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08 AGO 2003 IAC 121-1003

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

PORTARIA DAC NO 898/STE, DE 12 DE JUNHO DE 2003.

Aprova a Instrução de Aviação Civil - IAC que trata dos padrões mínimos de
demonstrações de evacuação de emergência e amerrissagem conforme a Seção
121.291 do RBHA 121

O CHEFE DO SUBDEPARTAMENTO TÉCNICO do DAC, tendo em vista a delega-


ção de competência estabelecida no item 8 do artigo 1º da Portaria DAC No 311/DGAC, de 25
de fevereiro de 2003, publicada no Boletim Interno No 041, de 26 de fevereiro de 2003, do
DAC, e com base nos artigos 2º e 3º do Decreto-Lei No 200, de 25 de fevereiro de 1967, re-
solve:
Art. 1o Seja efetivada a IAC abaixo discriminada:
IAC 121-1003
Título: Demonstrações de Evacuação de Emergência e Amerrissagem conforme a Seção
121.291 do RBHA 121
Art. 2o Esta Portaria entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua publicação.

Brig.-do-Ar RENILSON RIBEIRO PEREIRA


Chefe do Subdepartamento Técnico

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Nº 130, DE 09 DE JULHO DE 2003

I
08 AGO 2003 IAC 121-1003

SUMÁRIO

PORTARIA DE APROVAÇÃO, I
SUMÁRIO, II
INTRODUÇÃO, IV
CONTROLE DE EMENDAS, V

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, 1
1.1 OBJETIVO, 1
1.2 FUNDAMENTO, 1
1.3 APROVAÇÃO, 1
1.4 DATA DA EFETIVAÇÃO, 1
1.5 ÂMBITO, 1
1.6 DISTRIBUIÇÃO, 1
1.7 CORRELAÇÕES, 1
1.8 CANCELAMENTO, 1

2 GERAL, 2
2.1 BASE LEGAL, 2
2.2 ÁREAS A SEREM AVALIADAS, 3

3 PROCESSO PARA DEMONSTRAÇÃO DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, 4


3.1 FASE UM: REUNIÃO INICIAL, 4
3.2 FASE DOIS: ENTREGA DO PLANDEMO, 6
3.3 FASE TRÊS: ANÁLISE DO PLANDEMO, 6
3.4 FASE QUATRO: DEMONSTRAÇÃO, 7
3.5 FASE CINCO: CERTIFICAÇÃO, 7

4 PROCEDIMENTOS PARA A DEE, 8


4.1 EQUIPE DE INSPAC, 8
4.2 REUNIÃO DE ENCERRAMENTO DA FASE TRÊS, 8
4.3 SELEÇÃO DE SAÍDAS, 8
4.4 BLOQUEIO DE SAÍDAS, 8
4.5 SINAL DE INÍCIO, 9
4.6 SELEÇÃO DE TRIPULANTES PARA A DEE, 9
4.7 BRIEFINGS ANTES DA DEE, 10
4.8 CONDUZINDO A DEE, 11

5 DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM, 13
5.1 DESCRIÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM, 13
5.2 PROCESSO PARA A DEA, 13
5.3 PLANO DE DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM, 13
5.4 ANÁLISE DO PLANDEMO, 14
5.5 CONDUZINDO A DEA, 15

6 AVALIAÇÃO DE DEE E DEA, 17


6.1 ÁREAS A SEREM AVALIADAS, 17
6.2 DETERMINANDO O RESULTADO DAS DEMONSTRAÇÕES, 17

7 FALHA NA DEMONSTRAÇÃO, 19

II
08 AGO 2003 IAC 121-1003

8 DEFINIÇÕES UTILIZADAS, 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 21

ANEXO 01 – FORM 121-1003 – 01, A-1-1

III
08 AGO 2003 IAC 121-1003

INTRODUÇÃO

Esta IAC tem por finalidade listar os requisitos para os Operadores a serem homo-
logados como empresa de transporte aéreo segundo a IAC 3136 no que se refere ao cumpri-
mento da seção 121.291 do RBHA 121, Demonstração de Evacuação de Emergência e
Amerissagem.

IV
08 AGO 2003 IAC 121-1003

Controle de Emendas
Emenda Data da Inserida Emenda Data da Inserida
No
Data Inserção por No Data Inserção Por
01 31
02 32
03 33
04 34
05 35
06 36
07 37
08 38
09 39
10 40
11 41
12 42
13 43
14 44
15 45
16 46
17 47
18 48
19 49
20 50
21 51
22 52
23 53
24 54
25 55
26 56
27 57
28 58
29 59
30 60

V
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1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 OBJETIVO

Detalhar os requisitos para a demonstração de evacuação de emergência e da área


de operações para uma correta e abrangente Auditoria em Estação de Linha de Empresa Aérea
homologada segundo o RBHA 121 e padronizar os formulários e as listas de verificação para
tais vistorias.

1.2 FUNDAMENTO

Decreto No 65.144, de 12/09/69, que institui o Sistema de Aviação Civil do Mi-


nistério da Aeronáutica e a Portaria No 453/GM-5 de 02/08/91, que reformula o Sistema de
Segurança de Vôo.

1.3 APROVAÇÃO

Aprovada pela Portaria No 898 /STE, de 12 de junho de 2003.

1.4 DATA DE EFETIVAÇÃO

08/08/2003

1.5 ÂMBITO

Externo.

1.6 DISTRIBUIÇÃO

D – EN - INTERNET

1.7 CORRELAÇÕES

RBHA 121, RBHA 91, ORDER 8400.10 (FAA), DOC ICAO 8335-AN/879,
DOC ICAO 9433 - MD014.

1.8 CANCELAMENTO

Não aplicável.

1
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2 GERAL

Procedimentos efetivos de Evacuação de Emergência têm reduzido significativa-


mente o número de vítimas em acidentes aeronáuticos com sobreviventes. O DAC considera
que a proficiência de um Operador em realizar tais procedimentos é um importante fator de
segurança de vôo.

