PROJETO PEDAGÓGICO

COM QUAL PENTEADO

EU VOU?

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1

A autora
PROJETO PEDAGÓGICO
Kiusam de Oliveira é pedagoga,
doutora em Educação, mestre em
Psicologia pela Universidade de São
Paulo (USP) e terapeuta integra-
tiva. Escritora da Literatura Negro-
Brasileira do Encantamento Infantil
e Juvenil, atua como formadora dos
profissionais de educação nas temáti-
cas educação, relações étnico-raciais
e de gênero, com foco em uma edu-
cação antirracista.
O Ilustrador
Rodrigo Andrade, depois da paixão
por bibliotecas e livros com ilustrações
quando pequeno, estudou Artes Grá-
ficas e se especializou em desenvol-
vimento para web. Hoje, trabalha na
área da educação digital, com desen-
volvimento de conteúdo multimídia e
animações. Ele busca formas criativas
de abordar o lúdico e a diversidade
em todos os sentidos, e isso é uma
constante em seus desenhos.
2
Com Qual Penteado Eu Vou?
Resumo Quadro sinóptico
A festa de 100 anos do Seu Bene- Temas principais: autoestima,
dito vai animar toda a família, afinal, negritude, ancestralidade,
agora ele é um cen-te-ná-rio. Para respeito, família, amizade,
homenagear seu bisavô nessa data representatividade, diversidade
tão importante, suas bisnetas e seus
Tema transversal: pluralidade
bisnetos irão escolher penteados lindos
cultural
para participarem da comemoração. E
cada uma e cada um irá presentear seu Interdisciplinaridade: Língua
bisa com a virtude mais poderosa que Portuguesa, História, Geografia,
tem. Com qual virtude você presente- Ensino Religioso, Artes
aria alguém tão especial? Competências BNCC:
As virtudes de se ouvir e contar his-
tórias enquanto se faz um belo e cuida- CG1, CG6, CG9, CELP9
doso penteado une idosos, adultos e Gênero textual: conto
crianças, e essa prática conjunta trans-
forma-se em hábitos diários, como
escovar os dentes antes de dormir.
Ficha
Autora: Kiusam de Oliveira
Ilustrador: Rodrigo Andrade
Título: Com Qual Penteado INDICAÇÃO:
Eu Vou?
Leitor em
processo e
fluente:
Formato: 27 x 27 cm a partir de
Nº de páginas: 48
Elaboração: Ana Célia Goda 8
anos
ensino
fundamental
 Palavras iniciais
O conto é um gênero discursivo ori-
ginário da cultura oral popular, com
diversos subgêneros: conto popular,
de mistério, contos míticos, fantásticos,
maravilhosos etc.
“Em linhas gerais”, explica Cristiane
Tavares, “o conto pode ser definido
como um relato de configuração mate-
rial narrativa pouco extensa, no qual
predomina a síntese: número reduzido
de personagens, tempo e espaço restri-
tos, ações concentradas em uma trama
que, quase sempre, não comporta intri-
gas secundárias.”
Este livro é um conto sobre ancestra-
lidade, família e identidade.
Conforme explica a atriz e jornalista
Taís Araujo no texto das orelhas: “São
muitas histórias dentro da história de
Com Qual Penteado Eu Vou?. Poderia
ser um livro sobre penteados e formas
de usar cabelos crespos, e só por isso
já valeria ler, já que cabelo e a forma
como os nossos são vistos na sociedade
são fontes de muitas questões e dores;
mas vai além disso, muito além! Fala
de ancestralidade, de família, de res-
peito e de valorização dos mais velhos,
respeito e valorização das diferenças,
da importância da humanização e das
qualidades de cada indivíduo.”
3
Conversa com o professor forma encontrada pelas mãos adultas
Através da leitura compartilhada e da de conversarem com a cabeça de uma
mediação de leitura desta obra, o edu- criança.”
cador estará valorizando a identidade
das crianças negras, dentro e fora da
sala de aula, ao mesmo tempo em que Competências Gerais da BNCC a que
incentiva a leitura literária e a interação este livro atende:
cuidadosa entre adultos e crianças.
