esperar a Segunda Vinda de Cristo é compreender a Sua primeira Vinda.

 Lição 42: Meios Simples para um Fim Extraordinário


 Lição 43: Em Deus não há estranhos
 Lição 44: Deus chama pessoas de todas as idades para a Sua Missão
 Lição 45: Evitando orações egoístas
 Lição 46: Escolhido para um grande Propósito
 Lição 47: A santidade de Deus é tão majestosa
 Lição 48: Deus é soberano sobre tudo o que possa ameaçar o Seu povo
 Lição 49: Renovando a nossa esperança
 Lição 50: O Anúncio sobre a Vinda do Messias
 Lição 51: Nasceu o Messias
 Lição 52: Jesus veio para todos os povos, judeus e gentios
MEIOS ORDINÁRIOS
PARA FIM
EXTRAORDINÁRIO
42
Objectivo: Ajudar os estudantes a celebrar o facto de que se pode confiar em Deus, porque
Deus continua a ser fiel às alianças, fornecendo um salvador para os israelitas quando
clamavam da sua escravidão no Egipto.

Versículo a memorizar: Tendo o menino crescido, ela o levou à filha do faraó, que o 95
adoptou e lhe deu o nome de Moisés, dizendo: "Porque eu o tirei das águas". (Êxodo 2:10)

Escritura: Êxodo 2:1-10; Mateus 2:13-23

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. A
lição de hoje ajuda-nos a compreender que Deus pode usar meios simples para nos proteger. Em vez
de confiarmos no material, precisamos de saber que Deus é o verdadeiro Protector.

O
novo faraó do Egipto pensava que havia demasiada gente hebraica na sua terra. Os israelitas
também eram chamados de hebreus. Assim, o faraó ordenou que todos os meninos hebreus
fossem mortos. Quando Moisés nasceu, a sua mãe quis escondê-lo para que ele não fosse
morto. À medida que Moisés crescia, a sua mãe tinha dificuldade em escondê-lo. Ela teve de pensar
rapidamente noutra forma de salvar o seu filhinho. Ela fez um pequeno cesto para colocar Moisés e
colocá-lo no rio Nilo. A sua filha, Miriã, observava o cesto para se certificar de que nada acontecia
com o bebé. Quando a filha do Faraó desceu ao rio para tomar banho, ela encontrou o pequeno
cesto. Nele, ela descobriu um pequeno bebé hebreu. A filha do Faraó decidiu ficar com o bebé. Moisés
não cresceu com a sua verdadeira família, mas estava a salvo.

1. Deus é sempre fiel na aliança que Ele faz com o Seu povo

Deus continuou a ser fiel à aliança feita com Abraão protegendo os israelitas. Muitas gerações do
povo de Deus viveram no Egipto depois de José; no entanto, o povo de Deus já não vivia em liberdade
e bênção, mas em escravidão. Os seus clamores subiram ao céu, e Deus começa a proporcionar-lhes
um caminho de liberdade através da salvação do Menino Moisés da morte. Temendo o número
crescente de israelitas que vivem no Egipto, o Faraó exigiu que todos os recém-nascidos israelitas do
sexo masculino fossem mortos no tempo de nascimento. Uma mãe recusou esta ordem e manteve o
seu bebé a salvo em casa durante três meses. Quando já não conseguia esconder o bebé, colocou-o
num cesto no Nilo na esperança de que ele fosse salvo.

O termo hebraico usado aqui para "cesto" é o mesmo usado em Génesis 6 para a arca que Noé estava
a construir. Em ambos os relatos, Deus providenciou um meio de libertar o povo de Deus da
destruição. A filha do Faraó viu o bebé, teve compaixão por ele, e adoptou o bebé para ser seu.
2. Deus salva-nos para que nos tornemos os vasos da Sua bênção para os outros

No meio do Faraó exigindo a morte dos meninos hebreus, Deus é capaz de usar a filha do Faraó para
fazer parte da história da salvação do povo de Deus. Temos de nos lembrar que por vezes as bênçãos
e a protecção de Deus fluirão para as nossas vidas por pessoas que não seguem a Deus ou procuram
honrar a Deus com as suas vidas. Além disso, que Deus nos usará para proteger e abençoar aqueles
que necessitam de protecção, quer sejam ou não cristãos. Deus continua a proteger os israelitas,
sendo fiel à aliança com Abraão.

Enquanto Deus enviou os israelitas ao Egipto nos dias de José para os salvar de uma fome, agora,
gerações mais tarde, o Faraó oprime-os e utiliza-os como escravos no Egipto. Deus vê o seu 96
sofrimento e começa a criar um dos descendentes de Abraão que libertará os israelitas da sua
escravidão. Podemos fazer muito mal aos outros ao tentarmos proteger-nos quando permitimos que
os nossos corações se encham de medo. Isto acontece a nível nacional com uma raça a oprimir outra
raça, mas também acontece a nível das nossas relações pessoais quando as pessoas permitem que
o medo crie racismo nos seus corações. Assim, Deus salvou Moisés da morte para que pudesse
crescer e libertar os israelitas da escravatura no Egipto.

PERGUNTAS:

Faça as seguintes perguntas aos estudantes:

1. Como o Evangelho de Jesus Cristo, e o estatuto de todos os cristãos como Povo de Deus,
demonstram que o racismo é pecado?
2. Como podemos garantir que as diferenças que temos com os outros não se tornem obstáculos
ao nosso amor por eles em Cristo?
3. Se Deus pode usar pessoas que não têm fé para abençoar e proteger os outros, como pode
então, como seguidor de Jesus Cristo, abençoar e proteger aqueles que não dizem que
seguem a Deus?
4. Como pode defender e proteger aqueles na sua comunidade que estão a ser oprimidos,
mesmo que eles sejam muito diferentes de vocês?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:

Faça um resumo da lição à turma. Ajude os alunos a compreender que Deus pode usar os meios que
podemos desprezar para cumprir a Sua vontade na nossa vida. Da mesma forma que Ele salvou
Moisés da morte para que pudesse crescer e libertar os israelitas da escravidão no Egipto, Deus
salvou-nos para sermos os vasos das Suas bênçãos para outras pessoas.

DESAFIO:

Peça à turma para partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem
tempo em oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria de viver a lição de hoje.
Encerre fazendo a classe orar juntos louvando a Deus pela Sua fidelidade às alianças que Ele faz com
o Seu povo. Como cristãos, somos testemunhas da fidelidade de Deus e da Sua contínua protecção.
EM DEUS NÃO HÁ
ESTRANHOS 43
Objectivo: Ajudar os estudantes a lembrarem-se de que Deus por vezes escolhe as pessoas
mais inesperadas para serem partes essenciais do cumprimento das promessas da aliança.

Versículo a memorizar: Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de
Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel Ele se estabelecerá e os 97
pastoreará na força do Senhor, na majestade do nome do Senhor, o seu Deus. (Miquéias
5:2,4 / Mateus 2:6)

Escritura: Rute 1; Mateus 2:1-8

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. A lição
de hoje ajuda-nos a compreender que Deus é o Criador de todas as pessoas e que Ele pode usar
qualquer pessoa para a Sua glória.

N
oemi e o seu marido tiveram dois filhos, Malom e Quiliom. A família de Noemi teve de se
mudar para o país de Moabe, porque já não havia comida na sua cidade de Belém. Quando
os filhos de Noemi cresceram, casaram um com Rute e o outro com Orfa, que eram de Moabe.
Rute e Orfa gostavam de Noemi, e respeitavam-na muito. Muitos anos mais tarde, o marido de Noemi
e os seus dois filhos morreram. Noemi, Rute, e Orfa foram deixadas sozinhas. Noemi decidiu voltar
para casa, para Belém. Ela implorou a Rute e a Orfa que voltassem para as suas próprias famílias.
Mas, porque elas amavam tanto Noemi, nenhuma delas queria deixá-la. Depois de muito implorar,
Noemi convenceu finalmente Orfa a voltar para a sua família. Mas Rute ficou com Noemi, e elas
viajaram para Belém. Rute casou mais tarde com um homem chamado Boaz. Sabe quem era o neto
de Rute? O rei Davi!

