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Técnico em Eletrotécnica.
2º Termo
Professor: ______________.
Tensão Elétrica
É a força que impulsiona os elétrons de forma ordenada através de um circuito elétrico.
Uma fonte geradora, além de nos fornecer a corrente elétrica para fazer funcionar as fontes receptoras, nos
dá também a tensão necessária para que a corrente circule no circuito.
O instrumento utilizado para medir tensão elétrica é o Voltímetro (V).
O símbolo que representa a tensão é a letra “E”.
A unidade de medida da tensão é o volt (V).
Informação importante:
Nem sempre é preciso ter corrente para que haja tensão. Porém só haverá corrente se houver tensão.
Valores de Tensões:
Sistema Monofásico (F+N) 127V; Sistema Bifásico (F+F+N) 127 / 220V; Sistema Trifásico (F+F+F+N)
127 / 220V
Os valores de tensão em 220 / 380V, é devido a constituição do Transformador.
CORRENTE ELÉTRICA
É o movimento ordenado de elétrons livres no interior de um condutor elétrico, sob a influência de uma
fonte de tensão elétrica.
Observações importantes
São sempre os elétrons que se movem para formar a corrente elétrica;
O movimento de elétrons se dá do local onde este existe em excesso (polo negativo) para o local onde há
carência dos mesmos (polo positivo);
Os elétrons possuem carga negativa;
É o movimento ordenado de elétrons, de um polo para outro, que forma a corrente elétrica;
De acordo com a teoria eletrônica, a corrente flui do polo negativo para o polo positivo;
O instrumento usado para medir corrente elétrica é o Amperímetro (A);
A corrente elétrica é representada pela letra “I”;
A unidade de medida de corrente elétrica é o ampère (A).
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Amperímetro deve ser ligado em série com o circuito
A corrente elétrica é responsável por todo trabalho que se produz na operação de equipamentos elétricos e
são produzida por aparelhos chamados fontes geradoras, como por exemplo, as baterias, os dínamos e os
alternadores etc. E é utilizada em outros, os quais denominaram fontes receptoras, como as lâmpadas, os
motores etc.
Só há corrente elétrica em um circuito fechado, isto é, quando os terminais de uma determinada carga
(lâmpadas, motor, chuveiro, aquecedor etc.,) estiverem conectados por meios de condutores elétricos a uma
fonte de tensão elétrica.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
É a oposição oferecida por todos os elementos do circuito à passagem da corrente elétrica. Por isso, os
corpos maus condutores têm resistência elevada, e os corpos bons condutores têm menor resistência.
O símbolo que representa a resistência elétrica é a letra “R”.
A unidade de medida da resistência elétrica é o ohm (Ω
O instrumento utilizado para medir a resistência elétrica é o ohmímetro.
Existem elementos que são intercalados propositadamente nos circuitos, cuja finalidade é limitar ou
controlar a corrente de funcionamento dos circuitos. Esses elementos denominamos de: resistores,
potenciômetros e reostatos.
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INTRODUÇÃO A MEDIDAS ELÉTRICAS
Os aparelhos de medidas elétricas são instrumentos que fornecem uma avaliação da grandeza elétrica,
baseando-se em efeitos físicos causados por essa grandeza. Vários são os efeitos aplicáveis, tais como:
forças eletromagnéticas, forças eletrostáticas, efeito Joule, efeito termoelétrico, efeito da temperatura na
resistência, etc..
Voltímetro
Amperímetro
Wattímetro
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Frequêncimetro
Quanto à corrente
Instrumentos de corrente contínua - CC;
Instrumentos de corrente alternada - CA.
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Quanto ao uso
Instrumentos industriais;
Instrumentos de laboratório.
Galvanômetro de D’Arsonval
Saiba como funciona o galvanômetro e não terá dificuldade para compreender a maioria dos medidores que
você encontrará no futuro.
Provavelmente você já usou medidores para verificar a existência de uma corrente e da sua intensidade. À
medida que você se aprofundar no estudo da eletricidade, sentirá a necessidade cada vez maior de usar
medidores. Eles são braço direito do técnico em eletricidade ou eletrônica, de modo que já é tempo de você
estudar o funcionamento desses instrumentos.
Todos os medidores que você usou e quase todos os outros que você usará utilizam o mesmo dispositivo
básico. O dispositivo em apreço é baseado no princípio de funcionamento de um instrumento indicador da
existência de uma corrente elétrica, chamado galvanômetro de bobina móvel. Quase todos os medidores
modernos usam o galvanômetro de bobina móvel como parte fundamental, e, portanto, desde que você
conheça o seu funcionamento não sentirá dificuldade em entender todos os medidores que tiver ocasião de
utilizar.
O galvanômetro funciona segundo o princípio da atração e da repulsão magnéticas. De acordo com este
princípio, que você já conhece, os polos de mesmo nome se repelem e os de nomes contrários se atraem. Isto
significa que dois polos norte ou dois polos sul magnéticos se repelem, enquanto que um polo norte e um
polo sul se atraem. Você poderá verificar este princípio com facilidade, se apoiar um ímã em barra sobre um
eixo, entre os polos de um ímã em forma de ferradura.
