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Datas Importantes da Igreja Adventista Mundial

1844 – Em março daquele ano, cerca de quarenta pessoas começaram a observar o Sábado em
Washington, New Hampshire. Ali alguns pastores adventistas conheceram a verdade do
Sábado nesse mesmo ano. Um deles, T. M. Preble, foi o primeiro que comunicou esta verdade,
por meio da imprensa, aos adventistas.

1845 – Um artigo de Preble sobre o Sábado, escrito em East Weare, New Hampshire, datado
de 13 de fevereiro de 1845, em Portland, Maine, atraiu a atenção de José Bates.

1846 – O primeiro documento publicado por uma pessoa relacionada com esta denominação
foi um folheto datado de 8 de abril de 1846 e se dirigia ao “remanescente disperso”. Foi
escrito por Ellen G. Harmon. Foram impressos 250 exemplares custeados por Tiago White e H.
S. Gurney. Com a data de 8 de maio de 1846, José Bates publicou o primeiro panfleto
intitulado The Opening Heavens (Os Céus se Abrem). Tinha 40 páginas. Em agosto de 1846,
José Bates publicou um panfleto de 48 páginas, intitulado The Seventh Day Sabbath, a
Perpetual Sign (O Sábado do Sétimo Dia, um Sinal Perpétuo), acerca do qual Tiago White disse
na Review and Herald, vol. 2 p. 61: “Confirmou-nos acerca do tema”. “No outono de 1846
começamos a observar o Sábado bíblico, assim como a ensiná-lo e entendê-lo” (Ellen G. White,
Testimonies for the Church, vol. 1, p. 75).

1848 – Primeira reunião geral dos observadores do Sábado, nos dias 20 e 21 de abril, em Rocky
Hill, a doze quilômetros de Middletown, Connecticut, com 30 pessoas presentes.

1849 – O primeiro periódico The Present Truth (A Verdade Presente) quinzenal, fundado por
Tiago White, saiu do prelo em julho, em Middletown, Connecticut. Foram publicados 11
números até o de novembro de 1850. No total, 88 páginas: de 10 x 20 cm. Foi impresso o
primeiro hinário, de 48 páginas, com 50 hinos sem música.

1850 – Em novembro, iniciou-se como periódico mensal a Second Advent Review and Sabbath
Herald, em Paris, Maine; a comissão editora era composta de José Bates, S. W. Rhodes, J. N.
Andrews e Tiago White; este último era o redator.

1851 – A Review and Herald foi publicada por algum tempo em Saratoga Springs, Nova York.

1852 – Em 6 de maio, o primeiro número do vol. 3 da Review and Herald foi impresso em
Rochester, Nova York, em um prelo manual, com tipos comprados graças às primeiras
contribuições gerais dos crentes no “segundo advento”. O custo total do prelo e do material
foi de US$ 652,93; a contribuição para este fim de US$ 655,84 dólares. Em agosto daquele ano
apareceu em Rochester, Nova York, o nº 1 do Youth’s Instructor, especialmente dedicado à
Escola Sabatina.

1853 – Fixou-se o preço para a assinatura da Review and Herald, que foi publicada
semanalmente durante aquele ano. Foram organizadas as primeiras Escolas Sabatinas
regulares em Rochester e Buck’s Bridge, Nova York, onde também iniciou-se a primeira escola
paroquial da denominação.

1854 – O Pr. J. N. Loughborough fez as primeiras vendas de publicações adventistas do sétimo


dia em uma reunião de tenda, em Rochester. O conjunto das publicações à venda custava
então 35 centavos de dólar.
1855 – Em uma reunião realizada em Battle Creek, Michigan, em 23 de setembro, resolveu-se
mudar a sede da obra para Battle Creek. O primeiro número da Review publicado ali levava a
data de 4 de dezembro.

1859 – Foi adotada a “doação sistemática baseada no dízimo”, em uma reunião geral dos
observadores do sábado celebrada de 3 a 6 de junho, em Battle Creek, Michigan.

1860 – Em 1º de outubro foi adotado o nome de “Adventistas do Sétimo Dia”, como nome da
denominação. Até então a mensagem e a obra eram distinguidas pelas palavras: “do segundo
advento”.

1861 – Em 3 de maio foi inaugurada The Review and Herald Seventh-day Adventist Editorial
Association (Associação Editorial Adventista do Sétimo Dia Review and Herald). Pela primeira
vez foram nossas igrejas formalmente organizadas. A Associação de Michigan foi a primeira a
ser organizada, em 5 de outubro de 1861.

1862 – A Associação de Michigan foi a primeira a estabelecer um sistema regular de


pagamento para os pastores, cujos salários eram fixados por uma comissão examinadora de
contas.

1863 – Organizou-se a Associação Geral do Adventistas do Sétimo Dia, em 21 de maio, com a


presença de 20 delegados de 6 associações, e foi nomeada uma junta executiva de três
membros.

1864 – O governo norte-americano reconhece os adventistas do sétimo dia como não


combatentes, e os designa aos serviços dos hospitais durante a guerra civil.

1865 – Aparece a primeira publicação sobre saúde How to Live (Como Viver), de Ellen G.
White.

1866 – Em 1º de agosto aparece o primeiro número de Health Reformer (Reformador da


Saúde); seu redator foi o Dr. H.S. Lay. Em 5 de setembro foi aberto o primeiro sanatório
adventista, em Battle Creek, Michigan, sob a direção do Dr. H. S. Lay.

1868 – Foi organizada a primeira sociedade missionária de publicações em South Lancaster,


Massachusetts. J. N. Loughborough e D. T. Bourdeau iniciam a obra na Califórnia, em13 de
agosto.

1870 – Em 6 de novembro é organizada a primeira sociedade missionária de publicações de


uma associação, a de Nova Inglaterra.

1872 – Os adventistas iniciam seu primeiro periódico em outro idioma além de inglês. Era o
Advent Tidende (Revista Adventista) em dinamarquês-norueguês, editado pelo Pr. J. G.
Matteson, nas dependências da Review and Herald, Battle Creek, a 3 de junho, sob a
responsablidade da junta da Associação Geral e dirigida pelo Prof. G. H. Bell. Estabelecida a
primeira escola primária adventista, em Battle Creek, MI.

1874 – Cria-se em 11 de março a Sociedade Educacional Adventista do Sétimo Dia. Nesse ano
foi fundado o colégio de Battle Creek, que iniciou sua obra escolar com treze professores e 279
alunos matriculados. O custo total do edifício foi de US$ 53.341,95. O primeiro número de
Signs of the Times (Sinais do Tempos) foi editado em Oakland, Califórnia, a 4 de junho. Saiu de
Boston para a Europa o primeiro missionário oficial enviado a um campo estrangeiro, Pr. J. N.
Andrews.
1875 – A 1º de abril foi incorporado em Oakland, Califórnia, a Pacific Seventh-day Adventist
Publishing Association, com um capital subscrito de US$ 2.900,00.

1877 – É organizada na Califórnia a primeira Associação de Escolas Sabatinas abrangendo um


Estado.

1878 – É organizada a Associação Geral da Escola Sabatina, e são recebidas as primeiras


contribuições da Escola Sabatina.

1879 – É aberta a segunda instituição de saúde: a Rural Health Retreat, em Santa Helena,
Califórnia.

1880 – Celebra-se o primeiro batismo de adventistas na Inglaterra a 8 de fevereiro, quando J.


N. Loughborough batizou seis pessoas em South Hampton. O primeiro colportor regular
adventista foi Jorge A. King: o primeiro livro de subscrição foi sobre Daniel e Apocalipse; o
primeiro comprador, D. W. Reavis. Na Dinamarca é organizada a primeira associação
adventista da Europa. É estabelecido um sanatório em Skodsborg, perto de Copenhague, sob a
direção do Dr. J. C. Ottosen. Era patrocinado por membros da realeza e outros notáveis
europeus. Chegou a ser um dos maiores da denominação.

1882 – Outras escolas são abertas: o colégio de Healdsburg na Califórnia, a 11 de abril


(inaugurado a 2 de outubro), e a escola da South Lancaster, Massachusets, a 19 de abril
(incorporada a 12 de dezembro de 1883).

1883 – É publicado o primeiro Yearbook (Anuário) da denominação adventista do sétimo dia.

1884 – Inicia-se em Battle Creek, Michigan, o primeiro curso para enfermeiros entre os
adventistas.

1885 – Inicia-se na Europa a obra dos colportores remunerados por comissão.

1886 – L. R. Conradi é enviado à Rússia como o primeiro missionário adventista a um país não
protestante.

1887 – São enviados os primeiros missionários para a África: D. A. Robinson, C. I. Boyd e


outros.

