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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

Adriana Maria Cardoso Miranda

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA


EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A FORMAÇÃO DO CIDADÃO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção de título Especialista em
Filosofia e Sociologia

RIO VERDE-GOIÁS
2023
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FILOSOFIA E SOCIOLOGIA NA
EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A FORMAÇÃO DO CIDADÃO

Adriana Maria Cardoso Miranda

RESUMO
O presente artigo propõe como objetivos tratar dos assuntos que dizem
respeito ao fazer pedagógico, especificamente em relação ao ensino de Filosofia e
da Sociologia no Ensino Médio. Objetiva-se discutir algo que se mostra
extremamente relevante no atual cenário de mudanças na estrutura do Ensino
Médio, onde vez por outra surge a necessidade de se apresentar justificativas para a
retirada ou permanência da filosofia e da sociologia. A partir disso, através do
método de pesquisa bibliográfico visitando as obras e observando as discussões de
autores clássicos e teóricos da filosofia e da sociologia e da educação, procura-se
demonstrar a importância que a filosofia e a sociologia tem no âmbito da formação
cidadã, e qual, o seu papel nesse processo.

LEIS QUE REGEM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

O processo de formação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) é um


documento importantíssimo para o bom desenvolvimento da educação no país, os
quais são elaborados a partir da análise das sugestões de docentes de
Universidades públicas e particulares, técnicos de Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação, bem como de instituições representativas de diferentes
áreas do conhecimento, especialistas e educadores. O mesmo, surge como
resultado de todas essas discussões e propostas que contribuem para a elaboração-
reelaboração do currículo escolar, que por algum motivo não atenda mais as
necessidades político-sociais da sociedade. Desse modo, partindo do entendimento
de que as mudanças e evoluções que ocorreram no conhecimento, no que diz
respeito às produções e relações sociais em geral, demandavam uma renovação no
currículo escolar brasileiro, tendo em vista que o modelo tecnicista, então vigente, de
educação não mais satisfazia as demandas sociais da época, qual seja, da década
de 1990; período em que efetivamente se revelou essa nova necessidade, oriunda
do surgimento das novas tecnologias, as quais são constantemente superadas, e
que, portanto exigem não mais uma formação especializada que acumule
conhecimentos em determinada área do saber, mas uma formação que permita ao
cidadão dialogar e interagir com as mais diversas áreas do saber. É desse contexto
social que emerge a proposta de uma formação geral do cidadão, não mais
específica como foi nas décadas anteriores.

Diante da necessidade evidente de uma reforma nos Parâmetros Curriculares


Nacionais que atendesse as demandas sociais da população; tendo-se depois de
muitos debates acerca desse assunto, elaborado as reformas necessárias; agrega-
se em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei n°
9.394/96, que trouxe em seu escopo mudanças significativas, pois segundo pode-se
constatar em seu conteúdo “a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do
trabalho e a prática social”. (BRASIL, Lei nº 9.394, 1996, art. 1º, inciso 2°).

Considerando a potência de vida que existe nas aulas de Sociologia podemos


afirmar que ela tem incomodado. As forças regulação (SANTOS, 2011) têm atuado
para sua extinção primeiro por meio dos diversos projetos parecidos com o PLS nº
193/2016, que defendem uma “Escola Sem Partido” (BRASIL, 2016a); depois via
Medida Provisória (BRASIL, 2016c), que propõe sua extinção enquanto Disciplina.
(CHAVES, 2017, p.172-173)

Observadas essas mudanças no cenário das leis da educação brasileira,


podemos então partir para o desenvolvimento do tema proposto, qual seja, “A
importância da Filosofia e da Sociologia para uma formação cidadã”.

FILOSOFIA

A filosofia é uma ciência que se constitui no estudo de problemáticas


primordiais referentes à existência humana, tratando da causa, dos efeitos e das
propriedades dos seres, além de ser uma disciplina, a filosofia é inerente ao
homem, não apenas como sabedoria, mas também como sentença natural do ser.

De forma ampla é possível entender a Filosofia como uma reflexão atual


sobre os diversos questionamentos que afligiu a humanidade. Cada período da
Filosofia respondeu certas questões própria do seu tempo.

