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1844 – Em março daquele ano, cerca de quarenta pessoas começaram a observar o Sábado em
Washington, New Hampshire. Ali alguns pastores adventistas conheceram a verdade do
Sábado nesse mesmo ano. Um deles, T. M. Preble, foi o primeiro que comunicou esta verdade,
por meio da imprensa, aos adventistas.
1845 – Um artigo de Preble sobre o Sábado, escrito em East Weare, New Hampshire, datado
de 13 de fevereiro de 1845, em Portland, Maine, atraiu a atenção de José Bates.
1846 – O primeiro documento publicado por uma pessoa relacionada com esta denominação
foi um folheto datado de 8 de abril de 1846 e se dirigia ao “remanescente disperso”. Foi
escrito por Ellen G. Harmon. Foram impressos 250 exemplares custeados por Tiago White e H.
S. Gurney. Com a data de 8 de maio de 1846, José Bates publicou o primeiro panfleto
intitulado The Opening Heavens (Os Céus se Abrem). Tinha 40 páginas. Em agosto de 1846,
José Bates publicou um panfleto de 48 páginas, intitulado The Seventh Day Sabbath, a
Perpetual Sign (O Sábado do Sétimo Dia, um Sinal Perpétuo), acerca do qual Tiago White disse
na Review and Herald, vol. 2 p. 61: “Confirmou-nos acerca do tema”. “No outono de 1846
começamos a observar o Sábado bíblico, assim como a ensiná-lo e entendê-lo” (Ellen G. White,
Testimonies for the Church, vol. 1, p. 75).
1848 – Primeira reunião geral dos observadores do Sábado, nos dias 20 e 21 de abril, em Rocky
Hill, a doze quilômetros de Middletown, Connecticut, com 30 pessoas presentes.
1849 – O primeiro periódico The Present Truth (A Verdade Presente) quinzenal, fundado por
Tiago White, saiu do prelo em julho, em Middletown, Connecticut. Foram publicados 11
números até o de novembro de 1850. No total, 88 páginas: de 10 x 20 cm. Foi impresso o
primeiro hinário, de 48 páginas, com 50 hinos sem música.
1850 – Em novembro, iniciou-se como periódico mensal a Second Advent Review and Sabbath
Herald, em Paris, Maine; a comissão editora era composta de José Bates, S. W. Rhodes, J. N.
Andrews e Tiago White; este último era o redator.
1851 – A Review and Herald foi publicada por algum tempo em Saratoga Springs, Nova York.
1852 – Em 6 de maio, o primeiro número do vol. 3 da Review and Herald foi impresso em
Rochester, Nova York, em um prelo manual, com tipos comprados graças às primeiras
contribuições gerais dos crentes no “segundo advento”. O custo total do prelo e do material
foi de US$ 652,93; a contribuição para este fim de US$ 655,84 dólares. Em agosto daquele ano
apareceu em Rochester, Nova York, o nº 1 do Youth’s Instructor, especialmente dedicado à
Escola Sabatina.
1853 – Fixou-se o preço para a assinatura da Review and Herald, que foi publicada
semanalmente durante aquele ano. Foram organizadas as primeiras Escolas Sabatinas
regulares em Rochester e Buck’s Bridge, Nova York, onde também iniciou-se a primeira escola
paroquial da denominação.
1859 – Foi adotada a “doação sistemática baseada no dízimo”, em uma reunião geral dos
observadores do sábado celebrada de 3 a 6 de junho, em Battle Creek, Michigan.
1860 – Em 1º de outubro foi adotado o nome de “Adventistas do Sétimo Dia”, como nome da
denominação. Até então a mensagem e a obra eram distinguidas pelas palavras: “do segundo
advento”.
1861 – Em 3 de maio foi inaugurada The Review and Herald Seventh-day Adventist Editorial
Association (Associação Editorial Adventista do Sétimo Dia Review and Herald). Pela primeira
vez foram nossas igrejas formalmente organizadas. A Associação de Michigan foi a primeira a
ser organizada, em 5 de outubro de 1861.
1865 – Aparece a primeira publicação sobre saúde How to Live (Como Viver), de Ellen G.
White.
1872 – Os adventistas iniciam seu primeiro periódico em outro idioma além de inglês. Era o
Advent Tidende (Revista Adventista) em dinamarquês-norueguês, editado pelo Pr. J. G.