1889 – A 21 de julho é organizada a Associação Nacional de Liberdade Religiosa em Battle


Creek. O nome é mudado mais tarde para torná-la internacional, e em 1901, chega a ser um
departamento da Associação Geral.

1890 – O primeiro navio missionário Pitcairn é construído e lançado à água para levar a
mensagem às ilhas do Pacífico do Sul. Saiu de S. Francisco a 20 de outubro. Em julho é
publicado o periódico Our Little Friend (Nosso Amiguinho).

1894 – É organizada a primeira União, a Australasiana. Inicia-se a obra em terras pagãs, em


Matabelelândia, África do Sul.

1895 – A Srta. Geórgia Burrus chega à Índia em janeiro para iniciar a obra em favor das
mulheres. F. H. Westphal vai como primeiro pastor adventista para a América do Sul e se
estabelece na Argentina.
1896 – Ellen G. White põe a pedra fundamental do primeiro edifício escolar em Cooranbong,
Austrália. Ela permaneceu nove anos naquele país. Chegam os primeiros missionários ao
Japão, a 19 de novembro.

1899 – Começa a funcionar a Christian Braille Foundation em Battle Creek, Michigan, que em
janeiro de 1900 edita os primeiros 75 exemplares de publicações para cegos.

1901 – Na Assembléia da Associação Geral daquele ano, foram feitos planos para a
organização de Uniões em todo mundo. Um plano baseado no sistema de orçamento, ou fusão
dos recursos, foi adotado para a expansão das missões e para fortalecer a obra nas associações
mais fracas. Em Nashville, Tennessee, estabelece-se a Southern Publishing Association.

1903 – A sede da denominação dos Adventistas do Sétimo Dia muda-se para Washington, D.C.,
a 10 de agosto.

1905 – Estabelece-se em Loma Linda um centro de educação médica, o Colégio de Médicos


Evangelistas, que recebeu a aprovação inicial em 1909.

1907 – Em Mount Vernon, Ohio, é organizado o departamento de jovens da Associação Geral.

1908 – É publicado a primeira Devoção Matinal. A Associação Geral adotou o plano da Recolta
Anual, com base nas experiências feitas desde 1903 por Jasper Wayne, de Iowa.

1909 – É organizada a escola por correspondência para ajudar os estudantes isolados a


obterem uma educação cristã.

1910 – No fim desse ano foi adotado um fundo geral de jubilação para sustentar os obreiros
incapacitados e afastados, bem como as viúvas e filhos necessitados dos obreiros falecidos.

1913 – A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) adota a organização por Divisões.

1916 – Organiza-se a Divisão Sul-Americana da IASD.

1917 – Funda-se a Divisão do Extremo Oriente (reorganizada em 1931) e a Divisão Sul-Asiática


da IASD.

1920 – Organiza-se a Divisão Sul-Africana da IASD.

1922 – Estabelece-se a Divisão Australasiana e a Inter-americana da IASD.

1928 – Funda-se a Divisão Central Européia (reorganizada em 1948), a Divisão Norte Européia
(reorganizada em 1951), e a Divisão Sul Européia da IASD.

1934 – Estabelece-se nos Estados Unidos o Seminário Teológico Adventista, para estudos
superiores.

1942 – A Voz da Profecia, programa radiofônico adventista, inaugura uma transmissão que
abrange toda a América do Norte.

1948 – Começa a publicação da revista Listen, com a finalidade de partilhar instrução científica
para evitar o consumo do alcoolismo e o vício de narcóticos.

1950 – Inicia-se o Clube de Desbravadores para jovens adventistas, na América do Norte.

1951 – Publica-se a primeira edição da revista Life and Health (Vida e Saúde) para cegos. Em
outubro acrescenta-se uma escola de odontologia ao Colégio Médico de Loma Linda.
Organização da Divisão do Oriente Médio da IASD, com as missões do Levante e do Nilo.

1952 – Centenário da Escola Sabatina, departamento da IASD.

1955 – É criado o Chapel Records da Pacific Press, para produzir discos e fitas magnéticas
especialmente destinados à música religiosa. A Escola Sabatina arrecada 100 milhões de
dólares para as missões. O número de adventistas ultrapassa o seu primeiro milhão.

1957 – É criada a Universidade Adventista de Potomac, em Takoma Park, MD, mudada


parcialmente para Berrien Springs, Michigan, em 1959. Atualmente se chama Universidade
Andrews.

1959 – Publicações inter-americanas se mudam de Brookfield, Illinois, para Mountain View,


Califórnia.

1961 – É criada a Universidade de Loma Linda, em Loma Linda, Califórnia, abrangendo o que
foi o Colégio de Médicos e os cursos superiores do Colégio de La Sierra.

1970 – A IASD alcança 2 milhões de membros.

1971 – A Rádio Adventista Mundial inicia sua operação em Portugal.

1972 – É inaugurado o Centro de Assistência Social Adventista em Viena na Áustria, onde


centenas de casas são atendidas diariamente, com o objetivo de cuidar de pacientes recém-
saídos do hospital, ou mães incapacitadas com crianças pequenas.

1978 – Número de membros da IASD ultrapassa os 3 milhões.

1982-1985 – É lançado o programa “Mil Dias de Colheita”, campanha evangelística da IASD no


mundo, no período de junho de 1982 a junho de 1985, com o objetivo de pregar a Palavra de
Deus a um milhão de pessoas: mil pessoas em cada dia dos mil dias de colheita.

1985 – Australianos celebram 100 anos na igreja de Avondale enquanto a de Cabo Verde
comemora 50 anos. Grande igreja é dedicada em Praga, Tchecoslováquia. A ADRA dá
assistência no terremoto do México.

1986 – Número de membros da IASD ultrapassa os 5 milhões.

1987 – A Rádio Adventista Mundial alcança metade do planeta, e o Hospital Ile Ile ,da Nigéria,
retorna às mãos dos adventistas. Em Mali, na tribo de Bambara, a ADRA constrói um Centro
Evangelístico de palha e taipa por US$ 2,50, e a Divisão Inter-Americana ultrapassa a marca de
um milhão de membros.

1988 – Hospital das Guianas difunde pelo rádio mensagens sobre saúde, e a França é anfitriã
da Convenção de Comunicação de locutores das rádios adventistas da Europa. Congresso na
Dinamarca atrai jovens de 20 países, e o Centro Ecumênico do Canadá recebe livros
adventistas.

1989 – A Associação Geral muda-se para Silver Springs, Maryland. Austrália hospeda
representantes de 19 países para o II Seminário da Associação Internacional de Alimentos
Saudáveis em New South Wales.

1990 – Organizada a Divisão Euro-Asiática da IASD. O projeto da Missão Global foi votado a ser
implantado pela igreja mundial por ocasião da Associação da Conferência Geral reunida em
Indianápolis, nos Estados Unidos. Esse projeto tem como objetivo atingir áreas geográficas
sem presença adventista até o ano 2000.

1991 – Os crentes da Albânia encontram a fé após 50 anos de isolamento e a igreja estabelece


presença oficial na antiga Cambodia. A presença da IASD nas ilhas de Barbados e a faculdade
adventista de enfermagem da Califórnia celebram 100 anos de existência. Na União Soviética a
igreja imprime 100 mil Bíblias, e uma série de conferências atrai mais de mil pessoas por noite
na Romênia. 10 igrejas inauguram escolas em Nova York. Número de membros da IASD
ultrapassa os 7 milhões.

1992 – Adventistas estabelecem presença em Zanzibar, Tanzânia, e é fundada na Polônia a


Associação de Liberdade Religiosa. Em Malawi, os adventistas iniciam um Programa de
Emergência de Alimentação, e a Inglaterra celebra o bicentenário das missões.

1993 – Número de membros da IASD ultrapassa os 8 milhões. Acontece o primeiro batismo na


Mongólia. O colégio de Heldeberg, na África do Sul, faz 100 anos. O evangelismo na Ucrânia
resulta em 297 batismos, e em Moscou (Rússia) mais de 10 mil visitantes assistiram o final da
série de conferência com Mark Finley.

1994 – É dedicada a primeira igreja na Albânia, e o Paradise Valley Hospital, na Califórnia,


completa 90 anos de ministério. Museu adventista é inaugurado em Fridensau, Alemanha. A
igreja adventista de Laos na União Sudeste Asiática reabre após 33 anos de forte perseguição
política. ADRA inicia um Hospital Distrital para os Refugiados da Ruanda.

1995 – A IASD se estabelece em Sri Lanka. Os escritos da Sra. White ficam à disposição na
Internet pela primeira vez. Um novo Centro de Saúde é aberto na Colômbia, e a construção do
novo Centro de Câncer na Flórida é iniciada. É organizada a primeira igreja de fala inglesa no
Egito. O número de membros da IASD ultrapassa os 9 milhões.