2.1 BASE LEGAL

2.1.1 DEMONSTRAÇÃO REAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O parágrafo 121.291(a) do RBHA 121 requer que, a menos do caso citado no nú-
mero 121.291(a)(1) do RBHA 121, cada Operador, deve conduzir uma demonstração real dos
procedimentos para evacuação em emergência, demonstrando que cada tipo e modelo de avi-
ão com configuração máxima para passageiros com mais de 44 assentos, a ser usado em suas
operações transportando passageiros, permite uma evacuação de sua capacidade total de pas-
sageiros e tripulantes em 90 segundos ou menos.
Uma demonstração real de evacuação de emergência simula uma decolagem abor-
tada. Antes do início de uma demonstração, um passageiro deve ocupar cada assento instala-
do.
O parágrafo (a) do Apêndice D do RBHA 121 descreve todos os detalhes requeri-
dos para esse tipo de demonstração.

2.1.2 DEMONSTRAÇÃO PARCIAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Cada Operador conduzindo operações com aviões com capacidade para mais de
44 assentos para passageiros deve conduzir uma demonstração parcial dos procedimentos de
evacuação em emergência de acordo com o parágrafo 121.291(c) do RBHA 121 ao:

a) Introduzir um novo tipo ou modelo de avião em suas operações transportando


passageiros, a não ser que uma demonstração de acordo com o parágrafo
2.1.1 deste capítulo tenha sido realizada pelo operador;

b) Alterar o número, a localização ou os deveres e procedimentos de evacuação


em emergência dos comissários de bordo requeridos pela seção 121.391 do
RBHA 121 em uma aeronave já em serviço pelo operador; ou

c) Alterar o número, a localização e o tipo das saídas de emergência, ou o tipo


de mecanismo de abertura em emergência das saídas disponíveis para evacu-
ação de uma aeronave já em serviço pelo operador.

2.1.2.1 Casos de Dispensa de Demonstração Parcial de Evacuação de Emergência

Os casos relatados em 2.1.2.b e 2.1.2.c desta IAC, a menos no que se refere ao


número de comissários empregados, podem ser dispensados pela Divisão de Segurança Ope-
racional (TE-5) sempre que o operador for capaz de demonstrar, através de documentos e es-
quemas, que tais alterações não prejudicam uma evacuação de emergência.

Tal demonstração documental deve ser encaminhada à Divisão de Segurança Ope-


racional para análise através de Ofício encaminhado ao Exmo Sr Chefe do STE.

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A alteração prevista em 2.1.2.b, no tocante ao número de comissários, deve ser


sempre acompanhada de uma demonstração parcial.

2.1.3 DEMONSTRAÇÃO PARCIAL DE AMERISSAGEM

O parágrafo 121.291(d) do RBHA 121 requer que cada detentor de certificado o-


perando ou pretendendo operar um ou mais aviões terrestres sobre grandes extensões d'água
ou que, por qualquer motivo, devem possuir certos equipamentos requeridos pela seção
121.339 do RBHA 121, deve demonstrar, realizando uma simulação de pouso n'água de acor-
do com o parágrafo (b) do apêndice D do RBHA 121, que ele possui capacidade para executar
eficientemente seus procedimentos para esse tipo de emergência.

2.2 ÁREAS A SEREM AVALIADAS

Todas as demonstrações avaliarão, especificamente, as seguintes áreas:

a) O Programa de Treinamento do operador, na área de emergência e a competên-


cia da tripulação;

b) Os procedimentos de emergência do operador para evacuação e amerissagem;

c) A confiabilidade e capacidade dos equipamentos de emergência da aeronave, e


a eficácia da manutenção destes equipamentos, caso a empresa já opere.

2.2.1 DEMONSTRAÇÕES DO FABRICANTE

Um fabricante de aeronave categoria transporte deve conduzir uma demonstração


de evacuação de emergência para cada tipo de avião fabricado. Tais demonstrações devem ser
executadas de acordo com a regulamentação aplicável à homologação de tipo do avião.
Tais demonstrações avaliarão, especificamente, as seguintes áreas:

a) O desenho básico da aeronave e a eficiência com a qual passageiros podem ser


evacuados da mesma;

b) Os sistemas de evacuação de emergência da aeronave; e

c) Os procedimentos de emergência do fabricante aprovados pelo DAC.

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3 PROCESSO PARA DEMONSTRAÇÃO DE EVACUAÇÃO DE EMER-


GÊNCIA

3.1 FASE UM: REUNIÃO INICIAL

Nesta fase o INSPAC Operações designado determina a necessidade de realizar


uma Demonstração de Evacuação de Emergência (DEE), bem como identifica, diante dos
requisitos do RBHA 121, qual tipo de DEE deverá ser realizada, se real (DREE) ou parcial
(DPEE).
Uma vez comunicado, através de fax específico ou durante a reunião inicial de
homologação da empresa, o operador deverá desenvolver um Planejamento detalhado (Plano
de Demonstração – PlanDemo), descrevendo como pretende realizar a demonstração.
Devem ser realizadas tantas reuniões quanto o necessário entre o Operador e o
INSPAC Operações designado de forma ao INSPAC se assegurar que o Operador compreen-
deu todos os requisitos e obrigações referentes à DEE.
No caso de uma DREE, o Operador está proibido de praticar ou descrever aos
passageiros da simulação detalhes sobre a Demonstração, e nenhum dos passageiros da simu-
lação poderá ter participado de exercício semelhante nos últimos 6 (seis) meses.
Gerentes (tais como o Chefe de Operações e o Chefe de Manutenção ou represen-
tantes destes) do Operador devem estar presentes às DEE da empresa. Estes gerentes devem
poder autorizar, em nome do Operador, quaisquer detalhes da DEE a ser realizada. Devem
também ter condições de responder e justificar possíveis não-conformidades ocorridas durante
a DEE.
O Operador deve nomear um Coordenador do Operador da DEE, que responderá,
junto ao DAC, por todas as comunicações necessárias para a execução da demonstração.
O número de comissários a bordo para a DEE deve ser o número mínimo que o
Operador tenha intenção de disponibilizar a cada vôo e não pode ser menor que o requerido
pela seção 121.391 do RBHA 121.
O avião deve estar posicionado em configuração normal para uma decolagem e as
portas e cortinas devem estar fechadas. Caso as portas do avião não possuam meios de impe-
dir a visão do exterior, um anteparo deverá ser colocado para este fim.

