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18/02/2016 Criminologia e Psicologia Forense: Serial Killers Parte X ­ Traçando o Perfil de Um Serial Killer

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CRIMINOLOGIA E
PSICOLOGIA FORENSE

QU ARTA‐ F E I RA, 18 D E JU N H O D E 2014

Serial Killers Parte X ‐ Traçando o Perfil de Um


Serial Killer

QUEM SOU EU

TAM ARA ARI AN N E G AL L O D A SI L VA

Seguir 153

Tamara Arianne Tenho 28 anos,sou


Determinar a assinatura e o MO são aspectos usados para se traçar o recém‐ formada em Psicologia.
perfil. A unidade de Ciências Comportamentais do FBI desenvolveu o Estudo por conta própria a área
processo de traçar perfis nos anos 70, e Ted Bundy foi um dos criminal desde pequena. Pretendo
primeiros serial killers a ter seu perfil traçado. Estudos de psicólogos trabalhar com criminosos e contribuir
e psiquiatras e informações reunidas de assassinatos em série do de alguma forma para a prevenção

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passado entram na criação do perfil, juntamente com informações da dos seus delitos. Sou apaixonada por
cena do crime e depoimentos de testemunhas. Por exemplo, se a música e Rock N' Roll.
vítima é branca, o assassino provavelmente é branco. Se a cena do
V I S U A LI Z A R MEU P ER FI L CO MP LET O
crime mostra sinais de um planejamento cuidadoso, o assassino é
provavelmente inteligente e mais velho. Se a vítima foi mutilada de
maneira desorganizada, o assassino é provavelmente esquizofrênico PÁG I N AS
(em inglês), e esquizofrênicos são geralmente muito magros e
Início
desleixados [fonte: Vronsky].
Especial: Personalidade Psicopática
CURSOS E EVENTOS ‐ AGOSTO DE
Os perfis não são 100% exatos, mas geralmente chegam muito perto.
2015!
Segundo Robert Keppell, detetive que tomou a confissão de Bundy, o
CURSOS E EVENTOS ‐ SETEMBRO DE
perfil montado para os crimes de Bundy era perfeito, "chegando ao
2015!
ponto em que previa que ele tinha um meio­irmão e ele tinha mesmo"
[fonte: Bellamy]. CURSOS E EVENTOS ‐ OUTUBRO DE
2015!

Quando o perfil é finalizado, os investigadores conferem a lista de CURSOS E EVENTOS ‐ NOVEMBRO DE


suspeitos e determinam qual deles provavelmente cometeu o crime e 2015!
a melhor forma de capturá­lo. Alguns serial killers organizados, como NOVO! PÓS
Dennis Rader (o Assassino BTK), sentem a necessidade de insultar a GRADUAÇÕES/ESPECIALIZAÇÕES/M
polícia, o que às vezes leva à sua captura. Rader mandou para a ESTRADOS ‐ AGOSTO
polícia um disquete com meta­dados que foram rastreados e NOVO! PÓS
chegaram à sua igreja. Muitos serial killers, até mesmo aqueles GRADUAÇÕES/ESPECIALIZAÇÕES/M
incrivelmente organizados e metódicos, acabam dando uma ESTRADOS ‐ S...
escorregadela que leva à sua prisão. No caso de Jeffrey Dahmer, uma NOVO! PÓS
vítima escapou e levou a polícia ao apartamento de Dahmer. Algumas GRADUAÇÕES/ESPECIALIZAÇÕES/M
vítimas de John Wayne Gacy haviam trabalhado em sua construtora. ESTRADOS ‐ O...

Mas nem todos os serial killers são pegos. Alguns são presos ou
ARQU I VO D O BL OG
pegos por outros crimes, e evidências levam os investigadores aos
assassinatos. Ted Bundy foi pego em uma operação de rotina da ► 2015 (22)
polícia no trânsito, e David Berkowitz, o "Filho de Sam", foi pego por ▼ 2014 (85)
ficar vagando na rua, e acreditava­se que era testemunha dos crimes
► Dezembro (13)
ao invés de o assassino.
► Novembro (1)

