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CÓDIGO DE BARRAS
Um estudo de múltiplos casos
Campinas
2014
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CÓDIGO DE BARRAS
Um estudo de múltiplos casos
Campinas
2014
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que em todos os dias ilumina meu caminho e que me traz uma paz invejável
nos momentos de necessidade.
A meu pai Carlos e minha mãe Solange que contribuíram de forma inigualável na formação do meu
caráter e o desejo de busca por conhecimento.
A minha família pela alegria e carinho dedicados, mesmo nos momentos mais complicados de minha
caminhada.
Ao meu orientador que sempre me indicou o melhor caminho e que conseguiu dar vida as minhas
idéias que muito insistiam em ficar nos meus pensamentos.
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 11
2. CÓDIGO DE BARRAS............................................................................................................... 13
2.1. Histórico ................................................................................................................................... 13
2.2. Conceitos ................................................................................................................................. 16
2.3. Estrutura ................................................................................................................................... 17
2.4. Leitores de código de barras ................................................................................................ 18
2.5. Tipos de códigos ..................................................................................................................... 19
2.6. Órgão regulador do código de barras.................................................................................. 22
2.7. Vantagens e benefícios do código de barras ..................................................................... 23
2.8. Cuidados com o código de barras ....................................................................................... 23
3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 24
4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................... 27
4.1. Metal Mecânica Vera Cruz .................................................................................................... 27
4.2. Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).............................................................................. 30
4.3. A Divinut ................................................................................................................................... 36
4.4. ABRAPA ................................................................................................................................... 40
4.5. Antibióticos do Brasil - ABL ................................................................................................... 42
4.6. Análise e discussão dos resultados..................................................................................... 44
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 466
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 477
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LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
Quem se lembra da operação de varejo no Brasil antes dos anos 90, quando a
tecnologia era “proibida” por aqui, sabe a grandeza que representa a automação comercial.
Nos supermercados, por exemplo, o funcionário do caixa procurava a etiqueta de preço de
cada item e digitava o valor em sua máquina registradora, fazendo a soma. Muito usual
também era ver uma empresa do comércio “fechada para inventário”, visto que o controle
era praticamente todo manual e demandava muito tempo, espaço e pessoas. Apenas as
lojas menores podiam se dar ao “luxo” de conhecer mais de perto os clientes: anotava-se
em sua ficha, ou na caderneta, os produtos comprados e os pagamentos realizados.
(ROCHA, 2014)
2. CÓDIGO DE BARRAS
2.1. Histórico
Uma das grandes buscas desse desenvolvimento foi à procura para encontrar
máquinas que realizassem cálculos. Como um exemplo dessa procura foi construída em
1642, por Blaise Pascal, a primeira máquina de calcular de que se tem notícia, capaz de
realizar apenas somas.
Em 1694, Wilhelm Leibniz aprimorou o invento de Pascal e criou uma máquina capaz
de realizar também multiplicações. A maior importância dessa descoberta foi à forma com
que os dados (números) eram transmitidos. Essas transmissões feitas através de cartões
perfurados seria o começo do desenvolvimento dos códigos de barras.
Ele é considerado o pai do computador digital, tão comum em nosso dia a dia. O
principal desse feito foi perceber que sua máquina seria alimentada por duas séries de
cartões perfurados, tendo ele a percepção de que uma máquina de computador teria um
dispositivo de entrada “uma memória”.
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A primeira idéia foi à utilização de padrões de tinta que brilham sob luz ultravioleta.
Os dois construíram então um aparelho para testar o conceito. Funcionou, porém logo
encontraram problemas como a tinta para impressão e, o principal, era financeiramente
inviável, pois ficaria muito caro.
Em Outubro de 1949, surgiu assim o primeiro código de barras, formado por quatro
linhas brancas sobre um fundo preto, depois convertido em círculos concêntricos para
facilitar a leitura, a partir de qualquer ângulo. Quanto mais linhas se adicionassem, mais
informação podia ser codificada. Assim, em 1952 a primeira patente de um código de barras
foi registrada por Bernard Silver e Norman Joseph Woodland.
Mas esse feito só foi realmente visto com sua importância merecida várias décadas
depois, quando a miniaturização dos componentes eletrônicos e avanços na tecnologia laser
permitiram a produção de sistemas de leitura de baixo custo.