Sendo assim conforme, Brangatti a Filosofia é entendida como:


“a Filosofia não é, de modo algum, uma simples abstração
independente da vida. Ao contrário ela é a própria manifestação
humana e sua mais alta expressão (...) A Filosofia traduz o sentir, o
pensar e o agir do homem. Evidentemente, o homem não se alimenta
da Filosofia, mas sem dúvida nenhuma, com a ajuda da Filosofia”
(BRANGATTI, 1993, p. 25).

A filosofia é de suma importância em todas as fases da educação escolar


como um todo, pois nela que se desperta o aguçamento para o seu senso crítico,
levando o mesmo, desde cedo a adquirir seus questionamentos, busca de valores e
ter uma participação ativa dentro de uma sociedade, seja ela onde ele estiver.
Sócrates foi grande defensor das buscas dos conhecimentos, assim, que enunciava
o despertar para a busca dos diálogos nas praças de Atenas na Grécia antiga, por
volta dos séculos IV e V a.C. Sócrates defendia as habilidades argumentativas e
dialéticas. Valorizando assim, o uso da palavra e da razão, destacando assim, a
consolidação dos sujeitos com suas personalidades, formação, desejos e ao mesmo
tempo, provocando os, no desenvolvimento “desenrolado” para a busca e
compreensão de seus métodos questionadores e capazes de se desenvolveres os
seus próprios pensamentos e ações. Formando cidadãos capacitados para enfrentar
as diversas situações que poderão surgir em suas vidas.

A Filosofia sempre foi tratada no âmbito da educação básica brasileira como


produto requintado, acessível à elite. Decantada nos discursos oficiais, mas
maltratada na prática educativa, sua história é marcada pela exclusão. Já no período
jesuítico, entre 1553 e 1758, só os colonos brancos podiam estudá-la. Enquanto
isso, índios, negros, mestiços e pobres recebiam uma educação catequético-
religiosa de segunda ordem. A partir daí, as “re-formas” havidas no ensino passarão
a responder pelo seu constante vai-e-vem n currículo escolar.

A filosofia tem o papel de desenvolver, e ao mesmo tempo, impulsionar em


especial nossos sujeitos alunos ao conhecimento. O próprio significado da filosofia
em si, já diz respeito a sabedoria. O grande educador Paulo Freire, sempre deixou
transparecer em suas citações, que o papel da educação é ser libertadora, de forma
a instigar os educandos a serem pessoas livres para conhecer, aprender e ensinar e
ao mesmo tempo, ter papel crítico junto a uma sociedade que busca inovações,
qualificações e que concomitante em ter que ser sujeito que tenham sabedoria.
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em
comunhão. ” (FREIRE, Paulo. Rio de Janeiro: 1987.). E preciso termos uma filosofia
ativa dentro do processo ensino aprendizagem e isso temos observado em nossos
processos educacionais em especial do ensino médio, onde tem como
obrigatoriedade o ensino de filosofia. Completando assim, a citação de Freire. A
libertação de homens em comunhão. Docentes, discentes e a própria comunidade
escolar, quando tem sua participação ativa. nela que se desperta o aguçamento para
o seu senso crítico, levando o mesmo, desde cedo a adquirir seus questionamentos,
busca de valores e ter uma participação ativa dentro de uma sociedade, seja ela
onde ele estiver. Sócrates foi grande defensor das buscas dos conhecimentos,
assim, que enunciava o despertar para a busca dos diálogos nas praças de Atenas
na Grécia antiga, por volta dos séculos IV e V a.C. Sócrates defendia as habilidades
argumentativas e dialéticas. Valorizando assim, o uso da palavra e da razão.
Sócrates e os socráticos apreciavam analisar questões humanas, seus valores,
verdades e fundamentos. Os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos:
a verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela.
(TANCREDI, 2020).

