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Direitos do Autor © 2020 Africa Nazarene Publications

Todos os direitos reservados.

ISBN 978-0-7977-1556-1

Primeira Impressão 2021

Este livro foi originalmente publicado em Inglês com o título:

The Path - Volume 11
Mesoamerica Region Discipleship Ministries
www.SDMIresources.mesoamericaregion.org
Direitos de autor © 2020
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Esta edição é publicada pela Africa Nazarene Publications

Direitos do Autor © 2021
Todos os direitos reservados.

Impresso pela
Africa Nazarene Publications
 PLANO ANUAL DA REGIÃO

ÁFRICA LIÇÕES BÍBLICAS PARA ADULTOS

Volume 23 Número 22

CONTEÚDOS
Ensinando Adultos............................................................................................................................................5
Como Preparar uma Lição de Escola Dominical..............................................................................................5
COMO APRESENTAR UMA LIÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL .............................................................6
3
Dicas úteis para o ensino de adultos .................................................................................................................6
COMO ORAR COM AQUELES QUE BUSCAM A FACE DE DEUS .........................................................8

PRIMEIRO TRIMESTRE: CONHECENDO OS SALMOS

QUEM PODE VIVER NA PRESENÇA DE DEUS? ..........................................................................................9
DEUS FALA-NOS CONTINUAMENTE .........................................................................................................11
NATUREZA E BENEFÍCIOS DA CONFISSÃO .............................................................................................13
O QUE FAZER QUANDO SURGEM PROBLEMAS......................................................................................15
UMA ALEGRE PROCLAMAÇÃO DA FIDELIDADE DE DEUS .................................................................17
A CONFISSÃO DE UM GRANDE REI ...........................................................................................................19
ANSEIO DO REI DAVI POR DEUS ................................................................................................................21
PORQUE OS ÍMPIOS PROSPERAM? .............................................................................................................23
DEUS OUVE AS NOSSAS ORAÇÕES............................................................................................................25
DEUS É O NOSSO REFÚGIO ..........................................................................................................................27
CONSELHO SÁBIO CONTRA A IDOLATRIA ..............................................................................................29
DEPOSITANDO A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS....................................................................................31
LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS .................................................................................................................33

SEGUNDO TRIMESTRE: CARACTERÍSTICAS DO POVO DE DEUS

O POVO DE DEUS É UM POVO COMPASSIVO ..........................................................................................35
O POVO DE DEUS É CHAMADO A TREINAR OS OUTROS .....................................................................37
O POVO DE DEUS É TESTEMUNHA ............................................................................................................39
O POVO DE DEUS PARTILHA UMA HERANÇA SOCIAL .........................................................................41
O POVO DE DEUS E GOVERNOS CIVIS ......................................................................................................43
O POVO DE DEUS E A FAMÍLIA ...................................................................................................................45
O POVO DE DEUS DEFENDE A VIDA..........................................................................................................47
O POVO DE DEUS PREOCUPA-SE COM AS CRIANÇAS ..........................................................................49
O POVO DE DEUS SERVE ..............................................................................................................................51
O POVO DE DEUS É CRISTÃO ......................................................................................................................53
O POVO DE DEUS É UM POVO SANTO.......................................................................................................55
O POVO DE DEUS É UM POVO MISSIONÁRIO ..........................................................................................57
O POVO DE DEUS PARTILHA AS BOAS NOVAS ......................................................................................59

TERCEIRO TRIMESTRE: UMA VIDA ESPIRITUAL VITORIOSA: FILIPENSES

A ORAÇÃO DE UM AMIGO NA PRISÃO .....................................................................................................61
UMA VIDA DE APAIXONADA POR CRISTO ..............................................................................................63
UNIDADE CRISTÃ ...........................................................................................................................................65
CRISTO: O EXEMPLO DE HUMILDADE ......................................................................................................67
4
OS CRISTÃOS NÃO MURMURAM ...............................................................................................................69
TIMÓTEO E EPAFRODITUS: SERVOS FIÉIS ...............................................................................................71
COLOCANDO A NOSSA TOTAL CONFIANÇA EM CRISTO.....................................................................73
TEMOS QUE PERDER PARA GANHAR .......................................................................................................75
PROSSEGUINDO PARA ALCANÇAR O NOSSO ALVO .............................................................................77
CIDADÃOS DO CÉU ........................................................................................................................................79
ALEGREM-SE SEMPRE NO SENHOR...........................................................................................................81
MENTE PIEDOSA ............................................................................................................................................83
CRISTO É MAIS DO QUE SUFICIENTE ........................................................................................................85

QUARTO TRIMESTRE: A OBRA DE CRISTO NO CRENTE: COLOSSENSES

CAMINHAR DIGNO DO SENHOR .................................................................................................................87
A GRANDEZA DA REDENÇÃO .....................................................................................................................89
A GRANDEZA SUPREMA DE JESUS ............................................................................................................91
RECONCILIADO COM DEUS .........................................................................................................................93
ENRAIZADOS E EDIFICADOS EM CRISTO ................................................................................................95
A NOSSA IDENTIDADE EM CRISTO............................................................................................................97
A LIBERDADE QUE CRISTO DÁ ..................................................................................................................99
VIVENDO COMO ALGUÉM VIVIFICADO EM CRISTO ..........................................................................101
UM NOVO CÓDIGO DE VESTUÁRIO .........................................................................................................103
UMA VIDA CRISTÃ DE SUCESSO ..............................................................................................................105
RELACIONAMENTOS FAMILIARES ..........................................................................................................107
A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO ..................................................................................................................109
CONSELHO CRUCIAL ..................................................................................................................................111
 Ensinando Adultos
Existem duas qualidades necessárias para ser uma professora ou professor da Escola Dominical: É
preciso amar a Deus e amar as pessoas. A coisa mais importante a fazer é ajudar os alunos da sua classe
a experimentar o amor de Deus. Pode fazer isto vivendo um relacionamento pessoal com Jesus na
presença deles e ensinando-lhes a ter o seu próprio relacionamento pessoal com Deus.
Siga as instruções dadas em Como Preparar uma Lição de Escola Dominical. Depois siga as
orientações sobre Como Apresentar uma Lição de Escola Dominical:

Como Preparar uma Lição de Escola Dominical

O Início do Ano
5
No início deste ano de ensino, toma cerca de duas horas para colocar num pacote ou caixa todas as
coisas que normalmente usará na Escola Dominical. Isto ajudará a poupar o tempo de cada semana
que de outra forma poderia ser gasto à procura dos vários artigos, uma vez que saberá onde os mesmos
estão.
Mantenha um registo dos endereços, aniversários e contactos de todos os participantes regulares e
visitantes da sua classe.
Leia brevemente todo o livro de aulas para ter uma ideia das várias ênfases mensais. Isto dar-te-á uma
visão geral e um sentido de orientação. Saberá quantas lições existem sobre cada tópico e assim não
adiantará no ensino.

As Duas Horas cada Semana

30 minutos Leia toda a lição para a conhecer. No domingo à tarde, uma semana inteira antes
de dar a lição, passe tempo a familiarizar-se com a mesma. Ore a Deus para te dar
sabedoria e discernimento sobre a melhor forma de apresentar o material à tua classe.
10 minutos Regista os pensamentos e ideias que tiveres ao longo da semana. Mantenha contigo
um pequeno caderno ou papel da Escola Dominical. À medida que uma ideia te chega,
escreva-a neste papel para que te lembres dela mais tarde.
20 minutos Leia a passagem bíblica 3 ou 4 vezes durante a semana. Permita que a Palavra de
Deus te mude à medida que lês e meditas nela. Esta leitura permitirá que a verdade que
deseja ensinar à tua classe tenha primeiro impacto na tua vida.
50 minutos Estruture a tua lição. Obtenha tudo o que vai precisar do seu pacote de recursos.
Leia as tuas notas e organize a aula num formato que te convenha e que serás capaz
de seguir e compreender melhor.
10 minutos Revisão da última hora. Esta é a última coisa que fazes antes de ir para a aula no
domingo de manhã. Certifique-te de que tem a tua Bíblia, a tua lição, e qualquer outro
material que precisas. Reveja o teu esboço ou apontamentos no teu guia do líder última
vez. Finalmente, dedique um ou dois minutos a consagrar esta lição ao Senhor e peça-
lhe para usar-te. Provavelmente já tens orado várias vezes durante as suas devoções,
mas reconheça mais uma vez a tua dependência d'Ele.
 COMO APRESENTAR UMA LIÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL
A aprendizagem deve ter lugar em todos os níveis: emocional, espiritual, social, e mental. A
Educação Cristã pretende proporcionar uma interacção com a Verdade do Evangelho de tal maneira a
mudar a vida dos estudantes. Não basta conhecer e compreender mentalmente um conceito, a
verdade deve afectar todos os aspectos da vida de uma pessoa, desde a forma como pensa ou sente
sobre um assunto até à forma como responde e trata as outras pessoas.

O teu tempo de aula deve ser cuidadosamente planeado e organizado para pôr em prática a tua
preparação e pensamento. Gostaríamos de sugerir as seguintes directrizes básicas para o teu tempo de
aulas da Escola Dominical. Os períodos de tempo dados são baseados numa aula de uma hora. Os
números entre parênteses são para aulas de 45 minutos. 6
1. Chega pelo menos dez minutos antes da aula para preparar a tua área de ensino assim como
qualquer material de aula que possas necessitar.

2. Usa os primeiros 10 minutos para cumprimentar os teus alunos à medida que estes chegam.
Dê um tempo de convívio informal e de discussão dos eventos da semana anterior. Pede à
classe que ofereça vários pedidos de oração. Comece a aula com a oração, permitindo que os
alunos orem pelos diferentes pedidos. Faça o controlo de presenças e receba a oferta. Prossiga
com algum trabalho da semana anterior e faça a revisão da aula da semana anterior.

3. Faça a secção INTRODUÇÃO durante os próximos 15 (10) minutos. Dê tempo suficiente

para pensar e reflectir; não espere respostas imediatas a cada pergunta ou actividade. Sinta-te
à vontade para fazer ajustamentos para que as actividades sejam mais relevantes para a vida
dos teus alunos.

4. Os próximos 15 (10) minutos devem ser usados na secção de CONTEÚDO. Lembre-se que
não deves PREGAR ou LER aos alunos. Apresente a lição em tuas próprias palavras.

5. Os próximos 15 (10) minutos devem concentrar-se em PERGUNTAS DE DISCUSSÃO.

Enfatiza a importância de permitir que a verdade penetre nas vidas e comportamentos de cada
um na sua vida diária.

6. Use os últimos 5 minutos para fechar com oração e limpar o espaço da aula.

Reveja o sucesso da aula logo que puder. Passe alguns minutos a anotar o que funcionou e o que não
funcionou para referência futura. Lembre-se de que o ensino da Escola Dominical tem tudo a ver com
a edificação de relacionamentos fortes com Deus, entre cristãos e outras pessoas.

Dicas úteis para o ensino de adultos

O Factor Comunhão
Os amigos são a principal razão pela qual a maioria das pessoas escolhe uma igreja. Entre 75 a 90%
das pessoas que se tornam membros da igreja já têm amigos dentro da congregação. Apesar da
importância do bom ensinamento no crescimento de um grupo de Comunhão Bíblica, as boas
relações são ainda mais importantes! A comunhão não é algo que fazemos apenas para nos divertirmos.
A comunhão cristã é um acto de ministério porque ajuda as pessoas a ter um sentido de pertença.
Para ser um líder eficaz de um grupo de Comunhão Bíblica para Adultos (classe da Escola
Dominical) deve priorizar o desenvolvimento e utilização das capacidades de liderança de outros na
tua classe: *Envolva-os: Não pode fazer tudo sozinho/a! O envolvimento dos membros do teu grupo
pode aprofundar o seu empenho e desenvolver as suas capacidades de liderança; * Afirme-os: Mostre
o seu apreço pelos seus oficiais e líderes, e dê-lhes um feedback positivo; * Dê-lhes poder: Não lhes
dêem apenas um título, permitam-lhes que façam o trabalho; * Reconheçam-nos: Não deixe que o
trabalho feito nos bastidores passe despercebido. Diga "obrigado" frequentemente.
7
Fundamentos da Formação Espiritual
Os três passos da transformação espiritual:
 Crer: A fé em Cristo não pode ser separada da Palavra. A proclamação da Boa Nova requer
uma reacção (veja Romanos 10:17).
 Pertencer: Precisamos uns dos outros! Precisamos do exemplo e do apoio que vem da
comunidade. É importante saber que pertencemos.
 Tornar-se em: Deus ainda não acabou o seu trabalho com todos nós. Estamos todos num
processo. Quando O servimos e vivemos a nossa fé, estamos num lugar onde Ele pode trabalhar
em nós.

O objectivo de cada sessão de aula é uma resposta obediente à verdade da Palavra de Deus. A
simples partilha de informação não pode satisfazer o nosso propósito. Não é suficiente que a verdade
seja discutida ou examinada ou mesmo reconhecida. Temos o privilégio de lidar com realidades tão
significativas que exigem uma resposta. Aquilo que começa como um exercício de razão deve terminar
com um exercício de fé. O nosso objectivo é que a verdade da Palavra seja interiorizada como crença
e exteriorizada como acção.

O propósito do seu grupo de classe é a transformação da vida. Como líder, terá a alegria de ver o seu
investimento nos outros produzir mudanças notáveis na sua vida . . . às vezes. Mas também sentirá a
dor de servir alguns que parecem não mudar. Como deverá agir para aqueles que parecem não-
receptivos? Continue a ser um professor fiel e um amigo verdadeiro. Continue a procurar
oportunidades para se aproximar deles cada vez mais. Continue a confiar que Deus intervirá nas vidas
daqueles a quem você serve!

Versículo a memorizar
Memorizar a Palavra de Deus é uma das melhores defesas que temos contra a tentação. O Salmista
compreendeu isto, séculos atrás quando disse: "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não
pecar contra ti" (Salmo 119:11). Esta é uma verdade para o povo de Deus em todas as épocas. Encoraje
a sua classe a memorizar regularmente o Versículo a memorizar.

Alcançando o que está além de nós

O serviço aos outros não é uma acção extra para ser adicionada no que fazemos de vez em quando. É
uma expressão de quem somos. Paulo diz-nos para nos servirmos uns aos outros pelo amor (Gálatas
5:13). O seu grupo é um lugar perfeito para a participação no serviço cristão. De facto, os grupos
prósperos oferecerão sempre algum tipo de oportunidade para um envolvimento significativo no
ministério. Estas áreas de actividade são frequentemente uma fonte chave de vitalidade dentro do
grupo.

COMO ORAR COM AQUELES QUE BUSCAM A FACE DE DEUS

Esteja preparado para orar com aqueles que querem orar enquanto a classe responde à lição na fé. Faça
preparativos para que o pastor e/ou outros crentes maduros o ajudem particularmente quando muitas
respostas são esperadas.
a. Perceba a importância do momento e dê-lhe toda a atenção 8
b. Ajoelhe-se, sente-se ou fique ao lado da pessoa que pretende ajudar.
c. Ore silenciosamente pela orientação de Deus e, sem interromper a sua oração, ore também por
eles. Ele ou ela é a pessoa que deve orar e só lá estás para ajudar, como o Espírito Santo
conduzir.
d. Ouça a oração da pessoa para determinar se ele ou ela precisa de ajuda.
e. Quando a pessoa terminar a sua oração, procure saber se tem a certeza de que a sua oração foi
atendida. Não é preciso saber do que se tratava a oração.
f. Se a pessoa continuar a orar sem terminar, ou sem ser específico:
i. Pergunte com cuidado se pode ajudar. Uma vez concedida a permissão,
ii. Procure saber porquê ele/ela veio orar.
iii. Oriente-os brevemente com passagens bíblicas relevantes.
iv. Orem juntos pela necessidade específica e confie em Deus com o pedido.
v. Quando terminar a oração procure saber se a pessoa tem a certeza de que a sua oração
foi atendida. Caso contrário, encoraje-a brevemente a continuar a confiar em Deus e a
caminhar na luz segundo a orientação de Deus. Lembre as pessoas que só pela fé em
Deus é que elas podem ter vitória e, uma vez que o trabalho é feito nelas, o Espírito
Santo testemunhará com o seu espírito. Pode não haver manifestações físicas, mas a
certeza do Espírito Santo estará sempre presente.
g. Lembre-se de dar ao pastor os nomes de todas as pessoas e os resultados das suas orações.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
QUEM PODE VIVER NA PRESENÇA DE DEUS?
01
Passagem a estudar: Salmo 15

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Examinar as características da pessoa que quer "SENHOR, quem habitará no teu santuário? Quem
viver na presença de Deus. poderá morar no teu santo monte?" Salmo 15:1.

9
INTRODUÇÃO

Qualquer crente deseja viver na presença de Deus. Esse era também o desejo do rei Davi, que era um grande
adorador e que compôs esse Salmo. O Salmo ajuda-nos a pensar sobre os requisitos da pessoa que deseja
entrar e habitar no templo de Deus.
O Salmo 15 é considerado um Salmo litúrgico (culto público). Quando as pessoas entravam no templo, ele
era falado ou cantado, alternando entre o povo e o líder. Um grupo de fiéis dirigia perguntas sobre os requisitos
necessários para ser admitido no lugar santo; e o sacerdote ou um levita com muito conhecimento da lei
respondia com uma lista de "faça e não faça". O estudo deste Salmo convida-nos a submeter-nos a um exame
minucioso das nossas consciências.

I. Adoração como um estilo de vida (Salmo 15:1)
Habitar, morar e viver são termos que sugerem
permanência; ou seja, um estado contínuo. Isto nos
mostra que a adoração não é uma experiência de
exaltação passageira que deve ser cumprida
fielmente como parte dos rituais do crente, mas o
adorador deve viver na presença de Deus em uma
união permanente.
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo em
Romanos 12:1 fez uma declaração muito profunda
a respeito da adoração quando escreveu o seguinte:
"... Portanto, irmãos e irmãs, rogo-lhes pelas
misericórdias de Deus, a oferecer os vossos corpos
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus - esta
é a vossa verdadeira e própria adoração." O convite
de Paulo refere-se à entrega de nós mesmos, com os
nossos corpos, como uma oferta de adoração a
Deus.
Seguindo este ensinamento, não há diferença entre
a vida religiosa e a vida diária ou secular, como
costumamos dizer. O nosso culto deve ser um estilo
de vida que é visto na vida real. Nós existimos para
adorar a Deus e viver em comunhão com Ele. A
oferta não é algo fora de nós, mas sim nós mesmos
por amor.
Pergunta: Como podemos adorar a Deus em todas
as ocasiões conforme nos diz a Palavra?
II. Características Positivas que devem ser
Praticadas na Vida do Adorador (Salmo 15:2)
A vida do adorador deve ser caracterizada pela
honestidade no seu estilo de vida, agindo com
justiça e falando a verdade em seu coração. O
significado do termo "irrepreensível" refere-se à
exigência de Deus de ter um coração focalizado em
Deus. Uma pessoa justa vive constantemente em
obediência às ordens de Deus; e não apenas obedece
a elas em algumas situações. O salmista está
chamando-nos para realizar obras de rectidão e
justiça. Não é suficiente apenas falar sobre isso;
precisamos de agir para nos tornarmos fazedores da
justiça.
A verdade está intimamente relacionada com a
honestidade e o ser digno de confiança. Se a justiça
está relacionada com a prova de honestidade nas
acções, a verdade está conectada com palavras e
linguagem do adorador. Estes três descrevem
claramente uma boa imagem daqueles que viverão
na presença de Deus como pessoas que vivem na
honestidade, mostrada em suas acções (justiça) e
também em suas palavras (verdade).
Pergunta: Como a honestidade se relaciona com o
agir, com justiça e o falar a verdade a partir do
coração?
III. Características Negativas que devem ser
evitadas na vida de um o Adorador (Salmo 15:3-
5) Numa sociedade marcada pela extrema
independência, onde tudo é aceitável e onde o
respeito e a unidade foram perdidos, o crente é
desafiado a ser diferente e a fazer a diferença.
Toda esta lista se refere a questões profundamente
práticas e quotidianas de nossas relações com os
outros.
A. "Cuja língua não difama..." (v. 3a)
A vida de um adorador não pode ser marcada pela
disseminação de histórias ou fofocas que
questionam a reputação de seus vizinhos (Tiago
3:2).
B. "Quem não faz mal ao próximo" (v.3b)
Um adorador deve evitar fazer algo que prejudique
outra pessoa a todo o custo (1 João 4:20).
C. "Não lança calúnia contra o seu próximo"
(v.3c)
Esta parte é sobre recolher comentários sobre os
outros, acumulando-os e espalhando-os,
independentemente do efeito que possam ter ou da
veracidade dos comentários. Os verdadeiros
adoradores não falam mal dos seus amigos".
D. "Quem Despreza uma Pessoa ímpia mas
Honra Aqueles Que Temem ao Senhor" (v.4a)
Um adorador é um defensor da justiça, que honra
fielmente o Senhor, independentemente da sua
posição social. Eles não toleram aqueles que
zombam de Deus e estão vivendo abertamente em
pecado. Um adorador com esta característica torna-
se amigo de Deus e mostra harmonia com a sua
mensagem de santidade.
E. "Quem mantém a sua palavra mesmo quando
dói e não muda de ideia" (v.4b)
Os adoradores que desejam viver na presença de
Deus são caracterizados por suas palavras, que
carregam mais peso do que qualquer documento
escrito. Eles cumprem suas promessas com senso de
responsabilidade; e desta forma honram suas 10
palavras, mesmo que isso os prejudique de alguma
forma.
F. "Quem empresta dinheiro aos pobres sem
juros;" (v.5a)
Os adoradores não se aproveitam da necessidade ou
infelicidade dos outros para se enriquecerem, mas
consideram o outro como seu irmão ou irmã e
procuram ajudá-los. Isso pode significar emprestar
dinheiro ou qualquer tipo de ajuda sem exigir juros:
mas de acordo com as possibilidades da pessoa
necessitada.
G."Quem não aceita Suborno Contra os
Inocentes" (v.5b)
Suborno significa dar dinheiro a alguém para obter
algo ilegal ou prejudicar uma pessoa inocente na
sua causa. Aqueles que querem adorar a Deus e
viver na Sua presença são chamados a percorrer o
caminho honesto, mesmo que isso implique muitas
vezes atrasar os procedimentos ou mesmo ser
prejudicado pelos oficiais por tentarem viver de
forma justa.
Pergunta: Existe uma relação entre a vida de
adoração e o nosso chamado à santidade cristã?
Comente.

CONCLUSÃO
O Salmo 15 ensina-nos como é um adorador que realmente está procurando viver na presença de Deus. Viver
perto de Deus não se trata apenas de cumprir uma lista de normas éticas. O desejo de habitar na casa de Deus
fala da adoração como um modo de vida em comunhão permanente com o nosso Criador.
Não há lugar para a separação entre o acto de adoração e a vida do adorador, mas sim uma perfeita harmonia.
Da mesma forma, todas as características mencionadas neste Salmo relacionam o carácter da vida dos
adoradores com um chamado a uma vida de santidade, que se reflecte constantemente nas relações interpessoais
com o próximo.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
DEUS FALA-NOS CONTINUAMENTE
02
Passagem para o Estudo: Salmo 19

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Entender que Deus se comunica e se revela de "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento
maneiras diferentes para que possamos vê-lo, proclama a obra das suas mãos." Salmo 19:1
senti-lo e ouvi-lo todos os dias.
11

INTRODUÇÃO

Quando lemos esta bela canção escrita pelo Rei Davi, na qual ele exalta a Deus por Sua revelação para nós,
e enquanto meditamos profundamente no conteúdo, podemos perceber a beleza do nosso Deus criador, a
grandeza de Sua obra, e como Seus esforços para nos restaurar são constantemente reflectidos em Sua Palavra
e Sua criação. Este Salmo é uma das mais profundas orações judaicas. Os judeus ainda recitam este Salmo
19 em suas orações matinais, casamentos e outras festividades para exaltar a Deus e pedir-Lhe sabedoria. A
Palavra de Deus ainda é poderosa. Portanto, o que lemos nela, embora tenha sido escrita há muitos anos, é
hoje uma mensagem para nossas vidas (Hebreus 4:12).
Se lermos cuidadosamente o Salmo 19, podemos ver que embora o Salmo exalte a grandeza de Deus mostrada
através de Sua criação, na verdade, o Salmo mostra-nos que Ele se revela a nós de duas maneiras: através de
Sua criação e Sua lei. Tudo o que Ele criou tem um propósito e uma mensagem que reflecte o Seu amor e
grandeza.

I. Deus revela-se a nós através de sua criação
(Salmo 19:1-6)
Assim como os pintores têm técnicas que os
distinguem dos demais, e eles colocam sua
assinatura em um dos lados de sua obra artística,
Deus assinou Sua obra, dando-lhe Seu selo de
majestade, grandeza e perfeição. Os céus acima de
nós estão cheios de vestígios que apontam para o
Criador.
Romanos 1:19-20 diz: "pois o que de Deus se pode
conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou". Pois desde a criação do mundo os
atributos invisíveis de Deus - seu poder eterno e
natureza divina - têm sido vistas, sendo
compreendidas por meio das coisas criadas, para
que as pessoas fiquem sem desculpa".
Quando vemos um rio fluir continuamente,
podemos ver que há vida, há algo fresco, limpo,
refrescante. Esta é a obra de Deus: é uma afirmação
contínua. Não há segundo em que a glória de Deus
não é vista; os vários elementos da natureza são
responsáveis por ela. Sua criação foi feita
perfeitamente, precisamente para fluir a cada
segundo sem se esgotar, sustentada por Seu poder e
grandeza. É esse fluxo e essa continuidade que
falam. Mesmo assim, as palavras não podem
expressar esta grandeza. A criação de Deus revela o
seu Criador, dando glória a Deus. Como diz o
Salmo 19:1, eles expressam aquele que os criou e
os Seus atributos. Alguns deles que podemos
destacar são os seguintes:
1. O nosso Deus é criativo.
Basta olhar para uma pequena parte da Sua criação.
Nas flores, por exemplo, há muitas cores, múltiplas
combinações, formas e tamanhos. Sem dúvida, não
há nada de monótono na obra de Deus.
2. Nosso Deus é perfeito.
O nosso Deus perfeito criou tudo perfeito, sem
erros. A Terra gira suavemente: os céus, as luzes, a
vegetação e os animais. Tudo o que podemos ver,
feito pela sua mão, tem a sua perfeição como o
III. Rendição a grandeza de Deus (Salmo19:11-
maior selo.
14)
3. A criação de Deus é expressa em alegria (vv.5-
A revelação de Deus exige uma resposta. O rei
6);
Davi, sempre sincero diante da majestade de Deus,
Deus se alegra com a Sua criação. Assim, em pediu e suplicou o seguinte:
Gênesis 1, podemos ver que tudo o que Deus criou
foi bom, útil, proveitoso e belo. Sem dúvida, Ele
revela quem Ele é através do que Ele criou. A. "Perdoe as minhas falhas ocultas" (v.12b).
Pergunta: Compartilhe três coisas que foram Davi pediu a Deus que perdoasse aqueles pecados
reveladas a você através da criação de Deus. escondidos porque ele queria ser irrepreensível
diante de Deus (v. 9). 12

II. A lei perfeita de Deus declara a Sua grandeza

(Salmo 19:7-9)
A lei do Senhor é perfeita e é o caminho recto que
traz alegria para o coração como mais precioso do
que o ouro. Este facto faz com que o temor do
Senhor seja puro, durando para sempre. Esta
expressão refere-se a todo o ensinamento de Deus,
que é perfeito, completo, suficiente, e cobre todos
os aspectos da vida. Ela não só nos fornece
conhecimento intelectual, mas nos traz conversão -
ela transforma-nos, restaura e liberta-nos. A Palavra
de Deus traça o caminho que devemos seguir. A
Bíblia diz: "O temor do Senhor é o início do
conhecimento...". (Provérbio 1:7). A grandeza de
Deus deve ser reconhecida e reverenciada. A Sua
Palavra é limpa - transparente. Não há nada
escondido nela, nada que nos possa desviar do Seu
plano de restauração. Porque é perfeita, ela
permanece para sempre; não precisa de mudanças
ou melhorias (Mateus 24:35). Não há nada mais
valioso do que a lei de Deus. Não há critérios mais
altos para o julgamento. A verdade divina é como
mel para a nossa alma; ela vai adoçá-la, alimentá-la
e cobri-la. A Palavra é o nosso melhor remédio.
Pergunta: Como você descreveria a Palavra de
Deus?
B. "Guarda o teu servo também dos pecados
intencionais" (v. 13a).
Jeremias 17:9 diz que os nossos corações são
enganosos e perversos. É por isso que Davi não
queria confiar no seu modo de pensar; Ele pediu a
Deus que o impedisse de fazer sempre o que ele
queria, desejando que somente as regras de Deus
deveriam dirigir sua vida.
C. “Que estas palavras da minha boca e esta
meditação do meu coração sejam agradáveis à
tua vista" (v. 14a).
É maravilhoso ver como depois de louvar a Deus
por Sua criação indescritível que declara a glória de
Deus e revela como Deus continuamente nos
abençoa e reconhecer quão fiel e justo Deus é em
Seu pensamento, Davi mais uma vez reconheceu
Deus como Aquele que sustenta sua vida e seu
Salvador. Ele disse que Deus era sua "rocha e
redentor" (v. 14b). Os desejos mais profundos do
seu coração eram agradar a Deus com todo o seu
ser.
Pergunta: Mencione exemplos práticos de como
valorizar a criação de Deus.

CONCLUSÃO

Este Salmo surpreende-nos e admoesta-nos, pois há, sem dúvida, uma beleza sublime em tudo o que Deus fez
há milhares de anos, e no que Ele continua a fazer todos os dias em nossas vidas. Sem dúvida, Ele espera uma
resposta nossa, tal como o Rei Davi se rendeu ao seu Criador. Precisamos de responder com amor, humildade e
sinceridade. Perguntemo-nos como estamos a responder à mensagem do nosso Deus criador. Louvado seja o
Seu santo nome!
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
NATUREZA E BENEFÍCIOS DA CONFISSÃO
03
Passagem para o Estudo: Salmo 32

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender e experimentar o carácter de Deus,
que é cheio de graça e misericórdia, e que
convida seu povo a confessar seus pecados e
experimentar a alegria que vem com o perdão
renovado.
"Então eu reconheci diante de ti o meu pecado e não
encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei as
minhas transgressões ao Senhor e tu perdoaste a
culpa do meu pecado." Salmo 32:5. 13

INTRODUÇÃO
Estás perdoado hoje? Esta é a pergunta que todo cristão tem que fazer a si mesmo nesta lição. Podemos pensar
que fomos perdoados algum tempo atrás quando confessamos nossos pecados e fomos salvos. Nós nos
inclinamos a pensar em experiências passadas da fé. Não estou dizendo que isso é errado, mas essa
experiência deve ser revista e renovada no presente à luz da Palavra de Deus e das nossas experiências do
dia-a-dia. O perdão não pode permanecer como algo bom que recordamos do nosso passado, quando fomos
salvos. O Salmo 32 convida-nos a viver ou experimentar o perdão como um modo de vida e uma parte
importante da nossa formação espiritual cristã.
Por causa de sua forma literária, diferentes estudiosos têm classificado o Salmo 32 como um Salmo de
arrependimento onde o escritor relatou sua experiência de confissão de pecado e o recebimento do perdão
(vs. 3-5). No título, vemos que é um Salmo de Davi e pode ter sido escrito após os pecados que Davi cometeu
em conexão com seu adultério com Bate-Sebá.

I. A Alegria do Perdão (Salmo 32:1-2)

Salmo 32:1 começa com uma nota positiva: "Bem-
aventurado aquele cujas transgressões são
perdoadas, cujos pecados são apagados". Este
Salmo funciona como uma resposta para o presente,
porque ser justo não é uma questão de estar sem
pecado; ao contrário, é uma questão de saber que
fomos perdoados, estar abertos à instrução de Deus
(Salmo 1:2; 32:8- 9), assim como confiar no Senhor
em vez de confiar em si mesmo (Salmo 2:12;
32:10).
O reconhecimento da nossa responsabilidade pelo
que fazemos, expressa confissão genuína e
confiança na misericórdia de Deus, traz um
renovado perdão e a felicidade que necessitamos
nesta vida: "Alegrem-se no Senhor e exultem, vocês
que são justos! Cantem de alegria, todos vocês que
são rectos de coração"! (v.11).
Perguntas: Como o salmista definiu a felicidade?
II. O pecado, seus efeitos e o perdão de Deus
(Salmo 32:3-5)
O Salmo 32 lembra-nos que o perdão não é uma
desculpa para continuar fazendo o mal, mas uma
extensão da graça de Deus para que busquemos o
perdão e sejamos sinceramente arrependidos.
Um estudo atento mostra que o Salmo 32:5 faz uso
de três termos para a palavra 'pecado'. a) "Pecado"
(hebraico: pesha), é o mais geral, e significa 'falhar
o alvo'. b) "Transgressão" sugere rebelião
voluntária, e c) "Iniquidade" ou "falha" (hebraico:
hatá) indica efeitos fortes e destrutivos da
desobediência.
As três dimensões funcionam simultaneamente
quando o pecado toma o controlo das nossas vidas.
Quando não fazemos a vontade de Deus, nos
desviamos voluntariamente e, mais cedo ou mais
tarde, experimentamos as consequências em nossos
relacionamentos, mente, coração e saúde física.
O salmista diz-nos que o perdão divino está sempre
disponível e é tudo incluído.
O Salmo 32 é um testemunho, por um lado, das
consequências do pecado no nosso relacionamento
com Deus, no nosso relacionamento com o
próximo, e connosco. Por outro lado, este salmo é
uma instrução para começar a combater o pecado e
corrigi-lo através da confissão honesta e da
aceitação da graça de Deus.
Pergunta: Que 3 palavras são usadas aqui para
descrever pecado?
III. Deus é Fiel para Perdoar (Salmo 32:6)
O Rei Davi sabia que Deus o tinha perdoado. Ele
encontrou a realidade do perdão do seu pecado, não
em suas realizações, mas somente e inteiramente
na fidelidade de Deus que perdoa. Para o
salmista, a "oração de confissão" tornou-se
um modo de vida; ele reconheceu que suas
conquistas, habilidades e intenções eram sempre
insuficientes.
Hoje, é muito fácil concentrarmo-nos em nós
próprios, nas nossas realizações e nas nossas fortes
crenças ou sentimentos cristãos, mas o Salmo 32
tenta dizer-nos repetidamente que Deus sempre
perdoa aqueles que confessam e se arrependem dos
seus pecados. É ele quem dá o primeiro passo para
nos encontrar. O salmista dirigiu a sua oração ao
Senhor e depositou toda a sua confiança n'Ele
dizendo: "Portanto, que todos os fiéis orem a ti
enquanto podes ser encontrado; (...)". (v. 6).
Pergunta: O que é a graça de Deus?
IV. Canções de libertação para o perdão
recebido (Salmo 32:7-11)
O versículo 7 faz de Deus o sujeito e o Salmista, o
objecto da acção misericordiosa de Deus: "Tu és o
meu abrigo; Tu me preservarás das angústias e me
cercarás de canções de livramento." O perdão não 14
só incluiu o cancelamento dos pecados do Salmista,
mas também concedeu um novo relacionamento
com Deus e a justiça do coração. Deus protege-nos
fielmente (ver também Salmo 27:5; 31:20; 61:4;
91:1). Deus promete instruir e ensinar e, com Seu
olho amoroso para nos guiar (v. 8). Se continuarmos
olhando para o Senhor, saberemos o que é certo e
errado e qual o caminho a seguir.
Versículo 10 diz: "... o amor infalível do Senhor
protege aquele que confia n'Ele." A expressão
"amor infalível" indica uma nova condição do
salmista no seu relacionamento com Deus: é o amor
eterno de Deus que o envolve e o sustenta. No Novo
Testamento, João deixa claro o que é sugerido aqui:
que "Deus é amor" (1 João 4:8).
Pergunta: O que este Salmo ensina que Deus
prometeu fazer para nós? Como experimenta o
amor infalível de Deus na tua vida?

CONCLUSÃO

O rei Davi tinha feito uma bagunça e estava sofrendo porque sabia que tinha feito mal. Neste Salmo, podemos
ver como chegar a Deus, e o arrependimento de seus pecados restaurou seu relacionamento com Deus. Deus
prometeu guiá-lo, e o Salmo termina em uma alegre nota de gratidão e louvor.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
O QUE FAZER QUANDO SURGEM PROBLEMAS
04
Objectivo da Lição Versículo a memorizar
Entender o que está acontecendo e praticar a "O justo passa por muitas adversidades, mas o
confiança em Deus no meio das dificuldades. SENHOR o livra de todas; ..." Salmo 34:19

15
INTRODUÇÃO
Os problemas fazem parte da vida neste mundo, no entanto, para o crente, tudo o que acontece funciona para
o bem (Romanos 8:28), mesmo quando humanamente falando, pensamos que é algo negativo. Alguns dizem
que tornar-se cristão significa o fim das provações, dificuldades e aflições. Mas isso não é verdade, e
muitas vezes essas coisas são parte do nosso crescimento em Deus e do cumprimento do seu propósito. Este
Salmo é um dos oito que se relacionam com as perseguições de Saul a Davi (1 Samuel 21:10-15). Davi estava
fugindo do rei Saul, e quando chegou a Gate, a terra do rei Aquis, eles começaram a ameaçá-lo porque
os oficiais o reconheceram como Davi de Judá (1 Samuel 21:11). Por causa disso, ele teve medo da
consequência e começou a fingir que era louco. As palavras que encontramos no Salmo 34 nasceram no
cenário desta decisão complicada. Neste Salmo, Davi mostra-nos a atitude que, como filhos de Deus, devemos
ter quando devemos enfrentar as provações.

I. Exaltando a Deus em Todos os Tempos (Salmo Este salmista encoraja-nos a glorificar a Deus nas
34:1-3) piores circunstâncias que afetam as pessoas ao
nosso redor.
É difícil para alguns crentes exaltar a Deus quando
as coisas na vida não estão indo da melhor maneira. Pergunta: Dificuldades e problemas causam duas
atitudes opostas na vida dos crentes. Quais são?
A. Exaltação: a atitude do crente (v.1)
II. Buscando a Deus em Todos os Tempos (Salmo
As provações e os problemas causam duas atitudes
34:4-10)
opostas na vida dos crentes: Alguns afastam-se da
fé e a sua confiança em Deus será enfraquecida A. Em busca de Deus no meio de problemas
enquanto outros crescem e fortalecem a sua fé.
Davi estava se expressando com força nesta secção
Entretanto, não importa o que aconteceu em sua
do Salmo 34. Se as provações e problemas estão
vida, Davi sempre iria bendizer e louvar a Deus. Isto
batendo à nossa porta hoje, comecemos a
é o que cada crente é convidado a fazer em meio a
experimentar o que significa encontrar a Deus em
situações adversas. As circunstâncias pelas quais
oração íntima. Se O amamos, as provações nos
passamos não podem condicionar a fé e a posição
trarão mais perto d'Ele. Se temos negligenciado um
espiritual que temos em Cristo. Seja o que for pode
pouco nossa vida espiritual, precisamos voltar com
nos levar a novas dimensões de crescimento
uma forte e profunda sede de Deus em nossos seres
espiritual e maturidade cristã.
mais íntimos.
B. Convite à exaltação (vv. 2-3)
B. Bênçãos por buscar a Deus
Quando os crentes passam por provações e suas
Davi lista uma série de bênçãos que todos aqueles
almas se regozijam no Senhor, as pessoas ao redor
que buscam a face de Deus recebem em meio a
serão afetadas e podem muito bem se regozijar com
provações. Vejamos agora quais são : Deus
eles. Davi, em seus Salmos, convida-nos a adorar e
responde (v.4); Ele liberta-os de todos os medos
dar glória a Deus, mesmo em tempos de aflição.
(v.4); Ele ilumina-os (v.5); Ele não permite que eles B. A vida certa é o caminho a seguir
sejam envergonhados (v.5); Ele os salva de todos
Deus estabeleceu um modelo do viver recto em sua
os seus problemas (v.6); vêem que Deus é bom
Palavra. Um modelo que nos ajudará a evitar muitas
(v.8); nada falta aos que O temem (v.9); e "nada
dificuldades. Por exemplo, se nós não levantarmos
falta aos que buscam o Senhor" (v.10).
as nossas vozes em ira, teremos melhores relações
Pergunta: Compartilhe algumas das bênçãos que com os outros (Salmo 34,13-14; Colossenses 3,8).
aqueles que buscam a face de Deus recebem no
Pergunta: Quais são os limites para os justos
meio das provações
perante Deus de acordo com o Salmo 34:13 e 14?
(Salmo 34:4-6, 8-9).
IV. Deus responde à oração de seus filhos (Salmo
III. Vivendo um estilo de vida de santidade em 34:18-22)
todos tempos (Salmo 34:11-17)
Uma coisa de que todos os que amam a Deus estão 16
A palavra "justo" neste Salmo não se refere a ser convencidos é que Ele responde à oração de seus
imparcial, mas à santidade, ou seja, o viver justo filhos (Jeremias 33:3).
diante de
A. Deus trabalha para os justos
Deus. O Senhor não quer que percamos nosso estilo
As Escrituras não nos dizem que os justos estão
de vida santo durante as provações. Ele abençoa os
livres de provações e dores, mas afirmam que os
justos, não os pecadores. Seu favor é sobre os
justos também sofrem. Contra estes, o que Deus
crentes que guardam Sua Palavra.
promete é Sua libertação e Sua presença em cada
O versículo 17 diz: "Os justos clamam, e o Senhor uma dessas experiências (v. 19).
os ouve; ele os livra de todos os seus problemas".
A confiança em Deus no meio das provações é a
Nós não devemos entender mal este versículo
chave mais importante. Os crentes devem acreditar
crendo que a única maneira de obter uma resposta
que Deus os libertará, embora isso possa não estar
de Deus é ser bom. Sua resposta está ligada à Sua
no caminho que eles esperam. A libertação de Deus
vontade, mas é uma promessa sobre como Deus
é sempre certa e melhor do que a nossa.
trata a vida do crente.
B. Promessas de Deus em favor dos justos
A. Limites para os justos
Da lista do salmista de algumas das promessas de
Davi listou uma série de limites que devem estar
favor de Deus que ele viveu em sua vida, também
presentes nas pessoas que temem a Deus e querem
podemos esperar isso: Ele manterá nossa vida
ter uma vida longa. Jesus e os apóstolos
completamente (v. 20), aqueles que nos odeiam
sublinharam esses limites como exemplos de
serão condenados (v. 21), nossa alma será redimida
santidade. Vamos ver quais são:
(v. 22) e nós não seremos condenados (v. 22). As
"Manter a tua língua longe do mal..." (v. 13; ver promessas de Deus na Escritura, correctamente
também Tiago 1:26; 3:5-6); "Guardar... os teus entendidas, são sempre válidas. Como não são só
lábios de dizer mentiras" (v. 13; ver também Efésios para o futuro, é preciso pedir com confiança por
4:25; 1 Pedro 3:10); "Converter-se do mal..." (v. 14; elas, recebê-las e torná-las nossas no dia-a-dia.
veja também 1 Pedro 3:9); "... fazer o bem..." (v. 14;
Pergunta: O que Deus promete nestes versículos?
ver também Romanos 12:21); "... buscar a paz, e
segui-la" (v. 14; ver também 1 Pedro 3:11).

CONCLUSÃO
Problemas e dificuldades são uma parte normal da vida dos justos. Eles provarão se nós somos adequados ou
não. O que Deus espera é que nós o exaltemos, o busquemos, continuemos a viver de acordo com Seus padrões,
e como sempre, Ele nunca falha. Nossas orações serão atendidas.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos

Lição UMA ALEGRE PROCLAMAÇÃO DA FIDELIDADE DE

05 DEUS
Passagem para o Estudo: Salmo 40

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Encorajar os crentes a realizar e celebrar a "Bendito aquele que confia no Senhor, que não vai
fidelidade de Deus e aprender a confiar nEle. atrás dos orgulhosos, dos que se desviam para os 17
falsos deuses." Salmo 40:4

INTRODUÇÃO
Os Salmos são uma colecção de palavras para canções dos israelitas. Originalmente, os Salmos eram cantados
para expressar os sentimentos, emoções e verdades que seus autores sentiam no momento em que escreviam
e foram mais tarde usados pela comunidade. O Salmo 40 é um cântico pessoal de acção de graças pela
fidelidade de Deus.

I. Os benefícios de esperar em Deus (Salmo 40:1-
3)
Esperar um longo ou curto período de tempo requer
sempre paciência. No entanto, a paciência é uma
das qualidades menos praticadas hoje em dia. Como
uma sociedade, nós viemos a aceitar que tudo tem
que acontecer rapidamente - satisfação imediata,
comida rápida, internet rápida, métodos de ensino-
aprendizagem eficazes e rápidos, etc. Tudo parece
mover-se a um ritmo muito rápido, e menos pessoas
têm a paciência necessária para esperar pelas coisas.
Entretanto, o salmista mostra que compensa esperar
pacientemente no Senhor. Ele começa o Salmo
dizendo: "Esperei pacientemente no Senhor; ele
voltou-se para mim e ouviu o meu grito" (vs. 1). O
tempo que ele levou para esperar parece não
importar, pois ele se alegra com os benefícios que
recebeu. Ele esperou: Deus voltou-se para ele e
ouviu o seu clamor, salvou-o do perigo e colocou-o
num lugar seguro, e depois deu-lhe um novo cântico
na boca (vs. 2-3). Muitas vezes, nós sentimos que
Deus não responde nossas orações, mas não temos
paciência suficiente para esperar pela Sua resposta.
Como filhos de Deus, podemos confiar no Espírito
Santo para nos ajudar a ser pacientes (Gálatas 5:22).
Muitos que talvez tenham visto as lutas do salmista,
agora também verão como o Senhor o salvou e
depositarão nEle a sua confiança (vs. 3b). E já que
ele teve benefícios junto com muitos outros porque
esperou pelo Senhor, ele pôde assim celebrar a Deus
(vs. 4-5; Isaías 30:18b).
Pergunta: Quais foram os benefícios de esperar no
Senhor pelo salmista?
II. As bênçãos de Deus para o crente (Salmo
40:4-8)
O salmista sente-se abençoado porque confiou no
Senhor e não em falsos deuses e começou a pensar
sobre as muitas bênçãos que tinha recebido. Ele
proclama: "Muitas, Senhor meu Deus, são as
maravilhas que fizeste, as coisas que planeaste para
nós" (v. 5). Ele reconheceu todas as coisas que Deus
fez e planejou em favor deles. Estas maravilhas, as
obras de Deus, são "demasiadas para serem
declaradas" (vs. 5c). Não só são muitas, mas
também fizeram o salmista perceber a grandeza de
Deus: "Nenhum se pode comparar contigo..." (vs.
5b). Ninguém, mesmo os falsos deuses (vs. 4b)
podem fazer o que o Senhor faz. Também, ele
chegou a entender que Deus não se agrada de
sacrifícios sem honestidade; e se comprometeu
plenamente com a obediência e submissão à
vontade de Deus (vs. 6-8). Ainda hoje as obras de
Deus para com os crentes são demasiadas para
serem contadas e todas elas testemunham a Sua
grandeza e levam a um relacionamento mais
profundo com Ele. Tudo o que acontece em nossas
vidas pode ser usado para aumentar a nossa
confiança em Deus à medida que experimentamos
a Sua fidelidade.
Pergunta: Peça aos membros para contar suas
bênçãos em uma palavra ou frase sem repetir o que
já foi dito e depois discuta como eles mostram a
fidelidade de Deus.
III. Uma celebração da fidelidade de Deus
(Salmo 40:6-10)
Seguindo seu compromisso, e tendo-se alegrado
com os benefícios de esperar pacientemente em
Deus e as inúmeras bênçãos de Deus, o salmista
celebra a fidelidade de Deus. Na grande assembleia,
ele proclama os actos salvíficos de Deus, não sela
os seus lábios (vs. 9). Que a fidelidade de Deus é
dita duas vezes no versículo 10 mostra o quanto o
salmista apreciou esta qualidade de Deus como foi
revelada através de Suas obras de salvação. A
experiência do salmista com Deus o levou a uma
compreensão mais profunda de Sua fidelidade,
justiça e amor, assim ele não podia selar seus lábios.
Mas como ele poderia ter experimentado essas
qualidades em Deus?
A fidelidade de Deus significa que Ele pode ser
plenamente confiável e dependente em primeiro
lugar, para amar Seu povo. No amor infalível, Deus
age sempre no melhor interesse dos Seus filhos,
assim o salmista poderia esperar por Ele mesmo em
uma situação muito difícil. Além disso, a fidelidade
de Deus significa que Ele pode ser confiável para
guardar a Sua Palavra. O salmista parece ter sabido
que Deus vela pela Sua Palavra para guardá-la
(Jeremias 1:12). Finalmente, a fidelidade de Deus é
vista em Sua justiça e rectidão. Deus, o Juiz justo
nunca cometerá um erro e trará conforto para as
pessoas que sofrem injustiça. Portanto, o salmista
pode esperar mesmo quando Ele parecia demorar
muito. Em geral, a fidelidade de Deus, levada a
sério, deve inspirar os crentes a confiarem em Deus
e serem pacientes em todas as situações.
Pergunta: O que você entende pela fidelidade,
amor e justiça de Deus? Como você já os
experimentou em sua vida?
CONCLUSÃO
Consagremo-nos completamente a Deus para que a nossa vida se torne um testemunho vivo da Sua fidelidade.
Quando estamos passando por momentos de aflição e necessidade, confiemos no Senhor e não nos esqueçamos
de louvar Seu nome, pois Ele transformará a situação em algo útil. Ele também fortalecerá o nosso compromisso
para que possamos ver o que Ele está fazendo em nossas vidas e na Sua igreja. Vamos compartilhar as histórias
de como Deus nos abençoou, por menores que pareçam, para que possamos nos regozijar na fidelidade do
Senhor junto com os santos.
IV. Pedindo ajuda e protecção divina (Salmo
40:11-15, 17)
Nestes versículos, o salmista pediu ajuda e
protecção de Deus com base na fidelidade e amor
de Deus (vs. 11). Os problemas que o tinham
cercado eram muitos, e alguns vieram por causa de
seus pecados. Ele comparou os seus muitos pecados
com os cabelos da sua cabeça. O salmista
possivelmente contrastou seus muitos pecados com
os muitos favores de Deus (vs. 5, 9-10, 12).
Mas uma vez que confessou seu pecado e sua triste
e perturbada situação, ele pediu: "Agrada-te Senhor 18
em libertar-me; apressa-te Senhor em ajudar-me "
(vs. 13). Isto mostra a integridade do salmista, pois
ele não escondeu o seu pecado. Nós também
precisamos de reconhecer e não nos esconder
quando pecamos. Então, podemos pedir ajuda a
Deus para viver vitoriosamente contra o pecado
todos os dias. Assegurado da ajuda salvadora de
Deus de acordo com Sua fidelidade, ele ora para que
esta experiência seja um testemunho que confunda
os turbulentos (vs. 14-15). Deve também fazer com
que aqueles que procuram o Senhor se "regozijem e
se alegrem" Nele e "digam sempre: 'O Senhor é
grande! (vs. 16). Depois de uma oração por si
mesmo para que o Senhor possa pensar nele embora
ele seja "pobre e necessitado", ele declarou sua
confiança segura em Deus, sua ajuda, seu
libertador, e seu Deus - prova de que Ele confia na
fidelidade de Deus.
Mesmo na aflição mais difícil, nós também
precisamos recorrer a Deus e louvá-Lo apesar das
nossas circunstâncias. Podemos esperar
pacientemente em tempos como estes? Lembre-se,
a paciência não é ser passivo. Enquanto nós somos
pacientes, Deus faz fielmente a Sua obra em nós.
Pergunta: A fidelidade de Deus traz alegria aos
crentes e confusão aos incrédulos. Verdadeiro ou
Falso? Explique.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
A CONFISSÃO DE UM GRANDE REI
06
Passagem para o Estudo: Salmo 51

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que a verdadeira confissão e o "Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova
arrependimento renovam o nosso dentro de mim um espírito estável." Salmo 51:10.
relacionamento com Deus.
19

INTRODUÇÃO
As pessoas em algumas áreas da Guatemala caçam macacos. Para isso, amarram um jarro de barro com uma
pequena abertura a uma árvore. Eles colocam amendoim dentro do jarro. Um macaco ao sentir o cheiro de
amendoim, mete a mão no jarro, pega o amendoim, fecha os dedos mas não consegue tirar a mão do jarro. A
resposta é simples; tudo o que o macaco tem que fazer é soltar o amendoim abrindo sua mão. No entanto, os
macacos sempre pegam o amendoim e é assim que eles são pegos. À primeira vista, a acção desajeitada desses
animais parece ser estúpida; no entanto, é uma boa imagem do que muitas vezes acontece quando pecamos.
Nós persistimos em continuar a fazer o mal quando poderíamos simplesmente nos soltar e ser livres.
Este Salmo mostra-nos o que fazer quando pecamos. Segue um evento no qual o Rei Davi cometeu pecado
(2 Samuel 11, 12). Ele tentou encobri-lo, mas Deus o expôs através do profeta Natã. Foi neste contexto que
Davi escreveu o Salmo 51.