Em torno de 1970, uma firma de assessoria, a McKinsey & Co., junto com a Uniform
Grocery Product Code Council definiu um formato numérico para identificar produtos e pediu
a diversas companhias que elaborassem um código adequado e viável, que pudesse ser
utilizado no dia a dia.
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Este código é adotado atualmente nos Estados Unidos e Canadá. Ele consistia de
uma seqüência de 12 dígitos, traduzidos para barras da forma que estamos acostumados a
ver em vários objetos ou itens.
A solução encontrada foi à seguinte. Os países que utilizavam o código UPC antigo,
EUA e Canadá, são identificados com um 0 (zero), na frente, resultando no novo código
UPC-A (o mesmo código UPC, apenas com um zero antes para identificar os países que já
utilizavam o código UPC, Estados Unidos e Canadá), e o resto da codificação é feita
utilizando o sistema anterior. Para outros países, os primeiros dois ou três dígitos (da
esquerda para a direita), identificam o país.
2.2. Conceitos
Para Dias (2009), um código de barras é uma representação gráfica de dados que
podem ser numéricos ou alfanuméricos dependendo do tipo de código de barras
empregado. As linhas paralelas e verticais escuras e os espaços entre elas têm diferentes
larguras em função das várias técnicas de codificação de dados empregada.
Já Milies (2008) afirma que ele não é mais do que um número, assinado ao produto
para sua identificação, escrito de forma a permitir uma leitura rápida no caixa.
distância. Estes códigos de barras exigem um leitor específico, que pode detectar diferenças
de altura do código de barras. (GONÇALVES, 2009)
2.3. Estrutura
Segundo Albareda et. al. (2007), o código de barras é composto pelos elementos a
seguir:
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• Módulo: é a largura da barra/espaço mais fino. É a partir do módulo que a largura das
barras e espaços são definidos;
• Barra: é a parte escura do código, a que retém a luz codificando cada módulo com 1;
• Espaço: é a parte clara do código. Reflete a luz codificando cada módulo como 0.
• Caractere: cada número ou letra codificado com barra e espaço.
• Caractere inicial final: indicam ao leitor de código o início e o fim do mesmo. Esse
caractere pode ser representado por um número, letra ou outro símbolo dependendo do
código utilizado.
• Margem de silêncio: são espaços sem impressão que ficam dos dois lados do código.
Elas são extremamente importantes para o reconhecimento do código por parte do leitor.
• Sinais de enquadramento: delimitam a área na qual devem estar contidas todas as
informações do código.
• Flag: empregado no sistema EAN no início do código para indicar o país de origem do
produto. No UPC ele indica o tipo de produto.
• Dígito verificador: é um elemento incluído no código que ajuda a detectar erros durante
a leitura.
A decodificação dos dados é feita por um aparelho chamado scanner, que através da
emissão de um raio de luz (laser), converte a representação gráfica em bits (seqüências de
0 ou 1) compreendidos pelo computador, que por sua vez os converte em letras ou números
legíveis para o humano.
Há três tipos básicos de leitores de código de barra (DA SILVA et al., 2008):
Segundo Da Silva et al. (2008), existem diferentes critérios para combinar barras
claras e escuras, o que nos proporciona diferentes tipos de códigos. A seqüência “123”, por
exemplo, pode ter diversas representações dependendo do tipo de código utilizado.
• EAN 8: Código de Barras numérico para identificação de itens comerciais, regido pelo
órgão internacional de logística GS1.
• EAN 13: Código de Barras numérico para identificação de itens comerciais, regido pelo
órgão internacional de logística GS1. Este código é normalmente utilizado em produtos
vendido no varejo como em supermercados.
• EAN 14: Código de Barras numérico para identificação de itens comerciais, regido pelo
órgão internacional de logística GS1. Este código é normalmente utilizado em fardos e
caixas de papelão.
• EAN 128: Código de Barras alfanumérico utilizado para troca de dados entre parceiros
comerciais, cujas regras são regidas pelo órgão internacional de logística GS1.
Desses códigos, um dos mais comuns no comércio é o EAN13. (SILVA & PAPANI,
2010)
De acordo com ROCHA (2003), os sistemas do Brasil estão modelados para receber
código de 13 posições, o que possibilita trabalhar também com códigos de 8 e 12 posições.