3.1.1 PESSOAS PRESENTES NA DEE

Apesar de não haver proibição, por parte do DAC, de que pessoas empregadas do
Operador (tais como comissários, mecânicos e técnicos de segurança) alheias à DEE assistam
o exercício, é responsabilidade do Operador que tais pessoas não sejam elementos de distra-
ção ou impedimento de realização da DEE, devendo o Operador garantir-lhes segurança e um
afastamento mínimo do local da DEE.
Pessoas que não sejam empregadas do Operador que não tenham tarefas específi-
cas na DEE (exceção: equipe de filmagem, equipe de segurança, médicos, representantes do
fabricante ou de outros Operadores e outros) estão proibidas de permanecerem no local da
DEE.
É responsabilidade do Operador, caso opte por contratar uma equipe de filmagem,
que a mesma esteja devidamente orientada a não distrair nem atrapalhar sua tripulação ou os
INSPAC participantes da DEE. A DEE pode ser considerada insatisfatória caso a equipe de
filmagem impeça a visualização da DEE por parte de algum INSPAC presente.

3.1.2 PLANDEMO

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O número 121.291(c)(2) do RBHA 121 requer que o Operador solicite acompa-


nhamento do DAC para uma DEE. O Operador deve submeter o PlanDemo à apreciação da
TE-5 o mais cedo possível, sendo o prazo mínimo para solicitação de uma DEE, 15 dias úteis
antes da data solicitada.
O PlanDemo deverá conter os seguintes documentos:

a) Formulário121-100X-01 preenchido (Anexo 01). O Coordenador da DEE deve


ser especificamente indicado neste formulário. A parte indicada como “descri-
ção das características da Demonstração” deve conter:

i. Como o Operador planeja o início da DEE ou Sinal de início da DEE (queda


de força, sinal de “evac” ou ordem verbal);

ii. Modo de bloqueio das portas que não serão abertas;

iii. Como o Operador planeja simular as condições de “noite escura” ou “escu-


ridão da noite”;

iv. Localização planejada da aeronave de forma a garantir áreas desimpedidas


para a abertura de escorregadeiras e botes.

b) Uma planta baixa representativa da aeronave alvo da DEE, que deve incluir:

i. Localização e designação de todas as saídas de emergência e a correspon-


dência entre posição de comissários e a saída pela qual o mesmo é respon-
sável;

ii. Assento designado para cada integrante da tripulação no momento da deco-


lagem e designação do tripulante (por exemplo: Comissário-chefe ou auxili-
ar 01);

iii. Configuração interna da cabine de passageiros detalhando “galleys”, corre-


dores, lavatórios e outros compartimentos;

iv. Tipo e localização de cada equipamento de emergência da aeronave, inclu-


indo:

1. extintor de incêndio;

2. garrafas e máscaras de oxigênio;

3. megafones;

4. machadinhas;

5. cordas de emergência;

6. escorregadeiras e botes de emergência;

7. coletes salva-vidas;

8. conjuntos médicos e de primeiros socorros.

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c) Cópias das páginas do Manual de Comissários e do MGO (tripulantes técnicos)


descrevendo os procedimentos e deveres de evacuação;

d) Cópia do cartão de informações aos passageiros;

e) Lista com 4 tripulações completas (tripulantes técnicos e comissários) com


qualificações para participação na DEE;

i. Os pilotos e mecânicos de vôo devem haver concluído o programa de trei-


namento do Operador na aeronave;

ii. Os comissários devem ter cumprido o Programa de Treinamento (P.T.) a-


provado do Operador e não podem ter sido submetidos a nenhum treinamen-
to específico para a DEE além do especificado em seu P.T.;

iii. Não podem constar desta lista tripulantes envolvidos com o treinamento de
pessoal, a menos que a quantidade total de tripulantes da empresa
impossibilite o cumprimento deste item;

iv. Todos os tripulantes envolvidos devem estar com suas habilitações em dia.

3.2 FASE DOIS: ENTREGA DO PLANDEMO

Nesta fase o Coordenador da DEE do Operador entrega o PlanDemo e o INSPAC


Operações designado o analisa simplificadamente. Se for possível resolver pequenas pendên-
cias imediatamente, tais como falta de datas ou telefones de contato, estas falhas deverão ser
solucionadas pelo próprio Coordenador, no momento da entrega do PlanDemo.
Caso o INSPAC verifique que o número e a gravidade das omissões é excessivo
para aceitar o PlanDemo do Operador, deve rejeitá-lo imediatamente.
Nestas condições, o prazo de 15 dias úteis de antecedência deve ser observado, de
forma que o Operador pode ser obrigado a alterar a data sugerida para a DEE, até que o Plan-
Demo esteja em condições de ser aceito e o processo passar à fase três.
O Operador deve estar ciente que nenhuma ação deverá ser esperada do DAC até
que a fase dois esteja encerrada, nem qualquer prazo terá início.

3.3 FASE TRÊS: ANÁLISE DO PLANDEMO

Durante esta fase, o INSPAC Operações designado realiza uma análise detalhada
do PlanDemo.
O INSPAC deve garantir que a informação constante do PlanDemo é reflexo da
verdade e é aceitável e consistente. Serão analisados os seguintes pontos:

a) Se o Programa de Treinamento do Operador está aprovado;

b) Se os procedimentos de evacuação propostos pelo Operador são realistas e


praticáveis;

c) Se o Cartão de Informações aos passageiros é facilmente compreensível e se


está de acordo com o tipo e modelo da aeronave;

d) Se o equipamento de emergência é o mínimo requerido para a DEE proposta;

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e) Se o local proposto pelo Operador cumpre com os requisitos mínimos detalha-


dos nesta IAC;

f) Se o Operador propõe ou está providenciando medidas aceitáveis de segurança


para os participantes da DEE;

Não-conformidades detectadas durante esta fase do processo devem ser comuni-


cadas por escrito ao Operador e deve ser aberto prazo de resposta para o Operador. Dentro
deste prazo estipulado o Operador deverá enviar à TE-5 o PlanDemo ou as partes deste que
devem ser corrigidas.
Caso o PlanDemo esteja conforme o requerido e reflita todas as informações ne-
cessárias da forma correta, o Operador deve ser notificado deste fato. Desta notificação deverá
constar confirmação da data, hora e local da DEE, e a equipe de INSPAC designada para a
demonstração e a listagem de 2 tripulações formadas a partir das 4 tripulações fornecidas no
PlanDemo.

