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Rever solos
Peneiras e calhas para separação granulométrica de solos
Geotecnia Viária
Ensaio de sedimentação de solos: Geotecnia Viária

Solos argilosos e siltosos, em face do fato de todas as suas partículas serem de


pequenos diâmetros, não permitem separação por peneiramento.
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Massa específica aparente = massa unitária

Massa específica = massa específica real (sem permeáveis) = densidade absoluta


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Peso específico do solo

Pega-se uma amostra do solo e verifica-se a relação

peso do solo que será o peso específico do solo.


𝛾=
volume da amostra

Peso específico dos sólidos do solo ou Peso específico do solo.

A partir de uma amostra do solo retira-se a água (desidratação pelo calor) ficando só a parte
sólida e mede-se o peso específico desses sólidos.

peso do sólidos
𝛾=
volume da amostra seca
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Limite de Atterberg dos solos
Índice de Atterberg são uma indicação do tipo de partículas existem no solo.
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Aparelho de Casagrande

1) Limite de Liquidez (LL)

Colocar a matéria prima cerâmica (secada previamente em estufa a 110oC) numa cápsula de porcelana e adicionar
água destilada em pequenas quantidades homogeneizando continuamente com auxílio de uma espátula, de forma
a obter uma pasta homogênea e consistente.
Transferir parte da mistura para a concha do aparelho Casagrande moldando-a Geotecnia Viária
de forma que na parte central a espessura seja de aproximadamente 10 mm
(tomar cuidado para que não fiquem bolhas de ar no interior da mistura).
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Abrir uma ranhura na parte central da massa passando o cinzel através da Geotecnia Viária
mesma, normal a articulação da concha, dividindo a massa em duas partes.

Introduzir a concha no aparelho e golpeá-la contra a base, girando a manivela a razão de duas voltas por
segundo.
Anotar o número de golpes necessário para que as bordas inferiores da ranhura se unam ao longo de 13
mm de comprimento, aproximadamente.
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Do material que passa na peneira 0,42 mm (#40), separa-se cerca de 200 g, das
quais serão utilizadas:
Cerca de 100 g para determinação do Limite de Liquidez (LL).
Cerca de 50 g para determinação do Limite de Plasticidade (LP).

Adicionando água à amostra repete-se o procedimento variando a umidade.

Com os resultados obtidos traça-se a linha de escoa mento do material (umidade X nº de golpes). Recomenda-se
a determinação de, pelo menos, seis pontos.

O LL será o teor de umidade


correspondente a 25 golpes
Casagrande estabeleceu que o limite de liquidez (LL) do solo é o teor de Geotecnia Viária
umidade para o qual o sulco se fecha em 25 golpes, sendo este valor
obrigatoriamente obtido no gráfico da reta de escoamento:

Obtenção do limite de liquidez correspondente a 25 golpes


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Determinação do limite de plasticidade - LP

✓ Obter uma pasta homogênea, de consistência plástica.

✓ Tomar cerca de 10 g da amostra assim preparada e formar uma pequena bola, a qual
deve ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da mão para
lhe dar forma de cilindro (com diâmetro e comprimento padronizados).
✓ Condição de Atterberg: possibilidade de moldar um cilindro de 10 cm de Geotecnia Viária
comprimento por 0,3 centímetros de diâmetro, por rolagem sobre uma placa de
vidro.

✓ Se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 0,3 cm, retorná-la a


cápsula de porcelana, adicionar mais água destilada, homogeneizar durante pelo
menos 3 minutos e repetir o procedimento descrito em 2.
✓ Quando a conformação (ou moldagem) do
cilindro for conseguida, a matéria prima se
encontra no estado plástico.
✓ Refazer a esfera e repetir a rolagem sobre placa
de vidro até que haja fragmentação do cilindro
com dimensões próximas as do gabarito de
comparação.
✓ Transferir imediatamente as partes fragmentadas
para um recipiente adequado, para determinação
da umidade em estufa.
✓ Repetir as operações 2 a 5 para obter pelo menos
três valores de umidade com precisão de mais ou
menos 5%, fazendo a média dos mesmos.
✓ Quanto menores as partículas, maior a superfície específica Geotecnia Viária
(superfície das partículas dividida por seu peso ou por seu volume).