1. Deus está a trabalhar para manter as promessas da aliança


O pequeno Livro de Rute situa-se entre os livros dos Juízes e 1 Samuel. Os juízes terminam com esta
triste notícia: "Naqueles dias Israel não tinha rei; todos faziam o que achavam melhor". No livro de 1
Samuel, os reis israelitas começam a ser ungidos. Os acontecimentos de Rute ocorrem durante este
período de anarquia, antes da monarquia. Em meio à fome em Israel, uma família de Belém fugiu
para Moabe a fim de sobreviver. Enquanto lá, embora fosse contra a lei de Israel, os dois filhos desta
família casaram com duas mulheres Moabitas. Depois, ao longo do tempo, o pai israelita e os dois
filhos morreram, não deixando nenhum homem para cuidar da mãe e das esposas. Isto colocou estas
três mulheres numa situação muito difícil, em que ninguém as protegia ou providenciava para elas.
A mãe, Noemi, decidiu regressar a Jerusalém e ver se conseguia encontrar algum membro da família
que a ajudasse a cuidar dela. Uma nora, Rute, foi com ela. Através de uma série de acontecimentos,
orquestrados externamente por Noemi, mas por Deus nos bastidores, Rute ficou noiva de um dos
membros da família estendida de Noemi.
Por causa disso, Noemi e Rute foram protegidas e abençoadas. Rute teve um filho, e Rute tornou-se
parte da árvore genealógica que iria produzir tanto o Rei Davi como Jesus Cristo. Os acontecimentos
registados no livro de Rute dão testemunho da obra de Deus em manter as promessas da aliança.
Não só Rute, uma Moabita, é enxertada na história de Israel por estar na cadeia familiar do Rei Davi,
mas também na linhagem familiar de Jesus Cristo. Embora Deus não fale neste livro de Rute, nem
existam milagres, Deus ainda fala e trabalha, indirectamente, através desta bela história.

2. Os cristãos devem demonstrar amor por Deus e por outras pessoas


Os cristãos e as igrejas demonstrarão amor por Deus e amor pelos outros. O amor cristão, tal como
modelado em Jesus Cristo, é um amor sacrificial que coloca as necessidades dos outros acima das 98
nossas próprias necessidades. Devoção, fidelidade e integridade em conjunto marcam o tipo de amor
cristão que demonstra o coração de Jesus pelos outros. Este tipo de amor não vem facilmente, nem
é desenvolvido rapidamente. Em vez disso, o amor cristão é o resultado de um relacionamento com
Deus em que o cristão recebe o amor de Deus, e depois partilha esse amor com os outros. Quanto
mais tempo o cristão caminha com Deus, mais profundo deve crescer o seu amor por Deus e pelos
outros. As suas vidas darão o fruto que provém de serem crentes cheios do Espírito Santo. Este fruto
resulta em honrar a Deus, ajudar os outros a verem Cristo neles, e construir o Corpo de Cristo. Em
Gálatas 5:22-23, o Apóstolo Paulo descreve nove virtudes que irão caracterizar uma pessoa ou igreja
que estão a dar testemunho do fruto do Espírito Santo. Como cristãos, vocês são parte do Reino de
Deus, um Reino muito maior e mais significativo do que qualquer nação, estado ou povo terreno. Por
isso, os cristãos são chamados a amar todos os cristãos, tanto para mostrar a compaixão de Deus,
como também para mostrar a nossa solidariedade para com todo o povo de Deus. Também somos
chamados a amar os não cristãos, porque Deus os ama, trabalha através deles, e porque podem ser
usados por Deus para nos abençoar.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas das formas em que Rute demonstra um amor sacrificial por Noemi?
2. Quais são alguns dos riscos e recompensas por amar os outros duma forma sacrificial?
3. Quais são algumas das formas práticas pelas quais se pode demonstrar o amor de Deus aos
outros esta semana?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Encoraje os seus alunos a amar aqueles considerados
estranhos sabendo que quando éramos pecadores, éramos também estranhos à comunidade de fé,
mas a graça de Deus encontrou-nos no nosso pecado e trouxe-nos à Sua família. Ele pode fazer o
mesmo com qualquer outra pessoa.

DESAFIO:
Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre pedindo
à turma que orem juntos o Pai Nosso.
DEUS CHAMA
PESSOAS DE TODAS
AS IDADES PARA A
44
SUA MISSÃO
Objectivo: Ajudar os estudantes a estarem abertos à direcção de Deus na sua vida

Versículo a memorizar: Então Samuel disse: "Fala, pois o teu servo está ouvindo". (1
Samuel 3:10b)
99

Escritura: 1 Samuel 3; Actos 9:1-19

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. A lição
de hoje ajuda os estudantes a compreender que precisamos de ouvir a Voz de Deus na nossa vida.

A
na orou a Deus e pedindo que lhe desse um filho. Deus respondeu à oração de Ana, e ela deu
o nome de Samuel ao seu filho pequeno. Quando Samuel era muito novo, a sua mãe levou-o
a Eli, o sacerdote. Samuel cresceu a ajudar Eli no templo. Uma noite, quando Samuel e Eli
estavam a dormir no templo, Samuel ouviu alguém chamar o seu nome. "Samuel!". Ele correu para
Eli e disse: "Aqui estou eu". Eli disse: "Eu não chamei; volta e durma". Samuel ouviu alguém chamar
o seu nome três vezes. Eli percebeu que era Deus a chamar a Samuel. Eli disse a Samuel que da
próxima vez que ouvires o seu nome, responda: "Fala, Senhor, porque o teu servo está a ouvir" (NVI).
Deus chamou Samuel de novo, e Samuel falou com Ele. Quando Samuel era mais velho, Deus fez
dele um profeta, sacerdote, e juiz sobre Israel.

1. Samuel foi chamado por Deus quando ainda era muito jovem

Eli e Samuel foram os dois últimos juízes de Israel. Samuel seguiria a vontade de Deus na unção dos
próximos dois reis sobre Israel, Saul e Davi. Embora Eli fosse um juiz fiel, os seus dois filhos eram
perversos. Aproveitavam-se das suas posições como sacerdotes. Eli confrontou-os e tentou levá-los
a mudar os seus caminhos, mas eles recusaram. Deus avisou Eli que, devido aos pecados dos seus
filhos, ambos iriam morrer no mesmo dia. Uma mulher chamada Ana era estéril e muito angustiada
porque não tinha filhos. Uma noite, quando estava a entregar o seu coração a Deus no templo,
prometeu a Deus que, se tiver um filho, o dedicará ao serviço de Deus no templo. Eli encontrou-a a
orar naquela noite. Quando Eli reconheceu o seu grande pesar e tristeza, prometeu-lhe que Deus
responderia às suas orações. Ana foi para casa, concebeu, e deu à luz um filho a quem deu o nome
de Samuel. Depois de Ana ter desmamado Samuel, cumpriu a sua promessa e deu-o a Eli para ser
usado no serviço de Deus.

Ao contrário dos filhos de Eli, Samuel cresceu "em estatura e em favor do Senhor e do povo". (1
Samuel 2:26) Nesta passagem, Deus falou directamente a Samuel, revelando que seria Samuel a
herdar a posição de Sumo Sacerdote de Eli, e não nenhum dos filhos de Eli. Na verdade, a revelação
que Samuel recebeu foi uma confirmação de que a linha de juízes já não passaria pela família de Eli.
A vida de Samuel concentrava-se em fazer a obra de Deus antes mesmo de ele conhecer Deus
pessoalmente. À medida que Samuel crescia, Deus revelava-se cada vez mais a Samuel. Os cristãos
precisam de ter lugares e tempos em que possam receber a revelação contínua de Deus para eles.
Mais tarde, este Samuel foi usado por Deus para ungir os dois primeiros reis de Israel, Saul e Davi.