No prefácio do livro Com Qual Pen- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
teado Eu Vou?, Renato Noguera, filó- historicamente construídos sobre o
sofo, escritor professor de Filosofia na mundo físico, social, cultural e digital
UFRRJ, descreve com muita precisão o para entender e explicar a realidade,
conjunto de virtudes com que a autora continuar aprendendo e colaborar
nos presenteia, ao falar dos nomes: para a construção de uma sociedade
“Kiusam destaca os nomes africanos justa, democrática e inclusiva.
com seus significados e locais de ori-
gens de forma a nos lembrar de um 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de
costume que atravessa muitos povos do sua saúde física e emocional, compre-
continente: quando uma criança nasce, endendo-se na diversidade humana e
além do nome, ela traz uma canção reconhecendo suas emoções e as dos
que vai segui-la por toda a vida. Um outros, com autocrítica e capacidade
nome é um presente porque o seu sig- para lidar com elas.
nificado é mais do que uma descrição:
o ato de nomear é fazer um convite à
vida, e o momento de receber o nome
é um festejar. Nesse sentido, os nomes
não deixam de ser matéria-prima dos
penteados, que são maneiras de enfi-
leirar os fios, ajuntar os crespos de um
lado para o outro, seja entrelaçando,
trançando, escovando ou alinhando
com o pente-garfo. Além disso, é uma

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a re-
solução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos huma-
nos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de gru-
pos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem pre-
conceitos de qualquer natureza.
Competências específicas em Língua
Portuguesa a que este livro atende:
9. Envolver-se em práticas de leitura lite-
rária que possibilitem o desenvolvimento
do senso estético para fruição, valori-
zando a literatura e outras manifestações
artístico-culturais como formas de acesso
às dimensões lúdicas, de imaginário e
encantamento, reconhecendo o potencial
transformador e humanizador da experi-
ência com a literatura.
4
Referências e atualidades
A escravidão no Brasil durou trezen-
tos anos, e o Brasil foi o último país
do Ocidente a abolir a escravidão.
No entanto, sabe-se que a popula-
ção negra, que corresponde a cerca da
metade da população brasileira, segue
vivendo às margens da sociedade.
Muita gente mora na periferia, em
bairros distantes dos locais de trabalho
na região central das cidades, ou vive
em barracos nas favelas e nos morros,
em condições precárias e perversas,
sem água nem esgoto encanados e em
meio a tiros.
O Brasil é um dos países que mais
mata e encarcera jovens negros; a
maior parte deles é presa por tráfico de
pequenas quantidades de droga e por
outros delitos como furto de alimentos,
roupas e acessórios etc. Sem condições
de pagar bons advogados, como ocorre
com os jovens consumidores de dro-
gas da elite, esses jovens permanecem
anos a fio espremidos em celas sem
condições de higiene e superlotadas,
em que adolescentes com delitos
menores convivem com assassinos e
bandidos perigosos. E, como no sis-
tema carcerário não se oferecem opor-
tunidades de estudo nem de aprender
algum ofício, o ciclo de encarceramento
torna-se repetitivo.
Desnaturalizar a desigualdade social
extrema e a perversidade cometida
contra a população negra, tanto no
passado – rememorando os fatos his-
tóricos dessa longa tragédia, quanto no
presente – questionando e enfrentando
o racismo estrutural –, é responsabili-
dade de todo brasileiro historicamente
consciente.
A história da escravidão
Entre 1550 e 1888, negros africanos
foram trazidos à força, amontoados
e acorrentados em navios comanda-
dos por traficantes de humanos. Mui-
tos morriam durante o percurso, por
causa de torturas, doenças e falta de
água, alimentos, cuidados e higiene. Os
que sobreviviam, ao chegar aqui, logo
eram exibidos em mercados e vendidos
aos fazendeiros, sendo comum pais e
filhos, maridos e esposas etc. serem,
ali, tragicamente separados, não rara-
mente para sempre.
 Depois eles eram transportados às
fazendas de plantação de açúcar que
se espalhavam pelo país, para traba-
lhar sem qualquer pagamento, nem
condições mínimas de humanidade, e
sob violência extrema dos feitores. O
açúcar era uma especiaria vendida ao
exterior e muito apreciada na Europa.
Os escravos dormiam juntos em alo-
jamentos chamados de senzala. Se não
trabalhassem, recebiam dos brancos
castigos horrorosos, surras com chi-
cotes e torturas com instrumentos de
ferro. Os que se revoltavam e fugiam
eram buscados pelos capitães do mato.
E os que conseguiam enganá-los e
sobreviver juntavam-se aos quilombos,
esconderijos no meio do mato.
A Lei Áurea foi sancionada pela prin-
cesa Isabel em 13 de maio de 1888, no
final do Império. No entanto, a lei de
abolição da escravatura não foi acom-
panhada de indenizações, nem de
outras políticas que garantissem aos ex-
-escravos educação, saúde e habitação.