✓ Limite de Liquidez: teor de umidade para o qual o sulco se fecha com 25 golpes.
“Teor de umidade do solo com o qual uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar”

O estado líquido é caracterizado pela ausência de resistência ao cisalhamento e o solo assume a aparência de
um líquido.

Quando o solo começa a perder umidade, passa a apresentar o comportamento plástico, ou seja, deforma-se
com variação volumétrica (sem fissurar-se ao ser trabalhado).

Ao perder mais água, o material torna-se quebradiço (semi-sólido).

✓ Limite de Plasticidade: menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro com 3 mm de
diâmetro, rolando-se o solo com a palma da mão.
IP = LL – LP Geotecnia Viária

IP = 0 Não Plástico
1 < IP < 7 Pouco Plástico
7 < IP < 15 Plasticidade Média
IP > 15 Muito Plástico

Índices de consistência - Terzaghi


Solos são tanto mais compressíveis (sujeitos a recalques) quanto maior
for o seu LL.
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Índices de consistência - Terzaghi

✓ O estado líquido: sem


resistência ao cisalhamento e o
solo assume a aparência de um
líquido.

✓ Quando o solo começa a perder


umidade, passa a apresentar o
comportamento plástico, ou
seja, deforma-se com variação
volumétrica (sem fissurar-se ao
ser trabalhado).

✓ Ao perder mais água, o material


torna-se quebradiço (semi-
sólido).
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Índices de consistência - Terzaghi
Solos são tanto mais compressíveis (sujeitos a recalques)
quanto maior for o seu LL

Índice de compressão

Limite de consistência

Quando cisalhado:

LC <0 fratura frágil


0<LC<1 sólido plástico
LC>1 líquido viscoso
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Índices físicos Relação entre pesos e volumes

✓ A fase sólida é constituída pelos grãos,


✓ a líquida pela água livre,
✓ a gasosa por gases (predomina ar)
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Compactação dos solos
Na compactação as partículas do solo são forçadas a agruparem-se mais
estreitamente através de uma redução nos vazios de ar.

É pois um processo de densificação, na qual a água age como lubrificante.

Densidade A compactação é o processo de redução do volume


Contato entre grãos total com a expulsão do ar dos vazios, sem perder o
Homogeneidade volume da parcela líquida.

Resistência

Vazios

Permeabilidade
Recalques
Variação
volumétrica
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Compactação dos solos
Visa melhorar as seguintes propriedades geotécnicas :
✓ resistência (melhora a estabilidade dos taludes; aumenta a capacidade de suporte);
✓ permeabilidade (reduz a tendência do solo em absorver água);
✓ compressibilidade (reduz o recalque);
✓ variação volumétrica (expansão e contração).
✓De grande importância pelo seus efeitos sobre a estabilização Geotecnia Viária
de maciços terrosos;
✓Relaciona-se com os problemas de pavimentação e barragens
de terra;
Gasosa
✓Compactação ≠ Adensamento
AR H20
Líquida
COMPACTAÇÃO
∆𝑉𝑇 = ∆𝑉𝑎𝑟
Gasosa Sólida

Líquida
Variação de volume

Sólida Gasosa
Líquida
ADENSAMENTO
∆𝑉𝑇 = ∆𝑉𝑤
Sólida
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Influência do tipo de solo

Argilosos Siltosos Arenosos

d max

wot
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A compactação de um solo é sua densificação por meio de equipamentos.
Melhorando seu comportamento mecânico e hidráulico.

✓ Processo manual ou mecânico; Volume de vazios e


✓ Em laboratório ou em campo.