2. Deus chamou Paulo enquanto ele tentava destruir a Igreja Cristã

Paulo, o maior missionário da Bíblia, recebeu uma chamada directa de Deus. Ao contrário de Samuel,
que estava a servir a Deus, Saulo (mais tarde chamado Paulo), estava na realidade a tentar destruir
a igreja cristã primitiva. Ele pensava estar a fazer a vontade de Deus, mas no caminho para Damasco,
Deus confrontou e corrigiu Saulo. Jesus revelou-lhe que Ele, que Saulo pensava ser um falso, era na
100
realidade o Messias. A chave para uma vida de alegria e paz é ter um coração aberto a Deus, nosso
Criador e Salvador. A graça preveniente é a obra abençoada de Deus na vida de um cristão, antes de
conhecerem Deus como Salvador. Vemos esta graça preveniente em acção na vida de Samuel desde
tenra idade, pois Deus falou com ele antes mesmo de reconhecer a voz de Deus. Depois de se
tornarem cristãos, os crentes precisam de se certificar de que permanecem abertos a ouvir a voz de
Deus. Por outro lado, Paulo recebeu a chamada do mesmo Deus que chamou Samuel, mas em
contextos diferentes. Isto significa que Deus pode chamar-nos de várias maneiras. O importante da
nossa parte é ouvir a chamada de Deus.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Ouvir a voz audível de Deus é muito raro, mesmo na Bíblia. Quais são as formas mais comuns
em que Deus dá orientação aos cristãos?
2. Os filhos de Eli eram rebeldes. O que faz com que as crianças se afastem dos ensinamentos
dos seus pais?
3. A conversão de Saulo é muito incomum, mas um exemplo de Deus a confrontar as pessoas
que têm problema de pecado. Quais são as formas pelas quais Deus o confrontou com a sua
necessidade de se arrepender?
4. Quais são alguns passos que os cristãos podem dar para estarem abertos e prontos a ouvir a
voz de Deus para eles?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça uma resumo da lição para a turma. Ajude os seus alunos a compreender que Deus chama o Seu
povo de várias maneiras. A sua idade, cultura, língua, ou estatuto social não podem ser um desafio
para Deus chamá-los. O que eles precisam de fazer é continuar a ouvir a vontade de Deus e estar
prontos para se submeterem à orientação de Deus. A nossa vida devocional ajuda-nos a estar prontos
para o chamar de Deus.

DESAFIO:

Peça alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para partilhar
como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração pela
vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo a
turma orar em conjunto louvando a Deus pela Sua graça salvadora e pela Sua chamada para o
ministério.
EVITANDO
ORAÇÕES EGOÍSTAS 45
Objectivo: Ajudar os estudantes a esforçarem-se para ter tempos de oração que sejam
marcados não por tentarem obter de Deus o que pensam precisar, mas por pedirem a Deus
que lhes dê aquilo de que realmente necessitam.

Versículo a memorizar: E quero que você afirme categoricamente essas coisas, para que
os que crêem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Tais coisas são excelentes e 101
úteis aos homens. (Tito 3:8)

Escritura: 1 Samuel 10; Tito 3:1-8

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior.
Leiam ambas as passagens bíblicas. Lembre aos alunos que Deus sabe o melhor para cada um deles,
sempre.

S
amuel tinha sido o juiz de Israel durante muitos anos. Ele estava a ficar muito velho e não seria
um juiz por muito mais tempo. Samuel estava pronto a escolher alguém para tomar o seu lugar.
Os israelitas disseram a Samuel que não queriam outro juiz. Eles queriam um rei porque todos
os países à sua volta tinham um rei. Deus ficou desapontado com os israelitas, mas disse a Samuel
para ouvir o que o povo dizia. Havia um jovem chamado Saul; ele era um homem mais alto do que
qualquer outro homem em Israel. Deus disse a Samuel que Saul era o homem que ele tinha escolhido
para ser rei sobre Israel. Samuel foi ter com Saul e derramou um óleo especial sobre a sua cabeça.
A isto chama-se uma "unção". Samuel levou Saul de volta para os israelitas e disse-lhes que Saul
seria o seu rei. Os israelitas ficaram muito satisfeitos.

1. O Povo de Israel insistiu que eles queriam um rei

Samuel é o último juiz a servir em Israel. Infelizmente, tal como os filhos do seu predecessor, os
filhos de Samuel não honraram a Deus. Usaram a sua posição para tirar proveito de outros. Por isso,
os israelitas exigiram uma nova liderança, eles queriam um rei como as outras nações. Este é um
tema repetidamente encontrado na história de Israel - Israel querendo ser como todas as outras
nações à sua volta. Isto é contrário aos pactos de Deus com Israel, Deus queria que Israel fosse
diferente, como uma luz na escuridão. Por vezes, Deus dá-nos resposta às nossas orações, apesar
de Deus saber que essas respostas não são as melhores para nós. Deus faz isto para nos ensinar os
perigos das orações egoístas. Deus fez com que Samuel avisasse o povo das consequências de ter
um rei (ver 1 Samuel 8:10-21). Os israelitas recusaram-se a dar ouvidos ao aviso de Deus, e
continuaram a exigir um rei. Por conseguinte, Deus escolheu Saul para ser o seu rei. Enquanto Saul
começou bem o seu reinado, à medida que os meses e os anos avançavam, ele tornou-se um rei
muito mau. Através das suas acções e decisões, ele demonstrou que se preocupava mais com agradar
ao povo do que com agradar a Deus. O Espírito Santo que se apoderou do Rei Saul no início do seu
reinado também está disponível para os cristãos. Com o Espírito Santo dentro, os cristãos podem
viver vidas de amor e de santidade. Devemos ter cuidado para não nos afastarmos de Deus como fez
o rei Saul, mas sim para continuarmos a ser obedientes a Deus.

2. Os nossos corações e mentes devem ser totalmente devotados a Deus

Pode ser uma dura lição conseguir o que queremos, apenas para perceber que não satisfaz. A única
forma dos cristãos estarem cheios de alegria e amor é quando os nossos corações e mentes se
dedicam totalmente a Deus. Uma maneira de o fazer é orar com as palavras de Jesus, "não o que Eu
quero, mas sim o que Tu queres". (Marcos 14:36) Quando o coração e a mente de um cristão são
devotados a Deus, ele orará mais facilmente pelas necessidades certas, e receberá de Deus apenas
boas bênçãos. O discernimento é uma qualidade muito importante para que um cristão se desenvolva.
102
Ao contrário dos israelitas que se recusaram a ouvir o aviso de Samuel, uma pessoa que está a
desenvolver o discernimento está a aprender a não confiar na sua própria sabedoria ou discernimento.
Um cristão sábio procurará a vontade de Deus, procurará conselhos de cristãos maduros, e tentará
remover o egoísmo da sua vida. Esforcem-se por uma vida de oração centrada em receber de Deus
o que necessitam, não o que querem. Decidir incorporar a oração de Jesus "não o que eu quero, mas
sim o que tu queres" é um excelente passo na nossa formação para colocar a vontade de Deus em
primeiro lugar nas nossas orações. Ajudar-nos-á também a não orar erroneamente por desejos
contrários à vontade de Deus. Além disso, escrever orações pode ajudar os cristãos a ver quanto
tempo de oração está concentrado no que querem de Deus em relação ao tempo de louvor e gratidão
a Deus.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Como um cristão pode discernir se os seus pedidos de oração são egoístas e, se forem
respondidos, não lhes trarão a alegria e a paz que assumem que virão com a resposta?
2. Embora geralmente um rei mau, Saul começou o seu reinado bastante bem. O que faz com
que as pessoas se afastem de manter Deus em primeiro lugar nas suas vidas?
3. Porque as pessoas são tentadas a julgar os outros pela sua aparência, e não esperar para
conhecer o seu carácter?
4. O que é preciso para um cristão seguir a vontade de Deus, mesmo quando esse curso de
acção exige que pratiquem a abnegação de si próprios?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Ajude os seus alunos a compreender que eles precisam de
saber como orar. Quando o coração e a mente de um cristão são devotados a Deus, eles conseguirão
orar mais facilmente pelas necessidades certas, e receberão de Deus apenas boas bênçãos. O
discernimento é uma qualidade muito importante para o desenvolvimento de um cristão. Uma forma
de o fazer é orar as palavras de Jesus, " não o que eu quero, mas sim o que tu queres ".

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerrem a aula
orando juntos louvando a Deus pelo discernimento de que o Espírito Santo os capacita a procurar
primeiro a vontade de Deus, sabendo que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita.
ESCOLHIDO PARA
UM GRANDE
PROPÓSITO
46
Objectivo: Ajudar os estudantes a apreciar as oportunidades e perigos únicos de viver como
exilados no meio de pessoas que não honram a Deus.

Versículo a memorizar: pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento
surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem
sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha? " (Ester
103
4:14)

Escritura: Ester 4; 1 Pedro 2:9-17

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Leiam
ambas as passagens bíblicas. Lembrem aos estudantes que Deus nos coloca em certas posições para
que possamos ser uma bênção para os outros.