E os governos subsequentes da Repú-
blica também não se preocuparam em
oferecer estrutura a essa população,
permanecendo o racismo estrutural
encravado na sociedade brasileira.
Garantir cotas em universidades e
promover outras políticas de ação afir-
mativa é um meio de oferecer alguma
reparação a essa dívida histórica.
5
Os deuses africanos: os orixás
Preparando a leitura
Os orixás são deuses de um povo
africano chamado ioruba. No tempo
da escravidão no Brasil, muitos ioru-
bas foram caçados em sua terra natal,
depois embarcados nos navios negrei-
ros para trabalhar como escravos nas
plantações.
Os orixás vieram com os negros, e
sua religião foi se transformando com
o passar do tempo, especialmente após
a abolição da escravatura, quando o
candomblé deixou de ser apenas uma
religião de descendentes de africanos,
aceitando brasileiros de outras origens,
brancos, amarelos e mestiços.
Tanto no candomblé quanto na
umbanda, os orixás são cultuados nos
terreiros com danças e cantos ao som
dos tambores, recebendo presentes
de seus devotos, geralmente a comida
preferida do orixá.
Para saber de qual orixá o devoto é
filho ou descendente espiritual, a mãe
ou o pai-de-santo (os sacerdotes) joga
os búzios.
Segundo a mitologia africana, no
início dos tempos havia apenas um
único deus: Olorum, o Senhor do Céu.
Depois Olorum criou os orixás e “se
aposentou”, entregando-lhes a criação
e o governo do mundo.
1. Exiba a capa do livro e leia o título em
voz alta, apontando as letras enquanto
as lê. Em seguida, pergunte aos alu-
nos se é possível identificar quem são
os personagens da história, e o que
poderá acontecer.
2. Comente que a ilustração da menina
com a mão apoiada no queixo e o
dedo indicador esticado próximo à
boca confirma a expressão de dúvida
comunicada através desta linguagem
verbal: Com Qual Penteado Eu Vou?
Pergunte às crianças se elas gostaram
do título e da ilustração. Solicite a elas
que façam suposições sobre porquê a
autora escolheu um título em forma
de pergunta para a obra.
3. Em seguida, leia o nome da autora
e do ilustrador, contando um pouco
sobre eles. Depois, leia o texto de
quarta capa, pergunte aos alunos se
entenderam o tema da história e se
a ilustração comunica a mesma ideia
apresentada no texto ou não.
4. Retome a apresentação do livro, leia o
olho e o frontispício, e as dedicatórias
(página 5). Salte as páginas do prefá-
cio. Leia as páginas 8 a 11 e pergunte
às crianças se as emoções demonstra-
das no rosto dos personagens condi-
zem com o que está dito em palavras.
 Lendo o livro
1. Promova uma primeira leitura
completa em voz alta, sempre
apontando as palavras durante o
processo.
2. Faça uma segunda leitura, aten-
tando a turma aos seguintes pon-
tos:
Páginas 12-13: Pergunte às crianças
se alguma delas sabe o nome da planta
no vaso e por qual propriedade ela é
conhecida.
Páginas 14-15: Por que as crianças
resolveram ofertar ao bisavô seus pen-
teados como um presente?
Páginas 16-39: Pergunte às crianças
se elas sabem a razão de os nomes das
crianças, mesmo sendo de uma mesma
família, terem origem de línguas/paí-
ses diferentes. Isso também ocorre na
família delas?
Os nomes das crianças precisam ser
destacados na conversa apreciativa. É
provável que compreendam que esses
nomes não são de origem brasileira,
por isso são tão diferentes e, ao mesmo
tempo, tão bonitos. Eles apresentam
significados que encantam e podem
até emocionar o leitor. Vale explicar
que Iorubá, Akan, Amárica, Suaíli e
Igbo são idiomas falados em mui-
tos países do continente africano e a
6
origem dos nomes ressalta alguns
deles. Pode ser interessante localizá-los
no mapa, saber mais sobre a cultura
local, contribuindo para corrigir um
pensamento corrente e equivocado
sobre a África: não se trata de um país,
mas de um continente enorme, com
muitas nações distintas.
