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A Ciência da Felicidade
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER 2018
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forma eletrônica ou manual, colocada em websites, servidores ou qualquer lugar
privado sem a permissão expressa do Centro Sofia Bauer.
Não se tem uma definição certa para este termo FELICIDADE – Seligman fala, hoje,
em bem estar.
Nossa expectaRva é que até o final deste curso, e claro, da leitura deste material,
você vá se tornando mais feliz do que era, ou do que é hoje. Este é nosso firme
propósito, faze-lo mais fazer do que só aprender em teorias e conceitos. Por isso,
vamos definir sim, o que você deve e pode fazer em sua vida para ser ainda mais
feliz.
É importante lembrar que:
O que pretendemos é prover vocês com algumas ferramentas, algumas ideias que
vocês poderão implementar em suas vidas, na medida que vão lendo estas ideias da
Psicologia PosiRva, que você possa se tornar mais feliz: como resultado da aplicação
dessas ferramentas em sua vida. Esta não é uma exploração teórica do que é a
felicidade, da boa vida, vocês verão muitas informações teóricas aqui, pesquisas,
ideias, mas o nosso propósito ao mostrar estas pesquisas e ideias é que você possa
aplicá-las em sua vida.
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Nas palavras de Willian James, trata-se de idenRficar o valor final, dos termos
experimentais, e gostaríamos que vocês idenRficassem o valor final destas aulas, ou
seja, a moeda final, que chamamos de FELICIDADE. E assim aprenda a usar as
ferramentas que vamos passando ao longo do caminho. Basta refleRr conosco, fazer
seu diário de graRdão, focar no que funciona e as dicas irão surgindo...
Você vai aprender que:
Para entender um equação inventada por Tal Ben-Shahar, preciso explicar um pouco
mais sobre querer fazer tudo cer.nho, ser perfeito e não dar um tempo, ter uma
diversão, uma alegria extra. Aquela coisa que aprendemos que tudo tem que ser no
lema americano – no pain no gain – sem dor, sem ganho! Explico melhor. Na
verdade, todos nós quando aprendemos a dar duro sobre alguma coisa não
queremos perder o ganho daquilo. Uma dieta bem feita, por exemplo, eu aprendi
que leite e glúten fazem muito mal a minha saúde, e quando penso em pizza, minha
boca até saliva! Mas sei que não posso. Mas se eu pensar direito, poder eu posso;
não posso é comer toda hora, o tempo todo, pois me fazem mal. Mas Rrar um
gosRnho uma vez ou outra tudo bem.
Voltemos a explicação do modelo que ele nos ensinou a frente, lembrando que ele
adorava hambúrgueres e que vivia uma vida de atleta bem disciplinado, comendo
saladas, verduras, tudo cerRnho, para ganhar seus campeonatos de squash. E nas
palavras dele:
"Aqui eu tenho estes hambúrgueres e eles me darão um bene9cio presente, vou
aproveitá-los, ter prazer ao comê-los, mas no futuro, não me senCrei bem, me
trarão prejuízo futuro. Então pensei em um hambúrguer alternaCvo! E se eu
comesse um hambúrguer saudável, mas que não fosse tão gostoso, iria me prover
um prejuízo no presente, mas bene9cios no futuro, pois iria me senCr bem depois...
é combusIvel saudável para o corpo. ExisCa outra possibilidade, poderia ser pior!
Eu poderia comer uma hambúrguer ruim, e não saudável... é perder e perder,
prejuízo presente e futuro! Mas aí, Cnha também o "hambúrguer ideal"... aquele
que me traria bene9cios no presente e futuro... este hambúrguer seria gostoso e
saudável, e em minha mente eu vi um modelo... um modelo de felicidade”...
Vocês podem encontrar esta teoria toda, no livro, Happier, de Tal Ben-Shahar.
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O Modelo Hambúrguer
Beneocio futuro
Significado
Beneocio presente
Prejuízo presente
Prazer
Dor
Prejuízo futuro
Sem senRdo
Detalhando:
Prejuízo presente/Beneocio futuro: Saudável, mas ruim.
Prejuízo Presente/Prejuízo futuro: Não saudável e ruim.
Prejuízo futuro/Beneocio presente: Não saudável e muito gostoso.
Beneocio presente/Beneocio futuro: O IDEAL!!! Saudável e gostoso!!!
Então Tal deu um passo a frente, e criou o seu MODELO DE FELICIDADE, que foi
construído a parRr deste modelo do hambúrguer.