1996 – Centenário da Igreja Adventista de Crespo, Argentina, considerada a primeira Igreja


Adventista do Sétimo Dia na América do Sul.

1997 – Fundada a primeira igreja adventista na Mongólia, onde a conversão ao cristianismo


implica no abandono da nacionalidade. Número de membros da IASD ultrapassa os 10
milhões. Na Divisão Sul-Americana 131.151 pessoas uniram-se à IASD, divididas assim: Brasil –
80.651; Peru – 28.245; Bolívia – 7.668; Chile – 5.071; Argentina – 4.788; Equador – 3.238;
Paraguai – 1.097 e Uruguai – 393. Igreja comemora 100 anos na Islândia. Quase 7 mil pessoas
foram batizadas na Coréia, aumentando o número de adventistas para aproximadamente 150
mil. Inaugurado o primeiro templo adventista na cidade de S. Petesburgo, Rússia, embora
houvesse presença adventista desde 1880.

1998 – Adventistas ampliam presença na Internet, através de viagens missionárias virtuais,


programas evangelísticos, recursos de treinamento e informação. A Rádio Mundial Adventista
começa a transmitir suas mensagens em ondas médias para a China, gerando uma igreja no
Vietnã. A IASD comemora 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e os
Adventistas nas Ilhas Fiji atingem o número de 17 mil. Comemora-se o Centenário do
Ministério da Mulher e o primeiro encontro do Ministério da Mulher na Tailândia, com a
participação de duas divisões e 13 países. A revista Message, cujo nome original era Gospel
Herald, direcionada para os negros da América do Norte, comemora 100 anos. No Batismo da
Primavera 26.720 juvenis e jovens uniram-se à IASD na América do Sul. Inaugurada, na
Universidade Andrews, a escultura em homenagem a seu patrono, John N. Andrews.
1999 – Centenário de Fridensau, Alemanha, primeiro colégio fundado na Europa. 150 anos do
Ministério de Publicações (1849-1999). 40 mil pessoas se uniram à IASD como resultado da Net
98. A Aviação Mundial Adventista prepara aeronave para atuar em Roraima (fronteira entre
Brasil, Guiana e Venezuela). Pastor Adventista na Inglaterra é escolhido como pregador do
ano.

HISTÓRIA NA AMÉRICA DO SUL

A estrutura organizacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia desenvolveu de forma


progressiva. Em uma das reuniões da Assembleia da Associação Geral da IASD, realizada em
1913, foram criadas as divisões, a saber, subdivisões do campo mundial onde a Igreja possui
representação de membros. A Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia (DSA)
é uma unidade administrativa da Associação Geral da IASD, fundada em 1916. Atualmente,
compreende o território ocupado por oito países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador,
Paraguai, Peru e Uruguai. A história de suas origens se desenvolve a partir da seguinte
cronologia. O ano de 1890 marca a chegada dos Adventistas do Sétimo Dia à América do Sul.
Nesse período, a mensagem adventista se espalhou por meio de missionários vindos da
América do Norte. Dentre eles se destaca o casal Jorge e María Riffel que aceitou a mensagem
adventista em 1888 nos Estados Unidos. Convictos de que deveriam partilhar sua nova fé com
os amigos na Argentina, os Riffels convenceram três famílias germânicas a se mudarem com
eles para a província de Entre Rios em 1890. Em 10 de dezembro 1891, chegaram os primeiros
missionários Elwin W. Snyder, Albert B. Stauffer e Clair A. Nowling, os quais deram início ao
programa de distribuição de literatura nesse continente e promoveram de forma significativa o
avanço da mensagem adventista nesta região. O interesse pela mensagem adventista cresceu
e se espalhou pelos demais países do continente, mas devido às emergentes necessidades
Jorge Riffel apelou aos líderes da Igreja Adventista mundial para enviarem um pastor.

Argentina

Dessa forma, em 18 de agosto de 1894 Frank. H. Westphal chegou com sua família para
trabalhar no território que futuramente se tornaria a Divisão Sul-Americana. Em 09 de
setembro de 1894, o pastor Westphal organizou a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em
Crespo, Argentina. A partir de então, a mensagem adventista foi sendo disseminada
progressivamente. Frank Henry
Westphal e sua família

Pastor
J. W. Westphal batizando várias pessoas em En-Rios, Argentina

Brasil

Por meio da distribuição de literaturas o conhecimento da mensagem adventista cruzou


fronteiras e em 11 de junho de 1896 foi fundada a primeira igreja adventista em solo
brasileiro, no distrito de Gaspar Alto, SC, a qual também foi organizada pelo Pr. Westphal.
Igreja de Gaspar Alto, SC, ocasião da Segunda Conferência do Estado, por volta de 1906

Chile

No Chile, o casal adventista francês Dessignet imigrou para o país em 1885 a fim de pregar a
mensagem do advento. Mas foi com o trabalho de Clair A. Nowlen, F. W. Bishop e Thomas H.
Davis, a partir de 1894, que o estabelecimento da Igreja Adventista no Chile teve maior
avanço. G. H. Baber foi o primeiro pastor adventista a chegar ao Chile em 1895, e na cidade de
Iquique (Santiago) foi fundada a primeira igreja no país.

G. H. Baber e família, 1899

Paraguai

A mensagem adventista chegou ao Paraguai por meio de folhetos e revistas enviados da


Argentina e Uruguai. Em 1900, os líderes da IASD enviaram Elwin e Estelle Snyder para
organizar o trabalho. Em 18 de setembro de 1903, o pastor John McCarthy batizou oito
pessoas em Encarnación e ao final deste ano foi organizada a primeira igreja do Paraguai com
14 membros.

Uruguai

Por volta de 1892, Albert B. Stauffer introduziu a mensagem adventista no Uruguai por meio
de literaturas e do evangelismo na colônia suíço-alemã de Nueva Helvecia. Após conferências
públicas do pastor F.L. Perry foi organizada uma igreja em Montevideo em 1912.
Peru

O primeiro adventista a chegar ao Peru foi um carpinteiro chileno que se mudou para o país
em 1898. Em 1904 foram batizadas sete pessoas. E no ano seguinte com a chegada de F.L.
Perry a IASD começou a ser organizada. Em 1907, foi organizada a primeira igreja do Peru com
17 membros.

Equador

Em 1904 Thomas H. Davis ao voltar de uma viagem aos EUA, desembarcou no Equador
iniciando assim a história da mensagem do advento naquele país. Santiago Mangold veio da
Argentina em 1911 fundou um grupo na província de Oro e deu os primeiros passos para a
organização da IASD no Equador.

Bolívia

A Bolívia foi um dos últimos territórios a se estabelecer a obra da IASD. Como noutros países a
distribuição de literaturas exerceu um papel fundamental no processo de difusão da
mensagem adventista. Juan S. Pereira foi o missionário pioneiro. Recém-convertido ao
adventismo, chegou ao país em meados 1897, tendo como primeiro converso o Dr. J. Suárez
Miranda, juiz que o livrou da condenação à morte por causa de suas crenças.

A chegada do Adventismo ao Brasil

Há 110 anos era organizada a primeira igreja adventista no Brasil

Corria o ano de 1884. Um jovem alemão conhecido como Borchardt, residente em Brusque,
Santa Catarina, envolve-se em uma briga, ferindo gravemente seu oponente. Com medo da
polícia, resolve fugir em direção ao Porto de Itajaí. Lá chegando, embarca clandestinamente
em um navio que rumava para a Alemanha. Numa das escalas, acaba conhecendo dois
missionários adventistas que lhe perguntam se conhece algum protestante no Brasil. Meio
desconfiado, Borchardt responde que seu padrasto, Carlos Dreefke, é luterano. Os
missionários pedem-lhe o endereço de Dreefke, deixando claro que o único interesse deles é
enviar literatura religiosa para o Brasil.

Alguns meses depois, um pacote contendo revistas adventistas em alemão chega à Colônia de
Brusque, endereçado a Carlos Dreefke e com selo de Battle Creek, Estados Unidos. A
encomenda é aberta na casa comercial de Davi Hort, um típico casarão colonial de dois
pavimentos, distante oito quilômetros do atual centro de Brusque. Dreefke, ainda meio
desconfiado, toma para si uma das revistas, com inscrição de capa A Voz da Verdade, e
distribui as outras nove para seus amigos que ali estavam.