Se o ímã em barra puder girar livremente, você verá que ele se deslocará até que o seu polo norte se coloque
defronte (o mais próximo possível) do polo sul do ímã em ferradura, e o seu polo sul defronte (o mais
próximo possível) do polo norte do ímã em ferradura. Se você deslocar a barra para outra posição, sentirá
que ela tentará voltar à posição que coloca os polos opostos bem próximos uns dos outros. Quanto mais
distante da posição inicial você colocar a barra, maior oposição ao deslocamento você sentirá. A maior
oposição que se fará sentir ocorrerá no instante em que os polos de mesmo nome se defrontarem.
Como os polos de um ímã exercem uma força
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As forças de atração e repulsão entre os polos magnéticos tornam-se maiores, quando são usados ímãs mais
fortes. Você poderá verificar isto, se adaptar uma mola ao ímã em barra, de tal maneira que ela não tenha
tensão quando os polos norte dos dois ímãs se defrontarem. Com os ímãs assim localizados, a barra tenderia
normalmente a girar para outra posição que aproximasse seu polo norte do polo sul da ferradura. Com o
acréscimo da mola, o ímã em barra só poderá se deslocar até uma posição em que a força magnética é
equilibrada pela tensão da mola. Se substituirmos o ímã em barra por um outro mais potente, a força de
repulsão entre os polos de mesmo nome será mais intensa, e a barra conseguirá se deslocar um pouco mais,
apesar da oposição da mola.
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Se você substituir o ímã em barra por uma bobina, terá um galvanômetro. Todas as vezes que uma corrente
elétrica percorrer a bobina, ela agirá como um ímã. A intensidade do campo deste eletroímã dependerá do
tamanho, forma e número de espiras da bobina e da intensidade da corrente que circula na mesma. Se a
bobina em si não sofrer modificação, a sua intensidade magnética dependerá somente da intensidade da
corrente; quanto maior a corrente através da bobina, mais forte será o eletroímã.
Se não houver corrente na bobina, ela não apresentará propriedades magnéticas, e girará, impulsionada pela
mola, até que esta perca a tensão. Se uma corrente fraca circular na bobina, ela se transformará em um ímã, e
as forças magnéticas, entre este eletroímã e o ímã em ferradura, girarão a bobina até a tensão da mola
equilibrar a força de torção. Quando a corrente através da bobina aumentar, a intensidade do eletroímã
aumentará e a bobina girará um pouco mais, contrariando a tensão da mola.
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Quando você desejar saber a intensidade da corrente, bastará ligar a bobina no
circuito e medir o seu deslocamento angular a partir da posição de repouso inicial. Para medir diretamente
este ângulo e calcular a intensidade da corrente que causa o giro da bobina, você encontrará muita
dificuldade. Porém prendendo um ponteiro à bobina e acrescentando uma escala graduada sobre a qual o
ponteiro possa se deslocar, você poderá ler diretamente a intensidade da corrente.
Com o acréscimo do ponteiro e da escala graduada, você terá conseguido o medidor básico de C.C.,
conhecido como dispositivo D'Arsonval, cuja operação depende de ímãs e de seus campos magnéticos.
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Existem, neste tipo de medidor, dois ímãs: um fixo e permanente, do tipo em ferradura, e o outro, um
eletroímã. O eletroímã consiste de espiras de fio enroladas em uma armação que, por sua vez, é montada em
um eixo encaixado entre dois mancais fixos, do tipo usado em relojoaria. Um ponteiro muito leve é fixado à
bobina, podendo girar com ela, para indicar a intensidade da corrente. A corrente através da bobina fará com
que ela atue como um ímã, e assim seus polos serão atraídos ou repelidos pelos polos do ímã em ferradura.
A intensidade do campo magnético da bobina dependerá da intensidade da corrente. Uma corrente maior
produzirá um campo mais forte, resultando em maiores forças de atração e de repulsão entre as extremidades
da bobina e os polos do ímã.
As forças magnéticas de atração e de repulsão obrigam a bobina a girar, para aproximar os polos de nomes
contrários. À medida que a corrente aumenta, a bobina torna-se um ímã cada vez mais forte e, desta forma,
seu deslocamento angular aumenta cada vez mais, devido às maiores forças magnéticas entre os polos da
bobina e do ímã. Como o deslocamento angular da bobina depende da corrente, o medidor indicará
diretamente a sua intensidade.
Aplicação
O Galvanômetro de D’Arsonval é empregado para medir:
micro amperímetro
Corrente miliamperímetro
amperímetro
Tensão mil voltímetro
voltímetro
Resistência { ohmímetro
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valores bem baixos. Em muitos instrumentos, uma leitura exata apenas é possível na faixa contida entre dois
pontos bem destacados sobre a escala.
A mola montada sobre o eixo do ponteiro desenvolve um conjugado oposto ao das chapas, levando assim o
ponteiro novamente a zero, quando o instrumento é desligado. O ponteiro destes instrumentos não estabiliza
imediatamente a sua posição de leitura sobre a escala, em virtude de vibrações do sistema de medição. Por
isto, é necessário acrescentar ao sistema câmaras de amortecimento. Este amortecimento é consequente da
ação entre uma lâmina que se desloca dentro de uma câmara, deslocamento este dificultado pela resistência
do ar.