Quando condenados, a maioria dos serial killers passa o resto da vida ▼ Junho (28)
na prisão ou é executada se a pena de morte (em inglês) existir em É possível ser o melhor amigo
seu estado. Ed Gein é uma exceção. Num primeiro momento, de um serial killer ...
declarado incapaz para um julgamento, Gein foi mandado para uma Serial Killers Parte X ‐ Traçando
instituição psiquiátrica. Seu psiquiatra então determinou que ele era o Perfil de Um S...
capaz de ir a julgamento, e o juiz o considerou inocente por razão de
O que Serial Killers e
insanidade. Gein morreu em 1984 de deficiência cardíaca.
terremotos têm em comum?
ÚLTIMAS NOTÍCIAS!
Muitos pesquisadores concordam que não há uma maneira de "curar"
(21/06/2014 ‐ 27/06/2014)
um serial killer. Alguns serial killers que passaram um tempo em
instituições psiquiátricas depois de cometer os crimes ou receberam Recomendações da Semana!
tratamento psiquiátrico foram considerados "curados" e foram libertos. Artigos da Semana!
Mas mataram de novo. Peter Woodcock passou 35 anos em um
Caso da Semana: Joachim Geog
hospital psiquiátrico para criminosos em Ontário, no Canadá, depois
Kroll‐ O Cannibal de...
de matar três crianças. Poucas horas depois de ser solto, matou um

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colega paciente do hospital e foi imediatamente enviado de volta à Serial Killers Parte IX ‐ Como
instituição. pegar um serial kil...

FBI: serial killers costumam ser


Até sabermos mais sobre como barrar serial killers antes que pessoas comuns
comecem a matar ou melhorarmos as maneiras de capturá­los antes
ÚLTIMAS NOTÍCIAS!
de continuarem seu ciclo de assassinatos, eles continuarão sendo
(14/06/2014 ‐ 20/06/2014)
uma realidade, assim como os assassinatos em si.
Recomendações da Semana!
Artigos da Sema!

Caso da Semana: Robert C


Como funciona o perfil criminal nos Estados Unidos Hansen
Cérebros expostos a sensações
traumáticas na infân...
O tipo mais simples de criação de perfil é o Ficar de Guarda ("Be on
the Lookout" ­ BOLO) ou Boletim dos Pontos (APB). Provavelmente Serial Killers Parte VIII ‐
Explicações Biológicas...
são familiares, embora talvez você não tenha ouvido a respeito deles
como um perfil. ÚLTIMAS NOTÍCIAS!
(07/06/2014 ‐ 13/06/2014)
Um boletim dos pontos é a descrição de um determinado suspeito de Recomendações da Semana!
cometer um crime, normalmente com base em depoimentos de
Artigos da Semana!
testemunhas. Por exemplo, depois de um assalto a banco, a polícia
pode interrogar suspeitos e rever câmeras de segurança antes de Gacy Artista

liberar o seguinte Boletim dos Pontos: Caso da Semana: John Wayne


Gacy O Palhaço Assassin...
"O suspeito foi visto pela última vez em uma pick­up Ford, cor azul Caso da Semana: John Wayne
escuro. Estava vestindo uma camiseta vermelha e jeans escuro. O Gacy O Palhaço Assassin...
suspeito é descrito como um homem branco, 1,65 m de altura, magro,
PSICOLOGIA E PSIQUIATRIA
loiro e meio calvo. Ele tem uma cobra tatuada no antebraço
FORENSE : AVALIANDO A
esquerdo." MEN...

Caso da Semana: John Wayne


É comum a inclusão da cor da pele do suspeito e normalmente não há
Gacy O Palhaço Assassin...
controvérsias. É simplesmente uma descrição física baseada em uma
prova visual coletada na cena do crime, não faz julgamentos sobre Serial Killers Parte VII‐ A
essas características. sanidade dos serial ki...

ÚLTIMAS NOTÍCIAS!
(01/06/2014 ‐ 06/06/2014)
Recomendações da Semana!

Artigos da Semana!
Reportagem da época falando
sobre a Fuga de Pedro ...

