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PNEUMÁTICOS
AULA 1
TEMA 1 – CONCEITOS
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Na prática, são utilizados dois fluidos: óleo e ar comprimido. Quando o
fluido utilizado em um sistema for óleo, denominamos sistema hidráulico.
Quando o fluido utilizado em um sistema for o ar, denominamos sistema
pneumático.
1.1 Pneumática
O grego Ktesíbios de Alexandria, que viveu por volta do ano 250 a.C., foi
considerado o primeiro engenheiro da história e chamado de "pai da
pneumática", utilizando ar comprimido como meio auxiliar de trabalho em
alguns de seus inventos. Sua aplicação tornou-se comum em meados do
século XIX na mineração, construção civil e na indústria ferroviária (freios a ar
comprimido). A introdução da pneumática na produção industrial começou após
o ano de 1950.
Define-se pneumática como a ciência que estuda as propriedades físicas
do ar e de outros gases, bem como seu comportamento, seus movimentos e
fenômenos. Sendo assim, pode-se dizer que a pneumática comprime o ar
usando-o como principal elemento de trabalho (Stewart, 1981; Bonacorso,
2013).
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Para Dorneles (2008), o ar comprimido usado na transmissão de energia
é resultante da mistura de gases e substâncias que compõem o ar atmosférico,
a uma pressão superior à da atmosfera normal. A essa pressão, o usuário
precisa observar certas preocupações para evitar acidentes, que podem ser
fatais. Embora pareça inofensivo, o ar comprimido deve ser tratado com
cautela, pois, se por um lado facilita o trabalho, por outro, pode causar sérios
danos, pois as substâncias contidas no ar podem provocar infecções se em
contato com ferimentos expostos ou até mesmo a morte por infecção
generalizada quando inalado.
Nos mais diversos ramos industriais, o ar comprimido tornou-se
indispensável. Suas principais vantagens são:
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inalado ocasiona graves riscos à saúde. Portanto, essa umidade deve
ser removida e descartada em esgotos seguros.
• Preparação: impurezas e umidades devem ser evitadas, pois provocam
desgastes nos elementos pneumáticos.
• Compressibilidade: não é possível manter constantes as velocidades
de elementos de trabalho.
• Potência: o ar é econômico até determinada força, sendo o limite de
3.000 Kgf.
• Escape de ar: o escape é ruidoso.
• Custos: a produção do ar comprimido é onerosa, pois depende de outra
forma de energia. O custo do ar comprimido torna-se elevado se na rede
de distribuição e nos equipamentos existirem vazamentos consideráveis.
Grandezas derivadas do SI
Grandeza Unidade
Força (F) Newton (N) 1 N = 1 kg.m.s-2
Pressão (p) Pascal (Pa) 1 Pa = 1 N/m2
bar 1 bar ≅ 1 N/cm2
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Potência (P) watt (W) 1 W = 1 N.m.s-1
2.1 Força
2.2 Pressão
Unidade métrica:
• kgf/cm2 (quilograma-força por centímetro quadrado);
• atm (atmosfera – a pressão atmosférica exercida sobre a superfície da
Terra);
• bar (do grego barys, que significa pesado).
Unidade inglesa:
• lbf/pol2 ou psi (pounds per square inch, que significa libra-força por
polegada quadrada);
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Em que:
• P = pressão em kgf/cm2, atm ou bar;
• F = força em kgf;
• A = área em cm2.
𝐹𝐹 10 kgf
𝑃𝑃 = = = 1 kgf/cm2 ≅ 1 atm ≅ 1 bar
𝐴𝐴 10 cm2
2.3 Temperatura
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As unidades de medida mais usadas são:
𝐶𝐶 𝑅𝑅 𝐹𝐹− 32
0 °C = 273K e = =
5 4 9
2.4 Torque
Unidades de medida:
• Kgm (quilograma-metro ou kilogrâmetro);
o 1 kgm = 9,81 Nm;
o 1 Nm = 0,1019 kgm.
2.5 Vazão
Unidades de medida:
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TEMA 3 – PROPRIEDADES DOS GASES
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Figura 2 – Esquema da lei de Boyle-Mariotte
Se P . V é constante, então, P1 . V1 = P2 . V2
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Figura 3 – Esquema da lei de Charles
𝑉𝑉 𝑉𝑉1 𝑉𝑉2
Se é constante, então, =
𝑇𝑇 𝑇𝑇1 𝑇𝑇2
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Figura 4 – Esquema da lei de Gay-Lussac
𝑃𝑃 𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
Se é constante, então, =
𝑇𝑇 𝑇𝑇1 𝑇𝑇2
P . V = constante 𝑉𝑉 𝑃𝑃
= constante = constante
𝑇𝑇 𝑇𝑇
Boyle-Mariotte, Charles Gay-Lussac
𝑃𝑃 𝑉𝑉 𝑃𝑃 . 𝑉𝑉
Log, . é constante, então,
𝑇𝑇 𝑇𝑇 𝑇𝑇
𝑃𝑃1 . 𝑉𝑉1 𝑃𝑃2 . 𝑉𝑉2
Portanto, =
𝑇𝑇1 𝑇𝑇2
Em que:
• P = pressão em bar;
• V = volume em m3;
• T = temperatura em K.