Matteson, nas dependências da Review and Herald, Battle Creek, a 3 de junho, sob a
responsablidade da junta da Associação Geral e dirigida pelo Prof. G. H. Bell. Estabelecida a
primeira escola primária adventista, em Battle Creek, MI.
1874 – Cria-se em 11 de março a Sociedade Educacional Adventista do Sétimo Dia. Nesse ano
foi fundado o colégio de Battle Creek, que iniciou sua obra escolar com treze professores e 279
alunos matriculados. O custo total do edifício foi de US$ 53.341,95. O primeiro número de
Signs of the Times (Sinais do Tempos) foi editado em Oakland, Califórnia, a 4 de junho. Saiu de
Boston para a Europa o primeiro missionário oficial enviado a um campo estrangeiro, Pr. J. N.
Andrews.
1875 – A 1º de abril foi incorporado em Oakland, Califórnia, a Pacific Seventh-day Adventist
Publishing Association, com um capital subscrito de US$ 2.900,00.
1879 – É aberta a segunda instituição de saúde: a Rural Health Retreat, em Santa Helena,
Califórnia.
1884 – Inicia-se em Battle Creek, Michigan, o primeiro curso para enfermeiros entre os
adventistas.
1886 – L. R. Conradi é enviado à Rússia como o primeiro missionário adventista a um país não
protestante.
1890 – O primeiro navio missionário Pitcairn é construído e lançado à água para levar a
mensagem às ilhas do Pacífico do Sul. Saiu de S. Francisco a 20 de outubro. Em julho é
publicado o periódico Our Little Friend (Nosso Amiguinho).
1895 – A Srta. Geórgia Burrus chega à Índia em janeiro para iniciar a obra em favor das
mulheres. F. H. Westphal vai como primeiro pastor adventista para a América do Sul e se
estabelece na Argentina.
1896 – Ellen G. White põe a pedra fundamental do primeiro edifício escolar em Cooranbong,
Austrália. Ela permaneceu nove anos naquele país. Chegam os primeiros missionários ao
Japão, a 19 de novembro.
1899 – Começa a funcionar a Christian Braille Foundation em Battle Creek, Michigan, que em
janeiro de 1900 edita os primeiros 75 exemplares de publicações para cegos.
1901 – Na Assembléia da Associação Geral daquele ano, foram feitos planos para a
organização de Uniões em todo mundo. Um plano baseado no sistema de orçamento, ou fusão
dos recursos, foi adotado para a expansão das missões e para fortalecer a obra nas associações
mais fracas. Em Nashville, Tennessee, estabelece-se a Southern Publishing Association.
1903 – A sede da denominação dos Adventistas do Sétimo Dia muda-se para Washington, D.C.,
a 10 de agosto.
1908 – É publicado a primeira Devoção Matinal. A Associação Geral adotou o plano da Recolta
Anual, com base nas experiências feitas desde 1903 por Jasper Wayne, de Iowa.
1910 – No fim desse ano foi adotado um fundo geral de jubilação para sustentar os obreiros
incapacitados e afastados, bem como as viúvas e filhos necessitados dos obreiros falecidos.
1913 – A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) adota a organização por Divisões.
1928 – Funda-se a Divisão Central Européia (reorganizada em 1948), a Divisão Norte Européia
(reorganizada em 1951), e a Divisão Sul Européia da IASD.
1934 – Estabelece-se nos Estados Unidos o Seminário Teológico Adventista, para estudos
superiores.
1942 – A Voz da Profecia, programa radiofônico adventista, inaugura uma transmissão que
abrange toda a América do Norte.
1948 – Começa a publicação da revista Listen, com a finalidade de partilhar instrução científica
para evitar o consumo do alcoolismo e o vício de narcóticos.
1951 – Publica-se a primeira edição da revista Life and Health (Vida e Saúde) para cegos. Em
outubro acrescenta-se uma escola de odontologia ao Colégio Médico de Loma Linda.
Organização da Divisão do Oriente Médio da IASD, com as missões do Levante e do Nilo.
1955 – É criado o Chapel Records da Pacific Press, para produzir discos e fitas magnéticas
especialmente destinados à música religiosa. A Escola Sabatina arrecada 100 milhões de
dólares para as missões. O número de adventistas ultrapassa o seu primeiro milhão.
