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Apresentação do plano

e
introdução a disciplina

Loite José
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Loite José
Objectivos da Disciplina
• Aplicar os conceitos e princípios básicos da GeoEstatística
para resolver problemas geológicos;

• Compreender as leis da análise GeoEstatística que revelam a


distribuição composicional, estrutural e espacial de materiais
geológicos.

• Desenvolver habilidades no uso de ferramentas GeoEstatística


na compreensão de diferentes processos geológicos que
conduzem à revelação de recursos minerais.

Loite José
• O que significa Geoestatística?

Loite José
Introdução
O que é geoestatística?
É uma abordagem probabilística de modelagem, que engloba um conjunto de
métodos estatísticos para a análise e mapeamento de dados distribuídos no
espaço e/ou no tempo.

Envolve três etapas:

1) Análise: objectiva descrever a variabilidade espacial do fenómeno em estudo,


denominada de análise estrutural ou modelagem do semivariograma.

2) Inferência: objectiva estimar valores de uma variável distribuída no espaço em


locais não amostrados, denominada de krigeagem.

3) Simulação: objectiva construir um conjunto de realizações equiprováveis ou


igualmente representativa do fenómeno em estudo.
Porque Geoestatística?
• Incorpora a posição da amostra no espaço;

• Usa parâmetros estatísticos das amostras para estimar


(kriging).

Dois termos importantes (Estimadores )


VARIOGRAMA: Para anaalise estrutural dos dados,
estatisticamente modela os dados no espaco

KRIGAGEM: para interpolação

Krigagem usa a informação do variograma para conseguir um


conjunto de pesos ótimos na estimação.

Variograma não é parte da Krigagem apenas requisito.


Métodos Não Geoestatísticos
• Área de Influência;

• Vizinho Mais Próximo;

• Superfícies de Tendência;

• Inverso da Distância;

• ETC

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Cont. Geoestatística
A geoestatística distingue-se da estatística clássica pelo facto de
considerar que os valores de uma variável estão de alguma
forma relacionados à sua distribuição espacial, ou seja,
observações tomadas a curtas distâncias devem ser mais
semelhantes do que aquelas tomadas a distâncias maiores, e por
levar em consideração o comportamento espacial das variáveis
apresenta grande potencial de aplicação nas geociências/ciências
ambientais.

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Cont. Geoestatística

A Geoestatística não cria dados (apenas trata a informação


disponível).

A Geoestatística utiliza os dados duas vezes, primeiramente para


estimar a autocorrelação espacial e depois para estimar a variável em
locais não amostrados.

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As técnicas geoestatísticas podem ser usadas para descrever e
modelizar padrões espaciais (variografia), para predizer valores em
locais não amostrados (krigagem), para obter a incerteza associada a
um valor estimado em locais não amostrados (variância de
krigagem) e para optimizar malhas de amostragem.

No caso específico de utilização da Geoestatística com a finalidade


de apoio à optimização de malhas de amostragem, é oportuno
salientar que o erro cometido ao fazer uma avaliação com malhas de
amostragem diminui com o detalhamento da malha.

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Seja, portanto, um bloco a ser estimado a partir de 5 amostras.

• Supondo que ocorra uma


relacção espacial entre os teores,
espera-se que os valores serão
muito próximos em dois pontos
vizinhos e progressivamente mais
diferentes à medida que os
pontos vão ficando mais
distantes, sendo o teor da
amostra 3 seja similar, porem não
Com relação à amostra 2,
situada mais distante, seria
necessariamente idêntico, ao
necessário um conhecimento teor médio do bloco.
melhor sobre a disposição
espacial de valores no • Pode-se esperar que as amostras
depósito para decidir se ela 1, 4 e 5 também apresentem
tem, ou não, relação com o teores similares ao valor médio
valor médio do bloco.
do bloco, mas não tanto como o
Loiteteor
José em 3.
Nesta estimativa surgem, evidentemente, algumas questões:

• Até que distâncias devem ser consideradas as amostras?

• Quantas devem ser usadas?

• Aquela eventualmente colocada no centro do bloco terá um


peso maior que as demais?

• Se amostras formarem grupos, qual a influência desses


agrupamentos?

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• Como evitar que os resultados sejam sub ou super estimados?

• A relação espacial, em termos geométricos, entre as amostras


estimadoras e o bloco a ser estimado, tem importância?

• Essa técnica de estimativa pode ser utilizada indistintamente


para depósitos do tipo cobre porfirítico, lateritas niquelíferas,
veios de cassiterita, depósitos de urânio e outros?

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• Em outras palavras, amostras situadas perto do bloco
deverão apresentar teores altamente relacionados com ele
e poderão, portanto, serem utilizadas para estimar o seu
valor médio, e a medida que se situem a distâncias maiores
o seu relacionamento diminui até se tornar independente.

• O peso da influência de cada amostra é, pois, inversamente


correspondente à distância e essa noção pode ser aplicada
para a estimativa do valor médio do bloco utilizando para
tanto amostras com valores conhecidos, mas situadas a
distancias julgadas “convenientes”. Quanto mais próximas
estiverem maior será o seu peso no processo de estimativa.