Com o tempo, algumas famílias demonstraram interesse por aquelas publicações que falavam,
dentre outras coisas, na segunda vinda de Cristo, num estilo de vida mais saudável e na
importância de se reservar o sábado para atividades de cunho religioso. Continuaram a pedir
mais literatura, usando o nome do Sr. Dreefke que, com medo de que algum dia lhe
mandassem a conta de todas as revistas, acabou cancelando os pedidos futuros.

A frustração foi geral. Quem poderia assumir agora a responsabilidade pelas revistas? Um
polonês de nome Chikiwidowski chegou a se responsabilizar pelos pedidos, mas seu
entusiasmo durou pouco. Foi então que uma terceira pessoa entrou na história: Frederich
Dressler.

Dressler era filho de um pastor luterano, na Alemanha. Foi expulso de seu país por ser
alcoólatra. Aproveitando as correntes migratórias para o Brasil, veio parar em Brusque.
Trabalhou como professor, mas toda a sua renda era gasta em bebida. Quando Dressler ouviu
falar das tais revistas adventistas que eram enviadas de graça, resolveu fazer um pedido, com
a intenção de vendê-las para alimentar o vício que o destruía.

As revistas (como a Hausfreund, “Amigos do Lar”) chegaram e, com elas, alguns livros. Entre
eles, um muito especial: o Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith. Após a leitura
desse livro, Guilherme Belz se tornaria – anos mais tarde – o primeiro no Brasil a reconhecer o
sábado como dia de descanso, através da literatura adventista.

Em certas ocasiões, enquanto Dressler caminhava pelas ruas em busca de compradores, os


folhetos caíam-lhe das mãos trêmulas. Como não havia muito papel espalhado pelo chão
naquela época, as pessoas, curiosas, apanhavam os folhetos e os liam. Sem saber, Dressler
prestou grande contribuição à causa adventista que ensaiava seus primeiros passos em terras
brasileiras.

A Sociedade Internacional de Tratados dos Estados Unidos enviou centenas de dólares em


literatura, que Dressler transformou em cachaça. Na venda de Davi Hort, Dressler trocava as
revistas e folhetos por bebida. O Sr. Davi as usava como papel de embrulho. E foi dessa forma
que a mensagem adventista conseguiu se espalhar mais e mais, como folhas de outono,
alcançando famílias e corações nos quais a semente do evangelho começava a germinar.

** O PRIMEIRO CONVERSO NO BRASIL -

Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se
na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa
ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial em uma das
mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso
deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este
havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler – livro que “coincidentemente”
tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto.

O Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith, também estava escrito em alemão. Ao
tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no
capítulo intitulado “O Papado Muda o Dia de Repouso”. Este título fez Belz recordar sua
juventude na Alemanha.

Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a Bíblia, mas algo o intrigava:
“Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que guardamos o domingo?” Sua mãe
Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a resposta teve de aguardar muitos
anos.

Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro –
segurando-o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele
investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua
Bíblia. Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos
e tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à
literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região. Pouco
tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar.

Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o
missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer
espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades.
Assim, os primeiros interessados na mensagem adventista, em São Paulo, foram surgindo. O
mesmo aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários livros O Grande
Conflito.

Os adventistas que, em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na volta
de Jesus estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que, já há
alguns anos, professavam a mesma fé.

Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: William Henry Thurston.
Acompanhado da esposa Florence, Thurston veio dos Estados Unidos com a missão de
estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos
missionários no Brasil. Com ele vieram duas grandes caixas de livros e revistas impressos em
inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português,
pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.

Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios oceânicos, outros
nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de
burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.
** O PRIMEIRO PASTOR ADVENTISTA A VISITAR O BRASIL

O mesmo navio – Magdalena – que trouxe o casal Thurston ao Brasil levou o Pastor Frank
Henry Westphal para a Argentina. Eram poucos os primeiros representantes da Igreja
Adventista no continente sul-americano, na época. No final de 1894, num território de
15.500.000 quilômetros quadrados, somente dez homens se dedicavam à proclamação da fé
adventista, oralmente ou por escrito. Um deles era o Pastor Westphal, os outros eram os
colportores-missionários. Mas, em apenas cinco anos, os vinte já eram duzentos!

Neste mesmo ano – 1894 – o missionário Albert Bachmeyer chegou ao Estado de Santa
Catarina. Grande foi sua alegria quando, ao oferecer seus livros a uma família em Brusque,
descobriu que havia adventistas ali. Imediatamente, transmitiu a boa notícia a Thurston que,
por sua vez, escreveu informando o Pastor Westphal, na Argentina.

Westphal foi o primeiro ministro adventista enviado para servir na América do Sul. Ordenado
ao ministério em 1883, em Michigan, dedicou-se à missão urbana de Milwaukee e lecionou
História no Departamento Alemão do Union College. Em 1894 foi chamado para servir no
continente sul-americano.

Em fevereiro de 1895, o Pastor Westphal desembarcou no Rio de Janeiro, onde o esperavam o


casal Thurston e o colportor A. B. Stauffer. Acompanhado por Stauffer, o Pastor Westphal
seguiu primeiro para o interior de São Paulo, para batizar os primeiros conversos naquele
Estado. Guilherme Stein Jr. foi o primeiro adventista brasileiro a ser batizado, numa manhã de
abril do ano de 1895. Seu batismo foi realizado no rio Piracicaba, que na língua indígena
significa colheita de peixes. Stein Jr. desempenhou papel importante na Obra Adventista do
Brasil como missionário, evangelista, professor, administrador, redator e editor.

No dia 30 de maio de 1895, o Pr. Westphal chega em Brusque, e lá encontra os primeiros


grupos de conversos ao adventismo, no Brasil. Emocionados, os novos conversos ouviram pela
primeira vez a pregação de um ministro adventista. Em oito de junho de 1895, foi realizado o
primeiro batismo de oito pessoas no rio Itajaí-Mirim, uns cinco ou seis quilômetros acima da
Vila de Brusque. Três dias depois, o Pastor Westphal realizou o segundo batismo, em Gaspar
Alto. Naquele dia, mais 14 pessoas foram batizadas. Com esse grupo de conversos
catarinenses foi organizada a primeira congregação adventista do sétimo dia no Brasil, tendo
como primeiro-ancião Augusto Olm e diácono, Guilherme Belz (no ano seguinte, 1896, foi
construído o primeiro templo em Gaspar Alto).

Em 14 de dezembro de 1895, foi realizado o primeiro batismo adventista no Estado do Espírito


Santo. Na ocasião, 23 pessoas foram batizadas, tornando-se membros da Igreja Adventista do
Sétimo Dia.

Poucos anos depois, grupos de conversos adventistas já realizavam a Escola Sabatina em


Campos dos Quevedos e Taquari (RS), Brusque e Joinville (SC), Curitiba (PR), Rio Claro e
Indaiatuba (SP), Santa Maria (ES) e Teófilo Otoni (MG). O árduo trabalho dos missionários
pioneiros prosperava, e mais e mais pessoas eram salvas para o Reino de Deus. Daquele
humilde início, com algumas dezenas de conversos espalhados aqui e ali, hoje a Igreja
Adventista do Sétimo Dia pode louvar a Deus pelo seu rápido crescimento. Dos dez milhões de
membros que a igreja tem no planeta, mais de um milhão estão no Brasil, o que o torna o país
com a maior presença adventista no mundo.

Nossa missão hoje não é menos importante que a iniciada pelos pioneiros, com esforço e
muita dedicação. Eles prepararam o caminho e espalharam a preciosa semente da verdade.
Cabe a nós terminar a colheita para que Cristo volte logo e encerre nossa peregrinação.
Maranata!

Desenvolvimento Cronológico Resumido da Obra Adventista no Brasil

1884 – O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade, em alemão, chega a Brusque, SC.

1890 – Surgem os primeiros observadores do sábado em Gaspar Alto, SC. Guilherme Belz é o
pioneiro.

1893 – Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Associação Geral, chega
ao País.

1894 – (1) Albert Bachmeier encontra observadores do sábado em Brusque e em Gaspar Alto;
(2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela
cidade um depósito de livros .

1895 – (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por
Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a
cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho; (2) No mesmo mês, a primeira igreja adventista
do Brasil é organizada em Gaspar Alto; (3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil
para colportar; (4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o
batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo; (5) É criada a Missão Brasileira da IASD

1896 – (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2)
Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola
particular adventista.

1900 – (1) Além da escola paroquial já existente em Gaspar Alto, começa a funcionar a escola
missionária, sob a direção do Pastor John Lipke; (2) Começa a ser publicada a revista O Arauto
da Verdade, em português, mas ainda em tipografia secular. Guilherme Stein foi seu primeiro
editor.

1903 – Em agosto, o Colégio Superior de Gaspar Alto é transferido para Taquari, RS. A escola
paroquial da igreja de Gaspar Alto, entretanto, continuou funcionando.