I. Davi confessa o seu pecado e pede perdão suas rebeliões (Salmo 51:2a). "... Limpa- me do
(Salmo 51:1-5) meu pecado" (Salmo 51:2b). Davi pediu a Deus que
Quando o profeta Natã apontou o pecado do rei o limpasse do pecado; ele queria que o cirurgião
Davi (2 Samuel 12:7-9), o rei adotou a atitude divino operasse em seus pensamentos. As pessoas
correcta (2 Samuel 12:13a). Os primeiros cinco que estão em altas posições têm dificuldade em
versículos deste Salmo revelam que Davi estava reconhecer seus pecados e assim privam-se dos
clamando a Deus para mostrar misericórdia para benefícios de Deus. Mas não é assim com Davi ao
com ele. A consciência de Davi, que tinha sido ouvir a história de Natã. Este rei não tinha medo de
despertada pelo Espírito Santo durante a mensagem admitir a sua culpa perante Deus.
oportuna do profeta, reconheceu que ele tinha feito O comportamento de alguns reis de Israel e Judá
acções sérias que Deus não aprovava. mostra sua relutância em admitir seu pecado. O
O efeito do pecado sobre Davi manifestou-se em seguinte quadro mostra alguns exemplos daqueles
seu corpo, em sua mente e em seu espírito; ele que não ouviram a voz de Deus:
estava embaraçado no pecado e precisava de uma Rei Profeta Versículo
saída. Devemos lembrar que antes da chegada do “Mesmo depois disso, Um
profeta Natã, David estava tentando agir como se 1 Reis
Jeroboão nao mudou os profeta
nada tivesse acontecido. Mas é impossível esconder 13:33
seus maus caminhos”
nossos pecados de Deus. Quando ele despertou para “[Você, Baasa] fez meu Jeú
esse facto, ele estava cheio de pesar e profunda 1 Reis
povo Israel pecar
tristeza pelo que havia feito. 16:2
“Isto é que o rei [Acabe], Micaias
Depois de apelar à misericórdia de Deus, Davi fez 1 Reis
diz: coloca este homem 22:27
alguns pedidos chave:"... apaga as minhas na prisão
transgressões" (v. 1). Davi pediu a Deus para apagar
Pergunta: De acordo com 2 Samuel capítulos 11 e
12, o que Davi tinha feito de errado?
III. O desejo de Davi de fazer o bem diante de
Deus (Salmo 51:14-17)
II. Davi pede renovação espiritual para o seu ser A Lei de Moisés incluía formas de expiação pelos
interior (Salmo 51:6-12) pecados, dependendo de quão rico ou pobre era o
povo para que cada pessoa pudesse trazer uma
A personalidade de Davi tinha sido afectada pelo
oferta pelo pecado e sua expiação (Levítico 5:5-7).
pecado. Como um rei famoso, ele tinha
Davi podia facilmente trazer os sacrifícios pelo
experimentado o cuidado e o poder de Deus. Ele
pecado e pela expiação necessários pela lei;
percebeu que, sem Deus, seu ser mais íntimo estava
contudo, Davi sabia que Deus não "se alegrava em
se desfazendo. O mesmo acontece hoje quando os
sacrifício" nem "tinha prazer em holocaustos" (v.
cristãos cedem ao pecado. O apóstolo Paulo 20
16). Ele sabia o que Deus queria: "...sacrifício" de
exortou-nos a cuidarmos de como andamos (1
"um espírito quebrantado" e "um coração
Coríntios 10:12).
quebrantado e contrito" (v. 17).
Nesses versículos podemos ver que Davi sentiu a
Davi tinha aprendido uma profunda lição e
necessidade de se acertar com Deus novamente, de
prometeu "ensinar aos transgressores" os caminhos
renovar o relacionamento íntimo que ele tinha
de Deus, “para que os pecadores" pudessem se
desfrutado antes. Ele pede a Deus para esconder Seu
voltar para Deus (v.13). A igreja precisa de
rosto de seus pecados (v. 9). Ele quer "ouvir alegria
desempenhar esse papel, como Natã, alertando as
e alegria" (v. 8). Percebendo que ele fez algo
pessoas de seus pecados. Davi também queria
terrivelmente errado, ele implora: "Não me lances
alertar seu povo sobre os terríveis resultados do
da tua presença nem me tires o teu Espírito Santo"
pecado. O grande poeta hebreu que escreveu
(v. 11). Davi percebe que ele precisa ser mudado
Salmos e tocou música para o rei Saul pediu a Deus
completamente - mente, corpo e espírito. "Cria em
que o "Abrisse" os seus "lábios" para que a sua
mim um coração puro, ó Deus, e renova em mim
"boca" pudesse louvar a Deus (v. 15).
um espírito firme" (v.10). Ele quer
desesperadamente que Deus o perdoe e renove o No entanto, há um lado triste na história de Davi.
relacionamento profundo que eles tinham juntos Deus perdoou completamente os seus pecados, mas
antes. "Restitui-me a alegria da sua salvação e os resultados permaneceram na sua situação
concede-me um espírito de boa vontade, para me familiar, mesmo sendo o rei modelo diante do
sustentar" (v. 12). coração de Deus.
Perguntas: Como é que o pecado afecta o nosso Pergunta: De que forma podemos ver que Davi era
pensamento, as nossas vontades e os nossos humilde?
sentimentos? Qual é a diferença entre a confissão e
o arrependimento?

CONCLUSÃO

A atitude humilde de Davi, admitindo seu pecado diante de Deus, mostra-nos a profundidade de seu
relacionamento com Deus. Ele realmente se arrependeu de seu pecado e seu relacionamento com Deus foi
restaurado. Deus curou seu ser interior - a mente, o corpo e o espírito. Mas o pecado tem os seus resultados.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
ANSEIO DO REI DAVI POR DEUS
07
Passagem para o Estudo: Salmo 63

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para nos encorajar, como crentes, a ter um "Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco
relacionamento mais profundo e mais intensamente; a minha alma tem sede de ti, todo o
significativo com Deus. meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem
água." Salmo 63:1 21

INTRODUÇÃO
Davi escreveu este Salmo em um momento muito difícil da sua vida. Ele tinha sido humilhado, embora
temporariamente, e foi forçado a ir para o deserto seco e árido. Talvez tenha sido como aqueles que foram
forçados ao exílio. Por exemplo, há pessoas aqui na África que são forçadas a deixar suas aldeias, cidades,
famílias, pertences, e muito mais por causa da política. Eles acabam em outras partes do mundo onde partem
como estranhos. Geralmente, estas pessoas têm que enfrentar muitas dificuldades na sua vida diária.
Davi estava ao leste do rio Jordão (2 Samuel 15:23, 16:2, 17:16). Esta situação levou o rei Davi a desejar
mais do que tudo uma relação íntima com Deus. Este Salmo fala clara e firmemente sobre a vida de devoção
a Deus. Embora Davi tenha escrito este Salmo em uma crise, ele nos mostra o seu desejo de ter comunhão
com Deus (vs. 1-2), assim que Davi valorizava e estimava a Deus (vs. 3-4). Da mesma forma, não se pode
deixar de notar a satisfação de Davi em Deus (v. 5), o resultado de sua proximidade com Ele (v. 6).
Independentemente da nossa situação neste momento, podemos aprender três coisas importantes de Davi:
primeiro, o valor de um relacionamento profundo com Deus (vs. 1-4); segundo, como louvar a Deus em
circunstâncias difíceis (vs. 5-8); e terceiro, como o Senhor nos protege e nos dá vitória em situações
desagradáveis (vs. 9-11).

I. O relacionamento profundo de Davi com Deus
(Salmo 63:1-4)
É comovente ouvir Davi quando ele clamou: "Tu,
Deus, és o meu Deus" (v. 1), no meio do deserto.
Esta expressão é o resultado do relacionamento
profundo e pessoal que Davi teve com Deus.
Esta mesma expressão pode sustentar nossa vida
espiritual em circunstâncias desagradáveis ou de
crise. Se voltarmos na história, do Jardim do Éden,
perceberemos que a relação do ser humano com
Deus foi quebrada por causa do pecado; isto é, a
desobediência do homem às leis feitas pelo Criador
(Gênesis 3:1-24). Desde esse acto consciente e
voluntário da vontade humana, temos vivido longe
de Deus. Assim diz a Bíblia: "...pois todos pecaram
e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos
3:23).
Contudo, apesar desta reacção hostil do homem
para com o seu Criador, Deus tomou a iniciativa de
restabelecer a sua relação connosco. O apóstolo
João falou sobre a grandeza do amor de Deus
quando disse o seguinte: "Porque Deus amou tanto
o mundo...que deu o seu Filho único, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna (João 3:16).
Enquanto estava no deserto, Davi podia prever a
glória do Senhor pela fé e sentir o toque de Deus,
graças aos seus momentos de comunhão com Deus
no santuário (Salmo 63:2). Pensar nesta experiência
foi um deleite motivador, que permitiu a Davi
enfrentar o deserto com esperança.
Pergunta: De acordo com o Salmo 63:1-4, quais
são os elementos que poderiam nos impedir de ter
uma relação íntima e significativa com o Senhor?
II. Davi Louva a Deus (Salmo 63:5-8)
Davi experimentou que a comunhão com Deus
satisfaz a alma devota. Uma igreja que só sabe
reclamar, mas não sabe ser feliz em nenhuma
circunstância, não sabe como louvar a Deus em
todos os momentos. As palavras do salmista devem
servir como uma lição hoje. Apesar do deserto, nós
podemos ter certeza de Deus. A nossa comunhão
com Deus satisfaz-nos mais do que qualquer outra
coisa. Em meio a uma crise, podemos louvar a Deus
e ter certeza de que Sua mão direita nos apoia.
Nossas igrejas precisam de ensinamentos sobre
contentamento piedoso hoje, em vez de um ensino
de prosperidade.
Quando estamos perto do nosso Deus, com
corações gratos, as palavras ditas pelo Rei Davi
assumem o seu significado, independentemente das
nossas circunstâncias imediatas: "O Senhor é meu
pastor, nada me faltará... Ainda que eu caminhe
pelo vale mais escuro, não temerei nenhum mal,
pois Tu estás comigo..." (Salmo 23:1-4).
Nenhum crente agradecido pode meditar sobre
todos os benefícios que obteve do Senhor sem
apoiar as palavras de gratidão, louvor e satisfação
que o salmista usou nestes versículos: "Estarei
plenamente satisfeito como com a mais rica das
comidas; com lábios que cantam, minha boca te
louvará... Porque tu és minha ajuda, eu canto à
sombra de tuas asas". Agarro-me a ti; a tua mão
direita me sustenta" (Salmo
63:5,7-8).
Pergunta: A respeito desta passagem, mencione
duas situações em que você experimentou que só a
mão de Deus foi capaz de libertá-lo...
III. Davi recebeu a promessa de protecção de
Deus (Salmo 63:9-11)
Aqui em África, é comum falar sobre o mundo dos
espíritos, bruxaria, feitiçaria (encanto mágico), etc.
Somos conhecidos mundialmente pela nossa
cultura animista. Ou seja, a crença de que por trás
de cada objecto existe um espírito que pode nos
prejudicar ou ajudar. Portanto, os africanos afirmam
que há espíritos no mar, nas montanhas, nas selvas,
nas rochas, etc. Esta crença também é
frequentemente vista no mundo cristão. Muitos
vivem sempre pensando em como evitar os
aguilhões dos seus inimigos (espíritos malignos).
Outros procuram alguns dos chamados profetas ou 22
apóstolos para vender-lhes água, sal ou óleo
protector. A maioria dos "cultos evangélicos" não
celebra o que Cristo fez por nós, e estão longe de
pregar o evangelho da salvação e do perdão dos
pecados. Todo o tempo eles falam sobre a libertação
de algum mal, guerra espiritual e práticas
semelhantes, em vez de explicar correctamente a
palavra de Deus e viver por ela.
Entretanto, no meio dessa realidade, as palavras do
salmista devem ressoar em nossos ouvidos como
trovões para nos levar a uma vida de descanso nas
mãos do Rei dos reis: "Apego-me a ti; a tua mão
direita sustenta- me. Aqueles que me querem matar
serão destruídos; serão entregues à espada... Mas o
rei se alegrará em Deus" (vv. 8-11).
Nas Escrituras, encontramos muitas promessas do
Senhor, onde Ele nos oferece Sua protecção. Por
esta razão, não há motivo para nos preocuparmos ou
para vivermos com medo. Pelo contrário, podemos
dormir em paz e dormir em segurança, porque o
Senhor nos ajuda a viver com confiança (Salmo
4:8).
Pergunta: Você tem algum inimigo ou espera
alguma ameaça? As palavras do Rei Davi aplicam-
se à sua situação (vs. 9-11)? Explique.

CONCLUSÃO

São de se esperar situações difíceis na vida dos verdadeiros cristãos. A experiência de Davi expressa no Salmo
63, quando ele estava no deserto, serve de modelo. Procuremos construir uma relação íntima e significativa com
Deus, e aprendamos a louvá-lo em todas as circunstâncias, porque Ele é o nosso protector. Seja qual for o nosso
deserto, o Senhor nos dará a vitória.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
PORQUE OS ÍMPIOS PROSPERAM?
08
Passagem para o Estudo: Salmo 73

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que a bondade de Deus não depende das “Certamente Deus é bom para Israel,
circunstâncias, das nossas expectativas, ou das decisões que para aqueles que são puros de coração"
tomamos. Deus é bom para os Seus filhos o tempo todo Salmo73:1
23

INTRODUÇÃO
Compreender que vivemos num mundo que não concorda com a nossa fé, modo de vida e amor ao Senhor,
pode ajudar-nos a melhorar as nossas vidas de várias maneiras. Independentemente de nossas circunstâncias,
podemos experimentar o que o Senhor promete em Sua Palavra: "E a paz de Deus, que transcende todo o
entendimento, guardará vossos corações e vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7).
Algumas situações podem surgir em nossas vidas como cristãos porque temos crenças diferentes daquelas
que nos rodeiam. Essas crenças fazem com que os incrédulos nos vejam como raros, arcaicos, loucos, ou com
pouca compreensão. Paulo disse para os coríntios: "Porque a mensagem da cruz é loucura para os que estão
perecendo, mas para nós que estamos sendo salvos é o poder de Deus" (1 Coríntios 1:18).
Experimentar o tal sentimento prejudicial de ser tratado injustamente pode ser difícil para a vida de qualquer
crente.

I. Por que o perverso Prospera? (Salmo 73:2- Devemos ter cuidado para não sermos
16) arrastados para os seus pecados. Um pregador disse
uma vez: "A tentação existe. Nós não podemos
Muitas vezes, a vida do cristão é calma e pacífica,
evitá-la. Ela virá, ela deve vir. O terrível é quando
mas em outros momentos é perturbada, cheia de
os filhos de Deus se rendem a ela". Claro, esses
provações, problemas e lutas. Estes momentos
sentimentos e pensamentos podem entrar em nossas
difíceis são muito importantes porque podem nos
vidas; mas será que vamos ceder a eles? A resposta
impedir de entender o que Deus está fazendo. O
é encontrada no último versículo do Salmo,
salmista escreveu: "...Invejava os arrogantes
versículo 28: "Mas quanto a mim, é bom estar perto
quando via a prosperidade dos ímpios" (v. 3).
de Deus. Eu fiz do Senhor Soberano o meu refúgio;
A verdade é que alguns dos ímpios se aproveitam contarei todas as tuas obras". (v. 28).
de tudo e de todos para alcançar seus desejos.
Pergunta: O que é a inveja?
Muitas vezes, eles agem secretamente com
desonestidade e truques, como os de Satanás.
Portanto, como filhos de Deus, precisamos de
II. O salmista encontra respostas (Salmo
permanecer em alerta, pois podemos ser tentados a
73:1,17)
tomar o caminho fácil e tortuoso dos ímpios. Nós
podemos perder de vista o Senhor, e acabar no lugar Não devemos deixar que influências externas nos
errado: a felicidade exterior dos ímpios. afectem como filhos de Deus. Mas, quando somos
tentados como o Salmista, o que devemos fazer?
Alguns crentes podem ser tentados a querer ser
Como podemos evitar cair? Dentro deste Salmo,
como os ímpios (vs. 15-16), imitá-los e se envolver
encontramos alguns ensinamentos importantes.
em seus negócios, a fim de serem aceites ou obter
Eles não são os únicos, mas podem fazer a
algum benefício material.
diferença:
A. A primeira é: "Certamente Deus é bom para A diferença entre uma pessoa ímpia e uma pessoa
Israel..." (v. 1). Precisamos ter em mente o facto de justa reside principalmente na questão da salvação.
que Deus é bom para seus filhos. Vamos nos Aqueles que puseram Deus de lado não se sairão
submeter a Deus diariamente para que Ele possa bem no final, enquanto aqueles que têm um
examinar e purificar nossos pensamentos e motivos relacionamento profundo com o Senhor, confiando
pelo poder de Seu Espírito Santo. nele e buscando Sua ajuda nos caminhos e decisões
da vida, desfrutarão da salvação eterna. Para uma
B. O segundo ensinamento importante é a busca
pessoa justificada pelo sangue de Cristo, as coisas
constante da presença de Deus (vs. 16-17).
exteriores deixam de ser as mais importantes.
Qualquer inveja que possamos sentir pelas riquezas
Também podem existir problemas e dores em
dos ímpios irá embora à medida que ganharmos o
nossas vidas, como é comum com todos, mas os
ponto de vista de Deus em um relacionamento
justos não estão sozinhos, pois a vara e o cajado de 24
profundo com Ele, em nossos lugares de oração
Deus os conduzirão (Salmo 23:4). Ainda mais
particulares! A presença do Senhor ensina-nos,
maravilhoso é que "...sabemos que em tudo Deus
encoraja, acalma, conforta, satisfaz, enche-nos de
trabalha para o bem daqueles que o amam, que
sabedoria, ajuda-nos a crescer e a ver a vida e as
foram chamados segundo o seu propósito"
pessoas como Deus as vê. Aprenderemos a
(Romanos 8:28).
conhecer-nos melhor e a ser moldados pelo Seu
amor e sabedoria".
Perguntas: Descreva a diferença entre o ímpio e o
justo. De acordo com a passagem estudada, qual é
III. A diferença entre os ímpios e os justos
o fim dos ímpios?
(Salmo 73:18-28)
Em Cristo, temos a promessa de uma vida plena na
Terra e de uma vida eterna na Sua presença. Glória
ao Senhor!

CONCLUSÃO

Tenha sempre em mente que Deus é bom para aqueles com o coração limpo, e que nosso fim será glorioso:
partilhando as riquezas do nosso maravilhoso Senhor Jesus Cristo.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
DEUS OUVE AS NOSSAS ORAÇÕES
09
Passagem para o Estudo : Salmo 83

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Aprender a depender de Deus em oração em "Saibam eles que tu, cujo nome é SENHOR, somente
todos os momentos, com a certeza de que Deus tu, és o Altíssimo sobre toda a terra" Salmo 83:18.
sempre responderá.
25

INTRODUÇÃO

O salmista apresentou uma descrição muito detalhada dos tempos em que o povo de Deus era atacado, e não
podia enfrentá-lo em seu exército. Eles tinham que se voltar para Deus imediatamente e fazer seus
pedidos de forma clara e precisa. O Salmo 83 tem duas divisões: 1) Versículos 1 a 8, nos quais é feita a
chamada a Deus, e descrito o problema que se aproximava do povo de Israel. 2) Os versículos 9 a 18 são um
chamado do povo a Deus, no qual eles declararam o que esperavam que Ele fizesse. Isto nos leva a
entender que este Salmo é considerado "imprecatório" (um pedido para que Deus se vingue contra os
inimigos de seu povo; maldição). Este tipo de salmo também parece estar em oposição às palavras de
Jesus Cristo no Novo Testamento, mas é bom notar que no Antigo Testamento, os israelitas falavam
frequentemente da ira de Jeová contra povos que não viviam segundo a lei de Deus e que desrespeitavam Seu
nome.

I. A razão da oração de Israel (Salmo 83,1-8)
A. Chegou uma altura em que eles pensavam que
estavam sozinhos (vs. 1-3)
A primeira reacção dos filhos de Deus é pensar que
Ele não está ouvindo. Esperamos constantemente
respostas rápidas, e assim, mostramos que gostamos
de tentar administrar os tempos de Deus e como Ele
deve ouvir e responder. É importante notar como o
salmista usou adjectivos possessivos e pronomes
pessoais de segunda pessoa nos versículos 2 e 3.
Isto é para destacar que aqueles que atacaram o
povo de Deus estavam atacando o Senhor
directamente; os inimigos do Seu povo eram Seus
inimigos. Da mesma forma, estes adjectivos e
pronomes ensinam-nos que quando os inimigos
tentam destruir o povo de Deus, na realidade, eles
estão atacando o próprio Deus, embora talvez não o
vejam dessa forma.
B. A maneira como os inimigos do povo de Deus
agem (v. 3)
Os inimigos do povo de Deus sempre usaram
maneiras obscuras para destruí-los. Muitos dos
inimigos do povo de Deus não só querem destruir,
mas também estão investindo dinheiro para realizar
estes propósitos. Em alguns casos, eles usam
pessoas a serviço de Deus para alcançar seus fins
(Números 22).
C. Uma coligação para atacar o povo de Deus (vs.
4-8)
É interessante ver como os inimigos de Deus foram
capazes de se unir contra os israelitas. No chamado
para destruir o povo de Deus, todos esses povos são
mencionados, e embora fossem inimigos uns dos
outros, eles tinham algo em comum... o desejo de
destruir o povo de Deus. Ao longo do Antigo
Testamento, vemos que as nações ao seu redor
queriam destruir Israel. Josué 11:1-5 diz-nos como
um grupo de reis e seu povo saíram para lutar contra
Israel para destruí-los; e em 2 Samuel 8, também
lemos como os povos pagãos se uniram para lutar
contra Israel. Assim, podemos aprender em muitas
outras passagens bíblicas que isso se repetia
constantemente.
Neste momento, há várias ameaças contra a igreja
como povo de Deus. Uma delas é em relação aos
ensinamentos sobre gênero e a pressão dos
defensores de homossexualismo. Em nome da
liberdade do ser humano, os governos aprovam
leis contrárias às liberdades de outros seres
humanos. Quando as igrejas levantam sua voz, diz-
se que temem e não gostam dos homossexuais ou
são atrasados. Os partidos políticos no poder têm
dificuldade em concordar sobre muitos assuntos,
mas a uma só voz neste assunto, eles atacam a
igreja.
Pergunta: De acordo com os versículos 1 a 8, como
devemos nos aproximar de Deus em oração?
II. Uma Oração Muito Forte (Salmo 83:9-18)
O salmista continuou a lembrar o que Deus tinha
feito com outros reis e nações no passado em favor
de Seu povo.
A. Lembre-se das grandes vitórias de Deus
Os israelitas pediram que Deus os libertasse, como
fez quando os libertou de Midiã (Juízes 7:1-27) e
contra Sísera e Jabim ( Juízes 4:13-14). Note-se que
estes dois casos são mencionados no livro dos
Juízes. Também, que no primeiro caso, o povo de
Israel foi entregue sem usar seu exército, e que no
segundo caso, foi uma mulher, Débora, que liderou
a batalha, embora numa sociedade onde as mulheres
não iam para a guerra.
B. Porque é que Deus destruiu os seus inimigos?
(V. 12)
CONCLUSÃO
Ao longo da história, o povo de Deus tem sofrido batalhas de todos os tipos. As sociedades têm procurado de
uma forma ou de outra atacá-los e destruí-los. Isto, como todo o resto, é resultado do pecado na raça humana.
Entretanto, no meio de tudo isso, devemos lembrar que, como povo de Deus, podemos e devemos clamar em
oração quando eles nos atacam, suplicando a Deus para agir por causa de Seu grande amor por Sua igreja.
Primeiro: os inimigos estavam contra o povo de
Deus e como resultado tinham decidido em seus
corações tomar as terras que o povo de Israel tinha.
Segundo: eles se colocavam acima de Deus. Esses
povos criaram suas próprias regras, fizeram seus
valores, e na loucura de querer ser Deus, tomaram
decisões contra a vontade do Senhor. É interessante
notar como no Salmo 83:12 esses povos queriam ser
herdeiros das moradas de Deus. Hoje, algumas
pessoas ou governos quiseram tomar as terras que
pertencem à igreja e, portanto, ao Senhor. Mas Deus
sempre travou essas batalhas por Seu povo e a igreja 26
recuperou suas propriedades.
C. A maldição (vs. 13-16)
Orações imprecatórias (maldição) eram o que o
povo de Deus oravam contra os seus inimigos.
Devemos deixar claro que a igreja não foi ordenada
a orar pela destruição de seus inimigos. No entanto,
é-lhe confiado orar pela destruição de planos
malignos. Da mesma forma, devemos orar para que
Deus mude o coração do inimigo, e assim ser
sensíveis à voz do Senhor.
D. Um propósito maravilhoso na oração
Uma das tarefas da igreja hoje é orar para que Deus
interfira quando alguém está tentando destruir Seu
povo. Também precisamos considerar que temos
uma responsabilidade missionária mesmo para com
aqueles que estão se opondo a nós. Eles também
precisam conhecer a Deus como seu Salvador e
Senhor.
Perguntas: Qual é a importância de lembrar o que
Deus fez no passado em favor do seu povo? Deve a
igreja clamar com orações de maldição contra
aqueles que os oprimem ou tentam destruí-los? Por
quê ou por que não?
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
DEUS É O NOSSO REFÚGIO
10
Passagem para o Estudo: Salmo 91

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para saber que temos a protecção de Deus, "Porque ele me ama", diz o Senhor, "Eu o salvarei; eu o
e apegarmo-nos a esta promessa. protegerei, pois ele reconhece o meu nome" Salmo 91:14.

27
INTRODUÇÃO

Podemos confiar na protecção de Deus? Uma mãe e a sua filha de quatro anos estavam a preparar- se para
dormir. A menina tinha medo do escuro e, naquela ocasião, sozinha só com a mãe, também se sentia um
pouco assustada. Quando a luz se apagou, a menina viu a lua pela janela, e disse à mãe: "Mamã, quero que
me digas, a lua é a luz de Deus?" A mãe respondeu: "Sim, filhinha." Então a menina perguntou: "Será que
Deus desligará a sua luz para dormir?" A mãe respondeu: "Não, minha filha. Deus nunca dorme." Então, com
toda a simplicidade da sua fé de infância, a menina disse: "Bem, se Deus está acordado, eu não tenho medo".

I. Afirmações sólidas sobre a protecção de Deus
(Salmo 91:1-2)
A. "Quem habita no abrigo do Altíssimo" (v. 1a)
Neste texto, habitar é viver no 'abrigo' do Altíssimo.
O Senhor Jesus mencionou isso em seu triste
lamento sobre Jerusalém: "Jerusalém, Jerusalém, tu
que matas os profetas e apedrejas os que te são
enviados, quantas vezes desejei reunir os teus
filhos, como uma galinha reúne os seus pintos
debaixo das asas, e tu não quiseste" (Mateus
23:37)? Vemos neste texto o interesse de Deus em
cuidar e proteger-nos.
B. "... descansará à sombra do Todo-Poderoso"
(v. 1b)
Aqui o Salmista convida-nos a descansar na sombra
de Deus. No calor do sol do Mediterrâneo, as rochas
forneciam sombras frescas para os viajantes
cansados descansarem. Deus convida-nos a ter uma
atitude permanente de descanso. Tanto o "abrigo"
(v. 1a) como o "descanso" (v. 1b) oferecem-nos
alívio das tensões e dificuldades que a vida
quotidiana do século XXI nos lança.
C. Declaração de confiança (v. 2)
O versículo 2 diz: "...Ele é o meu refúgio e a minha
fortaleza, o meu Deus, em quem eu confio."
Podemos confiar Nele porque Ele nos dá refúgio -
um lugar seguro, e Ele diz que Ele é a nossa
fortaleza. Ele é a rocha da nossa salvação.
Pergunta: Diga duas razões pelas quais você tem
certeza de que Deus o protege.
II. Descrição da doce e maravilhosa protecção de
Deus (Salmo 91:3-13)
A. Várias imagens da protecção de Deus (vv. 3-
6)
Dos versículos 3 a 6, o salmista usa várias imagens
para descrever como Deus age para proteger seus
filhos. Estas foram tiradas de experiências diárias,
comunitárias ou nacionais a vida de Israel daqueles
tempos. Ele promete-nos salvar de: armadilha do
caçador (v. 3a); da pestilência mortal como Ébola
(v. 3b); "...o terror da noite" (v. 5a); "...a flecha que
voa de dia" (v.5b); "...a peste que persegue na
escuridão", tais como Covid 19 hoje (v. 6a); "...nem
a praga que destrói ao meio-dia" (v. 6b).
Estamos protegidos "... sob Suas asas (v. 4a); e a
Sua fidelidade é o nosso "...escudo e muralha" (v.
4b).
B. Coisas extraordinárias que Deus vai fazer
para nos proteger (vs. 7-13)
O Salmo menciona actos únicos que Deus irá fazer
para nos proteger: Ele vai salvar-nos da morte no
meio da batalha (v.7); do mal e desastre (v. 10); os
anjos serão enviados para proteger- nos (vs. 11-12).
Vamos pisar em bestas ferozes e venenosas. (v. 13).
No entanto, devemos notar que esta expressão é um
exagero. Todos nós sabemos que não é uma boa
ideia andar por aí a pisar em cobras ou leões. O que
o Salmo está enfatizando é que Deus está lá
connosco em todas as situações com que temos de
lidar. Nós temos de confiar n'Ele.
Pergunta: Nomeie as diferentes coisas de que
Deus promete proteger o Salmista?
III. Provisão divina final (Salmo 91:14- 16)
Para aqueles que puseram o seu amor em Deus, Ele
declara o seguinte:
A. Deus promete resgatar o Salmista (v. 14b)
Deus promete resgatar aqueles que O reconhecem.
Volta ao primeiro versículo do salmo. Precisamos
de continuar a ter um relacionamento profundo com
Deus reconhecendo que somente Ele é o único que
merece a nossa adoração e louvor e a nossa
obediente consagração.
B. Interaja com eles na adoração (v.15)
Esta interacção de Deus é vista em três breves
declarações que Deus fez ao salmista mas que ainda
hoje são relevantes para nós:
"Ele vai chamar-me, e eu vou lhe responder " (v.
15a); "Estarei com ele em apuros" (v. 15b); e "...eu
o resgatarei e o honrarei" (v. 15c).
C. Os satisfaz com uma vida longa (v. 16) 28
Os planos de Deus podem ser escondidos mas não
eliminados. Ele estabeleceu um plano para que
nós... possamos viver para sempre com Ele. Ele
enviou o Seu Filho para morrer na cruz,
suportando os nossos pecados, para que, crendo
n'Ele, seremos livres de toda a condenação e
viveremos eternamente com Ele.
Pergunta: Que três coisas Deus promete ao
Salmista?

CONCLUSÃO

Uma das coisas que mais queremos é segurança. Deus sabe deste anseio e o satisfaz com todas as promessas
que nos dá no Salmo 91. Todos nós devemos deixar de confiar em nós mesmos e começar a amar a Deus, crer
nele, e depositar toda a nossa confiança n'Ele. Este Salmo é como um bálsamo espiritual para ajudar a eliminar
nossas ansiedades, acalmar nossos medos e assegurar nossa contínua protecção divina.
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
CONSELHO SÁBIO CONTRA A IDOLATRIA
11
Passagem para o Estudo: Salmo 115

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a natureza da idolatria e o "Não se voltem para os ídolos nem façam para si
significado correcto de confiar em Deus. deuses de metal. Eu sou o SENHOR vosso Deus
Levítico 19:4
29

INTRODUÇÃO

O Salmo 115 começa com a exaltação de Deus e a negação de todo louvor ao homem. O escritor desejava
que nenhum homem roubasse a glória devida a Deus. É comum que os humanos queiram aplausos por suas
acções. Mas o Salmo 115 chama-nos a dar toda adoração, louvor e glória somente a Deus, mesmo quando
temos alcançado algo. O primeiro versículo diz: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas o teu nome seja a glória,
por causa do teu amor e fidelidade". Se nós temos sido capazes de fazer algo digno de louvor, é porque Deus
em seu amor e fidelidade sem fim nos permitiu alcançá-lo.
Por natureza, nós queremos dar adoração, embora às vezes a demos erroneamente a nós mesmos ou a outros
deuses. As nações pagãs, vendo que os judeus recusavam a adoração a si mesmos e não tinham um sistema
de ídolos como eles tinham, se perguntavam: Onde está o teu Deus agora?
O Salmista responde à pergunta mostrando quatro pensamentos sérios a serem levados em conta se
quisermos agradar a Deus. Este conselho contém respostas para a idolatria do mundo. Examinemos este sábio
conselho:

I. Uma advertência séria: Os ídolos são inúteis
(Salmo 115:4-8)
Para o salmista, o nosso Deus está em toda parte e é
todo-poderoso. Ainda que a sua presença esteja no
céu, Ele tem todo o poder sobre a terra. Com base
nisso, ele nos adverte que os ídolos são inúteis e nos
dá essas razões:
A. Os ídolos não fazem sentido (vs. 5-7)
"Eles têm bocas, mas não podem falar..." (v. 5a); "...
eles têm olhos, mas não podem ver" (v. 5b). "...eles
têm ouvidos, mas não podem ouvir..." (v. 6a). Um
bom exemplo da inutilidade da idolatria é
encontrado em 1 Reis 18:20-40. Naquela ocasião,
Elias desafiou os seguidores de Baal e Aserá (ídolos
fenícios). Eles choraram o dia inteiro pedindo aos
seus deuses que mandassem fogo. Mas nada
aconteceu porque embora os ídolos tivessem a
forma dos ouvidos, eles não conseguiam ouvir. Pelo
contrário, Elias orou e o Senhor do céu ouviu e
respondeu. Além disso, têm "... narizes, mas não
conseguem cheirar" (v. 6b); "... têm mãos, mas não
conseguem apalpar" (v. 7a), "... pés, mas não
conseguem andar...". (v. 7b). Eles não podem
"emitir um som com a garganta...". (v. 7c).
B. Aqueles que os fazem são como eles (v. 8)
O Salmo 115:8 termina dizendo: "Aqueles que os
fazem serão como eles, assim como todos os que
confiam neles." Infelizmente, um ídolo é como o
seu criador, devido à sua inutilidade. Assim como
nós, que adoramos o verdadeiro Deus, queremos ser
mais como o nosso Deus, o adorador de ídolos
torna-se como o seu ídolo, inútil e vaidoso.
Pergunta: O que entende de idolatria?
II. Uma instrução séria: Confiem em Deus
(Salmo 115:9-11)
Depois que o salmista revelou o verdadeiro estado
dos ídolos, ele fez esta séria instrução ao povo:
confiar no Senhor é melhor, muito melhor. Para o
povo de Israel: "Todos vocês israelitas, confiem no
Senhor..." (v. 9) Israel foi o povo escolhido por
Deus, um povo que nasceu do pensamento e do
coração de Deus. Ir atrás de outros deuses foi uma
traição ao seu Criador. A grande instrução é esta:
"Ponham de lado estes ídolos que não vos servem
de nada. Israel confia em Deus".
A. Para os sacerdotes: "Casa de Aarão, confiem
no Senhor..." (v. 10)
Embora hoje todos nós que pertencemos a Cristo
sejamos sacerdotes (1 Pedro 2:9), naquela época, os
sacerdotes serviam sozinhos no templo.
Infelizmente, muitos sacerdotes no tempo do
salmista tinham se desviado da verdadeira adoração
a Deus.
Hoje, como sacerdotes de Cristo, devemos ter muito
cuidado com as formas secretas pelas quais o diabo
nos quer afastar do verdadeiro culto a Deus.
Podemos não ter ídolos físicos como estátuas, mas
podemos aceitar ídolos de carne e osso, como
pregadores, cantores, etc., ou coisas consideradas
sagradas pela Bíblia, cruz, pomba, etc. Por
exemplo, a cruz é um símbolo de salvação, mas não
é o meio de salvação. O mesmo vale para a Bíblia
que as pessoas respeitam e até deixam aberta no
Salmo 91 em sua sala de estar, mas muitas vezes
nunca lêem ou obedecem ao que ela diz.
B. A todos os adoradores: "Vocês que o temem,
confiem no Senhor..." (v. 11)
Este versículo parece incluir pessoas que não eram
judeus (versículo 9), estrangeiros que, embora não
judeus de nascimento, foram acrescentados ao povo
de Israel, pois eles amavam e honravam a Deus.
Assim como nós, que não somos judeus de
nascimento, mas que tememos e honramos a Deus.
Não faz sentido para alguém dizer: "Eu temo a
Deus" e ser um idólatra. No entanto, mesmo no
nosso tempo, podemos confundir o nosso temor a
Deus com idolatria. O diabo é muito astuto e pode
nos desviar em nossa confiança em Deus.
Cada versículo do Salmo 115:9-11 termina
contando-nos: "Ele é o seu socorro e o seu escudo."
Nesta expressão, há duas razões pelas quais temos
de confiar em Deus, e não nos deuses que nada
fazem por nós. A maior ajuda que temos recebido
de Deus tem sido para nos tirar da lama do nosso
pecado e nos salvar. E o melhor escudo é que ele
nos protege dos truques do diabo. Um ídolo precisa
de ser protegido e ajudado. Pelo contrário, Deus nos
CONCLUSÃO
A idolatria é o pecado mais comum no Antigo e no Novo Testamento, e continua até os tempos atuais. A
advertência é clara: "Não se volte para os ídolos...". (Levítico 19:4) . Talvez, nós não adoramos ídolos de santos
ou virgens feitos pelo homem, mas outras coisas como família, trabalho, ou intertenimento se tornam nossos
ídolos! Não devemos permitir que nada ou ninguém roube o tempo e a glória devidos a Deus. Vamos ser
verdadeiros adoradores de Deus em espírito e verdade (João 4:24).
protege e nos ajuda porque somos especiais para
Ele.
Pergunta: Quais foram os diferentes grupos que o
Salmista nomeou, e em qual desses grupos você
está? Comente.
III. Uma promessa séria: A verdadeira bênção
(Salmo 115:12-15)
Se depositarmos a nossa absoluta confiança no
Criador do céu e da terra, certamente também
teremos a sua bênção. Paulo escreveu aos irmãos e
irmãs da igreja em Éfeso que se afastaram dos
ídolos para o único Deus verdadeiro através de
Jesus Cristo. Ele mencionou uma lista de bênçãos 30
espirituais que eles tinham ganho através de sua fé
recém encontrada. Isto é, ao escolherem Cristo e
não ídolos, eles tinham recebido, como nós
recebemos, as seguintes bênçãos (Efésios 1:1-13):
um lugar celestial (v. 3), para serem adotados como
Seus filhos (v. 5), ter redenção através de seu
sangue e perdão dos pecados (v. 6). 7), ser
superabundantes em sabedoria e inteligência (v. 8),
alcançar conhecimento da vontade de Deus (v. 9),
ser Seus herdeiros (v. 11), trazer louvor à glória de
Deus (v. 12), e receber o selo do Espírito Santo (v.
13).
Pergunta: Na sua opinião, quais são as bênçãos
divinas que chegaram até você?
IV. Uma decisão séria: Uma chamada para
louvar o Seu nome (Salmo 115:16-18)
Ninguém no mundo, ou acima no céu, ou abaixo da
terra, ou debaixo das águas, ou em qualquer outro
lugar, merece adoração; isto pertence somente a
Deus Todo-Poderoso - o Pai, o Filho, e o Espírito
Santo. Através de Jesus Cristo, nós damos toda
nossa adoração a Deus, o dono dos céus. O salmista
diz que devemos louvar a Deus enquanto vivemos;
porque uma vez que morremos, nosso louvor não
será ouvido, pois "não são os mortos que louvam ao
Senhor, aqueles que descem ao lugar do silêncio;
...". (Salmo 115:17).
Pergunta: Que palavras você diria hoje em louvor
a Deus?
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
DEPOSITANDO A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS
12
Passagem para o Estudo: Salmo 125

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Reconhecer a maneira pela qual Deus protege os "Os que confiam no Senhor são como o monte Sião,
justos, e aprender a confiar mais que não pode ser abalado, mas permanece para
nele. sempre" Salmo 125:1.
31

INTRODUÇÃO

"O cântico dos degraus " é uma colecção de 15 Salmos (de 120 a 134). Estes Salmos eram cantados pelos
judeus que viajavam a Jerusalém para celebrar as três grandes festas anuais ordenadas por Deus: A Páscoa
ou Festa dos Pães Ázimos (libertação), A Festa das Semanas (acção de graças), e A Festa dos Tabernáculos
(a fidelidade de Deus) (Êxodo 23:14-17; Deuteronômio 16:1-17). Estes Salmos expressam o pensamento dos
peregrinos que estão longe de casa, procurando paz, protecção, provisão, ajuda e segurança no seu caminho
para o templo.
Jerusalém é conhecida como Monte Sião. Está localizada em uma colina a cerca de 700 ou 1000 metros acima
do nível do mar. Por causa da sua elevação, os viajantes sempre iam "subir" a Jerusalém (João 2:13). O Salmo
125 pertence a esta colecção, e sem dúvida, ao estudarmos esta lição, nos identificaremos com os
pensamentos, sentimentos, necessidades e crenças destes judeus viajantes, e a protecção divina que podemos
receber durante a nossa jornada neste mundo.

I. Deus dá segurança aos justos (Salmo 125:1-2)
O Salmo é um cântico de alegria pela segurança que
Deus oferece àqueles que caminham em
integridade.
A. Quem são os justos?
Os justos são aqueles que praticam a justiça. A
justiça é recebida pela fé, aprendendo o que é
ensinado sobre ela e, em seguida, colocando-a em
prática. É apreciada com base em um
relacionamento especial de comunhão com Deus
(Habacuque 2:4).
Através da fé em Cristo, nós recebemos a
justificação de Deus e Sua graça capacita-nos a
viver com justiça e rectidão.
Deus assegurou a Sua presença em Jerusalém
através de Zacarias: "E eu mesmo serei um muro de
fogo à sua volta", declara o Senhor, "e eu serei a sua
glória interior" (Zacarias 2:5). Ele habita nos
corações dos justos, e eles exclamam com certeza
junto com o salmista: "Porque tu tens sido a minha
esperança, Senhor Soberano, a minha confiança
desde a minha juventude" (Salmo 71:5). Jeremias
testemunhou: "Mas o Senhor está comigo como um
guerreiro poderoso; assim, os meus perseguidores
tropeçarão e não prevalecerão..." (Jeremias 20:11).
Pergunta: Aqueles que confiam em Deus
desfrutam de calma e estabilidade. Você pode
mencionar outras razões para continuar confiando
em Deus e ser grato?

B. As promessas de Deus para os justos (vs. 1-2) II. Deus protege os justos (Salmo 125:3)

1. Descanso e estabilidade. "Aqueles que confiam A. Deus põe um fim à crueldade do opressor (v.
no Senhor são como o Monte Sião..." (v. 1). 3a)

2. Constante segurança. "Como as montanhas 1. Deus cuida muito bem do seu povo.
rodeiam Jerusalém, por isso o Senhor rodeia o seu Quando Faraó oprimiu os israelitas, eles gritaram e
povo tanto agora como para sempre". (v. 2). Deus ouviu o seu gemido. Ele desceu para libertá-
los e os conduziu à terra que manava leite e mel
(Êxodo 3:8). A igreja é o povo de Deus, "a coluna e
o fundamento da verdade" (1 Timóteo 3:15).
Portanto, o inimigo não tem poder sobre ela; Jesus
garantiu que "... Eu edificarei a minha igreja, e as
portas do Hades não a vencerão" (Mateus 16:18).
2. Deus liberta os justos de todo o perigo. "Enoque
andou fielmente com Deus; então não estava mais
porque Deus o levou" (Gênesis 5:24); Deus salvou
Noé do dilúvio (Gênesis 6:18); Ló foi salvo da
morte (2 Pedro 2:7); Deus disse a Moisés em tempo
de aflição: "A minha presença irá convosco e eu vos
darei descanso" (Êxodo 33:14-15); Davi foi
libertado da inveja e do ódio de Saul (1 Samuel
23:10-14); Daniel e seus amigos foram salvos da
morte (Daniel 3:27, 6:22). Paulo afirmou que
aqueles que amam a Deus têm a promessa de ser
mais do que vencedores através daquele que nos
amou, Jesus Cristo (Romanos 8:28,37).
Pergunta: Lembra-se de alguma situação difícil em
que se tenha encontrado? Partilhe como Deus o
libertou.
III. Deus enche os justos de boas coisas (Salmo
125:4-5)
A.A oração dos justos (v. 4)
"Senhor, trata com bondade os que fazem o bem, os
que têm coração íntegro" (v. 4). Na aliança de Deus
com Israel, a regra da bênção era para aqueles que
andam em comunhão com Ele e obedecem aos Seus
mandamentos (Deuteronómio 28:1).
Mas qual é o maior bem que as pessoas podem 32
receber? É a salvação. Isto é, "Emanuel" que
significa Deus connosco (Mateus 1:23) e em nós.
Jesus disse: "Sem mim nada podem fazer" (João
15:5). É a presença de Cristo que nos torna bons e
rectos e nos capacita a ter boas maneiras e acções.