3.4 FASE QUATRO: DEMONSTRAÇÃO

Durante esta fase o DAC acompanha e avalia a DEE. O planejamento desta fase é
primordial para o sucesso de todo o processo. Uma descrição dos procedimentos relativos a
esta fase se encontra detalhada no Capítulo 4. Caso a DEE não seja bem-sucedida, o processo
retorna à fase um, com entrega de novo PlanDemo.
A DEE não deve ser repetida de imediato após uma Demonstração Insatisfatória,
uma vez que qualquer falha demonstra um problema da Empresa solicitante, seja na área de
treinamento, manutenção ou na própria elaboração dos procedimentos. A Empresa Solicitante
deve reiniciar a contagem de prazo de análise e de entrega de Planos, pesquisando os motivos
e corrigindo as falhas observadas e comunicando estas correções em documento anexado ao
novo PlanDemo.
Descrição do processo do caso em que acontece falha na Demonstração está des-
crito no Capítulo “FALHA NA DEMONTRAÇÃO”.

3.5 FASE CINCO: CERTIFICAÇÃO

Uma vez confirmada a eficácia e eficiência do Operador para condução de Evacu-


ação de Emergência, o Operador deve ser notificado deste fato, através de documento que
detalhe o número de passageiros autorizado e o número mínimo de comissários requerido para
sua operação.
Estas informações deverão constar das Especificações Operativas do Operador,
em parágrafo de Desvio, conforme as instruções da IAC sobre Especificações Operativas.

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4 PROCEDIMENTOS PARA A DEE

4.1 EQUIPE DE INSPAC

Preferencialmente, o INSPAC Operações designado para o Operador será o Coor-


denador da Equipe de INSPAC para a DEE (CEIDEE). Caso seja de interesse da TE-5, esta
Divisão poderá designar outro INSPAC Operações para esta função.
O CEIDEE é responsável pela a condução do processo de DEE, pelos contatos
com o Operador e pela confecção e arquivamento de todos os documentos relativos à DEE.
O CEIDEE organiza a Equipe de INSPAC dentre os INSPAC integrantes da TE-
5, e é o responsável pela equipe durante a DEE, não importando sua antiguidade frente os
outros membros da equipe.
A Equipe de INSPAC será composta, preferencialmente, de um INSPAC que seja
piloto, com habilitação ou designado para verificação de pilotos na aeronave em que será rea-
lizada a DEE.
Uma vez que o método preferencial de bloqueio de portas para a DEE é o blo-
queio físico por parte de um INSPAC em frente à porta que não poderá ser aberta, a equipe
típica compõe-se de dois INSPAC para cada par de portas de emergência que pode ser aberta
na DEE (um posicionado dentro da aeronave para proceder ao bloqueio e outro no chão, pró-
ximo à saída, para realizar a cronometragem) e mais o INSPAC com curso na aeronave men-
cionado no parágrafo acima (posicionado na cabine de pilotos).
O CEIDEE posicionar-se-á, preferencialmente, fora da aeronave, próximo à saída
mais frontal, ou qualquer outra posição que lhe permita marcar o tempo de abertura de uma
das portas e desacoplar a fonte de força da aeronave. Caso isso não seja possível, a equipe
poderia ser composta por mais um INSPAC, liberando o CEIDEE para apenas comandar o
corte de força e o início da DEE.

4.2 REUNIÃO DE ENCERRAMENTO DA FASE TRÊS

A fase três só pode ser considerada encerrada após o encontro entre o CEIDEE e o
Coordenador da DEE do Operador, no qual será confirmado que o Operador está plenamente
ciente dos critérios a serem adotados para a avaliação da DEE. Durante o encontro deve tam-
bém ser discutido e confirmado previamente o sinal combinado para início da DEE.

4.3 SELEÇÃO DE SAÍDAS

Para aviões com um número par de saídas, 50% das portas e escorregadeiras de-
vem ser abertas. Para aviões com um número ímpar de portas, deve-se subtrair uma e abrir
50% das restantes.
Escadas ventrais e de cauda não devem ser usadas, a menos que o CEIDEE consi-
dere haver motivo para tanto.
Apenas as saídas cuja abertura é função de um comissário segundo os procedi-
mentos de emergência aprovados do Operador devem ser selecionadas para abertura na DEE.
Fatores ambientais, tais como o vento e a luminosidade, devem ser considerados
para a seleção das saídas.

4.4 BLOQUEIO DE SAÍDAS

A orientação geral da TE-5 é de realizar o bloqueio de saídas de emergência atra-


vés da presença de um INSPAC em frente a cada porta, impedindo sua operação.

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Caso seja de interesse do Operador, outras opções são possíveis, como, por exem-
plo:

a) Luzes vermelhas a serem acesas nas escotilhas das portas que não devem ser
abertas;

b) Bloqueio mecânico das portas;

c) Posicionar um anteparo por fora das janelas de cada uma das portas, sendo que
este será puxado quando do início da demonstração e as saídas a serem abertas
ficarão sendo as portas sem o anteparo.

Note-se porém que a escolha de qualquer uma destas opções não dispensa a ne-
cessidade da presença de INSPAC a bordo, para checar os procedimentos dos comissários.

4.5 SINAL DE INÍCIO

A orientação geral da TE-5 é de iniciar a cronometragem dos 15 segundos reque-


ridos a partir do corte de energia externa da aeronave, uma vez que é um sinal perceptível de
dentro da aeronave (para os tripulantes envolvidos) e de fora (para os INSPAC que marcarão
o tempo). Caso julgue interessante, o CEIDEE tem liberdade para discutir com o Operador
algum melhor indicador de início.
O Operador deverá indicar ao DAC o sinal de início de evacuação será instruído
aos tripulantes para que estes iniciem seus procedimentos.
Alguns exemplos de sinal de início de evacuação são:

a) queda da força interna e acendimento da iluminação de emergência;

b) Sinal “EVAC” da aeronave, automático ou comandado;

c) Comando verbal da cabine de pilotos.

Em todos os casos é responsabilidade do Operador verificar que este sinal é cla-


ramente perceptível por sua tripulação e não demanda perda de tempo desnecessária.
Deve-se orientar o Operador que o sinal de início da DEE não precisa ser necessa-
riamente igual ao previsto pelo Programa de Treinamento Aprovado do Operador, porém é
recomendável que a situação se aproxime tanto quanto possível destes procedimentos, sem
prejuízo dos 15 segundos requeridos.