Ao optar pelo padrão EAN, o Brasil recebeu o número código (flag) 789.
Até alguns anos atrás era comum ir ao supermercado e ver o funcionário do caixa
procurar a etiqueta de preço de cada item e digitar o valor na máquina registradora, fazendo
a soma.
Inclusive, para poder manter um registro dos seus produtos, os comerciantes eram
obrigados a fechar as portas dos seus estabelecimentos para contar cada item, cada
produto que tivessem. Por ser uma tarefa cara e dificultosa, que demandava muito tempo,
espaço e pessoas, era feita no máximo uma vez ao mês.
Outros problemas que não são causados pela impressão, mas que também
prejudicam a leitura são:
• Contraste: o fundo deve ser o mais claro possível e as barras mais escuras;
• Códigos muito densos, que podem provocar a aglomeração das barras;
• Ausência das margens de silêncio.
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3. METODOLOGIA
Pesquisas quantitativas:
Pesquisa qualitativa:
De acordo com essa classificação este estudo se classifica como uma pesquisa
qualitativa, pois analisa o contexto da aplicação do código de barras em diferentes
organizações sob a ótica da própria organização.
De acordo com Yin (2005), um estudo de caso único é mais adequado que um
estudo de casos múltiplos quando o caso único representa: um caso decisivo para testar
uma teoria bem-formulada; um caso raro ou extremo; um caso representativo ou típico; um
caso revelador ou um caso longitudinal, em que se estuda o caso em dois ou mais pontos
diferentes no tempo.
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4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
O grupo conta hoje com um total de onze fábricas - 2 situadas no Brasil - e seis
escritórios espalhados por todo o mundo. A unidade situada em Igarassu - PE, foco deste
trabalho dispõe de aproximadamente 1200 colaboradores diretos, produzindo em média dois
milhões e trezentas mil peças por mês.
A empresa trabalha com produção enxuta e isso significa que cada peça que o
sistema exibe como estoque é considerada quando se faz análises de atendimento de
pedido por exemplo. Se porventura as quantidades entre o físico e o informado pelo sistema
forem divergentes isso pode incorrer em um não atendimento ao cliente ou até parada do
mesmo se o erro for grosseiro.
Como já foi dito a identificação das peças era feita através de cartões, ficando estes
soltos sobre as caixas. Este procedimento ocasionava uma alta freqüência de perda de
cartões, o que acarretava troca de lotes, de ordens e atinge em profundidade todos os
setores da empresa, desde o Planejamento que não tem acesso a informações precisas e
rápidas, a Produção que não consegue fazer apontamentos porque as ordens ficam sem
saldo (por apontamentos em ordens trocadas) e a qualidade que perde a rastreabilidade se
houver algum problema em lote específico.
informações dos cartões verdes com um diferencial de serem marcadas com identificadores
distintos, os quais poderíamos entender como sendo o nome daquela caixa que pertencente
a uma determinada ordem de produção.
O tipo de codificação optada foi a 128, a qual é mais utilizada em empresas para
movimentações internas. Para decidir por uma simbologia levaram-se em consideração
necessidades que vão desde o tipo de dados (numérico, alfanumérico), ao espaço
disponível para impressão do código.
Um outro ponto importante para aumentar a credibilidade do sistema foi delegar mais
responsabilidade aos apontadores. Foi definido então que cada apontador precisa colocar
seu código (identificação dentro da empresa de 4 dígitos) e uma senha individual recebida
para fazer os apontamentos. Isso incentivou forçosamente o comprometimento com o que
era apontado (conferência de quantidade de peças – físico versus etiqueta, cuidado com
lotes, etc.) e facilitou a rastreabilidade de falhas e necessidade de treinamentos específicos.
O código do apontador também fica impresso na margem inferior esquerda da etiqueta,
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enquanto que no lado direito, ao lado do seqüencial fica escrita a operação que aquela caixa
sofreu, nos casos de divisão ou reimpressão de etiquetas.
Essa exigência se deu para que as reimpressões de etiquetas sejam feitas apenas
quando se tiver certeza da perda da original, pois a situação de encontrar duas caixas de
peças cada uma com uma etiqueta, mas nestas contendo o mesmo seqüencial impresso, é
o mesmo de ter uma dessas caixas sem etiqueta o que é inadmissível para o sistema.