Estes instrumentos são frequentemente encontrados devido à sua construção robusta e mesmo assim simples,
para aplicações industriais.
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Instrumento de bobina móvel
Instrumento Eletrodinâmico
O sistema de medição eletrodinâmico consiste de uma bobina móvel e uma fixa. Perante a passagem de
determinada corrente, as bobinas apresentarão a mesma polaridade e assim levarão o ponteiro à deflexão,
por repulsão. A corrente que alimenta a bobina móvel é levada a esta por meio de 2 molas espirais, que,
simultaneamente, desenvolvem uma força contrária ao deslocamento angular.
Instrumento eletrodinâmico
Numa inversão do sentido da corrente, ambas as bobinas invertem ao mesmo tempo a sua polaridade. Com
isto, as condições de repulsão entre as bobinas não se alteram e a deflexão do ponteiro se dá sempre para o
mesmo lado. Por esta razão, o instrumento pode ser utilizado tanto em corrente contínua quanto alternada.
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Usado como amperímetro ou como voltímetro, ambas as bobinas são ligadas em série ou, perante correntes
muito elevadas, são ligadas em paralelo. A principal aplicação deste tipo de instrumento é encontrada nos
medidores de potência (Wattímetros). Como a potência é obtida do produto da tensão pela corrente, a bobina
fixa é dimensionada como bobina de corrente, e a móvel como de tensão. A potência, em watts, pode assim
ser obtida diretamente por simples leitura. O amortecimento é obtido por uma câmara com ar, tal como no
instrumento de ferro móvel.
Às vezes são empregados instrumentos de medição blindados por uma chapa de ferro, para evitar
influências magnéticas presentes no ambiente externo. Neste tipo, a bobina fixa é montada dentro de um
anel de ferro fechado e laminado, evitando-se assim a formação de correntes parasitas. A precisão do
instrumento é menor devido ao ferro.
Instrumento de Indução
Este instrumento se compõe de um corpo de ferro quadripolar, que possui dois pares de bobinas cruzadas
entre si. No circuito de corrente de um destes pares de bobinas, inclui-se uma indutância. Disto resulta um
deslocamento de fase entre os pares de bobinas e desta forma, a existência de um campo girante. Um tambor
de alumínio, montado de tal modo que apresente um movimento giratório, fica sob efeito indutivo deste
campo girante. As correntes induzidas neste tambor desenvolvem um conjugado e, com isto, uma deflexão
do ponteiro. A força contrária a esta deflexão é conseguida da ação das molas espirais. O amortecimento do
instrumento é feito por um imã, em forma de ferradura, cujo campo atua sobre o tambor girante.
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O instrumento de medição por indução ou tipo Ferraris
Se a tensão é igual em ambas as bobinas seus efeitos magnéticos contrários se equilibram, o que significa
que as bobinas se ajustam sobre um valor central (médio). Neste instrumento, portanto, a posição zero não é
obtida por meio da força de molas, mas sim pela existência de correntes iguais em ambas as bobinas. Se
cada uma das bobinas estiver ligada à tensão diferente, então apresentam-se também campos magnéticos de
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intensidade diferente, do que resulta que o campo mais forte irá determinar a deflexão do corpo da bobina.
Disto se pode concluir que o instrumento de bobinas cruzadas apenas se destina a indicar diferenças de
tensões. Seu emprego é encontrado sobretudo na medição de resistências, assim como na de temperaturas e
pressões, à distância. Para estas finalidades as tensões correspondentes são enviadas ao instrumento por
meio de um divisor de tensão, que se altera em função da temperatura ou pressão.
Instrumento Eletrostático
O funcionamento deste instrumento baseia-se na atração recíproca de corpos eletricamente carregados, com
polaridades contrárias. O instrumento se compõe de placas fixas e móveis, às quais é ligada a tensão a ser
medida. Sobre o eixo do disco móvel, é montado um ponteiro. Uma mola atua no sentido contrário ao
deslocamento deste. Instrumentos eletrostáticos se destinam especificamente à medição de tensões elevadas,
pois apenas estas são capazes de desenvolver um conjugado suficientemente elevado. O instrumento pode
ser usado tanto em corrente contínua, quanto em corrente alternada.
Instrumento Eletrostático
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Amperímetro
Caso o amperímetro deva ser utilizado para uma faixa de medição n vezes superior a existente (fator de
amplificação n), então uma parte da corrente passará pelo amperímetro e (n-1) partes deverão passar pelo
derivador.
MEDIÇÃO DE TENSÃO
Medidores de tensão ou voltímetros são medidores de corrente com elevada resistência interna. Quando da
aplicação de uma tensão, circula nos aparelhos uma determinada corrente, que provoca a deflexão do
ponteiro. Devido a resistência interna inalterável do instrumento, a escala pode ser ajustada em volts.
Voltímetros são ligados em paralelo com o consumidor ou rede.