AR
Ar Costuma ser entre 0,5 a 1,5 – nas argilas orgânicas
r pode chegar a 3.
Ar
AR 0,15 < e < 20
Água
Água Água
Água
Porosidade n%
Solo Solo
Após a
Antes da Compactação 20 < n < 95%
Compactação Costuma ser entre 30 e 70%
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Grau de saturação

Varia entre 0 para solo seco e 100% para solo saturado

0 ≤ G ≤ 100%

Porosidade n%

Costuma ser entre 30 e 70%


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Peso específico da água Peso específico aparente saturado

Peso específico natural Peso específico aparente seco

Peso específico submerso


Ensaio de permeabilidade Geotecnia Viária
O ensaio de Proctor Geotecnia Viária
✓ A amostra deve ser previamente seca ao ar e destorroada.
✓ Inicia-se o ensaio, acrescentando-se água até que o solo fique
com cerca de 5% de umidade abaixo da umidade ótima.
✓ O solo é colocada num cilindro padrão (10c m de diâmetro,
altura de 12,73 cm, volume de 1.000 cm3) e submetida a 26
golpes de um soquete com massa de 2,5Kg e caindo de
30,5cm.
✓ 26 golpes de compactação, para ajustar a energia de
compactação ao valor de outras normas internacionais.
✓ A porção do solo compactado deve ocupar cerca de um terço
da altura do cilindro.
✓ O processo é repetido mais duas vezes, atingindo-se uma
altura um pouco superior à do cilindro, o que é possibilitado
por um anel complementar.
✓ Acerta-se o volume raspando o excesso.
✓ Determina-se a massa específica do corpo de prova obtido.
✓ Com uma amostra de seu interior, determina-se a umidade,
Com estes dois valores, calcula-se a densidade seca.
✓ A amostra é destorroada, a umidade aumentada (cerca de 2%), Geotecnia Viária
nova compactação é feita, e novo par de valores umidade-densidade seca é obtido.
✓ A operação é repetida até que se perceba que a densidade, depois de ter subido,
já tenha caído em duas ou três operações sucessivas.

Com os dados obtidos, desenha-se a curva de compactação:


que consiste na representação da densidade seca em função da umidade, geralmente, associa-se uma
reta aos pontos ascendentes do ramo seco, outra aos pontos descendentes do ramo úmido e unem-se as
duas por uma curva parabólica.
✓ Curva de compactação Geotecnia Viária
Determinado solo (𝛿) com uma energia de compactação (E) constante,
à medida que o teor de umidade (h) aumenta o peso específico aparente seco
(𝛾𝑑 ) também aumenta, até atingir um valor máximo (𝛾𝑑 ,máx.): origem à
chamada Curva de Compactação
16,5
dmáx Curva de compactação
P
16,0 γ=
15,5 V
15,0 γ
γd =
)
3

14,5
1+w
(kN/m

14,0
d

13,5

13,0
12,5
12,0 w (%)
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
𝒘ó𝒕
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Influência do teor de umidade


Curva de saturação
É uma curva traçada no mesmo sistema de eixos w (ou h) versus e 𝛾d que a de
Compactação e representa um limite da posição da Curva de Compactação no gráfico.
Ela correlaciona 𝛾 e h quando o solo se encontra saturado.
δ. γa
17,0 γd =
S=90% S=100%
1 + h. δ
S=80%
16,0 Da correlação de Índices Físicos dos solo

Volume de vazios e
)

15,0
3
(kN/m

14,0 γs = δ. 𝛾𝑎 ℎ. 𝛿
𝑒=
d

𝑆
13,0
S o Grau de Saturação, em %
12,0 S=100%
16 18 20 22 24 26 28 30
w ou h (%)
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0 ≤ h < 1500%

Curva de compactação ou curva Proctor


Compactação dos solos -Fatores que influenciam Geotecnia Viária
✓ Tipos de solos;

Distribuição granulométrica, forma dos grãos,


peso específico do grãos e quantidade e o tipo dos
minerais argila.

Solos argilosos: wot = 25 a 30%


dmax= 14 a 15 kN/m³

Solos siltosos: valores baixos para dmax

Areias com pedregulho bem graduada:


Wot= 9 a 10% e
dmax =20 a 21 kN/m³

Solos Lateríticos → ramo ascendente íngreme


Compactação dos solos -Fatores que influenciam Geotecnia Viária

✓ Energia aplicada;
À medida que o esforço de compactação aumenta, o peso
específico seco máximo aumenta e o teor de umidade
apresenta certa redução.

