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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO – DTIC

TEMA: MODELO DE REFÊRNCIA

Licenciatura Engenharia.

Orientador: Bernardo Adão

Curso: Eletrónica e Telecomunicações

Luanda /Kapolo
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO – DTIC

TITULO: MODELO OSI

Licenciatura Engenharia.

Ano: 3º.

Disciplina: Telemática I

Curso: Eletrónica e Telecomunicações.

Autor:

Eliseu Garcia Lucas nº 39429

Luanda /Kapolo
ABREVIATURAS

 OSI - Open Systems Interconnection


 ISO - International Organization for Standardization
PALAVRAS CHAVES: ISO , OSI,
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Bonecas Russas

Figura 1.2 – Camadas do modelo OSI


Índice
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 7
OBJECTIVOS ............................................................................................................... 8
GERAL ...................................................................................................................... 8
ESPECIFICOS .......................................................................................................... 8
DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 9
ARQUITECTURA DE REDES ................................................................................... 9
ARQUITECTURA EM CAMADAS ............................................................................. 9
ARQUITECTURA EM CAMADAS – PRINCIPIOS ..................................................... 9
ARQUITECTURA EM CAMADAS – VANTAGENS.................................................. 10
MODELO DE REFERÊNCIA ................................................................................... 10
MODELO DE REFERÊNCIA OSI ............................................................................ 12
VANTAGENS DO MODELO OSI ............................................................................ 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 17
REFERENCIAL TEORICO.......................................................................................... 18
INTRODUÇÃO

Até o momento Podemos observar o quanto o mundo de redes de


computadores é complexo com todos estes dispositivos comunicando-se entre si. Para
facilitar o entendimento de todo esse processo de comunicação em redes, uma
abordagem em camadas foi desenvolvida e foi chamada de Arquitetura de Camadas,
ou também, Arquitetura de Protocolos. Além de ajudar no processo de ensino e
aprendizagem das redes de computadores, esta abordagem em camadas foi
desenvolvida por questões de padronização de hardware, software e protocolos de
comunicação. Desta forma, os diversos fabricantes podiam se basear em um modelo
para desenvolver seus equipamentos e aplicações. Vamos estudar neste trabalho o
Modelo de Referência OSI .

Há muitos anos atrás foi desenvolvido com o objectivo principal de padronizar


os protocolos empregados nas diversas camadas de rede um modelo de referencia,
conhecido nos dias de hoje como Modelo OSI.

Desenvolvido pela ISO o modelo OSI é um sistema de interconexão aberto.


Este modelo propõe uma referência para a arquitetura dos protocolos de redes, do
qual abordarei com maior incidência ao longo deste trabalho.

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OBJECTIVOS

GERAL
Conceituar o modelo OSI;

ESPECIFICOS

 relacionar encapsulamento de pacotes com o modelo OSI;


 distinguir as funções das camadas do modelo OSI

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DESENVOLVIMENTO

ARQUITECTURA DE REDES
Uma arquitectura de rede é um modelo abstracto que permite descrever a
organização e o comportamento de uma rede e dos sistemas que a constituem.

A partir dum modelo geral é possível especificar e desenvolver soluções


particulares e concretas baseadas no modelo.

ARQUITECTURA EM CAMADAS
Uma arquitectura de rede não deve ser baseada num modelo monolítico, por
várias razões

– Dificuldade de concepção e de desenvolvimento

– Dificuldade de manutenção e de alteração (e.g, para acompanhar a evolução


tecnológica ou satisfazer novos requisitos)

– Inflexibilidade (dificuldade de aplicar a casos diferentes ou adaptar a novas


situações)

» A solução consiste em decompor o problema global e complexo num


conjunto de problemas mais simples e tratáveis (modularidade), permitindo assim uma
abordagem sistemática, com elevado grau de flexibilidade e adaptabilidade

» Os modelos arquitectónicos que têm sido adoptados em redes baseiam-se na


organização das funções em módulos e na sua estruturação hierárquica, de que
resultam Arquitecturas em Camadas (Layered Architectures)

ARQUITECTURA EM CAMADAS – PRINCIPIOS


Arquitecturas em Camadas baseiam-se em três princípios

» Independência entre camadas – uma camada encapsula as funções que


realiza, não sendo visível do exterior da camada a forma como essas funções são
realizadas (mas apenas o serviço que oferece)