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Exemplo 1: um reservatório contém 12 m3 de ar comprimido a uma pressão de
3 bar. Reduzindo o volume para 9m3, determine a pressão final.
V1 = 12 m3
P1 = 3 bar
V2 = 9 m3
P2 = ?
P1 . V1 = P2 . V2
3 . 12 = P2 . 9
36 = P2 . 9
36
P2 =
9
P2 = 4 bar
V1 = 10 m3
T1 = 300 K
T2 = 420 K
V2 = ?
𝑉𝑉1 𝑉𝑉2
=
𝑇𝑇1 𝑇𝑇2
10 𝑉𝑉2
=
300 420
420 .10
V2 =
300
4200
V2 =
300
V2 = 14 m3
P1 = 7 bar
T1 = 21 °C
P2 = 9 bar
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T2 = ?
𝑃𝑃1 𝑃𝑃2
=
𝑇𝑇1 𝑇𝑇2
7 9
=
21 𝑇𝑇2
7T2 = 21 . 9
189
T2 =
7
T2 = 27 °C
V1 = 16 m3
P1 = 4 bar
T1 = 320 K
V2 = 15 m3
T2 = 450 K
P2 = ?
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succionados pelo compressor contêm contaminantes, e estes possuem água,
óleo e poeira, que produzem bactérias no interior das tubulações. A
compressão do ar aumenta a temperatura, porém, quando o ar é resfriado a
pressão constante, a temperatura tende a cair. O vapor será igual à pressão de
saturação no ponto de orvalho.
Segundo Dorneles (2008), o ponto de orvalho é o estado termodinâmico
que corresponde ao início da condensação do vapor de água. Quando o ar
úmido é resfriado e a pressão parcial do vapor é constante, tal condensação
produzida na mistura de água e óleo lubrificante provoca defeitos nos
equipamentos pneumáticos, como:
Por isso, a pureza do ar auxilia muito. O ar limpo garante uma longa vida
útil aos equipamentos e à instalação. Desta forma, ao projetar uma rede de ar
comprimido, deve-se prever a ampliação e a aquisição de novos equipamentos
pneumáticos, que devem ser identificados pela cor azul (Figura 5).
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Figura 5 – Rede de distribuição de ar comprimido
4.1 Instalação
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estar de acordo com a capacidade do compressor, para que consiga suprir a
demanda dos equipamentos consumidores. Dessa forma, o dimensionamento
do compressor também deverá atender ao comprimento da rede, sem
comprometer a vazão e a pressão necessária para acionar os equipamentos
Há dois tipos de redes, que devem ser previstos em projeto: a primeira é
do tipo circuito fechado (anel) (figura 6) e a outra é do tipo circuito aberto (figura
7). O circuito fechado mantém a pressão constante na linha, auxilia nas
ramificações para diferentes pontos de equipamentos consumidores e
proporciona uma distribuição uniforme de ar comprimido.
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vazamentos, pois estes fazem com que haja perdas de pressão entre o
compressor e os equipamentos consumidores.
A rede deve ser instalada com uma inclinação que varia entre 0,5 e 2%
do comprimento. Isso fará com que não haja arraste do líquido (água e óleo)
que não foi expelido pelos drenos, transportado para o final da rede. As
descidas para as máquinas devem ser montadas com conexões do tipo T
voltadas para cima e, em seguida, com uma curva para baixo, semelhante ao
cabo de guarda-chuva, o que recebe o nome de pescoço de cisne ou bengala.
Essas curvaturas impedem o arraste de impurezas e umidade. É necessária a
instalação de purgadores (drenos) na linha para remoção de umidade. Esses
purgadores podem ser manuais ou automáticos, distanciados entre 20 e 30 m
um do outro (Figura 8).
O raio de curvatura do circuito deve ser longo, para que não haja
turbulência e/ou cavitação na linha. No final de linha ou em locais estratégicos,
é necessário instalar válvulas de fechamento, pois isso permite a divisão por
seções, bem como facilita inspeção, modificações e manutenções isoladas.
TEMA 5 – COMPRESSORES
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a compressão a pressões mais elevadas, são necessários compressores de
vários estágios.
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Figura 11 – Cabeçote
Crédito: A_V_D/Shutterstock.
Crédito: Withgod/Shutterstock.
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Nesta figura, podemos observar o conjunto do pistão, biela e
virabrequim.
Para o pistão com haste este é fixado a um eixo do tipo came, figura 9.
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5.2 Compressor de simples efeito ou compressor tipo tronco
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Figura 15 – Compressor de duplo efeito ou compressor tipo cruzeta
Crédito: Olegsam/Shutterstock.
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Figura 17 – Compressores de êmbolo com movimento linear
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Figura 18 – Compressores de membrana (diafragma)
Crédito: Timof/Shutterstock.
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Crédito: Performance Portraits/Shutterstock.
Crédito: Fotogrin/Shutterstock.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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