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A Medicina é a ciência responsável por prevenir, diagnosticar e tratar doenças,

promovendo a saúde e o bem-estar das pessoas. Ela também envolve a educação,


prevenção e gerenciamento dos fatores que podem afetar a saúde dos pacientes.

O curso de Medicina é um dos mais desafiadores e completos que existem. Ele envolve
profundos conhecimentos científicos, mas também tem um lado humano muito
importante. O curso é dividido em três grandes partes: a graduação, a residência médica
e a especialização.

Na graduação, o aluno de medicina aprende tudo o que é necessário para o exercício da


profissão. Isso inclui conhecimentos básicos sobre anatomia, bioquímica, fisiologia,
histologia, farmacologia, imunologia, biofísica, entre outros. Além disso, também é
ensinado a fazer diagnósticos, aplicar tratamentos adequados e realizar cirurgias.

Após a graduação, o aluno de medicina deve fazer a residência médica, que é um


programa de treinamento prático supervisionado por médicos da área de saúde. Nessa
fase, o aluno tem contato direto com pacientes, e é responsável por realizar diagnósticos
e tratamentos.

A última parte do curso de medicina é a especialização, que dura de dois a quatro anos.
Nesta fase, o aluno se especializa em uma área específica da medicina, como cirurgia,
pediatria, neurologia, cardiologia ou oncologia. A especialização é importante para que
o médico possa prestar um atendimento de qualidade aos seus pacientes.

A história da Medicina remonta às primeiras civilizações. Desde o surgimento das


sociedades organizadas, a disposição de profissionais aptos para lidar com o tratamento
de doenças é demandada. Embora distinta, a atuação dos profissionais evoluiu ao
decorrer dos séculos, seja com a definição do campo de conhecimento na Grécia Antiga
ou com a difusão da tecnologia.

Para médicos que são formados no exterior, a aprovação no Exame Nacional de


Revalidação de Diplomas Médicos, conhecido como Revalida, é obrigatório. O
processo de inscrição para o Revalida geralmente acontece uma vez por ano, e os
médicos interessados devem atender a uma série de requisitos, incluindo a apresentação
de documentos que comprovem sua formação no exterior e sua habilidade em língua
portuguesa.

O exame em si é composto por duas etapas. Na primeira etapa, os candidatos devem


fazer uma prova que abrange, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da
medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da
família e comunidade (saúde coletiva). Os candidatos que obtiverem nota mínima na
primeira etapa avançam para a segunda etapa, que é uma prova prática de habilidades
clínicas.

O Inep divulgou em 2023 que apenas 3,7% dos candidatos foram aprovados no exame
do Revalida, aplicado no segundo semestre de 2022. O índice de aprovação é o menor
desde o início da aplicação da prova, no ano de 2011.

De acordo com o levantamento do Censo da Educação Superior divulgado em 2022


pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a
faculdade de Medicina ocupa a primeira posição entre os cursos que possuem balanço
positivo de ocupação de vagas ofertadas. Em instituições públicas, 93,4% das ofertas
para Medicina são preenchidas. Já entre as privadas, 96,6%.

Os tipos de formação para o curso de Medicina são: bacharelado e pós-


graduação.

Como é a faculdade de Medicina?

O curso de Medicina conta com carga horária mínima de 7.200 horas, com previsão de
conclusão em pelo menos seis anos. Geralmente, é oferecido em período integral pelas
instituições de ensino.

No Brasil, a formação médica pode variar de acordo com as instituições. Há cursos mais
tradicionais, com uma grade curricular que apresenta disciplinas mais teóricas no início
e mais práticas da metade para o fim do curso, e cursos com metodologias baseadas na
solução de problemas, que expõem os estudantes à experiência mais prática logo no
começo da graduação.

O estágio é realizado em regime de internato e integra, no mínimo, 35% da carga


horária do curso. Desse período, 30% devem ser realizados no Sistema Básico de Saúde
(SUS), na atenção básica e no serviço de urgência e emergência.

Os 70% restantes devem se dividir em Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia,


Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva e Saúde Mental, sendo que nenhum desses
conteúdos pode ocupar mais que 20% do tempo total de estágio.

A curiosidade é que a história dos cursos de Medicina no País é iniciada com a chegada
da Família Real Portuguesa no país, em 1808. D. João VI assinou o documento para a
criação da Escola de Cirurgia da Bahia, em 18 de fevereiro, em Salvador. Vale ressaltar
que a chegada dos lusitanos ocorreu em janeiro do mesmo ano, portanto, a deliberação
do monarca ocorreu aproximadamente um mês depois do desembarque dos portugueses
ao Brasil.

No mês de abril, outro decreto criou a Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de
Janeiro, sediada no Hospital da Misericórdia (Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro). Atualmente, as duas instituições - e os seus respectivos cursos - foram
incorporadas à Universidade Federal da Bahia (UFBA) e à Universidade Federal do Rio
de Janeiro. (UFRJ)

Em 2023, foi autorizada, pelo Ministério da Educação, a abertura de novos cursos de


Medicina no país, especialmente, onde há falta de médicos. A ação foi embasada no
término do período de validade da medida que proibia a criação de novos cursos de
Medicina, promulgada em 2018.

O CFM reluta em relação à medida da criação de novas ofertas de Medicina. De acordo


com o conselho, a aprovação do STF aos artigos da Lei do Mais Médicos (nº
12.871/2013) que tratam sobre o tema culminaria na abertura de ofertas sem o
cumprimento dos critérios impostos, como equipamentos e estrutura. A Ação
Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 81 continua em análise pelo STF.
Ainda em relação à abertura de novos cursos de Medicina, o governo divulgou, no mês
de outubro, o edital com regras para a criação de novas ofertas em todo o país. O texto
conta com seleção prévia de algumas regiões, permitindo que centros de ensino superior
privados apresentem projetos para a instalação de graduações em Medicina. Estima-se
que novas 95 formações sejam autorizadas, totalizando 5.700 vagas.

Alertando os riscos da potencial abertura de novas ofertas de Medicina promulgadas


pelo Governo, o CFM, juntamente com a Associação Médica Brasileira (AMB),
divulgaram uma nota contestando a falta de critérios técnicos, que podem influenciar
negativamente na formação dos futuros profissionais.

O CFM também marca presença nas discussões da Medida Provisória nº 1.165/23, que
reconfigura o programa Mais Médicos. A entidade analisa o período de permanência
dos participantes intercambistas, que não possuem o diploma revalidado. O prazo, que
anteriormente era fixado em 8 anos, agora, foi reduzido para 4. O texto ainda depende
da sanção do presidente.

Como proposição para combater a escassez de médicos em regiões menos populosas,


foi registrado o PL 1767/2021, projeto de lei que propõe a criação de um programa que
permita o ingresso integral de enfermeiros em cursos de Medicina, desde que os
profissionais apresentem cinco anos ou mais de experiência. O projeto ainda está em
debate, e pode avançar em 2023.

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