Após a leitura
1. Peça às crianças que se sentem em
roda, para conversar a respeito da
história. Avise que, enquanto um
colega estiver falando, os demais
devem prestar atenção ao relato,
Apresente novamente a capa do
levantando a mão se quiserem
livro e leia o texto das orelhas,
contribuir. Então pergunte: “Gos-
escrito pela atriz e jornalista Taís
taram ou não do texto? E das
Araujo. Convide as crianças a se
ilustrações? Por quê? Quais emo-
expressarem: “Gostaram ou não
ções sentiram durante a leitura?
do depoimento dela? Por quê?”.
Esta história os fez se lembrarem
Em seguida, leia o prefácio (pági-
de alguma outra? Ou os fez se
nas 6-7) e comente se notaram
lembrarem de alguém querido?”
a diferença de tom entre os dois
Deixe que os alunos teçam seus
textos: o da orelha é um depoi-
comentários livremente, sem jul-
mento repleto de afeto e de
gamentos.
admiração pela autora, pontu-
2. Relembre as hipóteses levan-
ado pela experiência pessoal de
tadas pelas crianças antes e
vida da atriz após a maternidade;
durante a leitura, e verifique se
já o prefácio, embora tenha uma
elas se confirmaram ou não.
 linguagem bastante simples e
clara, é um texto de viés explica-
tivo ou acadêmico.
3. Abra o livro nas páginas 18-19
e apresente o personagem Olu-
jimi, que é portador de síndrome
de Down, explique que esta sín-
drome não é uma doença, mas
uma condição que provoca carac-
terísticas físicas e intelectuais dife-
rentes nessas pessoas. Faça a lei-
tura das páginas 26-27 e explique
que Adofo é um preto-aça ou um
menino albino muito saudável, e
que o albinismo é uma caracte-
rística física normal. Depois abra
nas páginas 36-37 e comente
que Abidemi é uma menina com
vitiligo: as manchas mais claras
no rosto. Vitiligo é um problema
de pele caracterizado por des-
pigmentação localizada. Não há
risco algum em conviver com pes-
soas portadoras de vitiligo, pois
ele não é contagioso.
4. Retome a questão da sororidade
apresentada nas páginas 40-41,
checando se as crianças compre-
enderam seu significado concei-
tual e prático.
7
Para encerrar a roda de conversa, Língua Portuguesa, História e Artes
peça às crianças que se deem
INTERDISCIPLINARIDADE
Atividade 1: autorretrato.
as mãos, permanecendo assim
Atividade 2: escrita de resenha sobre
durante alguns minutos.
o artista (entre 3 e 5 linhas).
5. As experiências do negro em rela-
Material: papel sulfite, lápis de cor e
ção ao cabelo começam muito
canetas coloridas.
cedo. As meninas negras, durante
a infância, são submetidas a ver-
História e Artes
dadeiros rituais de manipulação
do cabelo, realizados pela mãe,
Rostos na arte
tia, irmã mais velha ou pelo adulto
Desde os tempos muito antigos,
mais próximo. Para ilustrar e incen-
os artistas criaram imagens do rosto
tivar o amor-próprio, a partir da
humano, retratando alguém querido ou
normalização do cabelo afro, que
a si próprio, para transmitir sentimentos
ainda enfrenta muitos estigmas
ou fazer experiências estilísticas.
sociais, a indicação é a animação
Apresente imagens de autorretratos
Hair Love – esse filme foi o ganha-
de artistas brasileiros de diferentes épo-
dor da categoria de melhor curta
cas, contando um pouco sobre cada
de animação em 2020. A história
um deles (personalidade, estilo, trans-
é sobre um pai que tenta arrumar
formações etc.).
os cabelos da filha, não desistindo
Depois, convide as crianças a criar
da missão e assistindo a tutoriais.
seu autorretrato, reservando espaço
Ao longo de quase 7 minutos, o
na página para o título, a data e uma
enredo fala sobre aceitação, auto-
pequena resenha sobre o artista.
confiança e amor.
Cada criança decidirá como será seu
Disponível em: https://www.youtube.
processo criativo: se primeiro vai pensar
com/watch?v=kNw8V_Fkw28. Acesso
no título e na resenha e só então exe-
em 20 jan. 2022.
cutará a ilustração, ou se o processo se
dará de maneira inversa.
 Quando todos tiverem terminado
e as ilustrações estiverem secas, pen-
dure-as na sala de aula, de maneira que
os rostos retratados estejam na mesma
altura do olhar das crianças.