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Se a tensão a ser medida é n vezes superior a faixa de medição existente, então o valor de tensão a ser
consumido pelo resistor é de (n - 1) volts.
MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA
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Ligação do ohmímetro
A fonte de tensão é normalmente uma bateria de 4 volts. O valor da deflexão máxima do instrumento (valor
zero) é ajustado mediante o pressionamento do botão de prova (eliminação do resistor Rx) e pelo ajuste do
resistor pré-ligado. Quando diferentes baterias são usadas, a tensão exata é obtida por meio de um divisor de
tensão.
MEDIÇÃO DE POTÊNCIA
Nos instrumentos eletrodinâmicos utilizados para a medição de potência, um resistor é ligado antes da
bobina de tensão, quando a corrente nesta bobina não deve atingir valores muito elevados. Neste caso, a
ligação deve ser feita de tal forma que a bobina de corrente e a de tensão em uma de suas extremidades
estejam ligadas ao mesmo polo (P).
Ligação das bobinas do wattímetro
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Ligação do Wattímetro
Assim, evita-se que entre as duas bobinas esteja atuando toda a tensão, o que poderia dar origem à descarga
no instrumento.
Se a deflexão do ponteiro se der no sentido inverso ao desejado, então é necessário inverter a polaridade de
uma das bobinas assim modificaria o sentido de deflexão.
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Os polos são constituídos por um imã ferradura. O induzido se compõe de 3 bobinas planas, que são
dispostas entre dois discos de alumínio. Os terminais das bobinas são levados a um coletor de 3 lamelas.
O induzido é percorrido apenas por uma parte da corrente devido à ligação de um derivador. O conjugado do
induzido é proporcional ao fluxo de corrente. O disco de alumínio sofre uma frenagem durante a sua
rotação, em função da própria rotação e das correntes parasitas que se desenvolvem. Desta forma, os efeitos
de rotação e de frenagem mantêm a rotação num certo equilíbrio, fazendo com que a rotação represente a
grandeza da corrente do induzido. A rotação do eixo do induzido é transmitida ao mecanismo de medição
por meio de uma engrenagem. Como o número de voltas do disco depende da corrente do induzido e do
tempo, o número de ampère-horas pode ser lido diretamente, levando-se em consideração uma relação de
transmissão adequada. Considerando-se constante a tensão de rede, este mecanismo pode ser calibrado para
indicar o consumo de kWh. A construção deste medidor é simples e, por isto, relativamente barata. Os
terminais devem estar com a polaridade certa, pois, caso contrário, o medidor andará para trás.
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Duas bobinas de corrente fixas, pelas quais passa a corrente de carga, originam o campo magnético fixo
(campo do estator). O induzido, que é uma bobina de tensão sem núcleo de ferro e formato circular, ligado à
tensão da rede, recebe a alimentação da corrente por meio de escovas e um coletor de metal nobre. As forças
de frenagem desenvolvem-se devido às correntes parasitas, empregando discos de alumínio e imãs
permanentes. O número de voltas depende tanto da corrente como da tensão, em virtude da montagem
dinamométrica. O valor medido ao longo de um certo tempo é dado em kWh.
Para a compensação das perdas devido ao atrito, acrescenta-se uma bobina auxiliar. Esta bobina é ligada ao
circuito de corrente do induzido e fica assim permanente sob tensão. É de se observar, porém, que esta
bobina auxiliar poderá fazer com que o induzido gire mesmo sem carga, quando ocorre uma sobretensão ou
aparecem vibrações mecânicas. Para evitar tal situação, o eixo é dotado de uma lâmina de ferro, a qual é
presa pelo imã de frenagem perto da posição deste.
A designação dos terminais dos medidores de corrente contínua e corrente alternada é normalizada.
Designação dos terminais
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MEDIDOR DE CORRENTE ALTERNADA
Funcionamento
Um disco de alumínio, montado de tal forma que possa girar horizontalmente, fica sob a ação de diversos
campos magnéticos alternados próximos. Por meio destes campos aparecem no disco correntes parasitas. Os
efeitos magnéticos destas correntes influem entre si e originam a rotação do disco.
a. Rotação do disco por blindagem
Um campo magnético pode ser blindado parcial ou totalmente, quando o polo do imã é dotado de um anel
metálico. O mesmo efeito tem uma lâmina de ferro em presença de um campo.
Rotação do disco por meio da ação de um anel de blindagem
O fluxo magnético induz, assim, de um lado o anel metálico, e do outro, com seu fluxo não blindado, o
disco. Desta forma desenvolvem-se correntes de igual sentido em ambos os lados, cujos campos se atraem,
dando ao disco o movimento de rotação.
b. Rotação do disco pela atuação de dois campos magnéticos. Medidores de corrente alternada são
construídos de tal modo que dois campos alternados, defasados entre si, atuam sobre um disco de alumínio.