O time de apontadores foi dividido entre os três turnos e foram definidas rotas a
serem seguidas de forma a abranger todas as linhas nas quais o sistema havia sido
implantado até então. Essas rotas são o mesmo que um mapa da fábrica com marcações
dos locais onde devem ser feitos apontamento e qual apontamento deverá ser feito.
Trabalha-se atualmente com duas pessoas por turno e cada uma é responsável por um
grupo de setores. O time tem a responsabilidade de percorrer as rotas fazendo os
apontamentos das caixas que estão sobre os cavaletes de “peças para apontamento” e que
já sofreram a operação declarada na placa e então movimentá-las para o banco de peças
apontadas que estão disponíveis para a execução da próxima operação.
Embora mais de 10 anos tenham se passado, estes dados alarmam e nos põem em
atenção em relação à qualidade do serviço prestado em âmbito nacional. Os custos
decorrentes dos erros seguiam em estimativa entre 17 e 29 bilhões de dólares americanos
anuais. Os erros de medicação em relatório mais recente do IOM contavam, em 2006, com
uma estimativa anual de 400.000 eventos adversos a medicamentos, com conseqüente
custo de 3,5 bilhões de dólares anuais.
Neste formato de maior capacidade, pode-se inserir dados variáveis como lote e
validade no seu conteúdo de informações. Mais tarde, em 2008, novos parceiros aderiram à
proposta e seguiram as novas diretrizes internacionais que demandavam o uso do código
GS1 DataMatrix.
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Para a adoção dos novos padrões os softwares adotados na logística interna dos
hospitais também precisaram ser adequados à recuperação das informações do código.
Segundo James Reason (2000), os erros não são privilégio de poucos. Mesmo os
profissionais mais capacitados estão sujeitos a falhas. Por diversas vezes são as
circunstâncias que levam aos erros. A simples proposta do uso de código de barras torna o
uso de medicamentos mais seguro, delegando à tecnologia um processo que é
enormemente sujeito a falha quando limitado a procedimentos e controles administrativos.
4.3. A Divinut
A empresa nasceu há 13 anos com uma proposta específica para a cadeia produtiva
da noz-pecã na parte técnica, a inovação se deu com a produção de mudas em raiz coberta
(em sacos plásticos), que no mundo praticamente ainda não existia em escala comercial; no
aspecto do arranjo produtivo se deu na relação com os produtores que, adquirem as mudas,
recebem amparo técnico e têm a Divinut como potencial compradora de toda ou parte da
sua safra.
Presente em dois dos seis biomas brasileiros: Pampa e Mata Atlântica, os pomares
são implantados onde existe uma exploração agrícola, muitas vezes rodeados de vegetação
agroecossistemas harmonizados com a natureza, apresentou alternativas de baixo impacto
para a exploração agropecuária do Bioma Pampa no I Seminário Internacional Pampa e
Sustentabilidade – Em busca de Opções Produtivas.
Por meio do Sistema Divinut de Produção, SDP, as mudas são manejadas com base
agrossilvipastoril (sistema adequado à realidade do pequeno agricultor familiar) com baixa
mecanização e uso de insumos com alto valor econômico, social e ambiental. Esse sistema
de parcerias para produção de nozes-pecã, em que se busca a diversificação através de
uma relação ganha-ganha, foi pioneirismo mundial da Divinut.
Atualmente, a empresa possui em seu viveiro 400 mil mudas em todas as fases,
acomodadas em canteiros sombreados e em estufas totalmente equipadas com fertirrigação
e adubação foliar. São mais de 1.200 matrizeiras próprias, com rastreabilidade genética até
os Estados Unidos.
o intuito era vender nos principais centros comerciais, pois com o plano de marketing e de
negócio, esta era a perspectiva futura de mercado. A Divinut enxergava o código de barras
como uma necessidade comercial e isso fez com que começassem a fornecer a clientes que
já trabalhavam com a tecnologia. Então, a empresa detectou que cada cliente possuía uma
necessidade diferente, e cada produto com características distintas deveria ter seu próprio
código. A utilização do padrão GS1 começou com o GTIN (Chave Global atribuída para a
identificação de item comercial/serviço que precisa ser precificado, encomendado e faturado
em qualquer ponto da cadeia de suprimentos), no caso com o GTIN-13/EAN-13, nos itens
vendidos no varejo, e GTIN-14/ITF-14 nas caixas de embarque (o código de barras
recomendado para unidades logísticas que não passarão pelo ponto de venda e que pode
ser impresso diretamente em substrato corrugado - caixa de papelão - oferecendo um bom
desempenho de leitura).