Artes e Geografia
Brincadeiras africanas
Introduza o assunto por meio de
uma roda de conversa com as crian-
ças sobre: o que é cultura? E quais as
características culturais de uma comu-
nidade? Após apresentarem suas opini-
ões, explique que cultura é um conceito
amplo que representa o conjunto de
tradições, crenças e costumes de deter-
minado grupo social. Inclui o conheci-
mento, as crenças, a arte, a moral, a lei,
os costumes etc.
Questione as crianças: “você sabia
que boa parte das brincadeiras e jogos
preferidos das crianças brasileiras têm
origem na África? Algumas delas são:
pega-pega, cinco marias e queimada.
Será que existem outras?” Essa pode
ser uma boa oportunidade para aguçar
a curiosidade e incentivá-las a investi-
gar o assunto.
Conduza os estudantes ao pátio
da escola (ou outro local amplo que
permita uma boa movimentação),
8
organize-os sentados em círculo e per-
gunte: “Quem gosta de brincar? E de
dançar?”.
A canção sugerida para esta ativi-
dade é “África”, da dupla Palavra Can-
Língua Portuguesa e História
tada. A música faz referência a nomes
de vários países africanos e o vídeo
Árvore genealógica
apresenta a brincadeira Roda Africana
Que tal, com a ajuda dos familiares e/
do grupo Palavra Cantada.
ou responsáveis, montar a árvore gene-
Disponível em: https://www.youtube.
alógica?
com/watch?v=QjlmRDk9ktI.
A árvore genealógica é uma repre-
Acesso em 20 jan. 2022.
sentação das pessoas que tiveram par-
ticipação na existência de uma pessoa
Assista algumas vezes, combine os
ou família, ou seja, é o histórico que
movimentos e, na sequência, organize
levanta dados sobre os ancestrais de
as crianças em roda e convide-as a
uma pessoa, de forma que fiquem
experimentar os movimentos da Roda
conhecidas as conexões estabelecidas
Africana.
entre ela e seus antepassados.
Você ainda pode:
Geralmente é assim que funciona:
Sugerir e aprender novas brin-
coloca-se o nome do ancestral mais
cadeiras. Confira uma lista com cinco
antigo de que se conseguiu as infor-
sugestões de brincadeiras africanas que
mações e, a partir dele, de seus des-
você pode ensinar aos seus alunos.
cendentes até chegar ao membro mais
Acesse:
novo da família.
ht tps: // box.novaescola.org.br/
Vamos começar? Proponha à turma
etapa/2/educacao-fundamental-1/
que converse com seus familiares,
caixa/8/leve-as-brincadeiras-africa-
mães, pais, tios, primos, todos que pos-
nas-para-sua-sala/conteudo/18551.
sam contribuir nessa aventura. Alerte
Acesso em 20 jan. 2022.
aos alunos que não se esqueçam de
pesquisar sobre o significado, origem
dos nomes e qual era ou é a maior vir-
tude desse ancestral.
 Leia também
BARBOSA, Rogério Andrade. Rio
Acima, Mar Abaixo. São Paulo: Editora
Melhoramentos, 2018.
McCARNEY, Rosemary. Onde Vou
Morar? A vida de uma criança refu-
giada. São Paulo: Editora Melhoramen-
tos, 2017.
OLIVEIRA, Tatiana Santos de.
A Menina Feita de Nuvens. São Paulo:
Editora Estrela Cultural, 2018.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual
Antirracista. São Paulo: Companhia das
Letras, 2019.
Directors: Matthew A. Cherry (Executive Producer, “BlacKkKlansman”) Everett Downing
Jr. (Animator, “Up”) Bruce W. Smith (Creator, “The Proud Family,” Animator, “The Princess
and the Frog”)Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kNw8V_Fkw28. Acesso
em 20 jan. 2022.
África, da Palavra Cantada. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QjlmRDk9ktI.
Acesso em 20 jan. 2022.
Revista Nova Escola
https://box.novaescola.org.br/etapa/2/educacao-fundamental-1/caixa/8/leve-as-brincadei-
ras-africanas-para-sua-sala/conteudo/18551.
Acesso em 20 jan. 2022.

Bibliografia
CARNEIRO, Júlia Dias. Brasil viveu um
processo de amnésia nacional sobre
a escravidão, diz historiadora. Rio de
Janeiro: BBC News, 2018. Disponível
em: <https://www.bbc.com/portu-
guese/brasil-44034767>. Acesso em:
25 jan. 2022.
PRANDI, Reginaldo. Oxumarê, o
Arco-Íris. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.

Hair Love – esse filme foi o ganhador

da categoria de melhor curta de anima-
ção em 2020.