Rotação dos disco por meio de dois campos magnéticos
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Um dos campos é criado pela bobina de tensão, o outro pela bobina de corrente. O desfasamento de 90º
entre ambos é devido, em grande parte, ao fato de a bobina de tensão, com elevado número de espiras,
apresentar uma indutância bem superior à bobina de corrente. Além disto, a bobina de tensão é feita com um
circuito magnético paralelo, de modo que apenas parte do fluxo passa pelo disco. Desta forma, aparece mais
um defasamento angular. Para o ajuste exato da posição de fase, os enrolamentos de tensão e de corrente são
dotados de mais um enrolamento auxiliar, que é curto circuitado por meio de um reostato.
Construção
O mecanismo registrador é acionado por meio de uma engrenagem, que está ligada ao eixo do induzido. Um
imã permanente forma também aqui a força oposta à rotação, por meio da ação das correntes parasitas.
Para compensar as forças de atrito, desenvolve-se um conjugado suplementar, obtido por meio de uma
blindagem parcial do campo da bobina de tensão ou por meio de um pequeno parafuso de ferro, lateralmente
ao campo magnético. Obtêm-se assim uma distribuição irregular do campo magnético e, com isto, uma força
resultante que motiva a rotação. Uma lâmina de frenagem evita a rotação sem carga, tal como no medidor
com motor de corrente contínua.
MEDIDORES TRIFÁSICOS
Para a medição do trabalho em corrente trifásica, com carga equilibrada, basta um medidor de corrente
monofásica. Este é ligado em uma das fases e o valor medido é multiplicado por três. No caso de carga
desequilibrada, empregam-se dois instrumentos de medição, que estão interligados da mesma forma como
os dois wattímetros.
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Medidor de watt-horas na ligação com dois wattímetros
Os dois discos do induzido são, neste caso, montados sobre um mesmo eixo.
No caso de um sistema de 4 condutores, ou seja, três condutores de fase e um neutro, são empregados
medidores com três sistemas de medição.
Os três discos são montados sobre um eixo comum, de modo que as suas forças de rotação se somam.
Megômetro (Megger)
O megôhmetro é um instrumento de medidas elétricas destinado à medição da resistência de isolamento dos
dispositivos ou equipamentos elétricos (motores, transformadores, redes de eletrodutos metálicos, cabos,
etc...). Essa resistência de isolamento é normalmente de valores elevados, na ordem de megohms (M.).
O valor de 1 MΩ = 1 000 000 Ω
O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas cruzadas, tendo como
polo fixo, um imã permanente e como polos móveis as bobinas B e B1. Quando a manivela do gerador de
CC é girada obtêm-se uma tensão de valor variável, de acordo com a velocidade que esteja sendo imprimida
à manivela. Essa tensão é enviada ao regulador de tensão que a estabiliza em 500 ou 1000 V, sendo enviada
aos bornes L e T.
Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela bobina B, que recebe
ten
são
atra
vés
do
resi
stor
de
am
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cim
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O campo magnético criado por essa bobina B um provoca o deslocamento do conjunto de bobinas móveis,
levando o ponteiro para o ponto infinito da escala graduada.
Se os bornes L e T estiverem fechados em curto circuito haverá circulação de corrente também pela bobina
B1, que receberá tensão através do resistor de amortecimento R1.
O campo magnético criado pela bobina B1 será forte e oposto ao criado pela bobina, o que fará com que o
conjunto de bobinas móveis se desloque para outro lado, levando o ponteiro para o ponto zero da escala
graduada.
Se os bornes L e T forem fechados através de um resistor Rx de valor elevado, a corrente que fluirá pela
bobina B1 terá uma intensidade menor, ocasionada pela queda de tensão no resistor Rx.
O campo magnético criado pela bobina B1 terá uma intensidade menor, porém ainda em oposição ao campo
criado pela bobina B. Nessa situação o conjunto móvel se deslocará levando o ponteiro para um ponto
intermediário da escala graduada. Esse ponto intermediário é o valor da resistência ôhmica do resistor Rx.
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A leitura da escala graduada do megômetro é direta, ou seja, basta localizar a posição do ponteiro sobre a
escala graduada e fazer a leitura.
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Medição da resistência de isolamento entre a fiação e a tubulação metálica (massa) da instalação elétrica.
O borne T é conectado à tubulação metálica (massa) da instalação elétrica, e o borne L é conectado à fiação
da instalação.
O Frequencímetro
Para as medições em baixa frequência, é geralmente usado o Frequencímetro de lâminas.
Frequencímetro
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O instrumento baseia o seu funcionamento nos efeitos de ressonância. Uma determinada quantidade de
Lâminas metálicas (línguas) de diferentes frequências, próprias de ressonância, é levada a vibrar, pela ação
dos impulsos magnéticos provenientes de um eletroímã alimentado com frequência nominal da rede. Com
isto, uma das lâminas vibrará com maior intensidade, e exatamente aquela cuja frequência própria é a
mesma cômoda frequência aplicada. Lâminas adjacentes também vibrarão, porém com menor intensidade.
O amperímetro comum é acoplado ao circuito, quando empregado para medir a corrente elétrica em CA.