B. O fim daqueles que abandonam o caminho

B. Ele protege os justos da tentação. (v. 3b)
Deus prometeu segurança, protecção, fornecimento
e bênção. Mas Ele também sabe que quando o
opressor e o governo corrupto dos ímpios são
prolongados, os piedosos são tentados a pecar
através da dúvida, rebelião, transgressão da lei de
Deus, e contestar ao Senhor. Portanto, os justos
precisam de viver em comunhão íntima com Deus
para permanecer firmes quando enfrentam
provações e pedem para serem fortalecidos como
Abraão (Gênesis 22:12), e vitoriosos diante de
tentações como José (Gênesis 39:21, 23, 50:20), ter
integridade como Jó (Jó 42:10) e triunfantes como
Jesus foi (Mateus 4:10-11). Deus prometeu manter
os justos. "... Deus é fiel; não vos deixará ser
tentados além do que podeis suportar" (1 Coríntios
10:13); Ele não deixará os justos cair para sempre,
mas os sustentará e os ajudará (Salmo 55:22).
recto (v. 5)
O salmista disse que aqueles que abandonassem o
dever de honrar a Deus seriam condenados. O
profeta Isaías lamentou: "Mas aqueles que se
voltam para caminhos tortuosos o Senhor infligirá o
castigo dado aos malfeitores" (v. 5). Isaías 3:11 diz:
"Ai dos iníquos! O desastre está sobre eles! Eles
serão recompensados pelo que suas mãos fizeram".
O salmista concluiu com uma oração: "Que a paz
esteja em Israel." Cristo é a nossa paz. Ele pôs fim
à opressão do pecado porque, quando éramos
fracos, Ele nos encontrou; quando éramos
pecadores, Ele morreu por nós; quando éramos
inimigos Dele, Ele nos reconciliou consigo mesmo
e nos salvou da sua ira (Romanos 5:6-10). Ele nos
deu liberdade, segurança e comunhão, e prometeu
estar conosco até o fim. A nossa confiança deve ser
depositada Nele.
Pergunta: Quantos benefícios você já recebeu
através da oração? Mencione alguns deles.

CONCLUSÃO

O Salmo 125 ensina-nos que Deus é Todo-Poderoso. E, o maravilhoso é que Ele usa Seu poder para nos proteger
constantemente porque Ele nos ama com amor eterno (Jeremias 31:3). Deus habita em nossos corações, e
também nos dá Sua protecção. Precisamos de renovar nossa confiança nele e reafirmar junto com o salmista
isso: "Aqueles que confiam no Senhor são como o Monte Sião..." (Salmo 125:1a).
 Primeiro Trimestre: Conhecendo os Salmos
Lição
LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
13
Passagem para o Estudo: Salmo 149; 150

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para usar as regras de louvor do Salmista hoje. "Aleluia! Cantem ao SENHOR uma nova canção,
louvem-no na assembleia dos fieis" Salmo 149:1

33
INTRODUÇÃO

O Salmo 149 e o Salmo 150 fazem parte do grupo de quatro Salmos (146-150) localizados no final do livro
de Salmos. Todos eles começam e terminam da mesma forma: "Aleluia", que significa "Louvado seja o
Senhor! Este grupo de Salmos forma um hino detalhado de louvor para o livro, e seu tema principal é o louvor
a Deus. São Salmos para o culto público, a serem cantados nas celebrações semanais (cultos) dos crentes.
Esta forma de começar e terminar os Salmos dá-nos a idéia do tom festivo que eles sugerem quando são
cantados. Além de exaltar a Deus, estes textos fornecem razões específicas para louvá-Lo. Eles sugerem
formas de expressar a adoração a Deus, o uso de instrumentos musicais, e falam sobre os lugares onde
louvamos a Deus.
Estes dois Salmos apontam para o louvor como parte da habitual celebração semanal na vida dos crentes da
época. Enquanto no Salmo 149, o louvor é encorajado em toda parte com alegria e expressões de alegria, o
Salmo 150 lida mais com os instrumentos musicais que eram usados naquela época.

I. Louvai a Deus todo o seu povo (Salmo 149)
O Salmo 149 pede primeiro que o louvor tenha
lugar na congregação dos santos, e que este louvor
seja um novo cântico (v.1). Isto é interessante
porque, como já mencionamos, é um salmo para
culto público, a ser cantado em celebrações pelos
crentes. Assumimos, então, que foi cantado muitas
vezes. Então, o que significa “novo” (v. 1a)?
Embora possa se referir a canções novas, aqui, o uso
parece sugerir expressões de sentimentos e emoções
novas e frescas.
A segunda parte do Salmo 149:1 diz: "... o seu
louvor na assembleia dos fies". Entendemos que
o centro do louvor é Deus, e a expressão, ‘seu
louvor', indica que o foco da celebração é o
próprio Deus. Há várias formas sutis de mudar o
foco do louvor e da adoração em nossos cultos.
Quando esta actividade deixa de ser uma tarefa
pastoral (um ministério) e se torna uma exibição de
talento musical, então o louvor pára de fazer parte
do discurso entre Deus e Sua congregação. Torna-
se assim o centro da celebração. Em algumas
ocasiões, é possível que o louvor se transforme em
um mini- concerto onde há actores e espectadores,
perturbando o culto comunitário.
O louvor neste Salmo identifica uma congregação
que está empenhada na guerra e obedece fielmente
à vontade de Deus. Da mesma forma, o facto de que
neste Salmo o louvor está ligado à vingança e ao
julgamento é totalmente incomum. Como seres
emotivos, precisamos de 'sentir' a presença de Deus.
Entretanto, o que confirma o nosso relacionamento
com Deus é como agimos dia após dia.
Pergunta: Em que sentido deve ser uma nova
canção de louvor?
II. Louvai a Deus pelo que Ele é e faz (Salmo
150:1-2)
O salmista aqui destaca três qualidades de Deus, e
por isso encorajou aqueles que beneficiam a louvar
a Deus. Ele fez isso com três frases cheias de
emoção: "... louvem-no em seu magnífico
firmamento. Louvem-no por seus actos de poder;
louvem-no por sua grandeza suprema...". (vv. 1-2).
É impossível ler esta parte final do hino de louvor
de forma suave. Ele comunica fortes sentimentos de
alegria, gratidão e devoção. O Salmo 150 encoraja-
nos a louvar a Deus pelo que Ele tem feito, pelo que
Ele continua a fazer e pelo que Ele é. Nós, que
fazemos parte da grande família de Deus,
celebramos o que Ele faz por nós, e o que significa
para cada um e para as pessoas das quais fazemos
parte.
Pergunta: Tal como o povo judeu celebrava a sua
história, o que celebramos?
III. Louvai a Deus com cada instrumento (Salmo
150:3-5)
Nesta secção, em vez de comentar os instrumentos
musicais, vamos falar de música, lembrando que o
louvor geralmente se refere à expressão cantada do
culto. A música une os crentes. Toda adoração é
dirigida a Deus e é uma celebração de toda a
congregação. Todas as pessoas se reúnem para
cantar a Deus, além dos instrumentos musicais. A
música espalha crenças evangélicas. Jesus está
presente em louvor quando crenças como
"compartilhar", "viver em comunidade" e "servir"
são decretadas.
Nos Salmos 149 e 150, somos encorajados a nos
unirmos ao louvor a Deus como congregação no
santuário (v. 1a), usando todos os instrumentos da
banda do templo.
Há três tipos de instrumentos mencionados no
Salmo 150: trombetas (sopro), harpas (corda) e
címbalos (golpe). Os do sopro mencionados eram:
a trombeta ou chifre também chamada de chifre de
carneiro em Josué 6:4. Este era um instrumento
usado para dar sinais e não para tocar melodias.
Os instrumentos de cordas eram os seguintes. O
saltério era um tipo de harpa. Era um pequeno
instrumento de 8 ou 10 cordas feito de tripa de
cordeiro, provavelmente como o que Davi usou
para confortar o rei Saul.
Os instrumentos de bater foram os seguintes:
batuques, que podem muito bem assemelhar-se ao
batuque actual. Os instrumentos mencionados neste
34
Salmo são os que compõem a banda do templo.
Havia outros instrumentos musicais usados em
festas públicas e celebrações privadas que não eram
permitidos no templo.
A Igreja do Nazareno ao redor do mundo tem idade
suficiente para refletir, dar opiniões e decidir sobre
as formas de louvor que melhor enriquecem a
comunicação entre o povo e Deus na celebração do
culto semanal. Nossas culturas são temperadas com
muitas contribuições, assim como a forma
particular de entender as Escrituras do povo
nazareno. Nossas identidades culturais modificam a
forma do culto, a duração das celebrações, os
instrumentos musicais que usamos, as melodias e os
ritmos que nos são mais expressivos, incluindo a
nossa postura física, entre outras qualidades.
Vivemos momentos de memórias, de espanto e de
profundo respeito; e ao mesmo tempo, o medo
respeitoso misturado com a alegria natural que
surge de uma relação viva e enérgica com o nosso
Deus.
Pergunta: Liste três instrumentos que foram usados
na banda do templo na época em que o Salmo 150
foi escrito. Qual é o papel da música no culto
público?

CONCLUSÃO

Estes dois últimos Salmos 'aleluia' servem como ponte entre o louvor no tempo do Salmista e os caminhos do
louvor de hoje. Da mesma forma, as crenças que nos identificam são mostradas no conteúdo do louvor, palavras
de cânticos, oração, pregação e ofertas. Nosso culto e louvor é o veículo que descreve e expressa as verdades
que cremos. Não se trata de imitar expressões rituais, ou seguir a moda online. Precisamos adorar pensando nas
palavras que cantamos, e expressando juntos o nosso louvor a Deus.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição
O POVO DE DEUS É UM POVO COMPASSIVO
14 Passagem para o Estudo: Mateus 9:36; 14:14-21; 22:37-39 25:34-45; Lucas
14:13; João 14:12

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que Jesus nos ordena a demonstrar "Quando viu as multidões, teve compaixão delas,
35
compaixão, a vivê-la e a aplicá-la todos os dias porque estavam aflitas e desamparadas, como
em qualquer situação em que nos encontremos. ovelhas sem pastor" Mateus 9:36.

INTRODUÇÃO

Comece a aula pedindo aos participantes para citar exemplos ou compartilhar testemunhos de acções de
compaixão que podem ocorrer em diferentes áreas da vida, como escola, serviço e igreja. Depois, com base
nos exemplos mencionados, desenvolva uma definição de compaixão juntamente com os participantes,
e escreva-a. Conclua a actividade explicando que enquanto entendemos a compaixão como aquele sentimento
de identificação com o sofrimento de nossos vizinhos e de encontrar acções que podemos realizar para aliviar
ou parar seu sofrimento, podemos obter uma compreensão mais completa do significado desta palavra através
das Escrituras, especialmente, através da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo.
A compaixão cristã é apresentada como um mandamento de Deus para que, movidos pelo Seu amor, os
crentes sejam levados a realizar acções de unidade em favor daqueles que sofrem. Ao contrário daquelas
realizadas por grupos de caridade e organizações não governamentais dedicadas a ajudar os outros, as
acções de compaixão cristã resultam do trabalho de Deus em nossas vidas, e são expressas, não apenas como
acções visíveis de amor ao próximo, mas como um estilo de vida. Nesta lição, a compaixão será discutida do
ponto de vista da Bíblia, olhando para os ensinamentos, a vida e a obra do nosso Senhor Jesus Cristo.

I. A compaixão é um comando enfermidades do povo (Mateus 4:23). Jesus viu as

necessidades das pessoas e colocou uma grande
A Bíblia indica que não é possível servir a Deus
ênfase na importância de considerar a compaixão
enquanto se ignora as necessidades dos outros. Esta
como uma resposta ao grande mandamento de
é uma ordem que o Senhor faz ao Seu povo, e que
Deus: "Jesus respondeu: 'Ame ao Senhor o seu
está registada em diferentes passagens da lei que
Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de
Ele deu a Israel. Por exemplo, em Deuteronómio
toda a sua...mente. Este é o primeiro e maior
24:20-21, Deus disse: "Quando sacudirem as
mandamento. E o segundo é como ele: "Ama o seu
azeitonas das tuas árvores, não voltem para colher o
próximo como a si mesmo" (Mateus 22:37-39).
que ficar nos ramos. Deixem o que restar para o
Deste modo, Jesus é o fundamento da compaixão
estrangeiro, o órfão de pai e a viúva. Quando
cristã. E, a nossa responsabilidade social faz parte
colheres as uvas na tua vinha, não voltes a passar
do nosso relacionamento com Deus, cuidando
por ela. Deixa o que sobrar para o estrangeiro, o
especialmente daqueles que mais sofrem. Assim, a
órfão de pai e a viúva."
compaixão não é uma opção para os cristãos, mas é
É em Jesus que esta ordem de compaixão pode ser um dos mandamentos de Deus, visto em Cristo e
vista na Sua vida e ensinamentos. Ele considerava ensinado por Ele. Todo discípulo precisa
as pessoas de uma forma inteira e completa:
pregando, ensinando e curando todas as doenças e
demonstrar compaixão com alegria e em santa
obediência.
A vida de compaixão, como resposta à ordem de
Jesus, é uma vida movida pelo amor que é provada
por acções que levam o amor ao próximo como sua
prioridade. O amor cristão permite aos crentes
compartilhar o que têm com os pobres, os
deficientes, os coxos e os cegos (Lucas 14:13). Este
é o vínculo que nos une no amor Cristão.
Pergunta: Por que afirmamos que a compaixão não
é uma opção para o cristão?
II. Compaixão é amor em acção
A compaixão de Jesus refletiu-se em acções de
compaixão visíveis. (Mateus 14:14) O Senhor
suspendeu Sua agenda e curou os doentes que
estavam no grupo que O esperava perto do mar.
Essa acção compassiva de Jesus, motivada pelo
amor, aconteceu novamente ao anoitecer quando
ele alimentou a multidão (Mateus 14:15-21). Em
muitas ocasiões, podemos sentir que não temos
todos os meios que gostaríamos de ter para agir com
compaixão, e é aqui que a fé se torna mais óbvia.
Lembre-se que a alimentação dos 5.000 foi feita
com apenas cinco pães e dois peixes (Mateus
14:19).
Os ensinamentos de Cristo podem ser vistos através
de nós quando ajudamos nossos vizinhos e nos
envolvemos de tal forma que podemos servi-lo com
amor e alegria.
Pergunta: Como é que Jesus expressou o seu
carácter compassivo?
III. A compaixão é um modo de vida
A compaixão é um estilo de vida que prova o fruto
do modo de vida compassivo do Espírito Santo, que
é infalível e é apoiado pelas Escrituras. Por outro
lado, precisamos ser claros de que a compaixão é
muito mais do que as acções compassivas dos
crentes. A compaixão reflete que Cristo vive em
nossas vidas e nos leva a fazer as coisas que Ele fez
(João 14:12).
É importante que aqueles que querem se envolver
no trabalho com as necessidades que as exigências
sociais de hoje colocam, tenham em mente que as
acções de compaixão devem ser entendidas dentro
do quadro das acções da vida santa. É preciso
reconhecer que o amor cristão, expresso na 36
compaixão, não espera nada em troca, que é um
valor contrário ao que prevalece em muitas das
nossas sociedades actuais. No entanto, recebemos
nossa recompensa do próprio Cristo porque Ele nos
vê como servimos com alegria e plenitude aqueles
que são invisíveis num mundo marginalizado
(Mateus 25:34-45).
Adicionado ao envolvimento do crente nos
ministérios de compaixão realizados pela
congregação, ou em acções sociais realizadas como
membros de uma comunidade, será na esfera de
uma vida diária onde seremos capazes de pôr em
prática mais rapidamente o carácter compassivo de
Cristo em Mateus 9:36 onde lemos: "Quando viu as
multidões, teve compaixão delas, porque estavam
aflitas e indefesas, como ovelhas sem pastor." O
amor por aqueles que sofrem nos fará comprometer-
nos a ajudar pessoas que nunca teríamos pensado
em cuidar. Serviremos também os mais fracos e os
mais desfavorecidos. Isto faremos em lugares que,
talvez, nunca teríamos visitado se não fosse por
termos decidido permitir que o carácter compassivo
de Cristo fosse cada vez mais formado em nós.
Pergunta: O que significa ter um estilo de vida
compassivo?

CONCLUSÃO
As pessoas frequentemente têm percepções diferentes sobre o significado da compaixão, confundindo-a até
mesmo com caridade. Mas os crentes têm uma descrição clara do seu significado e da forma de o levar a cabo
nas Escrituras, especialmente através dos ensinamentos e da obra de Jesus Cristo. Assim, para a igreja, a
compaixão não é uma opção, mas a resposta ao mandamento de Deus que se torna clara num estilo de vida que
mostra o carácter santo de Jesus enquanto agimos abnegadamente para aqueles que precisam em meio a grandes
desafios sociais. Agir com compaixão em todas as esferas de nossas vidas requer ver as pessoas como Cristo as
vê, e tomar medidas para mudar sua desagradável realidade.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição O POVO DE DEUS É CHAMADO A TREINAR OS

15 OUTROS
Passagem de estudo: Deuteronómio 6:4-9; Mateus 28:18-20; 2 Coríntios, 3:18;
Efésios 4:11-16

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a importância da educação na "...para equipar o seu povo para a obra de ministério, 37
igreja como um instrumento para o cumprimento para que o corpo de Cristo seja edificado” Efésios
da missão de Deus. 4:12.

INTRODUÇÃO

Quando pensamos no papel que a educação desempenha entre os membros da igreja, muitas perguntas podem
surgir como: O que torna a educação cristã diferente? Qual é a base da nossa tarefa na educação? E qual é o
propósito do povo de Deus sendo formado? Estas são perguntas- chave para a nossa lição de hoje. A primeira
está relacionada com a natureza da educação cristã; a segunda, com a sua fundação; e a terceira, com a razão
de existir, o seu propósito.

I. A natureza da educação Cristã: um processo Pergunta: Como a educação cristã é diferente de

de formação do povo de Deus (Efésios 4:12-16)
De acordo com as Escrituras, a educação cristã é um
processo diferente de qualquer outro, por várias
razões muito importantes:
A. É um processo que se concentra na importância
da pessoa que está sendo formada, e não apenas na
mente. A pessoa inteira está incluída (Lucas 2:52).
B. O aluno não é um objecto no processo educativo,
mas um sujeito que participa activamente dele.
Baseado na Bíblia, nós aceitamos que as pessoas
foram criadas à imagem de Deus (Imago Dei)
(Gênesis 1:27), e como tal, têm em si a capacidade
de refletir, aprender e entender como seres
pensantes.
C. O período de treinamento não é uma etapa da
vida da pessoa com um fim. Pelo contrário, é um
processo de vida no desenvolvimento contínuo do
ser preparados para os desafios da vida cristã, e na
busca da plenitude em Cristo (Efésios 4:13,15).
outros tipos de educação? Por favor, preencha o
seguinte quadro comparativo.
Educação Cristã Outros tipos de Educação
II. A Palavra de Deus é o fundamento para a
educação cristã (Deuteronômio 6:4-9; Actos
2:42; 2
Coríntios 3:18)
As Escrituras mostram-nos que Deus é
basicamente, o grande Mestre que está
profundamente interessado em formar o Seu
povo. Ele se fez conhecido e, como sinal do Seu
mais alto desejo de se identificar com Sua criação,
Ele se fez homem na pessoa de Jesus Cristo (Gálatas
4:4; Hebreus 1:1-2). Nós não poderíamos conhecê-
lo se Ele não se tivesse revelado a nós. A intenção
de Deus de ensinar é um elo comum que percorre as
Escrituras.
A. No Pentateuco
No modelo de educação concebido pelo próprio
Deus, o papel do pai hebreu foi fundamental para a
educação de seus filhos. Essa responsabilidade se
baseava na passagem do Shema, que é a oração
mais importante no judaísmo (Deuteronômio 6:4-
9). De acordo com as Escrituras, o método de
moldar o povo de Deus começa dentro da família e
é transmitido de geração em geração. Esse tem sido
o segredo da sobrevivência do povo de Deus através
dos séculos, e certamente é um bom conselho para
a igreja de hoje.
B. Nos livros históricos e proféticos
Os livros Históricos estão cheios de histórias
maravilhosas que nos mostram o carácter,
fidelidade, amor, perdão, poder e misericórdia de
Deus. Destaques da acção de Deus no passado se
tornam uma etiqueta, a identidade do Seu povo. Nos
livros dos profetas, o próprio Deus, através de Seus
porta-vozes directos, os profetas, falou a situações
reais na vida do povo de Israel, a fim de oferecer-
lhes instrução, advertência, julgamento e
misericórdia.
C. Nos Evangelhos
Quando estudamos o Novo Testamento, é essencial
reconhecer que o maior sinal da intenção de Deus
no ensino foi dado quando Deus se tornou homem
através de Jesus Cristo. Através deste evento, Jesus,
o Filho de Deus, identificou-se com a raça humana,
mostrando-se e compartilhando não só os Seus
ensinamentos, mas também a Sua própria vida. O
Senhor lhe disse: "... Aquele que me viu, viu o
Pai..." (João 14:9).
D. No Livro de Actos
A igreja primitiva tinha o ensino como um dos seus
principais ministérios. A passagem em Actos 2:42,
CONCLUSÃO
Toda Escritura dá evidência de um Deus ensinador que procura ensinar e treinar Seu povo a viver em plenitude
de vida. Desde a criação e para esse fim, Ele se revelou e se fez conhecido de muitas maneiras. Mas no facto de
Jesus se tornar homem, esse propósito de Deus deixou-nos com a maior lição de história. Moldar o povo de
Deus é uma tarefa dada à igreja, que deve ser entendida como um processo que procura afectar todas as áreas
da vida de uma pessoa e continua durante toda a vida de um crente.
referindo-se a essa prática na vida dos primeiros
cristãos, diz: "E eles se dedicavam ao ensino
dos apóstolos...". Esse ensino não se referia à
instrução sobre um corpo de crenças necessárias
para se tornar membro da igreja, mas à transmissão
dos ensinamentos básicos de Jesus duma forma
oral.
E.Nas Epístolas
As Epístolas são um claro exemplo da extensão da
acção educativa de Deus sobre Sua jovem igreja no
cenário do primeiro século. Especialmente nos
38
livros de Paulo, a importância da formação do
crente está sempre presente. Para Paulo, a demanda
de Deus pela vida do cristão era ser aperfeiçoado à
medida de Jesus Cristo (Efésios 4:11-16; Filipenses
1:6; Colossenses 1:28-29). Assim, os crentes são
chamados a ensinar e treinar os outros de acordo
com a Palavra de Deus.
Como fundamento para a educação cristã, a Palavra
de Deus revela Deus como o Mestre e provê
conteúdo e propósito.
Pergunta:
Que papel desempenha a Escritura na formação do
povo de Deus?
III. O propósito de ser formado como cristão no
cumprimento da missão de Deus (Mateus 28:18-20)
A tarefa de formar crentes é uma tarefa prioritária
para a igreja porque, como guardiã da fé, ela é
responsável por dar continuidade à proclamação da
mensagem do Evangelho. Ela deve ser fiel à
Comissão final do Senhor Jesus (Mateus 28:18-20).
É possível afirmar que tanto para Jesus como para
os apóstolos, ficou claro que o ministério de formar
os outros não era um fim em si mesmo, mas um
meio de alcançar os outros com a mensagem do
Reino.
Pergunta: Como a missão de Deus está relacionada
com o ensino das verdades da Bíblia?
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS É TESTEMUNHA
16
Passagem para o Estudo: João 9:35-41; Romanos 10:12-15

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Valorizar o profundo significado que nosso "Porque não tenho vergonha do evangelho, porque é o
testemunho tem para Deus e Sua igreja. poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..."
Romanos 1:16.
39
INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos por que, quando cremos e nos tornamos verdadeiros seguidores do Senhor, devemos
testificar e proclamar o evangelho a todas as pessoas para a glória de Deus e o cumprimento do Reino. O
Senhor Jesus Cristo fez esse mandamento específico: "Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações..."
(Mateus28:19); ao que ele acrescentou:"... e sereis minhas testemunhas...". (Actos 1:8).
Em sua carta aos Romanos, o apóstolo Paulo fez uma declaração que deveria inspirar e motivar todo crente a
aderir a esta grande tarefa: "Porque não há diferença entre judeu e gentio - o mesmo Senhor é Senhor de todos
e abençoa ricamente a todos os que o invocam... Como, então, eles podem invocar aquele em quem não
acreditaram? E como podem eles acreditar naquele em quem não ouviram? E como podem eles ouvir sem
que alguém lhes pregue"? (Romanos 10:12,14).
A tarefa é testemunhar, anunciar a Boa Nova da salvação. O evangelho, em seu coração, é "... o mistério
escondido por longos séculos, mas agora revelado e tornado conhecido através dos escritos proféticos
por ordem do Deus eterno, para que todos os gentios possam chegar à obediência que vem da fé...".
(Romanos 16:25b-26). Esse mistério que deve ser revelado é a Boa Nova sobre a vida, morte e ressurreição
de Jesus Cristo. Nós temos acesso ao perdão de Deus, recebendo a salvação pela graça e pela fé. Nesta lição,
estudaremos como proclamar as Boas Novas da salvação a partir da perspectiva da Bíblia.

I. Um povo que partilha o seu testemunho para Seguir a Jesus não é uma fórmula mágica para
a glória de Deus... resolver o problema da própria vida. Ao contrário,
as pessoas devem ser ajudadas a perceber que são
Partilhar o nosso testemunho para a glória de Deus
pecadoras. Elas pecaram contra Deus (Romanos
deve ser a principal motivação. Não é sobre nós,
3:23, 6:23a). No entanto, devemos ter cuidado com
mas o Senhor. Os crentes precisam de compartilhar
o outro extremo de nos concentrarmos apenas nas
a maravilhosa notícia de que Deus quer perdoar os
questões negativas. Estes podem incluir
pecadores e caminhar com eles nesta busca e nova
dificuldades e não o fazem do jeito cristão porque
vida em Cristo quando eles crêem. Testemunhar
isto pode desencorajar uma pessoa. O sábio e
não se trata de oferecer paz, alegria, saúde, ou
equilibrado é ensinar que, à luz da lei de Deus, a
prosperidade (embora estas coisas possam seguir-
desobediência é pecado, mas o importante é que
se). A mensagem de salvação não é sobre o nosso
Cristo veio para salvar o pecador (Lucas 19:10).
bem-estar na carne, mas sobre o propósito eterno de
Deus (Efésios 3:11). Oferecer uma promessa de uma vida melhor como
um benefício para os convertidos deve ser de
Quando testemunhamos, nossa motivação não deve
importância secundária para a grande motivação de
envolver fazer promessas de remédios rápidos que
glorificar a Deus por Sua graça e provisão em
resolverão suas vidas quando se tornarem cristãos.
Cristo. Ser cristão é ter um relacionamento com
Cristo. Pela Sua graça, somos salvos dos pecados
para termos comunhão com Ele.
Pergunta: Que atitude o crente deve evitar ao
testemunhar? Explique.
II. Um povo que usa a Bíblia para testemunhar
A Bíblia indica-nos o padrão de uma conversão
genuína: "Portanto, se alguém está em Cristo, a
nova criatura é. As coisas antigas já passaram; eis
que surgiram coisas novas!" (2 Coríntios 5:17)
A promessa do Senhor é a seguinte: "Assim como a
chuva e a neve descem do céu, e não voltam para
eles sem regar a terra e fazê-la brotar e florescer,
para que produza semente para o semeador e pão
para o que come, assim é a minha palavra que sai da
minha boca: Não voltará para mim vazia, mas
realizará o que eu desejo e alcançará o propósito
para o qual a enviei" (Isaías 55:10-11).
Isto nos ajuda a ver que é bom usar a Escritura ao
testemunhar a uma pessoa, porque é isso que o
Espírito Santo usa para convencer o ouvinte do
pecado. Romanos 10:17 apoia isso:
"Consequentemente, a fé vem por ouvir a
mensagem, e a mensagem é ouvida através da
palavra sobre Cristo." Portanto, devemos conhecer
as Escrituras para sermos testemunhas eficazes. Por
outro lado, o nosso testemunho é bom porque
descreve como as nossas vidas mudaram e como
recebemos a paz e o conforto do Senhor em tempos
difíceis, etc. Através das nossas experiências, Deus
pode tocar os corações e salvar os pecadores.
Portanto, precisamos de compartilhar o que a Bíblia
ensina sobre Cristo (Suas promessas, mandamentos
e advertências), e o que Ele tem feito em nossas
vidas. Cristo é o único caminho, a verdade e a vida
e ninguém vem ao Pai a não ser por Ele. (João 14:6).
CONCLUSÃO
Todos nós devemos testemunhar de Deus falando sobre Cristo, usando a Palavra, firmemente fundamentados
em nossa experiência pessoal com o Salvador, e vivendo uma vida de santidade para a glória de Deus e o
benefício de sua igreja.
Pergunta: O que é essencial para saber e usar
quando partilhar o seu testemunho? Explique.
III. Um povo que reconhece que a salvação vem
de Deus.
Quem deseja obedecer a Deus, testemunhando
eficazmente, deve ter uma experiência pessoal com
Cristo, ser um cristão fiel e ser um bom modelo para
a pessoa a quem está a tentar chegar. Paulo disse:
"Em tudo lhes dê o exemplo, fazendo o que é bom.
Em seu ensinamento mostre integridade, seriedade 40
e solidez de discurso"...". (Tito 2:7-8a). Um cristão
que é testemunha deve ter experimentado
pessoalmente a transformação que quer proclamar:
"Anteriormente nós também vivemos como eles,
gratificando os desejos da nossa carne e seguindo os
seus desejos e pensamentos. Como os demais, nós
éramos por natureza merecedores da ira. Mas por
causa do seu grande amor por nós, Deus, que é rico
em misericórdia, nos fez vivos com Cristo mesmo
quando estávamos mortos em transgressões - é pela
graça que vocês são salvos. E Deus nos ressuscitou
com Cristo e nos assentou com Ele nos reinos
celestiais em Cristo Jesus ...”. (Efésios 2:3-6).
Uma boa reputação é necessária para apoiar o nosso
testemunho. Mas em si mesma, a reputação sem o
conhecimento pessoal do Salvador não é mais do
que mero orgulho pessoal. Somente quando nós,
como testemunhas, encontramos Cristo, seremos
capazes de testificar eficazmente, falando a outros
de Jesus Cristo como nosso Salvador.
Pergunta: O que você diria àqueles crentes que
pensam que podem mudar o coração de uma pessoa
sozinhos? Explique.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição O POVO DE DEUS PARTILHA UMA HERANÇA

17 SOCIAL
Passagem para o Estudo: Mateus 7:12; 25:35-46; Lucas 4:18; Efésios 6:9;
Hebreus 13:3

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Conhecer a nossa herança bíblica e Wesleyana
que enfatiza a compaixão social e como ela pode
ser aplicada ao actual contexto ministerial.
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me 41
ungiu para pregar boas novas aos pobres". Ele me enviou
para proclamar liberdade para os presos e recuperação da
visão para os cegos, para libertar os oprimidos" Lucas
4:18.

INTRODUÇÃO

João Wesley foi criado numa casa cristã onde recebeu muitas instruções da sua mãe. Ele se tornou um símbolo
do renascimento do século 18 na Inglaterra. Sua vida de zelo no Espírito, seu apego às Sagradas Escrituras e
sua paixão pela missão de Deus têm sido referidos ao longo da história do cristianismo.
Sua vida de viagem para pregar em diferentes partes das Ilhas Britânicas, e os grandes volumes que escreveu
sobre doutrina e teologia, influenciaram partes da sociedade do mundo em que ele viveu. Ele lidou com os
problemas existentes na sociedade de seu tempo, não apenas questionando-os, mas também criando diferentes
soluções de maneira visível.
Seguindo o exemplo de Cristo, a teologia de Wesley era prática e orientada para a missão. Lidar com
diferentes problemas da sociedade era o foco da sua vida. A lei do amor era forte na teologia e acção de
Wesley. Assim, no prefácio do primeiro Hinário Metodista publicado em 1739, Wesley escreveu: "O
evangelho de Cristo não conhece nenhuma religião que não seja social, nenhuma santidade que não seja
social". Nós temos este mandato de Cristo, aquele que ama a Deus também ama o seu irmão".

I. Cuidando dos pobres (Lucas 4:18a) graça" (modos como Deus ajuda as pessoas a
crescerem como cristãos) para quem dá. Ele insistiu
O ponto de vista de Wesley sobre o cuidado com os
fortemente que seus seguidores só poderiam se
pobres nasceu do exemplo de Jesus, assim como das
chamar cristãos se estivessem envolvidos em tais
regras dadas por Deus nas Escrituras. Jesus foi claro
actividades".
em Sua declaração da missão: "...porque me ungiu
para trazer boas novas aos pobres" (Lucas 4:18a). A Igreja do Nazareno tem dado muita importância
Os pobres, para Deus, sempre foram o alvo da sua ao cuidado dos pobres e isto é declarado
missão para toda a pessoa. oficialmente no parágrafo 917 do Manual 2017-
2021 (pp. 317-318). Seria muito útil ler este
No ministério terreno do Senhor Jesus, duas
parágrafo na aula. Da mesma forma, se você achar
qualidades eram muito notáveis: a sua atitude para
apropriado, pode pedir exemplos de maneiras
com os pobres, e a ordem que Ele deu em nome
práticas que a igreja, como organização, ou alguns
deles (Mateus 11:5; 19:21). Estes ensinamentos do
dos participantes, tenham cuidado dos pobres. Isto
Mestre influenciaram a igreja primitiva e os escritos
pode servir como motivação para todos.
dos apóstolos (Gálatas 2:10; Tiago 2)
Pergunta: Como você acha que a nossa
Wesley referiu-se à responsabilidade de cuidar dos
responsabilidade para com os pobres deve estar
"pobres" na sociedade como um "meio especial da
focada hoje?
 Pergunta: Qual é a sua opinião sobre a escravatura
que existe hoje em dia? Qual você acha que deveria
II. Libertando os escravos (Mateus 7:12; Efésios
ser a posição da igreja?
6:9)
A escravatura tem sido praticada há milhares de
anos. Os escravos constituíam um sector fraco e III. Os prisioneiros (Mateus 25:35-46; Hebreus
indefeso da sociedade e, portanto, eram expostos a 13:3)
muitos sofrimentos. O apóstolo Paulo foi o que mais
O escritor de Hebreus escreveu muitos conselhos
falou sobre escravidão, e em sua carta a Filemon,
para a igreja, incluindo Hebreus 13:3. Aqui, ele se
ele tratou das relações escravo-mestre. Este
referiu à responsabilidade que temos para com os
apóstolo ordenou que os escravos convertidos ao
prisioneiros. Esta é a ordem de Deus que nos obriga
cristianismo respeitassem seus senhores para
a servi-los, como faríamos por nós mesmos. Não se
manter o bom testemunho diante de Deus e diante
trata apenas de fazer algo ou completar algum
do mundo. Respeitá-los ainda mais se os seus
plano, mas deve ser motivado por um amor 42
senhores fossem crentes (1 Timóteo 6:1-2).
profundo.
No século XVIII na Inglaterra, durante o tempo de
Jesus já havia falado sobre acções contra os
João Wesley, o tratamento dos escravos era muito
prisioneiros em Mateus 25:36-40. Para focalizar
cruel, o que o motivou a lidar com o assunto com
mais profundamente no assunto, o Senhor advertiu
um grande esforço. Ele criticou abertamente o
que aquele que cuida dos prisioneiros, sejam eles
tráfico de escravos e apoiou a campanha que
quem forem, estão cuidando dEle (v. 40). Estas
eventualmente levaria ao fim da escravidão. Uma
palavras do Mestre foram o padrão para os
teologia encontrada na Bíblia baseada no amor ao
apóstolos, a igreja primitiva, e o ministério da igreja
próximo delineou o caminho para João Wesley e
através de todos os séculos.
outros amigos como Wilberforce trabalharem
incansavelmente para que a escravidão termine. Wesley era incansável na sua tarefa de ajudar
os prisioneiros. Todas as igrejas que se apegam
A posição da igreja hoje deve ser focalizada em três
aos ensinamentos de Wesley precisam de assumir a
acções específicas sobre a escravidão:
responsabilidade de cuidar dos prisioneiros com
1) Oposição a qualquer forma de escravidão base no que o Novo Testamento nos diz, assim
humana: Por meio dos ensinamentos da Bíblia, como o exemplo de Wesley.
precisamos de promover uma mentalidade focada
Se houver necessidade e os prisioneiros não tiverem
na liberdade que cada um de nós tem em si. 2) As
atenção e estiverem a sofrer, temos de responder.
relações, sejam elas maritais ou não, podem ser
Talvez haja alguém que tenha um membro da
exemplos modernos de escravidão quando em
família na prisão. Encontre uma maneira de ajudá-
muitos casos há a sensação de que um é propriedade
los, sempre motivados pelo amor de Cristo em sua
de outro. 3) Precisamos de ajudar as pessoas de hoje
vida.
que vivem na escravidão moderna. A igreja deve
encontrar maneiras de ajudar as pessoas que, devido O que se experimenta na prisão é muito difícil. Os
à sua posição económica, tiveram que se vender prisioneiros, assim como as suas famílias, precisam
como escravos. de cristãos que se apegam aos ensinamentos de
Wesley e que estejam dispostos a mostrar o amor de
Se você achar adequado, pergunte aos participantes
Jesus e, assim, ajudem a aliviar as dores físicas e
como a escravidão moderna se manifesta no país
espirituais que eles experimentam lá.
onde vivem.
Pergunta: O que disse Jesus sobre a nossa
responsabilidade para com os prisioneiros? O que a
igreja e os crentes podem fazer pelos prisioneiros?

CONCLUSÃO

As sociedades de hoje precisam de cristãos que defendam a vida de Jesus e que mostrem o seu amor neste
mundo. Os crentes são necessários para passar tempo cuidando dos pobres, dos escravos modernos e dos
prisioneiros, assim como John Wesley. Ele era um homem comum na Inglaterra do século XVIII, que não era
limitado por um edifício da igreja, um país, uma sociedade, uma família, bem-estar ou estruturas, para trabalhar
em favor dos necessitados, e conseguiu mudanças na sociedade que foram de longo alcance e deixaram uma
marca na história.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS E GOVERNOS CIVIS
18
Passagem para o Estudo: Romanos 13:1-8; 1 Timóteo 2:1-2; 1 Pedro 2:13-14

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para compreender o papel "Que todos estejam sujeitos às autoridades governantes, pois não há
profético do povo de Deus no autoridade a não ser a que Deus estabeleceu". As autoridades que
contexto político em que vive existem foram estabelecidas por Deus" Romanos 13:1.
43

INTRODUÇÃO

A igreja e o estado são duas organizações estabelecidas por Deus. A cada uma delas foi dada uma função a
cumprir, e nenhuma deve assumir a área de autoridade da outra, porque quando isso acontece, a confusão é
inevitável. A missão da igreja é pregar o evangelho do reino de Deus, e a responsabilidade do Estado é ordenar
a sociedade, proteger a vida, garantir a segurança de seus cidadãos, proteger a propriedade e supervisionar a
justiça.
Embora seja verdade que a igreja, como organização, não deve estar envolvida em partidos políticos, os
crentes (como bons e melhores cidadãos) devem estar envolvidos. Eles devem assegurar que os melhores
líderes sejam escolhidos, que as melhores leis sejam promulgadas e que elas sejam usadas de forma justa. Não
devemos ignorar o bom testemunho de líderes piedosos como José no Egipto, Daniel na Babilónia e a Rainha
Ester na Pérsia. Eles fizeram coisas espirituais, que influenciaram muito a economia, a sociedade, a política e
a vida moral dos povos pagãos. Devemos também considerar que Deus pode usar homens e mulheres
plenamente comprometidos com Ele como instrumentos úteis para a sua glória.

I. O governo civil foi fundado por Deus
A. Deus estabeleceu um governo terrestre
O evangelho do Reino dos Céus não está manchado
com nenhuma das paixões da política terrena. Ao
contrário, ele reconhece a Jesus como o Rei dos reis
e Senhor dos senhores; isto é, Ele ocupa o trono da
mais alta autoridade. Portanto, os governantes,
desde um rei, um presidente de uma república,
legisladores, magistrados, policiais, militares e um
prefeito de uma cidade, são autoridades que
cumprem funções dadas por Deus. Todos eles
cumprem funções estabelecidas por Deus, a quem
finalmente terão que prestar contas.
B. As autoridades do governo civil são servas de
Deus.
O magistrado civil tem o poder da espada (força). O
Estado está autorizado a usar a força para garantir a
justiça e proteger a ordem interna e as fronteiras do
país. As autoridades civis governam por lei,
impondo-a por fortes meios legais.
C. As leis são todas justas?
Os cristãos são chamados a ser modelos de
obediência civil sempre que possível. Honramos a
Cristo orando por aqueles que têm autoridade sobre
nós, submetendo-nos e sendo obedientes às suas leis
(Romanos 13:1, 5; 1 Timóteo 2:1-2;). Devemos
obedecer aos magistrados desde que eles não nos
ordenem a fazer algo contrário ao que Deus ordena
ou proíbe (Actos 5:29). Em ambos os casos, nós
temos que discernir e escolher quando obedecer e
quando desobedecer às autoridades mesmo quando
se vive sob o controle de governos. Alguns
exemplos de desobediência civil na Bíblia incluem,
entre outros, parteiras hebraicas que
desconsideraram a ordem do Faraó (Êxodo 1:17) e
Daniel e seus amigos na Babilónia (Daniel 1:1-21).
Pergunta: Você considera que Deus também este meio possamos anunciar o evangelho e
estabeleceu um governo perverso? Explique. ganhar outros para Cristo; 2) obedecer à lei civil,
que é melhor do que revolta e rebelião, desde que
não se oponha à lei de Deus.
II. Cristãos devem se submeter ao governo
Pergunta: Você considera que a obediência às
A. Pelo amor do Senhor autoridades civis tem algum limite? Comente.
A principal razão pela qual devemos obedecer às
autoridades é para sermos uma boa testemunha para
III. Como se submeter ao governo civil
elas (1 Pedro 2:13-14). Aqueles que receberam a
carta de Paulo aos romanos viviam sob o domínio A. Submetendo-se ao sistema governamental
de um governo cruel e super-controlador (Império
Todos os cristãos têm de se submeter aos 44
Romano). Mas eles não se opunham à política do
governantes e às leis do seu próprio país. Contudo,
imperador, nem à dos seus inimigos. Paulo enviou
esta obediência às leis não se trata de submissão
instruções sobre o dever cristão para com os
cega e ilimitada, pois existem leis que chocam com
governantes civis de seu tempo. Ele chamou seus
as leis divinas, e operam contra a dignidade do ser
leitores a prestar especial respeito e honra aos que
humano. Os discípulos de Jesus desconsideraram a
estavam no poder sob a autoridade de Deus. É a
ordem dos líderes judeus que os proibiam de pregar
partir desta perspectiva que devemos olhar para as
em nome de Jesus (Actos 4:18-19). Quando as leis
nossas autoridades.
humanas discordam das leis de Deus, o cristão deve
B. Para evitar castigos sempre obedecer às leis divinas, mesmo que tenha
que pagar caro pela sua acção.
As autoridades civis, qualquer que seja o sistema de
governo, têm poderes para administrar a justiça B. Pagando os seus impostos
punindo aqueles que cometem crimes contra a
Cristo deu-nos um exemplo pagando seus impostos
sociedade (Romanos 13:4). Os cidadãos cristãos
para sustentar a casa de Deus (Mateus 17:24-27), e
devem levar vidas agradáveis a Deus, vivendo à luz
ele nos ensinou dizendo: "Então dê a César o que é
das Sagradas Escrituras, como o Senhor ordenou.
de César, e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21).
C. Por razões de consciência Nós temos que pagar nossos impostos, e o governo
tem que usar esses fundos correctamente para o
Como todo ser humano, os cristãos vão querer
benefício do povo.
evitar o castigo que resulta da desobediência às
leis estabelecidas em seu próprio país. Mas existem C. Mantendo boas relações com outras pessoas
outras razões pelas quais as pessoas se submetem
O Senhor Jesus Cristo ensinou-nos a viver a lei do
aos seus governantes. Algumas delas são as
amor. O amor de Deus é a obediência natural e
seguintes: por causa da consciência (Romanos
voluntária ao primeiro mandamento, e o amor ao
13:5); e, porque os governantes são reconhecidos
próximo é o cumprimento natural e voluntário do
como servos de Deus (Romanos 13:6). Os padrões
segundo mandamento (Mateus 22:37-39).
para a consciência cristã podem ser resumidos
como 1) obedecer às autoridades, para que por Pergunta: Como cidadãos, como podemos manter
boas relações com outras pessoas?

CONCLUSÃO

A igreja e o estado são duas organizações estabelecidas por Deus. Cada uma delas tem a sua missão e é
responsável perante o Senhor pelo cumprimento das suas funções. As autoridades civis foram ordenadas por
Deus e têm o poder de administrar a justiça. Deus lhes deu essa responsabilidade. Assim, quando um governo
reivindica muito poder, ele toma a autoridade de Deus pela força, e assim ele se torna cruel, abusivo e corrupto.
Os cristãos devem se submeter à autoridade do governo, desde que ele não quebre as leis de Deus.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS E A FAMÍLIA
19
Passagem para o Estudo: 1 Coríntios 7:2-11; Efésios 6:1,4; 1 Timóteo 5:4

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Aplicar os princípios básicos da “Assim Deus criou a humanidade à sua imagem, à imagem de
Palavra de Deus aos vários problemas Deus os criou; homem e mulher os criou. Deus abençoou-os e
familiares que vivemos hoje. disse-lhes: 'Sejam férteis e multipliquem-se.” Gênesis 1:27-28a.
45

INTRODUÇÃO

Precisamos de salvar o desígnio de Deus para a família hoje no século XXI. Quantas famílias são baseadas no
sábio conselho das Escrituras hoje em dia? Viver como famílias amorosas requer tempo e energia, ambos
escassos hoje em dia. O que mais precisamos hoje é descobrir a experiência significativa da
'koinonia'. Este rico termo bíblico é geralmente traduzido como "companheirismo". Refere-se à "comunhão ou
união profunda dos cristãos do Novo Testamento". As famílias também precisam de viver em comunhão
profunda. Nesta lição, estudaremos as verdades que Deus nos deixou em Sua Palavra para sermos mais capazes
de enfrentar os diferentes problemas que as famílias experimentam hoje.

I. O desígnio original de Deus para a família.
A Bíblia diz: "O Senhor Deus disse: 'Não é bom
para o homem estar só. Eu farei um ajudante
adequado para ele" (Gênesis 2:18). Então Deus fez
Adão adormecer, Ele tirou uma costela; e dela fez
Eva, que depois apresentou a Adão (Gênesis 2:22-
23). Por causa desta criação perfeita, Deus afirmou:
"É por isso que um homem deixa seu pai e sua mãe
e se une à sua esposa, e eles se tornam uma só carne.
Adão e sua esposa estavam ambos nus, e não
sentiam vergonha" (Gênesis 2:24-25). Adão e Eva
formaram assim o primeiro casamento da
humanidade, criado por Deus (Gênesis 1:27-28).
Podemos afirmar que Deus uniu o primeiro casal e
eles viveram em perfeita união. Esta união envolveu
partes físicas, mentais e emocionais, resultando
nelas uma complementaridade. Foi assim designado
por Deus para durar tanto tempo quanto ambos os
cônjuges vivem na terra. Portanto, homens e
mulheres casados devem cuidar de seus
pensamentos, e não dar origem a tentação de desejar
ter relações sexuais com alguém que não seja o seu
cônjuge.
Esta união especial, porém, foi afectada quando
Adão e Eva pecaram. Assim, hoje as famílias são
muito parecidas com esta primeira família após a
queda. Como resultado, podemos ver que há muitas
relações sexuais entre casais antes e depois do
casamento, bem como infidelidade, divórcios, pais
solteiros, etc. Isto muitas vezes leva as gerações
seguintes a viverem em famílias cheias de
desentendimentos, brigas e abusos, com resultados
terríveis que não podem ser medidos.
Pergunta: O que significa quando a Bíblia diz:
"Portanto, um homem deixará seu pai e sua mãe e
será unido à sua esposa..." (Gênesis 2:24)?
II. A realidade das famílias do século XXI
A situação em muitas famílias é triste e desoladora
ao mesmo tempo. Quando olhamos para este mundo
em que os nossos filhos têm de crescer, ficamos
tristes. A visão mostra um mundo comido pelo
pecado, e que parece piorar a cada dia.
Actualmente, a independência é mais comum entre
muitos cônjuges.
Há um aumento alarmante na taxa de divórcios,
mesmo entre casais cristãos. Infelizmente, hoje
vemos nas notícias o aumento da violência
doméstica, que pode levar ao femicídio (assassinato
de mulheres). Isto não deve acontecer entre o povo
de Deus. Nunca há qualquer desculpa para um
marido bater na esposa e vice- versa. Isto também
se aplica à violência nas famílias. Lembramos
tristemente o caso do primeiro assassinato na
humanidade, que ocorreu entre dois irmãos: Caim e
Abel (Gênesis 4:1-16), ambos filhos de Adão e Eva.
Pergunta: Diga duas características das famílias do
século XXI.
III. O carácter de uma família cristã
A família cristã precisa de ter fé genuína. Vivemos
num mundo onde a aparência se tornou tão
importante e é enfatizada demasiadamente. Mas
precisamos de ser reais, autênticos e verdadeiros.
Paulo disse a Timóteo: "Lembro-me da tua fé
sincera, que primeiro viveu na tua avó Lois e na tua
mãe Eunice e, estou convencido, agora vive
também em ti" (2 Timóteo 1:5). Vê-se aqui que a
mãe deste jovem discípulo, assim como a sua avó,
tinham uma fé sincera.
A segunda característica de uma família cristã é que
ela está comprometida com o Senhor e com a Sua
obra. A Bíblia diz: " Não sabem que, quando vocês
se oferecem a alguém para lhe obedecer como
escravos, tornam-se escravos daquele a quem
obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou
da obediência que leva à justiça? Mas, graças a
Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos
do pecado, passaram a obedecer de coração à forma
de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram
libertados do pecado e tornaram-se escravos da
justiça." (Romanos 6:16-18).
A terceira característica de uma família cristã é que
o amor incondicional é derramado entre os seus
membros. A Bíblia diz: " Portanto, sejam
imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam
em amor, como também Cristo nos amou e se
entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma
agradável a Deus." (Efésios 5:1-2). Como filhos de
Deus, devemos reflectir o amor de Deus em nossas
famílias em todos os momentos. Isto influenciará
outras famílias. As famílias, onde há amor, 46
construirão bons alicerces para a sociedade. O amor
de Deus deve sempre guiar como as pessoas se
relacionam umas com as outras entre os membros
de uma família.
A quarta característica que uma família cristã deve
ter é que ela deve estar unida. Seus membros são
chamados a ser um em Cristo. Vemos esta unidade
manifestada na relação entre nosso Pai celestial,
nosso Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo. Jesus
orou para que estivéssemos unidos.
Costuma-se dizer: "Famílias saudáveis, igrejas
saudáveis." Se nossos relacionamentos familiares
forem dirigidos e abençoados por Deus, isso se
reflectirá em nossas igrejas enquanto elas buscam
mais de Cristo. Portanto, diante do quadro familiar
desconectado que existe hoje, nossas famílias
cristãs precisam urgentemente ser boas
testemunhas.
Pergunta: Qual é o carácter de uma família cristã?