A Filosofia é fundamental na vida de todo ser humano, proporcionando assim,


a prática de análise, reflexão e crítica em busca de vários benefícios rumo ao puro
encontro do conhecimento do homem e do mundo e suas transfigurações.
Reconhecemos que a Filosofia é um produto não material, mas o conhecimento
produzido nessa área materializa-se na linguagem, em conceitos filosóficos,
organizados em um sistema de conceitos, assim como concebe Vigotski (2001) e
Gorski (1959). Ademais, é dentro a aplicação do pensamento teórico que se chegará
as ações práticas futuras. Quando aplicado no ensino médio o componente segundo
a BNCC, os sujeitos alunos em anos finais, estarão praticando ensaios para uma
vida acadêmica e mundo profissional prático. Assim sendo, a extrema importância
do ensino de filosofia como total instrumento de aprendizagem e desenvolvimento
na vida dos discentes.

A Filosofia enriquece o processo de ensino-aprendizagem ao promover a


problematização filosófica, estimulando uma abordagem crítica que se soma a
outras disciplinas. A formação de um cidadão crítico não consiste apenas em adotar
posicionamentos preestabelecidos, mas sim em fundamentar seus argumentos de
forma objetiva e sólida. No entanto, a presença da Filosofia no currículo escolar é
essencial para a formação de cidadãos críticos, autônomos e capazes de conviver
harmoniosamente com a diversidade de ideias em uma sociedade plural. É
fundamental garantir que essa disciplina seja valorizada e mantida no processo
educacional, enriquecendo o aprendizado e preparando os estudantes para
enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

SOCIOLOGIA

A sociologia da educação é uma disciplina que estuda os processos sociais


que ocorrem em relação ao ensino e à aprendizagem. Tanto os
processos institucionais e organizacionais, nos quais a sociedade se baseia para
prover educação a seus integrantes, como as relações sociais que marcam o
desenvolvimento dos indivíduos nestes processos, são analisados por esta
disciplina, compreendendo e caracterizando a inter-relação ser
humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas. O estudo de
sociedade nos oferece diferentes ferramentas importantes nesta análise. O
conhecimento de como diferentes culturas se reproduzem e educam seus indivíduos
permite uma aproximação dos processos estruturais que compõem a educação de
uma forma mais ampla. A sociologia da educação é a extensão da sociologia que
estuda a realidade sócio-educacional.

A sociologia no sistema educacional tem como objetivo de contribuir para que


o estudante pense e reflita de forma autônoma e permanente. Analisando a
realidade pela qual permeia a vida social se faz mais que necessário a inclusão da
disciplina sociologia, a fim de gerar reflexão.

O estudo de sociologia no Ensino Médio, assim como a de outras ciências


humanas contribuem na formação do jovem não só com o conhecimento de dados
históricos e científicos, mas apurando o seu senso crítico e de questionamento. Ao
desmistificar ideologias e desenvolver o pensamento crítico e reflexivo das novas
gerações, pode-se continuar sonhando, e construindo um país, não de iguais, mas
justo para todos aqueles que apenas querem viver. O ensino de sociologia de forma
reflexiva e critica incentiva os jovens a serem mais participativos e atuantes na
sociedade buscando melhorias para o meio em que vivem. Os jovens passaram a
ter mais visibilidade como grupo distinto quando, no século XX, surgiram
movimentos juvenis demonstrando sua cultura, através de manifestações
envolvendo traços culturais e políticos. (ZORZI, et al.2013, p.41).

Ensinar sociologia significa impregnar de sentido a prática pedagógica


cotidiana, na perspectiva de uma escola cidadã. Vale dizer, que a escola é
reprodutora na medida em que trabalha com determinados conhecimentos
produzidos e acumulados pelo mundo cientifico, mas transformadora visto que
promove uma apropriação critica desse mesmo conhecimento tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida da sociedade global.

A obrigatoriedade da disciplina de sociologia no currículo do Ensino Médio


desde 2008 tem contribuído para a formação crítica dos jovens, tornando-os mais
atuantes na sociedade em que vivemos. Por esse motivo, é que toda a sociedade
deveria se posicionar contra a Medida Provisória elaborada pelo Ministério da
Educação e defendida pelo Ministro da Educação Mendonça Filho, na qual, segundo
essa medida, acontecerá uma reforma que flexibiliza o conteúdo que será ensinado
aos alunos, retirando a obrigatoriedade da disciplina de sociologia da grade
curricular do Ensino Médio. Por essa medida, a Associação Brasileira de Ensino de
Ciências Sociais lançou uma campanha contra a proposta de excluir do Ensino
Médio as disciplinas de filosofia e sociologia argumentando como defesa destas
disciplinas, em particular a sociologia, por ser de suma importância para a formação
da opinião crítica e cidadã da juventude, pois esta disciplina oferta um referencial
cientifico para a compreensão dos grandes dilemas impostos neste século XXI.
(2018).

