Desmonte de Rochas - Explosivos

• Explosivo: substância, ou mistura de substância, que

submetida a determinada reação físico-química é capaz de
gerar, num pequeno intervalo de tempo, um grande volume
de gases a altas temperaturas, gerando pressões em sua
expansão.
• As reações muito rápidas são denominadas de detonações
(processam-se a velocidades maiores que a do som),
enquanto as mais lentas, deflagrações (velocidades menores
que a do som).
• O processo de explosão é seguido de efeitos mecânicos,
acústicos e visuais.
• Registro Histórico de Aplicação dos Explosivos:
✓ Século 13 – Pólvora Negra Utilizada na Europa (<600 m/s).
✓ Século 17 – Pequena Mineração (1627).
✓ Século 19 – Nitroglicerina (1847) – dinamite substitui a pólvora; -
dinamite nitroglicerinada (1865) e gelatinosa (1866) – não exigem
confinamento (1800 a 8000 m/s).
✓ Século 20 –
o Anos 50: ANFO – mais econômico. 70 a 80 representou
+ 80% dos explosivos consumidos nos EUA = Agente
Detonante.
o Anos 60: Lamas (slurries) substituem a dinamite.
o Anos 70: Emulsões (mais simples de produzir).
• Grupos de Explosivos
Comerciais:
1. Dinamites – granular ou
gelatinosa;
2. Agentes Detonantes – alta
proporção de ANFO e
ANFO aluminizado;
3. Lamas – gels aquosos e
emulsões.

• Base – sensibilidade ao estímulo:

1. Primários – detonam quando em contato com chama;
2. Secundários – exigem uma onda de choque p/ iniciar.
Desmonte de Rochas - Explosivos

• A escolha adequada de um explosivo é uma das partes mais

importantes no projeto de desmonte de rochas;

• Fatores que devem ser levados em consideração na escolha de

um explosivo:
• Propriedades dos explosivos (densidade, velocidade e pressão de
detonação; resistência à água, classe dos gases), aspectos do plano de
fogo; características da rocha a ser desmontada, condições ambientais.
Desmonte de Rochas - Explosivos
• Características de Explosivos para Seleção:
✓ Função do tipo de trabalho a executar –
❖Operar com segurança e confiabilidade;
❖Deve ser o mais econômico possível.
• 1ª Seleção: Características Ambientais (resistência):
• à água,
• a temperaturas extremas,
• à pressão de confinamento,
• a sensibilidade à propagação, e
• à produção de gases, fumos e inflamabilidade.
• 2ª Seleção: Características de Desempenho
• Energia do Explosivo
• Massa Específica
• Velocidade de Detonação
• Pressão Específica e Pressão de Detonação
• Sensibilidade à Iniciação.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS:
OBJETIVOS ESSENCIAIS NO DESMONTE
• Deve-se sempre se assegurar que:
1. A Energia Potencial de Explosão seja
ADEQUADA.
2. A Energia Potencial seja LIBERADA.
3. A Energia Liberada esteja efetivamente
UTILIZADA.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS:
RESISTÊNCIA À ÁGUA
• Habilidade de resistir sem sofrer redução de desempenho.
• Resistência Interna (composição) ou Externa (cartucho)
• Resistência baixa, regular, boa e ótima; ou exposição máxima:
C1/72 h, C2/48 h, C3/24 h e C4/12 horas.
• Considerações Gerais:
• Gelatinosos: contém nitroglicerina e dinitroglicol, são plásticos –
usados na presença de água.
• Agentes Detonantes: contém NH4NO3, são particulados e não
devem ser usados na presença de água.
• Lamas: soluções aquosas saturadas de sais oxidantes, com
combustíveis em suspensão e podem ser usados em água.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS:
RESISTÊNCIA A TEMPERATURAS EXTREMAS

• Estocagem com segurança (-20º C <T<+40º C)

• Alguns explosivos perdem a sensibilidade a temperaturas não
tão baixas e outros suportam 95º C
• Grupo de explosivos x Temperatura extrema

TEMPERATURA TEMPERATURA
TIPO DE EXPLOSIVO (-18º a 38º C) TIPO DE EXPLOSIVO (-18º a 38º C)