1904 – (1) O Pastor Ernesto Schwantes visita o comerciante José Lourenço Mendes, em Santo
Antônio da Patrulha, RS. Surgem as igrejas de Campestre e Rolante e inicia-se a transição do
adventismo das colônias alemãs para todo o Brasil; (2) Pastor Lipke consegue, nos EUA, a
doação de um prelo para o Brasil.

1905 – O prelo é montado no colégio de Taquari, RS. A Sociedade Internacional de Tratados no


Brasil (embrião da Casa Publicadora Brasileira) inicia suas atividades gráficas.
1907 – A Casa Publicadora Brasileira (então conhecida como Tipografia Adventista de Taquari)
é transferida de Taquari para São Bernardo do Campo, São Paulo.

1911 – (1) José Amador dos Reis, da igreja de Rolante, ingressa na colportagem, passando
depois à obra bíblica, na qual foi ordenado ao ministério, tornando-se o primeiro pastor
adventista brasileiro ordenado (em 1920); (2) É organizada a União Brasileira, com sete
campos, 68 igrejas e 1.550 membros.

História Organizacional da UCOB

A União Centro-Oeste Brasileira teve início em 21 de outubro de 2004, por ocasião da


Assembleia de Criação e Organização dessa unidade administrativa. Até o momento, as
atividades da igreja na região eram geridas da seguinte forma: a Associação Sul Mato-
Grossense pertencia à União Sul Brasileira, com sede em Curitiba, estado do Paraná; a
Associação Brasil Central, juntamente com a Associação Planalto Central e a Missão Mato-
Grossense, eram dirigidas pela União Central Brasileira, com sede no estado de São Paulo; e o
estado do Tocantins, assim como o Distrito Federal e parte do estado de Goiás, estavam sob os
cuidados da Associação Planalto Central.18

Alguns fatores foram fundamentais para a criação de uma nova união. O primeiro ponto foi o
alto crescimento de membros na Divisão Sul-Americana, que, com a bênção e orientação de
Deus, atingiu 78,8% em oito anos (de 1.271.341 membros, em 1995, para 2.273.215, em
2003). Além disso, o estabelecimento de nove novos campos (missões/associações) no Brasil,
desde 1996, e a previsão da formação de mais um campo em 2004, foram outros dois fatores
considerados.19

Algumas reflexões foram essenciais para esclarecer quaisquer dúvidas quanto à necessidade
de constituição de uma nova união. Primeiro, o desafio de expandir o evangelho nas grandes
cidades – especialmente em São Paulo. Em segundo lugar, o propósito da Missão Global de
alcançar áreas onde ainda não havia presença adventista. E, por fim, a necessidade de atender
melhor os membros, principalmente na Missão Mato-Grossense, no estado do Tocantins
e na Associação Planalto Central.20

Com base nessas realidades, a Associação Geral nomeou uma comissão avaliativa, que se
reuniu em 26 de fevereiro de 2004, com a intenção de estudar a viabilidade de redistribuir o
território das uniões Central e Sul brasileiras antes da criação de uma nova união. Após os
estudos demonstrarem a viabilidade desse plano, a comissão avaliativa chegou a uma decisão
favorável, recomendando o estabelecimento de uma Comissão de Transição. Essa equipe teve
a tarefa de cuidar dos detalhes inerentes à criação da nova instituição, que se
chamaria União Centro-Oeste Brasileira.21

Assim, em 8 de março de 2004, foi votado aceitar a UCOB como parte da comunidade das
Uniões da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como seu primeiro presidente, foi eleito o Pastor
Helder Roger Cavalcanti Silva, que permaneceu no cargo de 2004 a 2015. Como secretário e
tesoureiro, foi eleito o Pastor Jairo César Silva dos Anjos. A partir de janeiro de 2005, a UCOB
assumiu a responsabilidade pela liderança dos pastores, obreiros e missionários, bem como o
compromisso empregatício pelos servidores com os respectivos encargos trabalhistas, fiscais,
previdenciários e fundiários sob sua gestão.22

O território inicial dessa nova unidade administrativa abrangia os estados de Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal, que eram compostas pelas
associações Brasil Central, Planalto Central, Sul Mato-Grossense e pela Missão Mato-
Grossense. Além destas, a União também passou a administrar o Hospital Adventista do
Pênfigo e o Instituto Adventista Brasil Central. Em seu início, a União Centro-Oeste Brasileira
tinha 396 igrejas, 124 distritos pastorais e 93.712 membros, em um contexto populacional
estimado de 14.040.734 habitantes – cerca de um adventista para cada 149 habitantes.23 O
endereço da sede permanece o mesmo desde a fundação em 2004.

A UCOB é composta por diferentes departamentos em prol do avanço do trabalho


missionário. Ao todo, são 16 departamentos em sua estrutura funcional: Educação, Liberdade
Religiosa, Ministério da Criança e do Adolescente, Ministério Jovem, Desbravadores,
Aventureiros, Pequenos Grupos, Saúde, Escola Sabatina, Ministério Pessoal, Ministério da
Mulher, Área Feminina da Associação Ministerial (AFAM), Evangelismo, Mordomia,
Publicações e Espírito de Profecia.24 Todas essas áreas já foram dirigidas por líderes diligentes
que contribuíram para a disseminação da mensagem adventista, engajando-se em cada um
dos ministérios sob sua responsabilidade.

Desde o início de suas atividades, a equipe de servidores da União Centro-Oeste Brasileira tem
se empenhado na promoção de programas missionários liderados pela Divisão Sul-
Americana. Três bons exemplos são a Missão Calebe, 25 Quebrando o Silêncio26 e Impacto
Esperança.27 Nos primeiros cinco anos de existência organizacional da UCOB, pelo menos 3.077
ações da campanha Quebrando o Silêncio foram realizadas em todo o seu território.28 No
segundo período de cinco anos, cerca de 13 mil jovens dedicaram suas férias para participar do
projeto da Missão Calebe.29 E, no mesmo período de cinco anos, 8.300.232 livros foram
distribuídos por meio do projeto Impacto Esperança.30

O desafio de abrir uma instituição no interior do país era grande, principalmente em uma
região com baixa densidade populacional e área equivalente a 1/4 do território nacional. Para
que a União fosse bem-sucedida, era preciso planejamento e estratégia. O principal objetivo
era consolidar a liderança local, com diversos investimentos no treinamento de líderes. O
intuito era promover uma visão mais ampla da igreja, uma vez que a região tinha acesso
limitado a grandes projetos e líderes (que estavam localizadas no centro de São Paulo, bem
como na região sul do país). Como resultado, uma geração de jovens líderes treinados na
UCOB hoje serve a igreja em várias partes da DSA. Como exemplo, um novo campo foi
formado – a Missão Tocantins – para servir uma região muito desafiadora, onde a igreja
precisava se desenvolver.31

Porém, era preciso não apenas formar líderes, mas também investir na estrutura. Nesse
sentido, outro grande investimento foi feito em benefício da estrutura física de igrejas e
instituições locais, como a aquisição de novos terrenos, ampliações e fortalecimento de locais
estratégicos. Também foi criado um projeto de igreja modelo, o que ajudou várias igrejas a
realizar obras e reformas relevantes a um custo baixo. Esse modelo foi compartilhado por
muitas outras instituições da igreja em todo o Brasil.32

Em sua jornada recente, mas intensa, a União Centro-Oeste Brasileira teve que fazer alguns
ajustes para fortalecer ainda mais algumas instituições já consolidadas. Em seguida, a
Educação Adventista no território foi reestruturada e, no processo, surgiu a necessidade de
fechar algumas unidades escolares que não estavam em condições de funcionamento. Por
outro lado, outras unidades, que estavam bem-posicionadas, foram fortalecidas. As decisões
tomadas contribuíram para dobrar o número de alunos da Rede Adventista em poucos anos,
além de cooperar para o desenvolvimento de escolas de referência no território da UCOB
(como o Instituto Adventista Brasil Central, um dos internatos de ensino médio bem
estabelecidos no território da DSA).33

Porém, não foi apenas na educação que várias mudanças foram percebidas. A obra de
publicações foi reestruturada e centralizada no Serviço Educacional Lar e Saúde (SELS). Essa
mudança proporcionou um ganho significativo na eficiência da gestão. Assim, foi possível dar
mais apoio aos colportores e estudantes que, juntos, fazem da SELS um departamento
eficiente da UCOB.34

Ao refletir sobre as experiências ao longo da trajetória da União Centro-Oeste Brasileira, foi


possível extrair lições importantes para o crescimento e desenvolvimento da igreja. Entre
esses aprendizados estão: a importância de investir nos líderes locais, com foco no
desenvolvimento sustentável e na busca pela conquista de novos horizontes.35