1961 – É criada a Universidade de Loma Linda, em Loma Linda, Califórnia, abrangendo o que
foi o Colégio de Médicos e os cursos superiores do Colégio de La Sierra.
1985 – Australianos celebram 100 anos na igreja de Avondale enquanto a de Cabo Verde
comemora 50 anos. Grande igreja é dedicada em Praga, Tchecoslováquia. A ADRA dá
assistência no terremoto do México.
1987 – A Rádio Adventista Mundial alcança metade do planeta, e o Hospital Ile Ile ,da Nigéria,
retorna às mãos dos adventistas. Em Mali, na tribo de Bambara, a ADRA constrói um Centro
Evangelístico de palha e taipa por US$ 2,50, e a Divisão Inter-Americana ultrapassa a marca de
um milhão de membros.
1988 – Hospital das Guianas difunde pelo rádio mensagens sobre saúde, e a França é anfitriã
da Convenção de Comunicação de locutores das rádios adventistas da Europa. Congresso na
Dinamarca atrai jovens de 20 países, e o Centro Ecumênico do Canadá recebe livros
adventistas.
1989 – A Associação Geral muda-se para Silver Springs, Maryland. Austrália hospeda
representantes de 19 países para o II Seminário da Associação Internacional de Alimentos
Saudáveis em New South Wales.
1990 – Organizada a Divisão Euro-Asiática da IASD. O projeto da Missão Global foi votado a ser
implantado pela igreja mundial por ocasião da Associação da Conferência Geral reunida em
Indianápolis, nos Estados Unidos. Esse projeto tem como objetivo atingir áreas geográficas
sem presença adventista até o ano 2000.
1995 – A IASD se estabelece em Sri Lanka. Os escritos da Sra. White ficam à disposição na
Internet pela primeira vez. Um novo Centro de Saúde é aberto na Colômbia, e a construção do
novo Centro de Câncer na Flórida é iniciada. É organizada a primeira igreja de fala inglesa no
Egito. O número de membros da IASD ultrapassa os 9 milhões.
Argentina
Dessa forma, em 18 de agosto de 1894 Frank. H. Westphal chegou com sua família para
trabalhar no território que futuramente se tornaria a Divisão Sul-Americana. Em 09 de
setembro de 1894, o pastor Westphal organizou a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em
Crespo, Argentina. A partir de então, a mensagem adventista foi sendo disseminada
progressivamente. Frank Henry
Westphal e sua família
Pastor
J. W. Westphal batizando várias pessoas em En-Rios, Argentina
Brasil
Chile
No Chile, o casal adventista francês Dessignet imigrou para o país em 1885 a fim de pregar a
mensagem do advento. Mas foi com o trabalho de Clair A. Nowlen, F. W. Bishop e Thomas H.
Davis, a partir de 1894, que o estabelecimento da Igreja Adventista no Chile teve maior
avanço. G. H. Baber foi o primeiro pastor adventista a chegar ao Chile em 1895, e na cidade de
Iquique (Santiago) foi fundada a primeira igreja no país.
Paraguai
Uruguai
Por volta de 1892, Albert B. Stauffer introduziu a mensagem adventista no Uruguai por meio
de literaturas e do evangelismo na colônia suíço-alemã de Nueva Helvecia. Após conferências
públicas do pastor F.L. Perry foi organizada uma igreja em Montevideo em 1912.
Peru
O primeiro adventista a chegar ao Peru foi um carpinteiro chileno que se mudou para o país
em 1898. Em 1904 foram batizadas sete pessoas. E no ano seguinte com a chegada de F.L.
Perry a IASD começou a ser organizada. Em 1907, foi organizada a primeira igreja do Peru com
17 membros.
Equador
Em 1904 Thomas H. Davis ao voltar de uma viagem aos EUA, desembarcou no Equador
iniciando assim a história da mensagem do advento naquele país. Santiago Mangold veio da
Argentina em 1911 fundou um grupo na província de Oro e deu os primeiros passos para a
organização da IASD no Equador.
Bolívia
A Bolívia foi um dos últimos territórios a se estabelecer a obra da IASD. Como noutros países a
distribuição de literaturas exerceu um papel fundamental no processo de difusão da
mensagem adventista. Juan S. Pereira foi o missionário pioneiro. Recém-convertido ao
adventismo, chegou ao país em meados 1897, tendo como primeiro converso o Dr. J. Suárez
Miranda, juiz que o livrou da condenação à morte por causa de suas crenças.