X
erxes escolheu Ester para ser a sua rainha. Hamã era o oficial mais elevado do rei, e não
gostava dos judeus que viviam no seu país. Hamã tinha planeado matar todos os judeus. Ester
ficou preocupada quando soube do seu plano. Ela também era judia. Ester queria contar ao rei
sobre o plano maléfico de Hamã, mas não podia entrar logo para o ver. Se ela entrasse sem que o
rei a chamasse, a lei dizia que ela seria morta. A única forma de viver seria se o rei lhe estendesse o
seu ceptro. Ester correu esse risco. Ela entrou corajosamente para ver o rei. Todos ficaram chocados!
O que faria o rei? Ele baixou o seu ceptro para Ester, e ela tocou-lhe. Quando Ester contou ao rei
sobre o plano maléfico de Hamã, o rei mandou matar Hamã. Ester salvou o seu povo.

1. Deus colocou Ester numa posição muito importante em Susã para assegurar que
haveria protecção para os israelitas.

Os acontecimentos do livro de Ester ocorrem após o fim do cativeiro babilónico, quando a maioria
dos israelitas regressou à Terra Prometida. Por qualquer razão, muitos judeus, incluindo Ester e
Mardoqueu, decidiram não regressar à Terra Prometida, mas viver no Império Persa. O Livro de Ester,
juntamente com o livro de Daniel, regista alguns dos desafios únicos que os judeus enfrentavam
quando viviam fora da Terra Prometida. Em particular, o racismo e os ciúmes que outros sentiram
em relação aos judeus. Deus colocou Ester numa posição muito importante em Susã para garantir
que haveria protecção para os israelitas, mesmo para os israelitas que não vivessem na Terra
Prometida. Curiosamente, não há qualquer menção a Deus, oração, ou milagres no livro de Ester. No
entanto, é evidente que Deus está a trabalhar nos bastidores, permanecendo fiel às promessas do
pacto de proteger os israelitas. Deus trabalha através do conselho de Mardoqueu, através das acções
corajosas de Ester, e em resposta ao jejum dos israelitas. Independentemente da nação terrestre em
que os cristãos vivem, eles são "estrangeiros e exilados" naquela nação, pois a sua verdadeira
cidadania está no Reino de Deus. Nesta passagem, o apóstolo Pedro dá algumas orientações sobre
como os cristãos devem comportar-se enquanto vivem como exilados na sua nação terrena. Devem
mostrar honra e respeito pelos governantes e autoridades terrestres, e viver uma vida tão boa que
poderá os fazer ser testemunhas da glória de Deus para os pagãos.

2. O racismo é uma expressão do pecado da humanidade

O pecado da humanidade exprime-se de muitas formas. A raiva e o racismo são duas das formas em
exposição no livro de Ester. A raiva de Hamã era tão grande que ele não queria apenas punir
Mardoqueu pelo seu desrespeito, mas a sua raiva alimentou o seu racismo ao ponto de conspirar
para destruir todos os judeus que viviam no Império Persa. Este é um exemplo de pecado dentro de
uma pessoa que se exprime de forma exterior. Os seres humanos não podem controlar o pecado sob
o seu próprio poder. Contudo, Deus é capaz de frustrar a obra do pecado, e em Cristo, destruir o
104
poder do pecado. Com o poder e a presença de Jesus, os cristãos podem rejeitar o pecado. A situação
de Ester e Mardoqueu mostra alguns dos desafios únicos que os exilados enfrentam. Uma das
melhores formas de combater o preconceito e o ódio é sentar-se com alguém que é diferente de si e
conhecê-los (e permitir que eles também o conheçam!). Muros grandes caem quando começamos
por levar apenas um tijolo de cada vez. Jesus quer que amemos os outros como Ele os ama. Isto
nem sempre é fácil, mas o jejum é uma forma de um cristão poder passar um tempo específico de
oração e reflexão pelo trabalho de cura de Deus na sua vida. Quando as pessoas se tornam cristãs,
tornam-se membros do maior reino de todos, o Reino de Deus.

Este é um reino cujos cidadãos são "de todas as nações, tribos, povos e línguas". (Apocalipse 7:9)
Por vezes, antes de se tornar cristão, o novo cristão odiava outras nações ou grupos de pessoas.
Parte do que significa crescer na sua fé cristã é permitir a Deus curar esses preconceitos, e ver todas
as pessoas como Deus as vê, como as criações amadas de Deus. Pode ser necessário muita coragem
para permitir a obra transformadora de Deus na vida de um cristão.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas das razões pelas quais uma pessoa teria preconceito contra outras?
2. Para além do preconceito, que outros pecados interiores podem levar alguém a machucar
com raiva contra os outros?
3. Porque existe uma tentação tão grande para as pessoas odiarem ou suspeitarem das outras
que são diferentes delas?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Ajude os seus alunos a compreender que, como cristãos,
eles estão a viver como exilados. Assim, devem comportar-se enquanto vivem como exilados na sua
nação terrena.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como eles pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em
oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre
pedindo à turma que juntos façam a oração de Pai Nosso.
A SANTIDADE DE
DEUS É TÃO
MAJESTOSA
47
Objectivo: Ajudar os estudantes a reflectir sobre a grande divisão entre a santidade perfeita
de Deus e as nossas fragilidades humanas. Ajudá-los a celebrar a maravilhosa graça de Deus
que faz a ponte entre esta grande divisão, oferecendo salvação a todos os povos.

Versículo a memorizar: "Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra
e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas". 105
(Apocalipse 4:11)

Escritura: Isaías 6:1-8; Apocalipse 4

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Leiam
ambas as passagens bíblicas. Digam aos alunos que a majestosa santidade de Deus odeia o pecado
e que o Seu amor gracioso ama o pecador.

U
m dia Isaías, que era um profeta, teve uma visão. Uma visão é como um sonho. Isaías viu
Deus no Templo, e Ele estava sentado num trono. O manto de Deus era tão grande que
encheu o interior do Templo. Isaías também viu anjos chamados "serafins". Quando os
serafins falavam uns com os outros, as portas do Templo tremiam, e o interior do Templo enchia-se
de fumo. Isaías não podia acreditar no que estava a ver! Um dos serafins pegou numa brasa quente
do altar e colocou-a nos lábios de Isaías. O serafim estava a mostrar a Isaías que Deus queria tirar-
lhe o seu pecado. Então, Isaías estaria pronto a sair e a contar a outros sobre Deus. Deus pediu a
Isaías quem Ele poderia enviar para contar a outros sobre Ele. E Isaías respondeu: "Eis-me aqui.
Envia-me"! (NVI).

1. Os cristãos devem lembrar-se de tratar a Deus com grande honra e respeito

Ser profeta de Deus não era um chamamento fácil ou seguro, porque Deus chamou profetas para
pregar contra os pecados dos israelitas. Muitas vezes, os reis prendiam ou abusavam dos profetas
por causa desta pregação de confronto. No entanto, a esperança de que as pessoas se arrependeriam
e se voltariam para Deus motivou os profetas a serem obedientes à chamada de Deus sobre as suas
vidas. Os israelitas tinham bons reis e tinham maus reis. Os bons reis eram fiéis a Deus e
reconheceram a sua posição significava que tinham a responsabilidade de voltar os corações dos
israelitas para Deus. Os maus reis eram infiéis a Deus e levavam o povo a todo o tipo de pecados, o
pior de todos sendo a idolatria. Deus levantou profetas para avisar os reis e o povo a arrependerem-
se e a voltarem-se para o único Deus verdadeiro. Isaías foi um desses profetas. Nesta passagem,
Isaías descreve a sua experiência quando Deus o encarregou de ser um profeta. Nesta visão, a
santidade de Deus ultrapassa Isaías. Isaías teme que a sua vida pecaminosa e a do seu povo o
arruínem.
2. Deus graciosamente salva o Seu povo antes de o comissionar

Deus perdoa graciosamente Isaías após a sua confissão. Deus então encarrega Isaías de ir avisar os
israelitas de que a destruição estava a vir sobre eles se não se arrependerem dos seus pecados. O
resto do livro de Isaías é um registo do seu ministério levando a mensagem de Deus a Israel e a
vários dos seus reis. Tal como Isaías, o apóstolo João teve uma visão de Deus no templo. Também
semelhantes à visão de Isaías são as criaturas voadoras com seis asas e o seu canto "Santo, Santo,
Santo" louvores a Deus. Deus é um Deus poderoso e maravilhoso. A santidade de Deus é tão
majestosa que os cristãos ficarão maravilhados quando virem Deus cara a cara. Isaías teve uma
experiência única quando teve uma visão de Deus no templo. Tal como Isaías, Deus chama todos os
homens e mulheres para serem os seus mensageiros. Alguns deles, como Isaías, Deus chama para o
ministério a tempo inteiro. Outros podem ter trabalhos seculares, mas Deus ainda os chama a 106
partilhar o amor de Deus e o Evangelho com outros. Não importa a que tipo de ministério Deus nos
chama, podemos sempre dar louvor e acção de graças a Deus por ter ultrapassado a grande divisão
entre o céu e a terra em Jesus Cristo.