Quanto aos desafios que a UCOB enfrenta atualmente, cabe destacar a vasta extensão de seu
território, que envolve as diversas peculiaridades que caracterizam os diferentes lugares
do Brasil. Como já foi reconhecido, crescer de forma abrangente em um contexto tão diverso é
o maior desafio, pois há uma centena de cidades que ainda não foram alcançadas pelo
evangelho. Para alcançar esse objetivo, a igreja tem procurado se tornar relevante para as
novas gerações a fim de envolvê-las na missão.36

Considerando que a rápida secularização dos dias atuais desafia o espírito missionário da
igreja, a abertura de novos campos possibilita melhor cuidado e treinamento dos membros
no território da união, favorecendo o trabalho que ainda resta ser feito. As instituições da
UCOB, tais como o Hospital Adventista do Pênfigo, buscam encontrar uma forma viável de
continuar crescendo para cumprir a missão em meio a demandas cada vez mais desafiadoras.37

Para obter a vitória frente aos grandes desafios apresentados, a liderança da UCOB entende
que é necessário continuar formando líderes, pois é de suma importância fortalecer as
estruturas básicas da igreja, como a Escola Sabatina e o Ministério Pessoal. É necessário
também manter sempre aberta a possibilidade de diálogo com as novas gerações e estar
atentos para aproveitar as oportunidades de colocar a missão em seus corações de diferentes
maneiras.38

Para tanto, a UCOB tem procurado estabelecer mais estruturas missionárias por meio de
agências de missão instaladas em cada escola do seu território. Além disso, foi criado o
Instituto de Missão UCOB, que visa treinar missionários tanto para o serviço local quanto para
o serviço em terras distantes, além de buscar parcerias que possibilitem oportunidades
missionárias para os membros da igreja – tudo isso para promover a missão em todas as suas
frentes. Para que essa geração de missionários seja formada, entende-se que é necessário
continuar fortalecendo a visão bíblica do discipulado.39

A nível organizacional, muitos esforços estão sendo feitos para reorganizar, a curto e médio
prazos, dois dos maiores campos da UCOB, através da criação de novas unidades
administrativas. Além disso, um fundo foi criado para a abertura de novas escolas adventistas,
e investimento contínuo tem sido feito em projetos missionários que mantêm os membros e
líderes conectados com as iniciativas missionárias da igreja na Divisão Sul-Americana.40
Desde a formação da UCOB, suas equipes de líderes têm trabalhado para divulgar e
aprofundar o discipulado bíblico relacional. O discipulado relacional é definido como aquele
em que o indivíduo é um verdadeiro amigo de Cristo e um verdadeiro amigo da comunidade
em que vive. O discipulado não é um fim em si mesmo. Precisa ser vivido em
comunidade. Nessa perspectiva, é somente quando o indivíduo aprende a amar seu próximo –
a ponto de renunciar a seus próprios interesses para atender a um amigo – que ele pode
entender o verdadeiro significado do evangelho. Ancorada nessa visão bíblica de discipulado
relacional, a missão da UCOB é “fazer discípulos por meio da união, relacionamento e missão”,
tendo essas três últimas palavras como premissas orientadoras do discipulado na União.41

Nessas palavras geradoras de ação, a primeira premissa é governada pela visão bíblica do
discipulado e está completamente ligada ao relacionamento de cada pessoa com Deus. Ao se
tornar um verdadeiro amigo de Jesus, também é mais fácil se tornar um imitador Dele. Esse é
o primeiro passo para ser um verdadeiro cristão, e isso só pode ser alcançado por meio da
oração e da leitura da palavra de Deus, com o auxílio do estudo da lição da Escola Sabatina e
da orientação do Espírito de Profecia.42

A segunda premissa diz respeito ao relacionamento entre os membros. O objetivo é que todos
vivam em pequenas comunidades de amor, abrindo suas casas para receber os vizinhos e
amigos, tornando-os uma referência para o amor de Deus. O alcance desse objetivo nas igrejas
locais pode ser medido através do crescimento do número de Pequenos Grupos
(PGs)43 estruturados em rede, com líderes, supervisores e coordenadores de cada PG
devidamente constituídos.44

A terceira premissa indica o que os discípulos de Cristo fazem com o evangelho que
recebem. Cada membro deve estar pessoalmente envolvido em salvar alguém. O foco desse
ponto não é trazer as pessoas apenas para a igreja em sua forma de templo, mas para a vida
de seus membros e, por meio disso, levá-los a Cristo. O nível de envolvimento nessa causa
pode ser visto por meio da proporção entre o número de batismos e o número de membros
envolvidos.45

Uma questão desafiadora para a vivência de tais premissas está relacionada às pessoas que já
foram alcançadas pelo evangelho e àquelas que ainda precisam ser. De acordo com dados
coletados por meio do sistema de secretaria (ACMS – Adventist Church Management System –
2015 e 2016) da UCOB, a maioria das pessoas que vêm para a igreja está na faixa etária de 8-
30 anos, e a maioria das que saem estão na mesma faixa etária. Portanto, o objetivo é ter uma
igreja que faça discípulos nas novas gerações e os mantenha dentro da igreja.46

Para tanto, três etapas são consideradas fundamentais nos esforços da UCOB. A primeira que
os pais discipulem seus filhos. O discipulado começa em casa e, para tanto, antes de trabalhar
com os filhos, a igreja precisa capacitar os pais para iniciar esse processo desde cedo com seus
pequenos. O segundo passo é incutir a missão no coração dos jovens. Atualmente, diversos
programas de voluntariado para jovens são desenvolvidos e apoiados pela igreja, tais como:
Um Ano em Missão,47 Geração 148,48 entre outros. Esses programas levam os participantes a
doar seu tempo para outras pessoas, seja na comunidade em que vivem, em uma cidade
distante ou até mesmo em um país com uma cultura completamente diferente.

O terceiro passo é ser uma igreja relevante para as novas gerações. Para o jovem se tornar a
igreja onde quer que esteja, ele deve primeiro se identificar com ela. Portanto, a ideia é que
todas as igrejas da UCOB possam receber os jovens e “conversar” com eles do início ao fim do
culto, falando a sua língua, seja através da liturgia, dos hinos escolhidos para o louvor, da
pregação, ou da maneira como são cuidados. Quando se sentirem identificados e
representados por essa igreja, ela será a sua bandeira. Não será apenas um lugar onde eles se
reunirão, mas fará parte de seu estilo de vida.

Buscando o cumprimento da segunda etapa, que é incutir a missão no coração dos jovens, a
UCOB realizou um evento em 2019 denominado Together, que foi uma missão e uma
experiência de voluntariado. A programação envolveu palestras, seminários, workshops, feiras,
espaços maker, missões urbanas, instalações interativas, entre outras atividades. Juntos, o
objetivo foi promover o espírito de missão e voluntariado em todos os participantes. O
público-alvo foram adolescentes de 13 a 15 anos e jovens de 16 a 35 anos da região da UCOB.49

Uma breve comparação entre os dados estatísticos do período de 2004 até o presente pode
exemplificar bem como a missão da igreja na região centro-oeste do Brasil tem sido cumprida,
após a fundação da UCOB. Conforme mencionado anteriormente, no início de suas atividades,
a equipe de colaboradores dessa união atendia cerca de 93.712 membros, distribuídos em
aproximadamente 396 congregações. Naquela época, havia cerca de um adventista para cada
149 habitantes na região.50 Por volta de cinco anos depois, em 31 de outubro de 2009, esse
número já havia sido reduzido para cerca de um adventista por 141 habitantes,51 e já havia 495
igrejas e 599 grupos organizados.52

Entre 2010 e 2014, 39.392 novos membros foram batizados nas igrejas UCOB. Assim, ao final
desse período, já eram 109.803 membros, distribuídos entre 1.328
congregações.53 Posteriormente, em junho de 2018, o número de membros já ultrapassava a
marca de 126.120 pessoas, e o número de congregações já era de 712 (número que se refere
apenas às igrejas organizadas, exceto grupos). A proporção adventista/habitante na região era
de aproximadamente um adventista para cada 127 habitantes. Esforços continuarão sendo
empreendidos para o progresso da missão.