Esses itens foram identificados com etiquetas com o código de barras (EAN-13,
suporte de dados do GTIN-13), pois são vendidos no varejo.
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Nas caixas de embarque, feitas de papelão duplo são 5kg e 10kg, contendo 2
embalagens de 5kg, 10 embalagens de 1kg ou 20 embalagens de 0,5kg, foram aplicados o
ITF-14, suporte de dados do código GTIN-14.
4.4. ABRAPA
Cumprindo este papel, hoje, a Abrapa representa 99% de toda a área plantada, 99%
da produção e 100% da exportação de algodão no Brasil.
Desse modo, hoje é possível extrair diversos tipos de relatórios e estatísticas, tendo
por base as informações transmitidas pelas Algodoeiras no momento em que se
cadastraram ao Sistema, dentre os quais podemos destacar o crescimento da adesão ao
Sistema Abrapa de Identificação pelas algodoeiras existentes no Brasil, e a capacidade
instalada de beneficiamento em cada estado.virtual, tendo seu início no final de 2007 e após
os ajustes necessários concluído em Outubro de 2009.
Este projeto passou por uma fase piloto, e após aprovado foi disponibilizado em abril
de 2010. O novo sistema além de oferecer todo o histórico das etiquetas e a rastreabilidade
dos fardos, permitiu às algodoeiras que não possuíam um controle interno, obter um
histórico do que foi adquirido de etiquetas, bem como a quantidade de fardos beneficiados
em cada safra, bastando para isso, que atualizassem o sistema ao final do beneficiamento
da safra em andamento. Fato que trouxe grande aceitação dos usuários.
Desse modo, hoje é possível extrair diversos tipos de relatórios e estatísticas, tendo
por base as informações transmitidas pelas Algodoeiras no momento em que se
cadastraram ao Sistema, dentre os quais podemos destacar o crescimento da adesão ao
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O SAI utiliza o padrão GS1-128. Cada fardo de Algodão carrega uma etiqueta com o
código de barras SSCC – Código de Série de Unidade Logística.
A ABL buscou desde o início suprir uma necessidade que o mercado farmacêutico
começava demonstrar, em utilizar uma codificação que realmente acrescesse valor para
seus clientes. A empresa queria não somente seguir o trivial que a concorrência dava sinais
que faria, mais sim abordar toda a cadeia de embalagens disponíveis, contemplando a
embalagem primária, secundária e terciária, todas com a codificação GS1, linear ou
bidimensional, dependendo da necessidade. Deste trabalho resultou o aumento da
aceitabilidade dos produtos em diversos hospitais e distribuidores, onde a empresa passou
a agregar valor e fornecer um excelente diferencial para a área de marketing na hora de
oferecer o pipe-line.
O ganho financeiro veio por conseqüência, mas não foi o objetivo motivador do
projeto.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALBAREDA, A. P.; TESKE, E. K.; CONCEIÇÃO, DA SILVA, E.; J. C. G.; NORDES, J. J.; DA
COSTA, R. J. Código de Barras. Dissertação de Mestrado em Administração.
Fundação de Estudos Sociais do Paraná. Curitiba, 2007.
ASPDEN P et al. Preventing Medication Errors: Quality Chasm Series. Washington, DC.
National Academy Press; 2007.
GONÇALVES, D. Código de barras com Java. [S.L.]: GUJ, 2003. Disponível em:
<http://www.guj.com.br/article.show.logic?id=34>. Acesso em: 14.abr.2009.
GS1 BRASIL. EPC - Código Eletrônico de Produto. [S.L.]: Biblioteca Virtual GS1 Brasil.
Disponível em: <http://www.gs1brasil.org.br/main.jsp?lumChannelId=
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IOM - Institute of Medicine. Crossing the Quality Chasm. A New Health System for the 21st
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KOHN LT, CORRIGAN JM, DONALDSON MS, eds. To Err is Human: building a safer
health system. Washington, DC. National Academy Press; 1999.
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