3. O nosso encontro com Deus traz humildade no nosso coração


É apropriado sentir uma grande humildade quando se está na presença de Deus. Qualquer que seja
a santidade que um cristão possa possuir, ela não é nada em comparação com a santidade de Deus.
Além disso, enquanto Deus chama os cristãos seus filhos e filhas, é bom para os cristãos lembrarem-
se de tratar a Deus com grande honra e respeito. Não importa onde os cristãos se encontrem, há
pessoas à volta que precisam de ouvir falar de Jesus Cristo. Há também pessoas que precisam de ver
o amor e a compaixão de Jesus Cristo em acção. Os cristãos devem oferecer as suas vidas a Deus,
para que Deus lhes possa mostrar formas de traduzir as suas experiências com Deus em
oportunidades de ministério na sua comunidade.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Como podem celebrar a maravilhosa graça de Deus que faz a ponte entre o céu e da terra,
oferecendo salvação a todas as pessoas?
2. Quais são algumas das qualificações que sente que uma pessoa necessita para partilhar o
Evangelho com outros?
3. De que forma Jesus era diferente de todas as outras pessoas quando veio à terra?
4. Como ter um culto maravilhoso num domingo deveria afectar a forma como se vive nos outros
seis dias?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Ajude os seus alunos a compreender que a glória e a santidade
de Deus nos ajuda a ser humildes e corajosos, sabendo que o nosso Deus é Poderoso. Não importa
a que tipo de ministério Deus nos chama, podemos sempre dar louvor e acção de graças a Deus por
ultrapassar a grande divisão entre o céu e a terra em Jesus Cristo.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerrem a aula
orando juntos louvando a Deus pela sua majestosa santidade, poder, graça, amor e glória.
DEUS É SOBERANO
SOBRE TUDO O QUE
POSSA AMEAÇAR O
48
SEU POVO
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que muitos cristãos enfrentam perseguição
por causa da sua fé. Os mesmos estão dispostos a sofrer porque sabem que embora os
poderes malignos deste mundo possam causar perseguição agora, no final a soberania de
Deus prevalecerá.
107
Versículo a memorizar: Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso obedecer
antes a Deus do que aos homens! (Actos 5:29)

Escritura: Daniel 3; Actos 5:12-42

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peçam ao Espírito Santo que abra os vossos corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peçam aos vossos alunos que façam um resumo da lição anterior.
Leiam ambas as passagens bíblicas.

S
adraque, Mesaque e Abede-Nego foram três homens hebreus que ajudaram o rei
Nabucodonosor no seu palácio. Um dia, o rei decidiu mandar construir uma grande estátua que
era feita de ouro. O rei disse que quando trombetas, flautas, harpas e outros instrumentos
musicais começarem a tocar, todos devem curvar-se e adorar a estátua de ouro. Quem não o fizer,
será atirado para uma fornalha de fogo. Quando a música soou, todos se curvaram perante o ídolo,
excepto os três homens hebreus. Eles sabiam que só deveriam curvar-se ao Único Deus verdadeiro.
O rei ficou tão zangado que mandou os seus soldados atirar os homens para a fornalha ardente. Mais
tarde, quando o rei olhou para dentro da fornalha, viu quatro homens. Deus tinha enviado um anjo
para proteger os homens hebreus. Quando eles saíram, nenhum deles foi queimado ou cheirou
mesmo a fumo.

1. O Povo de Deus é chamado a viver em oposição ao que é contrário à lei de Deus.


Como já vimos na aula passada, ser profeta de Deus não era uma chamada fácil ou segura, porque
Deus chamou profetas para pregarem contra os pecados dos israelitas. Muitas vezes, os reis prendiam
ou abusavam dos profetas devido a esta pregação de confronto. No entanto, a esperança de que as
pessoas se arrependeriam e se voltariam para Deus motivou os profetas a serem obedientes à
chamada de Deus sobre as suas vidas. As advertências e profecias dos profetas tornaram-se
realidade; Israel não se arrependeu dos seus pecados e voltou-se para Deus, pelo que Deus enviou
Babilónia para conquistar a Terra Prometida. O exército babilónico destruiu o Templo em Jerusalém,
e levou a maioria dos israelitas para o exílio. Três desses israelitas eram Sadraque, Mesaque e Abede-
Nego. Deus estava com eles e abençoou-os porque permaneceram fiéis a Deus. De facto, Deus
abençoou-os tanto, que ocuparam posições de autoridade na Babilónia. No entanto, alguns odiavam
os judeus, e procuravam oportunidades para os prejudicar. Os inimigos dos judeus encontraram uma
oportunidade de mandar matar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego quando o rei Nabucodonosor
mandou construir um ídolo e ordenou que todos se curvassem e adorassem o ídolo. Embora estes
três homens tenham obviamente adoptado algumas mudanças culturais para lhes permitir
integrarem-se na cultura babilónica e serem líderes babilónicos, houve certas actividades e práticas
em que se recusaram a participar. Daniel capítulo 1 regista um exemplo disto, a sua dieta alimentar.
Daniel capítulo 3 regista um segundo exemplo, a adoração de ídolos. Embora os babilónios tenham
conquistado Israel, estes três homens sabiam que não era a Babilónia a trabalhar por si só, mas sim
Deus a dirigir os babilónios. Portanto, embora estivessem exilados na Babilónia, estes três homens
sabiam que Deus ainda estava no controlo. Acreditavam também que Deus os salvaria de qualquer
castigo que Nabucodonosor lhes desse por serem verdadeiros para com o único Deus verdadeiro.

2. Deus está do nosso lado, mesmo em tempos de dificuldades


Daniel capítulo três regista como Deus lhes foi fiel. Deus enviou um anjo ou a sua própria presença 108
para estar com eles na fornalha. Deus é soberano sobre todos - Israel, Babilónia, Nabucodonosor,
até mesmo uma fornalha. Depois de Nabucodonosor libertar estes três da fornalha, ele louva o seu
Deus, e declara protecção para todos os judeus que vivem na Babilónia. À semelhança do relato de
José no Egipto, e de Ester em Susã, assim aqui na Babilónia, o que para outros significou o mal, Deus
transformou-se em bem. (Génesis 50:20, Ester 4-7). Tal como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
algumas pessoas tinham ciúmes do sucesso que Pedro teve ao serviço de Deus. Prenderam Pedro e
atiraram-no para a prisão. Também como Sadraque, Mesaque e Abednego, Deus protegeu Pedro e
providenciou um caminho para a liberdade. Quando os seus inimigos ameaçam novamente Pedro,
ele declara, "temos de obedecer a Deus e não aos seres humanos"! Ao contrário dos seus vizinhos
politeístas, Israel deve acreditar que existe apenas um único Deus que criou tudo, e que entrou em
pacto com Israel. Porque existe apenas um único Deus verdadeiro, os israelitas não devem adorar
quaisquer ídolos a deuses falsos. Devem certificar-se que o único Deus verdadeiro continua a ser o
único foco da sua devoção.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são os falsos deuses que muitas pessoas na sua comunidade servem hoje em dia, em
vez do único Deus verdadeiro?
2. Quais são algumas formas de Deus provar o Seu por si?
3. Onde um cristão pode encontrar coragem para tomar uma posição face à perseguição?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Ajude os seus alunos a compreender que a glória de Deus
não pode ser mudada com ídolos. Os estudantes podem sofrer perseguição por causa da sua fé. Em
vez de desistirem, precisam de fazer como Sadraque, Mesaque e Abednego que acreditaram que
Deus os protegerá se forem fiéis a Ele. Contudo, mesmo que Deus não o faça, eles sabem que é
melhor morrer por serem fiéis a Deus do que viver sendo infiéis a Deus.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre pedindo
à turma que orem juntos o Pai Nosso.
RENOVANDO A
NOSSA ESPERANÇA 49
Objectivo: Ajudar os estudantes a reconhecer que a rejeição nunca tem de ser a palavra
final no relacionamento de um cristão com Deus. Independentemente do fracasso, Deus está
sempre disposto a perdoar e a ajudar a restaurar a humilde Criança de Deus.