Mison

Origem da Obra Adventista no Território da Missão A obra adventista começou em Mato


Grosso por volta de 1920, quando o território foi incorporado ao do Mato Grosso do Sul para
formar um único estado. Os colportores Antônio Souza e Egídio Machado chegaram
inicialmente ao sul do estado. Em novembro de 1920, Max Rohde, acompanhado de Antônio
Souza, visitou a cidade de Entre Rios, onde organizou a primeira Escola Sabatina com dez
membros. Rohde também encontrou um grupo de observadores do sábado em um lugar “no
meio de uma enorme mata virgem” na região, onde organizou outra classe da Escola Sabatina
com 20 membros. 4 5 Em 1921, Rohde visitou a cidade de Ponta Porã, na divisa com o
Paraguai, no atual território mato-grossense. Ali conheceu o casal Israel e Castorina do Amaral,
que conheceram a Igreja Adventista enquanto moravam na Argentina. Rohde realizou reuniões
de estudo da Bíblia em Ponta Porã e, em 29 de maio de 1921, realizou um dos primeiros
batismos registrados no território. No mesmo ano, a Missão Mato-Grossense foi estabelecida,
tendo Rohde como presidente e único ministro licenciado. A sede da missão estava localizada
na cidade de Campo Grande. O trabalho incansável de Rohde em prol da missão adventista
acabou prejudicando sua saúde, o que o obrigou a se aposentar em 1927. Ele permaneceu
como líder da Missão Mato-Grossense até 1929. Durante 1930, a missão ficou sem diretor, até
que Elmer H. Wilcox, então presidente da União Sul Brasileira, assumiu-a em 1931. 6 7 8 9 10
Em meio a mudanças administrativas, o trabalho evangelístico não parou em Mato Grosso. No
início da década de 1930, Longino Niz chegou a Cuiabá para colportar. Em maio de 1933, havia
vendido mais de “dez contos de réis em literatura” (cerca de 3.250,00 dólares) em materiais.
Naquela época, Niz atendia uma população de aproximadamente 18 mil habitantes em Cuiabá
e cidades próximas, como Poconé. Em julho de 1934, graças ao trabalho do colportor, Cuiabá
já tinha quatro classes de Escola Sabatina organizadas e dez pessoas prontas para o batismo.
11 12 13 14 15 Em 1934, a União Sul Brasileira enviou Alfredo Méier para trabalhar na Missão
Mato-Grossense. Em 1936, Méier assumiu a presidência da missão, ainda com sede em Campo
Grande. A Missão Mato-Grossense realizou sua primeira conferência geral nos dias 18 a 22 de
julho de 1934. O Pastor E. H. Wilcox batizou três pessoas em Cuiabá dias antes da conferência
e outras cinco na cidade de Poconé. 16 17 18 O avanço da obra e das conferências realizadas
em 1938 e 1939 possibilitou a inauguração da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Cuiabá no
início do ano de 1941. No mesmo ano, José R. dos Passos aceitou a liderança da Missão Mato-
Grossense e passou a concentrar esforços na evangelização da região norte do estado. Até
então, a missão tinha apenas quatro igrejas organizadas, sete grupos e 174 membros
batizados. Em 1943, o número de adventistas em todo o estado de Mato Grosso aumentou
para 225. 19 20 21 Não há registro de quando a mensagem adventista chegou oficialmente à
cidade de Várzea Grande. No entanto, em setembro de 1942, a Revista Adventista relatou que
havia um grupo de 45 a 60 participantes regulares nos cultos de sábado e quinta-feira na
cidade. Em fevereiro de 1943, Oscar dos Reis informou que havia 56 pessoas matriculadas na
Escola Sabatina, e nove pessoas haviam sido batizadas. 22 23 A Igreja nessa região tinha
grandes preocupações quanto à educação. A missão forneceu um professor para Várzea
Grande, que ministrou o curso primário de admissão. Foi o início da escola adventista da
cidade, que se tornou o Colégio Adventista de Várzea Grande, como é conhecido hoje. As aulas
da nova escola começaram em 15 de março de 1943, sob a direção de Rubens Ségre Ferreira,
oferecendo as quatro séries do ensino fundamental e o curso de admissão ao ginásio. Em
agosto de 1943, a escola tinha 45 alunos matriculados em ambos os cursos. 24 25 Com a
fundação do Colégio Adventista de Várzea Grande, considerado o primeiro colégio adventista
no território, a obra adventista em Mato Grosso começou a crescer. Em 1945, o estado tinha
260 membros; em 1950, o número de membros havia chegado a 299. Diante de uma
população aproximadamente 520 mil habitantes, o número de adventistas no estado chegou a
529 em 1955. A obra evangelística também avançou na cidade de Cuiabá, que registrou 59
batismos em março de 1958, após uma grande série de reuniões evangelísticas iniciadas em
abril de 1957. Devido a esses esforços, em 1960 a Igreja Adventista no território tinha 1.272
membros. 26 27 28 29 30 Na década de 1960, a mensagem adventista alcançou municípios
mais distantes de Cuiabá e Campo Grande, como Barra do Bugres. Em 1966, as famílias
adventistas de Antônio Ambrósio Filho e Luciano Pereira da Silva mudaram-se da cidade de
Pereira Barreto, no estado de São Paulo, para Barra do Bugres, no Mato Grosso,
estabelecendo-se na fazenda Córrego Vermelhinho. No ano seguinte, outras famílias
adventistas chegaram e fortaleceram o pequeno grupo de adventistas na cidade, que recebeu
assistência do Pastor Enéas Simon.31 Entre 1969 e 1975, o grupo de Barra do Bugres se reunia
na garagem da casa de Tiburtino Pereira, e aos poucos o número de membros foi crescendo,
resultando em batismos. O espaço ficou muito pequeno e, em 1975, a Prefeitura de Barra do
Bugres doou um terreno na área urbana para a construção de uma igreja. Porém, o terreno foi
vendido e com o dinheiro o grupo adquiriu uma propriedade ainda maior em outro local. No
mesmo ano, o grupo de adventistas foi oficialmente organizado em uma igreja durante um
culto especial com a presença de Elias Lombardi, presidente da Missão Mato-Grossense.32 Na
cidade de Tangará da Serra, a mensagem adventista chegou por meio de um homem chamado
José Joaquim Nascimento em novembro de 1969. Na época, funcionava em sua casa uma
classe de Escola Sabatina cujos primeiros integrantes eram migrantes das cidades de Paranavaí
e Tamboara, no estado do Paraná. Em 1977, essa classe tinha 253 membros. Um ano antes, a
cidade havia sediado um congresso de educação e mordomia, onde foi abordada a
necessidade de construir uma escola cristã. O Colégio Adventista de Tangará da Serra, no
entanto, não foi inaugurado até 19 de fevereiro de 2019, matriculando apenas alunos do
jardim de infância e primeira série. 33 34 No final da década de 1970, um importante evento
político contribuiu para a expansão da Igreja Adventista no território. Em 1977, o presidente
do Brasil, Ernesto Geisel, assinou a Lei Complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977, que
dividia o grande estado em Mato Grosso, com capital em Cuiabá, e Mato Grosso do Sul, com
capital em Campo Grande. Na época, a sede da Missão Mato-Grossense ainda ficava em
Campo Grande, o que dificultava a gestão do vasto território que cobria os dois estados.
Portanto, em 1979, a administração da missão solicitou que a União Sul Brasileira (atual União
Central Brasileira) dividisse a Missão Mato-Grossense. 35 36 37 A divisão oficial do campo
ocorreu na décima sexta assembleia bienal da Missão Mato-Grossense, entre os dias 2 e 4 de
novembro de 1979, em Cuiabá. O território da nova Missão Mato-Grossense abrangeu todo o
estado de Mato Grosso, com sede em Cuiabá, enquanto a Missão Sul Mato-Grossense (atual
Associação Sul MatoGrossense) manteve o território de Mato Grosso do Sul, com sede em
Campo Grande. Para presidente da nova missão, o comitê diretivo da USB escolheu Antenor
Cruz da Costa. Jairo de Oliveira foi o secretário-tesoureiro. Em janeiro de 1980, o campo
contava com sete distritos pastorais (Barra do Garças, Cáceres, Cuiabá Central, Cuiabá Porto,
Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande), com 14 igrejas e 5.139 membros. 38 39 40 Nos anos
que se seguiram, o campo continuou a crescer. A primeira igreja da nova Missão Mato-
Grossense, Pedra Preta, foi inaugurada no município de Rondonópolis em 1980. Em julho de
1982, na segunda assembleia trienal da missão, foi relatado que, entre 1980 e 1981, 1.377
novos membros foram batizados, elevando o número total de membros para 6.352 adventistas
no estado de Mato Grosso, no final de 1981. No final do ano seguinte, a Missão Mato-
Grossense contava com 6.414 membros, divididos entre 20 igrejas nos bairros de Sinop, Porto,
Central de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças, Mirassol D'Oeste, Barra do