► Maio (27)
► Abril (8)
► Março (4)

► Janeiro (4)
Provas visuais coletadas na cena do crime, como cabelo ou fibras
► 2013 (19)
de roupas, podem adicionar informações ao perfil de um suspeito
► 2012 (100)

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► 2011 (61)

O próximo passo na criação do perfil é o perfil psicológico. ► 2010 (28)


Investigadores criam esse perfil na ausência de provas físicas e ► 2009 (13)
descrições de testemunhas ou para incrementar tais descrições. Eles
pegam o que sabem a respeito de um suspeito desconhecido e suas
ações e tentam gerar informações adicionais gerais. Por exemplo, se PE SQU I SAR E STE BL OG
um assassino em série tem matado mulheres que trabalham em um
Pesquisar
escritório de advocacia, os criadores de perfil consideram provável
que o assassino seja um homem que trabalhou ou foi cliente de um
escritório de advocacia.
9
Outras evidências, como anotações deixadas pelo assassino, o local
do assassinato ou o estado da cena do crime, podem permitir que
eles desenvolvam "conjeturas". Essas hipóteses podem incluir VOCE ACH A A E SCOL A PRE PARAD A
informações como o nível de educação do suspeito, traumas PARA I D E N TI F I CAR AS CRI AN ÇAS
VI TI M AS D E ABU SO SE XU AL OU
psicológicos que ele sofreu ou onde ele mora. Não são 100% exatas e M AU S TRATOS?
algumas vezes podem ser bem vagas. No entanto, caso a polícia não
Sim 2 (10%)
tenha idéia de quem possa ser o suspeito, pelo menos já sabe por
Não 18 (90%)
onde começar. Por exemplo, interrogar antigos funcionários do
escritório de advocacia pode gerar pistas mais concretas que levem a
Votos até o momento: 20
provas diretas acerca da identidade do assassino. Enquete encerrada

Previsões de Perfil
VOCÊ É A F AVOR D A RE VI SÃO E
D E POSSÍ VE I S M OD I F I CAÇÕE S N A
Com a previsão de perfil, a criação de perfis criminais fica ainda mais N OSSA L E G I SL AÇÃO PE N AL ?
controversa. Em vez de procurar por um determinado suspeito com Sim, mas não acredito que as modificações serão
base em evidências de um crime específico, a previsão de perfis Sim, desde que as modificações aconteçam e qu
tenta adivinhar que pessoas poderiam cometer um crime que ainda Não, acredito que está bom desse jeito.
não aconteceu. Não, pois corremos o risco de que as modificaçõe

Essa ideia não é revolucionária por si só. Policiais não apenas reagem Votos até o momento: 5
a crimes: eles fazem ronda, observam e tentam localizar Enquete encerrada
comportamentos suspeitos que podem significar que um crime vai
ocorrer. Poucas pessoas questionariam o direito de um policial de
investigar uma situação suspeita ou de interrogar um suspeito.
VOCÊ É A F AVOR D A RE D U ÇÃO D A
Mesmo quando delegacias de polícia usam seus perfis criminais M AI ORI D AD E PE N AL ?
como justificativa para buscas e apreensões sem permissão, essas
Sim, deve ser reduzida para os 14 anos.
práticas têm sido sustentadas pela Suprema Corte nos EUA.
Sim, deve ser reduzida para os 16 anos.
Talvez, o caso deve ser cuidadosamente avaliad
Aqui está um exemplo. Guardas estaduais estão patrulhando um
Não, sou contra.
trecho de auto­estrada freqüentado por traficantes. Os policiais
aprenderam, com experiências anteriores, que traficantes
Votos até o momento: 25
freqüentemente usam carros alugados (normalmente grandes Enquete encerrada
automóveis sedãs ou veículos utilitários esportivos), viajam de manhã
bem cedo e colocam o estepe no banco traseiro para deixar mais
espaço para as drogas no porta­malas.
SI TE S RE L ACI ON AD OS

Às 4 horas da tarde, um policial percebe um carro que se encaixa ALPJF‐ ASOCIACION