Como resultado: “Se eu aproveito, comendo algo agora, estou senRndo prazer. Se eu
vejo beneocios futuros naquilo, isso leva a noção de significado”.
“João nasceu em uma família cuidadosa e amorosa. Na idade de 3 anos, ele brinca
no jardim de infância, que é um ambiente extremamente compe..vo. Mas ele não
tem ideia do que seja, ele apenas brinca. Mas, mas aí ele vai para escola, e na escola,
as mensagens que ele começa a receber são: "você precisa trabalhar duro, chega de
brincar, você tem que ter sucesso!” E quando ele pergunta o porquê, seus pais e
professores dizem: "você tem que se sair bem para ter sucesso"... e ele pergunta por
que de novo, e eles dizem: "porque se você .ver sucesso, você sairá bem, irá a uma
boa universidade, e vai ter sucesso na vida"... então ele faz o que os pais e os
professores falaram pra fazer para ter sucesso na vida... ele se diverte de vez em
quando, mas a pressão começa a crescer, e quando ele faz 10 anos ele começa a
sen.r aquele nó no estômago, aquela pressão imposta pela sociedade de que ele
precisa ir a uma boa escola, e ele trabalha duro... ele até se diver.a com a
matemá.ca, ou ao ler, mas não gosta mais, pois a pressão é muito grande.
É o que acontece normalmente com aqueles que confundem alívio com felicidade,
quando conseguem uma boa nota, ou uma promoção, pensam: "agora estou feliz",
mas é apenas alívio temporário, não felicidade duradoura. É o alívio que os moRva.
O mantra é "no pain, no gain" (sem dor, sem ganho). Como eles assimilam este
mantra? Pode vir dos pais, mas não precisa necessariamente vir deles, normalmente
vem do ambiente social, porque isso é dito ou mostrado desde criança.
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Coisas como: ignorar, esquecer, desperdiçar o presente, o aqui/agora, a dádiva do
presente!
O senRmento de alívio pressupõe que uma experiência desagradável se exRnguiu, e
isso não é felicidade. Ao se confundir esse alívio com felicidade reforça-se a ilusão de
que seremos felizes ao alcançarmos uma meta. A vivência do alívio é como uma
felicidade negaRva, pois sua origem é a negação da tensão ou da ansiedade.
QUADRANTE HEDONISTA
QUADRANTE DA RESIGNAÇÃO
As pessoas caem neste estado, pois pensam que já tentaram de tudo, tentaram ser
compeRdor desenfreado, vivendo pelo futuro; tentaram pelo prazer, pelo
hedonismo, viver no presente. Pensaram que eram felizes quando senRam alívio
mas, passou, e o mesmo com o prazer que também passou. Não enxergar nenhum
passo lógico que pudessem dar para aRngir a felicidade e então, renunciam para a
infelicidade.
MarRn Seligman fez um estudo, que captura esse estado de resignação muito bem:
"DESAMPARO APRENDIDO".
A pesquisa foi feita com cachorros, que foram divididos em três grupos:
1- Recebia eletrochoques dentro de uma caixa, mas os mesmos cessavam quando
saíam;
2- Recebia eletrochoques dentro e fora da caixa, independente do que fizessem;
3- Grupo controle, que não recebeu eletrochoque em nenhum momento.
Além disso, pode ver este arquéRpo várias vezes, com pessoas de muito sucesso,
você vê este padrão acontecer. Pense nas estrelas do rock, nos grandes arRstas, que
trabalharam duro para chegar até onde chegaram. Conseguem, tem sucesso. Eles
pensaram que seriam felizes depois de alcançar a fama, mas não são! Então eles
tentam outra alternaRva, começam com o hedonismo: drogas, sexo, álcool, e vão ao
extremo. Pensam "não estou feliz aqui também", e é quando entram em resignação,
em desamparo. E pode acontecer em uma idade nova, pois eles aprenderam, que
não importa o que eles façam, não importa o que eles conquistem, não importa
quantas pessoas o querem, não importa quanto dinheiro tem, eles conRnuam
infelizes. Então não existe mais nenhuma alternaRva que os fará mais felizes e
desistem, e entram em depressão, às vezes, cometem suicídio.
E vemos muitos casos assim. Pessoas de muito sucesso, que não entenderam o que
é a felicidade, que ao não conseguirem o resultado desejado, passam a acreditar
que não tem controle sobre as suas vidas e podem chegar ao desespero ou a morte.