» Camadas adjacentes comunicam através duma interface – a camada inferior


oferece um serviço à camada superior através da interface

» Valorização dos serviços – o serviço oferecido por uma camada (à camada


superior) acrescenta valor ao serviço por ela recebido (da camada inferior)

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ARQUITECTURA EM CAMADAS – VANTAGENS
» Redução da complexidade de concepção, desenvolvimento e manutenção

» Possibilidade de desenvolvimentos independentes das várias camadas, o


que pressupõe a definição das interfaces entre camadas (e os serviços
associados)

» Flexibilidade de implementação, visto ser possível escolher as tecnologias e


os algoritmos de controlo mais adequados a cada função ou grupo de funções

» Possibilidade de introduzir alterações numa camada (e.g., para explorar


novas tecnologias entretanto disponíveis ou algoritmos de controlo mais
eficientes)

» Possibilidade de suportar diferentes aplicações com base num número


reduzido de interfaces (serviços) comuns

» Concepção e análise de sistemas complexos com diferentes graus de


abstracção

» Adopção de standards, o que permite a produção em massa (com a


consequente redução de custos) e o suporte de produtos por diferentes
fabricantes (o que aumenta a diversidade de escolha e a flexibilidade das
soluções)

MODELO DE REFERÊNCIA
Os fabricantes de computadores começaram por desenvolver arquitecturas
próprias com o objectivo de permitir a ligação em rede dos seus sistemas.

Embora baseadas em princípios e conceitos semelhantes caracterizavam-se


por diferenças irreconciliáveis, no que se refere ao número de camadas, funções e
protocolos de cada camada, tipo de controlo e serviços disponibilizados.

Os modelos de rede foram criados com o objetivo de permitir a comunicação


entre dispositivos e sistemas de diferentes fabricantes e desenvolvedores de
aplicações. Na prática, de uma maneira geral, é um conjunto de procedimentos
(protocolos) e de dispositivos que controlam o fluxo de dados para que dois
computadores, independentemente dos sistemas operacionais que estão executando,
se comuniquem na rede. A ideia central do modelo de referência OSI é que máquinas
rodando Windows, Linux, IOS e outras plataformas tenham total conectividade se as
interfaces de rede e dispositivos de comunicação forem projetadas segundo o modelo.

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Por outro lado, na década de 1970 começaram a implantar-se redes públicas
de comunicação de dados, baseadas em diferentes tecnologias, protocolos de acesso
e serviços (e.g, redes públicas X.25). Esta situação tornava os utilizadores muito
dependentes das soluções de um único fabricante e tornava difícil explorar os serviços
entretanto oferecidos pelos operadores de redes (em alternativa ao aluguer de
circuitos).

Alternativas das soluções específicas de cada fabricante (fechadas) exigiam:

– Recurso a redes públicas de dados, usando protocolos e interfaces


(serviços) normalizados

– Interligação de equipamentos de diferentes fabricantes usando protocolos


universais

Surgiu assim naturalmente a necessidade de um modelo arquitectónico de


referência

– papel que veio a ser desempenhado pelo Modelo de Referência de Sistemas


Abertos (Modelo OSI) desenvolvido pela ISO

HISTORIAL

A LENDA DAS MATRIOSHKAS

Há muitos e muitos anos atrás na velha Rússia, um artesão esculpiu uma


boneca de madeira tão linda que, ao invés de vendê-la, resolveu ficar com ela e a
batizou de Matrioshka (Fig.1.1). Todas as noites o artesão perguntava se ela estava
feliz. Ela sempre respondia que sim. Até que certa noite disse que estava triste porque
não tinha um bebê.

O artesão esculpiu, então, uma boneca menor chamada Trioshka e a colocou


dentro dela. Na noite seguinte, foi a vez de Trioshka pedir um bebê. O artesão
esculpiu uma nova boneca, chamada Oshka e a colocou dentro de Trioshka. Oshka
por sua vez também pediu um bebê e o artesão, receoso de que os pedidos não
tivessem fim, esculpiu uma nova boneca, porém, desenhou um bigode e o chamou de
Ka, garantindo que seria homem e não iria pedir um bebê. Esse brinquedo russo feito

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de diversos materiais tem como característica principal o encaixe das bonecas uma
dentro da outra. (Adaptado de http://www.dicaseturismo.com.br).

Você deve estar-se perguntando: O que é que essas bonecas russas têm a ver
com as redes de computadores, professor? Têm muito a ver!