Versículo a memorizar: Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem
sucedidos (Neemias 2:20) 109

Escritura: Neemias 2:11-20; Lucas 19:28-48

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Leiam
ambas as passagens bíblicas.

H
á muito tempo atrás, os judeus construíram um muro à volta de Jerusalém para a protecção
deles e do templo contra os ataques de seus inimigos. Contudo, porque os judeus não
obedeceram a Deus, Ele deixou o exército babilónico atacar e queimar Jerusalém até ao chão.
Depois, o exército levou os judeus para a Babilónia como prisioneiros. Muitos anos mais tarde,
Neemias pediu ao rei Artaxerxes se podia regressar a Jerusalém e reconstruir o muro da cidade.
Alguns governantes disseram a Neemias que o atacariam se ele tentasse reconstruir a cidade. No
entanto, isso não assustou Neemias. Ele estava entusiasmado com a reconstrução de Jerusalém, a
"Cidade Santa". Neemias levou muitas famílias com ele para Jerusalém. Ele mandou cada família
reconstruir uma porção do muro. Alguns homens ficaram de guarda no caso de alguém tentar atacar.
Depois de muito trabalho árduo, o muro foi finalmente concluído!

1. Deus quer perdoar e restaurar aqueles que regressam a Ele


Em vez de serem uma luz para as nações, um povo que amava a Deus e se amava uns aos outros,
os israelitas pecaram continuamente e prejudicaram-se uns aos outros. Após décadas de recusa de
ouvir a palavra de advertência de Deus para se arrependerem através dos profetas, Deus permitiu
que os Babilónios conquistassem a Terra Prometida. Os israelitas viveram durante 70 anos no exílio
antes de Deus permitir que os Medes e Persas conquistassem os Babilónios. Os Medes e Persas
permitiram que os israelitas regressassem à Terra Prometida. Não é o desejo de Deus castigar o
povo. Contudo, quando as pessoas, tal como os Judeus, ignoram as leis de Deus e as ordens de Deus,
não podem contar com a protecção de Deus contra as consequências dos seus pecados e rebelião.
No entanto, as consequências nunca têm de ser a última palavra no relacionamento de uma pessoa
com Deus. Deus quer sempre perdoar e restaurar aqueles que se afastam do pecado e se voltam
para Deus. Jesus olhou para a cidade de Jerusalém poucos dias antes da sua crucificação. Ele ficou
triste porque, mais uma vez, os israelitas estavam a rejeitar Deus como os antepassados de Neemias
tinham feito. No tempo de Jesus, os israelitas rejeitaram a Deus ao rejeitarem Jesus. Jesus sabe que
mais uma vez Deus permitiria que um exército estrangeiro destruísse Jerusalém. Esta profecia tornou-
se realidade em 70 DC quando Deus permitiu que os romanos conquistassem Jerusalém.
2. Deus deve ser a primeira Prioridade na nossa vida
Há muitas responsabilidades que as pessoas têm nas suas vidas. Deus sabe que os cristãos precisam
de cuidar das suas casas, famílias, empregos e igrejas. No entanto, Deus deve ser sempre o primeiro
na sua vida. Sempre que as responsabilidades de um cristão para com os outros se tornarem a
primeira prioridade da sua vida, eles experimentarão uma grande frustração e problemas. No entanto,
quando o primeiro desejo de um cristão é amar e honrar a Deus, então Deus dar-lhes-á sucesso no
seu amor e no fornecimento aos outros. Viver com este primeiro desejo não tornará a vida fácil, mas
vivida com coragem e perseverança, a vida do cristão será alegre e um grande benefício para o Reino
de Deus. Quando os israelitas regressaram, a vida era dura. Tiveram de construir novas casas,
replantar os campos. Os israelitas passaram tanto tempo a construir as suas casas e a plantar os seus
campos, que ignoraram as muralhas da cidade destruídas e o Templo destruído. Não pensavam que 110
a reconstrução do Templo ou das muralhas da cidade fosse tão importante como a construção de
casas e a plantação dos seus campos. Neemias tinha ficado para trás no Império Babilónico depois
dos primeiros exilados terem regressado à Terra Prometida. Enquanto ainda vivia na Babilónia, ouviu
relatos de que os israelitas não estavam a ir bem na Terra Prometida. Isto perturbou-o muito. Ele era
um servo do rei. Um dia, o rei notou como Neemias estava triste com o que se estava a passar na
Terra Prometida. O rei disse a Neemias para regressar à Terra Prometida e encorajar o povo a
reconstruir as muralhas da cidade. Deus enviou Neemias, e outro homem Esdras, para lembrar ao
povo que Deus deve ser a sua primeira prioridade. Eles não honraram Deus quando ignoraram as
muralhas destruídas da cidade e do Templo. Se se concentrassem apenas nas suas necessidades,
então Deus não lhes daria sucesso na Terra Prometida. O povo obedeceu à mensagem de Deus
através dos seus servos, e começou a trabalhar na reconstrução das muralhas da cidade.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Quais são algumas das consequências que entram na vida de uma pessoa que se recusa a
viver de acordo com as leis e ordens de Deus?
2. Porque é que algumas pessoas se recusam a procurar o perdão de Deus, mesmo depois de
terem sofrido as dolorosas consequências dos seus pecados?
3. Como um cristão pode discernir a diferença entre o que quer para si próprio e o que Deus
quer para si?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Relembre aos alunos que os mandamentos de Deus são para
seu benefício e desobedecer a Deus traz más consequências. No entanto, Deus não está satisfeito
em castigar o Seu povo. A desobediência a Deus não se limita a fazer o que está errado; inclui não
fazer o bem. Desta forma, Deus chama os cristãos a viver a sua fé com o poder de Deus, amando os
outros de forma tangível.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo
a turma orar em conjunto louvando a Deus pelo Seu perdão que nos permite sermos restaurados
com Ele em Cristo Jesus.
O ANÚNCIO SOBRE
A VINDA DO
MESSIAS
50
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que a vida, ministério, morte e ressurreição
de Jesus foram todos preditos por numerosos profetas do Antigo Testamento.

Versículos a memorizar: Perguntaram-se um ao outro: "Não estavam ardendo os nossos


corações dentro de nós, enquanto Ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras? "
(Lucas 24:32)
111

Escritura: Isaías 52:13-53:12; Lucas 24:13-35

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus
tem para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior.
Leiam ambas as passagens bíblicas. Diga aos estudantes que o Antigo Testamento traz a mensagem
da Vinda do Messias, Jesus Cristo.

A
o longo dos séculos, Deus inspirou vários profetas a predizer muitos detalhes sobre um
Escolhido especial que salvaria o seu povo do poder de Satanás e que um dia governaria como
um rei poderoso.

1. Deus prepara um caminho para uma humanidade pecadora se reconciliar com Ele.

Deus deu ao profeta Isaías em particular várias visões muito específicas sobre a vida, morte, e
ministério do Messias que se aproxima. Estas passagens deixam muito claro o tipo de sofrimento que
Jesus iria enfrentar. Ao lerem o Antigo Testamento à luz da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo,
os primeiros cristãos identificaram estas passagens como sendo especialmente relevantes para a
proclamação de Jesus como o Messias. Curiosamente, os professores religiosos da época de Jesus,
em geral, não interpretaram estas passagens como sendo sobre a vinda do Messias.

Em vez disso, olharam para trás, para as passagens que falavam de um líder que conquistaria os
opressores de Israel, e libertaria Israel politicamente. Esta é uma das razões pelas quais tantos dos
líderes religiosos e judeus em geral na época de Jesus lutaram para compreender o ministério de
Jesus como Messias. De facto, mesmo os discípulos de Jesus só compreenderam plenamente o tipo
de ministério de Jesus após a sua morte e ressurreição.