 E ;   d ,  wót

M = massa do soquete;
H = altura de queda do soquete;
M .H .N g .N c Ng = número de golpes por
EC = camadas;
V Nc = número de camadas;
V = volume.
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Compactação dos solos -Fatores que influenciam

✓ Teor de umidade;
-Baixos teores de umidade
(w < wot )
a atração face-aresta não é vencida pela
energia aplicada Estrutura floculada.

-Elevados teores de Umidade (w > wot )


Aumenta a repulsão, e a compactação as orienta,
ficando paralelas, resultando na Estrutura dispersa.

-Excesso de água - ar ocluso e água absorve


os impactos → má compactação.
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Estrutura do solo compactado

No ramo seco:
✓ Maior atrito entre as partículas;
✓ Estrutura mais floculada (melhor compactação com o aumento da energia);

No ramo úmido:
✓ Estrutura mais dispersa (aumento da energia pouco interfere na compactação)
✓ Com aumento da umidade as forças de atração são desfeitas e os grãos começam a aturar como
partículas dispersas em água
✓ Fenômeno Borrachudo → o solo se comprime, mas logo dilata (o que se comprime são as bolhas de
ar.
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A condição tida como ideal para a compactação de um solo é o ponto
definido pelos parâmetros peso específico seco máximo (d max) e teor de
umidade ótimo (wot).
Borrachudo
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Surge quando se tenta supercompactar um solo em que a umidade está acima da ótima.
A saturação máxima é atingida rapidamente, já que a energia aplicada é transferida
para a água, que a devolve como um material elástico, como uma borracha.
As pressões neutras se elevam e o solo é cisalhado ao longo de planos horizontais.
Como é necessário evitar esse problema para ter uma obra de qualidade, é essencial dimensionar
adequadamente o equipamento compactador, as espessuras das camadas, o número de passadas, a
velocidade da máquina e a umidade do solo.
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Ensaio Modificado de Proctor

Tendo em vista o maior peso dos equipamentos atualmente,


tornou-se necessário alterar as condições de ensaio.
Amostra compactada no mesmo molde,
com 5 camadas, 25 golpes, peso de 4,5 kg,
altura de queda de 45 cm, energia de 25 kg·cm/cm³.

Ao crescer o esforço de compactação, o 𝜸s,max cresce


e a hot decresce ligeiramente.
Curva de resistência ou curva de estabilidade Geotecnia Viária
Curvas que mostram a resistência oferecida pelo solo compactado à penetração de
um pistão metálico de peso e área da seção transversal padronizados → agulha de
Proctor- em função da umidade de compactação.

Em 𝑤ó𝑡 não se tem a maior


resistência, tem-se maior estabilidade:
menor redução de resistência com o
aumento do teor de umidade pelas
chuvas.

Princípio fundamental na compactação:


busca-se obter a densidade máxima, que
Não implica numa resistência máxima,
mas sim maior estabilidade sob
adversidades climáticas.
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Influência do tipo de solo na compactação


Quanto mais arenoso for o solo, menor a Influência do valor da energia da compactação
𝑤ó𝑡 e maior o 𝛾𝑑 , 𝑚á𝑥, como se a curva fosse Quanto maior for a energia de compactação, menor a 𝑤ó𝑡 e
deslocando para a esquerda e para cima: maior o 𝛾𝑑 , 𝑚á𝑥.
Métodos de Compactação Geotecnia Viária
(Formas de transferência da energia para o solo)

✓ compactação dinâmica – vibração, impacto (ou percussão).