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nesse perfil. O motorista não está violando qualquer lei importante de LATINOAMERICANA DE
tráfego, mas o guarda pára o carro mesmo assim, na esperança de PSICOLOGIA JURIDICA Y FORENSE
encontrar provas que possam levá­lo a examinar o veículo. Isso é Childhood‐ Pela Proteção da Infância
considerado criação de perfil. A prática de perceber tendências Crime Magazine
criminosas e criar um perfil escrito é algumas vezes atribuída ao Criminologia Crítica: Grupo de
policial rodoviário Bob Vogel, da Flórida, embora tenha sido realizada pesquisa
por outros ao mesmo tempo ou antes do uso das "semelhanças
Daniella Perez‐ Arquivos de um
acumulativas" de Vogel. Processo
FBI
Hospital das Clínicas
Esse tipo de criação de perfil pode ocorrer quando policiais de alto
IBCCRIM
nível criam uma política e um programa que instrui policiais a
investigar pessoas que se encaixam em um perfil predeterminado. IBDFAM‐ Instituro Brasileiro de
Isso também pode fazer parte de uma política não oficial, um aspecto Direito da Família
da cultura da polícia que passou de policiais veteranos para novatos ID Serial Killer
na força. Algumas vezes é resultado da experiência de um policial. Informe Jurídico e Outros
Após anos de trabalho, ele aprende quais sinais podem indicar Internet Crimes Archives
atividade criminal. Murderpedia
OAB‐ SP
Para determinar se um perfil justifica uma apreensão ou investigação
Polícia Civil
sem permissão, o policial deve ser capaz de descrever os fatores
Revista Transdiciplinar de Ciências
específicos que o fizeram acreditar que o suspeito era um criminoso.
penitenciárias: Arquivos
Uma desconfiança ou um sentimento não se sustentam no tribunal,
Revista de Criminologia e Ciências
mas a seguinte declaração sim:
Penitenciárias
Serial Killer (Ilana Casoy)
"O suspeito pareceu nervoso e fez várias declarações contraditórias.
No banco traseiro, pude ver uma caixa de sapato cheia de caixas de Serial Killers
filmes de 35 mm, que transportadores de drogas normalmente usam Serial Killers, Homicidas, Psicopatas !
para armazenar drogas. O carro tinha cheiro de desodorizador de serialkillerworld
ambientes, que normalmente é usado para esconder o cheiro de www.psiqweb.med.br/site/
drogas ilegais. Vi o suspeito dirigindo vagarosamente para cima e para
baixo em um quarteirão freqüentado por traficantes."
M INHA L ISTA D E BL OGS
Esse tipo de perfil, além de legal, é considerado um bom trabalho Caso Isabella Oliveira Nardoni
policial. Mais um NÃO!!!
Há 2 anos
Algumas práticas de criação de perfil são ilegais porque podem violar CURSOS DE PSICOLOGIA
a Constituição americana. Duas emendas são especificamente JURÍDICA E AFINS
relacionadas à atividade de criação de perfis. A Quarta Emenda diz, NOVO CURSO DE EXTENSÃO EM
PSICOLOGIA JURÍDICA ‐
em sua totalidade:
CONCEITOS BÁSICOS
Há 3 anos
"O direito das pessoas de estarem seguras em seus corpos, casas,
EL ARCHIVO DEL CRIMEN
papéis e efeitos, contra investigações e ataques sem sentido, não CONTINUAN ESPERANDO EL
deve ser violado, e não é permitido, exceto sob causa provável, RAPTO DIVINO A PESAR DE LA
suportada por juramento ou afirmação e particularmente descrevendo CONDENA DE SUS LIDERES
Há uma semana
o local a ser examinado e as pessoas ou objetos a serem
desapropriados." Infodireito
Pena pode ser cumprida após
decisão de segunda instância,
Causa provável significa que a polícia não pode investigar um lar,
decide STF
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carro ou pessoa sem algum tipo de justificativa ­ normalmente uma Há 23 minutos


crença razoável de que encontrará evidências de um crime lá ou de La Mente Criminal
que irá interromper um crime em andamento.
Mostrar todos

Na maioria das circunstâncias, um policial não pode determinar isso


sozinho. Ele precisa de um mandado de busca de um juiz ou do
SEGUID ORES
consentimento da pessoa que está sendo investigada. A principal
questão a respeito de perfis é a seguinte: se uma pessoa se encaixa Participar deste site
em um perfil criminal, na ausência de qualquer outra evidência de um Google Friend Connect

crime, isso já se constitui numa causa provável para o crime? No Membros (151) Mais »
caso Estados Unidos x Sokolow, a Suprema Corte americana decidiu
que uma "totalidade" de evidências que levam policiais a concluir que
o suspeito provavelmente está envolvido em atividade criminal é
suficiente para justificar uma prisão ou busca.

