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1. Introdução
2. Definição
O termo computação em nuvem (do inglês cloud computing) está associado a um novo
paradigma na área de computação. Basicamente, esse novo paradigma tende a deslocar a
localização de toda a infraestrutura computacional para a rede. Com isso, os custos de software
e principalmente de hardware podem ser consideravelmente reduzidos (Vaguero et al. 2009).
Embora este assunto esteja sendo amplamente discutido nos dias de hoje, ainda não há
uma definição completa do termo. Na literatura, podemos encontrar uma infinidade de
definições que em algumas vezes podem ser semelhantes, e em outras podem apresentar
conceitos diferentes. Por exemplo, alguns autores defendem que a escalabilidade e o uso
otimizado dos recursos são características chave da computação em nuvem, enquanto outros
discordam, afirmando que esses elementos não são características, e sim requerimentos de uma
infraestrutura que suporta esse novo paradigma da computação (Vaguero et al. 2009).
O trabalho de VAQUERO et al. 2009 tem o objetivo de encontrar uma definição geral
para o termo, com vista a contemplar a maior parte das características expostas por diversos
autores. A definição universal que foi elaborada considera principalmente três conceitos:
virtualização, ou seja, a criação de ambientes virtuais para os usuários, escondendo as
características físicas da plataforma computacional; escalabilidade, que diz respeito à
capacidade de aumento ou redução do tamanho dos ambientes virtuais, caso seja necessário; e,
por último, modelo pay-per-use, em que o usuário só paga por aquele serviço que consome
(como citado em Chirigati, 2009). Essa definição encontra-se a seguir.
Figura 1. A nuvem é uma camada conceitual que engloba todos os serviços disponíveis,
abstraindo toda a infraestrutura para o usuário (Chirigati, 2009).
Em suma, podemos destacar três principais aspectos que são novos na computação em
nuvem, em relação aos modelos anteriores (Armbrust et al. 2009):
c) a habilidade de pagar pelo uso dos recursos à medida que eles são utilizados:
o modelo pay-per-use pode usar, por exemplo, uma métrica de processadores por hora, ou
de armazenamento por dia, para cobrar pelos serviços; isso permite que os recursos sejam
liberados caso não sejam utilizados, evitando um consumo desnecessário.
3. Componentes
3.1 Virtualização
As máquinas virtuais, por exemplo, podem ser usadas para emular diversos sistemas
operacionais em uma única plataforma computacional. Assim, forma-se uma camada de
abstração dos recursos dessa plataforma, alocando-se um hardware virtual para cada sistema
(Chirigati, 2009).
4. Arquitetura
4.1.Atores
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A computação em nuvem é composta por três atores principais (Vaquero et al. 2009): os
prestadores de serviços, também conhecidos como SPs (do inglês Service Providers); os
usuários dos serviços, também conhecidos como usuários das nuvens, e os prestadores de
infraestrutura, também conhecidos como IPs (do inglês Infrastructure Providers).
Os usuários, por sua vez, são aqueles que utilizam os serviços disponíveis na nuvem.
(Figura baseada em Vaquero et al. 2009)
4.2.Camadas
4.3.Cenários
A computação em nuvem distribui os recursos na forma de serviços. Esses serviços, por
sua vez, podem ser disponibilizados em camadas abstratas. Com isso, podemos dividir a
computação em nuvem em três cenários, em relação aos serviços oferecidos (Chirigati, 2009):
IaaS, PaaS e SaaS.
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de mais alto nível possam ser desenvolvidos (Sun 2009a) O PaaS é oferecido na camada de
plataforma por prestadores de serviços, e os seus usuários também são prestadores de serviços.
O objetivo do PaaS é facilitar o desenvolvimento de aplicações destinadas aos usuários de uma
nuvem, criando uma plataforma que agiliza esse processo (Chappell 2008).