CONCLUSÃO

Deus criou a família. A primeira família começou em comunhão com Deus. No início, tudo era perfeito, mas
tudo mudou por causa do pecado. O relacionamento homem-mulher no casamento sofreu sérias mudanças em
relação ao desenho original do seu Criador. Mas, Ele tinha um plano maravilhoso - Ele enviou Seu Filho Jesus
Cristo para salvar todas as famílias na terra. Os crentes são agora chamados a dar um bom testemunho e anunciar
que em Cristo há esperança para resolver todos os tipos de conflitos familiares.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS DEFENDE A VIDA
20
Passagem para o Estudo: Salmo 139:13-16

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Valorizar a responsabilidade que temos como igreja para nos "...Ele mesmo dá a todos vida e fôlego e tudo
opormos ao aborto e criar espaços para ajudar mães e crianças. mais" Actos 17:25.

47
INTRODUÇÃO

A cada ano, o número de abortos no mundo aumenta. Entre os factores que contribuem para isso está o
progresso da medicina abortiva e das habilidades cirúrgicas que diminuíram ou removeram os riscos de tais
operações. Também, 1) a crescente abertura e aceitação pela sociedade de pessoas que terminam a gravidez;
2) o rápido crescimento do número de pessoas, o que pode levar os governos a promover a prática do aborto
para controlar a população; 3) o medo de gravidezes com defeitos físicos que são descobertos antes do
nascimento; 4) a liberdade das mulheres e o aumento das motivações das pessoas; 5) ver o feto como menos
importante; 6) situações de injustiça social e pobreza, deficiências na educação, cultura e falta de habitação e
trabalho adequados etc. contribuem para o aumento do número de abortos realizados.
O aborto é capaz de remover o valor básico da criação, estabelecido por Deus. É indesejável e embora seja
promovido como algo que liberta, sempre carrega uma amarga bagagem de dor, opressão, injustiça e solidão.

A. O ponto de vista da Bíblia A segunda afirmação que o Salmista destacou é a

continuidade. No momento de escrever o Salmo
Na Bíblia, há muitas referências à vida humana no
139, ele era um adulto. Mas, ele olhou para o tempo
útero. Talvez a mais reconhecida seja a do Salmo
em que ainda não havia nascido. Ele se referia a si
139:13-16. Nela, o salmista, olhando para o início
mesmo antes e depois do nascimento, porque estava
de sua vida, declarou: "Porque tu criaste o meu
ciente de que durante sua vida antes e depois do
íntimo; tu me teceste no ventre de minha mãe. Eu te
nascimento, ele era a mesma pessoa. Ele também
louvo, porque me fizeste de modo especial e
reconheceu quatro fases em sua vida.
admirável; as tuas obras são maravilhosas, eu sei
disso muito bem. Minha moldura não foi escondida O primeiro (v. 1): "Você me revistou (o passado). A
de ti quando fui feito no lugar secreto, quando fui segunda (v. 1b): "Senhor, tu conheces-me" (o
tecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos presente). O terceiro (v. 10): "A tua mão vai guiar-
viram o meu corpo não formado"... me (o futuro). E o quarto (v. 13): "Senhor, tu me
juntaste no ventre da minha mãe" (a etapa antes do
A primeira afirmação aponta que o bebé por nascer
nascimento).
é criação de Deus. Foi Ele quem o teceu.
A terceira afirmação que o salmista expressou foi a
Duas metáforas são usadas para mostrar a
comunhão. Nosso Criador nos amou e se relacionou
capacidade de criação de Deus: o oleiro e o tecelão.
connosco muito antes que pudéssemos responder a
Deus é como um artesão hábil que nos "formou", tal
Ele em uma relação consciente. Assim, cada um de
como um oleiro modela o barro. O mesmo
nós já era uma pessoa no ventre, e Deus já nos
pensamento é repetido em Jó 10:8, onde Jó afirmou
conhecia e nos amava.
que as mãos de Deus o 'fizeram' e o 'formaram'.
Além disso, a outra ilustração que Jó mencionou foi Outras referências bíblicas sobre a vida antes do
a do tecelão: "...vestiu-me de pele e carne e juntou- nascimento reforçam estas verdades: Deus chamou
me com ossos e tendões?". (Jó 10:11) Isaías e Jeremias antes deles nascerem (Isaías 49:1;
Jeremias 1:5), mesmo antes deles serem capazes de
ouvir ou entender o seu chamado (Salmo 22:9-10;
71:6; 119:73; Lucas 1:15, 41-44). Gênesis 25:22-23
menciona que Esaú e Jacó lutaram no útero,
mostrando o início da competição e argumentos que
mais tarde caracterizariam sua vida familiar.
B. O ponto de vista da Ciência
Quatro provas da ciência que mostram que o
embrião é um ser humano perfeito serão discutidas.
1) Na identidade genética, dois sistemas de ambos
os pais deixam de funcionar separadamente; e criam
um novo sistema que tem um novo código de genes
que é único e não pode ser repetido. O resultado é
um ser humano, ao contrário dos seus pais. 2) Em
relação à criação do embrião, a fertilização é a
primeira no processo. Começa com a junção dos
gâmetas, que é de cerca de 20 minutos. Depois
disso, leva cerca de 20 horas para fertilizar o óvulo,
combinando o material hereditário. Quando a
primeira célula começa a se dividir, o propósito de
cada célula do embrião já está decidido. 3) Em
seguida, o corpo da mãe grávida passa por alguns
ajustes, que possibilitam que o seu filho seja
introduzido no seu corpo sem ser rejeitado. 4)
Finalmente, o embrião e sua mãe começam a falar
quando o embrião envia mensagens para estimular
o corpo da mãe a apoiar o novo ser.
No entanto, tenha em mente que o processo de
desenvolvimento e maturação dura cerca de 800
semanas, cerca de 20 anos, mas o novo ser só vai
estar 40 semanas no útero. O que acontece é que a
mesma pessoa estará passando por fases diferentes.
Perguntas: Na sua opinião, podemos encontrar
uma ligação entre o que a Bíblia diz e o que a
ciência diz sobre a origem da vida no útero?
Explique-nos.
CONCLUSÃO
No Salmo 82: 4, a Palavra de Deus aconselha-nos: "Salvem os fracos e os necessitados; livrem-nos das mãos
dos ímpios.” Encontremos uma forma de ajudar tanto a mãe confusa que planeia abortar como aquela criança
indefesa. Ambas merecem ser valorizadas e respeitadas.
C. O valor da mulher grávida
Nos últimos anos, em muitos países, tem sido
debatida uma lei que defende a matança de uma
criança por nascer por causa de preocupações com
a vida da mãe. Todos nós estamos preocupados com
a vida das mulheres, mas o aborto não é a solução.
O Chile é um país que realizou alguns planos bem
sucedidos para diminuir as mortes de mulheres
grávidas: Aumentaram o nível de educação das
mulheres; forneceram alimentos equilibrados para
mulheres grávidas e seus filhos; forneceram
48
métodos contraceptivos para controlar a fertilidade;
melhoraram o sistema higiênico, deram apoio
psicológico, social, laboral, financeiro, etc. e
proporcionaram acesso universal a serviços de
saúde para mulher de qualidade.
Pergunta: Como podemos ajudar uma mulher que
está a considerar a opção de aborto?
D. Nosso papel como cristãos
São necessários advogados cristãos para defender
os direitos da criança por nascer, e trabalhar em leis
de adopção mais simples, onde uma família não
envelhece à espera de adoptar uma criança.
Também precisamos de médicos piedosos que se
oponham com responsabilidade, e mostrem que
foram treinados para salvar vidas, não para destruí-
las. Da mesma forma, os assistentes sociais são
obrigados a estar no campo, vendo as necessidades
dessas mulheres para sustentá-las, e psicólogos que
podem apoiá-las emocionalmente. Como igreja do
Senhor, nós precisamos de ser aqueles homens e
mulheres que são desafiados a criar espaços para
ensinar, cuidar e guiar as pessoas.
Pergunta: O que poderíamos implementar como
igreja para diminuir o número de abortos?
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição
O POVO DE DEUS PREOCUPA-SE COM AS
21 CRIANÇAS
Passagem para o Estudo: Mateus 19:13-14

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a importância de se concentrar no bem- "E ele disse: 'Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se
estar das crianças, com base nos diferentes problemas convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no
49
que elas enfrentam hoje em dia. Reino dos céus'" Mateus 18:3.

INTRODUÇÃO
A infância é uma etapa da vida humana em que as actividades têm características muito particulares
e, cada uma delas, é diferente de qualquer outra. Tudo isto torna este tempo único, especial, e muito
importante. As habilidades e tendências aprendidas serão a base para os estágios que se seguem até se
tornarem adultos.
As crianças podem saltar ou correr ao longo do dia, e muito raramente parecem cansadas ou aborrecidas, uma
vez que encontram sempre algo para fazer. Suas habilidades sociais e de comunicação também estão se
desenvolvendo e elas começam a aprender vários assuntos como matemática, história, ciência, tecnologia,
etc.
Na área espiritual, elas são livres e não planejam suas orações. Quase sempre, são intercessores orando pelos
outros, e suas orações são ditas em palavras muito simples e específicas. Elas também podem acreditar em
todos os assuntos espirituais; eles não questionam a Deus, eles apenas confiam nEle.
Todas as crianças têm necessidades básicas, que são físicas, mentais, emocionais e espirituais. Os adultos
próximos às crianças devem atender a essas necessidades.

I. Jesus abençoa e protege as crianças (Mateus
19:13-14)
A. Jesus abençoa as crianças
Os pais das crianças trazidas ao Senhor faziam parte
da multidão que seguia o Mestre (vs. 13). Como
pais,
devemos ir ao Senhor, elevar nossos filhos a Ele em
oração e pedir-Lhe que os abençoe todos os dias de
suas vidas. Isto começa com a dedicação dos nossos
filhos a Deus, mesmo antes de nascerem. Devemos
continuar com um estilo de vida constante de oração
por eles, assim como apoiá-los em sua caminhada
diária.
B. Jesus protege as crianças
O povo judeu tinha características muito
particulares. Uma delas era que mulheres e crianças
não eram consideradas importantes em eventos
públicos ou na contagem, e não tinham direitos.
Conhecendo essas discriminações, Jesus, cuja
missão era e é restaurar e dar protecção aos
indefesos, cuidou das crianças (Mateus 19:14) e
mostrou a necessidade de ajudá-las (Mateus 18:5).
Esta mensagem de Jesus para os adultos daquela
época continua hoje.
Pergunta:
De que forma os pais podem pedir a Deus que
abençoe os seus filhos?
II. Deus nos ensina através das crianças
Os discípulos do Senhor Jesus não tinham
compreendido a explicação que o Mestre lhes tinha
dado anteriormente sobre as crianças e o Reino
(Mateus 18:3-4). Pelo contrário, eles não eram
atenciosos e se tornaram pouco amigáveis e duros.
Mas, ao contrário dos discípulos, Jesus era
amigável e amoroso para com os meninos e
meninas.
A. Jesus intercede pelas crianças (Mateus
19:14a)
Jesus, terna e amorosamente, estendeu Seus braços
para as crianças, e não só as abençoou, mas também
protegeu assim seus ternos corações infantis. Hoje,
muitos menores são destruídos emocionalmente e
maltratados de muitas maneiras ou mesmo
agredidos. Se os ajudarmos a se aproximar de Jesus,
eles receberão perdão, cura, conforto, etc. Os seus
corações serão novamente cheios de esperança.
Nosso Senhor não só dá às crianças uma ajuda
emocional muito necessária, mas também uma
ajuda espiritual. Ele prometeu interceder por elas
(Hebreus 7:25).
B. Jesus inclui as crianças (Mateus 19:14b)
Jesus considera as crianças como modelos para o
Seu Reino. Em pelo menos quatro outras ocasiões,
o livro de Mateus fala de crianças (Mateus 11:25;
18:2-3; 19:13; 21:16). Em todas elas, há uma
verdade orientadora: o lugar especial que as
crianças ocupam no coração de Deus. Lemos que o
Mestre lhes revelou Seus mistérios, deu-lhes o
Reino e aperfeiçoou seus louvores. Muitos dos
ensinamentos de Jesus sobre o Reino têm crianças
como exemplo (Lucas 18:15-17). Jesus ensinou que
para podermos entrar no Reino de Deus, devemos
ser como crianças.
C. Características das crianças como modelos da
grandeza do reino
As crianças, como pessoas que geralmente querem
servir, não estão preocupadas com altos cargos ou
poder. Jesus as faz modelos de grandeza e poder em
Seu Reino, porque são simples e humildes. Nós
somos chamados a aprender com o exemplo de
crianças sobre como ser portadores do poder de
Deus enquanto nos oferecemos como servos de
Deus. Precisamos de nos aproximar a Deus como as
crianças fazem. O chamado de Jesus à conversão e
a ser verdadeiramente mudado é claro. Não
podemos entrar no Reino através dos nossos
esforços humanos. Não só temos que ser como
crianças, mas também é claro que Jesus inclui as
crianças na missão. Não só porque elas são
ouvintes, mas também, como participantes activos.
Pergunta:
De que forma alguns pais cristãos poderiam estar
impedindo seus filhos de conhecer o Senhor Jesus?
III. As crianças de hoje
Hoje também nos deparamos com pessoas, eventos 50
e circunstâncias que impedem que meninos e
meninas
tenham a oportunidade de serem abençoados por
Jesus. Devemos ter muito cuidado quando estamos
com as crianças, pois através de nossas acções ou
palavras, sem nos darmos conta, podemos estar
tirando-lhes a oportunidade de se encontrar com o
Senhor.
Alguns dos obstáculos e comportamentos irados
que rodeiam as crianças são encontrados na família,
escola, sociedade, governo, igreja, etc. Essas
mesmas áreas criaram leis e directrizes para
proteger as crianças, proporcionando-lhes direitos e
benefícios. No entanto, muitas vezes os seus
direitos foram violados. Hoje vemos que a taxa de
violência e de ataques de raiva contra menores tem
aumentado. Olhando as tabelas de estatísticas, os
crimes mais comuns são aborto, abandono, uso de
drogas, discriminação, diferentes formas de
violência (psicológica, sexual e verbal), etc. Diante
desta realidade, a protecção de Jesus para com as
crianças é muito adequada. A organização da Igreja
deve dar apoio que ajude a reduzir os perigos que as
crianças enfrentam.
Pergunta:
Por que a criança é um modelo de entrada no reino
celestial.

CONCLUSÃO

Há uma grande bênção em ser como uma criança, pois este modo de vida é a chave que nos permitirá
entrar no Reino dos Céus. Comprometemo-nos a proteger meninos e meninas através de um ministério
que proporcione amizade, protecção e formação para que cresçam profunda e naturalmente na
plenitude de Cristo (Efésios 4:13) porque as crianças estão preparadas para fazer parte da missão.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS SERVE
22
Passagem para o Estudo: Marcos 10:35-45; Lucas 22:24-27; João 13:13-17

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Ver o servir aos outros como um "Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés,
estilo de vida, enquanto seguimos vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o
o exemplo de Jesus. exemplo para que vocês façam como lhes fiz ." João 13:14-15.
51

INTRODUÇÃO
Numa ocasião, uma menina, depois de ser repreendida pela professora por ter falado muito na aula,
aproximou-se dela e a conversa seguinte foi iniciada: "Quando eu crescer, vou ser professora", disse a rapariga.
"A sério?", perguntou a professora. "Sim" respondeu a menina, "Eu quero ser como você." "Isso é bom! Então,
você será capaz de ensinar outros meninos e meninas", disse a professora. "Não", respondeu a menina, "Eu
quero ser capaz de repreender os outros como você faz, e só eu posso falar na aula".
Às vezes queremos ser como outra pessoa pelas razões erradas. Como povo de Deus, devemos procurar ser
como Jesus, e viver de acordo com os Seus ensinamentos. Para alcançar este objectivo, devemos ver as
diferentes qualidades e ensinamentos de Sua vida. Uma das qualidades importantes da vida do Senhor era o
serviço, e para poder entendê-lo melhor, devemos examinar os ensinamentos que a Bíblia nos dá sobre o
assunto. Talvez você tenha ouvido o seguinte ditado: "Se não vivemos para servir, não merecemos viver". Que
afirmação decisiva! É isso que acontece com aqueles que não conhecem Cristo? É isto que os cristãos estão
fazendo? O serviço é um ponto importante na vida da pessoa que decide seguir a Jesus... uma pessoa que
mostra que é madura e comprometida.
Segundo a Bíblia, ter um coração de servo é muito importante na vida daqueles que querem ser como Jesus
Cristo.

I. Servir aos outros é um mandamento para o
povo de Deus (Marcos 10:35-45; João 13:13-15)
Em Marcos 10:35-45, encontramos dois jovens
discípulos do Senhor Jesus que vieram até Ele com
um pedido. Eles queriam sentar-se um à sua direita
e o outro à sua esquerda. À primeira vista, isto
parecia um pedido simples, mas estes lugares eram
posições de autoridade e honra muito altas.
Finalmente, Jesus explicou qual era o Seu propósito
para vir a este mundo. Ao fazer isso, ele
indirectamente deixou claro qual deveria ser
também o propósito deles. Jesus não veio para ser
um rei para ser servido e obedecido por todos, mas
muito pelo contrário, Ele veio para servir (v. 45).
O que significa servir? De acordo com Marcos
10:45, é o seguinte: "Porque até o Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate a muitos." Então, o que o
serviço envolve? Antes de mais nada, significa
entregar-se. Isto é entregar-se a outra pessoa,
mesmo que não saibamos se ela vai tirar proveito
disso, apreciá-lo ou valorizá-lo. Em segundo lugar,
sugere dar; isto é, gastar nossa força e nossos meios
por outra pessoa. Jesus entregou-se a si mesmo para
servir, sabendo que nem todas as pessoas
valorizariam o que Ele estava fazendo. Servir
sugere colocar-se sob o comando de outra pessoa,
para fazer o que ela quer ou precisa. Em terceiro
lugar, envolve sacrifício. Se não há sacrifício, não
há servir os outros. Este sacrifício inclui fazer coisas
que não são do nosso agrado, mas que beneficiarão
aquele que recebe o serviço. Jesus deixou-nos o
melhor exemplo do que é servir aos outros ao dar
sua vida para nos salvar (Gálatas 1:4).
Em João 13:13-15, vemos outro exemplo de serviço
que Jesus nos deixou. Naquela ocasião, Ele lavou os
pés de seus discípulos, o que era uma tarefa
destinada ao servo mais baixo de uma casa.
Aconteceu que quando o Senhor Jesus terminou de
lavar os pés deles, ele disse aos seus discípulos:
"Vocês me chamam 'Mestre' e 'Senhor', e com
razão, pois é isso que eu sou. Agora que eu, seu
Senhor e Mestre, lhes lavei os pés, também vocês
devem lavar os pés uns dos outros". Eu lhes dei um
exemplo que vocês devem fazer como eu fiz".
Quando alguém precisa do nosso serviço, devemos
recordar estas palavras do nosso Senhor Jesus, e não
arranjar desculpas ou alguma opinião sobre isso.
Precisamos de entender esta passagem bíblica à luz
do que podemos fazer pelos outros. Este
mandamento de servir é tão importante que do
ponto de vista de Jesus, ele será usado para decidir
no momento do julgamento. Em Mateus 25:31-46,
Jesus declara o que acontecerá depois de Sua
segunda vinda. Servir aos outros, como já foi dito,
deve ser desinteressado; isto é, não devemos pensar
em receber algo em troca. Contudo, devemos
lembrar que apenas fazer boas obras não nos levará
ao Céu. Deve ser servido pelo amor daqueles que
precisam dele.
Pergunta: Como é que Jesus definiu servir?
(Marcos 10:45; João 13:15).
II. Servir torna o povo de Deus semelhante a
Cristo (Lucas 22:24-27)
Os discípulos queriam ser grandes (Lucas 22:24-
27), mas nunca teriam pensado em fazer o que Jesus
fez. Vemos em João 13:13-14 que Jesus tinha que
dar a vida de Seus discípulos o foco correcto. Se
Jesus tivesse pedido a um de Seus discípulos para
lavar Seus pés, possivelmente mais de um teria feito
isso. Quem se recusaria a lavar os pés de Jesus?
Possivelmente, muitos de nós hoje lavaríamos os
pés de alguém com autoridade ou numa posição
elevada. Mas Jesus deu o primeiro passo e lavou os
CONCLUSÃO
Reserve um tempo na aula para pedir aos participantes que discutam qual poderia ser a conclusão desta lição
para suas vidas, e como eles planejam colocá-la em prática. Depois cada um pode escrever sua conclusão em
um pedaço de papel.
pés dos Seus discípulos. Ao fazer isso, ele quebrou
a ideia de que os líderes não servem e se humilhou
diante dos Seus discípulos. Ele disse que nós
devemos fazer o mesmo. Este é o serviço que Deus
espera do Seu povo.
Pergunta: Quais são as características de servir, de
acordo com Lucas 22:24-27?
III. Servir abençoa o povo de Deus (João 13:13-
17)
A palavra grega para "abençoado" no versículo 17 52
é a mesma palavra que Jesus usou no Sermão da
Montanha. Mas isto é mais do que uma mera
palavra. A felicidade a que Jesus se referiu tem a
ver com o carácter da pessoa. Ser abençoado tem a
ver com algo interior, pois é o resultado do que se
faz. Poderíamos dizer: "Bem-aventurados (felizes)
são aqueles que servem os outros; sentir-se-ão
satisfeitos". A felicidade tem a ver com o SER, em
vez de ter. Não importa o que temos ou não temos,
somos felizes pelo que podemos ser e fazer juntos
com Cristo.
Em Marcos 10:35-45, o problema era que os
discípulos queriam ser maiores ou mais
importantes, mas não entendiam as condições do
novo Reino de Jesus. Para algumas pessoas que
querem se destacar, servir aos outros é difícil
porque não estão dispostas a servir, ou sentem que
não está no seu nível. Da mesma forma, Jesus lhes
diz que se querem ser os primeiros, só há uma
maneira: servir. Em outras palavras, se quiserem ser
abençoados, só há uma maneira: obedecer ao
mandamento de servir seguindo o exemplo do
Mestre.
Pergunta:
Qual é o conceito de felicidade para Jesus, segundo
João 13:15-17?
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição
O POVO DE DEUS É CRISTÃO
23 Passagens para estudar: Romanos 15:4; 2 Coríntios 5:18-19; Efésios 4:3-
6; 2 Timóteo 3:15; 1 João 2:6

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para entender o que nos identifica como "Quem afirma viver nele deve viver como Jesus
verdadeiro povo cristão viveu." 1 João 2:6
53

INTRODUÇÃO
A perda de identidade é um dos nossos problemas hoje em dia. Muitas pessoas procuram garantir sua
identidade com coisas como posição, dinheiro, aparências, marcas ou grupos, etc. Tudo isso nos fala de um
problema, que começou com o pecado cometido pelo primeiro casal, Adão e Eva. Quando pecaram,
prejudicaram seu relacionamento não só com Deus, mas também entre si.

Contudo, há uma solução para este grave problema do pecado para toda a humanidade. O remédio é Jesus.
Quando chegamos a Ele, as coisas mudam completamente. João, em João 1:12, escreveu: "Contudo, a todos
os que o receberam, aos que creram no seu nome, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus...". Aqui,
João claramente usou o verbo 'tornar-se' que aponta para a identidade e fazer parte, ao contrário de ser deixado
de fora e ser desconhecido. Assim, um dos temas mais importantes em que João se concentra é para nós
compreendermos a nossa identidade no conhecimento de Jesus. É assim que ele coloca em João 1,12: "Mas
a todos os que o receberam, aos que creram no seu nome, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus",
onde ele falou de 'receber' o Senhor Jesus. Isto significa que precisamos de ter um relacionamento
com Ele como Pessoa. Veremos também que este relacionamento aponta para estar sempre com o Senhor.
Finalmente, nossa identidade é definida por Jesus e nos ajudará a caminhar como Ele caminhou: "Quem
afirma viver nele deve viver como Jesus viveu" (1 João 2:6).

I. Um povo que conhece a Jesus.

A primeira decisão que temos de tomar é conhecer
a Jesus. Na Bíblia, a palavra "conhecer" tem a ver
com manter um relacionamento. Na língua original
do Novo Testamento, há duas palavras para
"conhecer". Uma é "gnosko"; e a outra, "gnose". A
segunda se refere somente ao conhecimento mental,
como quando descobrimos informação sem
experiência; e a primeira palavra tem a ver com
conhecimento baseado em estar conectado com o
outro. Isto significa que quando algo acontece na
vida de alguém, o conhecimento do acontecimento
e suas lições permanecem. Isto é como o apóstolo
João o descreveu na sua primeira carta: "O que foi
desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com
os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas
mãos tocaram - isto anunciamos a respeito da
Palavra de vida" (1 João 1:1).
O que Jesus quer que tenhamos com ele é uma
relação com ele como Pessoa, onde o
contemplamos a cada momento, pensemos nele, o
escutemos, etc. A razão é que quando você e eu nos
relacionarmos com Jesus, veremos como Ele é, e o
que é descrito na Palavra de Deus. Isto nos diz que
o apóstolo João compreendeu o amor de Jesus, o
Seu carácter, a Sua honestidade, a Sua justiça e a
Sua misericórdia.
Pergunta: O que mais você acha que precisa saber
sobre o Senhor Jesus?
II. Um povo que habita em Jesus
Se formos constantes em nosso relacionamento com
o Senhor Jesus, nos tornaremos cada vez mais
parecidos com Ele, e Ele moldará nossa
identidade. O apóstolo João escreveu assim: "Se
guardarem as minhas ordens, permanecerão no meu
amor, assim como eu guardei as ordens de meu Pai
e permaneço no seu amor" (João 15:10).
Permanecer" sugere obediência. Mas para
obedecer, precisamos de duas coisas básicas:
conhecer os mandamentos (ler a Escritura) e viver
de acordo com esses mandamentos. Portanto,
quando dizemos que cremos em Jesus, na verdade
estamos dizendo: "Eu estou disposto a viver a
minha vida de acordo com o que Ele quer."
João escreveu o seguinte em uma de suas cartas
posteriores: "É assim que sabemos quem são os
filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: Quem
não faz o que é certo não é filho de Deus, nem quem
não ama seu irmão e sua irmã" (1 João 3:10). O que
João nos diz nesta passagem é que uma das
qualidades que nos ajudam a permanecer perto de
Deus é amar os nossos irmãos e irmãs, e isto, por
sua vez, garantirá a nossa identidade como filhos do
Senhor. Isto é muito forte. O apóstolo João foi
muito claro: há uma maneira de saber se é ou não
filho de Deus, ou seja, se fazemos ou não parte do
Seu povo.
Pergunta:
Achas que algo te está a separar do Mestre?
III. Um povo que caminha como Jesus
caminhava
Caminhar como Jesus significa amar como Ele,
falar como Ele e tratar os outros da mesma forma
que Ele nos trata.
O apóstolo João diz-nos que isso é muito importante
para a nossa identidade como cristãos. Ele escreveu:
"Ninguém jamais viu a Deus; mas se nos amamos
uns aos outros, Deus vive em nós e o seu amor se
completa em nós" (1 João 4,12). É para isso que
devemos apontar em tudo o que fazemos.
Precisamos de colocar em prática o amor de Deus.
O que João ensina é que amar a Deus inclui amar o
nosso próximo. Esta é uma qualidade muito
necessária porque o amor cobre todas as faltas.
Provérbios 10:12 diz: "O ódio provoca o conflito,
mas o amor cobre todos os erros". 54
Nosso Senhor Jesus, quando viu os necessitados,
teve compaixão deles (Mateus 9:36). Ele os
alimentou, os curou, e sempre os amou como Ele
também amou os Seus discípulos. Mesmo depois
que os discípulos tinham falhado, Ele os procurou.
Ele os amava e os alimentava. "Jesus disse-lhes:
'Venham e tomem o pequeno-almoço'. Nenhum dos
discípulos ousou perguntar-lhe: "Quem és tu?" Eles
sabiam que era o Senhor" (João 21:12).
Ser uma pessoa que perdoa é uma característica de
ser como o nosso Mestre, e de andar como Ele
andou. Jesus tratou as pessoas que foram
discriminadas de uma maneira muito especial.
Tratou bem, com amor e misericórdia, a mulher
samaritana, os publicanos e os pecadores, e até
mesmo os mestres da lei. Esta é a posição que
devemos tomar dia após dia.
Pergunta: De que forma você acha que precisa ser
mais parecido com o Senhor?

CONCLUSÃO

A nossa identidade reside no facto de sermos filhos de Deus. Como tal, nós pertencemos a Ele. Nós dependemos
do nosso amado Pai e estamos continuamente aprendendo. O nosso carácter deve ser como o de Cristo. Ele quer
continuar a fazer o Seu trabalho de tornar as nossas vidas perfeitas. Para isso, precisamos de viver humildemente.
Quando lemos os Evangelhos, podemos ver como o Senhor tratou as pessoas; e Ele continua tratando-
as com amor. Como tratamos as pessoas - nosso cônjuge, nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, etc.? Tenha
em mente que o amor é a marca registada do crente.
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição
O POVO DE DEUS É UM POVO SANTO
24 Passagens para estudar: Marcos 12:30-33; Actos 1:8; 2 Coríntios 5:14-21;
Gálatas 5:25; Filipenses 2:1-2

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para aprender sobre a santidade e "'Ame ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua
permitir que conhecimento nos ajude alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças'". A
a vivê-la diariamente. segunda é esta: "Ame o seu próximo como a si mesmo. Não há 55
mandamento maior do que estes" Marcos 12:30-31.

INTRODUÇÃO
Qual é a primeira coisa que lhe vem à cabeça quando ouve falar de santidade? Alguns, talvez, ouviram tanto
sobre este assunto em sermões, aulas, aconselhamento, livros, estudos formais em seminários, tempos
espirituais familiares, etc., que às vezes seus ouvidos são inundados com tanta informação sobre a mesma
coisa. Portanto, alguns dirão: "Eu já sei disso" ou "Eu sei o que Deus quer que eu faça, ninguém tem que
repetir para mim tantas vezes". Mas podemos ter muita informação sem entendê-la correctamente ou como
usá-la em nossas vidas.
É improvável que não saibamos que tipo de vida agrada a Deus. Na verdade, o próprio Deus escreveu Sua lei
em nossos corações (Hebreus 10:16). Mas não se trata do quanto sabemos, mas de como vivemos com base
nesse conhecimento. Portanto, esta lição nos dará directrizes para nos ajudar a viver a santidade dia após dia.

I. Somos um povo santo porque Deus nos ama Este é o mistério de algo que acontece dentro de nós
(Actos 1:8; 2 Coríntios 5:14-21; Gálatas 5:25) e que se revela na forma como vivemos. Deixamos
tudo o que pertenceu ao mundo das trevas, que é
O amor é a linha central da santidade. Deus nos
oposto a Deus, não porque alguém nos tenha
amou tanto que Ele foi capaz de abrir mão de Seu
agitado, mas pelo trabalho profundo do Espírito
próprio filho para morrer por nós (1 João 4:10). A
Santo realizado no nosso íntimo. Essa experiência
nossa santidade nasce do Seu amor; portanto,
produz um alto "não" ao pecado, e um começo no
podemos garantir que o amor está no coração da
caminho da vida que agrada a Deus.
santidade.
B. Ele enche-nos com o Seu Espírito Santo.
A. Ele reconcilia-se connosco.
A vida de santidade deve mostrar que Deus vem
A santidade é o fruto do amor de Deus. Nenhuma
primeiro. O amor de Deus tornou possível a
pessoa pode tornar-se santa sem que a obra
reconciliação do homem pecador com Deus (a
redentora de Cristo seja sua. Santidade tem a ver
primeira obra da graça de Deus). Ele também pode
com algo que Deus já fez por nós (a morte de Jesus
garantir que nossa vida seja mantida na graça, e é aí
para pagar por nossos pecados). Se não tomarmos
que ser cheio do Espírito Santo é necessário para a
essa obra redentora para nós mesmos, é impossível
vida santa de todo crente (Efésios 5:18-20). O
viver em santidade. É através da Sua cruz que o
Espírito Santo está fazendo de nós um novo povo
crente recebe o poder de começar a viver de forma
que pertence a Cristo. Nós crucificamos a carne
diferente. É por isso que cada pessoa experimenta a
com as suas paixões e desejos (Gálatas 5:24-25).
reconciliação com Deus quando tem um encontro
com Cristo. Nós nos tornamos alguém diferente, e
tudo muda.
É claro que nenhuma pessoa pode viver em
santidade sem o poder da obra reconciliadora de
Deus e o enchimento do Seu Espírito. A vida de
santidade, que vivemos e experimentamos, tem o
seu fundamento no amor de Deus e no Seu
propósito eterno, para todos os que Lhe entregam as
suas vontades. É no contexto da Sua graça que se
recebe o poder de viver em santidade. Nós temos o
poder de não pecar, de não nos rendermos aos
propósitos da carne ou a tudo o que o diabo oferece,
mas de viver uma vida santa.
Pergunta: Por que precisamos ser cheios do
Espírito como crentes?
II. Um povo santo porque amamos a Deus e ao
nosso próximo (Marcos 12:30-33; Filipenses 2:1-
2)
Estes mandamentos que Jesus mencionou em
Marcos 12:30-33 já eram conhecidos pelo povo
judeu séculos atrás (o shema de Israel em
Deuteronômio 6:4-5, e também em Levítico 19:18).
Mas a novidade que Jesus fez foi juntar estes dois
mandamentos. Jesus fez com que estes
mandamentos fossem da maior importância.
Portanto, a sua importância para a igreja deve ser
vista na mais clara experiência e prova de uma vida
de santidade. Essas palavras do Mestre concentram-
se no que cada filho de Deus deve fazer, e como eles
devem viver.
A. Santidade significa amar a Deus com tudo o
que temos (Marcos 12:30)
Jesus disse que devemos amar a Deus com todo o
nosso ser, porque O amamos. Isto é o que significa
viver em santidade. Devemos amar com todo o
nosso coração, alma, mente e todas as nossas
forças, consagrando-nos totalmente a Ele.
A vida de santidade de um crente deve mostrar que
Deus vem primeiro como se segue:
• O tempo de uma comunhão de amor com o Senhor
nunca deve ser quebrado ou perdido. É mais
CONCLUSÃO
O maior símbolo de santidade é o amor. O Espírito Santo de Deus quer encher-nos com este espírito de amor.
Se amamos a Deus e ao próximo como a nós mesmos, e caminhamos em um relacionamento amoroso
íntimo com nosso Senhor, viveremos vidas santas, e por nossas acções de amor, mostraremos ao mundo como
Deus é.
importante do que qualquer outra coisa que temos
que fazer no dia.
• O nosso compromisso no Seu Reino não pára em
nada. Temos uma tarefa piedosa de vencer e fazer
discípulos dos vencedores, investindo nossas vidas
nos outros e ensinando-os a viver como Cristo. O
nosso amor por Deus transforma-se em ser como
Cristo.
B. Santidade é reflectida por pessoas que amam
(Marcos 12:31; Filipenses 2:1-2)
Deus está muito interessado nas relações que as 56
Suas criaturas têm entre si. Para Deus, uma maneira
forte de saber que estamos vivendo em santidade é
ver a maneira como nos relacionamos com o nosso
próximo. O apóstolo Paulo deu várias leis
espirituais que devem fazer parte da vida dos
santos; e todas elas têm influência em nossos
relacionamentos (Efésios 4:17- 32).
O Novo Testamento coloca um marcado interesse
no amor pelos outros como parte da vida de
santidade (Mateus 5:23-24). Se estivermos
envolvidos em reuniões da igreja, em ministérios,
ou como líderes, pastores, etc., nosso serviço e
adoração não serão agradáveis a Deus a menos que
primeiro resolvamos os problemas de
relacionamento que temos com alguém. A ordem de
Deus é que deixemos tudo no altar e primeiro nos
reconciliemos com essa pessoa. Nada do que damos
a Deus é importante, se isso não acontecer. O amor,
como eixo central da vida de santidade, inclui o
perdão e a reconciliação entre os seres humanos.
Paulo, ao escrever sobre os princípios básicos
importantes da vida de santidade, concentrou-se
mais nas relações entre crentes. Nessas passagens
nos é dito: aprender a consentir um com o outro de
coração; amar um ao outro; e estar unidos em
propósito (Romanos 13:10; I Coríntios 13;
Filipenses 2:2; I João 3:14-15 e 16-18).
Pergunta: De que forma o amor ao próximo pode
ser provado na sua vida diária?
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus

Lição
O POVO DE DEUS É UM POVO MISSIONÁRIO
25 Passagens para estudar: Mateus 28:16-20; Marcos 16:14-20; Lucas 24:45-
48; João 17:20-26, 20:30-31, 21:15-17

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para entender que como povo "Vocês porém são geração eleita um sacerdócio real, nação santa, povo
de Deus neste mundo, somos exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou
um povo enviado das trevas para a sua maravilhosa luz" 1 Pedro 2:9. 57

INTRODUÇÃO
Nós somos um povo missionário. Isto significa que, como igreja, devemos estar conscientes de quem somos
à luz de uma tarefa muito importante que temos de fazer. Nossos Valores Fundamentais ensinam que ser
missionário significa que, "Somos um povo enviado... (Mateus 28:19-20; 2 Coríntios 6:1)".
Pelo menos duas passagens do Antigo Testamento que estão relacionadas com o que Deus queria que o povo
de Israel fosse, nos ajudam a entender nosso ser como um povo missionário.
Êxodo 19:5-6 mostra isso: 1) O povo de Deus tem ordens para obedecer e guardar a aliança do Senhor; 2)
Deus considerou o seu povo como seu tesouro especial; 3) A missão do povo de Deus é ser um reino de
sacerdotes, ou seja, mediadores e intercessores; 4) O povo de Deus, que é o seu tesouro especial, deve ser
santo, chamado por Deus para revelar como Ele é.
Isaías 49:6 apresenta-nos a Israel como o servo de Deus, chamado a trazer a salvação à humanidade (ver
também o versículo 3). Ao interpretar este versículo, nós, normalmente, o usamos como um símbolo que
aponta para nosso abençoado Salvador, Jesus. Mas também podemos afirmar que ele aponta para a Grande
Comissão dada pelo Senhor no Novo Testamento. Reunindo estas duas passagens e a ideia de ser um povo
missionário, pode-se dizer que os judeus foram o primeiro povo de Deus a ser missionário, e depois de
Pentecostes, Deus comissiona todos os crentes para serem missionários e irem a todas as nações.

Como nação, os israelitas deveriam viver cada parte de suas vidas como missionários de Deus para todas as
outras nações. Esta visão das coisas expande o entendimento comum de que os "enviados" são os missionários
e outros líderes da igreja. No entanto, ao mesmo tempo em que sustentam a importância e a necessidade desses
papéis de liderança, a tarefa de serem enviados não deve ser realizada apenas por eles.
É por isso que é importante entender quem somos como pessoas missionárias. Isto significa que todo Nazareno
deve ser guiado pelo "chamado de Cristo e fortalecido pelo Espírito Santo para ir a todo o mundo, para
testemunhar o Senhorio de Cristo e para participar com Deus na edificação da Igreja e na extensão do Seu
reino". Isto significa que cada Nazareno está sempre numa missão em tudo o que faz e onde quer que esteja.
Nesta lição, vamos considerar brevemente a Grande Comissão do Novo Testamento e o que nossa missão
como povo missionário envolve.

I. A Grande Comissão no Novo Testamento
Jesus deu um mandato aos seus discípulos. Cada
evangelho coloca esta Grande Comissão duma
forma um pouco diferente. Em Mateus 28, o Senhor
ordenou aos discípulos que fossem e fizessem
discípulos de todas as nações, baptizassem os novos
discípulos e lhes ensinassem todas as coisas que Ele
lhes havia ensinado (vs. 19-20). Em Marcos 16, a
ordem incluía cinco sinais que seguiriam aqueles
que cressem nEle (vs. 17-18). Em Lucas 24, Jesus
apontou que Seus discípulos deveriam ser
testemunhas de tudo o que tinha acontecido com Ele
(v. 48; Actos 1:8). Mas eles precisavam de esperar
em Jerusalém até receberem a promessa do Pai (v.
49). Finalmente, em João 20:21, Jesus disse: "...
Como o Pai me enviou, eu vos envio", o que nos
lembra a sua missão "de buscar e salvar os
perdidos" (Lucas 19:10). A missão dos discípulos
era ganhar os outros e buscar sua unidade com
Cristo e uns com os outros, para que se tornem
semelhantes a Cristo (João 17:20-26).
Em Actos 26:16-18, tomamos conhecimento da
resposta de Paulo ao mandato de Cristo. Deus
chamou Paulo para ser Seu ministro e testemunha
de tudo o que Cristo lhe mostraria. Ele o enviou aos
gentios (também em Romanos 1:1, 14-16). E para
resumir a extensão do chamado, Pedro mostrou que
todos os crentes são o povo escolhido por Deus para
anunciar a Boa Nova do nosso abençoado Salvador,
Jesus Cristo (1 Pedro 2:9-10).
Assim vemos que através dos Evangelhos e dos
testemunhos de Paulo e Pedro todos os seguidores
de Cristo, como povo de Deus, devem viver com a
sensação de serem enviados e viver para cumprir a
Grande Comissão. Este é o encargo alegre do povo
chamado Nazareno como povo missionário!
Pergunta: Com base neste estudo, o que você
entende por ser "um povo missionário"?
II. Um povo missionário realiza a Grande
Comissão
O que está envolvido na realização da Grande
Comissão como um povo missionário?
Brevemente sugerido:
a. A nossa missão começa com a adoração. Isto
significa que a reunião da igreja local diante de
Deus em adoração é muito importante e básica para
a nossa missão no mundo. Através de uma adoração
significativa e regular, passamos a saber "o que
significa ser o povo de Deus". Assim estamos
comprometidos com o nosso "encontro" (Hebreus
10:23-25).
b. A nossa missão "ministrar através da compaixão
e da evangelização". Isto significa que "partilhamos
o amor de Deus pelos perdidos e a Sua compaixão
pelos pobres e quebrantados". O Grande
Mandamento (Mateus 22:36-40), e a Grande
Comissão (Mateus 28:19-20) movem-nos a 58
envolver o mundo no evangelismo, na compaixão
e na justiça". A alegria de adorar a Deus força-nos
a buscar amorosamente os outros para que eles
também possam experimentá-Lo.
c. A nossa missão "encoraja os crentes para a
maturidade cristã através do discipulado". Para se
tornar e fazer discípulos como Cristo, vários meios
são fornecidos para que os crentes "cresçam em seu
entendimento da fé cristã e seu relacionamento uns
com os outros e com Deus" (Mateus 28:20).
d. A nossa missão "prepara mulheres e homens para
o serviço cristão através da educação superior
cristã". Através da educação superior cristã, eles "...
estão equipados para vidas de serviço cristão ... para
cumprir o nosso chamado dado por Deus de servir
na Igreja e no mundo" (Mateus 28:20; 2 Timóteo
2:2).
Pergunta: Discuta os efeitos de realizar a Grande
Comissão desta forma no seu contexto?

CONCLUSÃO

Deus sempre chamou Seus discípulos para cumprir a missão mais importante de todas, a salvação de todos os
seres humanos. Ele quer que eles sejam libertados dos seus pecados, e que se tornem Seus filhos e herdeiros da
vida eterna. Nossa missão como povo de Deus é ser fiel aos mandatos divinos e não falhar ao Senhor em nenhum
momento ou lugar. Israel falhou ao não cumprir fielmente a sua missão. Devemos fazer melhor, e acredito que
podemos nos tornar um povo missionário. Que Deus nos ajude!
 Segundo Trimestre: Características do Povo de Deus
Lição
O POVO DE DEUS PARTILHA AS BOAS NOVAS
26
Passagens para estudar: Mateus 28:16-20; Lucas 24:44-49; Actos 1:6-9

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para aprender que, como povo de Deus,
devemos compartilhar a Boa Nova e
sentir uma profunda paixão pelas
pessoas que não conhecem a Cristo.
"Portanto vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e
ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei. E eu
estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" Mateus 59
28,19-20.

INTRODUÇÃO
Você já se perguntou por que não somos imediatamente levados para o Céu para estarmos com Cristo
quando O recebemos? Esta é uma boa pergunta para a qual pode haver duas respostas:
1. Porque o Senhor quer que o adoremos aqui, na terra. Enquanto há vida aqui e o julgamento final ainda não
chegou, o Senhor quer que a Sua criação e a humanidade O adorem. As pessoas que O adoram devem ser
santas.
2. Porque o Senhor quer que alcancemos outras pessoas com o evangelho para que elas também possam ser
salvas (1 Pedro 2:9; 2 Pedro 3:9), tenham vida abundante, e também O adorem. Enquanto há vida na Terra,
as pessoas são necessárias para compartilhar Cristo e Sua salvação com outros seres humanos que ainda não
experimentaram esta graça.
Esta lição trata do segundo motivo: a obra que o Senhor quer que Seus filhos desenvolvam para que outras
pessoas também possam conhecê-lo e experimentar o poder do evangelho. Chamamos essa tarefa de
compartilhar a Boa Nova (Evangelho) de "evangelizar", e é sobre isso que trata a nossa lição de hoje.