Podemos efetuar essa mesma medida com um volt-amperímetro tipo alicate, sem a necessidade de
acoplamento com o circuito, pois esse instrumento é constituído pelo secundário de um transformador de
corrente, para captar a corrente do circuito. O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes
componentes básicos externos:
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D - Visor da escala graduada;
E - Terminais (para medição de tensão);
F - Botão seletor de escala.
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos internos:
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O condutor abraçado deve ficar o mais centralizado possível dentro do gancho.
O condutor abraçado funciona como o primário do TC e induz uma corrente no secundário (o próprio
gancho). Essa corrente secundária é retificada e enviada ao galvanômetro do instrumento, cujo o ponteiro
indicará, na escala graduada, o valor da corrente no condutor.
Os volt-amperímetros tipo alicate não apresentam uma boa precisão no início de sua escala graduada,
mesmo assim podem ser empregados nas medições de correntes com baixos valores (menores que 1A).
Nesse caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento.
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Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo número de vezes que o condutor
estiver passando pelo gancho. Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma corrente de
3A.
A corrente real que circula no condutor será:
Para tanto, observe que os instrumentos se distinguem por símbolos gravados em seus visores.
Classe de precisão: A precisão do instrumento é indicada pelo seu erro em porcentagem do seu valor, no
fim da escala.
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Exemplo: Qual é o erro de um amperímetro para 60 A da classe 1,5,quando o instrumento indica 40 A?
A = Ampère
AMPERÍMETRO VOLTÍMETRO OHMÍMETRO
W = Watts Hz = Frequência
WATTÍMETRO FREQUÊNCÍMETRO
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Sistema Ferro Móvel
Sistema Ressonante
Sistema Eletrodinâmico
Os instrumentos de medidas elétricas são construídos para funcionar em três posições: vertical, horizontal
e inclinada.
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Normais: 2A, 2B, 2C e 2D.
Há instrumentos que não trazem o símbolo característico da posição de funcionamento. Eles podem
funcionar em qualquer posição.
Posição Horizontal
Note que na posição inclinada o símbolo assinala também os graus da inclinação além dos símbolos
normalizados, você poderá encontrar outras formas de representar a posição do instrumento:
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SIMBOLOGIA QUANTO À TENSÃO DE ISOLAÇÃO
Tensão de isolação ou tensão de prova. É o valor máximo de tensão que um instrumento pode receber
entre sua parte interna (de material condutor) e sua parte externa (de material isolante). Esse valor é
simbolicamente representado nos instrumentos pelos números 1, 2 ou 3, contidos no interior de uma
estrela.
Note que os números significam os valores de tensão de isolação em KV.
Observação: A existência da estrela sem número em seu interior indica que o valor da tensão de isolação
é de 500 V.
Usar instrumentos de medidas elétricas que apresentam tensão de isolação inferior à tensão da rede a ser
medida pode causar danos aos instrumentos e risco do operador tomar choque elétrico. O instrumento
pode ser utilizado, sempre que sua tensão de isolação for maior que a tensão da rede.
SIMBOLOGIA QUANTO À CLASSE DE PRECISÃO
A classe de precisão dos instrumentos é representada por números. Esses números também são impressos
no visor dos instrumentos.
MULTÍMETRO DIGITAL
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Um multímetro digital oferece a facilidade de mostrar diretamente em seu visor, que chamamos de
display de cristal líquido, ou simplesmente display, o valor numérico da grandeza medida, sem termos
que ficarmos fazendo multiplicações (como ocorre com multímetros analógicos).
Um multímetro digital pode ser utilizado para diversos tipos de medidas, agora iremos citar as três mais
comuns:
Tensão elétrica (medida em volts – V).
Corrente elétrica (medida em amperes – A).
Resistência elétrica (medida em Ohms – - letra ômega).
Além destas ele pode ter escalas para outras medidas específicas como: temperatura, frequência,
semicondutores (escala indicada pelo símbolo de um diodo), capacitância, ganho de transistores,
continuidade (através de um apito), etc.
Em multímetros digitais o valor da escala já indica o máximo valor a ser medido por ela, independente da
grandeza. Temos abaixo uma indicação de valores encontrados na prática para estas escalas:
Escalas de tensão contínua: 200mV, 2V, 20V, 1000V ou 200m, 2, 20, 1000.
Escalas de tensão alternada: 200V, 750V ou 200, 750.
Escalas de resistência: 200, 2000, 20K, 200K, 2M ou 200, 2K, 20K, 200K, 20000K.
Escalas de corrente contínua: 200u, 2000u, 20m, 200m, 2A, 20A ou 200u, 2m, 20m, 200m, 2, 10.
Escalas de corrente alternada: 2A, 10A ou 2, 10.
A seleção entre as escalas pode ser feita através de uma chave rotativa, chaves de pressão, chaves tipo H-
H ou o multímetro pode mesmo não ter chave alguma, neste caso falamos que o multímetro digital é um
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equipamento de auto-range, ou seja, ele seleciona a grandeza e a escala que esta sendo medida
automaticamente. Em alguns casos podemos encontrar multímetros que tem apenas uma escala para
tensão, uma para corrente e uma para resistência, este tipo de multímetro também é auto-range, nele não é
preciso se procurar uma escala específica para se medir um determinado valor de tensão.