A Décima Quarta Emenda diz, em parte:

"Nenhum Estado deve criar ou impingir qualquer lei que restrinja os


Já é um membro? Fazer login
direitos ou imunidades de cidadãos americanos, nem desprover
qualquer pessoa de vida, liberdade ou propriedade sem o conjunto de
costumes e regras da lei, ou negar a qualquer pessoa desta jurisdição
a igual proteção das leis." D Ê SU G E STÕE S, CRÍ TI CAS E TI RE
SU AS D Ú VI D AS!

Se policiais usarem perfis criminais que incluem raça como fator, Nome
estarão violando tanto a Quarta quanto a Décima Quarta Emenda.

E‐mail *

Análise de causa provável


Mensagem *

Durante uma parada no trânsito, um policial pode agir de diferentes


formas, que requerem diferentes tipos de causa provável para que
sejam legais. Examinaremos cada passo e analisaremos os
elementos de causa provável.
Parando um veículo Enviar

Para parar alguém legalmente, um policial precisa ter testemunhado


uma violação de tráfego ou um outro crime cometido por alguém no
veículo. Ele também pode checar a placa do carro para ver se o carro
é roubado ou se há mandado de prisão para o proprietário registrado.
Caso o carro e seus ocupantes se encaixem em um perfil criminal, o
policial pode pará­lo, contanto que possa descrever fatores
específicos que se encaixem no perfil. No entanto, a raça ou a cor da
pele do motorista e ocupantes do veículo não entram em jogo.
Interrogando o suspeito

Uma vez que o policial pára o veículo, ele não necessariamente


precisa aplicar uma multa. Caso o veículo pareça suspeito, o policial

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pode apenas querer interrogar os ocupantes, checar seus documentos


no banco de dados da polícia e olhar dentro do carro. Ele pode olhar
tudo o que estiver visível no carro. Ainda não tem, contudo, motivos
suficientes para entrar e inspecionar o carro. Se fizesse isso, violaria
a proteção da Quarta Emenda contra busca e apreensão sem motivo.
No entanto, se essa investigação preliminar der mais peso à suspeita
inicial do policial, ele pode ter causa provável para uma busca e
apreensão. Mais uma vez, isso depende da presença de fatores
específicos no perfil, não apenas de um "sentimento", e a raça não
pode ser um fator.

Imagem cedida por FBI.gov

Uma vez que um suspeito dá seu consentimento, policiais podem conduzir uma

busca completa em seu carro

Permissão para busca

Se os atos dos suspeitos ou os conteúdos de seu carro levantarem


maiores suspeitas, o policial pode pedir permissão ao motorista para
examinar o carro. Ninguém é obrigado a dizer sim, mas, caso diga, o
policial não precisa de mais motivos. O suspeito abriu mão de seus
direitos da Quarta Emenda e o policial pode conduzir uma busca
completa. O policial não precisa dizer ao suspeito que ele pode
recusar o consentimento (pelo menos não conforme lei federal ­
alguns Estados podem ter leis obrigando essa notificação). Esse
aspecto é controverso porque nem todos estão cientes de seu direito
de recusar e muitas pessoas dizem sim por medo ou por pensarem
que o policial vai fazer a busca mesmo assim.

Se o consentimento for recusado, o policial pode deter os


suspeitos por um tempo razoável .
Em 2005, a Suprema Corte dos EUA decidiu que, para usar um cão
farejador ao redor do veículo, não é necessário um mandado ou

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qualquer suspeita específica ou causa provável, e que isso não viola


a Quarta Emenda. Caso o cachorro sinalize a presença de drogas,
isso cria causa provável suficiente para uma busca completa, sem
consentimento ou mandado. Tempo "razoável" é uma definição vaga,
embora esperas de até 90 minutos tenham sido permitidas por
tribunais federais [ref (em inglês)].

Busca completa com causa provável


O alerta de um cão farejador, drogas ou armas visíveis dentro do carro
são as formas mais comumente aceitas de causa provável.

Caso o policial execute qualquer uma dessas ações sem causa


provável, nenhuma evidência coletada como resultado será permitida
no tribunal. Isso pode dificultar muito processar o suspeito com
sucesso.

