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Análise das Estruturas


Método dos Deslocamentos (MD)
► Considerações iniciais *

Assim como no método das forças, o método dos deslocamentos


é baseado no princípio dos trabalhos virtuais. Esse método
resolve estruturas hiperestáticas considerando os grupos de
condições básicas a serem atendidas pelo modelo estrutural na
ordem inversa do método das forças, tais como:
1. Condições de compatibilidade;
2. Leis constitutivas dos materiais;
3. Condições de equilíbrio.
A metodologia consiste em somarmos uma série de
soluções básicas (casos básicos) que satisfazem as condições de
compatibilidade, mas não satisfazem as condições de equilíbrio
da estrutura original, para na superposição restabelecer as
condições de equilíbrio.

* Material embasado no professor Luiz Fernando Martha.


► Deslocabilidades (Di) e Sistema Hipergeométrico (SH)
O modelo utilizado nos casos básicos é a de uma estrutura
cinematicamente determinada, obtida a partir da estrutura original
pela adição de vínculos na forma de apoios fictícios. Esse modelo
é chamado de sistema hipergeométrico (SH). Os apoios fictícios
adicionados para prender a estrutura (impedir), as
deslocabilidades (Di), são numerados de acordo com a
numeração da própria deslocabilidade. Elas são os parâmetros
que definem a configuração deformada da estrutura, sendo as
incógnitas do problema.
Considere a configuração deformada de um pórtico formado pela
superposição de configurações deformadas elementares:
Sistema Hipergeométrico (SH) do pórtico plano:

• Deslocabilidades (Di) são as componentes de deslocamentos e


rotações nodais que estão livres, isto é, que devem ser
conhecidas para determinar a configuração deformada de uma
estrutura.
Metodologia de análise pelo Método dos Deslocamentos:

Considerando a estrutura do pórtico a seguir, tem um pequeno


roteiro de análise.

Material com:
a) E = 1,2 x 107 kN/m2.
b) A = 1,2⋅x 10-2 m2.
c) I = 1,2⋅x 10-3 m4.
• Sistema Hipergeométrico (SH):

• Deslocabilidades (Di):

Casos a serem resolvidos = Nº de deslocabilidades + 1 = 4:


a) Caso (0);
b) Caso (1);
c) Caso (2);
d) Caso (3).
• Caso (0) – Solicitação externa (carregamento) isolada no SH
• Caso (1) – Deslocabilidade D1 isolada no SH
(D1 = 1 e D2 = D3 = 0)
• Caso (2) – Deslocabilidade D2 isolada no SH
(D2 = 1 e D1 = D3 = 0)

• Caso (3) – Deslocabilidade D3 isolada no SH


(D3 = 1 e D1 = D2 = 0)
• Vetor dos termos de carga:
  10 
 
 0   20 
 
 30 
• Matriz de rigidez:
 K.11 K.12 K.13 
 
K  K.21 K.22 K.23 
K K K 
 .31 .32 .33 

• Vetor das deslocabilidades

 D1 
D  D2 
 
 D3 
• Restabelecendo as condições de equilíbrio:

Obs.:
a) Kij = Kji
b) K
.
.ii0
• Resolvendo o sistema, tem-se:

• Esforços internos:

N N0 + N1 D1 + N2 D2 + N3 D3

Q Q0 + Q1 D1 + Q2 D2 + Q3 D3

M M0 + M1 D1 + M2 D2 + M3 D3


► Deslocabilidades:
• di → deslocabilidade interna: é igual ao número de nós internos
rígidos que a estrutura plana possui, não incluindo os nós
extremos apoiados ou engastados, e, evidentemente os nós
internos rotulados.

• de → deslocabilidade externa: é igual o número de apoios de


primeiro gênero (ordem) que precisamos acrescentar para que
todos os nós internos de uma estrutura plana fiquem sem
deslocamentos lineares.

• d → deslocabilidade total: igual ao número de incógnitas de


uma resolução pelo método dos deslocamentos.

d d .i + d .e

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