Contudo, embora os humanos possam interpretar ou compreender mal as escrituras de Deus, isso
não muda o facto de que o ministério de Jesus foi claramente estabelecido no Antigo Testamento.
Vemos que Lucas 24:13-35 é a mensagem de Jesus ao caminhar com estes dois discípulos no caminho
de Emaús. Graciosamente, porém, Jesus expôs para estes dois a verdade do seu ministério, e como
o seu ministério foi anunciado nas escrituras.
2. O Messias sofreu uma morte terrível para ganhar a nossa salvação

Ninguém gosta de sofrer. No entanto, Jesus sofreu uma morte terrível a fim de ganhar a nossa
salvação. Se abraçarmos a grande salvação de Jesus, então isso significa que temos de estar dispostos
a sofrer também por Jesus. O que encontramos, quando nos consagramos plenamente a Jesus, é
que Jesus traz uma alegria e paz nas nossas vidas que ultrapassa toda a compreensão. A maioria dos
líderes religiosos na época de Jesus estavam à espera de um Messias militar na tradição do Rei Davi
que entraria e derrubaria as autoridades romanas. No entanto, Jesus não veio para libertar Israel da
sua escravidão política, mas sim da sua escravidão espiritual. Enquanto a maioria dos líderes religiosos
não conseguia compreender como Jesus podia ser o Messias, milhares de homens e mulheres comuns
reuniram-se para ouvir a mensagem de Jesus, observaram os seus milagres, e acreditaram que Ele
tinha sido enviado por Deus. 112
Viver uma vida de abnegação não vem facilmente ou naturalmente para ninguém, quer seja cristão
ou não. De facto, viver uma vida de abnegação requer muita prática e empenho. Começa com
pequenos passos de abnegação enquanto aprendemos que se Jesus é fiel nas coisas pequenas, Ele
será fiel também nas coisas grandes.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. Como podem homens e mulheres de hoje, como na época de Jesus, entender mal as escrituras
de Deus, e perder as bênçãos que Deus quer dar?
2. Que medidas pode tomar para se certificar de que está a compreender correctamente a Bíblia?
3. O que há na tua vida que te impede de abraçar completamente a vida e os sofrimentos de
Jesus na tua vida, para que possas ser mais como o teu Salvador?
4. De que forma foste abençoado e fortalecido por Deus quando entregaste totalmente a tua
vida a Cristo?
5. Que actividades ou hábitos podes mudar esta semana que te ajudarão a ouvir mais
profundamente e fielmente a voz de Deus que dirigida a ti?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição à turma. Relembre aos alunos que ao longo dos séculos, Deus inspirou
vários profetas a predizer muitos detalhes sobre um Escolhido especial que salvaria o seu povo do
poder de Satanás e que um dia governaria como um rei poderoso. Esta lição mostrou que os líderes
religiosos na época de Jesus estavam à espera de um Messias militar na tradição do Rei Davi que
entraria e derrubaria as autoridades romanas. No entanto, Jesus não veio para libertar Israel da sua
escravidão política, mas sim da sua escravidão espiritual. Enquanto a maioria dos líderes religiosos
não conseguia compreender como Jesus podia ser o Messias, milhares de homens e mulheres comuns
reuniram-se para ouvir a mensagem de Jesus, observaram os seus milagres, e acreditaram que Ele
tinha sido enviado por Deus.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo
a turma orar em conjunto louvando a Deus pela vida, ministério, morte e ressurreição do Messias
Jesus Cristo que nos traz a salvação.
NASCEU O
MESSIAS 51
Objectivo: Ajudar os estudantes a regozijarem-se por Deus ter vindo à terra em Jesus para
fazer um caminho de salvação, um caminho para nós experimentarmos as profundezas do
amor de Deus.

Versículo a memorizar: Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo
está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai 113
Eterno, Príncipe da Paz. (Isaías 9:6)

Escritura: Lucas 2:1-38; Isaías 9:2-7

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Leiam
ambas as passagens bíblicas. Diga aos estudantes que Jesus veio a este mundo para a nossa salvação.
Não devemos considerar Jesus como um simples bebé. Ele é o Salvador.

D
epois de José e Maria terem casado, tiveram de viajar para Belém para serem contados no
censo. Enquanto lá estiveram, era tempo de Maria ter o seu bebé. José levou Maria a uma
estalagem. Uma estalagem é como um hotel. O hospedeiro disse que não tinha um quarto
para eles passarem a noite, mas eles podiam ficar no estábulo onde ele guardava os seus animais.
José agradeceu ao hospedeiro e levou Maria para o estábulo. Mais tarde nessa noite, Maria deu à luz
um pequeno menino. Ela envolveu-o em pedaços de pano e colocou-o numa manjedoura para dormir.
Uma manjedoura é onde a erva é colocada para os animais comerem. Um anjo de Deus falou a alguns
pastores que estavam num campo próximo. O anjo disse-lhes que tinha nascido um Salvador e que
eles O encontrariam deitado numa manjedoura. Quando o anjo partiu, os pastores foram a Belém e
encontraram o bebé tal como o anjo lhes tinha dito.

1. O Filho de Deus veio à terra na mais humilde das circunstâncias


O tema da vinda de Deus à terra de formas surpreendentes continua. Não só Jesus nasceu de uma
virgem, como o Messias de Deus nasceu num estábulo, com animais à sua volta em vez de num
palácio com serventes à sua volta. Tal como um anjo anunciou a Maria que ela daria à luz o Filho de
Deus, assim também um anjo visitou José para lhe revelar a mensagem de Deus (Mateus 1:19-25).
Um censo começou em Israel durante a gravidez de Maria, exigindo que os israelitas fossem às suas
cidades natais e se registassem. José e Maria viajaram para Belém, a cidade natal de José. Devido a
todas as pessoas que vinham a Belém para o recenseamento, não havia mais quartos disponíveis nas
aposentadorias. José e Maria hospedaram-se para ficar num estábulo, onde os animais dormiam.
Aqui, na mais humilde das circunstâncias, para a mais humilde das pessoas, o Filho de Deus veio à
terra. Os anjos vieram à terra para anunciar o nascimento de Jesus e cantar cânticos de louvor. No
entanto, não anunciaram o nascimento de Jesus a pessoas importantes ou ricas, como muitos
presumiriam. Em vez disso, a mensagem foi transmitida aos pastores, algumas das pessoas mais
pobres e mais sujas de Israel. De facto, devido à natureza do seu trabalho, os pastores não podiam
participar no culto do templo sem uma limpeza ritual. Este acontecimento extraordinário ocorre de
uma forma tão simples.

2. As pessoas pobres e comuns testemunham o nascimento de Jesus

A humildade é uma das virtudes cristãs mais importantes. A humildade não é auto reprovação ou
auto-exclusão. Em vez disso, é uma avaliação honesta das suas próprias capacidades e limitações,
vista através dos olhos amorosos de Jesus. Quando os cristãos são humildes, estão abertos à obra
de Jesus trabalhando ao longo das suas vidas. Estão também dispostos a pôr de lado o seu orgulho
e a pôr outros à sua frente, para que outros possam ver o amor de Deus expresso ao longo das suas
vidas. Tal como foram as pessoas pobres e comuns que testemunharam o seu nascimento, também
foram as pessoas pobres e comuns que se tornaram os primeiros seguidores de Jesus. Eles reuniram- 114
se para ouvir os seus sermões, testemunhar os seus milagres e aceitar o convite de Deus para entrar
no Reino de Deus. Isaías profetizou sobre a vinda do Messias. Isaías profetizou que Ele seria um
guerreiro poderoso e um governante poderoso. Esta é uma das razões pelas quais tantos rejeitaram
Jesus como Messias, que procuravam um Messias militar. No entanto, em vez de um guerreiro militar
ou governante político, Jesus seria um guerreiro espiritual e governante espiritual. Em vez de
simplesmente lutar contra nações, Jesus lutou contra o próprio Satanás! Além disso, como profecias
de Isaías, "o seu reino não terá fim". No meio das situações menos que ideais para ter um filho, Deus
traz mensageiros de alegria para o jovem casal. Estes pastores devem ter brilhado de alegria, tal
como Maria deve ter brilhado com a alegria de uma nova mãe. Uma das alegrias de Deus é trazer
pessoas para as nossas vidas, especialmente em tempos difíceis, para nos encorajar, apoiar e modelar
o amor de Deus por nós. Como filhos de Deus, Deus chamar-nos-á a ir ter com as pessoas nos seus
tempos de necessidade para as encorajar, apoiar e modelar o amor de Deus para com elas.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos alunos:
1. O que as circunstâncias do nascimento de Jesus vos dizem sobre a natureza do amor de Deus?
2. Quem são algumas pessoas que lhe mostraram o amor de Deus durante tempos difíceis?
3. O que tens para oferecer aos outros, através do amor e poder de Deus, que pode trazer
encorajamento, apoio, e amor a uma família esta semana?