As mensagens enviadas através da rede podem ter tamanhos que variam de


alguns bytes a bilhões de bytes (o conteúdo de um DVD, por exemplo). Para que as
mensagens cheguem ao destino com segurança e eficiência, elas são quebradas em
pequenos pedaços e colocadas dentro de pacotes, blocos de dados cujo tamanho
depende da topologia da rede e da tecnologia do enlace entre os nós.

Nas diversas fases de envio, os pacotes são colocados dentro de outros


pacotes com informações sobre o endereço de origem e destino, tipo de dados,
segurança, entre outras. Ao chegar ao destino, o pacote experimenta o processo
inverso que vai abrindo o pacote mãe (Matrioshka) e retirando o pacote filho, até
restarem somente os dados da mensagem. Esta técnica, chamada de
encapsulamento é usada no modelo de rede OSI que você vai conhecer a seguir.

MODELO DE REFERÊNCIA OSI


O Modelo de Referência OSI (Open Systems Interconnection) foi criado pela
ISO (International Organization for Standardization) em 1984 para manter uma maior
interoperabilidade e compatibilidade entre as diversas tecnologias de rede existentes.
Ele estabelece regras gerais de interacção entre sistemas abertos, isto é, sistemas
que obedecem a normas universais de comunicação (por oposição a sistemas
fechados) e cujo comportamento externo está de acordo com o prescrito pelo modelo
(princípio de visibilidade restrita)

O Modelo OSI cria as bases para a especificação e aprovação de standards


por organizações de normalização reconhecidas internacionalmente – embora os
standards não façam parte do modelo, define princípios, conceitos e relações entre
componentes – é um modelo abstracto da descrição da comunicação entre sistemas
(e não um modelo de implementação)

O Modelo OSI é geral e flexível embora definido no contexto das redes de


computadores que se desenvolveram durante a década de 1970, continua a ser usado
como modelo de descrição de redes e serviços que se desenvolveram desde então.

O modelo OSI é composto de sete camadas conforme descritas na figura a


seguir.

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Figura 1.2

Cada camada do modelo OSI possui funções e características distintas. Veja, a


seguir, uma função resumida de cada camada:

a) Aplicação: fornece serviços de redes para as aplicações;

b) Apresentação: fornece uma estrutura de formatação dos dados;

c) Sessão: estabelece, gerencia e termina sessões entre aplicações;

d) Transporte: estabelece, mantém e termina circuitos virtuais entre


dispositivos finais; e) Rede: endereçamento de rede e determinação do melhor
caminho;

f) Enlace de dados: controle de acesso ao meio de rede;

g) Física: transmissão binária através dos meios físicos de redes. Mais adiante,
nesta unidade curricular, você estudará os detalhes de cada camada do modelo OSI.

No modelo OSI, o processo de comunicação entre dois nós é dividido em sete


camadas, sendo que cada camada contribui para que o pacote chegue ao destino. O
modelo define sete camadas: física, enlace de dados, rede, transporte, sessão,
apresentação e aplicação. A primeira camada (física) está conectada com o meio
físico, como, por exemplo, um cabo de fibra ótica, enquanto a última camada
(aplicação) está ligada ao sistema operacional.

As quatro primeiras camadas estão relacionadas com o hardware de rede


como cabos, conectores, interfaces de rede e ativos de rede que você vai conhecer
nas próximas aulas. As três últimas camadas do modelo estão relacionadas ao
software, isto é, protocolos de autenticação do usuário, codificação e aplicativos
cliente-servidor como navegador e servidor WEB, por exemplo.

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O modelo OSI usa o conceito de encapsulamento apresentado no início da
nossa aula para enviar e receber mensagens. A mensagem é enviada pelo sistema
operacional para a camada de aplicação que encapsula em um pacote e envia para a
próxima camada. Esse processo se repete nas camadas seguintes até o despacho
para o meio de transmissão pela camada física. Na recepção, é feito o processo
inverso no qual a camada equivalente retira o pacote e envia para a camada seguinte.

Vejamos como funciona:

Nosso exemplo começa quando você envia um e-mail para alguém...

A mensagem digitada é enviada pelo sistema operacional para ser entregue ao


destinatário, chegando à primeira do modelo OSI.

• Camada de aplicação – Nesta camada estão os serviços de rede usados


pelos usuários como transferência de arquivos, navegação na Web e correio
eletrônico. É a camada mais próxima do usuário, diretamente ligada ao sistema
operacional.

Vamos embarcar no pacote gerado pela camada de aplicação e acelerar até a


camada de apresentação.