Uma coisa muito importante ao se usar um multímetro digital é saber selecionar a escala correta para a
medição a ser feita. Sendo assim podemos exemplificar algumas grandezas com seus respectivos nomes
nas escalas:
Tensão contínua = VCC, DCV, VDC (ou um V com duas linhas sobre ele, uma tracejada e a outra
continua ).
Tensão alternada = VCA, ACV, VAC (ou um V com um ~ sobre ele).
Corrente contínua = DCA, ADC (ou um A com duas linhas sobre ele, uma tracejada e uma
continua).
Corrente alternada = ACA (ou um A com um ~ sobre ele).
Resistência = Ohms,
Para medirmos uma tensão é necessário que conectemos as pontas de prova em paralelo com o ponto a
ser medido. Se quisermos medir a tensão aplicada sobre uma lâmpada devemos colocar uma ponta de
prova de cada lado da lâmpada, isto é uma ligação em paralelo.
Para medirmos corrente com um multímetro digital, devemos colocar ele em série com o ponto a ser
medido. Se quisermos medir a corrente que circula por uma lâmpada devemos desligar um lado da
lâmpada, encostar neste ponto uma ponta de prova e a outro ponta deve ser encostado no fio que soltamos
da lâmpada. Isto é uma ligação em série (é importante frisar que a maioria do multímetros digitais só
medem corrente contínua, portanto não devem ser usados para se medir a corrente alternada fornecida
pela rede elétrica. Encontramos corrente contínua em pilhas. Dínamos e fontes de alimentação, que são
conversores de tensão e corrente alternada em tensão e corrente continua).
Para medirmos resistência devemos desligar todos os pontos da peça a ser medida (uma lâmpada
incandescente, por exemplo, deve estar fora do seu soquete) e encostarmos uma ponta de prova em cada
lado da peça. No caso de uma lâmpada incandescente encostamos uma ponta de prova na rosca e outra na
parte inferior e metálica do conector da lâmpada.
Todas estas medidas devem ser feitas com critério e nunca devemos encostar as mãos em nenhuma ponta
de prova durante uma medida, caso isto aconteça corremos o risco de levarmos um choque elétrico e/ou
termos uma leitura errada. Treine bastante como manipular as pontas antes de começar a medir tudo por
aí.
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Uma coisa importante de se perceber é que a grande maioria dos multímetros digitais tem 3 ou 4 bornes
para a ligação das pontas de prova. Normalmente um é comum e os outros servem para medição de
tensão, resistência e corrente. A indicação dos bornes sempre mostra para quais escalas eles podem ser
usados. Preste atenção. Eis abaixo um exemplo de como eles estão dispostos:
Borne comum, normalmente indicado por COM – é onde deve estar sempre ligada a ponta de prova preta.
Borne indicado por V/Ohms/mA – nele deve estar conectada a ponta de prova vermelha para a medição
de tensão (contínua ou alternada), resistência
e corrente na ordem de miliamperes.
Borne indicado por A – a ponta de prova vermelha deve ser ligada nele para a medição de corrente
continua ou alternada (observação: a grande maioria dos multímetros digitais não mede corrente
alternada, verifique se existe uma escala em seu instrumento para isto antes de fazer a medição).
O quarto borne em um multímetro pode ser utilizado para a medição de correntes continuas mais
elevadas, como exemplo, até 10A. Neste caso a indicação no borne seria 10A ou 10 ADC.
Quando um multímetro apresenta escalas para medição de capacitância ou ganho (beta) de transistores
normalmente eles tem conectores específicos para isto. Estes conectores estão indicados no painel do
instrumento. É bom lembrar que capacitores devem ser sempre descarregados antes da medição. Para
fazer isto coloque os seus dois terminais em curto usando uma chave de fenda (se o capacitor tiver mais
de um terminal positivo eles deverão ser colocados em curto com o terra individualmente).
Multímetros digitais normalmente mostram uma indicação que a bateria está se esgotando, isto
normalmente é feito, através de um símbolo de bateria que aparece continuamente ou que fica piscando
no display. Quando isto ocorrer troque a bateria. Multímetros digitais com bateria “fraca” costumam
apresentar um grande erro em suas leituras. Caso a leitura precise ser monitorada durante um longo tempo
este problema poderá fazer com que você acredite que uma tensão, ou corrente, está variando, quando ela
está fixa e é a bateria do multímetro que está fraca.
A chave de liga-desliga de um multímetro digital pode ser uma das posições da chave rotativa como pode
ser uma chave ao lado do instrumento. Deixe sempre desligado o multímetro caso não o esteja utilizando.
A maioria dos multímetros digitais que existem a venda são chamados de multímetros digitais de 3 ½
dígitos (3 dígitos e meio). Isto quer dizer que ele é capaz de medir grandezas de até 3 números completos
mais meio número. Vamos exemplificar para ficar mais fácil:
suponha que você vai medir uma tensão de 1250V na escala de 1500V, a leitura que aparecerá no display
será de 1250, ou seja:
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Entendendo os múltiplos e sub-multiplos das grandezas.