Dinamite Granular Boa Dinamite Gelatinosa Boa

Lama em Cartucho Ruim T < 4,5º C Lama em Bruto Ruim T < 4,5º C

ANFO com Ar Ruim T > 32,2º C ANFO Despejado Ruim T > 32,2º C

ANFO Empacotado Ruim T > 32,2º C ANFO Pesado Ruim T < 4,5º C
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DO NH4NO3: RESISTÊNCIA À ÁGUA
E A TEMPERATURAS
• Propriedades típicas:
• Solúvel em água, pelotas recoberto por talco ou zelite;
• Forma cristalográfica altera com a temperatura:
FAIXA DE TEMPERATURA (C) FORMA DE CRISTAIS

T > 125º C CÚBICA

125,0 a 84,4º TETRAGONAL
84,4 a 32,2º ORTORRÔMBICA
32,2 a –18,0º PSEUDO TETRAGONAL

-18,0º C > T TETRAGONAL

• Temperaturas oscilando em 32,2º C gera quebra de partículas. Pulverização

aumenta a massa específica, de 800/1200 kg/m3.
• Acima deste, não detona. Quebra destrói proteção à umidade.
Propriedades: Resistência à Água

• Misturas de ANFO expostas à

água perdem um pouco sua
energia de detonação,
comparadas com a aplicação
em furos secos.
• Agentes de desmonte com
água em sua formulação
apresentam bons padrões
desta propriedade. Proteção
por envelopamento também
tem sido responsável pelo
bom desempenho.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS: RESISTÊNCIA
À PRESSÃO DE CONFINAMENTO

• Habilidade de manter desempenho mesmo se submetido à pressão hidrostática.

• Alguns nitroglicerinados deixam de detonar a partir de certa compressão, de
acordo com a concentração de NG e o tempo de exposição:
• Na prática p>0,15 MPa (15 m de coluna de água).
• Lamas e ANFOs pesados são densificados e desestabilizados por efeito de
pressão.
• Há explosivos adequados para condições de alta compressão ou desmonte
subaquático.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS:
SENSIBILIDADE À PROPAGAÇÃO
• Habilidade da reação proceder ao longo da coluna de explosivos.
• Depende do diâmetro crítico, abaixo do qual a coluna não detona (varia de
alguns até 100 mm).
• Diâmetro de perfuração inviabiliza alguns explosivos:
• Dinamites (granular e gelatinosa) – Øcrítico < 25 mm;
• Lamas e Agentes Detonantes (Øcrítico >50 mm).
• Sensibilidade entre cartuchos (simpatia): transmitir a detonação de
cartuchos separados fisicamente – varia de 2 a 25 cm.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS: PRODUÇÃO DE GASES, FUMOS
E FLAMABILIDADE

• Quando um alto-explosivo detona, imprime uma

onda de choque que provoca fraturas na rocha (ou
quebra), além de uma força (na forma de gases) que
penetram entre as fraturas deslocando os blocos
formados.
• Todos os explosivos são misturas que incluem C, N, H
e O, além de outros aditivos que conferem
propriedades especiais (densidade, viscosidade,
resistência à água).
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS: PRODUÇÃO DE GASES, FUMOS
E FLAMABILIDADE
• Gases e Fumos:
• Detonação ideal: CO2, N2, H2O(não-tóxicos)
• Prática: CO, NOx (NO, N2O, NO2). Maiores cuidados em
subsolo (Permissíveis). Desmontes cuidadosos em valas e
trincheiras profundas.
• Condições geradoras: resistência inadequada à água;
iniciação inapropriada; perda de confinamento; diâmetro
insuficiente.
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS: PRODUÇÃO DE GASES, FUMOS
E FLAMABILIDADE
• Classe de Explosivo por Volume de Gases Tóxicos
CLASSE VGT (VGT- cm3)

1 <4.530
2 4.530/9.344
3 9.344/18.972

• Flamabilidade – facilidade da detonação ser iniciada

por faísca, chama ou fogo: alguns detonam com uma
fagulha enquanto outros queimam até 20 t sem
detonar. Isto tem criado uma falsa sensação de
segurança.
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO:
ENERGIA DO EXPLOSIVO E MASSA ESPECÍFICA

• Energia do Explosivo:
• O Objetivo dos explosivos é inserir energia no meio com a finalidade de
produzir uma reação.
• Esta reação é na forma de fragmentação ou movimento
• Pode ser definida como a quantidade de trabalho que um explosivo
pode realizar.
• Energia é inicialmente armazenada como energia química, e com a
detonação é liberada e utilizada.
• Ineficiência do processo, nem toda energia é realmente transformada
em trabalho
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO:
MASSA ESPECÍFICA

• Massa Específica do Explosivo

• Relação Massa:Volume (kg/m3).
• Varia conforme componentes do explosivo e grau de compactação.