Bugres e Cáceres. 41 42 43 Em novembro de 1983, foi inaugurada a nova sede da Missão
Mato-Grossense, em Cuiabá, na Rua São Sebastião, n° 3682, no bairro Santa Helena. O novo
escritório contava com instalações modernas, como uma loja para o Serviço Educacional Lar e
Saúde (Sels) e apartamentos para obreiros. A inauguração da nova estrutura foi um reflexo do
constante crescimento da igreja, que em 1983 contava com 21 igrejas organizadas e 44 7.114
membros.45 A expansão da missão também envolveu a obra educacional. Em abril de 1985, as
oito escolas do território da Missão Mato-Grossense tinham cerca de 1.300 alunos
matriculados, enquanto a missão tinha um total de 27 igrejas com 8.936 membros. Em 1987, o
número de distritos pastorais aumentou de 15 para 19 em cidades como Nova Xavantina, Alta
Floresta e Peixoto de Azevedo. No mesmo ano, a Missão Mato-Grossense adquiriu um terreno
em Cuiabá, onde funcionaria a Clínica Adventista de Saúde. A construção da unidade de saúde
teve início em 21 de fevereiro de 1988, com inauguração prevista para 1993. 46 47 48 49 50 51
A década de 1990 representou novas oportunidades de crescimento para a Igreja Adventista
em Mato Grosso. O campo mato-grossense iniciou esse período com 40 igrejas e 12.453
membros, e a obra adventista se expandiu para outras cidades do oeste. Em Tangará da Serra,
por exemplo, embora um grupo se reunisse desde 1977, a construção da igreja da cidade
finalmente começou em agosto de 1991 com o lançamento da pedra fundamental. Naquele
mesmo mês, na cidade de Barra do Bugres, o Centro de Assistência Social Adventista (CASA)
tornou-se ativo, oferecendo cursos de tricô, crochê, pintura, costura e outras atividades
domésticas. Três pessoas já foram batizadas pelo trabalho do CASA. 52 53 Em novembro de
1994, dados apresentados na terceira assembleia trienal do campo mostraram que o estado
de Mato Grosso tinha 16 mil adventistas distribuídos em um total de 200 congregações. Em
proporção, havia um adventista para cada 130 habitantes. Um ano depois, a missão lançou a
pedra fundamental do Instituto Adventista do Mato Grosso (Iamat), um internato localizado na
rodovia MT-140, na cidade de Campo Verde. A propriedade escolhida para a construção da
escola possuía “excelente clima, abundantes nascentes, estradas asfaltadas, podendo receber
alunos de outras regiões do país”. A missão escolheu o professor Osvaldo Leão para liderar o
novo internato. 54 55 Foi também na década de 1990 que surgiu o primeiro meio de
comunicação sob a direção da IASD em Mato Grosso. Em 1996, com produção e apresentação
de Wilson Pereira, foi veiculado nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande o programa de rádio
Comunicando Jesus. O caráter social, cultural e espiritual do programa foi bem recebido pela
população. Em agosto de 1996, era líder de audiência entre os programas religiosos veiculados
em Cuiabá. Além das rádios, o programa contava com uma equipe que visitava os ouvintes em
suas residências. 56 Todas as iniciativas evangelísticas na década de 1990 contribuíram para
um número de batismos que ultrapassou duas mil pessoas. Assim, o estado de Mato Grosso
iniciou o ano de 2000 com 105 igrejas organizadas e 23.481 adventistas, em comparação a
uma população total de 2.191.081 pessoas. No final de 2003, o número de adventistas subiu
para 26.816. O crescimento em toda a região levou a Divisão SulAmericana a criar a União
Centro-Oeste Brasileira em maio de 2004, que abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A nova união começou suas atividades em
janeiro de 2005. 57 58 59 Nos anos 2000, a imprensa local destacou um importante trabalho
realizado pela educação adventista no estado. Em 2004, no Colégio Adventista de Sinop, um
programa foi implementado para incluir alunos surdos, que envolveu o Coral de Libras e o
ensino da Língua Brasileira de Sinais para alunos não surdos. A TV Centro América apresentou
o projeto em um de seus noticiários, inclusive entrevistando um dos alunos surdos da escola.
Enquanto projetos na área social foram destacados, a frente evangelística avançou com a
expansão da obra adventista para municípios que, até então, não contavam com a presença da
Igreja Adventista. Em dezembro de 2007, o estado tinha 117 igrejas organizadas com 23.484
membros em 122 igrejas. Em dezembro de 2008, havia 24.184. 60 61 62 À medida que o
número de membros adventistas crescia no estado de Mato Grosso, representantes de todos
os adventistas da região se reuniram em Cuiabá nos dias 23 a 25 de novembro de 2008, para a
sétima assembleia quadrienal da Missão Mato-Grossense, onde o campo se tornou a
Associação Mato-Grossense (AMT). Em 2009, em seu primeiro ano oficial como associação, a
AMT finalizou o mês de dezembro com 133 igrejas organizadas e 24.992 membros. Nos anos
seguintes, a Igreja Adventista em Mato Grosso experienciou crescimento considerável. Em
dezembro de 2013, havia 164 igrejas com 27.501 membros. No final de 2015, havia 176 igrejas
com 28.877 membros e, no final de 2016, havia 187 igrejas com 29.956 membros. 63 64 65 66
67 História Organizacional da Missão Com o crescimento da obra adventista no estado de
Mato Grosso, em 2019 a Divisão Sul-Americana aprovou a reorganização da Associação Mato-
Grossense em dois novos campos: a Missão Oeste Mato-Grossense e a Associação Leste Mato-
Grossense. O voto da DSA foi registrado pelo comitê diretivo da União Centro-Oeste Brasileira
em 9 de junho de 2019. 68 69 A justificativa apresentada para a divisão do campo mato-
grossense envolvia a grande extensão do território, o elevado número de membros e a baixa
densidade demográfica. Além disso, o crescimento dos setores evangelístico, educacional e
missionário da igreja demandam a presença constante da liderança, o que não era permitido
pela extensão do território e seu rápido crescimento. Assim, com a criação da nova unidade
administrativa, a Igreja Adventista do Sétimo Dia acredita que o evangelho poderá ser pregado
de forma mais eficiente no estado de Mato Grosso. O voto da DSA prevê ainda que, na sua
segunda assembleia ordinária, a MisOM terá seu status alterado para associação, passando a
ser chamada Associação Oeste Mato-grossense (AOM). 70 71 O campo iniciou suas atividades
com 18.853 adventistas organizados em 226 congregações e 30 distritos pastorais. Para liderar
a nova missão, que também faz parte da União Centro-Oeste Brasileira (UCoB), Evaldo Oliveira
foi nomeado presidente, Abdoval Cavalcanti, secretário executivo, e Paulo Fabrício Dias Júnior,
tesoureiro. Em dezembro de 2019, a MisOM realizou sua primeira assembleia geral ordinária
durante a qual os líderes de departamento foram eleitos: Edimar Sena Oliveira Júnior
(Educação e Liberdade Religiosa); 72 73 Krysthyann Zeferino (Mistérios Jovem, Desbravadores,
Aventureiros, Música e Universitários Adventistas); Marcos Roberto Pereira Nunes (Associação
Ministerial, Pequenos Grupos e Lar e Família); Reverson Silva Almeida (Escola Sabatina,
Evangelismo e Ministério Pessoal); Tiago Lima (Espírito de Profecia e Ministérios de
Publicações e Saúde); e Yasna Liz Cardenas Seguel Oliveira (Ministérios da Mulher, Criança e
Adolescente).74 O campo da Missão Oeste Mato-Grossense apresenta alguns desafios para o
bom cumprimento da missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Além da grande distância
entre os municípios e da baixa densidade populacional, há a necessidade de um crescimento
sustentável, especialmente na área de mordomia, fidelidade cristã e discipulado. Apesar
desses desafios, a liderança da MisOM tem planos ousados para os próximos anos. O primeiro
deles é o plantio de 31 novas congregações em todo o campo no ano de 2020. A missão visa
atingir um crescimento de 10% em dízimos e ofertas; a inauguração de um Colégio Adventista
no bairro Jardim América, na cidade de Várzea Grande; o treinamento de 12 novos colportores
em 2020; a consolidação e expansão do Colégio Adventista de Tangará da Serra; e a
construção de uma nova sede.75 A Missão Oeste Mato-Grossense capacita membros leigos,
obreiros e pastores para evangelizar, pregando o evangelho em unidade de espírito e
dependência de Deus. Com base nesses pilares, os líderes e membros da missão seguirão com
incansáveis esforços na busca do cumprimento dos propósitos missionários para os quais a
instituição foi fundada e na certeza de que, pela graça de Deus, muitas pessoas serão
conduzidas a Cristo.76 Li

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