REVISÃO/ APLICAÇÃO:
Faça um resumo da lição para a turma. Lembre aos alunos que o nascimento de Jesus ensina-nos
grandes coisas sobre humildade. A humildade não é auto-reprovação ou auto-exclusão. Em vez disso,
é uma avaliação honesta das suas próprias capacidades e limitações, vista através dos olhos amorosos
de Jesus. Quando os cristãos são humildes, estão abertos à obra de Jesus ao longo das suas vidas.
Estão também dispostos a pôr de lado o seu orgulho e a pôr outros à sua frente, para que outros
possam ver o amor de Deus expresso ao longo das suas vidas.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em oração
pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre fazendo
a turma orar em conjunto louvando a Deus pelo nascimento de Jesus.
JESUS VEIO POR
TODOS OS POVOS,
JUDEUS E GENTIOS
52
Objectivo: Ajudar os estudantes a compreender que Deus trouxe gentios (não judeus) de
terras distantes para adorarem Jesus como Rei de Israel.

Versículo a memorizar: e perguntaram: "Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos
a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo". (Mateus 2:2)
115

Escrituras: Mateus 2:1-12; Miquéias 5:1-4

ACTIVIDADE INTRODUTÓRIA:

Peça ao Espírito Santo que abra os seus corações e mentes para receber com alegria o que Deus tem
para partilhar convosco hoje. Peça aos seus alunos que façam um resumo da lição anterior. Leiam
ambas as passagens bíblicas. Peça aos estudantes para partilharem o que sabem sobre os sábios que
visitaram Jesus.

O
s Magos, que também foram chamados de sábios, foram a Jerusalém. Perguntaram ao rei
Herodes onde poderiam encontrar o rei dos judeus. Tinham estado a seguir uma estrela que
brilhava no céu oriental, e sabiam que a estrela os levaria ao Rei. Os Magos tinham presentes
para o novo Rei, e queriam adorá-Lo. Herodes ficou surpreendido ao ouvir os Magos dizer isto. Ele
pensava que era o único rei em Jerusalém. Herodes queria enganar os Magos. Disse-lhes que quando
encontrassem o Rei, deveriam voltar a Jerusalém e dizer-lhe, porque ele queria ir e adorar o novo
Rei. A verdadeira razão pela qual Herodes queria encontrar Jesus era para poder mandar matar o
novo Rei. Quando os Magos encontraram Jesus, adoraram-no e deram-lhe os seus presentes de ouro,
incenso e mirra. Num sonho, Deus disse aos Magos que Herodes queria matar Jesus. Assim eles não
regressaram a Jerusalém. Em vez disso, viajaram de uma forma diferente para regressarem às suas
casas.

1. Deus trouxe mais do que apenas os pastores para adorarem a Jesus

Deus chama todas as pessoas à adoração. Por causa da grande salvação que nos é oferecida, as
nossas vidas devem ser vidas de adoração: vidas vividas em resposta ao amor de Deus. Devemos
adorar a Deus todos os dias da semana. Devemos adorar a Deus sempre que vivemos as nossas vidas
em gratidão ao grande poder e amor de Deus. Embora Deus tenha estabelecido Israel como seu
"Povo Eleito", isto não significava que o amor de Deus estivesse limitado a Israel. Deus queria que
Israel demonstrasse o amor e misericórdia de Deus para com o mundo. Contudo, Israel muitas vezes
falhou em cumprir este propósito, concentrando-se apenas em si próprio. Como cristãos, precisamos
de recordar que o amor de Deus se estende muito para além de nós. O amor de Deus abrange todos
os povos, e por isso, como servos de Deus, precisamos de partilhar o amor de Deus com todas as
pessoas que pudermos. Deus, numa reviravolta surpreendente, guiou três Magos de uma terra
distante para adorarem também a Jesus. Guiados por uma estrela no céu, os Magos encontraram
Jesus e adoraram-no. Os Magos compreenderam que estrelas especiais no céu sinalizavam a
ascensão de um novo Rei. Portanto, viajaram para encontrar este novo Rei, e para dar presentes a
este novo rei. É muito surpreendente que Deus tenha revelado o nascimento de Jesus a Magos
estrangeiro, pois os israelitas pensavam que Deus iria primeiro revelar o nascimento do Messias aos
estudiosos e líderes judeus. Os Magos foram ter com Herodes, o actual rei de Israel. Deus não fez de
Herodes rei, as autoridades romanas ocupantes instalaram-no como rei. Ele não era da linhagem do
rei Davi, e por isso os judeus não o reconheceram como sendo um rei autêntico. Os Magos
apareceram no palácio do rei, assumindo que o palácio do rei era onde nasceria um novo Rei. Por
conseguinte, Herodes consultou os estudiosos religiosos, que lhe disseram que o Messias nasceria
em Belém. Os Magos viajaram então novamente para encontrar Jesus, guiados pela estrela uma vez
mais, desta vez para a casa de José e Maria.

2. Os planos de Deus para o Messias continuavam a surpreender a todos


116
O anjo surpreendeu Maria quando disse a esta virgem que ela iria nascer o Messias. Uma multidão
de anjos anunciando o nascimento do Messias surpreendeu os pastores. Além disso, não foram os
sábios de Israel a quem Deus revelou o nascimento do Messias, mas os sábios gentios. Com esta
última surpresa, Deus mostrou que o propósito e ministério de Jesus não se limitariam aos israelitas.
Jesus ofereceu salvação a todos os povos, e é por isso digno de ser adorado por todos os povos. O
texto da Escritura que os estudiosos judeus usaram para estabelecer onde o Messias nasceria era
Miquéias 5:2. Enquanto Miquéias falou pela primeira vez estas palavras sobre um líder judeu no seu
próprio tempo, os estudiosos compreenderam o texto também como uma profecia sobre o futuro
Messias. Belém também produziu o maior rei humano de Israel, o Rei Davi. O amor de Deus é maior
do que podemos compreender. Os planos de Deus são mais belos do que podemos imaginar. Os
líderes de Israel não tinham ideias sobre o Messias. Em vez disso, eles imaginavam num futuro
Messias como um líder militar que os libertaria da ocupação romana. No entanto, os planos de Deus
são maiores e mais belos do que isto. O envio de Deus destes Magos a Israel revelou que o ministério
de Jesus seria muito maior do que apenas resgatar Israel da ocupação romana.

PERGUNTAS:
Faça as seguintes perguntas aos estudantes:
1. Porque pensam que os líderes de Israel centraram as suas esperanças num Messias militar
em vez do Messias espiritual?
2. Como a estrela que os Magos seguiram, quais são algumas formas de Deus usar a natureza
para revelar a vontade de Deus?
3. O que torna a adoração juntamente com os seus irmãos e irmãs em Cristo diferente de como
adora sozinho durante a semana?
4. Em vez dos presentes que os Magos trouxeram a Jesus como sinal da sua adoração, que
presente oferecem a Cristo?

Revisão/ Aplicação:
Faça um resumo da lição para a turma. Permita que os alunos partilhem as suas experiências
relacionadas com o plano de salvação de Deus. Este é o último domingo do ano. Permita que os seus
alunos partilhem sobre como Deus mudou as suas vidas através das aulas deste ano.

DESAFIO:

Peça a alguém que reconte novamente o texto principal da lição bíblica. Peça à sua turma para
partilhar sobre como pensam que Deus quer que eles respondam à lição de hoje. Passem tempo em
oração pela vossa comunidade, uns pelos outros, e pela sabedoria em viver a lição de hoje. Encerre
fazendo a turma orar em conjunto louvando a Deus pela Sua graça e fidelidade.
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