MASSA MASSA
EXPLOSIVO EXPLOSIVO
ESPECÍFICA ESPECÍFICA
Dinamite Granular 800 a 1400 Lama não encart. 1100 a 1600
Dinamite Gelatinosa 1000 a 1700 Lama encart. 1100 a 1300

ANFO Despejado 800 a 900 ANFO Empacotado 1100 a 1200

Propriedade: Densidade Encartuchada
• Densidade Encartuchada:
aquela de acordo com a
fórmula do explosivo.
• Teoricamente não se altera
(a não ser que o invólucro
rompa durante o
carregamento).
• Deve ser maior que a
densidade do explosivo
carregado diretamente no
furo.
• Se bolhas de ar (vazios) são
introduzidas na mistura os
revestimentos podem
romper no carregamento.
Propriedades: Densidade Volumétrica

• Densidade volumétrica
• Aquela que é produto do
despejo a granel, direto de
saco ou do caminhão.
• Permite acoplamento do
material com a parede do
furo.
• A densidade pode ser
alterada pela queda de
parte das paredes do furo
para dentro da mistura.
• Energia de um explosivo

A energia liberada pelo explosivo em um furo é utilizada:

• Pulverização da rocha nas paredes do furo;
• Rompimento da rocha
• Produção de calor e luz;
• Movimento da rocha;
• Vibração do terreno;
• Sobrepressão atmosférica.

RWS – Relative Weight Strength (Energia relativa por massa)

RBS – Relative Bulk Strength (Energia relativa por volume)
RWS: é a energia disponível por massa de um explosivo x, comparada com a energia disponível por igual massa
de um explosivo tomado como padrão. Normalmente o ANFO é tomado como padrão.

ETx
RWS =
ETp

RBS: é a energia disponível por volume de um explosivo x, comparada com a energia disponível por igual volume
de um explosivo tomado como padrão.

ETx x x
RBS = x = RWS x
ETp p p
 CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO: VELOCIDADE E PRESSÃO DE
DETONAÇÃO

• VOD – velocidade com que a reação química se propaga na massa de explosivos,

podendo variar em função do diâmetro da coluna de explosivos (varia de 800 a
6000 m/s).
• Serve para estimar a energia transmitida ao maciço. É importante quando se trata de
cisalhamento e fragmentação de matacões.

• Pressão de Detonação.
• Pressão de Detonação: a associada ao deslocamento da onda de choque pelo
explosivo. Relacionada à massa específica e VOD.
• Pressão de Detonação e Pressão do Furo
• Importância Primária na quebra de rocha densa, resistência,
competência da rocha ou demolição
• Pressão de Detonação a pressão da Frente de Detonação,
função da VOD e Densidade
• Pressão do Furo é aquela após a passagem da Frente e os gases
se expandiram para preencher o furo
• Não pode ser medida diretamente mas é função da quantidade
e temperatura dos produtos da detonação e do confinamento
• Importância na quebra de rochas brandas e na movimentação
de todos os tipos de rochas durante o desmonte
• ANFO tem baixa pressão de detonação mas significativa pressão
do furo (sucesso em tipos de rochas de minas e pedreiras)
Velocidade de detonação (m/s)
Faixa Média de Pressão de Detonação

PRESSÃO DE DETONAÇÃO
TIPO DE EXPLOSIVO
(MPa)
Granular 2.000 a 7.000
Dinamite
Gelatinosa 7.000 a 14.000
Não Encartuchada 2.000 a 10.000
Lama
Encartuchada 2.000 a 10.000
Despejado 700 a 4.500
ANFO Empacotado 2.000 a 6.000
Tipo Pesado 2.000 a 9.000
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO: SENSIBILIDADE À
INICIAÇÃO
• Grau de confiança sobre a iniciação e manutenção da reação, a partir de certa
quantidade de energia externa.
• Definida pela potência da espoleta que a inicia, que possui escala numérica de 1 a
10.
• A maioria dos explosivos comerciais são sensíveis à espoleta 8, que contém 2 g de
fulminato de mercúrio.
• O ANFO pode exigir a número 10 (3 g).
• Lamas e Agentes Detonantes a granel podem exigir um cartucho escorvado.
• Fulminato de Mercúrio é um explosivo primário (4.420 kg/m3) na forma de pó
cinza e explode entre 130 e 150º C.
EXPLOSIVOS: PRODUTOS COMERCIAIS