4.6 SELEÇÃO DE TRIPULANTES PARA A DEE

São duas as seleções de tripulantes para a DEE. A primeira é realizada quando do


envio da confirmação da data e local da DEE ao final da fase três do processo. Devem ser
escolhidos tripulantes que reflitam as características médias da empresa tais como: sexo dos
comissários e antiguidade dos tripulantes.
A segunda é realizada após o briefing sobre a DEE com os tripulantes, e deve ser,
preferencialmente, realizada através de sorteio, em frente aos tripulantes selecionados. O
CEIDEE tem liberdade para escolher determinado tripulante, caso considere haver algum mo-
tivo pelo qual deva fazer isso.
Caso seja interesse do Operador, os tripulantes não selecionados para a DEE po-
derão ser autorizados a acompanharem a mesma, após o fechamento das portas da aeronave.

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Nessa situação, caso ocorra algum problema com a equipe embarcada na aeronave que impe-
ça a continuação da DEE, é responsabilidade do Operador disponibilizar outro tripulante com
a mesma função, que não faça parte da relação de tripulantes inicialmente listados e que ainda
atenda ao descrito no item 3.1.2.e.

4.7 BRIEFINGS ANTES DA DEE

Antes do início da DEE, três briefings devem ser realizados, separadamente:

4.7.1 BRIEFING AOS TRIPULANTES ENVOLVIDOS

O Coordenador do Operador deve realizar um briefing com todos os tripulantes


disponibilizados para a DEE, com a presença do CEIDEE, abordando os seguintes assuntos:

a) Propósito e objetos da Avaliação:

a. Treinamento da tripulação;

b. Procedimentos do Operador;

c. Eficácia e eficiência dos equipamentos de emergência.

b) Sinal de Início da Evacuação;

c) O significado dos 90 segundos (DREE) ou 15 segundos (DPEE);

d) A finalidade da demonstração (avisar que se trata de uma simulação de deco-


lagem abortada, e que todos os procedimentos normais antes de uma decola-
gem, incluindo briefings, anúncios e demonstrações, deve ser realizado);

e) A importância da segurança durante a realização da demonstração.

Este Briefing é de responsabilidade do Operador e o CEIDEE só deverá se pro-


nunciar caso exista possibilidade de alguma confusão devido ao Briefing do Coordenador ou
caso existam dúvidas da tripulação que não puderem ser sanadas pelo Coordenador do Opera-
dor.

4.7.2 BRIEFING AOS PASSAGEIROS PARTICIPANTES

Se aplicável. Este briefing tem teor parecido com o do briefing aos tripulantes e é
realizado pelo Operador.

4.7.3 BRIEFING DA EQUIPE DOS INSPAC

O CEIDEE revisará durante este briefing com os outros INSPAC todos os pontos
já discutidos durante a reunião dos INSPAC mencionada anteriormente. Devem ser especial-
mente revistos os tópicos: posicionamento dos INSPAC, modo de bloqueio e início da marca-
ção de tempo.
Durante este briefing o CEIDEE decide e alerta os INSPAC sobre as portas a se-
rem abertas.

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A informação sobre as portas a serem abertas pode ser repassada ao Coordenador


do Operador, caso seja necessário, somente após o fechamento das portas da aeronave para
início da DEE.
Não é autorizada a presença de qualquer representante do Operador durante este
briefing de forma a não acontecer descaracterização do sigilo das saídas selecionadas.

4.8 CONDUZINDO A DEE

A seguinte seqüência de procedimentos é um meio aplicável de se conduzir uma


DPEE:

a) Os comissários devem:

a. Preparar-se para uma decolagem normal de acordo com os procedimentos


previstos no Manual de Comissários (MC) aceito para o Operador, inclu-
indo fechamento de todas as saídas, travando as galleys e carrinhos e ar-
mando o sistema de emergência da aeronave para decolagem

b. Realizar o briefing aos passageiros de acordo com o MC do Operador;

c. Sentar-se e afivelar-se em seus assentos designados, de acordo com os


procedimentos normais de decolagem

b) O CEIDEE se assegura de que todas as saídas e cortinas foram fechadas, in-


cluindo as janelas das portas;

c) Antes do sinal de início, a tripulação técnica deve ter cumprido todos os che-
ques correspondentes e preparado a aeronave para a decolagem, devendo estar
sentados e afivelados em suas posições normais;

d) Após completos todos os procedimentos, o Comandante deve informar ao


CEIDEE (ou ao INSPAC presente na cabine de comando) que a aeronave está
pronta para a decolagem e acender os faróis de pouso (se aplicável);

e) Após ciente de que a tripulação está pronta para a decolagem, o CEIDEE con-
fere se todos os INSPAC estão posicionados e se há algum impedimento para
o início da demonstração. O CEIDEE deverá emitir um sinal sonoro (buzina
ou apito) avisando que a DEE está prestes a iniciar e cerca de 30 segundos a-
pós, dar o sinal de início, normalmente, cortando a força externa da aeronave;

f) A cronometragem se inicia após o apagamento das luzes exteriores da aerona-


ve. É aconselhável que o CEIDEE utilize dois cronômetros (um principal e ou-
tro para “back-up”);

g) Durante a DPEE, cada INSPAC designado para o exterior da aeronave deve


conferir se a escorregadeira para a qual foi designado inflou e tocou o chão. A
cronometragem só pára quando a escorregadeira estiver inflada e pronta para o
uso;

h) Durante a DPEE, cada INSPAC designado para o interior da aeronave verifica


os procedimentos dos tripulantes e sua posição antes do início da DPEE. De-

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08 AGO 2003 IAC 121-1003

vem verificar também se todos os equipamentos (luzes e avisos) funcionam


corretamente durante a emergência. São problemas que podem acontecer:

a. O tripulante antecipar-se ao sinal de início, abrindo a porta de emergência


antes do sinal;

b. O tripulante não se amarrar corretamente, devendo este ser considerado in-


capaz durante a emergência simulada e invalidando a DPEE;

i) Após a DPEE nenhum INSPAC emitirá opinião sobre a Demonstração. O re-


sultado oficial só poderá ser informado após reunião entre INSPAC e o CEI-
DEE. Cada INSPAC preenche seu folheto de verificação e o entrega ao CEI-
DEE, que os utilizará para determinação da validade da Demonstração.

