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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


COLEGIADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA

DISCIPLINA: Antropologia Filosófica


DOCENTE: José Carlos da Silva Simplício
DISCENTE: MARTA MARIA AMORIM SILVA BARBOSA
PERÍODO: 2020.1

QUESTÕES

Qual das “vinte ideias” é a mais plausível, isto é, a melhor, a mais sensata e, portanto, a mais
próxima da verdade sobre o ser humano? Por quê?

A ideia mais razoável ou aceitável sempre dependerá das premissas usadas ou pressupostas, conforme
assevera Copi (1978, p. 21). Se as premissas são base para provas e para a conclusão, tem-se um
raciocínio correto. Dessa forma, é lícito dizer que, dadas as premissas, as 20 ideias parecem-me coerentes
com o edifício teórico ao qual cada uma se vincula. Se considerarmos, igualmente, o conceito sobre
verdade como um conceito não consensual, temos aí que, dentre as 20 ideias, algumas estariam
determinadas pelo conceito de verdade absoluta, dogmática e outras influenciadas por conceitos
relativistas ou ceticistas de verdade. Assim, parece-me incoerente apontar alguma que esteja mais
próxima da verdade, haja vista que nem mesmo o conceito de verdade pode ser um parâmetro consensual
para examinar os argumentos elencados.

Qual das “vinte ideias” é a menos plausível, isto é, a mais falsa e, portanto, a mais reducionista? Por
quê?

Como dito anteriormente, menos plausível será a ideia que não guardar congruência entre as premissas
apresentadas. Algumas ideias apresentadas não se comportam como proposições e, segundo Copi (1978,
p. 22), “só as proposições podem ser afirmadas ou negadas”. Assim sendo, não há como inferir
plausibilidade de algumas ideias já que não se apresentam com premissas e conclusões. De todo modo, é
possível inferir, tendo por base o conceito de reducionismo, que todas as ideias apresentadas permitem
uma visão de homem unilateralmente, destacando ora o aspecto espiritual, ora o social, ora o biológico,
ora o racional, ora os aspectos negativos, ora os positivos sem que algum tenha proposto uma visão mais
complexa do homem como um ser interdisciplinarmente conceituado.

É possível uma síntese dessas ideias? Se sim, apresente tal síntese!

Creio que é possível uma visão mais complexa, como a apresentada por Edgar Morin, que mantenha as
idiossincrasias do ser humano tanto quanto seus múltiplos aspectos. O homem é um ser que pensa, que
tem autoconsciência, mas que também age inconscientemente; que é biológico, mas também é espiritual e
social, além de ser também máquina ou mesmo holográfico (ciborgues e realidade high tech). É um ser
efêmero, mas que também se imortaliza em suas ações. É capaz de barbáries contra seus pares e seu meio
ambiente, mas também é capaz de solidariedades, altruísmos e renúncias sacrificiais.

Partindo dessas ideias ou rejeitando-as, apresente uma concepção de ser humano que seja
adequada à sua visão de mundo.

A minha concepção de homem envolve considerar as múltiplas encarnações e o conceito de evolução


espiritual e planetária agregados ao conceito morianiano de ser humano. Entendo que o ser humano na
Terra está em jornada de aprendizagem, que fomos criados por uma Inteligência Superior, simples e
ignorantes, e que à medida que vamos experimentando as sucessivas experiências num corpo material,
vamos nos desenvolvendo em inteligência e ética. Entendo que somos um princípio imaterial não
conhecido pela humanidade terrena, um princípio inteligente e que o que chamamos de erros são,
necessariamente, etapas circunstanciais dessa evolução. Entendo também que a evolução da humanidade
terráquea é uma etapa de uma evolução ampliada de vários planetas dos pluriuniversos.

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