I. As últimas palavras de Nosso Senhor. Grande Comissão, considere a diferença de

Nos Evangelhos Sinópticos (Mateus, Marcos,
Lucas) e Actos, as últimas palavras registadas de
Jesus foram sobre a tarefa que Ele deixou para nós,
Seus discípulos, enquanto estamos aqui na Terra.
Esta tarefa é fazer discípulos do Senhor (Mateus
28:19-20; Lucas 24:46-47; Actos 1:8).
Pergunta: De que falam as últimas palavras de
nosso Senhor registadas nos evangelhos sinópticos
e em Actos (Mateus 28:19-20; Lucas 24:46- 47;
Actos 1:8)?
II. A Grande Comissão ou a "Grande
Omissão"? (Mateus 28:18-20)
A. Explicando a diferença
Muitos conhecem Mateus 28:19-20 de cor, mas a
questão honesta é esta: colocamos isso em prática?
Antes de olhar um pouco mais de perto para a
significado entre "Comissão" e "Omissão". O
Dicionário da Internet define "Comissão" como:
"uma instrução, comando ou dever dado a uma
pessoa ou grupo de pessoas." Uma omissão é
definida como: "alguém ou algo que tenha sido
deixado de fora ou excluído" (www.google search).
Geralmente, conhecemos esta passagem de Mateus
28 como a Grande Comissão; mas na prática, para
alguns crentes, ou talvez para muitos, ela é a
"Grande Comissão" acaba sendo a Grande
Omissão". Então, surge esta questão que não pode
ser evitada: e nós?
B. Uma Breve Análise da Grande Comissão
A Grande Comissão (Mateus 28:19-20) consiste
em: Uma ordem ("Portanto, idem..."): temos de ir
ter com eles. Um processo ("... e façam
discípulos..."): para ajudar as pessoas a manter
sua fé em Cristo e aprender a segui-Lo de todo
o coração. Uma vasta responsabilidade ("...de
todas as nações..."): para todos os povos de
diferentes raças, cores, os que vivem no próximo
quarteirão ou a dez quarteirões de distância, os que
estão na prisão e nos hospitais, os que se comportam
como nossos inimigos, etc. Em resumo: a todos.
Para fazer companhia aos novos crentes
("...baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo"): é necessário acompanhar os novos
crentes num processo de discipulado antes e depois
de seu baptismo. O ensino constante ("...ensinando-
os a obedecer a tudo o que lhes ordenei"): não só os
conduz até serem baptizados, mas é preciso
continuar a ensinar os novos cristãos a obedecerem
a tudo o que Jesus mandou.
Enquanto cumprirmos a Grande Comissão, o
Senhor virá connosco com Seu poder e com
maravilhas dignas de Seu nome (Mateus 28:18-20).
Pergunta: Qual é a diferença entre 'comissão' e
'omissão'?
III. Um método prático para partilhar as Boas
Novas
A. Deus criou tudo, incluindo os seres humanos,
porque Ele nos ama.
Gênesis 1:1 afirma que Deus criou tudo o que
vemos. Gênesis 1:27 diz que Deus criou o homem e
a mulher à Sua imagem. O mesmo Deus que criou
o homem e a mulher os colocou no paraíso do Éden,
onde Ele tinha um relacionamento profundo e
especial com eles. Gênesis 3:8 mostra-nos que Deus
"... andou no jardim".
B. O pecado estragou o nosso relacionamento
com Deus e com a criação.
Gênesis 3 mostra-nos que o povo foi tentado, cedeu
e pecou, e como resultado, eles se separaram da
comunhão com Deus. Eles foram expulsos do
CONCLUSÃO
As últimas palavras do nosso Senhor, o que Ele queria especialmente que nos lembrássemos, era que
compartilhássemos a Boa Nova com aqueles que ainda não O conhecem, guiando-os ao arrependimento, ao
perdão de seus pecados através de Cristo, do discipulado, do baptismo, do encorajamento e do ensino a
obedecerem a tudo o que o Mestre nos ensinou.
paraíso e, desde então, a humanidade tem vivido em
estado de separação com Deus. Nós não só
nascemos com o pecado, que herdamos, mas
também pecamos por nós mesmos (Romanos 3:10).
Todos nós pecamos e por causa disso, o castigo é a
morte (Romanos 6:23).
C. A solução para o pecado é Cristo
Embora o pecado nos separasse de Deus, Ele nos
deu uma solução. O Senhor Jesus levou os nossos
pecados e morreu por nós. Ele tomou o nosso lugar
e recebeu o castigo que cada um de nós merecia, por
causa do seu grande amor (Isaías 53:5; Romanos 60
5:8). Pelo Seu acto sacrificial, agora podemos ter
uma nova vida e sermos adoptados como filhos de
Deus.
D. A decisão de aceitar a Cristo
Deus já fez tudo por nós para que possamos ser
perdoados de nossos pecados e receber a salvação e
a vida eterna. Cada um deve decidir por si mesmo
receber a Cristo como seu Salvador. Cada pessoa
deve arrepender- se de todos os seus pecados,
pedindo perdão a Deus e aceitando o sacrifício
de Cristo em seu lugar (Apocalipse 3:20).
Uma vez que a Boa Nova tenha sido partilhada e as
perguntas respondidas, podemos perguntar-lhes:
"Queres receber Cristo como teu Salvador?" Se a
resposta for afirmativa, precisamos de ajudá-los a
repetir uma oração sincera de fé como esta: "Senhor
Jesus, eu reconheço que sou uma pessoa pecadora;
tenho feito muitas coisas erradas. Hoje, lamento
sinceramente tudo isso. Peço-te que me perdoes e
que entres no meu coração através do teu Espírito
Santo. Faça-me seu filho, porque me ama. Amém".
Como já foi dito, o cumprimento da Grande
Comissão não termina aí. O novo crente deve agora
ser discípulo, baptizado, e continuar a aprender tudo
o que Jesus ensinou.
Pergunta: Nomeie as quatro partes do plano de
salvação sugeridas no conteúdo da lição de acordo
com Gênesis 1, 3; Romanos 3:23, 6:23, e
Apocalipse 3:20.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
A ORAÇÃO DE UM AMIGO NA PRISÃO
27
Passagem para o Estudo: Filipenses 1:3-11

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para compreender o papel do amor cristão no ""...esta é a minha oração: que o amor de vocês
cumprimento de uma vida plena e santa. aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a
percepção..." Filipenses 1:9
61

INTRODUÇÃO
A carta aos Filipenses é a mais pessoal de todas as cartas de Paulo porque, nela, o apóstolo mostra seu amor
pelos destinatários. Com ela, Paulo procurou encorajar a igreja a perseverar na fé e no amor, mesmo no meio
da perseguição (Filipenses 1:9; 3:1; 4:4).
Ninguém pensaria que esta carta foi escrita a partir da prisão. Vamos tomar um minuto para pensar
honestamente sobre qual seria nossa atitude se tivéssemos que escrever uma carta
como prisioneiros por pregar o evangelho. A oração de Paulo como intercessor pelos irmãos e irmãs
Filipenses tinha características que devem ser consideradas:
Não há oração específica escrita na carta porque a oração do apóstolo pelos seus amigos era permanente; a
oração de Paulo era cheia de um amor muito forte; era uma oração que pensava nas necessidades espirituais
daqueles por quem intercedia; era uma oração de gratidão. A oração de Paulo pelos seus amigos era um apelo
para que perseverassem em Cristo. Paulo sabia que a oração às vezes exige a vontade e o esforço de quem
ora ou daqueles por quem a oração é feita.
Quando fazemos nossos pedidos a Deus em oração, devemos estar dispostos a estar envolvidos nas respostas
à oração. Nesta lição, vamos tentar descobrir qual era o desejo do apóstolo para os seus amigos na situação
em que eles viviam.

I. Paulo ora pela comunhão no evangelho de coisas como nacionalidade, sistemas de

(Filipenses 1:3-5)
A profunda comunhão que uniu Paulo com seus
leitores Filipenses foi baseada em um elemento
comum que é maior do que qualquer diferença. De
acordo com a Bíblia, a comunhão não pretende
acabar com as diferenças naturais entre os seres
humanos. Mas trata-se de trabalhar juntos para a
causa comum - compartilhar a Boa Nova sobre
Cristo. A unidade cristã tem seu fundamento em
Cristo (Sua natureza, Seu ministério, Seus
ensinamentos e a esperança de Seu retorno) e não
em qualquer outra base. Na ideia de comunhão de
Paulo, Cristo é o agente de união de tudo, em vez
pensamento, política, ou filosofia. A teologia de
Paulo sempre foi centrada em Cristo e a ideia de
comunhão estava profundamente enraizada neste
ensinamento: assim estar em Cristo era o mesmo
que ser um membro do corpo de Cristo
O entendimento de Paulo sobre a comunhão tem
duas direcções: (1) uma direcção vertical, ou seja, a
relação do crente com Cristo; e (2) uma direcção
horizontal, dos crentes entre si e dos não crentes. A
segunda é um resultado da primeira, enquanto
também fornece espaço para os primeiros a crescer.
Estas dimensões de comunhão não podem ser
separadas.
Cristo oferece-nos a possibilidade de passarmos
pelos altos e baixos da vida apoiados por uma
comunidade com a qual compartilhamos a
esperança de que nossos sofrimentos não serão
eternos, em vão ou maiores do que nossas
esperanças. Paulo sabia como isso era importante e
significativo para os Filipenses e, portanto, orou
para que eles pudessem desfrutar do amor de Deus
e da comunhão do rebanho.
Pergunta: Quais são as duas direcções da
comunhão segundo Paulo?
II. Paulo ora pela abundância de amor no
coração (Filipenses 1:6-9)
A comunhão começa e permanece na pessoa de
Cristo. O apóstolo entendeu que Cristo e o amor não
podem ser separados, e nunca esqueceu este
componente chave das relações cristãs. A
comunhão não deve ser apenas uma teoria, mas
deve ser uma realidade na vida da igreja.
Para começar, o amor de acordo com a Bíblia é
completamente livre de preconceitos e acima de
tudo. 1 João 4:8 diz que "Deus é amor". Isso
significa que o amor existe além das emoções e
circunstâncias; é a própria natureza de Deus. Os
crentes, em cujo coração o Espírito de Deus habita,
podem ficar irados, mas não se deixarão odiar ou
guardar rancor. Lembremo-nos do que a Bíblia diz:
"Quem afirma amar a Deus, mas odeia um irmão ou
irmã, é mentiroso". Porque todo aquele que não ama
a seu irmão ou irmã, a quem viu, não pode amar a
Deus, a quem não viu" (1 João 4:20).
Os cristãos não podem ignorar o amor, nem
continuar a odiar, a mostrar amargura ou
ressentimento. A verdade básica da qual os cristãos
não podem ser separados é o perdão. Para que a
comunhão seja possível, nós devemos crescer a
capacidade de perdoar. Jesus deixou isso claro, pois
o perdão foi um dos temas centrais do seu ensino.
A motivação para o perdão reside no simples facto
de ter sido perdoado por Deus e nada mais.
Pergunta: O que você considera serem os
ingredientes necessários para a comunhão com os
nossos próximos?
III. Paulo ora por vidas agradáveis a Deus
(Filipenses 1:10-11)
Finalmente, Paulo revelou-lhes o propósito final: 62
"...para que possam discernir o que é melhor e ser
puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo" (v. 10)
Santidade e piedade são expressas através da vida
comunitária. A vida em comunhão com Deus torna
necessário que o crente esteja em comunhão com os
outros. É esta comunhão que capacita os crentes a
crescer no discernimento "do que é melhor e pode
ser puro e irrepreensível para o dia de Cristo" (vs.
10). Amar o próximo é honrar a Deus. Deus através
de Jesus Cristo, é identificado com todos nós, e
assim, os crentes podem se tornar verdadeiros
portadores de Sua imagem. Finalmente, lembremos
que para que esta comunhão seja possível, o perdão,
o amor e a misericórdia são necessários. Paulo
disse: "... Deus estava reconciliando o mundo
consigo mesmo em Cristo, sem contar os pecados
das pessoas contra ele. E Ele nos concedeu a
mensagem da reconciliação" (2 Coríntios 5:19). Se
Cristo deu Sua vida para nos reconciliar com o Pai,
devemos nos tornar agentes de reconciliação, e isso
nos força a viver e buscar activamente a comunhão
com nossos próximos.
Pergunta: Pessoalmente, reflicta sobre quais
acções você deve tomar para estar em comunhão
com sua família, irmãos e irmãs de fé, vizinhos,
colegas de trabalho, etc.

CONCLUSÃO

A oração de Paulo pelos Filipenses permite-nos ver a sua preocupação em que eles permaneçam unidos. A
unidade é vital para que a igreja cumpra seu propósito de testemunhar o amor de Deus pelo mundo. Mas isso
não é conseguido por si só; é construído através da comunhão, do amor e do
perdão, baseado em nosso relacionamento com Cristo. Como cristãos, devemos ter cuidado para não separar a
ideia da vida comunitária da vida pessoal, vida devocional. A santidade é social, ou seja, se expressa em nossa
vida de comunidade e em um carácter que vela pela paz do mundo e pela unidade do corpo de Cristo.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
UMA VIDA DE APAIXONADA POR CRISTO
28
Passagem para o Estudo: Filipenses 1:12-30

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Aceitar o desafio de viver uma vida de paixão "Porque para mim viver é Cristo, e morrer é lucro"
por Cristo. Filipenses 1:21.

63
INTRODUÇÃO

Nesta bela passagem, vemos a grande paixão por Cristo que distinguiu a vida do apóstolo. Paulo nada negou
de si mesmo pelo seu amado Senhor e Salvador. Ele foi inundado por um sentimento de gratidão que não
pode ser comparado a nada pela graça de Deus mostrada nele. Ele também estava profundamente persuadido
de seu dever de pregar o evangelho com urgência a todas as pessoas. Ele assim respondeu ao "supremo
chamado de Deus em Cristo Jesus" sem qualquer condição (Filipenses 3:14). Isto significava uma luta diária
envolvendo sofrimento e o perigo permanente da morte. Sem dúvida, a vida de Paulo desafia-nos a nos
entregarmos completamente a Cristo.

I. Uma vida apaixonada por Cristo como
testemunha (Filipenses 1:12-17)
Quando nossos corações estão cheios de paixão por
Cristo, podemos superar qualquer dificuldade, e
com a ajuda da graça de Deus, fazer dela uma
oportunidade de crescer na fé e testemunhar o
evangelho.
A. Anunciar Cristo em dificuldades (vs. 12-14)
O grau de dificuldade em nossa vida ou ministério
não é um sinal de que Deus não está connosco, ou
que Seu propósito foi removido. Ao contrário, é a
oportunidade para Deus glorificar-se a si mesmo e
mostrar o seu poder sobrenatural. A palavra
"avanço" no versículo 12 é um termo militar. Inclui
a ideia de alguém que está fazendo seu caminho
através da floresta enquanto anda por um caminho
difícil. Provavelmente nesta vida, nós nunca
entenderemos completamente o quão longe nós
influenciamos as pessoas quando nós
testemunhamos corajosamente Cristo no meio das
dificuldades da vida.
B. Anunciando Cristo pela razão certa (vs. 15-
17)
A seguir, a passagem ensina-nos a importância de
pregar o evangelho pelas razões certas. Nos
versículos 15-
18, Paulo salientou que "alguns pregam a Cristo
por inveja e rivalidade". Pregar o evangelho por
inveja ou rivalidade não é estranho ao nosso tempo,
mas quanto dano ele causa ao corpo de Cristo! O
apóstolo Tiago também falou sobre inveja,
egoísmo, ambições e contendas que não vêm de
Deus (Tiago 3:13-18); o que quer que seja de Deus
sempre iluminará a igreja.
Finalmente, Paulo falou daqueles que pregam o
evangelho "por amor" (v. 16). Eles são os únicos
que podem dizer: "O amor de Cristo nos obriga..."
(2 Coríntios 5:14-15).
Pergunta: Quão apaixonadamente pregamos
evangelho?
II. Uma vida apaixonada por Cristo na fé
(Filipenses 1:18-26)
Para testemunhar apaixonadamente sobre Cristo,
precisamos ser sustentados pela fé, especialmente
quando tudo parece funcionar em conjunto contra
nós.

A. Sustentado pela oração e pelo Espírito (v. 19)

A confiança de Paulo não se baseava em nenhum
elemento humano; baseava-se na vontade de Deus.
Para isso, ele pediu a oração. O outro fundamento
da sua confiança era a "provisão do Espírito de
Jesus". Isto provavelmente aponta para a presença
efectiva do Espírito Santo no ministério da igreja.
Precisamos sempre de descansar em Cristo dos
nossos cuidados e preocupações, mesmo aqueles
relacionados com a obra de Deus.
B. Confiando na boa vontade de Deus (vs. 20-26)
Nos versículos 20b e 21, o apóstolo afirma que
Deus nunca lhe falhou e, portanto, Ele também não
nos falhará. Quando andamos na Sua vontade,
qualquer acontecimento que nos aconteça será o
melhor de Deus para nós. Podemos não ter todas as
respostas para cada situação difícil, mas sabemos
que Deus tem um propósito firme para nós
(Romanos 8:28). A única comunhão com Deus
pode dar ao cristão uma tal sensação de segurança.
Precisamos de depositar toda a nossa confiança na
Sua vontade, seja qual for a nossa situação.
Nos versículos 22-26, Paulo revelou um profundo
conflito interior. De acordo com seus sentimentos,
ele queria deixar este mundo imediatamente para
estar com Cristo. No entanto, a grande e
exigente necessidade da igreja reteve o seu amor. A
primeira ideia lhe pareceu muito melhor, mas a
segunda, a mais necessária para a igreja. Então,
Deus permitiu isso.
Pergunta: Qual foi a razão pela qual Paulo pediu
que a igreja orasse?
III. Uma vida apaixonada por Cristo na conduta
(Filipenses 1:27-29)
Paulo é também um exemplo de uma vida
apaixonada pela santidade. O que ele esperava de
cada crente era que sua conduta correspondesse ao
chamado santo recebido do evangelho. No entanto,
a situação em que os irmãos Filipenses se
encontravam significava uma luta permanente para
se manter na linha do chamado. Foi necessária uma
verdadeira paixão por Cristo para permanecer firme
CONCLUSÃO
Precisamos ter a coragem de compartilhar o evangelho em um mundo incrédulo e difícil, juntamente com uma
firme confiança na vontade de Deus, e uma conduta caracterizada pela santidade prática. Estes são os sinais de
vida apaixonada por Cristo. A paixão pelo Senhor não vem de nós, mas da graça de Deus que enche o nosso
ser.
em meio a tão corrupta sociedade. A paixão por
Cristo pode ser provada quando o crente se
comporta de uma maneira digna do evangelho. A
conduta de um cristão deve corresponder às suas
palavras. Em outras palavras, o que fazemos deve
estar de acordo com o que dizemos. Paulo exigiu
várias coisas importantes da igreja aqui:
A. Precisamos de ter o mesmo propósito (v. 27a)
Um amor apaixonado por Cristo permite um acordo
apesar das pequenas diferenças de opinião que
muitas vezes surgem. Isto permite que os esforços 64
sejam dirigidos para um objectivo comum. O amor
ajuda-nos a superar qualquer tipo de barreira. Paulo
disse que o amor une tudo "em perfeita unidade"
(Colossenses 3:14). O objectivo principal que nos
une é a Grande Comissão.
B. Precisamos de lutar juntos pela fé (v. 27b)
Filipenses 1:27b diz: "...lutando juntos como um só
pela fé do evangelho". O evangelho faz-nos ser um
povo diferente, livre da independência egoísta que
caracteriza o mundo ao nosso redor e marcado pelo
amor incondicional pelos outros. Por outro lado, a
ideia de Paulo aqui parece ser a de uma equipe de
gladiadores que lutam juntos, protegendo e
ajudando uns aos outros a fim de alcançar a vitória.
C. Precisamos de coragem contra aqueles que se
opõem a nós (vs. 28-29)
Os cristãos em Filipos enfrentaram dificuldades
persistentes, mas a luta firme dos crentes em defesa
da fé foi um sinal claro da sua salvação. Ao mesmo
tempo, foi um sinal claro para os descrentes que
estavam a caminho da sua destruição (v. 28b). Paulo
os convidou a considerar uma honra sofrer por
Cristo (v. 29). Não nos deixemos aterrorizar pelas
dificuldades, pois "se Deus é por nós, quem pode
estar contra nós? (Romanos
8:31).
Pergunta: Por que nós cristãos precisamos de viver
lutando para o mesmo propósito?
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
UNIDADE CRISTÃ
29
Passagem para o Estudo: Filipenses 2:2-4

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a importância de servir em unidade "...completem a minha alegria, tendo o mesmo
como igreja, e as formas práticas de alcançá-la de modo de pensar, o mesmo amor, um em espírito
acordo com o conselho do apóstolo Paulo. e de uma só atitude" Filipenses 2:2.
65

INTRODUÇÃO
Filipos era uma cidade muito importante dentro da sua região. Nela se falava latim, e sua organização social,
política e religiosa era tão parecida com a de Roma que seus habitantes se sentiam como se vivessem na
própria capital do império. Era como Roma longe da capital, ao ponto de ser chamada de "Roma Miniatura".
Os habitantes de Filipos tinham um elevado orgulho cívico e regional. Orgulhavam-se de serem cidadãos de
Roma. Era uma colónia romana orgulhosa, isenta de impostos e com muitos privilégios. Como todos os seres
humanos, os Filipenses lutavam com o seu orgulho.
Em Actos 16:12-40, somos informados sobre o nascimento da igreja de Cristo em Filipos. Foi durante a
segunda viagem missionária do apóstolo Paulo que Deus lhe deu uma visão de um homem macedónio pedindo
ajuda (vs. 6-10). Paulo, Silas e Timóteo partiram imediatamente para Filipos. Quando chegaram lá,
anunciaram o evangelho, e uma mulher chamada Lídia foi a primeira convertida (v. 14). Então em nome de
Jesus Cristo, Paulo expulsou o espírito de prever o futuro da vida de uma escrava, que deu bons lucros aos
seus donos (vs. 16-18). Como resultado, Paulo e Silas acabaram na prisão. Mas foi lá dentro da prisão que
aconteceu um grande milagre. O lugar tremeu, e todas as portas abriram-se. Então, o carcereiro encarregado
quis se matar pensando que os prisioneiros tinham fugido, mas Paulo disse-lhe que nenhum deles tinha
escapado. O carcereiro, vendo-se perto da morte, decidiu dar a sua vida a Cristo, juntamente com toda a sua
família (vs. 19-34). Foi assim que a bela igreja de Filipos começou.
A carta inteira aos Filipenses é uma mensagem do coração de um pastor à sua amada igreja, de um pai
encorajando e exortando os seus filhos. Podemos ver o coração de um servo maduro que deu sua vida para a
pregação do evangelho, o que o levou a sofrer muito. Mas esta carta nos dá uma mensagem de força, confiança,
encorajamento e alegria, tão necessária para nós que também somos muitas vezes sobrecarregados pelo peso
de viver neste mundo caído.

I. Unidade através do amor (Filipenses 2:2)
A. Alegria completa
A medida da alegria do Apóstolo Paulo não foi
completa porque ele percebeu que havia falta de
humildade e unidade. O principal desejo de Paulo não
era sua rápida libertação da prisão, mas sim pelo
progresso espiritual
de todos os irmãos e irmãs Filipenses.
B. O pedido de Paulo aos Filipenses para serem da
mesma mente e num só espírito
O apóstolo Paulo pediu à igreja de Filipos que fosse
da mesma mente (ver v. 5), ou seja, que tivesse um
acordo de opiniões e sentimentos. Todos eles devem
compartilhar "o mesmo amor". Isto é, todos eles
devem compartilhar a preocupação amorosa, vibrando
juntos de uma só vez ao som da mesma moral e
movidos pelas mesmas razões com unidade de
propósito. Mesmo que discordemos em questões
menores, podemos deixar de lado nossas próprias
opiniões que não comprometem nenhuma crença da
Bíblia, para o bem dos outros.
Isto significa ter a mente de Cristo... ver as coisas
como Ele as veria e responder a elas como Ele as
responder. Compartilhar o mesmo amor significa
mostrar o mesmo amor que Cristo nos mostrou, um
amor que pagou por tudo. Estar em um acordo
significa trabalhar juntos em harmonia para um
objectivo comum. Sentir a mesma coisa significa agir
de uma forma tão unida que se torna claro que a mente
de Cristo está a dirigir as nossas actividades. Mas isso
não significa que somos exactamente como um ao
outro, ou que nossas vidas são iguais. Expressar
unidade em propósito é permitir que a mente de Cristo,
Sua maneira de pensar, esteja em nós. Isso permite
diferenças de expressão, diferenças nos dons,
diferenças nas formas de servir, e até diferenças nas
doutrinas menos importantes, mas sem lutar.
Pergunta: Liste algumas maneiras práticas de
promover ainda mais a unidade na sua congregação.
II. Unidade através da humildade (Filipenses 2:3)
A. A raiz de alguns problemas
Podemos afirmar que muitas das dificuldades
enfrentadas pelas igrejas hoje não são devido às
diferenças de crenças, mas sim são causadas por
paixões ou sentimentos humanos, como inveja e
competições que causam conflitos. Precisamos de
seguir o conselho de Paulo sobre agir de forma a não
causar oposição e, sem inveja. Se fizéssemos isso,
quase todos os problemas entre os cristãos seriam
evitados.
Parece que essas duas irmãs tinham alguns problemas
no seu relacionamento. Elas parecem ter causado
dificuldades através do seu espírito competitivo. Isto
tinha chegado ao conhecimento de Paulo e ele queria
que elas resolvessem o seu conflito.
Estes problemas são muito quando uma pessoa ou
outra quer estar no topo. O conselho de Paulo é
considerar outras pessoas acima de nós. A arrogância
é um pecado profundamente enraizado e precisamos
da intervenção do Espírito Santo para lidar com essas
atitudes perversas da nossa velha natureza.
Pergunta: Quais seriam algumas razões correctas 66
para servir na igreja?
III. Unidade através da compaixão (Filipenses 2:4)
A. Mantendo o equilíbrio
A auto-estima é como nos entendemos e conhecemos
a nós mesmos. Mas podemos ter uma consideração tão
elevada de nós mesmos, e isso leva ao orgulho,
arrogância, vaidade e a um sentimento de que somos
superiores aos outros. A respeito disso, Paulo disse
que não devemos nos considerar superiores aos outros,
mas que devemos olhar e tratar todos à nossa volta
como superiores a nós mesmos. Isso é humildade.

B. Examinando as nossas motivações B. Cedendo o meu lugar

Alguns crentes só fazem as coisas porque esperam
receber reconhecimento público pelas suas acções. O
conselho de Paulo é não fazer nada por egoísmo ou
por vaidade, nem para provocar conflitos ou competir
como inimigos. Em sua carta, Paulo exortava a igreja
a se livrar da atitude de querer ser notado, o que é um
sintoma de orgulho.
O egoísmo é pensar apenas em nós, nos nossos
interesses, esquecendo o bem dos outros. Paulo
repreende- nos para não sermos assim. Precisamos de
ser humildes. Valorizar os outros como melhores que
nós, e procurar o bem-estar dos outros é uma coisa
muito importante para uma vida em comunhão,
harmonia, e unidade.

C. O conselho do pastor Pergunta: Faça uma lista restrita de problemas que

Filipenses 4:2 diz: " Eu rogo a Evódia e a Síntique que podem ser evitados na igreja se o orgulho pessoal for
sejam da mesma opinião no Senhor". removido.

CONCLUSÃO

O amor incomparável de Cristo em nós nos levará a ter o mesmo desejo de lutar pela unidade santa.
Encorajando- nos sempre uns aos outros, não seremos orgulhosos, mas mostraremos genuinamente interesse no
bem-estar daqueles que nos rodeiam. Para alcançar tudo isso, devemos desenvolver uma vida de constante
escuta de Deus e permitir que Ele nos mude. Desta forma, a igreja brilhará com a luz de Cristo.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
CRISTO: O EXEMPLO DE HUMILDADE
30
Passagem para o Estudo: Filipenses 2:5-11

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para compreender que só Cristo nos "E sendo encontrado na forma humana, humilhou-se a si
pode ensinar a viver humildemente. mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz!"
Filipenses 2:8
67

INTRODUÇÃO

Quando falamos de humildade, estamos a falar de alguma coisa mais profunda do que uma acção que parece
ser humilde. Estamos a falar sobre algo que revela a própria essência nossa como povo cristão. A verdadeira
humildade brota de um coração humilde.
A humildade genuína não é apenas um acto falso. Não podemos pretender ser humildes, ou pensar que a
humildade irá apenas aparecer. Não tem nada a ver com quem somos fisicamente, ou com o que vestimos,
mas com o que somos no nosso ser mais profundo. Surge de um coração sincero e cheio de amor pelos outros.
Seguir o exemplo de Jesus significa percorrer o mesmo caminho que o nosso Mestre percorreu. Em outras
palavras, devemos seguir o seu exemplo na vida e nos ensinamentos. Jesus é nosso exemplo. Ele é o modelo
que precisamos de imitar.
A Escritura ensina-nos que devemos "ter a mesma mentalidade que Cristo Jesus (Filipenses 2:5); e a
humildade é uma de suas qualidades.
Quando somos mudados por Jesus podemos ter "Sua mentalidade" e, com ela, a capacidade de viver em
verdadeira humildade. Vejamos nesta parte da carta de Paulo, escrita aos Filipenses, o significado da
humildade de Cristo. E então podemos decidir imitá-lo, e com a Sua ajuda, sermos verdadeiros cidadãos do
Reino dos Céus.

I. Cristo não se apegou à sua natureza como
Deus (Filipenses 2:6)
Nesta passagem, o apóstolo Paulo ensinou que
Cristo é igual a Deus; Ele é o próprio Deus. Assim,
olhar para Cristo é olhar para Deus. Ambos são da
mesma natureza e são superiores a tudo. Isto nos diz
que Cristo, sendo Deus, não se apegou à Sua
natureza como Deus. Isto Ele fez para agir em
bondade para com as pessoas. Ele queria ensinar-
nos algo muito mais profundo. Todo cristão deve
entender que a humildade não tem a ver com a nossa
aparência, com o nosso modo de falar, ou com o
nosso aspecto: é o que somos. Nunca devemos usá-
la para oprimir os outros, mas sim, devemos viver
humildemente seguindo o exemplo de Cristo como
visto em Sua vida nesta terra.
Pergunta: O que significa a seguinte expressão:
"Ele não considerou ser igual a Deus algo para ser
usado a seu favor"?
II. Cristo concordou em ser um homem
(Filipenses 2:7)
Por amor, Jesus assumiu a natureza de um escravo
para cumprir o plano de redenção da humanidade.
Ele não foi obrigado a fazer isso. Ele escolheu
tomar a nossa forma humana, mostrando a Sua
humildade. Ele renunciou ao Seu trono para
caminhar entre as pessoas e partilhar a sua a
natureza como humanos. A humildade genuína
deve nascer de uma vida mudada que vem e de um
coração disposto a ajudar os necessitados,
independentemente da sua condição. O verdadeiro
significado da verdadeira humildade é ser capaz de
sacrificar tudo pelo amor ao próximo. Cristo
tornou-se um servo por causa da verdadeira
humildade e do grande amor. Assim, Ele ensinou-
nos a verdadeira maneira de viver a vida cristã.
Pergunta: Se Cristo, sendo Deus, se tornou um
servo e se rebaixou, o que devemos fazer?
III. Cristo experimentou a dor (Filipenses 2:8)
Filipenses 2:8a diz: "E sendo encontrado na forma
humana, ele se humilhou..."
A. "... tornando-se obediente até à morte..." (8b)
A morte não é algo, que faz parte da natureza de
Deus. Ele é eterno; e não tem princípio nem fim. A
morte
pertence à criação, não ao Criador. Cristo veio entre
nós em verdadeira humildade e Sua morte, Ele
experimentou a fraqueza humana. Ele fez isso em
obediência, para cumprir o propósito eterno de
Deus.
B. "... até a morte numa cruz! (8c)
Nosso Senhor não só estava disposto a
experimentar a morte, mas foi morto no lugar mais
vergonhoso da desonra pública: a crucificação.
Todos nós, que continuamos a ser transformados
por Cristo, e decidimos pertencer ao Reino dos
Céus, somos chamados a espelhar o acto de maior
humildade de Cristo.
Perguntas:
• O que significa para a humanidade a morte de
Cristo?
• O que nos ensina o sacrifício de Jesus na cruz no
que diz respeito à humildade?
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo ensinou-nos como Cristo, sendo Deus, foi capaz de se humilhar a tal ponto que foi sacrificado
na cruz. O Criador tornou-se humano para redimir a humanidade. Deus quer que tenhamos a mesma
"mentalidade" que Jesus tinha; que sejamos humildes e que vivamos dia após dia para a Glória de Deus.
IV. Deus O exaltou (Filipenses 2:9-11)
Depois do acto sacrificial de Cristo na cruz, Ele
continua a ser o Senhor, o Rei de toda a
humanidade. A autoridade de Cristo é universal;
todos os poderes são postos a seus pés. A verdadeira
humildade é baseada no facto de que se fizermos a
vontade do Pai, seremos capazes de alcançar a
maior recompensa... a de viver juntos com nosso
Senhor Jesus Cristo para a eternidade (Mateus
7:21). Deus prometeu que toda pessoa na Terra terá
que reconhecer a Cristo como o Rei de toda a 68
humanidade. Cristo é o Senhor de todos, e chegará
o dia em que todos verão e confessarão que Ele é o
Senhor, independentemente de O terem aceitado ou
rejeitado (Filipenses
2:11).
Este versículo termina dizendo: "...para glória de
Deus Pai" (v. 11b). Esta verdade está ligada à
primeira parte do versículo. Mostra que mesmo esta
exaltação não é para o benefício do Senhor Jesus,
mas para a glória de Deus Pai. Quando nós estamos
humildemente seguindo as pisadas do Mestre, nós
também traremos glória a Deus.
Pessoas verdadeiramente humildes colocam os
outros à sua frente, vivem vidas amando a Deus e
ao próximo como a si mesmos. Eles não fazem nada
por razões egoístas, mas para o objectivo final de
agradar a Deus e trazer glória ao Seu nome. Tudo o
que somos e temos pertence a Deus, que quer que
sigamos o exemplo de Jesus que veio para servir aos
outros por amor.
Pergunta: Qual foi o resultado de Cristo se ter
humilhado?
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
OS CRISTÃOS NÃO MURMURAM
31
Passagem para o Estudo: Filipenses 2:14-18

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Procurar viver uma vida de honestidade e "Faz tudo sem murmurar ou discutir..." Filipenses
alegria perante o mundo. 2:14

69
INTRODUÇÃO
O tipo de conduta, para a qual os cristãos de Filipos foram chamados, respondeu ao padrão de Deus
proclamado pelo apóstolo Paulo. A sua conduta tinha de ser irrepreensível e correcta. O mesmo se aplica a
nós hoje. Se vivermos de acordo com a vontade de Deus, teremos um bom testemunho diante daqueles que
não conhecem a Deus.
Competições, discussões sem importância, ou más relações com os outros, não são a forma como nos devemos
comportar se quisermos ser testemunhas genuínas de Cristo. Somos chamados a ser luz e sal nesta terra como
filhos de Deus (Mateus 5:13-16).
Todo crente tem a responsabilidade de comunicar o evangelho movido por um amor atencioso pelos perdidos.
Este chamado compromete-nos a ser boas testemunhas do amor de Deus ao próximo, tanto na fala como na
forma como nos relacionamos com os outros diariamente. Também somos chamados a demonstrar amor e
preocupação pelos nossos irmãos e irmãs cristãos, e cuidado e respeito pelos líderes da igreja (Hebreus 13:17).

I. Deve haver zero fofoca (Filipenses 2:14-15)
A palavra "murmurar" usada por Paulo refere-se a
falar quase com os lábios fechados, o que é
semelhante a sussurrar. Este sentido da palavra
também pode ser encontrado em algumas passagens
da Bíblia que falam sobre os israelitas quando eles
se rebelaram durante sua viagem no deserto (Êxodo
15:24, 16:2; Números 16:41). Sussurrar nas costas
das pessoas é assustador e muito desagradável. O
livro de Colossenses lembra-nos que tudo o que
fazemos, "seja por palavras ou por obras",
precisamos de "fazer tudo em nome do Senhor
Jesus, dando graças a Deus Pai através dele"
(Colossenses 3:17, 23). Por outro lado, Gálatas 5:15
nos adverte: "Se vocês se mordem e se devoram uns
aos outros, cuidado para não se destruírem
mutuamente. Murmurar contra os outros, incluindo
os líderes, começa quando um crente que
desobedece ao Espírito Santo, insiste que está certo
ao invés de se submeter aos outros. No entanto, a
sua murmuração revela os preconceitos que eles
têm, o que prejudica os outros. Muitas vezes, a
rebelião e as murmurações são devido a algumas
frustrações do passado que não foram resolvidas.
Aqueles que murmuram estão apenas pensando em
si mesmos, distanciando-se dos seus irmãos na fé.
Mas nós somos chamados pelo Senhor para guardar
o Grande Mandamento (Mateus 22:39). O apóstolo
Paulo enfatizou fortemente a necessidade de
sermos vistos pelo mundo como cristãos
"irrepreensíveis e puros, filhos de Deus sem culpa
em uma geração deformada e tortuosa" (Filipenses
2:15). Deus espera que imitemos a Jesus e que
vivamos nossas vidas diante do mundo como um
exemplo brilhante do que Ele quer fazer com cada
um e todos na comunidade. Paulo disse que se os
crentes fizessem isso, eles "brilhariam entre eles
como estrelas no céu" (v. 15b) guiando as pessoas
para o Reino dos Céus.
Pergunta: Quais poderiam ser as razões pelas quais
alguns cristãos mostram comportamentos
vergonhosos, como fofocas e busca de falhas?
II. Apegando-se à Palavra da vida (Filipenses
2:16)
Obedecer ao que Deus revelou em Sua Palavra
deveria ser apoio suficiente para nós neste presente
e no futuro. A obediência é a chave para a
comunhão com Deus, que resulta em vidas mudadas
pelo poder e amor de Deus. Nós precisamos de
manter breves relatórios com Deus,
arrependendo-nos de nossos fracassos ou falhas
dia após dia. O Senhor chama-nos para nos
comprometermos fielmente com a Sua causa. Ele
quer que nós O glorifiquemos em todas as áreas de
nossas vidas, todos os dias. Gálatas 5:13b chama-
nos para isso: "...sirvam-se humildemente uns aos
outros no amor." Somos chamados a servir
fielmente em amor enquanto imitamos a Jesus. Isto
fazemos ao nos envolvermos nas tarefas de
evangelização, fazendo discípulos e trabalhando
juntos para edificar a igreja. As Escrituras
encorajam que devemos nos apoiar uns aos outros
sendo compreensivos, perdoando, mostrando
humildade, tendo paciência e muito amor (Efésios
4:2; Colossenses 3:13). Se obedecermos ao que
Deus estabelece em Sua Palavra, não haverá lugar
entre o povo de Deus para encontrar falhas,
argumentos, ou contendas, que destroem os
relacionamentos.
A Bíblia é como um tronco que segura um edifício
forte para torná-lo estável. No meio de qualquer
dificuldade ou angústia em nossos relacionamentos,
a Palavra deve dirigir nossos pensamentos e acções;
e assim nos levar a relacionamentos pacíficos e a
sermos uma boa testemunha para nossos próximos.
A nossa vida deve ser inundada com a unção do
Espírito Santo, e fidelidade à Palavra de Deus, se
quisermos ser boas testemunhas.
Pergunta: Descreva os resultados do seu
comportamento em relação aos outros, de acordo
com o padrão da Bíblia.
III. Vivendo em alegria (Filipenses 2:17-18)
CONCLUSÃO
Aceitemos o desafio de renunciar a todas as fofocas e erros contra os nossos irmãos e irmãs na fé. Se fizermos
isso, brilharemos no meio de uma geração perdida. Aprendamos a descansar na fidelidade e autoridade da
Palavra de Deus em nossa vida diária e, regozijemo-nos no Senhor em todos os momentos e em todas as
circunstâncias.
O coração da alegria de Paulo estava no facto de
que, primeiro, ele não tinha trabalhado em vão.
Além disso, ele estava alegre por poder oferecer-se
a si mesmo por amor aos outros. Concordamos que
não é fácil para nenhuma pessoa sentir-se satisfeita
ou alegre no meio das dificuldades que a vida tem.
No entanto, o segredo da alegria de Paulo repousava
no facto de que ele tinha sido fiel no exercício de
seu ministério motivado pelo amor e sacrifício de
Cristo, seu Redentor.
A confiança e satisfação de caminhar e servir ao 70
Senhor pode resultar em uma fé completa e que não
muda. Ela leva todo cristão comprometido a
confessar-se com o apóstolo: "para mim, viver é
Cristo, e morrer é ganhar" (Filipenses 1:21). Esta é
uma expressão de completa satisfação com a vida
agora e uma firme esperança para o futuro. As
pessoas que estão satisfeitas com suas vidas não
resmungam. Os cristãos Filipenses também
poderiam ter esta promessa firme como cidadãos do
reino celestial, e imitadores de Jesus Cristo e seu
pastor Paulo (Filipenses 3:10-11,17). No meio do
perigo e da perseguição, o testemunho de confiança
de Paulo tornou-se uma âncora sólida e uma
autoridade.
A alegria é um dos pontos elevados desta epístola,
e aqui o apóstolo convida seus leitores a se
alegrarem com ele por causa dos incontáveis dons e
bênçãos do evangelho de Jesus Cristo. Assim como
Paulo se alegrou em Jesus Cristo no meio do
sofrimento pelo evangelho, alegremo-nos também
nós, vivendo vidas consagradas a Ele como filhos
dignos de Deus.
Pergunta: O que você pode listar como prova de
que Paulo agiu com plena alegria em tudo o que ele
fez em nome do evangelho de Jesus Cristo?
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
TIMÓTEO E EPAFRODITUS: SERVOS FIÉIS
32
Passagem para o Estudo: Filipenses 2:19-30

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para ver a necessidade de compromisso em "Então, acolham-no no Senhor com grande alegria e
servir a partir do exemplo de Timóteo e honrem pessoas como ele..." Filipenses 2:29.
Epafrodito.
71

INTRODUÇÃO
Leia e pense no seguinte quadro.
Com base neste quadro, por que você acha que a maioria dos membros da igreja não se compromete a
servir no ministério? E como o compromisso de servir no ministério pode ser encorajado?
Diferenças entre ir para:
O Local de Trabalho Igreja
Cinco dias por semana Um dia por semana
Se você não se sente bem, ainda tem que ir Se não se sente bem, não tem de ir.
Se você não tem dinheiro, você ainda vai Se você não tem dinheiro, não vai
Se você está deprimido, você ainda vai Se você está deprimido, não vai
Se você se sente doente, você ainda vai Se você se sente doente, não vai
Você trabalha horas extras para ganhar mais dinheiro Você sai o mais rápido possível
Sem problemas com os colegas de serviço Problemas com outros membros da igreja
Você se compromete e cumpre Você não mantém os seus compromissos
Você fica acordado Você adormece durante o Sermão
Você trabalha duramente, se entrega para o trabalho Não ajuda nem se envolve de forma alguma
No serviço, as coisas são feitas pelo dinheiro; na igreja o que fazemos, fazemos para o Senhor
Se dâ o seu melhor para o seu patrão; então não devia fazer o seu melhor pelo seu Senhor?

I. A realidade do compromisso do crente com o necessidades. No entanto, quando depois

ministério (Filipenses 2:21)
A busca por Deus surge porque precisamos dele, o que
é correcto, pois só Deus tem a solução para as
necessidades humanas. O problema surge quando os
crentes param lá, confiando em Deus para satisfazer
as necessidades humanas que os fizeram ir a Deus.
Como aconteceu no tempo de Paulo, eles então
começam a "cuidar dos seus interesses, não de Jesus".
Mas Timóteo e Epafrodito escolheram ser diferentes e
estavam comprometidos com Deus (vs. 19-20, 25).
Geralmente, somos muitas vezes como o filho pródigo
que voltou para casa devido à necessidade. Esse
jovem procurou o pai por interesse pessoal; ele
estava morrendo de fome.
Muitas vezes procuramos a Deus em primeiro lugar,
não porque O amamos, mas por causa das nossas
descobrimos o Seu amor e o experimentamos,
aprendemos a responder amando-o. À medida que
crescemos, já não nos aproximamos do Senhor por
necessidade, mas por amor verdadeiro. Como disse
João: "Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro"
(1 João 4:19).
Pergunta: O que é que Mateus 6:33 nos diz hoje?
II. Timóteo provou ser um líder dedicado
(Filipenses 2:22-24)
Paulo falou de Timóteo como um servo de Cristo
(Filipenses 1:1), que estava sinceramente interessado
em como a igreja de Filipos estava crescendo. Ele
realmente se importava com eles e não estava
interessado em nenhum ganho pessoal. Timóteo
colocou Deus e Sua obra em primeiro lugar. Assim,
dando um exemplo para os crentes, tanto pastores
como membros em nossos dias, para terem a mesma
mentalidade sobre Deus e Sua obra.
A. Responsabilidades dos pastores e congregações
Agora, certamente, os pastores são servos de Deus. No
entanto, isto não significa que os pastores, tendo sido
separados para a liderança, se tornam donos da
congregação. Os pastores não são os donos das
ovelhas de Cristo! Eles são mordomos das ovelhas do
Senhor; pastores contratados pelo Príncipe dos
pastores, o próprio Jesus Cristo.
O nosso Manual diz algo sobre isto no parágrafo
115.4: "Quando houver acordo entre a igreja ou a junta
da igreja e o pastor, o pagamento do salário do pastor
na sua totalidade será considerado uma obrigação
moral pela igreja. Se, contudo, a igreja se tornar
incapaz de continuar o pagamento do salário
acordado, tal incapacidade e falta não será considerada
causa suficiente para uma acção civil contra a igreja
pelo pastor". O autor desta lição respeita e admira os
pastores que assumem o trabalho secular, além de
pastorear. Há igrejas em situações que não podem
pagar aos seus pastores como deveriam. No entanto,
para que as questões económicas não dificultem a obra
de Deus, esses pastores não pedem suas congregações
para os apoiar com um salário embora seja um direito
deles. Pelo contrário, eles carregam a igreja sobre seus
ombros e procuram outro trabalho para poder
sustentar suas famílias e continuar com o reino de
Cristo, até que sua igreja melhore e possa pagá-los
quando for possível.
O apóstolo Paulo era um fazedor de tendas para o
apoiar. Ele falou sobre a responsabilidade da igreja em
pagar seus líderes (1 Coríntios 9:7-12). Ele também
declarou que, "... o Senhor ordenou que aqueles que
pregam o evangelho vivam do evangelho" (1 Coríntios
9:14). Baseado nisto então, se uma igreja é capaz mas
não consegue sustentar seu pastor com um salário
justo, eles estão falhando em cumprir o comando de
Deus.
CONCLUSÃO
Tanto Timóteo como Epafrodito foram servos fiéis do Senhor na grande tarefa missionária liderada por Paulo para
compartilhar a Boa Nova com as pessoas ao redor do Império Romano. Que nós também possamos colocar o reino
de Deus e Sua justiça em primeiro lugar em nossas vidas e ministérios.
B. Timóteo: O servo fiel de Deus.
O Timóteo era como um filho para o Paulo, e o Paulo
podia confiar nele. Paulo escreveu que Timóteo serviu
com ele no evangelho. No tempo de Paulo, os servos
tinham poucos direitos e tinham que fazer o que os
seus senhores lhes diziam para fazer. Devemos servir
ao Senhor como Timóteo serviu, não por um senso de
dever, mas porque realmente queremos fazê-lo. Nós
temos um Mestre amoroso! Portanto, vale a pena
desistir dos nossos interesses para servir os Seus
interesses. Quando entendermos isso, serviremos
fielmente ao nosso Senhor em tudo. Discutam
72
brevemente Mateus 6:33 juntos.
Pergunta: Que verdades encontramos nesta lição
sobre como cuidar dos nossos pastores?
III. O Epafrodito dedicado adoeceu (Filipenses
2:25-28)
Epafrodito também teve um ministério porque Paulo
o chamou de seu "irmão, colega de trabalho e soldado
companheiro" (v. 25). Ele era a pessoa que ia levar a
carta a Filipos (v. 28). Ele era um membro da igreja de
Filipos que tinha sido enviado para cuidar das
necessidades de Paulo (v. 25b). Epafrodito estava
preocupado porque a Igreja de Filipos tinha ouvido
dizer que Epafrodito estava muito doente (v. 26).
Paulo verificou que "Na verdade ele estava doente, e
quase morreu". Mas Deus teve piedade dele, e não só
dele, mas também de mim, para me poupar à dor sobre
a dor" (v. 27). Paulo o enviava de volta e pedia-lhes
para "...recebê-lo no Senhor com grande alegria, e
honrar pessoas como ele, porque quase morreu pela
obra de Cristo (v. 29-30). Não sabemos que doença
tinha Epafrodito. As pessoas adoecem por causa do
trabalho duro no ministério ou por muitas outras
razões. Elas podem experimentar estresse ou talvez ter
outras doenças como diabetes, pressão alta, entre
outras. Pergunte aos participantes como eles podem
ajudar seu pastor e sua família a se manterem bem. As
congregações precisam de cuidar da saúde de seus
líderes.
Pergunta: O que podemos aprender sobre Epafroditos
neste capítulo?
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses

Lição
COLOCANDO A NOSSA TOTAL CONFIANÇA EM
33 CRISTO
Passagem para o Estudo: Filipenses 3:1-7

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que nenhuma herança ou esforço "Mas o que para mim era lucro passei a considerar
pessoal pode substituir o poder da obra como perda por causa de Cristo" Filipenses 3:7 73
salvadora de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
Como devemos responder ao número crescente de líderes que reivindicam títulos como 'apóstolo', 'profeta', 'o
ungido', etc.? Como devemos lidar com a tentação de seus ensinamentos? Por meio desses ensinamentos, eles
substituem a cruz e as exigências do fazer de discípulos por um evangelho auto-intitulado. O evangelho deles usa
Cristo e a Bíblia para exaltar sua auto-imagem e espalhar salvação barata.
Nos tempos de Paulo, as igrejas viviam problemas semelhantes. Isto levou o apóstolo a dar uma resposta vigorosa
nesta epístola à igreja de Filipos. Esta carta e seus ensinamentos são completamente adequados para a igreja de
hoje.

I. A falha das doutrinas falsas (Filipenses 3:2) "pregadores","apóstolos", "profetas", "curandeiros",

A igreja de Filipos foi atraída, tentada e confundida
pelos pregadores e as doutrinas em moda naquela
época. O apóstolo Paulo viu a necessidade urgente de
rejeitá-los e fazer uma série de advertências a respeito
dos pregadores judaizantes daquele período.
"xamãs evangélicos", "guerreiros espirituais",
"pregadores de um evangelho de prosperidade", etc.
Eles enganam as igrejas e se aproveitam da
ignorância de muitos crentes a respeito da sã
doutrina.