QUADRANTE DA FELICIDADE
Podemos comparar a vida como uma subida de montanha. Não tem volta e é só
subida. Se ficar parado, olhando para traz se cansa e vê que se fez pouco. Se olhar
pra cima e só pra cima, pensa-se que é preciso muito esforço, se cansa de só pensar
e não vê prazer em nada, só vê desafios a frente. Mas se curRr a jornada, sabendo
que é diocil, olhar volte e meia para trás e ver o quanto já caminhou. Parar e dar
aquela boa descansada, fazer um lanche gostoso, numa sobra, quem sabe até tomar
um banho de cachoeira de águas limpas, ver o horizonte de onde está, contemplar a
beleza...e depois seguir em frente a jornada. Dá força, moRva e nos faz feliz
enquanto caminhamos. E assim subimos mais um pouco, paramos de novo,
dormimos, descansamos, apreciamos nova vista, vemos um por do sol, um nascer do
sol e vamos em frente, sabendo que o caminho requer forças, habilidades, amigos,
uniões e muito mais...mas nos diverRmos, pois avida será sempre um caminhar...e
ainda teremos a descida da mesma montanha com o passar dos anos e talvez com
outros Rpos de obstáculos, por isso, melhor curRr subida e descida como der, todo
tempo!
Então por exemplo, se eu trabalho com algo que gosto, como arquiteto, e ao mesmo
tempo vejo meu trabalho como significaRvo, tenho metas, coisas que quero
conquistar como arquiteto, sou feliz no trabalho. Faço projetos que gosto, que
façam meu cliente feliz onde vai morar ou trabalhar. Se sou médico, gosto de cuidar
de pessoas e Rrar dores.
Se estou em um relacionamento que tem significado, estar junto significa muito pra
mim, ter uma família, comparRlhar sonhos e aspirações, todo meu relacionamento
tem um significado importante para mim e ao mesmo tempo eu adoro, eu me
divirto estando com meu companheiro, de modo geral passamos bons tempos
juntos. E com meus filhos também!
É muito diocil estabelecer uma diferenciação entre significado e prazer, pois muitas
vezes eles se sobrepõem. Por exemplo, se estou engajado em algo que é significaRvo
para mim, tendo mais a experimentar prazer, assim como, se eu gosto de algo, sinto
emoções posiRvas em relação a esse algo. Sabemos através de pesquisas que isso
também aumenta os níveis de significado que temos naquilo que fazemos. Então
eles estão interconectados, e também, não só teoricamente que eles podem ser
separados.
1- O que é significaWvo para mim? O que é importante para mim? O que me traz
benehcio futuro, o que eu procuro?
2- O que é prazeroso para mim? O que eu gosto de fazer? O que me traz benehcios
presente?
3- Quais são as minhas forças? No que eu sou bom? Quais são minhas qualidades,
meus talentos, dons?
Faça estas perguntas, e crie uma lista de cada uma. Estas três perguntas irão ajudá-lo
a idenRficar o caminho a seguir para ter mais felicidade na vida...
Um exemplo:
Significado: Ajudar pessoas, praRcar o bem, estudar, evoluir como ser humano.
Prazer: Estudar, escrever, falar em público, ler.
Forças/qualidades: Facilidade em estudar, facilidade de falar em público,
criaRvidade, entusiasmo, generosidade.
O próximo passo é encontrar a união dos três círculos, a sobreposição, aquilo que é
comum entre eles, pois é na sobreposição que normalmente o caminho se forma,
isso é o que normalmente nos leva à felicidade.
Para prosperar e contribuir, temos que nos engajar em aRvidades que são
significaRvas, prazerosas e nas quais somos bons.
É importante fazer este exercício frequentemente, especialmente quando nos
encontramos em uma "bifurcação da vida".
Um trabalho muito bom sobre estar absorvido, engajado no presente foi feito por
Mihaly Csikszentmihalyi. Ele chama este trabalho de FLUIR.
Mas o que é fluir?
Fluir é algo que todos nós experimentamos, é algo que você pode ter senRdo ontem
quando falava com seu melhor amigo, e você olha para seu relógio, minutos e horas
se passaram e você nem ao menos percebeu! Ou você estava trabalhando com
artes, e de repente percebeu que ficou de noite, você estava completamente
absorvido no presente.
Fluir é o estado de estar completamente engajado no presente.
Meditação em ação.