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5 DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM

5.1 DESCRIÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM

Durante a Demonstração de Amerissagem (DEA), os comissários deverão:

a) Demonstrar conhecimento sobre os equipamentos de emergência da aeronave,


frente a perguntas feitas por um INSPAC;

b) Preparar a cabine de passageiros para uma Amerrissagem no intervalo de 6 mi-


nutos a partir do momento em que esta é anunciada pelo Comandante;

c) Remover cada bote salva-vidas de sua posição na aeronave (se aplicável);

d) Demonstrar conhecimento de todos os equipamentos requeridos que compõem


o bote-salva vidas;

e) Preparar o bote salva-vidas para sua utilização (montar a cobertura, como mí-
nimo).

5.2 PROCESSO PARA A DEA

O processo para a DEA segue os mesmos moldes do processo descrito para a DE-
E, devendo contar com 5 fases: Reunião inicial, Entrega formal do Plano de Demonstração de
Amerissagem (PlanDemo), Análise do Plano, Demonstração propriamente dita e Certificação
(inclusão do resultado nas Especificações Operativas).

5.3 PLANO DE DEMONSTRAÇÃO DE AMERISSAGEM

As DEA são normalmente conduzidas durante o dia ou em ambiente claro de lu-


minosidade controlada, na mesma oportunidade que a DEE. Nestas situações o INSPAC que
foi o CEIDEE coordena a DEA (CEIDEA).
Caso o Operador já tenha experiência de vôo na aeronave, mas não tenha executa-
do vôos sobre grande extensão de água (conforme definido por 91.509(a)), ele deve conduzir
uma DEA antes de receber este tipo de autorização.
O Operador deve preencher uma cópia do FORM 121-100X-01 (Anexo 01), de
acordo com as instruções contidas nesta IAC, porém com o detalhamento relativo à DEA.
Além disso, os seguintes itens devem ser inseridos no PlanDemo:

a) Cópias das páginas do Manual de Comissários e do MGO (tripulantes técnicos)


relativas aos procedimentos de Amerrissagem;

b) Descrição dos equipamentos de emergência aplicáveis à Amerrissagem (tais


como os botes salva-vidas), incluindo tipo, modelo e instruções de montagem
do equipamento;

c) Uma planta baixa da aeronave a ser utilizada contendo as seguintes informa-


ções:

a. Localização de cada saída que possa ser usada para amerissagem;

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b. Localização de cada equipamento de emergência, incluindo:

i. Botes ou escorregadeiras-bote;

ii. Rádios de sobrevivência;

iii. TLE;

iv. Sinais pirotécnicos;

v. Salva-vidas ou dispositivos de flutuação requeridos.

d) Lista com 4 tripulações com as qualificações para participar da DEA;

e) Esquema com altura e tamanho da plataforma de lançamento da escorregadei-


ra-bote, com justificativa do projeto mediante Manual do Fabricante sobre o
assunto.

Obs.: Os requisitos para as tripulações qualificadas a participar da DEA são os


mesmos descritos para a DEE.

Obs.2: Alguns Manuais de Operador (fabricante) determinam o uso de passageiros


para auxiliar a tripulação após a amerissagem, principalmente no lançamento e na montagem
dos botes salva-vidas. Nestes casos, o Operador pode solicitar que a tripulação técnica auxilie
os Comissários. O INSPAC deverá se certificar de que, nestes casos, os pilotos ou F/E não
tomem parte ativa da demonstração e apenas obedeçam as orientações do Comissário respon-
sável pelo bote.

Obs.3: Caso o fabricante da aeronave tenha realizado ensaios com a escorregadei-


ra-bote que comprovem que esta não precisa da força correspondente ao próprio peso para
inflar a contento, comprovações deste ensaio poderão ser usadas para uma solicitação especí-
fica de isenção da montagem da plataforma referenciada na letra e. Caso a aeronave se utilize
apenas de botes salva-vidas, a empresa também poderá solicitar esta isenção.

5.4 ANÁLISE DO PLANDEMO

O CEIDEA revisará o PlanDemo de forma a garantir que:

a) O PlanDemo entregue cumpre com o requisito descrito no parágrafo (b) do


Apêndice D do RBHA 121;

b) O Programa de Treinamento de Emergências (parte integrante do Programa de


Treinamento dos Tripulantes) e os procedimentos para Amerrissagem (parte
integrante do Manual Geral de Operações e do Manual de Comissários de
Bordo) foram previamente aprovados ou aceitos, atendendo às necessidades
de segurança da operação.

O CEIDEA deve planejar a forma de observação e de avaliação da DEA. Nor-


malmente, a DEA é realizada logo após a DEE ter sido completada, tendo esta sido conside-
rada satisfatória ou não. Se a DEA for realizada isoladamente, o INSPAC responsável pela
empresa deve montar uma equipe de INSPAC nos mesmos moldes da equipe para a DEE.

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5.5 CONDUZINDO A DEA

A seguinte seqüência de procedimentos é um meio aplicável de se conduzir uma


DEA:

a) Antes da DEA, a equipe de INSPAC deve inspecionar cada equipamento de


emergência da aeronave sobre sua aeronavegabilidade e características relevan-
tes;

b) O CEIDEA se assegura de que todos os membros da tripulação estão em suas


posições, bem como os INSPAC (um para cada estação de comissários, um na
cabine de comando da aeronave) estão posicionados de acordo com a necessi-
dade de medição dos parâmetros da Demonstração;

c) O CEIDEA avisa ao comandante da tripulação de demonstração e ao Coorde-


nador da Empresa que está tudo pronto para o início da demonstração;

d) O Comandante inicia o processo simulando todos os procedimentos, desde a


preparação para a decolagem até a entrada em cruzeiro, resumidamente;

e) Durante um certo período de tempo (de 5 a 10 minutos), a tripulação permane-


ce em simulação de “vôo em cruzeiro”. Durante este período, os INSPAC de-
verão argüir os tripulantes mais próximos à sua posição sobre assuntos relacio-
nados a equipamentos e procedimentos de Amerrissagem;

f) O Comandante inicia a DEA comunicando à tripulação (de acordo com os


procedimentos previstos no MGO e no MCmsV da empresa) para se preparar
para a DEA;