A. "Cuidado com esses cães" C."Cuidado com... aqueles mutiladores da carne"

No antigo Oriente (leste da Ásia), "os cães eram
animais destituídos que vagueavam pelas ruas e
campos, às vezes em matilhas, em busca de comida
nos montes de lixo e ladrando para todos que
encontravam". Em conexão com isso, os judeus da
época bíblica costumavam se referir aos gentios com
desrespeito como "cães". O apóstolo Paulo inverteu o
ditado e usou-o sobre os cristãos judaizantes que
estavam distorcendo as Boas Novas sobre Jesus.
B. "Cuidado...com os malfeitores"
Os professores judaizantes estavam convencidos de
que os novos cristãos gentios também eram obrigados
a observar as inúmeras regras e ensinamentos da lei
judaica para se tornarem justos. Mas o que eles
estavam ensinando estava afastando ainda mais as
pessoas de Deus. Hoje, a igreja cristã está enfrentando
um problema sério. Há, entre outros, um número
crescente dos chamados "mestres",
Com esta expressão, Paulo referiu-se ao rito da
circuncisão, que desde os tempos de Abraão era um
símbolo e sinal exterior de ter entrado em um
relacionamento especial com Deus. Finalmente, ele os
chama de "partido dos mutiladores" (aqueles que
cortam partes do corpo). Circuncisão sem um pacto de
relacionamento com Deus não é mais do que a mera
mutilação do corpo. A verdadeira adoração está no
templo do Espírito (João 4:20-23) e não na carne.
Muito do que hoje é chamado adoração não é nada
mais do que uma religião da carne. Nisto de maneira,
os crentes também poderiam estar mutilando o corpo
de Cristo.
Pergunta: A quem o apóstolo Paulo chamou "cães"?
Porquê?
II. A falha da herança religiosa (Filipenses 3:3-6)
Já existiu um Judaizante que gozasse dos privilégios
da herança como Apóstolo Paulo?
A. Extremo seguimento do ritual
Falando de si mesmo, Paulo disse que ele foi
"circuncidado no oitavo dia" (v. 5a). Mas, a religião,
que não é voluntária nem instruída, não faz de nós
novas criaturas. Do mesmo modo, a circuncisão sem
novo nascimento é apenas uma pequena operação.
Paulo teve que renunciar à sua herança religiosa
quando confiou em Cristo para a salvação.
B. Ser parte de uma certa raça
Além disso, Paulo acrescentou o seguinte sobre si
mesmo: "do povo de Israel" (v. 5b). Mais uma vez, o
o apóstolo Paulo enfatizou que era da descendência
do povo escolhido de Deus. No entanto, Paulo teve
que desistir mesmo dessa maneira de pensar e aceitar
que a salvação é somente pela graça, por meio da fé
pessoal em Cristo Jesus. Deve-se notar que é um
privilégio ter nascido numa família cristã, ou ter
recebido uma moral altamente disciplinada com
regras sólidas! Mas se não nascermos de novo, não
poderemos entrar no reino de Deus (João 3:3).
C. Fazendo parte de um grupo religioso eleito
Paulo indicou que ele era "da tribo de Benjamin"
(v. 5c). Entretanto, ele teve que aceitar que nem o
privilégio de ser descendente do povo escolhido de
Deus, nem o nível social, nem qualquer outra coisa, o
intitulava ao reino de Deus. A salvação não é obtida
por herança ou tradição, mas pela fé pessoal em Jesus
Cristo.
D. Tradição
Paulo mencionou que ele era um: "hebreu dos
hebreus" (v. 5d). Ele tinha a satisfação de ter nascido
na melhor família religiosa. Além disso, ele
permaneceu fiel às tradições ortodoxas, à língua e aos
costumes de seus antepassados até chegar à idade
adulta. Mas tudo isso não podia fazer dele um filho de
Deus, então ele teve que desistir de suas mais
preciosas tradições para confiar somente em Jesus
Cristo.
CONCLUSÃO
Uma das ideias da religião diz que as pessoas precisam de construir as suas escadas para Deus. Mas o auto- esforço
não terá sucesso. Há apenas uma escada que Deus providenciou para a salvação: Jesus Cristo, que é "... o caminho, e
a verdade, e a vida..." (João 14:6). Quantas pessoas que são irrepreensíveis, sinceras e honestas em suas crenças e
comportamento hoje precisam de entender que uma coisa está faltando, elas precisam de desistir das coisas em que
têm confiado e começar a confiar plenamente em Cristo.
Pergunta: Explique o que o apóstolo Paulo quis dizer
quando disse que ele era "um hebreu dos hebreus" (v.
5).
III. A falha de substituir Cristo por realizações
humanas (Filipenses 3:7)
Quem poderia exibir um 'curriculum vitae' (CV)
melhor do que o apóstolo Paulo?
A. Educação Religiosa
Paulo declarou ainda: "em relação à lei, um fariseu"
(v. 5d). Ele foi educado de acordo com as mais
rigorosas exigências da religião judaica, alcançando o 74
mais alto nível de observância das leis do judaísmo
com um coração sincero; ou seja, o nível de morrer
por ela. Mas nem mesmo o seu estatuto de fariseu
poderia dar-lhe o direito ao reino de Deus. Só a
religião não pode nos levar a Deus porque somos
salvos pela graça, não pelas obras (Efésios 2:8-9).
Jesus disse a um famoso mestre judeu: "Deves nascer
de novo" (João 3:7b).
B. O zelo religioso
O zelo de Paulo por Deus o levou a tentar destruir o
cristianismo de forma persistente, impiedosa e cruel.
Ele era tão sincero em suas crenças religiosas, e no que
ele fazia, mas estava errado.
C. Moralidade sem mancha
Paulo era um homem muito honrado e exemplar. Ele
tinha observado com sinceridade e rigor todas as
exigências do judaísmo em relação aos rituais e à lei.
Mas mais tarde, ele foi capaz de reconhecer a condição
do seu coração e chorou: "Porque eu não faço o bem
que quero fazer, mas o mal que não quero fazer - isto
continuo a fazer... Que homem miserável eu sou!
Quem me resgatará deste corpo que está sujeito à
morte?" (Romanos 7:19, 24) Portanto, todos os
pecadores altamente educados, civilizados e religiosos
precisam de confiar em Cristo para a salvação.
Pergunta: Considera que um legado religioso
(herança) pode ser de ajuda ou de obstáculo para
confiar em Cristo?
Comente.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
TEMOS QUE PERDER PARA GANHAR
34
Objectivo da Lição Versículo a memorizar
Compreender que aceitar a Cristo em nossa vida envolve fazer " Mas o que para mim era lucro
mudanças de carácter e valores para ter uma nova vida em Cristo passei a considerar como perda por
e um melhor relacionamento com Deus. causa de Cristo " Filipenses 3:7.
75

INTRODUÇÃO
Quem poderia ter se gabado das recompensas da fidelidade à religião e à lei, melhor do que Paulo? Em
Filipenses 3:4-6, encontramos um plano de vida perfeito para qualquer membro dos fariseus, a mais
disciplinada e rigorosa seita religiosa do judaísmo. Paulo veio da tribo considerada a mais pura da
identidade judaica, a tribo de Benjamim, e da qual Saul, o primeiro rei de Israel, tinha vindo (1 Samuel 9:10).
Certamente de acordo com os critérios da lei, Paulo era um digno representante da mais alta classe religiosa
de seu tempo. Seu serviço, seu carácter e seu desempenho na defesa da lei eram irrepreensíveis.
Mas algo poderoso aconteceu naquele dia quando Paulo (antes chamado Saulo de Tarso) estava a caminho de
Damasco (Actos 9). Ele teve uma experiência com o Senhor Jesus, que mudou o caminho e o padrão de vida
daquele homem poderoso. Essa experiência com Jesus Cristo foi um acontecimento muito superior na vida de
Paulo, tal como foi e é para nós hoje, porque requer a mesma mudança na vida. Somente essa experiência com
Cristo pode mudar a nossa vida. Esse foi o meu caso, e certamente, é o seu também, assim como foi para
Paulo.

I. O que temos a perder com o passado (Filipenses 3:7-8a)

O apóstolo Paulo, após fazer uma lista das suas
qualidades, ganhos e realizações humanas e
religiosas, identificou-as imediatamente como
perdas. Isso não significava que ele tinha retirado os coisas que não são mais importantes, pois
benefícios que tinha de sua vida, mas que ele mudou
a maneira como os via. A experiência com Cristo
marcou um passado e um presente na vida deste
homem. Como ele se referiu em Efésios 4:22,
tratava-se de se despir do seu "velho ego, que está
sendo corrompido por seus desejos enganosos".
Para Paulo, as coisas que ele tanto prezava no
passado tinham se transformado em maldades e
distúrbios que o enganavam e o desviavam do
verdadeiro caminho da graça.
Agora, Paulo usou a palavra 'perda' para descrever
todas aquelas coisas que ele glorificou no passado.
Da mesma forma, devemos considerar como lixo
todas aquelas coisas da nossa vida passada que
podem se tornar perturbações prejudiciais ao nosso
relacionamento com Deus. Qualquer coisa do nosso
passado que represente qualquer forma de
perturbação enganosa, pois nosso relacionamento
com Deus deve ser jogado fora como lixo, ou como
colocamos toda a nossa fé em Jesus Cristo.
Pergunta: Quais são as qualidades e benefícios do
passado que hoje nos parecem razões importantes
de orgulho que devemos jogar fora?
II. O que temos a ganhar no presente (Filipenses
3:8b-9)
Paulo descobriu que toda a sua vida passada tinha
sido uma mera e fútil tentativa de alcançar a justiça
e a paz que ele só podia encontrar em Jesus. Ele
descobriu que a lei e seus ensinamentos eram
inúteis para alcançar a justiça que só pode ser obtida
pela graça e pela fé em Cristo (v. 9). Paulo não
podia alcançar a paz com Deus por benefícios
humanos ou por guardar a lei, já que o esforço
humano não nos leva ao Céu. Então, Paulo teve
que perder para vencer. Ele teve que abandonar a
ideia de que o auto-sacrifício o levaria a Deus, e ao
invés disso, ele aceitou o sacrifício de Cristo para
sua salvação. O exemplo do apóstolo Paulo nos
lembra que também nós devemos perder para
ganhar...perder toda a nossa lista inútil de valores
mundanos, hipocrisia e falsa santidade, para
alcançar, como o próprio Paulo disse, a excelência
do conhecimento de Jesus Cristo (v. 8).
Temos de continuar a conhecer a Cristo cada vez
mais. Paulo está sugerindo aqui que devemos
assumir uma atitude de buscar constantemente
ganhar mais na graça do evangelho, ao mesmo
tempo em que continuamos a jogar fora tudo o que
nos limita da obtenção de ganhos espirituais.
Isto parece nos apresentar um acontecimento
interessante e animado na vida de Paulo. Quando
ele se livrou de todos os factos inúteis para alcançar
a graça, ele também estava ganhando conhecimento
e se tornando perfeito em seu relacionamento com
Deus. Não há dúvida de que isto também deve ser
algo que acontece constantemente para nós. Morrer
para a carne e viver no Espírito devem ser práticas
diárias. Nós devemos converter esse
relacionamento de perda e ganho em um estilo de
vida. Agora, como esse estilo de vida apontava, e
aponta hoje, para algo maior e mais glorioso, Paulo
previu seus efeitos no cumprimento de uma grande
promessa no futuro.
Pergunta: Qual era a qualidade que Paulo tinha
para crescer constantemente no seu relacionamento
com Deus?
III. O que nos espera no futuro (Filipenses 3:10-
11)
Paulo sempre entendeu a plenitude do seu
relacionamento com Deus como algo parcial e
incompleto enquanto esteve nesta terra. Sua
esperança repousou naquele tempo em que o amor
de Deus em Cristo Jesus será manifestado na
conclusão final de nossa salvação, quando
conheceremos a Deus plenamente, como Ele agora
nos conhece. No final, o nosso relacionamento com
Deus e o nosso conhecimento de Cristo será
completo. 76
Paulo esperava que o conhecimento de Cristo fosse
aperfeiçoado através da ressurreição dos santos.
Nós devemos compartilhar o pensamento de Paulo
a respeito do nosso relacionamento com Deus. A
ressurreição de Cristo não é apenas um facto do
passado, é a garantia do nosso futuro se
permanecermos fiéis no presente. Da mesma forma,
a ressurreição de Cristo não foi apenas a Sua vitória,
mas foi uma promessa e um modelo para a nossa.
Paulo não se arrependeu da perda de todas essas
coisas do passado porque tinha encontrado um
caminho melhor. Ele estava perdendo tudo para
ganhar em Cristo tudo o que ele poderia querer ou
ser. Ele estava enterrando o lixo de sua vida passada
para florescer em sua nova vida em Cristo, cheio do
fruto do Espírito. Ele tinha que morrer para viver.
Ele tinha que perder para ganhar.
Perguntas:
 Como o apóstolo Paulo entendeu o que é o
nosso conhecimento de Cristo enquanto
estamos na nossa condição humana?
 Qual é o significado da ressurreição em
relação ao nosso conhecimento de Cristo e
ao nosso relacionamento com Deus ser
feito perfeito e completo?

CONCLUSÃO

Hoje somos chamados a perder para ganharmos. Devemos rejeitar tudo da nossa vida que não acrescente o
sentido e conexão para o nosso relacionamento com Deus, a fim de crescermos diariamente na experiência da
vida cristã. Perdendo o nosso passado, no presente ganhamos a graça que só pode ser obtida por meio da fé em
Jesus Cristo. Isso também envolve obediência aos mandamentos de Deus, mesmo que isso signifique participar
dos mesmos sofrimentos de Jesus em sua morte. Se permanecermos fiéis até o fim, teremos um futuro glorioso,
onde o poder da ressurreição será revelado em nós.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
PROSSEGUINDO PARA ALCANÇAR O NOSSO ALVO
35
Passagem para o Estudo: Filipenses 3:12-16

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para aprender a permanecer firmes na nossa fé: "Não que eu já tenha obtido tudo isso, ou tenha sido
praticando as três sugestões de Paulo que nos aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para
ajudarão a alcançar os céus. isso também fui alcançado por Cristo Jesus"
Filipenses 3:12. 77

INTRODUÇÃO
No livro clássico de John Bunyan, o Progresso do Peregrino, escrito no século XVII, encontramos o
personagem principal cristão em sua jornada para o Reino dos Céus. Ao longo do caminho, ele experimenta
várias dificuldades, o que o desencoraja. No entanto, com acções sábias e a direcção de Deus, ele consegue
alcançar o seu desejado prémio, a cidade celestial.
Quando Paulo escreveu à igreja de Filipos, ele o fez da prisão em Roma. Ele estava quase pronto para entregar
o ministério a outros e tinha os olhos postos para terminar a corrida (2 Timóteo 4:6-
7). Ele encorajou seus leitores a continuar fielmente no caminho da salvação até o chamado final de Deus.
Ele encorajou-os a serem fiéis. Vamos analisar as três sugestões que Paulo deu aos Filipenses.

I. Não viver de experiências espirituais passadas
(Filipenses 3:12-13)
A vida cristã deve ser vivida no dia-a-dia. Todos
nós podemos ter nosso programa espiritual, mas se
pensarmos que o que alcançamos no passado, ou
qualquer posição da igreja que tenhamos
alcançado, convencerá a Deus, estaremos
enganados. O que está acontecendo no presente
imediato é o que conta.
Na vida cristã, muitos pensam que já sabem tudo,
ou que já experimentaram tudo. Isto é um erro.
Crenças religiosas fortes e a mera manutenção de
regras só nos podem fazer sentir bem. Deus é um
Deus de novidade. Ele diz em Sua Palavra que Suas
misericórdias são novas a cada dia. Ele tem tudo o
que cada um de nós precisa diariamente
(Lamentações 3:22-24).
Paulo ensinou o oposto completo da mera
observância de práticas espirituais. Ele disse:
"...mas eu continuo..." (Filipenses 3:12). A vida
espiritual é sobre crescimento, avançar, continuar
a progredir e fazer coisas ainda melhores para Deus.
Na vida cristã, ninguém deve sentir que chegou, não
importa quantos anos tenha servido na igreja. Não
podemos viver de experiências passadas, já que
tudo o que eles fazem é nos fazer repetir práticas
religiosas. Um dia Cristo bateu à porta do nosso
coração, e nós o convidamos a entrar em nossa vida.
Agora vivemos com Ele todos os dias, não apenas
uma vez por semana. Toda vez que abrimos nossos
olhos ao amanhecer, há uma nova oportunidade de
ter comunhão com Jesus Cristo. Temos de
esquecer o nosso passado. Ontem já passou e hoje
Deus tem algo novo para nós. Por mais amargo ou
doce que tenha sido ontem, nós não devemos parar,
mas continuar. Deus quer nos ensinar coisas novas
em nossas vidas, então, temos que virar a página.
Vamos nos comprometer hoje a desistir de ontem e
pedir a Deus para renovar todas as áreas de nossas
vidas.
Pergunta: Você acha que algumas experiências
espirituais passadas estão atrapalhando o seu
crescimento espiritual?
II. Há um objectivo celestial e um prémio a
alcançar (Filipenses 3:14)
Como cristãos, devemos sempre olhar para a linha
final, como fazem os grandes atletas. Para conseguir
isso, teremos que abandonar muitas coisas para
alcançar o prémio de Cristo. Em outra ocasião,
Paulo escreveu aos irmãos coríntios para dizer-lhes
que aqueles que correm ou lutam no estádio o fazem
por um prémio que "não vai durar". Nós devemos
fazer o mesmo, mas o nosso prémio "durará para
sempre". Devemos colocar a nossa humanidade em
cativeiro para não sermos excluídos no último dia
(1 Coríntios 9:24-27).
A cidadania espiritual deve ser nossa recompensa
além de qualquer outra cidadania terrena. Não há
maior prémio que possamos alcançar, pois este
prémio não pode ser comparado a nada material.
Em uma de Suas parábolas, Jesus deixou claro este
ponto: O Reino dos Céus (o prémio) é como uma
pérola sem preço, e quem o encontrar deve fazer
todo o possível para comprá-lo (Mateus 13:45-46).
Paulo também nos ensina que para ter esse alvo e
prémio final, nossa prioridade deve ser Cristo, e
tudo mais deve vir em segundo lugar.
Pergunta: Qual é o seu alvo?
III. Apegue-se ao progresso que fez em Cristo
(Filipenses 3:16)
As experiências passadas não devem ser aquilo em
que vivemos, mas elas podem testemunhar até onde
chegamos. Um provérbio sem nome diz: "Use o
passado como um trampolim, e não como um sofá".
Nada acontece por acaso; tudo tem funcionado para
receber a graça de Deus.
Construir sobre o nosso progresso em Cristo deve
ser por duas razões principais. Em primeiro lugar,
Paulo aconselha-nos a amar a Deus e ao próximo, e
a não nos deixarmos levar pelos desejos falsos e
egoístas do coração. As más atitudes só nos
empurrarão de volta em nossas vidas espirituais. A
CONCLUSÃO
Quando Jesus bateu na porta do nosso coração, Ele fez isso para entrar e viver cada dia connosco. Mas o grande
dia virá quando O veremos face a face. Enquanto isso, devemos ouvir o conselho de Paulo para não vivermos
apenas de experiências espirituais passadas. Se prepare para alcançar a meta, o prémio celestial; e ao progresso
feito em Cristo.
comunhão com Cristo, seguindo o Seu exemplo e
estilo de vida, nos ajudará a progredir, mas viver
pela carne só nos fará perder a nossa meta celestial.
A segunda razão principal para continuarmos
apegando-nos ao progresso que fizemos com Cristo
é que se O negligenciarmos e tirarmos os olhos dele,
podemos cair para trás, afastando-nos de Deus. A
mundanização é um dos truques de Satanás para nos
deter e nos impedir de alcançar o fim para o qual
Cristo nos salvou.
Na nossa vida espiritual, vamos enfrentar muitos 78
desafios. Não devemos enfrentá-los em nossas
forças. Precisamos combatê-los com a ajuda de
Cristo. Precisamos de confiar Nele. Ele disse que
Ele estará connosco até o fim dos tempos (Mateus
28:20). Precisamos de sentir Sua mão nos guiando
enquanto avançamos para o reino celestial
(Filipenses 4:13).
Demas, um dos colegas de trabalho do Paulo, não
seguiu este conselho. Nas cartas à igreja de Colosse
(Colossenses 4:14) e a Filemon (Filemon 24),
Demas é mencionado como um servo de Cristo.
Mas na última carta escrita pelo apóstolo Paulo,
Demas foi descrito como um irmão que o
abandonou por amor ao mundo (2
Timóteo 4:10). Este discípulo de Paulo não
terminou sua carreira espiritual e não alcançou o
prémio celestial.
Perguntas:
 Qual é a utilidade de tudo o que já
experimentámos no passado?
 Compartilhe algumas ideias sobre como
Deus pode continuar ajudando-lhe a crescer
em graça.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
CIDADÃOS DO CÉU
36
Passagem para o Estudo: Filipenses 3:17-21

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Entender que a nossa cidadania, como filhos de "Mas a nossa cidadania está nos céus, de onde
Deus, exige a prática de um estilo de vida que esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus
honre ao Senhor e Sua igreja. Cristo..." Filipenses 3:20.
79

INTRODUÇÃO

As pessoas que são estrangeiras podem ser reconhecidas imediatamente porque falam, se vestem ou se
comportam de maneira diferente. Eles têm os seus costumes e estilo de vida que os tornam diferentes. Isso
também acontece com cristãos porque fomos chamados por Deus para sermos santos e brilhar com a luz de
Cristo no meio de um mundo que afunda cada vez mais nas trevas (Filipenses 2:15). Este chamado santo é o
que molda o nosso estilo de vida como filhos de Deus. O apóstolo Paulo falou disso em detalhes em sua
epístola aos Filipenses. Vamos estudar as instruções que Paulo deu a esta igreja.

I. "Juntem-se a seguir o meu exemplo"
(Filipenses 3:17)
A imitação é um método de aprendizagem. Desde
pequenos, aprendemos com os que nos rodeiam.
A. "Sigam o meu exemplo" (v. 17a)
Que tipo de pessoa devemos imitar? Quando Paulo
lhes pediu que seguissem seu exemplo (Filipenses
3:17), ele estava falando, não só de tudo o que havia
desistido, mas também de sua constante e
persistente pregação do evangelho, embora isso lhe
trouxesse sérios problemas. É tão fácil imitar maus
exemplos. Entretanto, como filhos de Deus, que
grande responsabilidade temos sobre nossos
ombros porque temos o dever, e o privilégio de
sermos bons exemplos para aqueles que nos
rodeiam! Não temos ideia de quantas pessoas estão
observando como vivemos. A nossa vida deve
inspirá-los a permanecerem fiéis a Cristo.
Precisamos de pensar em como estamos nos
conduzindo diante dos outros. Não queremos ser a
causa ou a desculpa que eles dão para não andar na
vontade de Deus.
B. "...mantenham os olhos nos que vivem como
nós vivemos" (v. 17b)
Paulo teve a sabedoria de reconhecer que não era o
único a quem os irmãos e irmãs deviam imitar a
vida. Ele também os aconselhou a tomar nota de
outros cristãos que tinham uma vida exemplar.
Hoje, enquanto a vida de muitas pessoas não merece
ser imitada, ainda há cristãos que vivem segundo a
luz da Palavra e deixam que o Espírito Santo os
dirija. Portanto, eles também podem nos inspirar a
seguir a Senhor em obediência e fidelidade.
Precisamos de abrir cada área de nossas vidas para
o Espírito Santo inspecionar e para o senhorio de
Cristo. Deus é o único que pode mudar, aperfeiçoar
e guiar-nos em toda a verdade. Ser um bom
exemplo todos os dias é responsabilidade de cada
cristão. Através de nossas vidas, o Senhor levará a
mensagem do evangelho que muda vidas para
aqueles que precisam ser salvos. Nós precisamos de
focalizar nossa atenção naqueles que se comportam
como Jesus nos ensinou. Nós não podemos perder
tempo nos justificando por não viver como eles,
ou encontrar falhas com outras pessoas que não
estão vivendo correctamente.
Pergunta: Que comportamentos devemos evitar e
quais devem ser imitados pelos cristãos?
II. Cuidado com os "inimigos da cruz"
(Filipenses 3:18-19)
Paulo advertiu os cristãos Filipenses sobre o perigo
daqueles que são "inimigos da cruz" (v. 18b). Estas
pessoas causaram muito dano e dor ao ministério do
apóstolo, e também à igreja do Senhor. Eles não
estavam buscando a honra de Deus ou o bem da
igreja, mas a satisfação de interesses pessoais.
Paulo estava realmente perturbado com esses falsos
mestres. Ele se lembrava de suas acções "mesmo
com lágrimas" (v. 18). Paulo sentiu que precisava
de avisar esta jovem igreja para ter cuidado com
estes mestres. Estas pessoas têm pouca
consideração pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo
quando decidem viver de uma forma que se opõe
aos ensinamentos da Bíblia.
Hoje também temos muitos inimigos da cruz de
Cristo entre nós. Vamos ver quem eles podem ser:
Os que são meramente religiosos; os falsos cristãos;
os que são hostis; os cristãos nominais; os que são
desviados; os que acreditam que são cristãos, mas
não "andam na palavra"; os legalistas (dando
demasiada ênfase às regras); e os cristãos carnais
(aqueles que vivem pela carne). O versículo 19 é
muito claro sobre estas pessoas: "O seu destino é a
destruição, o seu deus é o seu estômago, e a sua
glória está na sua vergonha." Precisamos de avaliar
nossas vidas honestamente para ter certeza de que
não estamos em nenhum dos grupos mencionados
aqui porque o fim dos inimigos da cruz de Cristo é
a morte eterna. Não nos enganemos a nós mesmos
para crer que Deus irá ignorar as injustiças e danos
causados à Sua igreja.
Em contraste, há também verdadeiros cristãos que,
embora não tenham atingido um alto estado de
maturidade espiritual, consagraram a sua vida ao
Senhor Jesus Cristo. Eles também têm
comprometido plenamente suas vontades,
permitindo que o Espírito Santo governe suas vidas
de uma maneira que seja agradável a Deus.
Pergunta: Quem são os inimigos da cruz de Cristo?
Porquê?
III. "A nossa cidadania está nos céus"
(Filipenses 3:20)
Os verdadeiros cristãos são cidadãos celestiais. Isto
exige de nós, uma conduta exemplar que não
CONCLUSÃO
Vivamos em santidade para agradar a Deus, conscientes de que não somos cidadãos deste mundo
pecaminoso, mas sim do reino de Jesus Cristo. Cuidemos para que o nosso comportamento corresponda ao de
um cidadão celestial, e esperemos em santidade, com alegria e anseio, pelo retorno do nosso Senhor e Salvador.
desonre o Senhor ou a Sua igreja. Nós somos
abençoados por poder viver vidas diferentes do
padrão do mundo. Jesus disse que nós estamos no
mundo, mas não somos do mundo (João 17:14-16).
Nós não somos guiados pela carne, mas governados
pelo Espírito Santo. Ao expulsar a velha natureza,
nós nos colocamos na nova. Não assumimos
direitos que colocam em risco a nossa salvação e a
dos outros, nem agimos de acordo com nossos
desejos e vontades, sem antes consultar o Senhor.
Evitamos ser um tropeço para os outros ou
impedindo-os de aceitar a Cristo. Não somos 80
gananciosos, mas seguimos o código de
comportamento do evangelho; não apenas na
aparência, mas com intenções do fundo do coração.
Temos o cuidado de não revelar uma imagem
distorcida do cristianismo. Não contamos histórias
obscenas nem participamos de más discussões que
corrompam os bons hábitos. Também não usamos
palavras abusivas, desonestas ou de ódio, porque
não queremos entristecer o Espírito de Deus. Os
cristãos devem viver em santidade, esperando a
Segunda Vinda do Senhor.
Pergunta: Quais são as características daqueles que
são cidadãos celestiais?
IV. Cristo vai "...transformar nossos corpos
humildes" (Filipenses 3:21)
Nossas congregações sofrem de muitos dos
problemas que causam desespero e sofrimento. Mas
no meio de tantos problemas, os filhos de Deus
esperam e anseiam pela vinda do Senhor com
alegria, porque sabem que Ele fará coisas ainda
maiores pelos Seus filhos. O Senhor mudará os
nossos corpos para que eles sejam como o Seu
próprio corpo glorioso, ressuscitado, que não
enfraquecerá, envelhecerá, adoecerá ou morrerá. O
Senhor pode fazer isso porque todo o poder foi dado
a Ele no céu e na terra (Mateus 28:18).
Perguntas: Quando o corpo de um filho de Deus
vai mudar? Você se considera preparado para o
acima exposto?
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
ALEGREM-SE SEMPRE NO SENHOR
37
Passagem para o Estudo: Filipenses 4:1-7

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para compreender que podemos viver uma vida "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi:
plena em Cristo, em qualquer circunstância. Alegrem-se!" Filipenses 4:4

81
INTRODUÇÃO

Filipenses é a carta que desperta alegria e perseverança. É uma canção à plenitude da vida em Cristo e à
honra de viver nele e para Ele. O apóstolo Paulo encoraja- nos nesta epístola a considerar qualidades e mentalidades
que nós cristãos devemos assumir; as mesmas que estão contidas no fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22-23).
Este fruto é a prova de que o Espírito de Deus habita em nós porque somos chamados a ser cheios dele (Efésios
5:18). Portanto, se estamos tristes, sem esperança, desapontados, se parece ser uma dura luta como servos de Jesus
Cristo, se nos sentimos cansados ou infelizes, precisamos ler esta maravilhosa epístola, especialmente Filipenses
4:1-7, onde encontraremos novas forças para continuar no caminho do Senhor.

I. "Permaneçam firmes no Senhor" (Filipenses
4:1)
Portanto, esta passagem de Filipenses nos exorta a
permanecer firmes no Senhor como um modo de vida,
que devemos perseverar em nossa fé. Ao fazer uma
estrada pública, o pavimento é o material de superfície
permanente que suporta tanto o tráfego humano como
de veículos na estrada. Esta pavimentação deve ter três
características básicas: 1) Ser impermeável para evitar
que a chuva danifique a base; 2) Manter uma
superfície firme e adequada para o tráfego. Se a
superfície da estrada for escorregadia ou acidentada
pode ser perigosa para o tráfego, e 3) Resistente a
cargas pesadas no tráfego diário. Podemos comparar
isto com a nossa vida espiritual. Nós, os filhos e servos
de Deus, estamos ancorados em Cristo, a rocha que
não pode ser movida. Deve haver aquele pavimento
sólido construído pelo Espírito Santo, capaz de resistir
a tudo o que passa pela nossa vida. Veículos, peões,
cargas pesadas e chuvas são símbolos daqueles
ataques que o inimigo coloca em nossas vidas,
daqueles testes que Deus permite, e que trazem a luta
entre a carne e o espírito. Devemos permanecer firmes
sem escorregar. Devemos prevenir quaisquer fendas,
que possam afectar a nossa fé ( Tiago 1:2-4; 1 Pedro
1:6-7, 5:8). Somos chamados a permanecer firmes:
mantendo os nossos olhos em Jesus, o autor, e
consumador da fé.
Pergunta: Que coisas podem afectar a firmeza da
nossa fé em Cristo?
II. Ajudando os companheiros de jornada no
Senhor (Filipenses 4:2-3)
Em Romanos 12:13, o apóstolo Paulo indicou que
devemos suprir as necessidades dos santos e Sermos
hospitaleiros. Sabemos que neste mundo temos todos
tipos de necessidades. Portanto, temos que mostrar
amor. Podemos fazer isso orando uns pelos outros e
servindo uns aos outros com palavras de
encorajamento. Da mesma forma, irmãos e irmãs
espiritualmente mais fortes devem apoiar os fracos,
sem menosprezá-los (Romanos 15:1). Se alguém
tropeça e cai, devemos restaurá-lo com um espírito de
mansidão (Gálatas 6:1). Em Mateus 10:40-42, Jesus
prometeu- nos recompensas se ajudarmos Seus
discípulos. Da mesma forma em Mateus 25:31-46,
Cristo comparou os actos de ajudar aos outros com o
ajudar a Ele. Quando ajudamos os outros sem
condições, mostramos amor e bondade, e a plenitude
da obra do Espírito Santo em nossas vidas pode ser
vista, fazendo-nos mais parecidos com Jesus.
Pergunta: Como podemos ajudar as pessoas que
trabalham para o Senhor?
III."Alegrem-se na Senhor sempre". (Filipenses
4:4-6)
A palavra "alegria" é mencionada várias vezes
nesta carta aos Filipenses e é também uma das
nove qualidades do fruto do Espírito Santo
mencionadas em Gálatas 5:22-23. A alegria é a
segunda qualidade, depois do amor, que é a
primeira. Em Filipenses 4:4, parece haver muita
alegria. Nós devemos viver plenamente e em vitória
em Cristo. No meio de qualquer circunstância,
devemos lembrar e viver de acordo com a advertência
de Paulo: "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente
direi: Alegrem-se!" Paulo estava a partilhar a sua
própria experiência. A mesma cidade de Filipos era o
lugar de mostrar o que a oração e o louvor podiam
fazer; presos numa prisão Filipense, ele e Silas oravam
e cantavam hinos a Deus à meia-noite (Actos 16:25-
26).
Desfrutar de Cristo é viver uma vida cheia de alegria
e satisfação dia após dia; uma vida que não é afectada
pelas mudanças das circunstâncias da vida diária.
Nossas vidas são baseadas nas verdades eternas que
nos fazem mais do que vencedores. Cristo declarou
que Deus sabe o que precisamos, e concluiu que nossa
principal preocupação deve ser focalizada na busca do
reino de Deus e Sua justiça, e então Ele acrescentará o
que precisamos (Mateus 6:33). Da mesma forma, o
nosso Senhor convidou os cansados e sobrecarregados
a virem até Ele para encontrar descanso (Mateus
11:28). Isto é o que Paulo quis dizer quando disse:
"não andem ansiosos por coisa alguma" (Filipenses
4:6).
Pergunta: Como podemos viver uma vida com
alegria?
IV. Orando com acção de graças (Filipenses 4:6)
O apóstolo Paulo lembra-nos em Filipenses que temos
vários meios de graça, e um deles é oração. É um
benefício e honra inestimáveis que o Pai nos dá, de
poder falar com Ele sem que ninguém tenha que
intermediar e em completa liberdade (Hebreus 4:16).
O apóstolo Paulo acrescentou que devemos orar com
acção de graças, uma mensagem que ele repetiu aos
cristãos em outras igrejas também (Efésios 5:20;
Colossenses 2:7 e 4:2; 1 Timóteo 2:1). Quando
consideramos tudo o que Deus tem feito por nós,
devemos nos aproximar dele com gratidão sem
medida pelo que Ele tem feito, está fazendo, e fará por
nós. Devemos reconhecer que não somos dignos da
Sua atenção, mas através do Seu grande amor e
misericórdia, podemos entrar com confiança diante do
Seu trono de graça. Nossa necessidade e pressa em
pedir o que nos incomoda nunca deve nos fazer
esquecer de agradecer ao Pai. Podemos fazer isso com 82
palavras de louvor, ou mesmo silenciosamente,
oferecendo-lhe o nosso coração.
Pergunta: O que significa pedir a Deus "com acção
de graças"?
V. Vivenciando a paz de Deus (Filipenses 4:7)
Paulo anunciou uma promessa cheia de
encorajamento e esperança, assegurando-nos que esta
paz de Deus guardará os corações e pensamentos dos
crentes fiéis em Cristo Jesus. Séculos antes, o profeta
Isaías proclamou através de uma canção sobre a
confiança na protecção do Senhor: "Tu, Senhor,
guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está
firme porque em ti confia" (Isaías 26:3). Teremos que
dar contas ao Senhor do que pensamos e sentimos. Na
Bíblia, o coração é usado como o lugar onde as nossas
emoções estão focalizadas. Somos encorajados a
cuidar dos nossos sentimentos já que a vida flui deles
(Provérbio 4:23). É animador saber que os filhos de
Deus podem entrar livremente na paz de Deus, que
preservará nossa saúde emocional, relacional,
espiritual e mental durante nossa caminhada como
viajantes no caminho para a vida eterna.
Pergunta: Que bênçãos vêm quando temos a paz
como fruto do Espírito Santo?

CONCLUSÃO

Paulo nos exorta a ter uma vida plena no Senhor, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Para isso, aconselha-
nos a permanecer firmes em Deus, a estarmos em unidade com amor e bondade, ajudando os companheiros de
jornada no Senhor, e sempre sermos alegres no Senhor. Enquanto esperamos em nosso Redentor, não há
necessidade de estarmos ansiosos, mas devemos perseverar na oração, com acções de graças, acreditando na
promessa de que a paz perfeita e completa de Deus preservará a nossa mente e nosso coração em Cristo Jesus.
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
MENTE PIEDOSA
38
Passagem para o Estudo: Filipenses 4:8-9

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Discernir o impacto que o pensamento tem em
nossas vidas, e decidir concentrar os nossos
pensamentos na obediência a Cristo, a fim de
desfrutar da plena comunhão com Deus e com o
próximo.
"Finalmente, irmãos e irmãs, tudo o que for verdadeiro,
tudo o que for nobre, tudo o que for correcto, tudo o
que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de
boa fama, se houver algo de excelente ou digno de 83
louvor, pensem nessas coisas" Filipenses 4:8.

INTRODUÇÃO

Na nossa vida diária, estamos continuamente rodeados por uma grande quantidade de informação, que,
conscientes ou não, nos afecta e influencia de diversas formas. Pode até influenciar a nossa relação com outras
pessoas, bem como as nossas abordagens a uma situação específica. Esta informação vem de fontes de vários
tipos, como rádio, TV, música, notícias, redes sociais, imagens, etc., que recebemos principalmente através
dos nossos ouvidos e olhos. Na maioria das vezes, estas informações têm a intenção de afectar directamente
o nosso pensamento e, claro, afectam e podem ser a causa de muitas das nossas reacções, condutas e/ou
decisões.
Devemos estar conscientes da nossa capacidade de escolher o que ouvimos e o que pensamos, porque o que
ouvimos, o que pensamos e no que focalizamos a nossa atenção irá moldar as nossas vidas e o nosso
comportamento. Nós, os filhos de Deus, temos a responsabilidade de focalizar nosso pensamento seguindo o
que a Bíblia ensina. Dessa forma, o nosso pensamento moldará nossa conduta de acordo com a vontade do
nosso Pai Celestial.

I. "...Pensem em tais coisas" a Deus, dando a Ele nossa adoração através da

Deus colocou em cada um de nós a capacidade de
pensar para que possamos criar ideias, considerar
diferentes situações, encontrar soluções para
problemas que nos incomodam diariamente, etc. O
pensamento é algo natural em nós, seres humanos.
O nosso Pai amoroso diz a cada um de Seus filhos
para "pensar em tais coisas". Nós podemos
controlar os nossos pensamentos. Deus não quer
que deixemos de pensar (o que seria o mesmo que
deixar a nossa mente em branco). O que a Bíblia nos
aconselha é sermos sóbrios, moderados, livres de
coisas desnecessárias, mesmo em nossos
pensamentos. A maneira mais directa de começar
essa prática é encontrada em 2 Coríntios 10:5 onde
lemos: "... levamos cativos todos os pensamentos
para os tornar obedientes a Cristo." Quando um
pensamento falso, desonesto e impuro entra em
nossas mentes, não devemos tentar combatê-lo
usando nossas habilidades, mas simplesmente
voltar nossas mentes para pensar em algo agradável
mente digna, e assim obedecendo ao nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.
II. "Tudo o que for verdadeiro"
É errado aceitar intriga ou calúnias só porque
recebemos esta informação. A ordem de Deus é
directa: Pense apenas "no que for verdadeiro".
Portanto, obviamente, devemos rejeitar todos os
pensamentos falsos, e substituí-los pelo que é
verdade. A título de exemplo e em resposta à fofoca,
um pensamento verdadeiro poderia ser o seguinte:
"Aquela pessoa que diz coisas sobre mim,
independentemente da sua posição em relação a
mim, merece o meu respeito; e ainda mais, eu, como
filho de Deus, devo mostrar-lhe amor e orar pela
bênção de Deus sobre a sua vida, como Jesus nos
ensinou" (Lucas 10: 27).
Em obediência à Palavra de Deus, precisamos de
separar entre o falso e o verdadeiro neste mundo. A
Bíblia pode ser o nosso guião sobre como pensar
sempre "no que é verdadeiro".
 de misericórdia e de bons frutos, imparcial e
Pergunta: Juntamente com a turma, complete a sincera". O pensamento bondoso imediatamente
seguinte lista de comparações entre pensamentos nos encherá de paz que será vista em nossa
verdadeiros e não verdadeiros. interacção com outras pessoas. Seremos capazes de
dar graças ao nosso Deus pela sua vida e pelo que
Pensamentos Pensamentos não essa pessoa representa para nós. Portanto, sejamos
verdadeiros verdadeiros gentis e nos certifiquemos de que tudo o que
Exemplo: Cristãos são Deus não ouviu o pedido fizermos testemunhe e seja amável aos olhos de
filhos de Deus do meu coração Deus e das outras pessoas.

VI. "O que for admirável"

Aqui Paulo está encorajando seus leitores a pensar
em coisas que, se todos pudessem ouvir nossos
pensamentos, despertariam respeito ou aprovação. 84
III. "Tudo o que for nobre, tudo o que for
Nós somos profundamente afectados por nossos
correcto"
pensamentos e reacções. Se os nossos pensamentos
O dicionário online define nobre como: "ter ou
são admiráveis, isso irá se espalhar em nossas
mostrar boas qualidades pessoais ou altos princípios
acções do dia-a-dia. Assim, o mandamento de Deus,
e ideais morais". Deus está nos pedindo para encher
afirmado através de Paulo, é que pensemos em tudo
nossas mentes com pensamentos justos. Romanos
o que terá um efeito positivo em nossas vidas. Ou
12:2 diz: "Não se conformem com o padrão deste
seja, tudo o que inspira um carácter de fazer o bem,
mundo, mas sejam transformados pela renovação
tanto como um hábito quanto quando solicitado.
da sua mente". Então vocês serão capazes de testar
Pensar assim nos trará paz e protecção e nos
e aprovar qual é a vontade de Deus - a sua boa,
protegerá de pensamentos maus e impuros,
agradável e perfeita vontade.
mantendo-nos dentro da vontade de Deus. Lembre-
se do que Mateus 15:19 diz: "Porque do coração
IV. "Tudo o que for Puro"
vêm maus pensamentos - homicídio, adultério,
Se tivermos razões puras, pensamentos puros, isso
imoralidade sexual, roubo, falso testemunho,
resultará em acções puras. No mundo de hoje, onde
calúnia".
os assuntos relacionados ao sexo inundam nossas
mentes a partir da TV, da Internet, etc., precisamos
VII. "... se houver algo excelente ou digno de
de ter muito cuidado com o que pensamos ou
louvor"
imaginamos a este respeito sobre outra pessoa.
Nós recebemos uma verdadeira bênção porque
Lembre-se que o Senhor disse que pensar apenas
podemos ver o cuidado de Deus sobre nós enquanto
em outra pessoa com cobiça é o mesmo que o
Ele supre tudo o que precisamos para fazer a Sua
pecado do adultério (Mateus 5:28).
vontade. Pensar assim nos dá a visão correcta e a
direcção que precisamos para continuar avançando
Pergunta: Peça exemplos de pensamentos
em todos os assuntos da nossa vida diária, sem
dirigidos a algo nobre, certo, e/ou puro.
desistir devido às condições ao nosso redor.
Imagine a influência que as nossas palavras teriam
V. "Tudo o que for amável"
sobre outras pessoas quando derivadas de
Quando os nossos pensamentos são amáveis,
pensamentos louváveis. Claro, seriam palavras de
mostram que somos sábios. Se olharmos sempre
bênção que falariam da graça e misericórdia de
para o lado melhor, acreditarmos nas pessoas e
Deus para com aqueles que O buscam de todo o
confiarmos nos outros, nos tornaremos
coração.
pacificadores: desfrutando de pensamentos
positivos, alegria pessoal e paz. Tiago 3:17 diz:
Pergunta: Quais são os passos que devemos dar
"Mas a sabedoria que vem do céu é, antes de tudo,
para obedecer a Deus em nosso pensamento, de
pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia
acordo com o conteúdo desta lição? (Filipenses 4:8)

CONCLUSÃO

Se nossos pensamentos são perversos, nossas acções e nossas vidas, em geral, são muito mais prováveis de
serem perversas também. Portanto, devemos manter todo pensamento cativo em obediência a Jesus Cristo, pois
é desta forma que os pensamentos de bênção e paz surgirão em nossas mentes, e teremos a firme certeza de que
Deus está nos pastoreando "ao lado de águas tranquilas".
 Terceiro Trimestre: Uma Vida Espiritual Vitoriosa: Filipenses
Lição
CRISTO É MAIS DO QUE SUFICIENTE
39
Passagem para o Estudo: Filipenses 4:10-19

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que Deus, através de Cristo, provê "O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês,
tudo o que precisamos para uma vida abundante de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo
e satisfatória. Jesus" Filipenses 4:19.
85

INTRODUÇÃO
É comum para muitos cristãos aceitar alguma verdade da Palavra de Deus sem entender como ela se aplica
nas suas vidas. Contudo, esse não era o plano de Deus. Nós somos responsáveis por receber a luz, o
conhecimento espiritual que nós temos. Nós também somos responsáveis por buscar mais desse conhecimento
para continuarmos a viver um estilo de vida que agrade a Deus.
Para demonstrarmos um compromisso sincero com o Senhor, devemos ser reais. O nosso bom Deus quer que
participemos em verdadeiros actos de comunhão com Ele. Temos de lutar contra tudo, o que nos perturba. Se
gozamos de plena comunhão com Deus, então a Sua Palavra torna-se relevante, refresca a nossa alma e
ilumina a nossa compreensão. Ela nos torna melhores cristãos, melhores discípulos e melhores
representantes de Deus onde quer que estejamos. O apóstolo deixou-nos um testemunho escrito que é útil até
mesmo para a igreja do Senhor hoje, sobre os benefícios de fazer de Cristo o centro da nossa esperança.

I. Paulo estava cheio de alegria (Filipenses 4:10-12)
Paulo estava feliz porque dependia de um Deus que
cumpria as Suas promessas. A sua alegria não
dependia das circunstâncias; era a alegria genuína que
só vem de Deus. Examinemos por que Paulo era capaz
de se sentir alegre. Paulo sabia que Deus se preocupa
com aqueles que confiam e O servem. Esse cuidado
nem sempre significa que Ele nos dará riqueza,
segurança ou saúde garantida, embora essa ideia esteja
muito na moda em muitos círculos cristãos hoje em
dia.
Pergunta: Quais foram as causas da alegria
permanente vivida pelo apóstolo Paulo?
II. “Tudo posso naquele que me fortalece”
(Filipenses 4:13)
Vale a pena nos perguntar: como é que o apóstolo
estava equipado?
A. Para resistir aos ataques de Satanás e para
completar a tarefa comissionada por Jesus
Em vários momentos da sua vida e ministério, este
apóstolo reconheceu que, embora disfarçado de várias
formas, os ataques vinham sempre do mesmo inimigo:
Satanás. Sem dúvida, Paulo enfatizou o poder, a
astúcia e os propósitos prejudiciais de Satanás. Mas,
em Cristo, o apóstolo Paulo encontrou a armadura de
Deus para lhe resistir (Efésios 6:10-20). A sua
dedicação foi tal que ele foi capaz de declarar
abertamente: "Tenho pregado plenamente o evangelho
de Cristo" (Romanos 15:19).
B. Para alcançar o fim da sua vida vitoriosa em
Cristo
Conhecer a Cristo face a face, ver a face do seu
Mestre, ou seja, estar sempre com ele na eternidade,
foi o ânimo que levou Paulo a aceitar e resistir a
perigos extremos (2 Coríntios 11:23-30). E no entanto,
nada o separava do seu objectivo mais elevado, que
era manter a fé e conhecer Cristo (Filipenses 3:8-11; 2
Timóteo 4:6-8).
Perguntas:
Como podemos evitar o risco de falsa segurança em
relação a ter a capacidade adequada para o serviço a
Deus, à igreja e ao próximo?
III. Paulo estava completamente satisfeito
(Filipenses 4: 14-18)
Para o apóstolo, tudo o que foi recebido dos irmãos
Filipenses foi uma fonte especial de satisfação. Mas
quando foi e por que meios e com que propósito?
A. Em problemas (v. 14)
O pleno compromisso e obediência de Paulo o levou a
circunstâncias muito perigosas (2 Coríntios 11:23-28)
nas quais sua vida sempre esteve em risco (inclusive
ser deixado para morrer, Actos 14:19). Em todas estas
circunstâncias, os crentes da nova igreja de Filipos
"partilharam com zelo os seus problemas" (v. 14);
cuidaram e apoiaram-no com dinheiro (Filipenses
4:15b).
B. Em seu serviço para Deus (vs. 15-16)
Os Filipenses mostraram como Deus se moveu através
dos seus filhos e filhas. Eles provaram que Deus usa
pessoas comuns e limitadas para se juntar a uma
missão de escala ilimitada. Suas orações (Filipenses
1:19) e suas ofertas eram contínuas (Filipenses
4:16). É também muito interessante que Paulo
falou de "dar e receber". Sem dúvida, estes filhos
espirituais também beneficiaram desta relação de
servir. Esta regra também funcionou no
relacionamento do apóstolo com a igreja de Corinto (1
Coríntios 9:11).
C. Sacrifício sem interesse pessoal (vs. 17- 18)
Paulo tinha servido como pai espiritual, pastor e
mestre dos Filipenses. Esta congregação nasceu da
primeira pregação na Europa, nas margens de um
rio onde Lídia, uma vendedora de púrpura, ouviu
e creu no evangelho (Actos 16:14-15).
Posteriormente, esta empresária de tecidos convidou a
Paulo e os irmãos que o acompanhavam para ficar em
sua casa (Actos 16:15). É fácil entender a relação entre
gratidão e abnegação. Embora possamos considerar
Filipos como uma cidade próspera, Paulo
recomendou: "Não andem ansiosos de coisa alguma"
(Filipenses 4:6); e especialmente, ele se referiu à
oferta enviada como um "sacrifício" e à capacidade de
Deus para prover a cada necessidade (v. 19). Este
apóstolo reconheceu aqui um princípio cristão
fundamental: sem sacrifício, não há oferta (2 Samuel
24:24; Marcos 12:41-44).
CONCLUSÃO
Ao estudarmos Filipenses 4:10-19, podemos reconhecer que "em Cristo", Deus nos deu tudo o que é necessário
para uma vida plena e abundante, bem como para um serviço frutífero e uma esperança sólida e eterna.
Pergunta: Cite algumas áreas da sua vida onde antes
você tinha insatisfação, mas mais tarde, em Cristo,
você obteve satisfação.
IV. "Deus suprirá todas as...necessidades"
(Filipenses 4:19)
Como Deus provê para as nossas necessidades?
A. Deus providencia tudo.
Acreditar que Deus é o Criador e Sustentador de tudo
é o fundamento básico da nossa dependência nele. Nós
arriscamos tudo e dependemos completamente dele 86
porque confiamos Nele. Esta é a prova de que sabemos
que Ele está perto de nós e sabe tudo sobre a nossa
situação a qualquer momento.
B. Deus provê de acordo com as Suas riquezas,
A provisão e os recursos de Deus são ilimitados;
portanto, nossa confiança nele deve ser plena. Alguns
dizem que o limite para receber as bênçãos de Deus é
de acordo com quanta fé temos. Entretanto, os
antecedentes revelados na vida de Paulo negam esta
regra. Porque, repetidamente, o apóstolo apontou a
vontade de Deus como a chave para ter o suficiente e
experimentar a verdadeira satisfação (Filipenses 4:11-
12; 1 Timóteo 6:6-8).
C. Deus provê em Cristo Jesus
Em Cristo, encontramos o necessário para uma vida
plena e abundante (João 10:10; Romanos 8:32).
Alguns dos benefícios em Deus, embora nem sempre
levados em consideração, incluem paz perfeita (Isaías
26:3), ajuda em tempos difíceis (Salmo 121),
disciplina oportuna (2 Coríntios 7:9-10; Hebreus 12:4-
11), amizade na solidão, e conforto na dor (2
Coríntios 1:3-7), sabedoria (Efésios 3:8-11),
segurança quando nos falta confiança (Efésios 3:12).
Pergunta: Compartilhe algum testemunho pessoal
que você experimentou em relação a depender apenas
de Deus, o que levou à vitória e ao fortalecimento de
sua fé.
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
CAMINHAR DIGNO DO SENHOR
40
Passagem para o Estudo: Colossenses 1:3-12

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para ser inspirado a caminhar "... para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam
de maneira digna do Senhor. agradá-lo: dando fruto em toda boa obra, crescendo no conhecimento
de Deus " Colossenses 1:10.
87

INTRODUÇÃO

A congregação em Colosse era composta principalmente de pessoas que tinham saído de religiões pagãs.
Depois de se tornarem cristãos, eles tiveram que enfrentar a influência de diferentes ensinamentos tanto das
religiões pagãs como do judaísmo. Esses falsos ensinamentos questionavam a alta posição e o poder de Jesus
Cristo e Sua obra salvadora. Eles incluíam, por exemplo, a importância exagerada dos anjos (ao ponto de
alguns até os adorarem). O falso ensinamento que ouviram, também falava sobre a necessidade de observar
as regras relativas à alimentação e aos dias no calendário.
Estes mestres basearam as suas posições num suposto conhecimento especial que eles alegavam ter. Por causa
disso, o apóstolo Paulo, após a saudação calorosa comum às suas epístolas (Colossenses 1:1-2), continuou
com a acção de graças. Ele descreveu ainda as crenças centrais nas quais a igreja em Colosse tinha sido
fundada e detalhou as razões que o levaram a orar por esta congregação. Para explorar mais profundamente
esta oração do apóstolo, vamos estudar três ideias principais: A esperança cristã (Colossenses 1:3-6); a
plenitude do conhecimento, sabedoria e inteligência espiritual (Colossenses 1:9); e a vida de santidade
(Colossenses 1:10-11).