• TIPOS DE EXPLOSIVOS
• Classificações (Mecânicos, Químicos, Nucleares)

Químicos – Queimam (rapidamente) ou Detonam. Baixos ou Altos Explosivos /

Primários ou secundários.
• Componentes (+Comuns) de Explosivos Químicos Industriais

COMPONENTE FÓRMULA QUÍMICA FUNÇÃO PRINCIPAL

Nitroglicerina C3H5O9N3
Nitrocelulose C6H7O11N3 Base Explosiva
Trinitrotolueno C7H5O6N3
Nitrato de Amônio NH4NO3
Fonte de Oxigênio
Nitrato de Sódio NaNO3
Óleo Combustível CH2
Polpa de Madeira C6H10O5 Combustível
Carbono C
Alumínio em Pó Al Sensibilizador, Combustível

Carbonato de Cálcio CaCO3

Anti-ácido
Óxido de Zinco ZnO
Cloreto de Sódio NaCl Depressor de Chama
• Geralmente o Oxigênio funciona como oxidante.
• Nitrogênio participa na forma líquida ou sólido, e quando reage
é liberado na forma de gás (N2).
• Os metais (Al) são usados como catalisador, fornecendo calor
durante a reação, aumentando a temperatura dos gases e a
pressão resultante.
• Outros componentes não afetam a energia de detonação, mas
algumas funções características:
✓Carbonato de cálcio e óxido de zinco agem como anti-
ácidos, aumentando a vida-útil de estocagem.
✓NaCl torna o explosivo menos eficiente porque deprime a
chama e resfria a reação, sendo necessário em ambiente
com metano, reduzindo a probabilidade de explosão
(explosivos permissíveis)
Desmonte de Rochas - Explosivos

• Antiácidos: aumentam a estabilidade do produto à

estocagem. Ex: carbonato de cálcio, óxido de zinco;

• Depressores de chama (cloreto de sódio) minimizam as

possibilidade de fogo na mina, principalmente onde ocorre
a presença de gás metano;

• Agentes controladores de densidade e sensibilidade (nitrito

de sódio, ácido nítrico);

• Agentes cruzadores: proporcionam uma forma de gel nas

lamas. Ex: dicromato de sódio.
Desmonte de Rochas - Explosivos

• Altos explosivos: elevadíssima velocidade de reação (1500 a

9000 m/s) e alta taxa de pressão (50.000 a 4 milhões de psi).
Ex: TNT, dinamites, gelatinas;

• Agentes detonantes: necessitam explosivos reforçadores (boosters).

Ex.: ANFO, ANFO/AL, lama, ANFO pesado, emulsões.

• Baixos explosivos: velocidade de reação muito baixa e pressões

no máximo de 50.000psi. Ex.: pólvora e explosivos
permissíveis;
Agentes Detonantes

Agentes Secos (sem Água) Agentes Úmidos (com Água)

Agente Detonante Seco: ANFO

• Compreende pelotas de agente detonante seco (oxidante), em

grãos de 1 a 2 mm de diâmetro e uma porosidade de 8 a 12%,
que permite a absorção de óleo diesel (combustível).
• Ammonium Nitrate + Fuel Oil = ANFO
• Balanço de Oxigênio da mistura: 94% AN + 6% FO
• Explosivo mais utilizado pela indústria: barato e seguro.
Desmonte de Rochas - Explosivos

• Explosivos:
• Dinamite simples; Dinamites amoniacais;
• Gelatinas;
• Gelatinas amoniacais;
• ANFO
• ANFO/AL
• Lamas e pastas detonantes;
• Emulsões
• ANFO pesado
• Explosivos permissíveis
EXPLOSIVOS FABRICADOS COM NITRATO DE AMÔNIO

• Nitrato de Amônio é utilizado em vários tipos de explosivos:

• NITRATO DE AMÔNIO + ÓLEO = ANFO
• NITRATO DE AMÔNIO + ÁGUA + ÓLEO + GOMA = WATER GEL ou SLURRY
• NITRATO DE AMÔNIO + ÁGUA + ÓLEO + EMULSIFICANTE = EMULSÃO
• NITRATO DE AMÔNIO + EMULSÃO = HEAVY ANFO
• NITRATO DE AMÔNIO + NITROGLICERINA = GELATINOSOS
Desmonte de Rochas - Explosivos

• A liberação de energia é otimizada quando o balanço de

oxigênio é zero:
• Ponto no qual uma mistura tem suficiente oxigênio para oxidar
completamente todo o combustível presente na reação, não faltando
oxigênio que forme o CO
• mas que não contenha excesso de oxigênio que possa reagir com o
nitrogênio, formando NO e NO2.
Considere a mistura ideal do nitrato de amônio (NH4N03) com óleo diesel
(CH2):
NH4N03 + CH2 → CO2 + H2O + N2

Equilibrando a equação
3NH4N03 + CH2 → CO2 + 7H2O + 3N2
Desmonte de Rochas - Explosivos

• Por que a importância do balanço de oxigênio?