Caracterizada pela ação de queda de um soquete sobre a camada de solo
Métodos de Compactação Geotecnia Viária
(Formas de transferência da energia para o solo)

✓ compactação estática - onde se exerce uma pressão constante sobre o


solo, a uma velocidade relativamente pequena.
Consiste na aplicação de uma carga F que cresce gradativamente desde
zero até seu valor máximo, no qual é mantido durante certo tempo, após o
que é aliviada. Não há ação da energia cinética (EC).
F
Métodos de Compactação Geotecnia Viária
(Formas de transferência da energia para o solo)

✓ compactação por pisoteamento - amassamento ou


“kneading”, em que golpes são aplicados ao solo através de
um pistão com mola, em vez da tradicional queda de soquete,
iniciando-se a compactação pela parte inferior da camada, à
semelhança da compactação no campo com o equipamento
pé-de-carneiro

✓ compactação por vibração - na qual, pode-se ou não colocar uma sobrecarga sobre a camada
de solo a ser compactada, aplicando-se vibração ao conjunto
Compactação em campo – Princípios da compactação em campo Geotecnia Viária
✓ Pressão estática: aplicada por rolos estáticos (cilindro liso, de pneus e pé de carneiro.
Ocorre inicialmente deformações plásticas, à medida que o solo vai densificando
predominam deformações elásticas;

✓ Vibração: aplicada por rolos e compactadores vibratórios.


Produz o deslocamento de sucessivas e rápidas ondas de pressão que movimentam as partículas e
reduzem o atrito entre elas;

✓ Impacto: aplicado por apiloadores e cargas de impacto.


É gerada uma onda de pressão que atua em grande profundidade.
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Compactação em campo

✓ Compressão - onde a força vertical é o peso próprio do equipamento.


Corresponde aos compressores de rodas metálicas com elevado peso e pequena superfície de contato.
Indicado para solos granulares, macadames e britas graduadas, sendo que para solos com baixa capacidade
de suporte inicial a compactação não fica homogênea;

✓ Amassamento - onde atuam a força vertical (peso) e a força horizontal (efeitos dinâmicos).
Consiste nos rolos pneumáticos com rodas oscilantes e nos rolos pé de-carneiro, sendo que o processo gera
um adensamento mais rápido do solo;

✓ Vibração - onde a força vertical é aplicada com frequências maiores que 500 golpes/min.
Existem vários tipos de equipamentos com a frequência variando entre 900 e 2000 golpes/min, sendo que
a situação ideal ocorre quando a compactação do rolo se combina com a oscilação do material

✓ Impacto - semelhante ao processo por vibração, sendo que a frequência é menor que 500 golpes/min.
Consiste em equipamentos do tipo sapo mecânico e bate-estacas, utilizados em locais de difícil acesso.
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Equipamento de campo
✓ Rolos lisos de rodas de aço ✓ Rolos vibratórios
✓ Rolos pneumáticos ✓ Rolos pé-de-carneiro
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Equipamento de campo
✓ Rolo liso
✓ Rolos lisos de rodas de aço

✓ Carga por unidade de largura e diâmetro das rodas.


✓ São utilizados para compactar pedregulhos, areias bem graduadas, misturas de areia a argila de média
plasticidade e para a compactação de acabamento.
✓ Não são recomendados para areias uniformes e solos finos com elevada plasticidade, podendo ocorrer
má compactação das camadas inferiores.
✓ Rolos lisos de rodas de aço Geotecnia Viária

Adequados para provas de carga de subleitos de estradas e para operação de


acabamento de aterros com solos arenosos ou argilosos em camadas menos
espessas.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Rolo compactador de pneus de borracha

São melhores que os rolos lisos porque são pesados, com vários pneus separados por um
espaçamento pequeno – quatro a seis pneus em um eixo. Utilizado em solos arenosos ou
argilosos.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Rolos pé-de-carneiro:

Tem maior eficiência na compactação de solos argilosos,


por penetrar nas camadas nas primeiras passadas.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Rolos pé-de-carneiro:

Estes rolos são compostos de cilindros metálicos ocos


com “patas” adaptadas (15 a 25 cm).
Geralmente, as filas com as “patas” são alternadas com
4 “patas” por fila e o diâmetro do tambor varia entre 1,0
e 1,5 m.
Este tipo de equipamento gera maior porcentagem de
vazios que os rolos pneumáticos e lisos.
Os fatores que interferem na compactação são a pressão
dos pés-de-carneiro, extensão da camada comprimida
pelo rolo, peso total do rolo, área de contato de cada pé,
número de pés em contato com a camada num dado
tempo e o número total de pés por tambor.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Rolos vibratórios:

São de alta eficiência na compactação de solos


granulares.
Dispositivos vibratórios podem ser montados em rolos
lisos, de pneu de borracha ou pé de carneiro para
aplicação de efeito vibratório no solo.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Rolos vibratórios:

Podem ser compostos por um ou dois cilindros,


rebocados ou não e são eficientes para materiais não
coesivos.
Os fatores que interferem são a freqüência
de vibração (1750 vpm a 3000 vpm), amplitude (0,3
mm a 0,7 mm), força dinâmica, força estática,
formas e dimensões da área de contato e
estabilidade do equipamento.
Equipamento de campo Geotecnia Viária

✓ Placas vibratórias: ✓ Compactador tipo sapo:


Geotecnia Viária
Geotecnia Viária
Controle de compactação
É comum admitir as variações

- d: Grau de compactação( GC) entre 95% e 100%


- w: +/- 2%

d
 wot
d max  d max
Ramo Ramo
seco úmido

w (%)
Geotecnia Viária
As camadas da Terra e seus elementos
Geotecnia Viária
Litosfera

Litosfera é a camada sólida


mais externa da Terra composta por
rochas e solos, formada pela crosta e
parte do manto superior.
Comportamento do solo Geotecnia Viária

Implantação de infraestrutura de
mobilidade e habitacional

Degradação ambiental

✓ Variedade de tipos de solo;


✓ Diferentes densidades e conteúdo de água (umidade);
✓ Complexa disposição ao longo das camadas.
Geotecnia Geotecnia Viária
✓ Estuda as propriedades do solo e das rochas como
materiais de construção;
✓ Investiga as propriedades mecânicas dos solos tais
como resistências, as tensões e deformações;
✓ Avalia a interferência da água na resistência mecânica
dos solos;
A geotecnia envolve:
✓ Capacidade de suporte dos solos e rochas
✓ Estabilidade de taludes
✓ Obras de contenção
✓ Barragens
✓ Erosão
✓ Fundações
✓ Contaminação de solos
Geotecnia Viária
O conhecimento fundamental é a classificação dos solos:

✓ Areia, Silte, Argila e as combinações entre os três;


✓ Curva granulométrica;
Geotecnia Viária

Origem e formação dos solos

Desagregação da Rocha

Rocha Intemperismo Solo

Processos físicos Processos químicos Processos biológicos


ou mecânicos

Água, temperatura, Oxidação, hidratação Atuação de


Vegetação, vento microorganismos
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Intemperismo Biológico

✓ É caracterizado por rochas que perdem


alguns de seus nutrientes essenciais para
organismos vivos e plantas que crescem em
sua superfície.

✓ Plantas podem provocar o intemperismo


mecânico quando suas raízes penetram, de
forma profunda na rocha, provocando
fendas.
Geotecnia Viária

Intemperismo Físico
✓ Envolve processos que conduzem
à desagregação da rocha, sem que
haja necessariamente uma
alteração química maior dos
minerais constituintes.

✓ Os principais agentes do
intemperismo físico são variação
de temperatura, cristalização de
sais, congelamento da água,
atividades de seres vivos.
Imagem: A erosão do vento, Wadi Hitan / Autor: Tom Horton from Shanghai,
China / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic.
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Intemperismo Químico

✓ Implica em transformações químicas


dos minerais que compõem a rocha.
✓ O principal agente do intemperismo
químico é a água.

Imagem: Corrosão do calcário. Uma fenda ou


fissura criada pela reação química de água ao
longo de uma linha de fraqueza na rocha.
INTEMPERISMO
Geotecnia Viária

Solos
Rocha sã
residuais

✓ Transportados: provenientes de erosão,


transporte e deposição de solos pré-
ETS ETS
existentes.
Solos
transportados

✓ Residuais: provenientes da
decomposição e degradação de rocha
ETS = Erosão, transporte e sedimentação
subjacente. Também chamados de “in
situ”.
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Etapas de formação do solo
Geotecnia Viária

Tipos de solos residuais


Solo eluvial: Ocorre na superfície,
apresentando-se acroscopicamente
homogêneo. Também chamado de solo
superficial e solo residual maduro.