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Para responder a essas questões é que surgiu a
geoestatística, a preocupar-se com o entendimento, por
meio de análise matemática, da génese e leis naturais que
governam fenómenos interpretados como regionais. Isso
traz como consequência directa a estimativa das variáveis
regionais usando informações e relações a partir de um
conjunto discreto de amostras, juntamente com a avaliação
dos erros de estimativa, para estabelecer o grau de
segurança em previsões e os padrões óptimos de
amostragem, que assegure que um erro máximo de
estimativa não seja excedido.

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• Os métodos geoestatísticos, ou simplesmente
geoestatística, foram desenvolvidos graças aos estudos do
engenheiro de minas Georges Matheron na França no final
da década 50 e início dos anos 60.

• Foi resultado da necessidade de se ter um método para


avaliação dos depósitos de reservas minerais

• Estes métodos estão fundamentados na Teoria das


Variáveis Regionalizadas, que foi formalizada por Matheron,
a partir de estudos práticos desenvolvidos por Daniel G.
Krige, no cálculo de reservas nas minas de ouro na África do
Sul.
• Inicialmente, aplicação era apenas em situaçoes em
geologia mineira, mas actualmente a geoestatística é
aplicada em vários campos, desde as ciências da Terra e
atmosfera, na agricultura, nas ciências dos solos e hidrologia,
estudos ambientais
ALGUMAS VANTAGENS DA GEOESTATÍSTICA

O estudo da variabilidade espacial (a análise de um


semivariograma é a única técnica disponível para medir a
variabilidade espacial de uma variável regionalizada);
 A estimação geoestatística suaviza de valores preditos);
 A determinação da anisotropia (os comportamentos da variabilidade
nas diferentes direções são considerados);
 A precisão fornecendo valores precisos sobre as áreas ou pontos a
serem avaliados;
 As estimativas obtidas por meio da krigagem associam a margem de
erro.
Loite José
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MODELAMENTO DE DEPOSITOS

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• Na Geoestatística são levadas em consideração
características espaciais de autocorrelação de
variáveis regionalizadas, onde deve existir uma
dependência espacial, fazendo com que os dados
amostrados possam ser usados para a estimação de
valores nos lugares em que a variável não seja
conhecida (Landim, 2000).

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GEOESTATÍSTICA
MEDIDAS DESCRITIVAS:
a) Localização = localiza os valores observados na distribuição
 tendência central (media, mediana e moda)
 Não central (Quartis …)

b) Dispersão = mede o grau de dispersão dos dados em torno do


valor médio

c) Assimetria = mede o grau de afastamento da simetria da


distribuição (grau de person, bowley, fisher, etc).

Achatamento = mede a intensidade das frequências na vizinhança


dos valores centrais. Loite José
Média aritmética

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Moda

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Mediana
Este é o valor na amostra ordenada que possui tanto valores
inferiores ou iguais como superiores ou iguais a ele.

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Comparação entre a média, mediana e moda

Loite José
Medidas relativas
• Estas medidas não dependem das unidades em que a variável é
expressa, pelo que são úteis para comparar duais ou mais
distribuições relativamente á distribuição

1. 1 coeficiente de dispersão (CD):

1.2. Coeficiente de variação (CV)

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Classificação de Depósitos Minerais Quanto a Regularidade,
Segundo o Coeficiente de Variação

Loite José
Relação entre o espaçamento ao longo da direção do corpo
mineralizado e a regularidade do minério

Loite José
DIMENSÕES DA AMOSTRA DE CANAL

ESPESSURA DO MINÉRIO
CV
+ 2.5 m Entre 2.5m a 0.5 - 0.5m
m

CV < 40% 5cm de largura 6cm de largura 10cm de largura


2cm de prof. 2cm de profu. 2cm de prof.

100% > CV > 40% 8cm de largura 9cm de largura 10cm de largura
2cm de prof. 2,5 cm de prof. 3cm de prof.

CV > 100% 8cm de largura 10cm de largura 12cm de largura


3cm de prof. 3cm de prof. 2cm de prof.

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Diversas fórmulas para o cálculo do coeficiente de
assimetria. As mais utilizadas são:

1. coeficiente de person:

2. Coeficiente de Person

INTERPRETAÇÃO:

AS = 0, a distribuição é simétrica.

AS > 0, a distribuição é assimétrica positiva (à direita)

AS < 0, a distribuição é assimétrica


Loite José Negativa (à esquerda)
CURTOSE

• CURTOSE; é o grau de achatamento (ou afilamento) de uma


distribuição em comparação com uma distribuição padrão
(chamada curva normal).

Para medir o grau de curtose utiliza-se o coeficiente K:

Se K= 0,263, distribuição de freqüência é mesocúrtica.

Se K > 0,263, a distribuição de freqüência é platicúrtica.

Se K < 0,263, a distribuição de freqüência é leptocúrtica.


Loite José
Mesocúrtica: K= 0,263

Platicúrtica: K > 0,263

Leptocúrtica: K < 0,263

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FIM

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