Perfil Racial

Perfil racial é uma forma de previsão de perfil na qual um dos fatores


(ou o único fator) que os policiais consideram é a cor da pele ou a
raça do suspeito. Tenha em mente que não estamos falando de
"policiais arrogantes" com atitudes racistas. É lógico que racismo
existe na polícia, assim como em qualquer grupo grande de pessoas.
A verdadeira controvérsia acontece quando os departamentos de
polícia possuem sistemas de criação de perfis que incluem raça como
um fator ou uma cultura que ensine e reforce essa prática. Algumas
pessoas dizem que o perfil racial é um tipo grosseiro de racismo
institucionalizado que leva à perturbação injusta de minorias, ao passo
que outras dizem que perfis raciais não existem (ou seja, policiais
acossam criminosos e, caso façam parte de minorias, não é culpa do
policial) ou que são uma ferramenta necessária para simplesmente
refletir a realidade.

Separar fatos de opiniões pode ser difícil, porque os mesmos fatores


são usados em ambos os lados do debate para apoiar seus pontos de
vista. Adversários da criação de perfil racial citam a disparidade entre
a porcentagem de presidiários negros nas prisões dos EUA e a
porcentagem da população geral negra como um sinal de que negros
são, injustamente, alvos de policiais. O Censo 2000 indica que negros
representam 12,3% da população americana, ao passo que
estatísticas do Departamento de Justiça dos EUA indicam que
aproximadamente 40% de todos os prisioneiros são negros [ref (em
inglês)]. Uma disparidade similar pode ser encontrada entre
hispânicos. Mas alguns sugerem que essas estatísticas somente
indicam que negros e hispânicos têm mais probabilidade de cometer
crimes.

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Análises estatísticas são ainda mais difíceis. De acordo com as


pessoas que dizem que não existe perfil racial, existem muitas
variáveis que precisariam ser levadas em consideração para
comparar, com exatidão, as populações gerais às populações nas
prisões. Mesmo que as paradas, as buscas ou apreensões nas
estradas sejam analisadas por raça, essas estatísticas podem estar
distorcidas, porque policiais fazem mais paradas em horários em que
as minorias estão dirigindo, ou as minorias devem ter uma maior
tendência para violar leis de trânsito. Taxas mais altas de acidentes e
fatalidades são normalmente citadas como uma evidência desse fato.
Advogados também apontam que, se o racismo fosse o centro das
taxas de busca e apreensão das minorias, policiais que fazem parte
das minorias teriam estatísticas diferentes das dos policiais brancos.
De fato, policiais negros param o mesmo número de motoristas
negros que os policiais brancos [ref].

Amidou Diallo
Em um caso vergonhoso, policiais foram acusados de perfil racial na
morte do imigrante africano Amidou Diallo. Em fevereiro de 1999,
policiais do Departamento de Polícia de Nova York estavam
procurando um estuprador em série quando viram Diallo, cuja cor de
pele e vestimentas se encaixavam na descrição do suspeito. Quando
os policiais anunciaram sua presença, Diallo correu pelas escadas de
seu edifício e colocou a mão no bolso para pegar sua carteira.
Pensando que ele estava pegando uma arma, os policiais atiraram. Na
confusão, pensaram que um dos policiais estivesse ferido. A polícia

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deu 41 tiros, acertando Diallo 19 vezes e o matando.

No julgamento, os policiais foram absolvidos de quaisquer acusações


resultantes do incidente. Mais tarde, os pais de Diallo ganharam $ 3
milhões de dólares em uma ação ordinária contra a cidade.

O mais famoso caso de perfil racial sistemático foi divulgado em Nova


Jersey em 1999. Uma análise das práticas da polícia de Nova Jersey
foi conduzida pelo Procurador Geral do Estado, revelando que negros
e hispânicos foram parados e revistados muito mais vezes do que
motoristas que não pertenciam às minorias. Na verdade, 80% de
todas as paradas de trânsito conduzidas pela polícia de Nova Jersey
durante um período de 10 anos foram de motoristas pertencentes às
minorias. O relatório também concluiu que uma cultura elitista e
machista existia nos postos de polícia estaduais [ref (em inglês)].
Embora as políticas dos departamentos de polícia proíbam
oficialmente o perfil racial, relatórios de muitos policiais indicam que
era comum que veteranos "instruíssem" outros policiais nessa prática.
Autoridades determinaram monitores federais para os policiais. Em
2006, um relatório sugeriu que Nova Jersey tinha eliminado ações de
criação de perfil racial completamente, mas, se a polícia local ainda
precisa de monitores federais ou não, é discutível.