Corria o ano de 1884. Um jovem alemão conhecido como Borchardt, residente em Brusque,
Santa Catarina, envolve-se em uma briga, ferindo gravemente seu oponente. Com medo da
polícia, resolve fugir em direção ao Porto de Itajaí. Lá chegando, embarca clandestinamente
em um navio que rumava para a Alemanha. Numa das escalas, acaba conhecendo dois
missionários adventistas que lhe perguntam se conhece algum protestante no Brasil. Meio
desconfiado, Borchardt responde que seu padrasto, Carlos Dreefke, é luterano. Os
missionários pedem-lhe o endereço de Dreefke, deixando claro que o único interesse deles é
enviar literatura religiosa para o Brasil.
Alguns meses depois, um pacote contendo revistas adventistas em alemão chega à Colônia de
Brusque, endereçado a Carlos Dreefke e com selo de Battle Creek, Estados Unidos. A
encomenda é aberta na casa comercial de Davi Hort, um típico casarão colonial de dois
pavimentos, distante oito quilômetros do atual centro de Brusque. Dreefke, ainda meio
desconfiado, toma para si uma das revistas, com inscrição de capa A Voz da Verdade, e
distribui as outras nove para seus amigos que ali estavam.
Com o tempo, algumas famílias demonstraram interesse por aquelas publicações que falavam,
dentre outras coisas, na segunda vinda de Cristo, num estilo de vida mais saudável e na
importância de se reservar o sábado para atividades de cunho religioso. Continuaram a pedir
mais literatura, usando o nome do Sr. Dreefke que, com medo de que algum dia lhe
mandassem a conta de todas as revistas, acabou cancelando os pedidos futuros.
A frustração foi geral. Quem poderia assumir agora a responsabilidade pelas revistas? Um
polonês de nome Chikiwidowski chegou a se responsabilizar pelos pedidos, mas seu
entusiasmo durou pouco. Foi então que uma terceira pessoa entrou na história: Frederich
Dressler.
Dressler era filho de um pastor luterano, na Alemanha. Foi expulso de seu país por ser
alcoólatra. Aproveitando as correntes migratórias para o Brasil, veio parar em Brusque.
Trabalhou como professor, mas toda a sua renda era gasta em bebida. Quando Dressler ouviu
falar das tais revistas adventistas que eram enviadas de graça, resolveu fazer um pedido, com
a intenção de vendê-las para alimentar o vício que o destruía.
As revistas (como a Hausfreund, “Amigos do Lar”) chegaram e, com elas, alguns livros. Entre
eles, um muito especial: o Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith. Após a leitura
desse livro, Guilherme Belz se tornaria – anos mais tarde – o primeiro no Brasil a reconhecer o
sábado como dia de descanso, através da literatura adventista.
Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se
na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa
ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial em uma das
mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso
deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este
havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler – livro que “coincidentemente”
tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto.
O Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith, também estava escrito em alemão. Ao
tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no
capítulo intitulado “O Papado Muda o Dia de Repouso”. Este título fez Belz recordar sua
juventude na Alemanha.
Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a Bíblia, mas algo o intrigava:
“Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que guardamos o domingo?” Sua mãe
Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a resposta teve de aguardar muitos
anos.
Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro –
segurando-o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele
investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua
Bíblia. Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos
e tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à
literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região. Pouco
tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar.
Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o
missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer
espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades.
Assim, os primeiros interessados na mensagem adventista, em São Paulo, foram surgindo. O
mesmo aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários livros O Grande
Conflito.
Os adventistas que, em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na volta
de Jesus estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que, já há
alguns anos, professavam a mesma fé.
Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: William Henry Thurston.
Acompanhado da esposa Florence, Thurston veio dos Estados Unidos com a missão de
estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos
missionários no Brasil. Com ele vieram duas grandes caixas de livros e revistas impressos em
inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português,
pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.
Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios oceânicos, outros
nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de
burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.
** O PRIMEIRO PASTOR ADVENTISTA A VISITAR O BRASIL
O mesmo navio – Magdalena – que trouxe o casal Thurston ao Brasil levou o Pastor Frank
Henry Westphal para a Argentina. Eram poucos os primeiros representantes da Igreja
Adventista no continente sul-americano, na época. No final de 1894, num território de
15.500.000 quilômetros quadrados, somente dez homens se dedicavam à proclamação da fé
adventista, oralmente ou por escrito. Um deles era o Pastor Westphal, os outros eram os
colportores-missionários. Mas, em apenas cinco anos, os vinte já eram duzentos!