I. Fé, amor e esperança (Colossenses 1:3-6)
A primeira razão que levou o apóstolo Paulo a ser
grato (v. 3) foi a bênção de ver como o fruto da fé, do
amor e da esperança eram mostrados na congregação
Colossense (v. 4). Estas qualidades formam a parte
central da teologia de Paulo. Elas são básicas para o
ensino do Senhor e precisam de ser exibidas na igreja.
Paulo também menciona fé, amor, e esperança em
outras ocasiões (1 Coríntios 13:13).
A fé tem duas partes, e ambas são igualmente
importantes. A primeira parte é a crença de que Deus
existe e a segunda parte da fé é o compromisso: uma
decisão não apenas de acreditar em nossas mentes que
Cristo pode nos salvar, mas de colocar nossas vidas
em Suas mãos" (https://billygraham.org/answer/can-
you-give-me-a- simple- definition-of-faith/). Esta é a
fé que Paulo ouviu que os Colossenses estavam
experimentando, uma fé que significava confiança
obediente, ou seja, toda a consagração daqueles que
desejavam sinceramente tornar-se bons discípulos de
Jesus Cristo.
Outra qualidade destacada pelo apóstolo foi o amor
que os Colossenses tinham por todos os crentes
(Colossenses 1:4). O amor, neste caso, deve ser
interpretado como uma demonstração do santo amor
de Deus que permite que Seus filhos o dêem aos
outros. Tanto o amor quanto a santidade são parte do
próprio ser de Deus, e isso se torna claro na vida dos
cristãos quando eles entregam suas vidas a Cristo e
caminham em Seu amor.
Em Colossenses 1:3-11, Paulo diz que a fé e o amor
demonstrados pelos Colossenses foram frutos de uma
esperança guardada no céu. Ou seja, eles podiam se
comportar porque estavam certos de que havia uma
eternidade que os esperava. A esperança do cristão
não é a esperança do mundo, que pode ser breve e
condicionada à situação de uma pessoa. Esta
esperança tem o próprio Jesus Cristo como
fundamento eterno, que segundo João 14:2 está
preparando um lugar para nós. Assim, nesta passagem,
a esperança é o principal
sinal de que o evangelho chegou ao coração dos
Colossenses. Havia esperança por causa das
expressões da fé e amor nas quais eles abundavam
(Colossenses 1:4-6).
Embora o apóstolo tenha escrito esta carta da prisão
em Roma, essa situação difícil não o impediu de ser
inspirado para a acção de graças e a oração ao ouvir a
notícia de que qualidades como a fé, o amor e a
esperança eram exibidas na igreja dos Colossenses.
Pergunta: Em que consiste a esperança cristã?
II. Conhecimento, sabedoria e compreensão
(Colossenses 1:9)
A oração de Paulo que começou com a acção de graças
pelas qualidades encontradas nos Colossenses
também incluiu um pedido: que eles estejam cheios do
conhecimento da vontade de Deus em toda a sabedoria
e compreensão espiritual (v. 9). Neste pedido, o
apóstolo focalizou sua oração nas necessidades da
congregação em Colosse.
Em sua oração, Paulo pediu aos Colossenses que
encontrassem o verdadeiro conhecimento, que vem
por revelação de Deus através da exibição da vida de
Cristo reproduzida em cada crente. A sabedoria
espiritual e a compreensão são a forma como os
crentes crescem como cristãos. Ao contrário dos falsos
mestres gnósticos, que promoveram o esforço
humano, rituais e crescimento intelectual, o apóstolo
lembrou aos Colossenses que só há um caminho para
o conhecimento celestial: Jesus Cristo. Tudo o que
precisamos saber sobre Deus tem sido revelado em
Jesus Cristo, nosso Senhor. Desta forma, podemos ver
que a vontade de Deus não é algo fora do nosso
alcance, pois podemos conhecê-la. Além de ser da
mente, ela é espiritual e pode se tornar real numa vida
guiada pelo Espírito Santo. Como os Colossenses, os
cristãos de hoje devem sair vitoriosos diante das
tentações sobre rituais e mero conhecimento da
mente. Eles devem encontrar em Jesus Cristo o
pleno significado da fé cristã, e viver no poder do
Espírito Santo enquanto crescem em santidade.
CONCLUSÃO
Precisamos de examinar a nossa caminhada cristã, para ver se ela é digna do Senhor. Existem decisões que
poderíamos tomar para podermos viver de acordo com a vontade de Deus? Hoje é o momento de decidir.
Pergunta: Qual é a diferença entre a sabedoria
humana e divina?
III. A vida de santidade (Colossenses 1:10-11)
A última razão pela qual o apóstolo orou pelos
Colossenses foi para que eles pudessem caminhar
dignos do Senhor, ou seja, em santidade. Para Paulo,
a vida cristã envolvia compromisso e um carácter que
procurava agradar a Cristo e mais do que aos outros.
Isto significava que eles precisavam de obedecer a
Deus em sua vida diária e conhecê-lo cada vez mais,
vivendo no poder do Espírito Santo. Este é o objectivo 88
da vida cristã.
Devemos entregar voluntariamente nossas vidas ao
Senhor, consagrar-nos e caminhar em santidade e
justiça; não por nossos esforços, mas pela plenitude do
Espírito Santo inspirando e dando frutos em nossas
vidas. Caminhar dignamente vem através do
conhecimento de Deus. Os Colossenses foram capazes
de agradar a Jesus Cristo enquanto combinavam
hábitos e práticas espirituais que os fortaleciam em sua
santa caminhada. Neste sentido, a oração, a leitura fiel
da Bíblia e a vida congregacional são meios que
podem nos ajudar a crescer na graça do Senhor hoje.
Diante dos desafios diários, uma das decisões mais
sábias que podemos tomar é usar hábitos espirituais
que constroem nossas vidas. Devemos cultivar hábitos
e costumes que glorifiquem a Cristo e resultem numa
caminhada santa, digna do Senhor. A oração de Paulo
orienta-nos para um caminho mais excelente:
encontrar meios de nutrição espiritual e de
crescimento em nossa caminhada de santidade. Como
nos tempos dos Colossenses, nós crentes somos
tentados a negligenciar diferentes áreas de nossas
vidas. Por isso, precisamos de orar urgentemente para
um compromisso mais profundo para fortalecer a
esperança que temos, na plenitude do conhecimento,
na sabedoria espiritual e na compreensão, e na vida de
santidade.
Pergunta: O que significa caminhar digno do Senhor?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
A GRANDEZA DA REDENÇÃO
41
Passagem para o Estudo: Colossenses 1:12-14 (9-14)

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para compreender os efeitos da "...dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da
nossa redenção em Cristo. herança dos santos no reino da luz" Colossenses 1:12.

89
INTRODUÇÃO

A passagem estudada para esta lição pertence à secção da carta aos Colossenses (capítulos 1 e 2) que trata da
doutrina. Este pequeno segmento de apenas três versículos contém uma parte muito rica da doutrina. A bela
lista de oração de Paulo para os crentes mostra claramente o grande coração de Paulo como pastor
(Colossenses 1:12-14). Da mesma forma, ao focalizar na natureza e obra de Cristo, esta passagem responde a
importantes questões relacionadas à redenção em Cristo: Como crentes em Cristo, em quem nos tornamos? O
que significa ser perdoado por Deus? Que mudança tem ocorrido em nosso relacionamento com o pecado e o
mundo? E quais são os resultados de termos sido libertados do poder das trevas e transferidos para o reino de
Cristo? Certamente e sem dúvida, a obra de Cristo é completa, e a ideia de redenção afirma plenamente essa
plenitude. Assim, tendo analisado brevemente o nosso tema de estudo, estamos agora prontos a considerá-lo
no seu sentido mais amplo e rico.

I. Qualificados para receber a herança de Deus
(Colossenses 1:12)
Quando cremos em Cristo, começamos a estado não salvo (v. 13; 1 Pedro 2,9). A palavra
experimentar realidades espirituais que antes eram
encobertas ao nosso entendimento; fomos
transformados de escravos do pecado em herdeiros
de Deus. Nesta passagem, Paulo falava de uma
parte essencial da salvação: A redenção permitiu-
nos ter uma relação familiar com Deus. Esta foi uma
das razões de Paulo para dar graças aos crentes:
Deus fez-nos seus filhos por pura graça!
(Colossenses 1:12)
A redenção tirou-nos da escravidão do pecado. Ela
nos permite participar das bênçãos de Deus que
Paulo descreveu aqui com a frase "a herança do seu
santo povo no reino da luz" (Colossenses 1:12). Nós
somos herdeiros de Deus porque Ele nos fez Seus
filhos. A presença do Seu Espírito Santo em nossas
vidas é o que nos dá certeza sobre esse
relacionamento familiar (Romanos 8:16).
O texto também se refere à natureza da herança:
"...no reino da luz" (Colossenses 1:12).
Este versículo fala de nossa "parte" da herança
(Actos 20:32; 26:18; Efésios 1:11) como "povo
santo no reino". A 'luz' começa aqui no crente,
descendo do 'Pai das luzes' através de Jesus, 'a
verdadeira luz', é aperfeiçoada no reino da luz. O
reino da luz inclui o conhecimento, a pureza, o amor
e a alegria. Aqui é comparado com "as trevas" do
"luz" indica a área onde a herança é desfrutada; e
claramente, refere-se à vida santificada (1 Pedro
2:9; 1 João 1:7) . Os filhos redimidos de Deus têm
pleno direito a desfrutar de sua maravilhosa herança
eterna. O relacionamento familiar e a herança
começam no presente com a nova vida
caracterizada pelo amor de Deus.
Pergunta: Qual é a herança para a qual nos
qualificamos?
II. Resgatados do domínio das trevas
(Colossenses 1:13a)
Outro pensamento importante que Paulo traz nesta
passagem é o da salvação como libertação do poder
das trevas e do pecado. De acordo com a primeira
parte de Colossenses 1:13, Deus "nos salvou do
domínio das trevas". O evangelho proclama a
liberdade para os cativos (Lucas 4:18). Para o
crente, esta libertação é completada na cruz. Isto
significa que Satanás não tem mais autoridade sobre
nós, pois seu jugo foi quebrado
quando chegamos a Cristo. O poder do reino das
trevas foi baseado na nossa incapacidade de cumprir
a lei de Deus, devido à nossa natureza pecaminosa.
Em nosso estado anterior sem redenção, Satanás
tinha autoridade legal sobre nós, mas uma vez que
fomos salvos por Cristo, a escravidão espiritual
terminou.
O gnosticismo foi uma colecção de ideias e sistemas
religiosos antigos que começaram no primeiro
século entre as primeiras seitas cristãs e judaicas. Os
gnósticos enfatizavam o conhecimento espiritual
pessoal. Em Colosse, esse conhecimento teria se
referido ao cativeiro espiritual de um espírito
colocado na prisão em um corpo maligno. De
acordo com eles, era impossível levar uma vida
santa devido à natureza corrupta do corpo humano.
Mas, segundo Paulo, o corpo não é a prisão da alma,
mas o templo de Deus. Portanto, tanto o corpo
quanto o espírito pertencem a Deus, e Ele deve ser
honrado com todo o nosso ser (1 Coríntios 6:19-20).
Uma pessoa pode escolher ser escrava de alguma
crença, uma atitude ou uma maneira de pensar que
se opõe ao propósito de Deus. Há aqueles, por
exemplo, que vivem cada dia dependendo do que
suas estrelas predizem, ou são guiados por
superstições, filosofias e tradições humanas que
abertamente vão contra as verdades cristãs. É
importante lembrar o conselho de Paulo: "Cuidem
para que ninguém lhes leve cativos através de uma
filosofia vã e enganosa, que depende da tradição
humana e das forças espirituais elementares deste
mundo e não de Cristo... em Cristo, vocês foram
levados à plenitude" (Colossenses 2:8, 10).
Já fomos libertados do poder das trevas e do pecado.
Não devemos nos submeter a nenhuma crença,
filosofia
ou modo de pensar que seja contra a doutrina de
Cristo. O guia principal do crente na Bíblia, e o
Espírito
Santo pode nos ajudar a compreendê-la.
Pergunta: Como alguém pode ser escravizado
espiritualmente hoje?
CONCLUSÃO
Às vezes o nosso modo de vida não corresponde à nossa compreensão do trabalho que Deus fez em nós através
de Cristo. Vivemos como se a grandeza da redenção não tivesse ocorrido. Colossenses 1:12-14 mostrou-nos que
Deus nos criou como seus herdeiros através da redenção, e que fomos adoptados como filhos de Deus. Ele nos
libertou de uma vez por todas do poder das trevas, e nos transportou para o reino de Cristo, para viver uma vida
de liberdade, alegria espiritual e pureza moral.
III. Transportados para o reino (Colossenses
1:13b)
A mudança trazida pela redenção de Cristo nos
capacita a nos comportarmos de forma digna do
evangelho. Os crentes Colossenses estavam
rodeados por uma cultura completamente ímpia.
Contudo, eles tinham que entender que a obra de
Deus neles era completa e perfeita, e lhes
proporcionava uma nova vida. Assim, não deviam
continuar a considerar-se sob o poder do pecado e
das trevas, pois tinham sido libertados de uma vez
por todas por Cristo na cruz.
A redenção, na época romana, era melhor 90
compreendida em termos de um escravo ser
libertado porque alguém pagou pela sua liberdade.
A última parte da passagem de estudo resume a obra
de Cristo: "em quem temos a redenção, o perdão dos
pecados" (Colossenses 1:14). A redenção está aqui
relacionada com o perdão dos pecados. O perdão é
uma obra da graça de Deus. Paulo disse: "Ele
salvou- nos, não por causa de coisas justas que
tínhamos feito, mas por causa da sua misericórdia.
Ele nos salvou através da lavagem do renascimento
e renovação pelo Espírito Santo" (Tito 3:5). Não
havia nada em nós que nos fizesse dignos do perdão
de Deus, nenhuma qualidade nossa para alcançar o
Seu favor. Mas Ele, na Sua infinita misericórdia,
nos amou em Cristo. Muito justamente, a oração de
Paulo pelos Colossenses foi para que eles pudessem
viver continuamente em uma mentalidade de
alegria e ser gratos pela redenção. A nossa redenção
é uma completa e definitiva libertação do poder do
pecado. Agora, pertencemos a um novo estado de
vida, que é o reino de Deus; e ser membro desse
reino significa viver a nossa vida em verdadeira
santidade.
Pergunta: De acordo com o que estudamos na
lição, o que significa ter sido transportado para o
reino de Cristo?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
A GRANDEZA SUPREMA DE JESUS
42
Passagem para o Estudo: Colossenses 1:15-20

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender e experimentar a natureza, o "O Filho é a imagem do Deus invisível, o
poder, a grandeza e o ministério de Cristo, e primogênito sobre toda a criação" Colossenses 1:15.
como isso nos beneficia como crentes
91

INTRODUÇÃO

Ser cristão é uma aventura, mas quem é um verdadeiro cristão? Saber sobre aviões não faz de uma pessoa um
piloto. Saber preparar uma boa sopa não faz de si um cozinheiro. Saber pregar algo juntos não faz de ninguém
um carpinteiro. E ter ouvido falar de Cristo não faz do ouvinte um cristão. Ser um seguidor de Cristo significa
ser Dele, conhecê-lo, e viver como Ele. Assim, através desta lição, aprenderemos mais sobre Jesus Cristo e
isto aprofundará nossa fé como discípulos.

I. O que é Cristologia (o ensinamento sobre
Cristo)?
Cristologia é "a doutrina ou o ensinamento da igreja
a respeito da natureza de Jesus, o Messias de Israel
e Filho de Deus". Cremos que Jesus Cristo é
humano e divino; que estas duas diferentes
naturezas estão unidas numa só pessoa, e que esta
união é permanente e eterna; isto inclui: que em
Jesus temos uma revelação completa e final de
Deus; a segunda é que nele, o pagamento de todo o
pecado é possível e pode ser obtido". (Taylor,
Grider, e Taylor. Dicionário Teológico Beacon.
USA: CNP, 1995, p. 175).
A nossa maneira de ver Cristo está intimamente
relacionada com a forma como o temos vivido até
este momento. Comecemos com um exemplo
simples: como é a paisagem natural? As respostas
vão variar de acordo com os diferentes lugares
vistos ou imaginados. Pessoalmente, eu, o autor
desta lição, posso dizer que a paisagem onde estou
tem montanhas com rochas gigantescas e plantas do
deserto e arbustos verdejantes. Enquanto
permanecemos nesta terra, podemos conhecer
Cristo mais e mais, e tornar-nos mais como Ele (1
João 2:6). Em Colossenses 1:15-20, temos a
oportunidade de conhecer mais sobre Jesus e
aprender a andar nas Suas pisadas. O estudo da
cristologia envolve explorar muitas coisas
incluindo as Escrituras e outros pensamentos
relacionados. Mas no final, esta área da teologia nos
levará a querer ser mais como Cristo, refletir a cada
dia sobre o Seu amor, e servi-lo humildemente,
sempre buscando viver como Ele.
Pergunta: Defina o que é a cristologia em suas
próprias palavras.
II. Ele é a imagem visível do Deus invisível
(Colossenses 1:15)
Qual é a diferença entre algo visível e algo
invisível? Esta pergunta pode parecer estranha.
Entretanto, quando falamos de Cristo, descobrimos
que Ele é a imagem visível de Deus, que é invisível.
Deus revelou-se na pessoa de Jesus Cristo, a
segunda pessoa da Trindade. Jesus é a revelação
perfeita de Deus. Esta revelação é vista em parte no
Salmo 19:1, onde o escritor disse que a criação
declara a glória de Deus, e em Gênesis 1:27,
descobrimos que a humanidade foi feita à Sua
semelhança. Mas podemos garantir que Jesus é a
imagem de Deus.
Isto foi mostrado por Paulo em Colossenses 1:15,
onde ele afirma que Jesus é "o primogênito sobre
toda a criação". Então, Jesus, o Filho de Deus, foi o
criado e o Criador! Ao falar de Jesus como "o
primogênito", Paulo está enfatizando sua absoluta
grandeza, usando a metáfora das famílias. O que
Paulo está dizendo é que Cristo é o mais importante.
Simplesmente, Ele não é parte de uma lista, Ele é
tudo.
O Senhor, no Seu plano perfeito, fez tudo o que a
humanidade precisava para ter comunhão com a
Sua pessoa. Por Ele, o Pai é mostrado; portanto,
bem-aventurados os que não vêem, e ainda assim
crêem (João 20:29). Muitas vezes, a nossa natureza
nos faz querer ver e não crer. Portanto, Deus nos
deu o que precisávamos: poder ver Jesus Cristo, que
é nosso mediador com o Pai, e que existiu com o Pai
eternamente (João 1:1-4, 14:6).
Portanto, o corpo se torna inútil e impotente sem a
cabeça. Da mesma forma, é pela inspiração de Jesus
Cristo que a igreja age e vive. Ele se deu por nós
para o perdão dos nossos pecados por amor; Ele é a
cabeça (Apocalipse 1:5).
Pergunta: Como você depende da cabeça, que é
Jesus Cristo?

IV. Ele é o mediador (Colossenses 1:19-20)

Pergunta: Qual é a posição que Jesus Cristo ocupa
na sua vida? Comente.
III. Ele é o eterno Criador (Colossenses 1:16-18)
Em Cristo, todas as coisas foram criadas,
simplesmente tudo. "Todas as coisas não admitem
excepções, as materiais e espirituais, e os poderes
são inferiores a Cristo e estão sob a sua vontade e
domínio". Falando de Cristo, Paulo escreveu:
"Porque dele e através dele e para ele são todas as
coisas". Para ele seja a glória para sempre! Amém".
(Romanos 11:36).
Toda a criação é permanente muito mais por causa
de Cristo do que por causa da gravidade. Isso
significa que o mundo está centrado em Cristo. Em
Cristo, tudo foi criado para louvar o Seu nome. Nós
fomos criados para honrá-Lo e glorificá-Lo. Jesus
foi o primeiro a ressuscitar, e ele não morreu
novamente. Com isso, o plano de redenção foi
cumprido.
Paulo comparou a igreja a um corpo humano com
Jesus como a cabeça (Colossenses 1:18). Na cabeça,
encontramos a fonte das ideias, intenções e
emoções. O Filho, Jesus Cristo, tem a grandeza
suprema porque Ele está diante de tudo e é supremo.
A função do corpo humano é surpreendente. Nada
se move se o cérebro não emite a ordem. Além
disso, a cabeça não pode ser substituída; o cérebro,
como um órgão, não pode ser transplantado.
Jesus é o mediador, aquele que veio para reconciliar
a humanidade com Deus. Deus, no seu amor 92
infinito, procurou esta reconciliação (2 Coríntios
5,19). Jesus é ao mesmo tempo Deus e homem.
Aqui se destaca a sua parte como Deus: realizar uma
reconciliação que alcance a paz e a harmonia entre
Deus e nós. Essa paz se tornou possível através da
morte e ressurreição de Jesus. Nosso Senhor Jesus
teve que sofrer e morrer, para pagar pelos nossos
pecados. Então Ele ressuscitou para a vida eterna,
proclamando a vitória sobre o pecado e a morte. Foi
assim que Ele mediou a paz entre a humanidade e
Deus, trazendo-nos a reconciliação com Deus.
Em nosso Artigo de Fé X, o seguinte é dito:
"Cremos que a santificação é a obra de Deus através
da qual os crentes são transformados na semelhança
de Cristo" .
Todos os dias, precisamos de ser mais como Ele.
Jesus se tornou homem para nos capacitar a
conhecer a Deus, receber o Seu perdão e nos
tornarmos como Ele para testemunhar ao mundo ao
nosso redor que não conhece a Deus.
Pergunta: Faça uma lista das qualidades do
carácter de Cristo.

CONCLUSÃO

Quando realmente conhecemos a Cristo, e experimentamos a reconciliação com Deus, vamos querer ser mais
como Ele. Ele se torna o foco mais importante de nossas vidas. Seremos transformados à medida que
aprendermos a obedecê-Lo. Conhecer a Deus significa ter um relacionamento permanente com Ele, sempre
desejando viver em Sua presença. Se fizermos isso, podemos realmente dizer: "Eu sou um cristão!"
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
RECONCILIADO COM DEUS
43
Passagem para o Estudo: Colossenses 1:21-23

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a obra reconciliadora de Deus em "Antes vocês estavam separados de Deus e, na mente
nós e os benefícios que ela proporciona para a de vocês, eram inimigos por causa do mau
nossa vida presente e futura. procedimento de vocês" Colossenses 1:21.
93

INTRODUÇÃO

A reconciliação é um dos maiores mistérios que encontramos na Bíblia. É difícil para alguns de nós entender
que fomos transferidos das trevas para a luz, que antes éramos inimigos de Deus. Nossa antiga vida terminou
e começamos uma nova vida. Estas acções, que ocorrem no mundo espiritual, não são visíveis ao olho
humano, mas têm real importância para aqueles que aceitam o que Deus tem feito. Nesta lição, veremos os
ensinamentos claros do apóstolo Paulo sobre a obra redentora de Cristo, a reconciliação, e como podemos
entender isso, assim como usá-lo em nossa vida diária.

I. Antes, éramos inimigos de Deus (Colossenses
1:21)
Neste texto (Colossenses 1:21-23), Paulo enfatizou
a obra redentora de Cristo, e começou explicando
por que precisávamos de nos reconciliar com Deus.
Paulo estava falando à comunidade cristã de
Colosse, aos crentes em Cristo, pessoas que
tinham experimentado a reconciliação em suas
vidas. Mas eles precisavam de entender o que
tinham sido antes de conhecer Cristo, e o que eram
depois de conhecê-lo. Ele começou dizendo
"antes", apontando para suas vidas passadas sem
Cristo (Colossenses 1:21). Nosso passado foi de
pecado, de acções que desagradaram a Deus, o que
Paulo chamou de "o reino das trevas" (Colossenses
1:13). Nesse reino, fomos movidos por leis do mal
que governavam o nosso modo de vida, que
condenamos hoje e das quais podemos dizer que já
fomos crucificados (Gálatas 5:24).
Pergunta: Qual era a nossa posição aos olhos de
Deus antes da nossa conversão?
II. Agora, estamos reconciliados com Deus e
somos abençoados (Colossenses 1:22)
A reconciliação nasce no coração de Deus e se
realiza através da obra redentora de Cristo, através
de Sua morte sacrificial na cruz. A Reconciliação é
o resultado da expiação (um acto de reparação pelo
mal cometido quando Cristo morreu por nossos
pecados). A maneira como Deus nos reconciliou
consigo mesmo foi através da morte do Seu Filho,
que pagou o preço para que pudéssemos ter
novamente comunhão com o nosso Criador. Por
esta razão, a reconciliação é melhor definida como
o novo tempo de amizade que é estabelecido entre
Deus e nós através da morte de Cristo (Romanos
5:10-11). Pelo testemunho do Espírito Santo, da
Palavra e da experiência diária de comunhão com
Deus, o crente sabe que foi reconciliado. Vejamos
agora as bênçãos que vêm com a reconciliação:
A. Amizade com Deus (Colossenses 1:22)
O ponto central da reconciliação é que ela restaura
uma amizade com Deus, que é vivida diariamente
na vida de todo crente e é apreciada por qualquer
homem ou mulher que acredite nele (João 1:12). É
a base da comunhão no relacionamento com Deus,
e o sinal de Sua graça e misericórdia. A amizade
com Deus pode ser vista em todas as acções do
crente, em como Deus supre as suas necessidades
físicas, materiais, espirituais e emocionais.
B. Ele tornou-nos santos e sem manchas.
A santidade na vida da pessoa reconciliada é
um dos gloriosos benefícios da reconciliação.
Nós experimentamos a obra reconciliadora de Deus
quando recebemos Cristo em nossos corações. O
pecado que nos separou de Deus é perdoado, e nós
somos justificados pela fé. A reconciliação permite-
nos entrar livremente na presença de Deus sem
pecado, ou seja, livres do pecado: original e pessoal.
Mas não nos dá livre licença para pecar no presente;
muito pelo contrário. Esta nova experiência ajuda-
nos a rejeitar o mal. A nossa obediência à Palavra
de Deus, porque O amamos, torna possível este
estado de santidade.
C. Livres de acusação (Colossenses 1:22)
O termo usado é "irrepreensível". Culpa é o produto
da inimizade do homem com Deus por causa do
pecado. Mas a reconciliação nos trouxe benefícios
de estarmos livres do que nos tornou culpados. Em
outras palavras,
Deus cancelou toda a nossa dívida com Ele para que
todo ser humano que recebe a Cristo, esteja livre da
culpa e de tudo o que o separou de Deus. A culpa
que pesa sobre o homem e a mulher não
arrependidos é o que os pode levar ao inferno. Por
esta razão, quando este benefício da reconciliação é
plenamente compreendido e vivido espiritualmente,
podemos estar certos de que fomos chamados a ser
parte da eternidade com Deus e livres do pecado que
produz uma eternidade sem Ele.
Pergunta: Mencione as bênçãos que vêm com a
reconciliação.
III. Mantendo a fé e a esperança do evangelho
(Colossenses 1:23)
O que significa permanecer na fé? Quando Paulo
escreveu esta epístola, os falsos ensinamentos
gnósticos foram muitos e procuraram enfraquecer a
fé dos novos crentes na igreja de Cristo. Por causa
disso, Paulo considerou muito importante que os
membros da igreja de Colossenses entendessem
CONCLUSÃO
Devemos lembrar que no passado, estávamos fazendo coisas ruins, o que nos fez inimigos de Deus. Mas Cristo,
através de Sua morte na cruz, nos reconciliou com Deus, e essa obra restaurou nossa amizade e nos apresentou
santos diante dele. Da mesma forma, essa obra reconciliadora deve ser mantida permanecendo na fé e na
esperança do evangelho.
claramente a obra reconciliadora de Cristo, na qual
eles eram participantes. Por sua vez, eles tinham
que ser firmes, ou seja, eles precisavam de estar
convencidos o suficiente para viver sob essa
verdade do evangelho sem olhar para outras
doutrinas.
Nesta passagem, Paulo enfatizou duas verdades
principais para os Colossenses sobre as quais a sua
fé deve ser fundada e permanecer:
A. "O corpo físico de Cristo" (Colossenses1:22)
Paulo declarou que Cristo não era apenas Deus, mas 94
também era Homem. Isto porque ele tinha um corpo
como o nosso, e esse corpo era necessário para
redimir a humanidade.
B. A morte de Cristo traz a reconciliação
(Colossenses 1:22)
Paulo garantiu que só por causa do que aconteceu
no Gólgota é que poderíamos ter acesso à presença
de Deus. É somente através da morte de Cristo que
podemos nos aproximar de Deus e nos reconciliar
com Ele. A respeito da esperança do evangelho,
Paulo estava falando de um grande mistério que lhe
havia sido revelado: Cristo vive no crente, mesmo
nos crentes gentios, e isto assegurou-lhe a sua
participação na glória vindoura.
Paulo explicou-o em Colossenses 1:27. Devemos
permanecer na fé e na esperança do evangelho que
se traduz na vida de Cristo em nós e nos benefícios
da glória vindoura que está nele. Paulo viu Cristo
como essa esperança, pois em outra carta ele
escreveu: "Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por
ordem de Deus nosso Salvador e de Cristo Jesus
nossa esperança" (1 Timóteo 1:1). Paulo falou em
outros textos dessa esperança que temos em Cristo
e afirmou-a como vida eterna (Tito 1:2; 3:7). Deus
quer que o nosso futuro esteja na glória de Cristo e
com Ele.
Pergunta: O que significava "manter a fé" para os
crentes Colossenses; e como podemos fazer isso
hoje?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
ENRAIZADOS E EDIFICADOS EM CRISTO
44
Passagem para o Estudo: Colossenses 2:6-8

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Conhecer e compreender que devemos escolher "Tenham cuidado para que ninguém os escravize a
permanecer em Cristo para não nos desviarmos filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam as
dos ensinamentos da Palavra de Deus. tradições humanas e nos princípios elementares deste
mundo e não em Cristo" Colossenses 2:8 95

INTRODUÇÃO
As crianças gostam de brincar com papagaios. Estes são geralmente planos e podem vir em diferentes formas.
Os papagaios são feitos de materiais muito finos e leves para que possam ser levantadas pelo vento. Os
papagaios vão para qualquer lugar que o vento os leve; eles podem ir muito alto. Em alguns lugares, eles
seguram grandes competições dos papagaios onde as pessoas sabem como segurá-los em maneiras
surpreendentes. O problema com os papagaios voadores é que você tem que cuidar bem deles, porque se eles
ficarem presos em uma árvore, um edifício, ou outra estrutura, eles podem muito bem ser rasgados em
pedaços. Afinal de contas, eles são muito frágeis. Quando isso acontece, toda a diversão acaba.
Algumas pessoas assemelham-se aos papagaios porque as suas crenças e padrões são tão leves e superficiais
que são levadas por qualquer nova moda, ideia, religião, ensino, pensamento, etc. Estas pessoas acabam
vivendo em uma montanha-russa de emoções e decisões que criam muita confusão e desequilíbrio em suas
vidas. Portanto, temos que ter cuidado, porque o "vento" vem de todos os lugares e vai a qualquer lugar.
Na lição de hoje, veremos que o apóstolo Paulo aconselhou aos cristãos que eles deveriam ser mais como
uma árvore, cujas raízes são tão profundas que nem mesmo ventos de furacão podem arrancá-las ou separá-
las de sua fundação.

I. Enraizados e edificados em Cristo Deus requer crenças imutáveis. A vida às vezes é

(Colossenses 2:6-7)
Em Colossenses 2:6-8, lemos uma parte da carta
que Paulo, como pastor, enviou com muito amor
aos cristãos que vivem na cidade de Colosse. Na
época em que Paulo escreveu a carta, ele estava na
prisão. O surpreendente é que, mesmo estando na
prisão, este servo de Deus disse aos Colossenses
que sempre os lembrava, os amava e que se
orgulhava deles porque tinham decidido seguir o
Senhor Jesus. Ele também lhes disse que orava por
eles para que se tornassem cristãos perseverantes e
fiéis (Colossenses 1).
Paulo estava bem ciente de que eles estavam
enfrentando situações muito difíceis em suas vidas.
Nós também às vezes temos que enfrentar situações
que são tão dolorosas que pode parecer impossível
continuar a fazer o bem que Deus ordena. Em
momentos como este, permanecer fiel à vontade de
como um furacão.
Deixarmo-nos levar por esses ventos pode nos
chicotear contra outras coisas, e até mesmo fazer-
nos perder a vida. A melhor opção é mantermo-nos
fiéis a algo bem fundamentado e não nos deixarmos
levar em circunstância alguma. O furacão irá
embora e nós permaneceremos firmes. Conhecendo
a natureza humana, Paulo cuidou dos Colossenses e
disse-lhes que fossem "enraizados e incorporados a
ele [Cristo]" (Colossenses 2:6-7). Este conselho
prático de Paulo envolve desenvolver fortes crenças
sobre quem Deus é, quem Jesus é e o poder do plano
de salvação.
Quando os cristãos estão plenamente convencidos
do seu lugar no coração de Cristo, todas as outras
decisões serão tomadas de acordo com o propósito
de Cristo para as suas vidas. Se caminhamos perto
do Senhor, quase não há espaço para decisões
erradas. Se Deus é o centro de nossas vidas, se o
amor de Deus preenche nosso
coração e todas as nossas necessidades emocionais,
se o poder omnipotente de Deus é real em nossas
vidas, não há lugar para confiar em mais nada,
porque temos tudo o que precisamos em Deus.
Os cristãos Colossenses podiam viver uma vida
abundante, cheia de alegria, calma, paz, sabedoria e
bênçãos para si e para os outros, porque tinham suas
raízes em Cristo. Nenhum vento de furacão poderia
tê-los derrotado. Acreditando em Cristo, e
permanecendo nele, o caminho de suas vidas estava
seguro.
Perguntas: Achas que podemos estar enraizados
em Cristo? Como o podemos fazer?
II. Protegidos de falsidades (Colossenses2:8)
Filosofias erradas podem causar danos, mesmo a
morte, como quando estamos no meio de um
furacão sem protecção. O melhor é aprender como
evitá-las desde o início. Assim que as
reconhecemos como filosofias vãs, devemos fechar
esse canal de comunicação. No entanto, devemos
perceber que às vezes os ensinamentos enganadores
podem vir tão disfarçados que é difícil reconhecê-
los, mesmo quando uma pessoa é muito inteligente.
Precisamos de saber que aquele que está por trás de
todo engano, é Satanás o pai da mentira (João
8:44). É por isso que há tantas maneiras astutas de
nos embaraçar.
Paulo disse aos Colossenses que eles deveriam ser
"fortalecidos na fé" como haviam sido ensinados
(Colossenses 2:7). A fé é o que nos ajuda a
permanecer fiéis aos ensinamentos de Cristo e a pôr
de lado todas as mentiras confusas. O conselho de
Paulo é muito eficaz e digno de confiança.
Primeiro, cada dia devemos procurar saber mais
sobre os ensinamentos de Deus para as nossas vidas.
Deus tem orientação para cada situação que
podemos enfrentar nesta vida. Não há nada que O
possa surpreender; não há nada que Deus não
entenda. Não há nada que Ele não possa resolver.
Segundo, devemos assegurar e fortalecer a nossa fé,
que é animada pela leitura da Palavra, ouvindo
testemunhos, e superando as provações que
enfrentamos. Em terceiro lugar, devemos lembrar a
importância de uma fé firme e consistente. Vemos
claramente na passagem de Efésios que a fé actua
como nosso escudo. A fé recebe a força das flechas
da mentira e as mantém fora de nossos corações.
Uma fé fortalecida, testada e firme nos dará uma
âncora que precisamos para estar "enraizados e
edificados nele". O profeta Jeremias disse que
aquele que confia no Senhor será como uma árvore 96
plantada perto do rio. Não teme quando o calor
vem; suas folhas são sempre verdes. Não se
preocupa com o ano de seca e nunca falha em dar
fruto " (Jeremias 17,7-8). Jesus disse a Seus
discípulos: "Então conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará" (João 8:32). Portanto,
devemos evitar falsas filosofias que possam nos
escravizar. Em vez disso, precisamos de conhecer e
acreditar na verdade, e encher nossa mente com ela
para não ficarmos confusos ou duvidosos. É por isso
que devemos ler, estudar, meditar e memorizar a
Palavra de Deus constantemente e com o máximo
de entusiasmo possível. Realmente, nossa vida, e a
de nossa família, igreja e comunidade, depende
disso. Deus tem dado à Sua igreja um ensinamento
claro e firme a ser seguido. Como seguidores de
Cristo, podemos memorizar o Credo Apostólico
para assegurarmos que não ficamos confusos pelas
filosofias subtis.
A Igreja do Nazareno fornece-nos a declaração de
fé acordada, e que defendemos como verdades
absolutas
(recuperada de http://nazarene.org/en/beliefs, 14 de
Novembro de 2018).
Pergunta: Quais são algumas das consequências de
se acreditar em falsas filosofias?

CONCLUSÃO
No estudo de hoje, vimos que a vida pode nos trazer situações que estão além de nossa imaginação. Contudo,
com o conselho de Paulo e a ajuda de Cristo, podemos encarar com clareza qualquer circunstância que a vida
nos atire. A Palavra de Deus encoraja-nos a perseverar, a permanecer firmes e fiéis ao Senhor, a estar
"enraizados" em Cristo, e a evitar ficarmos confusos e acabar assim em becos sem saída. A chave é fazer crescer
as nossas raízes em Deus, mesmo em tempos de sossego, para que elas sejam fortes e profundas quando
enfrentamos dificuldades. Os ensinamentos de Jesus são perfeitos. Podemos confiar neles de todo o coração.
Agradeçamos a Deus por Seu amor, fidelidade e Sua presença constante connosco.
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
A NOSSA IDENTIDADE EM CRISTO
45
Passagem para o Estudo: Colossenses 2:9-12

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Desenvolver a nossa identidade cristã em "...em Cristo vocês receberam a plenitude. Ele é o
harmonia com o nosso lugar em Cristo. Cabeça de todo poder e autoridade" Colossenses
2:10.
97

INTRODUÇÃO
Um dos maiores perigos que muitos cristãos sofreram ao longo da história é o que chamaremos "uma crise
de identidade". Certamente, em algum período da nossa vida, somos forçados a enfrentar uma crise de
identidade, que pode desencadear graves torturas não só psicológicas e emocionais, mas também
espirituais. A seu tempo, tudo isto nos causa um certo desequilíbrio emocional e espiritual, que se bem gerido,
pode ajudar-nos a crescer mais e a fortalecer a nossa fé como crentes. A passagem de estudo desta lição
aborda a questão da identidade dos crentes em Colosse. O apóstolo Paulo escreveu aos Colossenses,
enfatizando duas grandes qualidades que eles tinham: sua fé em Cristo e seu amor por todo o povo de Deus,
"... porque ouvimos falar de sua fé em Cristo Jesus e do amor que vocês têm por todo o povo de Deus"
(Colossenses 1:4).
Entretanto, Paulo também achou aconselhável adverti-los em sua carta sobre influências externas que estavam
distorcendo sua compreensão de quem é Cristo e quem são Nele. Uma correcção oportuna a respeito de nossa
verdadeira identidade em Cristo garante que desenvolvamos uma identidade saudável de nós mesmos como
cristãos.

I. Quem é Cristo? (Colossenses 2:9)
A Palavra diz: "Porque em Cristo habita
corporalmente toda a plenitude da divindade " (v.
9). Com essa passagem fica claro que o apóstolo
Paulo tinha motivos particulares para exortar os
crentes Colossenses. A localização geográfica
daquela igreja causou muitas influências na forma
como as pessoas praticavam a sua fé. Isso causou
"sincretismo religioso", ou seja, uma mistura de
dois ou mais sistemas de crenças religiosas. Em vez
de definir claramente os limites da doutrina básica
do cristianismo e os costumes e crenças que não
podem e nunca devem ser harmonizados com o
cristianismo, eles acabaram misturando tudo. Esta
situação teria resultado na inclusão de partes da
mistura na sã doutrina do cristianismo, o que
acabaria por minar a fé cristã e a sua verdadeira
identidade.
Enquanto o judeu não fazia distinção entre
identidade religiosa e nacional porque ambas eram
a mesma coisa, a cultura greco-romana não ligava a
sua identidade nacional à religião, e o sincretismo
religioso fazia parte da sua cultura. Por esta razão,
os Colossenses tinham de lidar com as correntes
tanto da religião como da filosofia que os rodeava.
Alguns acreditavam que, enquanto na Terra, Jesus
não tinha sido completamente Deus, e outros que
ele não tinha sido todo humano. Assim, aquelas
doutrinas confusas estavam se espalhando pela
igreja.
Eles não perceberam os danos que isso poderia
causar, então Paulo, de sua cela na prisão, sentiu
que precisava de alertá-los rapidamente. Embora
esta carta incluísse um aviso, um dos propósitos era
explicar-lhes quem é Cristo e quem somos Nele.
Depois de aprender a declaração do apóstolo a
respeito da natureza básica da pessoa e do carácter
de Cristo, podemos perguntar: como é relevante a
declaração de fé do apóstolo a respeito de nossa
identidade como crentes? Como o estar em Cristo
afecta a nossa identidade? A identidade dos crentes
não se limita a uma série de crenças, rituais, ou
adaptação a uma cultura. Ao contrário, ela se baseia
no facto de nos tornarmos como Cristo. Se
realmente somos como Cristo, então a plenitude de
Deus habita em nossas vidas através do Espírito
Santo.
Pergunta: Nas suas próprias palavras, explique
quem é Cristo.
II. Quem somos nós em Cristo? (Colossenses
2:10)
"...em Cristo vocês receberam a plenitude. Ele é o
Cabeça sobre todo poder e autoridade" (v. 10). O
cenário desta passagem é muito importante quando
se tenta interpretá-la. O escritor estava enfatizando
a sua preocupação com os falsos mestres porque
teorias falsas não comprovadas, habilmente
ensinadas, poderiam destruir a confiança que os
Colossenses tinham em Cristo como seu Salvador
completo. É importante mencionar que a nossa
plenitude, assim como a nossa santidade, só podem
ser alcançadas através de Cristo. Nunca poderemos
alcançá-las pela nossa força ou qualidades. Quais
poderiam ser as consequências de não sermos claros
sobre a nossa identidade em Cristo?
Aqui estão alguns deles: Olhar para o nosso corpo;
não se sentir digno; não ser capaz de perdoar; sentir-
se inferior aos outros.
Pergunta: O que nos torna completos em Cristo?
III. As marcas da nossa identidade (Colossenses
2:11-12)
Colossenses 2:11 diz: "Nele também foram
circuncidados com uma circuncisão não realizada
por mãos humanas. Todo o seu ego, governado pela
carne, foi despido quando foram circuncidados por
Cristo". Tanto Paulo como os seus discípulos
fortemente resistiu aos cristãos que ainda queriam
que os novos crentes gentios fossem circuncidados.
A circuncisão era uma marca, um sinal do antigo
pacto de Jeová com o Seu povo. "Este é o meu pacto
contigo e com os teus descendentes depois de ti, o
pacto que deves cumprir": Todos os homens entre
vós serão circuncidados. Tu serás circuncidado, e
será o sinal do pacto entre mim e ti" (Gênesis 17:10-
11). É por isso que nesta passagem de Colossenses
Paulo enfatizou que a nova aliança de Deus com
Seu povo não envolve a circuncisão física realizada
pela mão do rabino, mas uma circuncisão espiritual 98
em Cristo, que nos conduz à perfeição. É o nosso
relacionamento com Cristo que nos distingue como
povo de Deus.
Lemos em Colossenses 2:12: "... Tendo sido
sepultados com ele no baptismo, no qual também
foram ressuscitados com ele pela sua fé na obra de
Deus, que o ressuscitou dentre os mortos".
O baptismo é agora o novo sinal dos crentes. Em
nosso baptismo, concordamos em nos
identificarmos com Cristo em Sua morte e
sepultamento. Ao sairmos, mostramos que
aceitamos a Sua ressurreição pela fé. É um
testemunho de que fomos renovados, nascidos de
novo, trazidos a uma vida espiritualmente nova pelo
poder de Deus. No nosso baptismo, também
aceitamos a ressurreição de Jesus como a promessa
de que a imagem de Deus, quebrada no Éden, pode
ser totalmente restaurada em nós (Romanos 6:8-
10).
Finalmente, no nosso baptismo, entramos na
comunhão dos crentes, identificando-nos como
cristãos. Pertencemos ao corpo de Cristo, a Igreja.
Tornamo-nos mais como Cristo e entramos na
família de Deus, nosso Pai.
Pergunta: A circuncisão é um requisito para a
salvação? Comente.

CONCLUSÃO

Hoje, como antigamente em Colosse, encontramos um tipo de espiritualidade na moda, baseada em crenças
misteriosas que oferecem a salvação de acordo com o desejo do cliente. É por esta e outras razões que devemos
fortalecer a nossa identidade cristã, defendendo e enfatizando o nosso lugar na pessoa de Jesus Cristo. Nele,
temos tudo o que é necessário para viver, servir aos outros e servir a Deus.
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
A LIBERDADE QUE CRISTO DÁ
46
Passagem para o Estudo: Colossenses 2:13-23

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que não há tradição "Tendo sido pois justificados pela fé, temos paz com Deus por
humana que nos possa libertar do nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso
domínio do pecado; isto só vem pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos
pela graça de Jesus Cristo gloriamos na esperança da glória de Deus" Romanos 5:1-2. 99

INTRODUÇÃO

Há algo que nunca devemos perder de vista; é que os braços de Deus estão sempre estendidos para nós! Ele
preparou o caminho que nos permite correr para a Sua presença. Pela Sua graça, Ele nos deu aquilo que não
merecíamos: o sacrifício de Cristo na cruz, em nosso lugar!