Nota: é imperativo que o equipamento de emergência, a habilidade da tripulação


e os procedimentos de emergência sejam suficientes para uma evacuação rápida uma vez
que, durante uma situação real de evacuação de emergência na água a aeronave flutua por
um período bastante curto. Durante a DEA, deve ser dada ênfase à habilidade e eficiência da
tripulação no período entre a comunicação da pane e a comunicação de impacto de pouso. O
tempo máximo aceitável para toda a preparação de amerrissagem desde o anúncio da pane é
de 6 minutos. Como preparação para Amerrissagem, se considera a colocação por parte de
todos os membros da tripulação dos coletes de flutuação, anúncio aos passageiros, tranca-
mento da cabine, e o término de todos os check-lists e procedimentos requeridos para a a-
merrissagem. Qualquer falha na preparação de cabine corresponderá a uma demonstração
não-satisfatória.

g) O CEIDEA inicia a contagem de tempo assim que o Comandante comunica a


pane simulada e solicita a preparação para a amerrissagem;

h) Ao final dos 6 minutos de preparação, a tripulação deverá estar pronta para a


amerrissagem. O Comandante, orientado pelo INSPAC posicionado na cabine
de comando, anuncia “IMPACTO, IMPACTO, IMPACTO” e declara qual por-
ta deverá ser aberta (o comissário responsável por esta saída passa a ser o ele-
mento avaliado para o restante do processo e o INSPAC mais próximo è esta-
ção deste comissário é o responsável pela avaliação do tripulante);

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i) Após a amerrissagem simulada, todos os botes salva-vidas devem ser retirados


da aeronave pela tripulação de comissários. Esta ação não tempo prazo de tem-
po, porém, os comissários devem demonstrar que possuem capacidade de re-
mover tais equipamentos da aeronave em período razoável de tempo. Para De-
monstrações completas (DREA), todos os botes salva-vidas (ou escorregadei-
ras-bote) devem ser lançados e inflados sobre a plataforma. Para Demonstra-
ções Parciais, apenas uma saída será sorteada. Para os propósitos desta de-
monstração, “lançar” um bote salva-vidas significa removê-lo de sua posição
na aeronave, retirá-lo da aeronave e posicioná-lo na plataforma antes de inflá-
lo. “Lançar” uma escorregadeira-bote significa inflá-la normalmente sobre a
plataforma (se aplicável).

Nota: para DEA em aeronaves configuradas com escorregadeiras-bote não é ne-


cessário desconectar a escorregadeira da porta. No entanto, cada escorregadeira-bote deve
ser inspecionada sobre sua aeronavegabilidade. Qualquer bote salva-vidas armazenado no
interior da aeronave deve ser removido e colocado no chão da cabine para inspeção
j) Os Tripulantes designados para o bote inflado serão entrevistados sobre
os procedimentos reais de lançamento de botas salva-vidas e depois en-
trarão no bote, descrevendo cada equipamento de emergência presente.
Nota: durante o “teste do bote”, apenas o tripulante designado pelo Manual do
Operador (Manual de Comissários) estará sendo avaliado e apenas as respostas vindas deste
tripulante serão consideradas para avaliação. Caso seja previsto o auxílio de passageiros
pelo Manual do fabricante, outros tripulantes poderão ser selecionados pelo INSPAC desig-
nado para a porta escolhida para o ensaio para efetuar este auxílio, porém qualquer ação
destes tripulantes deverá ser controlada efetivamente pelo tripulante designado para aquele
bote.

k) A DEA será considerada terminada apenas após o final da montagem da cober-


tura do bote e término da descrição de todos os equipamentos de emergência.

Nota: caso seja notado pelo CEIDEA que o tripulante não tem treinamento ade-
quado para a correta montagem do bote lançado, a DEA será imediatamente desconsiderada
e considerada insatisfatória.

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6 AVALIAÇÃO DE DEE E DEA

6.1 ÁREAS A SEREM AVALIADAS

Durante a fase 4 da DEE ou da DEA, o CEI deverá avaliar as seguintes áreas:

a) Eficiência e conformidade dos tripulantes no cumprimento de seus deveres e


responsabilidades

Por exemplo, a eficiência de um comissário em abrir portas e comandar os passa-


geiros em caso de evacuação. Outro exemplo seria a orientação a passageiros na montagem de
botes salva-vidas durante uma demonstração completa (DREE). Cada procedimento dos Co-
missários deve estar conforme o prescrito no Manual de Comissários de Bordo do Operador.

b) A efetividade do comando, coordenação e da comunicação entre tripulação


técnica e comissários;

c) A eficiência de cada equipamento de emergência

Verificar se cada equipamento funcionou satisfatoriamente, não ocasionando


transtornos ou atrasos;

a) Se as saídas designadas foram abertas e as escorregadeiras foram completa-


mente lançadas e consideradas “prontas para uso”;

b) No caso de uma Demonstração de Evacuação completa (DREE), se todas as sa-


ídas e escorregadeiras foram operadas corretamente e que todos os passageiros
e tripulantes foram corretamente evacuados em 90 segundos. Para uma DEE,
cada escorregadeira deve ter sido completamente inflada e deve ter tocado no
solo, estando pronta para a utilização. Caso a aeronave possua apenas portas
com escadas para a evacuação, a escada deverá estar pronta para uso para a fi-
nalização da cronometragem;

c) Para demonstrações de Amerrissagem, que a cabine, os passageiros e os comis-


sários estejam prontos para a amerrissagem no prazo de 6 minutos e que os bo-
tes salva-vidas foram corretamente retirados de suas posições de
armazenamento e que todas os coletes tenham inflado após a saída da aeronave
e os botes tenham sido corretamente inflados e montados.

6.2 DETERMINANDO O RESULTADO DAS DEMONSTRAÇÕES

O excedimento no parâmetro TEMPO automaticamente leva a Demonstração para


o resultado insatisfatório.
Deficiências em outras áreas, como eficiência da tripulação, falhas do equipamen-
to que tenham ocorrido mesmo quando o critério de tempo foi atingido, podem ser fatores que
tornam a demonstração insatisfatória. Neste caso, devem ser analisadas a gravidade da defici-
ência e a causa básica desta. Um exemplo seria o caso de uma escorregadeira ter sido inflada
no tempo correto, apesar de o sistema automático não ter funcionado corretamente. Se a causa
básica for identificada como treinamento deficiente ou manutenção inadequada do Operador,
a Demonstração deverá ser considerada insatisfatória. Outro exemplo é o caso em que uma

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escorregadeira não funciona. Também nesse caso a Demonstração deve ser considerada insa-
tisfatória.
Problemas menores poderão ser resolvidos junto ao operador, sem a necessidade
de a demonstração ser declarada insatisfatória.