Neste mesmo ano – 1894 – o missionário Albert Bachmeyer chegou ao Estado de Santa
Catarina. Grande foi sua alegria quando, ao oferecer seus livros a uma família em Brusque,
descobriu que havia adventistas ali. Imediatamente, transmitiu a boa notícia a Thurston que,
por sua vez, escreveu informando o Pastor Westphal, na Argentina.
Westphal foi o primeiro ministro adventista enviado para servir na América do Sul. Ordenado
ao ministério em 1883, em Michigan, dedicou-se à missão urbana de Milwaukee e lecionou
História no Departamento Alemão do Union College. Em 1894 foi chamado para servir no
continente sul-americano.
Nossa missão hoje não é menos importante que a iniciada pelos pioneiros, com esforço e
muita dedicação. Eles prepararam o caminho e espalharam a preciosa semente da verdade.
Cabe a nós terminar a colheita para que Cristo volte logo e encerre nossa peregrinação.
Maranata!
1884 – O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade, em alemão, chega a Brusque, SC.
1890 – Surgem os primeiros observadores do sábado em Gaspar Alto, SC. Guilherme Belz é o
pioneiro.
1893 – Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Associação Geral, chega
ao País.
1894 – (1) Albert Bachmeier encontra observadores do sábado em Brusque e em Gaspar Alto;
(2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela
cidade um depósito de livros .
1895 – (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por
Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a
cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho; (2) No mesmo mês, a primeira igreja adventista
do Brasil é organizada em Gaspar Alto; (3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil
para colportar; (4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o
batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo; (5) É criada a Missão Brasileira da IASD
1896 – (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2)
Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola
particular adventista.
1900 – (1) Além da escola paroquial já existente em Gaspar Alto, começa a funcionar a escola
missionária, sob a direção do Pastor John Lipke; (2) Começa a ser publicada a revista O Arauto
da Verdade, em português, mas ainda em tipografia secular. Guilherme Stein foi seu primeiro
editor.
1903 – Em agosto, o Colégio Superior de Gaspar Alto é transferido para Taquari, RS. A escola
paroquial da igreja de Gaspar Alto, entretanto, continuou funcionando.
1904 – (1) O Pastor Ernesto Schwantes visita o comerciante José Lourenço Mendes, em Santo
Antônio da Patrulha, RS. Surgem as igrejas de Campestre e Rolante e inicia-se a transição do
adventismo das colônias alemãs para todo o Brasil; (2) Pastor Lipke consegue, nos EUA, a
doação de um prelo para o Brasil.
1911 – (1) José Amador dos Reis, da igreja de Rolante, ingressa na colportagem, passando
depois à obra bíblica, na qual foi ordenado ao ministério, tornando-se o primeiro pastor
adventista brasileiro ordenado (em 1920); (2) É organizada a União Brasileira, com sete
campos, 68 igrejas e 1.550 membros.