Solo de alteração: Ocorre abaixo do solo


eluvial e se apresenta heterogêneo.
Também chamado de saprolito e solo
residual jovem.
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Rocha sã

Sujeita a variações térmicas que causam contração/dilatação.

Sujeita a alívios de tensão (pressões internas) por


desconfinamento.

A rocha fica fraturada em diversas escalas a partir das


descontinuidades existentes ou outras heterogeneidades, com
entrada de água da chuva (oxigênio) e posterior dissolução de
elementos contidos nos minerais.
Fragilização da estrutura da rocha sã.
Geotecnia Viária
Solo imaturo, rochoso

Solo maduro, rico em matéria


orgânica e com espesso manto de
alteração.
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Alargamento das fraturas natural da rocha.
Evolução da atividade biológica sobre o
substrato.

Enriquecimento em materiais orgânicos.


Alteração dos minerais.
Camada superior muito diferenciada da rocha original,
com pequenos fragmentos e partículas minerais.
Geotecnia Viária
Geotecnia Viária
Geotecnia Viária
Tipos de solos transportados

✓ Aluvião: é constituído por material erodido, retrabalhado e


transportados pelos cursos d`água e depositados nos seus leitos e
margens, ou ainda em fundos e margens de lagoas e lagos, sempre
associados à ambientes fluviais.

✓ Coluvião: é constituído por depósitos de material solto, encontrados no sopé de


encostas e que foram transportados pela ação da gravidade ou, simplesmente,
material decomposto, transportado por gravidade.

✓ Tálus: é formado pelo mesmo processo de transporte por gravidade, em encostas, que
produz os coluviões, diferenciando-se pela presença ou predominância de blocos de
rocha, resultando em solos pouco espessos na fonte, o que restringe a ocorrência de
tálus ao sopé de encostas de forte declividade ou, então, ao pé de escarpas rochosas
Geotecnia Viária

Eluviais: quando formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo,


quer dizer, o solo foi formado no local onde se encontra
(solos sedimentares, residuais)


Aluviais: são formados pela ação dos agentes naturais de transporte (rios,
vento, etc.).
(solos transportados, sedimentares)
Geotecnia Viária
Geotecnia Viária
Taludes
Superfície inclinada que delimita um maciço terroso ou rochoso
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Taludes
Superfície inclinada que delimita um maciço terroso ou rochoso

reparo de danos

relocação de estruturas
Custos diretos
manutenção de obras
instalações de contenção

Escorregamentos
Perda de produtividade industrial

Interrupção sistemas de transporte


Custos indiretos
Perda de vidas humanas

invalidez física
Taludes Geotecnia Viária

Estuda-se os tipos de escorregamento:


✓ Quedas, desprendimento, escorregamento, espalhamento e corridas de lama.

Deslizamento: movimento ao longo de superfície de deslizamento ou cisalhamento de grandes massas


relativamente de solo ou rocha.

Variação do Nível de Água (N.A.):


✓ Aumento peso específico do material;
✓ Aumento da poro-pressão;
✓ Desaparecimento da coesão fictícia nas areias;
✓ Forças de percolação no rebaixamento do N.A;
Taludes Geotecnia Viária
Estuda-se os tipos de escorregamento:

✓Rotacional: ocorre em encostas de


solos homogêneos e coesos em que a
resistência do solo é independente da
profundidade.
Superfícies críticas de deslizamentos
tendem para um formato de arco
passando pelo pé da encosta
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Taludes

✓Planar: ocorre em encostas


onde há algum acidente
geológico (falhas, plano de
cisalhamento), contato solo-
rocha
Taludes Geotecnia Viária
Taludes Geotecnia Viária
✓ Corridas (fluxos): fluxo quase viscoso em que há
dificuldade em detectar um plano de deslizamentos.
O movimento desaparece com a profundidade.
Tendência em solos saturados (como em épocas de chuvas prolongadas).

Fluxos muito rápidos e envolvendo grande quantidade de material são denominados


avalanches.
Geotecnia Viária
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