I. Liberdade do pecado (Colossenses 2:13-14)
Orton Wiley define o termo "pecado" da seguinte
forma: "um desvio do caminho ou do fim designado
por Deus". O pecado entrou na natureza humana
como resultado da desobediência de Adão e Eva
(Romanos 5:12). Portanto, o apóstolo Paulo diz-nos
em Romanos 3:10: "...Não há ninguém justo, nem
sequer um". Por esta razão, Deus providenciou para
a nossa salvação. Ele nos deu o caminho para
estarmos livres do domínio do pecado (João 3:16;
Romanos 5:8; 1 Coríntios 15:3-4). Portanto, para
estarmos livres do domínio do pecado, devemos
crer e admitir esta verdade espiritual com a nossa
boca: que Cristo morreu por nós! A Palavra de Deus
diz que se cremos, agora somos filhos de Deus
(João 1:12; Actos 16:31). É a Sua graça que nos dá
entrada ao Pai, por meio da fé em Jesus Cristo o
Senhor (Efésios 2:8-9). É maravilhoso saber que
agora temos uma nova natureza, pois não somos
mais escravos do domínio do pecado, mas agora
somos livres para viver para Cristo (Romanos 5:1-
2), pois não há mais nenhum julgamento.
Pergunta: Como você definiria pecado?
II. Liberdade do mundo das trevas (Colossenses
2:15)
A este respeito, é razoável perguntarmo-nos o
seguinte: quem são os poderes e as autoridades?
Estes se referem a Satanás e àqueles que trabalham
com ele (Efésios 6:12). Paulo enfatizou que Cristo
é superior a qualquer um deles (Colossenses 2:15).
Vejamos alguns versículos que apoiam o que acaba
de ser dito:
• Jesus Cristo é aquele que os desarmou, e Ele os
triunfou publicamente na cruz (Colossenses 2:15).
Então, Cristo triunfou, e Sua vitória é nossa
também!
• Agora temos a liberdade da graça, que está acima
da lei. A Palavra diz que pelo Seu grande amor, Ele
nos deu a vida pela graça, "não por obras para que
ninguém se possa gloriar" (Efésios 2:4,9).
• Não há nada que possamos fazer para que Deus
nos ame mais. Ele nos ama (João 3:16), não pelo
que fazemos, mas porque somos Seus filhos.
Perguntas: O que você diz para o cristão recuado
que diz: "Afinal, eu sou apenas um ser humano"?
Sermos humanos permite-nos pecar?
III. Liberdade das tradições humanas
(Colossenses 2:16-22)
David Seamands indica que as duas principais
causas da maioria dos problemas emocionais entre
os cristãos são:
1. Não sabendo compreender, receber e viver o
perdão e a graça incondicional de Deus.
2. Não saber como comunicar esse amor, perdão e
amor incondicional a outras pessoas.
Alguns crentes estão constantemente tentando
ganhar a aprovação de Deus, caindo na mentira da
auto- realização (realização do seu potencial por si
mesmo). Como os tolos gálatas, achamos difícil
entender que a graça é simples e, como Paulo disse,
queremos ganhar perfeição e justiça através das
obras (Gálatas 3:1-5).
"A salvação pela fé parece demasiado fácil para
muitas pessoas. Eles pensam que precisam de fazer
algo da sua parte para se salvarem. A sua religião
torna-se o seu próprio esforço que leva ou ao
desânimo ou ao orgulho e, finalmente, à morte
eterna. O caminho simples de Cristo é o único
caminho que leva à vida eterna" .
• Agora fazemos parte da família de Deus, e tudo o
que temos que fazer é pegar o que a Bíblia diz em
Romanos 8:2-4. Portanto, devemos viver no
conhecimento de que somos um povo controlado
pelo Espírito Santo, livre do domínio do pecado,
que era algo que a lei não podia fazer, mas que
Cristo fez na cruz. O Senhor condenou o pecado
para que nós não vivamos mais seguindo nossos
desejos malignos.
• Devemos agradecer a Deus por Sua bondade,
apresentando-nos como um sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus (Romanos 12:1-2). 100
• Devemos rejeitar todo o mal (1 Tessalonicenses
5:21-22).
• Embora cada um de nós seja livre para "fazer o
que quer", devemos entender que nem tudo o que
queremos é sempre útil (1 Coríntios 6:12).

Pergunta: Como a graça funciona nas nossas
vidas?
IV. Liberdade, não libertinagem (Colossenses
2:23)
Colossenses 2:23 diz: "Tais regulamentos têm de
facto uma aparência de sabedoria, com sua
adoração auto-imposta, sua falsa humildade e seu
tratamento severo do corpo, mas lhes falta qualquer
valor na contenção da dos impulsos da carne."
Paulo, em suas cartas, enfatizava continuamente
que a salvação é um acto de graça, dado por Deus a
todos aqueles que crêem nele para a vida eterna,
como temos enfatizado ao longo desta lição.
Paulo também nos lembra algumas regras de vida
muito importantes. Aqui estão algumas delas:
A Bíblia dá-nos os limites correctos para viver em
verdadeira liberdade. Nós recebemos isto quando
cheios do Espírito Santo, fazemos o uso correcto do
nosso livre arbítrio. A capacidade de fazer escolhas
correctas é um dom de Deus, que nos fez à Sua
imagem e semelhança (Gênesis 1:26).
Medita sobre isto: Como é que Deus trata os Seus
filhos? Como seres com poder de decisão, graças a
Ele, temos recebido a capacidade de discernir a
partir da presença do Espírito Santo em nossas
vidas.
Pergunta: Paulo lembrou-nos de algumas regras de
vida muito importantes. Revise cada uma delas e
explique a verdade para nós hoje: Romanos 8:2-4;
12:1-2; 1 Tessalonicenses 5:21-22; 1 Coríntios
6:12.

CONCLUSÃO

Nós não vivemos em santidade para alcançar a salvação, porque recebemos a salvação através de Cristo. Nós
vivemos uma vida de santidade para mostrar a Deus o quanto somos gratos por Sua graça. Nós o fazemos não
por medo de perder nossa aceitação no céu, mas porque estamos cheios de gratidão que embora merecêssemos
ter Deus contra nós, Ele está em nosso favor.
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses

Lição VIVENDO COMO ALGUÉM VIVIFICADO EM

47 CRISTO
Passagem para o Estudo: Colossenses 3:1-4

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender que ser cristão é viver uma vida "Portanto já que vocês ressuscitaram com Cristo,
nova, ressuscitada com Cristo, abandonando e procurem as coisas que são do alto onde Cristo está 101
morrendo das práticas e crenças anteriores assentado à direita de Deus” Colossenses 3:1
contrárias aos ensinamentos da Bíblia.

INTRODUÇÃO

É incrível como a Bíblia nos mostra que nossa nova vida em Cristo nos dá um novo ponto de vista sobre a
vida humana. Aprendemos que ser cristão significa que estamos certos do nosso novo nascimento, que é tanto
espiritual como eterno porque Deus nos transformou em novas criaturas (2 Coríntios 5:17). Esta mudança
traz novas habilidades, tais como uma mudança de mentalidade em relação ao mal e ao pecado, ser rápido a
responder às verdades espirituais, entender o que a Bíblia está dizendo, ansiar por adorar e servir a Deus, e
um profundo desejo de fazer a Sua vontade.
Por outro lado, e em claro contraste, vivemos na verdade de um mundo que ignora a graça e o amor de Deus,
e vive em oposição aos mandamentos de Deus, sem O conhecer pessoalmente. Isto faz com que os crentes
não santificados vivam numa batalha constante entre a nova vida e as pressões da velha natureza e suas
aparências. A mensagem das Escrituras é que Deus quer que cresçamos em uma vida vitoriosa até
alcançarmos a plena maturidade espiritual e santidade. Diante destas verdades opostas, o apóstolo Paulo
dirigiu-se aos Colossenses, tentando estabelecer as diferenças entre estas duas experiências de tal forma que
elas fossem claras sobre o chamado para o qual Deus os tinha chamado.

I. "Ponham os vossos corações nas coisas do
alto" (Colossenses 3:1)
Como ainda vivemos neste mundo, colocar nossos
corações nas coisas do alto não significa que temos
que viver nas "nuvens", desconectados das
responsabilidades e empregos diários. Pelo
contrário, requer que pensemos seriamente e que
aspiremos a fazer o que Deus quer que façamos.
Pela morte, sepultamento, ressurreição e ascensão
de Cristo, nós fomos separados da velha vida deste
mundo e agora pertencemos a uma nova vida
celestial. Mas como procuramos "as coisas de
cima"? O segredo é focar nelas e não nas coisas da
terra. Como crentes que foram ressuscitados com
Cristo, devemos ter os nossos pés na terra, mas as
nossas mentes e desejos no céu. Isso significa que
Cristo, que está no céu, deve dirigir os assuntos
ordinários de cada dia. Significa também que
devemos olhar para as coisas terrenas do ponto de
vista celestial.
A correcta compreensão da vontade de Deus requer
que nossas mentes sejam constantemente
renovadas (Romanos 12:2). Isto resultará em acções
que são importantes para o aqui e agora. Os
mandamentos de Deus não devem ser cumpridos
sem sentimentos, para não nos limitarmos às
coisas terrenas, o que nos levará a uma religião fria
e vaidosa. Portanto, buscar as coisas do alto não
exige que pensemos apenas no céu; mas, pelo
contrário, temos de permanecer firmes em Cristo,
para dar sabor como sal, para o mundo com os
padrões do reino de Deus (João 17:14-21).
A. "Já que foram ressuscitados com
Cristo..."(v. 1a)
Observemos que Colossenses 3 começa por afirmar
algo certo e não apenas algo possível. Nossa morte
e ressurreição são dois actos que aconteceram no
passado e estão simbolizados no baptismo. É
importante notar que esta passagem em Colossenses
proclama o mesmo ensinamento de Romanos 6:4-5,
onde Paulo mencionou o baptismo como símbolo
da morte e ressurreição do crente em Cristo. Paulo
ensinou que esta nova vida, produto da ressurreição
de Cristo, deve ser transformada e mostrada numa
vida útil, com actos de amor nas diferentes áreas da
nossa vida.
B. Por Cristo, que está sentado à direita de Deus
(v. 1c)
Dizer que Jesus está sentado à "mão direita" de
Deus é uma expressão em que a Bíblia usa termos
físicos humanos para descrever um Deus santo,
eterno e espiritual. Entendemos através desta
afirmação que toda a autoridade e poder de Cristo
vem em nosso auxílio para nos fazer vitoriosos na
nova vida que temos Nele.
Pergunta: Explique em suas próprias palavras o
que são as "coisas do alto"?
II. Estamos mortos para este mundo
(Colossenses 3:2-3)
Nos versículos seguintes (Colossenses 3:5-9),
Paulo explicou como a velha natureza pecaminosa
se mostra e suas obras, definidas como as obras da
carne em Gálatas 5:19-21.
A. "Nas coisas terrenas..." (v. 2)
Como crentes, nós morremos para aquela velha
natureza que nos escravizou quando estávamos sem
Cristo, e da qual fomos libertados quando cremos
nele. E mais adiante em Colossenses 3:5-11, o
apóstolo se referiu a outra característica das "coisas
da terra" quando afirmou que todos os
comportamentos contrários às normas e acções que
dominavam a velha vida devem morrer. Portanto,
devemos apenas adorar e servir a Cristo, e viver
uma vida que O revele em todas as partes da nossa
vida.
B. "A sua vida está agora escondida com Cristo
em Deus..." (v.3)
Nossas vidas estão escondidas em Cristo e são
seguras, e ninguém pode tocá-las lá porque elas
estão protegidas. Da mesma forma, isto também
CONCLUSÃO
Como cristãos, devemos viver uma nova vida com Cristo, abandonando e morrendo para as práticas e crenças
anteriores que se opõem à Bíblia. Este é um desafio que devemos levar até que o Senhor nos chame para viver
em Sua presença.
significa que fora de Cristo, só teremos julgamento
e condenação. Não é apenas um desejo futuro, mas
também uma verdade já realizada. O nosso serviço
e conduta não ganham a nossa salvação, mas são um
resultado dela. Fique descansado! Nossa salvação
está segura, e nós devemos viver cada dia para
Cristo.
Pergunta: O que significa que nós morremos para
este mundo?
III. Entraremos na glória de Cristo (Colossenses
3:4)
Na nossa nova vida como crentes, Cristo nos dá o 102
poder de vivermos vitoriosos com Sua ajuda, e
poder na presente vida terrena, mas Ele também
nos dá esperança para o futuro: Ele virá de novo
(Apocalipse 22:12). Nos versículos restantes de
Colossenses 3, Paulo explicou como os cristãos
devem viver agora para estarem preparados para o
retorno de Cristo.
O apóstolo implicou que, de certa forma, a nossa
nova vida em Cristo não é visível. Mas esta nova
vida será plenamente vista quando Cristo, que é a
nossa vida, aparecer na Sua Segunda Vinda. No dia
em que todos nós veremos a Jesus em Sua
segunda vinda, será também o dia em que Seus
filhos e filhas serão revelados. Esta revelação
acontecerá em glória porque envolverá o estar à
plena semelhança de Cristo e o receber um corpo
ressuscitado e glorioso. Que nossas vidas serão um
dia glorificadas, deve ser a esperança que governa
todo o nosso caminhar nesta terra, especialmente
nestes tempos desordenados e difíceis. O próprio
Paulo afirmou: "Considero que não vale a pena
comparar os nossos sofrimentos actuais com a
glória que em nós será revelada" (Romanos 8:18).
Também a vida eterna deve nos inspirar a viver em
pureza de coração e amor que abençoe os outros
na pregação da Boa Nova da salvação e nas acções
de compaixão que mostram o amor de Deus, a quem
adoramos e servimos.
Pergunta: Quando será conhecido quem são os
verdadeiros cristãos?
 Q uarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
UM NOVO CÓDIGO DE VESTUÁRIO
48
Passagem para o Estudo: Colossenses 3:5-15

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para aprender a "vestir" os padrões do Reino "... Acima de tudo, porém, revistam-se do amor,
com a ajuda do Senhor. que é o elo perfeito. " Colossenses 3:14.

103
INTRODUÇÃO

O cristianismo é mais do que simplesmente declarar que Jesus é nosso Senhor e Salvador; é sobre vidas
mudadas. É sobre isso que Paulo estava escrevendo em Colossenses 3:5-15. Considere a seguinte pergunta:
Como devemos nos comportar agora que já somos cristãos? Talvez os primeiros cristãos tenham feito esta
pergunta a si mesmos. Nesta lição, vamos responder a esta pergunta através de três sugestões que o apóstolo
Paulo nos deixou em sua carta aos Colossenses.

I. Vamos nos despir da roupa velha (Colossenses
3:5-9)
Paulo sabia que trocar a velha natureza pela nova, que
Cristo dá, envolve mais do que podemos imaginar. Ele
diz-nos para "matar, portanto, tudo o que pertence à
vossa natureza terrena: imoralidade sexual, impureza,
luxúria, desejos maus e cobiça, que é idolatria" (v. 5).
A metáfora usada por Paulo na passagem é sobre
"despir" e "vestir". Ele a relaciona com o nosso
carácter, decisões e natureza. A este respeito, despir
ou vestir foi uma excelente maneira do apóstolo dizer
que a decisão é nossa. Em outras palavras, cabe a você
e a mim tirarmos essas práticas de nossas vidas.
O significado das palavras usadas para definir
blasfêmia (calúnia, insulto, zombaria, linguagem
altamente escarnecedora), mostra que se está falando
palavras de má fé "contra Deus ou outra pessoa"
(Taylor, Grider, e Taylor. Dicionário Teológico
Beacon. EUA: CNP, 1995, p. 98). Portanto, blasfêmia
não é apenas falar mal de Deus, mas também contra
outras pessoas.
Pergunta: Quais são as roupas velhas que você acha
que deve tirar da sua vida?
II. Vistamo-nos das novas roupas que Deus nos dá
(Colossenses 3:10-13)
Quando formos separados para Deus, devemos
escolher um "código de vestuário" diferente. Ser
criado com Cristo significa que devemos amar os
nossos pais, os nossos filhos, os membros da nossa
família, e desfrutar de viver na verdade. A santidade
é, portanto, um modo de vida que nos protege de todas
essas terríveis experiências enquanto nos
consagramos a Deus.
As outras características do novo código de vestuário
são compaixão, bondade, humildade, mansidão,
paciência, apoio e perdão uns para os outros (vs. 12-
13). Isto tem a ver com a forma como agimos. Assim,
as primeiras características nos dão uma identidade, e
estas segundas nos dão a conexão entre o que somos e
o que fazemos. Alguém que tenha escolhido o "código
de vestuário" certo estará mais seguro, será capaz
de mostrar misericórdia, gentileza, etc. Alguém santo
será capaz de fazer essas acções, e alguém que tenha
experimentado o profundo amor de Deus será capaz
de mostrá-lo da mesma forma. Esta vestidura que
temos que usar é para apontar para o próprio Jesus,
que tem misericórdia da humanidade (Mateus 9:36),
que age com bondade (Tito 3:4), que foi humilde
porque deixou Seus direitos e privilégios divinos
(Filipenses 2:1-10), mostrou obediência embora Ele
era Deus (Mateus 11:29), e hoje mostra paciência
enquanto espera que toda a humanidade se arrependa
(2 Pedro 3:9), e nos perdoa porque Ele morreu na cruz.
Pergunta: Como se sente ao entender as
características que Deus nos dá como portadores da "
nova vestidura"?

III. Vamos vestir a roupa nova (Colossenses 3:14-
15)
No ponto anterior, a descrição da nova roupa foi
discutida, mas como devemos vesti-la? Primeiro, para
vestir estas roupas novas, devemos reconhecer que
temos estas características, porque Deus já nos amou,
e nos resgatou escolhendo-nos e santificando-nos
(Efésios 1:3-6). Em segundo lugar, devemos optar por
vestir a roupa nova, e usá-la dia após dia. As
características da nova vestimenta são:
a). Misericórdia: Quando falamos de misericórdia,
normalmente pensamos em recebê-la, e podemos
confirmar que Deus é misericordioso (Salmo 86:15).
Mas a misericórdia não é totalmente experimentada
até que a dêmos. Ela nos ajuda a restaurar
relacionamentos, assim como Jesus restaurou o
relacionamento connosco pela Sua misericórdia. Se
você tem um relacionamento em que alguém o
ofendeu ou as coisas estão indo mal, mostrar
misericórdia pode ajudar. Mas isso significa que você
vai ajudar aquele que te machucou, decepcionou e
falhou, da mesma forma que Deus agiu em relação a
nós.
b). Bondade: esta qualidade tem a ver com a forma
como se retrata às pessoas. Pergunte a si mesmo: Sou
conhecido como uma pessoa boa ou má? Uma pessoa
bondosa é alguém que ajuda, trata bem os outros e é
atenciosa. Somos bondosos com as pessoas
enquanto conduzimos o nosso carro? Que
impressão deixamos na vida de uma pessoa que
acabamos de conhecer?
c). Humildade: esta qualidade ajuda-nos a
compreender aqueles que nos rodeiam, a aprender
sempre algo novo com outras pessoas. Alguém que é
humilde está sempre pronto a obedecer, ajudar e
cooperar. O oposto é uma pessoa arrogante, que
ninguém quer estar ao seu redor. Se optarmos por
colocar essa mentalidade como uma peça de vestuário,
nossa equipe, empresa ou família será muito ajudada.
d). Mansidão: a mansidão está sempre em oposição
aos animais ferozes da selva. Por exemplo, um leão é
CONCLUSÃO
Se vestirmos as vestes de santidade, amor, misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, apoio
mútuo e perdão dia após dia, estaremos mostrando o amor de Deus a cada pessoa que lida connosco em todas
as nossas atividades diárias enquanto aqui na Terra.
muito forte, poderoso, mas na realidade, tudo isso não
nos é útil porque não é manso. Em outras palavras,
toda essa força e habilidade é desperdiçada, ao
contrário de animais domesticados de carga, como um
cavalo, um burro, uma vaca, etc. Cada um destes
animais não é tão notável como o leão, mas são
certamente mais úteis.
Da mesma forma, quando mostramos nossas
habilidades e não cooperamos com o Reino em um
projecto ou no nível pessoal, etc., estamos agindo
como um leão. No nível espiritual, precisamos nos
unir à obra de Deus, nossa igreja, e ao ministério onde
quer que estejamos. Não devemos ser como o leão que 104
só ruge e destrói.
e). Paciência: esta é mais uma qualidade do cristão
que está associada à maturidade. Quanto mais maduro
você é, mais paciente você tende a ser. A paciência
pode ser vista quando apreciamos que as crianças nem
sempre compreendem, que os adolescentes estão
aprendendo e definindo muitos lados de suas vidas,
que as pessoas viciadas em alguma substância devem
ser ajudadas, e que as pessoas que nos prejudicam
muitas vezes o fazem porque precisam de ser curadas.
Essa qualidade nos dá a possibilidade de ver os
antecedentes das situações. Ser paciente significa que
estamos dispostos a esperar e compreender quando as
coisas não acontecem imediatamente ou como
esperávamos. A paciência é um processo.
f). Apoio: Paulo definiu esta qualidade da seguinte
forma: "Apoiar-se uns aos outros" (v. 13a). Isto
significa apoiar ou carregar os fardos uns dos outros,
tolerando uns aos outros.
g). O perdão: finalmente, o perdão está associado ao
vínculo do amor. Portanto, se amamos, perdoamos; se
perdoamos, amamos. O amor inclui todas as
qualidades acima. Na decisão de amar a Deus, nós
amamos o nosso próximo. E quando amamos o nosso
próximo, amamos a Deus.
Pergunta: Como é que se 'usa mansidão' ao lidar com
pessoas que o ofenderam?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
UMA VIDA CRISTÃ DE SUCESSO
49
Passagem para o Estudo: Colossenses 3:16-17

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Compreender a importância da Bíblia no " Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo, ensinem e
nosso crescimento espiritual e examinar aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem
os requisitos importantes que são dados salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em
para uma vida cristã bem sucedida. seu coração” Colossenses 3:16. 105

INTRODUÇÃO

Podemos concluir a partir de Colossenses 2:1 que Paulo possivelmente nunca visitou a igreja em Colosse.
Enquanto ele estava em Roma, Epáfras talvez lhe tenha trazido notícias desta igreja. Quando Epafras estava
voltando para Colosse com Tíquico e Onésimo, Paulo aproveitou a oportunidade para enviar conselhos
escritos aos Colossenses com eles (Colossenses 4:7-9). Para continuar um pouco com a história desta igreja,
ela foi possivelmente formada durante a estadia de Paulo em Éfeso durante sua terceira viagem missionária,
e que Epafras e Timóteo foram os evangelistas que trabalharam diretamente em sua organização (Actos
19:21-22). Entretanto, o apóstolo nunca deixou de sentir um alto senso de responsabilidade pelo crescimento
espiritual desta igreja. Nesta carta, Paulo compartilhou um conjunto de grandes conselhos (Colossenses 3:5-
15), que apontam para vidas mudadas pelo poder do evangelho (Romanos 1:16). Os cristãos Colossenses
precisavam de estar comprometidos com uma vida de santidade simples e útil. A única maneira, disse Paulo,
era morrer para o velho ego e reconhecer que em Cristo eles foram renovados em conhecimento da imagem
do seu Criador (Colossenses 3:10).
O que temos de fazer para sermos bem sucedidos como cristãos? Em Colossenses 3:16-17, ele nos deu os
seguintes conselhos que vamos estudar.

I. "Que a mensagem de Cristo habite entre
vocês..." (Colossenses 3:16a)
A. Cada cristão deve basear suas crenças na
Palavra de Deus.
O apóstolo Paulo ensinou que a verdade da Bíblia
deve estar profundamente enraizada em nossos
corações e mentes. No início, um novo crente
começará a ler e a descobrir o que a Bíblia diz.
Aprendemos ainda mais sobre a Bíblia ouvindo
sermões e estudos bíblicos e meditando sobre
passagens da Bíblia em nossos "Tempos tranquilos"
com Deus. À medida que crescemos gradualmente,
tornamo-nos capazes de analisar as suas instruções
e pô-las em prática.
B. O evangelho deve nos afetar "ricamente".
O conhecimento da cabeça não é suficiente. O
Espírito Santo inspirou os escritores da Bíblia a
escrever o que eles fizeram para guiar nossas
acções. Devemos colocar a mensagem da Bíblia
para usar em nossas vidas e ser seguidores
obedientes de Jesus. Jesus disse: "Um homem bom
tira coisas boas do bem guardado no seu coração, e
um homem mau tira coisas más do mal guardado no
seu coração. Porque a boca fala do que o coração
está cheio" (Lucas 6:45). Trata-se de "viver a
palavra".
C. "A mensagem de Cristo..."
Jesus é a última revelação de Deus Pai (João 1:1).
Se quisermos ser como Ele, precisamos de ler e
meditar
sobre como Ele viveu Sua vida, como registrado
para nós pelos escritores dos quatro evangelhos.
"Meu Pai os amará, e nós iremos a eles e faremos
nossa casa com eles". Quem não me ama, não
obedecerá aos meus ensinamentos". Estas palavras
que ouviram não são minhas; elas pertencem ao Pai
que me enviou" (João
14,23-24).
Pergunta: Em suas próprias palavras e
compreensão, defina o que significa "habitar ou
permanecer".
II. A Palavra de Deus deve servir de guia e
encorajamento (Colossenses 3:16a)
A. Luz em nosso caminho (Salmo 119:105)
A Bíblia nos dará luz para o nosso caminho através
da vida, mostrando-nos onde devemos ir ou o que
devemos fazer, e que caminhos levam a becos sem
saída ou mesmo a desastres e destruição. O salmista
escreveu assim: "Escondi a tua palavra no meu
coração para não pecar contra ti" (Salmo 119:11).
B. "Ensinando e aconselhando-se uns aos outros
com toda a sabedoria"
Deus, como nosso Pai, quer que tenhamos vitória,
sucesso e felicidade. Assim como Deus nos corrige
porque Ele nos ama e quer o nosso melhor,
também nós, como crentes, devemos fazer do
amor a força que impulsiona nossas vidas.
Também nós somos chamados a gentilmente
encorajar os outros a fazer o que é certo, porque
somos chamados a amar a Deus com todo o nosso
coração e ao próximo como a nós mesmos. (Mateus
22:36-39).
Pergunta: Que perigos ameaçam a vida de um
crente que não é guiado pela Palavra de Deus?
III. Adoração como um sinal de um coração
onde a Palavra de Deus habita (Colossenses
3:16b)
A. Como as canções para o Senhor em nosso
espírito mostram
O nosso modo de vida deve estar cheio de louvores
à medida que realizamos as nossas tarefas diárias.
CONCLUSÃO
Paulo encorajou os Colossenses a serem profundamente fundamentados no evangelho, a colocarem em prática
os mandamentos do Senhor, encorajando-se mutuamente, unindo-se alegremente aos companheiros crentes em
actos de louvor ao Senhor e fazendo tudo, dia após dia, para a glória do Senhor.
"Salmos, hinos e canções" fazem sentido quando
alimentados pela Palavra de Deus. Devemos
constantemente determinar se o que estamos
cantando é verdadeiro para a Bíblia e se nossos
espíritos estão cheios de alegria, gratidão e amor por
aquele que deu Sua vida por nossa salvação.
B. Louvem com a abordagem correcta
Paulo diz que devemos adorar com a abordagem
correcta e com gratidão em nossos corações. Deus
merece que nos acheguemos constantemente diante
dele com o coração cheio de gratidão.
Perguntas:
106
De acordo com os seus critérios, quais são as provas
da verdadeira adoração?
IV. "... Façam tudo em nome do Senhor Jesus"
(Colossenses 3:17)
Precisamos de analisar cuidadosamente o que é
correcto e benéfico para nós como seguidores do
Senhor. Colossenses 3:17 diz: "E tudo o que
fizerem, seja por palavras ou por obras, façam tudo
em nome do Senhor Jesus". Este versículo dá um
guia muito claro a seguir. Nós precisamos de nos
perguntar: Podemos fazer isto em nome de Jesus?
O que faria Jesus? Será que o que vamos fazer
glorificaria a Deus? Se sim, então é bom. Ser grato
a Deus deve ser interminável. Nós precisamos de
entender que tudo que Deus tem feito em nossas
vidas através de Seu Filho está além da medida,
poderoso, completo e perfeito. É parte do nosso
passado, presente e futuro. Deus previu tudo em
Cristo para cada um de Seus filhos. Nada escapa à
Sua perfeita vontade, e nada está escondido do Seu
total conhecimento. Caminhar de perto com Ele
fornece uma solução para tudo.
Pergunta: Explique a Colossenses 3:17 em suas
próprias palavras.
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
RELACIONAMENTOS FAMILIARES
50
Passagem para o Estudo: Colossian3:18-4:1

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Para aprender como Deus " Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas
espera que tratemos cada mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co- herdeiras do
membro da família. dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas
orações. " 1 Pedro 3:7. 107

INTRODUÇÃO
A família é a criação de Deus. Não é apenas uma boa ideia dividir as pessoas em famílias. Jesus disse: "Não
leram... que no início o Criador 'os fez macho e fêmea'... 'Por esta razão um homem deixará seu pai e sua mãe
e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne'? Então eles não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe" (Mateus 19:4-6). O casamento, por definição da Bíblia, tem o
seu início em Deus. Diferentes cientistas (antropólogos, sociólogos e historiadores) descrevem as várias
práticas e estruturas matrimoniais das culturas mundiais, mas a base de tudo isso é o facto de que Deus
projectou a família.
A família é uma forte protecção das relações humanas sociais e morais. No Antigo Testamento, era na família
que a instrução sobre Deus deveria ter lugar. "Estes mandamentos que eu lhe ordeno hoje estejam em seu
coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa e
quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar" (Deuteronómio 6:6-
7). Isto ainda é verdade hoje.
Em Colosse, as famílias eram compostas por maridos e esposas, filhos e escravos domésticos. Vamos analisar
os conselhos que Paulo deu a cada um desses grupos.

I. O relacionamento matrimonial (Colossenses

3:18-19)
A. "Esposas, sujeite-se cada uma a seu marido,
como convém no Senhor" (v. 18).
Não é muito popular instruir ninguém para se
submeter. Neste caso, sentimos que a submissão
significa ser dominado e controlado pelo marido.
Significa que as mulheres devem seguir cegamente
sem uma palavra ou opinião? Uma coisa é muito
clara nas Escrituras, as mulheres não são inferiores
aos homens, porque Deus criou ambos à Sua
imagem (Gênesis 1:23-24).
Efésios 5:22-33 complementa a passagem em
Colossenses. Lá podemos ver que o casamento é
uma relação que espelha o amor entre Cristo e Sua
Igreja. Esta passagem "deixa claro que um homem
tem responsabilidade pela liderança em sua casa".
O marido precisa amar sua esposa como Cristo
amou a igreja". Esta é a situação ideal. Isto funciona
porque ambas as partes devem "submeter-se uma à
outra por reverência a Cristo" (Efésios 5:21).
B. "Maridos, ame cada um a sua esposa e não
sejam duros com elas" (v. 19)
Passagens paralelas lançam mais luz sobre esta
relação. "Maridos, amem suas mulheres, assim
como Cristo amou a igreja e se entregou por ela"
(Efésios 5:25); e "Do mesmo modo vocês maridos,
sejam sábios no convívio com suas mulheres e
tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-
herdeiras do dom da graça da vida, de forma que
não sejam interrompidas as suas orações" (1 Pedro
3:7).
Tanto Colossenses 3:19 como Efésios 5:25 dizem
que os maridos precisam de amar suas esposas. Eles
precisam de tratá-las bem, não sendo duros com
eles. Esta não é uma imagem de um marido 'macho'
que quer governar sobre sua esposa (Efésios 5:26-
28). O versículo na carta de Pedro fala sobre viver
juntos como parceiros e herdeiros das promessas de
Deus. Os casais precisam de passar mais tempo
juntos para conhecer um ao outro, compartilhar as
lutas e os sonhos um do outro e simplesmente gostar
de ser família.

Pergunta: Como classe, discutam a violência
doméstica e de gênero, abuso sexual, entre outros
problemas familiares graves.
II. O relacionamento pai-filho (Colossenses 3:20-
21)
A relação pai-filho é muito importante para a
harmonia na família.
A. Filhos, obedeçam em tudo a seus pais, pois
isso agrada ao Senhor (v. 20).
Este é um comando obrigatório para as crianças.
Novamente em Efésios 6:2-3, vemos que a
obediência aos pais é ordenada com base em uma
promessa bíblica dada no Quinto Mandamento:
"Honra a teu pai e a tua mãe" (este é o primeiro
mandamento com uma promessa), "para que vá bem
contigo e para que vivas muito tempo na terra" (ver
Êxodo 20:12). Provérbios 10:1 aconselha: "Um
filho sábio traz alegria a seu pai, mas um filho
insensato traz tristeza a sua mãe." Provérbios 13:1
também aconselha: "Um filho sábio dá ouvidos à
instrução de seu pai, mas um zombador não ouve a
repreensão".
B. "Pais, não irritem seus filhos, para que eles
não desanimem" (v. 20)
O Salmo 127:3 nos diz isso: "As crianças são uma
herança do Senhor, os descendentes uma
recompensa dele." As crianças não são nossa
propriedade; elas nos foram emprestadas para guiar
e preparar para a vida. Portanto, os pais precisam
aprender a maneira correcta de administrar o
relacionamento com seus filhos. A passagem
paralela em Efésios 6:4 diz: "Pais, não irritem seus
filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o
conselho do Senhor".
Temos de pedir sempre a direcção de Deus para
educar bem os nossos filhos. Pais, lembrem-se que
nem sempre somos perfeitos, mas à medida que nos
aproximamos de Deus, podemos melhorar a cada
dia.
Perguntas: Quais são as ordens de Deus para os
pais; e quais são as Suas ordens para os filhos?
Como as crianças são protegidas por essas ordens?
CONCLUSÃO
Sem dúvida, a Palavra de Deus é o manual da vida. Nele, podemos encontrar as regras que nos ajudam a nos
relacionar amorosa e sabiamente com os membros de nossa família. Também somos encorajados a fazer o nosso
trabalho com excelência, e assim nos tornamos um testemunho vivo de que já não vivemos para nós mesmos,
mas que Cristo vive em nós.
III. O relacionamento senhor-escravo
(Colossenses 3:22-25; 4:1)
Aqui precisamos dar uma olhada no cenário do
primeiro século. Tanto a cultura romana como a
grega possuíam muitos escravos. Estes escravos
poderiam ter sido herdados de pai para filho, ou
poderiam ter sido comprados no mercado de
escravos. Muitas vezes, eles tinham uma boa
relação com os seus senhores, mas nem sempre foi
assim. Muitos sofreram terrivelmente.
Quando Paulo realizou suas viagens missionárias,
ele teria encontrado muitos escravos trabalhando
nas casas que visitou. Muitas famílias cristãs tinham 108
escravos, alguns dos quais agora eram seus irmãos
e irmãs em Cristo.
Estes versículos em Colossenses fornecem algumas
pistas importantes sobre os escravos cristãos e seus
senhores. Nos versículos 22-23, Paulo os encorajou
a fazer seu trabalho quer estivessem sendo vigiados
ou não "como trabalhando para o Senhor, não para
os senhores humanos". Isso significava que os
escravos cristãos tinham outro Senhor. Paulo lhes
disse isso: "É ao Senhor Cristo que estão a servir"
(v. 25). A escravidão terminou muitos séculos
depois. No cenário desta epístola, era muito difícil
para um escravo obter a sua liberdade durante os
anos do Império Romano.
Uma pessoa interessante fez parte da companhia
trazendo a carta de Paulo para Colosse - Tíquico
vinha com Onésimo (Colossenses 4:7-9). Onésimo
era um escravo fugitivo que tinha encontrado Paulo
em Roma e que tinha sido convertido. Na carta a
Filemom, lemos como Paulo estava enviando
Onésimo de volta a Filemom, seu senhor, não só
como escravo, mas também como um irmão em
Cristo. De acordo com Colossenses 4:1, tanto o
dono do escravo como o escravo pertenciam ao
mesmo Senhor no Céu: "Senhores, dêem aos seus
escravos o que é justo e recto, sabendo que também
têm um Senhor nos Céus".
Perguntas: Que hábitos de trabalho podem ser
aprendidos com esta passagem? O que é a
escravidão moderna e como ela é praticada no seu
ambiente? O que podemos fazer para apoiar os
grupos que lutam contra a escravidão moderna e o
tráfico de pessoas?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
51
Passagem para o Estudo: Colossenses 4:2-3

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Descobrir o valor imensurável da oração e a "Dediquem-se à oração, estejam alerta e sejam
sua utilidade em qualquer circunstância da agradecidos" Colossenses 4:2.
vida.
109

INTRODUÇÃO
Quando olhamos para a jovem igreja do primeiro século, o livro de Actos relata exemplos claros do poder da
oração unida e perseverante. Estes novos cristãos enfrentaram ameaças, perseguição e prisão. Um caso
específico que mostra isso é quando Pedro e João, através de Jesus, curaram o coxo na porta do templo (Actos
3:1-10). Este evento liberou profunda raiva nos líderes religiosos que escolheram ameaçar a primeira
comunidade da fé.
O interessante deste evento foi a resposta enérgica dos crentes que oravam juntos em uma só mente. Actos
4:24-32 diz que quando Pedro e João contaram aos irmãos e irmãs tudo o que os líderes religiosos lhes haviam
dito, todos juntos levantaram suas vozes em oração a Deus dizendo: "Soberano Senhor, tu fizeste os céus, a
terra e o mar, e tudo neles... Depois de orarem, o lugar onde eles se encontravam foi abalado. E todos ficaram
cheios do Espírito Santo e falaram corajosamente a palavra de Deus" (vs. 24,31). Em vez de fugir ou buscar
ajuda de outras pessoas, a primeira comunidade da fé decidiu fazer o uso de seus inestimáveis meios, a oração.
No final, os resultados foram visíveis. Com estas declarações na mente como testemunhos verdadeiros,
estudemos a passagem de Colossenses 4:2-3, que nos ensinará como deve ser a oração, por que devemos orar
e pelo que devemos orar.

I. "Dediquem-se à oração" (Colossenses 4:2a)
Podemos verificar que na Bíblia encontramos uma
grande variedade de orações, especialmente nos
salmos. A oração pode ser feita em voz alta ou
silenciosamente como um tipo de comunhão com
Deus. Outra forma de oração é o louvor. Paulo usa
o verbo "devotar" como uma ordem. O objectivo é
mostrar que o crente precisa de permanecer em uma
posição de comunhão contínua com Deus, quer
tenha recebido o que pediu a Deus ou não.
Não podemos orar de vez em quando e esperar
grandes resultados. Devemos perseverar na oração
em constante comunhão com Deus. Desta forma,
podemos estar certos de que obteremos a resposta
sábia do Senhor. Além da instrução para perseverar
e ser constante em oração, o apóstolo Paulo deu à
igreja de Colosse outra característica importante,
para ser vigilante (Colossenses 4:2b).
Isto traz à mente o incidente quando Jesus estava
com Seus discípulos no jardim do Getsêmani
(Mateus 26:36-45). Nesta passagem, lemos que
Jesus orou: "'A minha alma está sobrecarregada de
tristeza até à morte. Fiquem aqui e vigiem
comigo.'...Depois ele voltou para os discípulos e os
encontrou dormindo. "Vocês não poderiam ficar de
vigia comigo durante uma hora?", perguntou ele a
Pedro. "Vigiem e orem para que não caiam em
tentação. O espírito está disposto, mas a carne é
fraca.'" (vs. 38, 40-41). A este respeito, John
Nielson diz: "Não devemos vigiar a nós mesmos, o
que seria depressivo"; não devemos vigiar Satanás,
o que seria perturbador; não devemos vigiar os
nossos pecados, o que seria desanimador; mas
devemos manter o nosso olhar fixo em Cristo,
'olhando para Jesus'" . Somos chamados a
perseverar na oração, e a vigiar na oração para não
cairmos em tentação. Devemos continuar sempre
em comunhão e comunicação com Deus.
Perguntas: Como você classificaria (de 0 a 10) a
perseverança da sua oração nestes últimos dois
meses? Porquê?
II. Orem com gratidão (Colossenses 4:2c)
O nosso amor por Cristo, ao percebermos o que Ele
fez por nós, leva-nos não só a pedir-Lhe coisas em
oração,
mas também a ser gratos. Na oração, a ação de
graças também mostra a nossa total dependência de
Deus.
Agradecer a Deus, mesmo quando as orações ainda
não foram respondidas, revela a confiança que
temos nele. Filipenses 4:6 diz: "Não andem
ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela
oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem
seus pedidos a Deus". Em 1 Tessalonicenses 5:18,
lemos: "Dêem graças em todas as circunstâncias,
pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo
Jesus." Entendemos que precisamos de levar tudo
ao Senhor em oração, mas nem sempre sabemos
como agradecer a Ele. Isto é verdade quando
recebemos o que pedimos, ou mesmo quando ainda
não recebemos respostas do Senhor.
O caso dos dez leprosos é um exemplo de como às
vezes não sabemos como reconhecer o que o Senhor
tem feito por nós (Lucas 17:11-19). Neste evento
bíblico, quando os leprosos se aproximaram de
nosso Senhor Jesus Cristo para pedir-lhe que os
curasse, eles tinham fé nele. O estranho é que
quando eles foram curados, apenas um voltou mais
tarde para agradecer ao Senhor: "Um deles, quando
viu que estava curado, regressou, louvando a Deus
em voz alta. Atirou-se aos pés de Jesus e lhe
agradeceu - e era samaritano" (Lucas 17:15-16). Ou
seja, ele pertencia ao grupo desprezado pelos
judeus. Então, este samaritano foi o único dos dez
leprosos curados que não só pediu a cura ao Senhor,
mas também sabia como agradecer a Ele. Que ele
"se atirou aos pés de Jesus e lhe agradeceu" (Lucas
17:16, mostra que ele adorava a Deus. É por esta
CONCLUSÃO
Hoje, os cristãos devem recuperar a disciplina da oração. É um meio eficaz em todas as circunstâncias
da vida. Devemos dar tempo e energia à oração, sempre com ação de graças, orando pelo cumprimento dos
propósitos de Deus. Quando pormos em prática este conselho, as nossas orações a Deus serão significativas na
nossa vida diária.
razão que precisamos de tomar a instrução do
apóstolo Paulo a respeito da oração, para sempre dar
graças a Deus em nossas orações.
Perguntas: Por que devemos agradecer a Deus,
quer tenhamos recebido ou não uma resposta
positiva ao nosso pedido? Que benefícios isso traz
para a nossa vida?
III. Adote o propósito e a visão do Céu
(Colossenses 4:3)
O apóstolo Paulo disse que a oração deve ter o
propósito e a visão do céu. Ele lhes pediu que o 110
fizessem: "Orem por nós também, para que Deus
abra uma porta à nossa mensagem, para que
possamos anunciar o mistério de Cristo, pelo qual
estou preso" (Colossenses 4:3). Paulo pediu aos
Colossenses que orassem por ele. Ele também pediu
a mesma oração por outros líderes que estavam
envolvidos na obra, para que o Senhor pudesse abrir
as portas para que o evangelho de Jesus Cristo fosse
proclamado.
A frase "mistério de Cristo" tem sido interpretada
de várias maneiras, embora eu prefira manter a ideia
de que é o evangelho para os gentios, porque este
foi o centro da missão do apóstolo Paulo.
Quando sabemos que o que estamos fazendo está na
vontade de Deus, podemos caminhar com certeza
porque sabemos quem está nos apoiando. Quando é
da vontade de Deus que realizemos uma tarefa,
podemos cumprir a promessa de Deuteronómio
31:6 que diz: " Sejam fortes e corajosos. Não
tenham medo nem fiquem apavorados por causa
deles, pois o Senhor, o seu Deus, vai com vocês;
nunca os deixará, nunca os abandonará". Podemos
contar com o Seu apoio enquanto caminhamos sob
a Sua sábia orientação.
Perguntas: Quando foi a última vez que você orou
intencionalmente pela pregação do evangelho no
mundo?
 Quarto Trimestre: A Obra de Cristo no Crente: Colossenses
Lição
CONSELHO CRUCIAL
52
Passagem para o Estudo: Colossenses 4:5-6

Objectivo da Lição Versículo a memorizar

Aprender a viver como bons cristãos num " O seu falar seja sempre agradável e temperado com
mundo que procura nos separar da verdade. sal, para que saibam como responder a cada um.”
Colossenses 4:6.
111

INTRODUÇÃO

A carta aos Colossenses foi escrita pelo Apóstolo Paulo para corrigir alguma confusão que estava
ocorrendo na igreja Colossense. Esta igreja tinha recebido o evangelho de Jesus Cristo. Mas ainda era
influenciada por outras crenças espirituais e religiosas e pelo emergente gnosticismo comum em seu ambiente.
Respondendo aos Colossenses, o apóstolo Paulo abordou três temas ou questões principais:
1. Ele os lembrou da obra salvadora de Deus através de Jesus Cristo, enfatizando que Cristo é maior do que
todas as coisas, mesmo sobre a criação: "Ele é antes de todas as coisas, e nele todas as coisas se mantêm
unidas" (Colossenses 1:17).
2. Além disso, o apóstolo lembrou-lhes que Deus entregou o evangelho da salvação a todas as pessoas, mesmo
aos não-judeus (Colossenses 1:26-27).
3. Terceiro, Paulo falou sobre como eles deveriam viver o evangelho que receberam pela graça de Deus
na vida diária. Nesta lição, vamos concentrar nossa atenção nesta terceira parte para descobrir quais são as
regras claras para viver verdadeiramente o evangelho de Cristo.

I. "Sejam sábios no procedimento para com os
de fora" (Colossenses 4:5a)
Deus fornece a verdadeira sabedoria para nos ajudar
a viver como Seus filhos. Paulo comparou o
conhecimento da mente à sabedoria para a vida
diária. Isto significa que Deus não só nos capacita a
entender o evangelho, mas também a andar nele.
Quando lemos as Escrituras, descobrimos que Deus
nos capacita a entender claramente como devemos
nos comportar como cristãos no mundo em que
vivemos. Em Sua oração, Jesus nos ensinou que
estamos neste mundo; mas nós não somos deste
mundo (João 17:16), e que a igreja (como Seus
seguidores) é o sal e a luz do mundo em que
vivemos (Mateus 5:13-16).
Paulo queria que os crentes em Colosse
proclamassem o evangelho por todos os meios a
todos os que não tinham ouvido e assim
permitissem que recebessem o Senhor. Antes, nesta
carta, ele os tinha aconselhado a não ser
influenciado por coisas mundanas, mas sim
"Pensem nas coisas do alto, não nas coisas terrenas"
(Colossenses 3:2).
Pergunta: De onde vem a verdadeira sabedoria?
II. "Aproveitando ao máximo todas as
oportunidades" (Colossenses 4:5b)
Paulo encorajou-os a aproveitarem todas as
oportunidades para comunicar a mensagem de
Deus. Isto mostra a necessidade urgente de que as
pessoas à nossa volta ouçam falar do Senhor. Isso
também significa que não devemos ficar ociosos ou
perder tempo fazendo coisas que não são
importantes. Aqui o apóstolo os aconselhou a
passar suas vidas com sabedoria. Significa que o
tempo gasto vivendo como um verdadeiro cristão
deve ser gasto em tudo o que glorifica a Deus, que
pagou o preço pela nossa salvação. Os cristãos
devem sempre fazer tudo para glorificar a Deus. Isto
envolve remover tudo o que nos possa distrair do
caminho da verdade. Compreender e fazer bom uso
das nossas oportunidades é muito importante para
nós como cristãos. Compreender os tempos e a
cultura em que vivemos nos ajudará a saber como
devemos agir.
A Bíblia fala sobre "a era actual" e "a era vindoura".
Nós acreditamos que Jesus inaugurou o Seu Reino
quando Ele veio pela primeira vez. No entanto,
haverá um ponto no tempo em que Ele retornará que
Seu reino será completamente cumprido. Os
teólogos falam sobre isso como "agora" e "ainda
não". Estamos vivendo entre dois tempos que estão
ligados um ao outro; mas também estão separados.
No Novo Testamento, há duas palavras gregas para
o tempo: Kairos e Chronos:
1. Kairos significa o tempo designado no propósito
de Deus; isto é, o tempo em que Deus age em Seu
plano para toda a humanidade. Deus já traça este
tempo desde antes da fundação do mundo, e neste
plano, não podemos interferir, mas devemos apenas
nos submeter para viver nele.
2. O Chronos mede o tempo em minutos, horas e
anos. É o tempo em que vivemos neste mundo. Ao
contrário do anterior, este conseguimos gerir na sua
maioria. É este tipo de tempo que o apóstolo Paulo
ensinou aos Colossenses a administrar sabiamente
(Colossenses 4:5).
Paulo ensinou que o tempo deve ser usado nas
coisas de Cristo e não em filosofias e ensinamentos
inúteis baseados nas tradições dos homens, de
acordo com os princípios básicos deste mundo. Em
outras palavras, nós não podemos viver o
verdadeiro evangelho se mantivermos a
mentalidade mundana.
Pergunta: Como podemos fazer o bom uso do
tempo?
III. "O seu falar seja sempre agradável"
(Colossenses 4:6)
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo ensinou a importância de caminhar sabiamente com os descrentes, fazer bom uso do tempo e
ter palavras cordiais e agradáveis com aqueles que ainda não aceitaram o evangelho, assim como com nossos
irmãos e irmãs em Jesus.
A. Palavras cheias da graça, temperadas com sal
As nossas palavras precisam de ser carregadas com
o amor do Senhor. O Grande Mandamento
encoraja-nos a amar o Senhor de todo o coração e
ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:37-39).
Nós precisamos de mostrar compaixão e empatia.
Precisamos de aprender quando devemos 'segurar a
nossa língua' e quando devemos falar a verdade em
amor. Para falar palavras de graça, devemos deixar
a vida do mundo e nos revestir da nova pessoa,
transformada pelo poder do Espírito Santo, e feita à
imagem de Jesus Cristo. Quando falamos com
pessoas que não conhecem o Senhor, precisamos de 112
orar por sabedoria do Senhor para poder dizer a
coisa certa na hora certa.
B. Para que saibam como responder a cada um
Como cristãos fiéis, devemos ter respostas firmes,
claras e sábias para não sermos um tropeço para os
outros.
Devemos aderir às regras do Reino de Deus. Como
Jesus disse: " Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’,
‘não’; o que passar disso vem do Maligno " (Mateus
5:37). Isto nos ensina que devemos ser firmes em
nossas crenças cristãs, prontos para dar uma
resposta firme, mas com graça, particularmente
para aqueles que não são cristãos. Nossas respostas
ao mundo devem ser fundamentadas na Palavra de
Deus, e não em nossa opinião ou de acordo com as
filosofias deste mundo. Para Paulo, foi
extremamente importante deixar claro que somos
salvos pela morte de nosso Senhor Jesus Cristo na
cruz e, portanto, Ele deve ter sempre a primeira
prioridade em nossas vidas. Nós precisamos de
viver como verdadeiros filhos de Deus.
Pergunta: Como devemos responder aos
forasteiros? E os companheiros crentes?
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