Alguns fatores foram fundamentais para a criação de uma nova união. O primeiro ponto foi o
alto crescimento de membros na Divisão Sul-Americana, que, com a bênção e orientação de
Deus, atingiu 78,8% em oito anos (de 1.271.341 membros, em 1995, para 2.273.215, em
2003). Além disso, o estabelecimento de nove novos campos (missões/associações) no Brasil,
desde 1996, e a previsão da formação de mais um campo em 2004, foram outros dois fatores
considerados.19
Algumas reflexões foram essenciais para esclarecer quaisquer dúvidas quanto à necessidade
de constituição de uma nova união. Primeiro, o desafio de expandir o evangelho nas grandes
cidades – especialmente em São Paulo. Em segundo lugar, o propósito da Missão Global de
alcançar áreas onde ainda não havia presença adventista. E, por fim, a necessidade de atender
melhor os membros, principalmente na Missão Mato-Grossense, no estado do Tocantins
e na Associação Planalto Central.20
Com base nessas realidades, a Associação Geral nomeou uma comissão avaliativa, que se
reuniu em 26 de fevereiro de 2004, com a intenção de estudar a viabilidade de redistribuir o
território das uniões Central e Sul brasileiras antes da criação de uma nova união. Após os
estudos demonstrarem a viabilidade desse plano, a comissão avaliativa chegou a uma decisão
favorável, recomendando o estabelecimento de uma Comissão de Transição. Essa equipe teve
a tarefa de cuidar dos detalhes inerentes à criação da nova instituição, que se
chamaria União Centro-Oeste Brasileira.21
Assim, em 8 de março de 2004, foi votado aceitar a UCOB como parte da comunidade das
Uniões da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como seu primeiro presidente, foi eleito o Pastor
Helder Roger Cavalcanti Silva, que permaneceu no cargo de 2004 a 2015. Como secretário e
tesoureiro, foi eleito o Pastor Jairo César Silva dos Anjos. A partir de janeiro de 2005, a UCOB
assumiu a responsabilidade pela liderança dos pastores, obreiros e missionários, bem como o
compromisso empregatício pelos servidores com os respectivos encargos trabalhistas, fiscais,
previdenciários e fundiários sob sua gestão.22
O território inicial dessa nova unidade administrativa abrangia os estados de Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal, que eram compostas pelas
associações Brasil Central, Planalto Central, Sul Mato-Grossense e pela Missão Mato-
Grossense. Além destas, a União também passou a administrar o Hospital Adventista do
Pênfigo e o Instituto Adventista Brasil Central. Em seu início, a União Centro-Oeste Brasileira
tinha 396 igrejas, 124 distritos pastorais e 93.712 membros, em um contexto populacional
estimado de 14.040.734 habitantes – cerca de um adventista para cada 149 habitantes.23 O
endereço da sede permanece o mesmo desde a fundação em 2004.
Desde o início de suas atividades, a equipe de servidores da União Centro-Oeste Brasileira tem
se empenhado na promoção de programas missionários liderados pela Divisão Sul-
Americana. Três bons exemplos são a Missão Calebe, 25 Quebrando o Silêncio26 e Impacto
Esperança.27 Nos primeiros cinco anos de existência organizacional da UCOB, pelo menos 3.077
ações da campanha Quebrando o Silêncio foram realizadas em todo o seu território.28 No
segundo período de cinco anos, cerca de 13 mil jovens dedicaram suas férias para participar do
projeto da Missão Calebe.29 E, no mesmo período de cinco anos, 8.300.232 livros foram
distribuídos por meio do projeto Impacto Esperança.30
O desafio de abrir uma instituição no interior do país era grande, principalmente em uma
região com baixa densidade populacional e área equivalente a 1/4 do território nacional. Para
que a União fosse bem-sucedida, era preciso planejamento e estratégia. O principal objetivo
era consolidar a liderança local, com diversos investimentos no treinamento de líderes. O
intuito era promover uma visão mais ampla da igreja, uma vez que a região tinha acesso
limitado a grandes projetos e líderes (que estavam localizadas no centro de São Paulo, bem
como na região sul do país). Como resultado, uma geração de jovens líderes treinados na
UCOB hoje serve a igreja em várias partes da DSA. Como exemplo, um novo campo foi
formado – a Missão Tocantins – para servir uma região muito desafiadora, onde a igreja
precisava se desenvolver.31
Porém, era preciso não apenas formar líderes, mas também investir na estrutura. Nesse
sentido, outro grande investimento foi feito em benefício da estrutura física de igrejas e
instituições locais, como a aquisição de novos terrenos, ampliações e fortalecimento de locais
estratégicos. Também foi criado um projeto de igreja modelo, o que ajudou várias igrejas a
realizar obras e reformas relevantes a um custo baixo. Esse modelo foi compartilhado por
