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UMADBG – CONECTADOS – Assembleia de Deus em Bairro das Graças – Julho/2018

O amor que Deus tem por nós é perfeitamente desinteressado, perfeitamente


gratuito e livre: Deus nada tem a ganhar com ele, já que é infinito e perfeito,
mas, ao contrário, se sacrifica por nós, se limita por nós, se crucifica por nós sem
outra razão a não ser um amor sem razão, sem outra razão a não ser ele mesmo
se renunciando a ser tudo. De fato, Deus não nos ama em função do que somos,
que justificaria esse amor, porque seríamos amáveis, bons, justos (Deus também
ama os pecadores, foi inclusive por eles que deu seu Filho), mas porque ele é
amor e o amor, em todo caso, não necessita de justificação. "O amor de Deus é
absolutamente espontâneo", escreve Nygren. Ele não procurou no homem um
motivo. Dizer que Deus ama o homem não é anunciar um julgamento sobre o
homem, mas sobre Deus. Não é o homem que é amável; é Deus que é amor.
André Comte-Sponville

Atente para o cuidado de Deus em não nos colocar um peso excessivo de exigências: "Ora, a
mensagem que da parte dele temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva
nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos e não
praticamos a verdade" (1 Jo 1:5,6). O anelo de Deus é que mantenhamos nossa comunhão com ele. Só nos
pede que não haja contradição entre "ter comunhão com ele" e andar em trevas. Se digo: "Senhor, estou
andando contigo", mas na verdade habito em trevas, isso é mentira. O versículo sete é contundente: "Se,
porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com outros, e o sangue de Jesus,
seu Filho, nos purifica de todo pecado".
A medida que vamos andando em comunhão com Deus, ele vai nos purificando dos pensamentos
tolos, dos deslizes, desses pecados que acontecem pela nossa própria imaturidade mental e pela fraqueza
do nosso caráter. O que Deus quer de nós é o nosso coração; que andemos com ele. O verbo aqui no grego
indica um presente contínuo, um gerúndio - vai nos purificando à medida que desfrutamos de sua
companhia.
Santidade não é, portanto, perfeição absoluta, pois esta pertence unicamente a Ele. Deus não quer
de nós uma perfeição angelical, mas a santidade é possível mesmo com nossa humanidade. Deus deseja
apenas o nosso melhor, que pode não se comparar ao melhor dos anjos, nem ao melhor dos santos, mas, se
for o meu tudo, será o suficiente para agradar a Deus. Basta entregarmos o que temos. É o suficiente.
Deuteronômio 30:2-6 afirma: quando "tomares ao Senhor teu Deus, tu e teus filhos, de todo o teu
coração e de toda a tua alma, e deres ouvidos à sua voz segundo tudo o que hoje te ordeno, então o Senhor
teu Deus mudará a tua sorte e se compadecerá de ti, e te ajuntará de novo de todos os povos entre os quais
te havia espalhado o Senhor teu Deus. Ainda que os teus desterrados estejam para a extremidade dos céus,
desde aí te ajuntará o Senhor teu Deus e te tomará de lá. O Senhor teu Deus te introduzirá na terra que teus
pais possuíram e a possuirás; e te fará bem, e te multiplicará mais do que a teus pais. O Senhor teu Deus
circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus de todo o
coração e de toda a tua alma, para que vivas"

*Trechos do livro: “É PROIBIDO – O QUE A BÍBLIA PERMITE E A IGREJA PROÍBE”, de Ricardo Gondim. Editora
Mundo Cristão – São Paulo, pp. 110 e 122. (Pr. Vinny Paes Leme)

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