Segundo Ministério da Educação (MEC) e os Parâmetros Curriculares


Nacionais (PCNS), a importância da disciplina sociologia nas salas de aula se da em
razão da formação para a crítica e para a cidadania. Ou seja, educar em prol da
reflexão e compreensão da sociedade em que estamos inseridos; formar cidadãos
conscientes; problematizando questões cotidianas e oportunizando espaços de
discussão.

A sociologia é importante na educação, e MILLS (1965), trata como um


conhecimento capaz de conduzir o homem comum a compreender os nexos que
ligam sua vida individual com os processos sociais mais gerais. Como o homem
comum não tem consciência da complexidade da realidade social. IANNI (1988)
afirma que o mundo depende da Sociologia para ser explicado, para compreender-
se, e que sem a Sociologia talvez o mundo fosse mais confuso e incógnito. Desde
modo, a Sociologia atua como “autoconsciência” da sociedade.

É necessário enfatizar que o sentido do ensino da Sociologia no ensino médio


não é formar sociólogos, mas possibilitar ao homem comum pensar
sociologicamente. Pois como elucida SOUTO (1987) “pensar sociologicamente é
pensar não só de modo racionalmente rigoroso, como também de maneira a ser
comprovada pela observação controlada dos fatos sociais”. O papel da sociologia no
sistema educacional é contribuir para que o estudante pense e reflita de forma
autônoma e permanente.

Analisando a realidade pela qual permeia a vida social se faz mais que
necessário a inclusão da disciplina sociologia, a fim de gerar reflexão. Vivemos na
“era pós- moderna”, como elucida Bauman (2000), o advento da modernidade e a
formação das sociedades capitalistas, leva a ideologia individualista que ganha força
e se constitui como ideologia hegemônica, fornecendo a base para as
representações sobre o individuo, as relações ou interações humanas. A partir de
então, podemos acrescentar o sentido do ensino de sociologia aos nossos alunos.
Mais que desvelar ou até olhar por trás das fachadas (Berger, 1998), os problemas
sociais, ou de ensinar conceitos sociológicos, a sociologia atua contra a mentalidade
individualista desse homem moderno. Que não se reconhece envolto no “capitalismo
selvagem”, pois o mesmo lhe suga o tempo de reflexão, questionamento e mudança,
a fim de que só se reconheça o capital. Logo, deparamos com os problemas sociais:
como falta de educação, saúde, diferenças sociais, fome e miséria. É através do
desvelar da realidade que se conhece, questiona e propõe mudança. Esta prática
deve permear as salas de aulas.

Filosofia e Sociologia no Ensino Médio


A Lei nº 9.394/96dispõe:
Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
(...)
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de
tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
(...)
III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao
exercício da cidadania.
A Lei nº 11.684/08 altera o art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a
Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino
médio.
A Camâra de Educação Básica aprovou parecer e resolução que tratam da
inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino
Médio:

 Parecer CNE/CEB nº 38/2006, aprovado em 7 de julho de 2006 - Inclusão


obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino
Médio.
 Resolução CNE/CEB nº 4, de 16 de agosto de 2006 - Altera o artigo 10 da
Resolução CNE/CEB nº 3/98, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio.
 Parecer CNE/CEB nº 22/2008, aprovado em 8 de outubro de 2008 - Consulta
sobre a implementação das disciplinas Filosofia e Sociologia no currículo do
Ensino Médio.
 Resolução CNE/CEB nº 1, de 18 de maio de 2009 - Dispõe sobre a
implementação da Filosofia e da Sociologia no currículo do Ensino Médio, a
partir da edição da Lei nº 11.684/2008, que alterou a Lei nº 9.394/1996, de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Com o fim da Ditadura Militar e o processo de abertura política e consequente