muitas outras instituições da igreja em todo o Brasil.32
Em sua jornada recente, mas intensa, a União Centro-Oeste Brasileira teve que fazer alguns
ajustes para fortalecer ainda mais algumas instituições já consolidadas. Em seguida, a
Educação Adventista no território foi reestruturada e, no processo, surgiu a necessidade de
fechar algumas unidades escolares que não estavam em condições de funcionamento. Por
outro lado, outras unidades, que estavam bem-posicionadas, foram fortalecidas. As decisões
tomadas contribuíram para dobrar o número de alunos da Rede Adventista em poucos anos,
além de cooperar para o desenvolvimento de escolas de referência no território da UCOB
(como o Instituto Adventista Brasil Central, um dos internatos de ensino médio bem
estabelecidos no território da DSA).33
Porém, não foi apenas na educação que várias mudanças foram percebidas. A obra de
publicações foi reestruturada e centralizada no Serviço Educacional Lar e Saúde (SELS). Essa
mudança proporcionou um ganho significativo na eficiência da gestão. Assim, foi possível dar
mais apoio aos colportores e estudantes que, juntos, fazem da SELS um departamento
eficiente da UCOB.34
Quanto aos desafios que a UCOB enfrenta atualmente, cabe destacar a vasta extensão de seu
território, que envolve as diversas peculiaridades que caracterizam os diferentes lugares
do Brasil. Como já foi reconhecido, crescer de forma abrangente em um contexto tão diverso é
o maior desafio, pois há uma centena de cidades que ainda não foram alcançadas pelo
evangelho. Para alcançar esse objetivo, a igreja tem procurado se tornar relevante para as
novas gerações a fim de envolvê-las na missão.36
Considerando que a rápida secularização dos dias atuais desafia o espírito missionário da
igreja, a abertura de novos campos possibilita melhor cuidado e treinamento dos membros
no território da união, favorecendo o trabalho que ainda resta ser feito. As instituições da
UCOB, tais como o Hospital Adventista do Pênfigo, buscam encontrar uma forma viável de
continuar crescendo para cumprir a missão em meio a demandas cada vez mais desafiadoras.37
Para obter a vitória frente aos grandes desafios apresentados, a liderança da UCOB entende
que é necessário continuar formando líderes, pois é de suma importância fortalecer as
estruturas básicas da igreja, como a Escola Sabatina e o Ministério Pessoal. É necessário
também manter sempre aberta a possibilidade de diálogo com as novas gerações e estar
atentos para aproveitar as oportunidades de colocar a missão em seus corações de diferentes
maneiras.38
Para tanto, a UCOB tem procurado estabelecer mais estruturas missionárias por meio de
agências de missão instaladas em cada escola do seu território. Além disso, foi criado o
Instituto de Missão UCOB, que visa treinar missionários tanto para o serviço local quanto para
o serviço em terras distantes, além de buscar parcerias que possibilitem oportunidades
missionárias para os membros da igreja – tudo isso para promover a missão em todas as suas
frentes. Para que essa geração de missionários seja formada, entende-se que é necessário
continuar fortalecendo a visão bíblica do discipulado.39
A nível organizacional, muitos esforços estão sendo feitos para reorganizar, a curto e médio
prazos, dois dos maiores campos da UCOB, através da criação de novas unidades
administrativas. Além disso, um fundo foi criado para a abertura de novas escolas adventistas,
e investimento contínuo tem sido feito em projetos missionários que mantêm os membros e
líderes conectados com as iniciativas missionárias da igreja na Divisão Sul-Americana.40
Desde a formação da UCOB, suas equipes de líderes têm trabalhado para divulgar e
aprofundar o discipulado bíblico relacional. O discipulado relacional é definido como aquele
em que o indivíduo é um verdadeiro amigo de Cristo e um verdadeiro amigo da comunidade
em que vive. O discipulado não é um fim em si mesmo. Precisa ser vivido em
comunidade. Nessa perspectiva, é somente quando o indivíduo aprende a amar seu próximo –
a ponto de renunciar a seus próprios interesses para atender a um amigo – que ele pode
entender o verdadeiro significado do evangelho. Ancorada nessa visão bíblica de discipulado
relacional, a missão da UCOB é “fazer discípulos por meio da união, relacionamento e missão”,
tendo essas três últimas palavras como premissas orientadoras do discipulado na União.41
Nessas palavras geradoras de ação, a primeira premissa é governada pela visão bíblica do
discipulado e está completamente ligada ao relacionamento de cada pessoa com Deus. Ao se
tornar um verdadeiro amigo de Jesus, também é mais fácil se tornar um imitador Dele. Esse é