Os prestadores de serviços que produzem um PaaS, por exemplo, podem construir essa
plataforma considerando a integração de um sistema operacional, de um mediador (em inglês,
middleware), de softwares de aplicação e de um ambiente de desenvolvimento. Os prestadores
de serviços que usarão essa plataforma vêem-na como uma Interface de Programação de
Aplicativos, ou API (do inglês Application Programming Interface). Eles irão interagir com a
plataforma através da API sem ter a preocupação de gerenciar e escalar os recursos, o que torna
o processo de desenvolvimento de aplicações mais rápido e simples. Por outro lado, esses
prestadores de serviços ficam limitados pelas capacidades que a plataforma pode oferecer (Sun
2009a).
Um PaaS é construído utilizando-se um ou mais IaaS. A camada de infraestrutura,
assim, permanece transparente aos prestadores de serviços que utilizam o PaaS. Além disso,
podem ser usados também um ou mais SaaS (estes serão explicados a seguir). Os softwares de
aplicação citados acima, por exemplo, seriam SaaS usados no desenvolvimento da plataforma
(Chappell 2008).
4.3.2.1 Vantagens
Algumas vantagens da utilização de PaaS são descritas a seguir (Borges et al., 2011):
a) menor investimento inicial, fato que representa um menor risco ao
negócio, visto não ser necessário investimentos com infra-estrutura, softwares básicos
como sistemas operacionais e softwares adicionais necessários para executar as
aplicações necessárias ao ambiente de desenvolvimento. Ocorre também uma redução
de custos, considerando que só é pago o que efetivamente for utilizado, sendo os custos
relativos a manutenção da infra-estrutura de responsabilidade do provedor;
b) atualizações e novas funcionalidades são disponibilizadas de forma
imediata, não sendo necessário dedicar especialistas para estas funções;
c) suporte mais ágil com soluções implementadas rapidamente, onde os
problemas encontrados são tratados e a solução é disponibilizada de forma transparente
a todos os usuários sem a necessidade de um tratamento individual que retarda a
disponibilização da correção;
d) a empresa pode focar seus esforços no seu negócio, sem despender
energia com a escolha e manutenção de sistemas;
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Figura 5. Exemplo simples da relação entre os cenários, onde dois IaaS são
usados para a construção de um PaaS, que, por sua vez, é utilizado para a implementação
de duas aplicações (SaaS).
4.3.3.1 Vantagens
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5. Conclusão
A computação em nuvem oferece vários benefícios para os seus usuários , possibilitando uma
ótima exploração dos recursos computacionais, garantindo o acesso a este pela internet,
podendo ser acessada mesmo a distancia, disponibilizando maior espaço de armazenamento e
evitando desperdícios de energia e outros recursos. Esta também oferece desvantagens como: o
acesso so é possível através da internet; pouca segurança quando comparada a outros sistemas
de operacionais. A virtualização é considerada, por algumas literaturas, um dos principais
componentes cda computação em nuvem.
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6. Referências bibliográficas
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R., et al. Above the Clouds: A Berkeley View of Cloud Computing. University of Califórnia at
Berkeley Technical Report, 2009.
SOUSA, F., MOREIRA, L., MACHADO, J. Computação em Nuvem: Conceitos, Tecnologias,
Aplicações e Desafios. In: Antônio Costa de Oliveira;Raimundo Santos Moura;Francisco Vieira
de Souza. (Org.). III Escola Regional de Computação Ceará, Maranhão e Piauí (ERCEMAPI).
1 ed. Teresina: SBC, 2009, v. 1, p. 150-175.
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CHIRIGATI, Fernando Seabra. Computação em nuvem. Rio de janeiro, 2009.
SOUSA, Caroline Maciel. SANT’ANNA, Isys Nogueira de. VIERA, Lara Brenda Luz.
Computação em nuvem e virtualização. Brasil, 2017.
BORGES, Hélber Pereira, et al., Computação em nuvem. Brasil, 2017.
CHAPPELL, D. A Short Introduction to Cloud Platforms: An Enterprise-Oriented View. David
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