• Detonação ideal: CO2, N2, H2O e na realidade pequenas
quantidades de NO, CO, NH2

• NO, NO2, CO, além de altamente tóxicos para o ser humano, esses
gases reduzem a temperatura da reação, diminuindo o potencial
energético e a eficiência do explosivo.
 Desmonte de Rochas - Explosivos

• Muitos fatores podem interferir sobre a química do explosivo durante

a detonação, alterando o balanço de oxigênio projetado.

• Fatores:
• Diâmetro insuficiente. Iniciador inadequado. Espera imprópria.
• Deterioração por água. Revestimento plástico ou de papel
impróprios.
Exercício 2 – Questões:
Formação de Gases e Compostos

• O que ocorre quando se mistura NH4NO3 e Óleo Combustível,

de forma a que haja excesso de óleo, ou seja, não existe
oxigênio suficiente para a completa oxidação?
Dado o Calor de Formação de alguns componentes químicos:
COMPONENTE CALOR DE FORMAÇÃO COMPONENTE CALOR DE FORMAÇÃO

H2O -241,6 Al 0,0

N2 0,0 C 0,0
NO +90,3 NO2 +33,8
• Na reação entre o C2 com o O2, por que se busca a formação
do Dióxido de Carbono (CO2)?
Exercício 2 – Solução:
Formação de Gases e Compostos
• Misturando-se NH4NO3 e Óleo Combustível, se há
excesso de óleo na composição ocorre a deficiência
de O: não existe oxigênio suficiente para a completa
oxidação do C2 e do H2 com produção de CO2 e H2O.
Se obtém é CO + Carbono livre (fuligem).
• Quando C2 reage com O2, pode-se formar Monóxido
(CO) ou Dióxido (CO2). A formação do CO libera 110
kJ/mol, enquanto a formação de CO2 libera 393,3
kJ/mol. Portanto a formação de CO2 é objetivada,
além do que o CO é tóxico.
Exercícios 3 – Questões:
Formação de Gases e Compostos

• Quando se mistura o NH4NO3 com quantidade deficiente de

Óleo, a composição resultante tem excesso de O2, ou seja,
existe oxigênio suficiente para completa oxidação do C2 e do
H2. Neste caso o que acontece com o N2?
Dado: Calor de Formação do Nitrogênio e alguns óxidos:

COMPONENTE N2 NO NO2

CALOR DE FORMAÇÃO 0,0 +90,3 +33,8

• Quais as conseqüências em termos de temperatura e pressão

da reação?
Exercícios 3 – Solução:
Formação de Gases e Compostos
• Misturando-se NH4NO3 + Óleo (deficiente), a composição
tem excesso de O2. Isto é, existe oxigênio suficiente para
completa oxidação do C2 e do H2. Neste caso, em vez de
formar gás N2 (calor de formação nulo), formam-se
óxidos de N2 (NO e NO2), cujos Calores de Formação são
positivos (absorvem calor).
• Absorvem 90,3 e 33,8 kJ/mol, diminuindo a temperatura
e, consequentemente, a pressão da reação eles dão um
tom marrom-avermelhado aos gases da detonação.
Desmonte de Rochas - Explosivos
Efeitos e Problemas da Concentração de Oxigênio
nas Reações Químicas Explosivas

Fumos e Gases
CINZA ESCURO
C – Sólido Preto
CO – Incolor
Deficiência de Oxigênio
H2O – Cinza Claro
N2 - Incolor
Fuligem nas
Paredes do Furo

Elementos: C, H, N, O CO2 – Incolor

Fumos e Gases
Reação Balanceada H2O – Cinza Claro
LEVEMENTE CINZA
N2 - Incolor

CO2 – Incolor
Fumos e Gases
H2O – Cinza Claro
Excesso de Oxigênio AMARELOS ou MARROM-
NO + NO2 – Amarelo- AVERMELHADOS
Vermelho
Desmonte de Rochas - Explosivos