o primeiro passo para ser um verdadeiro cristão, e isso só pode ser alcançado por meio da
oração e da leitura da palavra de Deus, com o auxílio do estudo da lição da Escola Sabatina e
da orientação do Espírito de Profecia.42
A segunda premissa diz respeito ao relacionamento entre os membros. O objetivo é que todos
vivam em pequenas comunidades de amor, abrindo suas casas para receber os vizinhos e
amigos, tornando-os uma referência para o amor de Deus. O alcance desse objetivo nas igrejas
locais pode ser medido através do crescimento do número de Pequenos Grupos
(PGs)43 estruturados em rede, com líderes, supervisores e coordenadores de cada PG
devidamente constituídos.44
A terceira premissa indica o que os discípulos de Cristo fazem com o evangelho que
recebem. Cada membro deve estar pessoalmente envolvido em salvar alguém. O foco desse
ponto não é trazer as pessoas apenas para a igreja em sua forma de templo, mas para a vida
de seus membros e, por meio disso, levá-los a Cristo. O nível de envolvimento nessa causa
pode ser visto por meio da proporção entre o número de batismos e o número de membros
envolvidos.45
Uma questão desafiadora para a vivência de tais premissas está relacionada às pessoas que já
foram alcançadas pelo evangelho e àquelas que ainda precisam ser. De acordo com dados
coletados por meio do sistema de secretaria (ACMS – Adventist Church Management System –
2015 e 2016) da UCOB, a maioria das pessoas que vêm para a igreja está na faixa etária de 8-
30 anos, e a maioria das que saem estão na mesma faixa etária. Portanto, o objetivo é ter uma
igreja que faça discípulos nas novas gerações e os mantenha dentro da igreja.46
Para tanto, três etapas são consideradas fundamentais nos esforços da UCOB. A primeira que
os pais discipulem seus filhos. O discipulado começa em casa e, para tanto, antes de trabalhar
com os filhos, a igreja precisa capacitar os pais para iniciar esse processo desde cedo com seus
pequenos. O segundo passo é incutir a missão no coração dos jovens. Atualmente, diversos
programas de voluntariado para jovens são desenvolvidos e apoiados pela igreja, tais como:
Um Ano em Missão,47 Geração 148,48 entre outros. Esses programas levam os participantes a
doar seu tempo para outras pessoas, seja na comunidade em que vivem, em uma cidade
distante ou até mesmo em um país com uma cultura completamente diferente.
O terceiro passo é ser uma igreja relevante para as novas gerações. Para o jovem se tornar a
igreja onde quer que esteja, ele deve primeiro se identificar com ela. Portanto, a ideia é que
todas as igrejas da UCOB possam receber os jovens e “conversar” com eles do início ao fim do
culto, falando a sua língua, seja através da liturgia, dos hinos escolhidos para o louvor, da
pregação, ou da maneira como são cuidados. Quando se sentirem identificados e
representados por essa igreja, ela será a sua bandeira. Não será apenas um lugar onde eles se
reunirão, mas fará parte de seu estilo de vida.
Buscando o cumprimento da segunda etapa, que é incutir a missão no coração dos jovens, a
UCOB realizou um evento em 2019 denominado Together, que foi uma missão e uma
experiência de voluntariado. A programação envolveu palestras, seminários, workshops, feiras,
espaços maker, missões urbanas, instalações interativas, entre outras atividades. Juntos, o
objetivo foi promover o espírito de missão e voluntariado em todos os participantes. O
público-alvo foram adolescentes de 13 a 15 anos e jovens de 16 a 35 anos da região da UCOB.49
Uma breve comparação entre os dados estatísticos do período de 2004 até o presente pode
exemplificar bem como a missão da igreja na região centro-oeste do Brasil tem sido cumprida,
após a fundação da UCOB. Conforme mencionado anteriormente, no início de suas atividades,
a equipe de colaboradores dessa união atendia cerca de 93.712 membros, distribuídos em
aproximadamente 396 congregações. Naquela época, havia cerca de um adventista para cada
149 habitantes na região.50 Por volta de cinco anos depois, em 31 de outubro de 2009, esse
número já havia sido reduzido para cerca de um adventista por 141 habitantes,51 e já havia 495
igrejas e 599 grupos organizados.52
Entre 2010 e 2014, 39.392 novos membros foram batizados nas igrejas UCOB. Assim, ao final
desse período, já eram 109.803 membros, distribuídos entre 1.328
congregações.53 Posteriormente, em junho de 2018, o número de membros já ultrapassava a
marca de 126.120 pessoas, e o número de congregações já era de 712 (número que se refere
apenas às igrejas organizadas, exceto grupos). A proporção adventista/habitante na região era
de aproximadamente um adventista para cada 127 habitantes. Esforços continuarão sendo
empreendidos para o progresso da missão.
Mison