O escândalo de Nova Jersey trouxe à tona as práticas de criação de


perfil que existem no país. Apesar de os materiais de treinamento da
Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos (DEA) indicarem
que o perfil racial é imoral e contra as regras da agência, a inteligência
da DEA passada para agentes e departamentos de polícia
normalmente continha informações sobre a nacionalidade de
prováveis suspeitos, bem como dados raciais [ref]. O departamento
judicial do governo de Nova Jersey publicou uma declaração, dizendo
que de forma nenhuma policiais deveriam usar a raça como fator
durante qualquer etapa do processo de parada e investigação de um
possível suspeito. Na essência, policiais deveriam fechar os olhos
para a raça, etnia e cor de pele (exceto quando estivessem tentando
comparar uma pessoa à descrição de um suspeito específico).

Políticas de departamento devem ajudar policiais, examinando


tendências em atividades criminais. No entanto, elas enfrentaram a
conseqüência inesperada de criar uma situação hostil para membros
de minorias que eram inocentes. Tais políticas seriam consideradas
violações de direitos civis, e muitos departamentos de polícia
adotaram políticas declarando especialmente essa prática como
ilegal. Vinte e dois Estados americanos possuem leis (em inglês)
proibindo a criação de perfis raciais de motoristas.

Criação de perfis pós­11 de setembro

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Após o ataque de 11 de setembro de 2001 (e ataques


terroristas subsequentes nos EUA e em outros lugares), o país está
particularmente sensível a testes de segurança em aeroportos.
Críticos dizem que um número desproporcional de pessoas "parecidas
com árabes" têm sido detidas, examinadas ou interrogadas em pontos
de controle de segurança em aeroportos. Algumas pessoas dizem que
isso só faz sentido se estiver baseado na etnia dos atacantes de 11
de setembro. No entanto, tais práticas violariam leis de direitos civis e
pelo menos um especialista apontou que focar apenas nas pessoas
do Oriente Médio pode mais prejudicar do que ajudar. Raphael Ron,
antigo chefe de segurança do aeroporto Ben Gurion, em Israel,
declarou: "O pior ataque a Ben Gurion foi feito por japoneses em 1972.
Ao focarmos em grupos étnicos, cometemos um erro que o inimigo já
percebeu: dessa forma, eles podem usar uma pessoa não árabe para
executar um ataque e pode dar certo" [ref (em inglês)].

Meses depois do 11 de setembro, o Comitê Árabe­Americano


Antidiscriminação levou ao tribunal vários casos envolvendo pessoas
de descendência árabe que foram retiradas de vôos apesar de terem
passado por outros controles de segurança. Tribunais determinaram
que o critério de retirar passageiros condenáveis não pode ser
exercitado somente por causa da origem étnica ou raça de um
passageiro. Ainda assim, a ameaça de terrorismo fez que muitos
americanos aceitassem essa tática. Regras de autoridades em
segurança nos transportes (em inglês) foram modificadas para
esclarecer que a criação de perfis raciais em pontos de controle de
segurança em aeroportos não é legal, e novos sistemas de segurança
estão sendo desenvolvidos para neutralizar a raça, focando em
padrões de comportamento.

Criação de perfil por DNA


Recentes avanços em testes de DNA têm levado algumas empresas
a declararem que podem determinar a constituição racial de uma
pessoa baseada somente em evidências biológicas deixadas na cena
do crime. Se esse tipo de teste levar a exames científicos detalhados,
pode ser considerado parecido com uma descrição física relatada por
uma testemunha. Caso a polícia saiba que o suspeito é asiático, pode
se limitar à investigação de asiáticos, por exemplo. No entanto, a
maneira como a polícia usa as informações pode causar
controvérsias. A polícia de Charlottesville, Virgínia, se aproximou de
pessoas que coincidiam com um perfil racial de um suspeito e pediu
amostras voluntárias de DNA para testes. Essas pessoas, em
seguida, entraram com uma ação de importunação na Justiça.

Fonte: Site How Stuff Works ­ Autor: Ed Grabianowski

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http://psicologia­forense.blogspot.com.br/2014/07/serial­killers­parte­x­tracando­o.html 11/12
18/02/2016 Criminologia e Psicologia Forense: Serial Killers Parte X ­ Traçando o Perfil de Um Serial Killer

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