redemocratização do Brasil, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB,
Lei nº 9.394/96, definiu um novo currículo para o Ensino Médio (BRASIL, 1996), e,
embora tenha ocorrido considerável tensão dos movimentos sociais, partidos
políticos e entidades representativas dos profissionais de Filosofia e Sociologia para
a inclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia no respectivo currículo, isso não
ocorreu. É factível mensurar ainda que o então Presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), vetou o projeto aprovado pelo Congresso Nacional em
2000 que garantia a obrigatoriedade da presença dessas disciplinas no Ensino
Médio (JINKINGS, 2007).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim como o grande mestre Paulo Freire destacava que a educação é


libertadora da opressão e das mentes cegas, a filosofia nascida na Grécia antiga, há
séculos antes de Cristo, denominada por diversos filósofos como; Mileto, Platão,
Sócrates, até os mais modernos como; Descartes, Comte, Maquiavel e outros
tantos. Ambos justificaram suas teorias, pensamentos e contextos libertador e
alusivos a novos pensamentos refletivos as buscas incessantes de fortalecimentos e
identidade própria sem o domínio de outrem.

Ensinar sociologia significa impregnar de sentido a prática pedagógica


cotidiana, na perspectiva de uma escola cidadã. Vale dizer, que a escola é
reprodutora na medida em que trabalha com determinados conhecimentos
produzidos e acumulados pelo mundo cientifico, mas transformadora visto que
promove uma apropriação critica desse mesmo conhecimento tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida da sociedade global.

A Sociologia no currículo escolar é importante, pois traz a sala de aula um


debate muitas vezes deixado de lado e é esse debate que abrirá espaço ao
estudante de compreender e questionar o mundo das relações e das ações sociais.

Portanto, embora a Filosofia e a Sociologia tenham se tornado disciplinas da


escola básica brasileira em períodos diferentes, as suas respectivas trajetórias
vinculam-se a partir de uma linha tênue. Suas inserções e exclusões dos currículos
da educação básica estiveram fundamentalmente relacionados aos contextos sócio-
políticos vivenciados no Brasil desde o período colonial. Ambas as disciplinas estão
em uma busca constante pelo seu reconhecimento como produto histórico social
que tem como fundamental importância na formação destes alunos no Ensino
Médio. As suas contribuições à escola brasileira estão focalizadas na própria riqueza
da formação cultural dos alunos, tendo como objetivo a construção de um sujeito
autônomo, reflexivo e crítico, que se aproprie e reflita criticamente das relações
sociais em que está inserido, procurando indagar sobre a realidade que se
apresenta como imediata.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2018.
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4.024/1961.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília:
MEC, 1996.
BRANGATTI, Paulo R. O ensino de Filosofia no segundo grau: uma necessidade
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BAUMAN, Zygmunt. Modernidade liquida. São Paulo, 2000.
BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 18.ed.
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CHAVES, Silvana Maria. A POLITICIDADE DA EDUCAÇÃO A PARTIR DA
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
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IANNI, Octavio. A Sociologia e o Mundo Moderno. São Paulo: EDUC, 1988.
JINKINGS, Nise. Ensino de Sociologia: particularidades e desafios
contemporâneos. Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, vol. 12, n.1,
p.113-130, jan./jun. 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino
Médio. Brasília, MEC, 1999 – Ciências Humanas e suas Tecnologias V.4
SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da Razão indolente. São Paulo: Cortez,
2011.
MILLS, Wright. A Imaginação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1965
SKI, D. P. Lenguage y conocimiento. In: Pensamiento e Lenguaje. Ediciones
Pueblos Unidos, Montevideo: 1959
SOUTO, Cláudio. O que é pensar sociologicamente. São Paulo: EPU, 1987
TANCREDI, Silvia. Sócrates, Brasil Escola.
https://www.google.com/amp/s/m.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/amp/filosofia/
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Acesso dia 24 de setembro 2023.
VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo:
Martins Fontes, 2001.
ZORZI, Analisa. Metodologia do ensino em Ciências Sociais. Curitiba:
Intersaberes, 2013.

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