• Camada de apresentação – Responsável pela maneira como os dados da


mensagem são tratados, essa camada pode fazer a compactação dos dados para
envio mais rápido ou a criptografia dos dados para aumentar a segurança.

Com os dados devidamente tratados, vamos continuar a viagem descendo


para a próxima camada do modelo OSI.

• Camada de sessão – Aqui é estabelecida a comunicação entre as aplicações.


Para o serviço de correio, é necessário autenticar (nome do usuário e senha) para
estabelecer a sessão. No caso de falha da autenticação, a sessão será negada e o
pacote é descartado. Mas não é o nosso caso!

Com a sessão estabelecida, seguimos para a camada de transporte.

• Camada de transporte – Esta camada define se os pacotes serão


transportados com ou sem garantia de entrega. A mensagem é quebrada em pacotes
chamados de segmentos.

Com a conexão ativa e com a garantia da entrega, vamos embarcar no


segmento e alcançar a camada onde vamos deitar na rede!

• Camada de rede – Responsável pela interconexão de redes de diferentes


topologias, como, por exemplo, conectar uma rede estrela a uma rede anel. Esta
camada é responsável por o endereçamento de rede enviar pacotes para qualquer nó
da rede. A internet existe hoje graças ao trabalho executado por esta camada! Os
roteadores fazem parte dela.

Ao invés de descanso, tivemos foi muito trabalho! O nosso segmento foi


encapsulado em um pacote chamado datagrama, foi identificado com um endereço de
rede e aguarda a partida. Vamos em frente!

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• Camada de enlace – Esta camada recebe o datagrama da camada de rede o
encapsula em outro pacote chamado de quadro e despacha para a camada física. Ela
também é responsável pelo controle de acesso ao meio, pelo endereço físico e pela
verificação de erros de transmissão. Os comutadores (switches) fazem parte desta
camada.

Prepare-se que vamos sair da proteção do computador para enfrentar os


perigos do meio de comunicação. O controle de acesso vai cuidar para que não haja
colisão com outro quadro e os bits do quadro serão codificados em sinais e enviados
através do enlace físico.

• Camada física – É responsável pelo envio e recepção dos sinais através dos
meios de comunicação e define o tipo de cabo, os conectores, as interfaces de rede e
outros dispositivos como modems, concentradores e repetidores, que estabelecem o
enlace físico entre os dois nós de uma rede de computadores.

Após a turbulência do meio de comunicação, chegamos à camada física do


computador do seu amigo. Vamos descer do quadro e o deixar seguir viagem através
das camadas no sentido inverso ao receber o quadro da camada física, a camada de
enlace verifica se o endereço físico e os dados do quadro estão corretos. Retira então
o datagrama e o entrega à camada de rede que retira o segmento e o entrega à
camada de transporte. As camadas seguintes executam o mesmo processo, retirando
os cabeçalhos correspondentes até que a mensagem seja entregue na caixa de
correio do amigo.

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VANTAGENS DO MODELO OSI

 Reduz complexidade;
 Padroniza as interfaces;
 Facilita a engenharia modular;
 Garante tecnologia interoperável ;
 Acelera a evolução;
 Simplifica o ensino e o aprendizado;

VANTAGENS D DIVISÃO EM CAMADAS:

 Decompõe as comunicações de rede em partes menores e mais


simples;
 Padroniza os componentes de rede, permitindo o desenvolvimento e
suporte por parte de vários fabricantes ;
 Possibilita a comunicação entre tipos diferentes de hardware e de
software ;
 Evita que mudanças de uma camada afetem as outras;

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CONCLUSÃO

O Modelo de Referência para a interconexão de sistemas abertos desenvolvido


pela Organização Internacional para Padronização (ISO), permitiu a troca de
informações entre computadores de diferentes fabricantes usando uma arquitetura
única .O que foi um grande passo dado no mundo das TIC´s, com um impacto
destacado nas comunicações.

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REFERENCIAL TEORICO

 Arquitecturas de Redes Modelos Arquitectónicos FEUP/DEEC Redes


de Computadores MIEIC – 2009/10 José Ruela
 CCNA 1 – Modelos OSI e TCP/IP
 Arquiteturas de Rede– Prof. Leonardo Barreto Campos
 Redes de Computadores– João Batista Pinto Neto
 Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Software
Disciplina: Redes de Computadores 2. Arquiteturas de Redes: Modelo
em camadas– Prof. Ronaldo <ronaldo.maia@ifrn.edu.br>

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