Vimos que temos escalas indicadas por diversos valores: 200mA, 2000mV, 20K, mas o que é isto.
Para explicar vamos estudar uma grandeza por vez:
Tensão elétrica – a tensão elétrica é medida em volts (V).
Seus submúltiplos são milivolts (mV) e microvolts (uV).
Seu múltiplo mais usado é o kilo-volt (KV).
Sempre que façamos uma medida menor que 1 volt o multímetro poderá nos indicar assim:
0,9 ou assim: 900 traduzindo: estamos medindo um valor de tensão de 0,9V, portanto a indicação no
display, dependendo da escala utilizada pode ser 0,9 ou 900.
Se estivermos em uma escala indicada por mV o valor apresentado será 900 e corresponderá a 900mV, se
estivermos numa escala indicada por volts o valor será 0,9 e corresponderá a 0,9V.
Veja as comparações abaixo:
1V = 1.000mV = 1.000.000uV
1.000V = 1KV (1 x K = 1 x 1000 = 1.000V).
500V = 0,5KV (0,5 x K = 0,5 x 1000 = 500V).
Quando colocamos a letra K depois de um valor de tensão estamos multiplicando este valor por 1.000
(mil), é por isto que 1.000 volts é igual a 1KV.
Se você estiver usando um multímetro digital na escala de 1000V e medir 10V aparecerá no display o
seguinte: 10
Se for na escala de 200V aparecerá o seguinte: 10,0
Perceba que o ponto mudará de posição dependendo da escala mas a leitura será sempre a mesma. Este
mesmo critério, do ponto mudar de casa, é usado na medida de qualquer grandeza.
Analise estes exemplos e faça outras leituras para praticar. Coloque o seu multímetro em uma escala
superior a 200VCA (volts de tensão alternada, que é a tensão que temos na rede elétrica, tomadas, etc).
Escolha, por exemplo, a escala de 750 VCA e faça a medição, o que aparecerá? Algo próximo a isto: 127
que você já sabe que é igual a 127 volts alternados.
Veja se o seu multímetro tem uma escala mais baixa do que 750, porém, superior a 127 VCA. Vamos
supor uma escala de 200 VCA, qual será a leitura agora? Algo próximo a: 127,1 que você já sabe que é
igual a 127,1 volts alternados.
Qual a diferença de uma escala para a outra? A diferença está na precisão da leitura. Quanto mais
próximo estiver a escala do valor medido maior a precisão. Você pode perceber isto no exemplo acima.
Na escala de 750 medimos 127 e na escala de 200 medimos 127,1.
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Então é correto se começar a medir pelas escalas mais baixas?
Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu multímetro. Sempre se
começa a medição pela escala mais alta e, se for possível, se abaixa a escala para se ter uma leitura com
mais precisão.
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Não, muito pelo contrário. Se você fizer isto você corre o risco de danificar o seu multímetro. Sempre se
começa a medição pela escala mais alta e, se for possível, se abaixa a escala para se ter uma leitura com
mais precisão.
Estas escalas de resistência (preferivelmente a mais baixa) podem ser usadas para a verificação de curto-
circuito e de continuidade ou não de interruptores, fiações elétricas, fusíveis, lâmpadas, trilhas de cobre,
etc. Alguns multímetros têm uma escala que apita quando suas pontas de prova são encostadas, com esta
escala somos capazes de verificar se pontos estão em curto ou ligados apenas com o ouvido, sem a
necessidade de olhar para o display.
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Em elétrica, na maioria das vezes, mediremos valores baixos de resistência ou verificaremos se dois
pontos não estão em curto (estaremos então medindo valores muito elevados de resistência e devemos
usar escalas mais altas. Caso não exista curto entre os dois pontos um número 1 aparecerá no lado
esquerdo do display).Em eletrônica temos uma infinidade de valores que podem ser encontrados.
Para utilizar corretamente e com eficiência um multímetro digital é interessante que você meça valores de
tensão, corrente e resistência conhecida, mude de escalas e perceba as diferenças. Preste sempre muita
atenção no ponto e na escala para fazer a leitura correta.
Lembre-se que:
O ponto mudará de posição dependendo da escala, mas a leitura será sempre a mesma. Este mesmo
critério, do ponto mudar de casa, é usado na medida de qualquer grandeza.
Observações finais:
Um multímetro digital deve ter no mínimo:
Escalas para tensão alternada.
Escalas para tensão continua.
Escalas para corrente continua.
Escalas para resistência.
Para a medição de corrente alternada é mais fácil e prático o uso de alicates amperímetro que podem fazer
esta leitura sem estar em série com o circuito (sem interrompe-lo). Um alicate amperímetro digital
também terá as mesmas escalas (pelo menos as 4 básicas: tensão alternada, tensão continua, corrente
continua e resistência) de um multímetro digital, porém ele possui uma “garra” capaz de envolver o fio e
medir a corrente que circula por ele. Mas é bom lembrar que este tipo de alicate só mede, desta forma,
corrente alternada. Isto acontece devido a medição do campo eletromagnético.... mas isto é uma outra
história.
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