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7 FALHA NA DEMONSTRAÇÃO

No caso de falha da Demonstração deverá ser emitido Ofício comunicando a clas-


sificação (Demonstração Insatisfatória).
Além deste Ofício, correspondência (fax ou ofício) deve ser encaminhada à em-
presa no prazo de 1 (um) dia útil solicitando relatório conjunto da área de Operações e da Á-
rea de Manutenção, com assinatura dos dois Diretores das áreas afins.
Este relatório deverá listar os resultados de investigação realizada nos setores de
Operações e de Manutenção, realizada pelo próprio Operador e as ações tomadas por cada
setor no sentido de corrigir a falha demonstrada.
Somente após entregue tal relatório poderá ser aceito um novo PlanDemo, para a
realização de nova DEE ou DEA, de forma a dar continuidade ao processo de homologação
da Empresa.

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8 DEFINIÇÕES UTILIZADAS

a) Operador – detentor de CHETA, conforme processo de homologação estabele-


cido pela IAC 3136;

b) MGO – Manual Geral de Operações;

c) MCmsV – Manual de Comissários de Vôo;

d) CMRO – Comissário de Vôo;

e) DEE – Demonstração Parcial de Evacuação de Emergência;

f) DREE – Demonstração Real de Evacuação de Emergência;

g) DEA – Demonstração Parcial de Amerrissagem;

h) CEIDEE – Coordenador da Equipe de Inspetores para a Demonstração de Eva-


cuação;

i) PlanDemo – Plano de Demonstração de Evacuação de Emergência ou de


Amerrissagem;

j) Demonstração Real de Evacuação de Emergência, Demonstração Parcial de


Emergência, Demonstração Parcial de Amerrissagem – conforme nomenclatura
vinda da seção 121.291 do RBHA 121;

k) TE-5 – Divisão de Segurança Operacional do Subdepartamento Técnico do


DAC.

l) INSPAC Operações – Inspetor de Aviação Civil que tenha completado algum


curso completo de Inspetor de Operações aprovado para tanto pelo DGAC;

m) INSPAC Operações designado – INSPAC Operações que foi designado junto a


uma empresa como ponto focal de contatos e responsável pelas principais aná-
lises de certificação e fiscalização da área de operações;

n) Noite escura ou Escuridão da noite – nível de iluminação que se aproxima à i-


luminação natural que ocorre 90 minutos após o pôr-do-sol oficial, sob céu cla-
ro e sem lua. Este nível de iluminação possibilita avaliar se o sistema de ilumi-
nação de emergência das escorregadeiras e botes está operacional. Níveis ex-
cessivamente baixos de iluminação podem atrapalhar a DEE. A forma mais e-
fetiva de controlar a luz é através da utilização de um hangar fechado, porém o
Operador pode sugerir outros locais onde tenha condições de controlar tais ní-
veis.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei N° 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispõe sobre o Código Brasileiro de


Aeronáutica. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF: 23 dez. 1986. Seção 1.
p. 19567.

______ . Comando da Aeronáutica. Departamento de Aviação Civil. RBHA 121 : Requisi-


tos operacionais: operações domésticas, de bandeira e suplementares. Rio de Janeiro: 2003.
242 p. Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica.

______ . Comando da Aeronáutica. Departamento de Aviação Civil. IAC 3002 : Procedimen-


tos relativos à realização de inspeção de rampa em aeronaves operando segundo os RBHA
121, 129 ou 135. Rio de Janeiro: 1998. 22 p. Instrução de Aviação Civil.

INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION. Manual concerning interception


of civil aircraft. 2.ed. Montreal, 1990. 66 p. (Doc 9433) MD-013 – Model Directive 007 do
curso TRAINAIR de Inspetor de Operações.

______ . Manual of procedures for operations inspection, certification and continued surveil-
lance. 4.ed. Montreal: 1995. 109 p. (Doc 8335).

______ . Operation of aircraft: Annex 6 to the Convention on International Civil Aviation.


Montreal. 6.ed. Canadá, Jul. 1998.

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ANEXO 01 FORM 121-1003-01

FORM 121-100X-01
SOLICITAÇÃO DE AGENDAMENTO DE DEMONSTRAÇÃO
REAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (121.291(a) do RBHA 121)
PARCIAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (121.291(b) do RBHA 121)
DE AMERISSAGEM (121.291(d) do RBHA 121)
Marcar nas caixas à esquerda uma das opções
Modelo
Descrição da Aeronave Capacidade total de passagei-
ros
Tripulação Técnica
Descrição da Tripulação
Comissários
Data pretendida
Local da Demonstração
Pessoal do Operador envolvido no processo
COO

Descrição das características da Demonstração

ASSINATURA E PROTOCOLO
DATA:
NOME E CARGO DO SOLICITANTE:
ASSINATURA:

A-1-1
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INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO FORM 121-100X-01

FORM 121-100X-01
SOLICITAÇÃO DE AGENDAMENTO DE DEMONSTRAÇÃO
REAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (121.291(a) do RBHA 121)
PARCIAL DE EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (121.291(b) do RBHA 121)
DE AMERISSAGEM (121.291(d) do RBHA 121)
Marcar nas caixas à esquerda uma das opções
Modelo Modelo da Aeronave
Descrição da Aeronave Capacidade total de passa-
Configuração de Demonstração
geiros
Tripulação Técnica Comandante, co-piloto e F/E
Descrição da Tripulação Comissários Necessários para a Demonstra-
ção
Data pretendida
Local da Demonstração
Pessoal do Operador envolvido no processo
COO Coordenador do processo e ponto focal de contato para o DAC
Todos os indicados devem possuir telefone e, se disponível, endereço eletrônico de contato

Descrição das características da Demonstração


Conforme descrito no item 3.1.2.a desta IAC.

ASSINATURA E PROTOCOLO
DATA: data de envio da solicitação
NOME E CARGO DO SOLICITANTE:
ASSINATURA:

A-1-2

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