Estamos presentes, imersos, engajados enquanto fazemos algo, e isso pode ser
qualquer coisa. Existem certas condições para contribuir com as experiências de
fluir, mas podemos essencialmente experimentá-las fazendo qualquer coisa. Por ex.:
lendo um livro, escrevendo algo, fazendo planejamentos, tendo reuniões de
trabalho, escutando música, tocando, cozinhando, bordando... Trata-se de estar
completamente imerso, e absorvido no aqui agora, no presente.
AutoesWma – Uma aluna de Tal Ben-Shahar fez sua pesquisa em fluir e autoesRma,
que mostrou que pessoas que experimentavam mais o estado de fluir,
apresentavam altos níveis de autoesRma. Nós nos senRmos bem, confiantes,
competentes, por que estamos agindo na melhor forma, nos diverRndo, e isso tudo
contribui para nosso senso de self.
Sempre funciona? Não! Muitas vezes temos que analisar, deixar o tempo passar para
que possamos nos senRr melhores. Mas fluir acelera o processo, nos permite focar
em uma coisa, fazer aquilo sem pensar em outras. Saímos do que é ruim, damos um
tempo para que nossa mente faça o processo de normalização e auto-cura sozinha.
Basta se dar um tempo fluindo em algo que tem prazer em fazer. Eu gosto de ficar
ouvindo passarinhos e lendo ou meditando, escrevendo livros enquanto vejo
paisagens bonitas... Meu consultório tem uma vista do horizonte de Belo Horizonte,
cidade onde moro. Preciso dessa vista pra trabalhar! E ainda brinco com meus
pacientes que minha gaiolinha tem que ter vista se não entristeço! E você o que
precisa pra fluir em sua vida?
Metas claras - Primeiramente, mesmo que fluir seja um estado de estar no presente,
trata-se também de ter metas claras para o futuro. Por quê? Porque ter um
propósito no futuro, libera para aproveitar o aqui e agora. Uma analogia: Imagine
que vou fazer uma viagem "pé na estrada", e não faço a menor ideia de onde irei, a
cada momento preciso estar atento aos caminhos, à direita e à esquerda, para me
assegurar que não estou perdido. Já se eu vou a uma jornada que sei aonde quero
chegar (ex. vou chegar até o topo daquela montanha), então posso brincar de pegar
outras rotas, posso olhar para as flores, apreciá-las! Porque já tenho um senso de
direção! Então neste senRdo, ter uma meta, um desRno, me libera para aproveitar o
aqui e agora, sem ficar preocupado se estou perdido, o que estou fazendo, e para
onde estou indo. Foco nas METAS é muito importante até para distrair.
“Porque eu acordei hoje?” Ter uma meta - e temos esse senso de propósito,
podemos fazer o que estamos fazendo. O que Mihaly encontrou na sua pesquisa, é
que durante períodos em que você tem caminhos claros e metas, a probabilidade de
você conseguir entrar em um estado de fluir é maior do que se você acordar e
pensar: O que faço hoje? Será que faço isso? Outra coisa?
Metas nos focam, e fluir é um estado de foco, elas nos focam naquilo que estamos
fazendo, e assim, estamos liberados para aproveitar o aqui e agora.
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E neste senRdo, pegamos as ideias da teoria das metas e viramos de cabeça para
baixo. Por quê? Porque normalmente pensamos em metas como fim. Quando na
verdade, metas são meios, a jornada é o fim. São meios que nos ajudam a aproveitar
o fim, o fim como sendo a jornada, o agora, o presente. Ter uma meta clara é
importante porque nos ajuda a aproveitar o presente, a vivê-lo. E isso é quando
beneocio futuro e presente se encontram.
Nível apropriado de desafio - Algo não muito diocil, não muito fácil.
Se a aRvidade é muito diocil como, por exemplo, se estou na quinta série e tenho
que ler Machado de Assis, mas não estou neste nível ainda; qual é a probabilidade
de senRr frustração e ansiedade? Por outro, lado se estou na oitava série e me dão
SíRo do Pica Pau Amarelo para ler, muito fácil, não compaTvel com a minha
habilidade, qual é a probabilidade de senRr tédio e apaRa?
Uma das melhores formas de aumentar o estado de fluir em nossas vidas é olhando
para o nosso passado...
Aprender a olhar para as boas experiências do passado pode nos ajudar a criar um
futuro melhor. Porque você vê que esteve lá, e reaplica para sua vida... olhar para o
passado pode inspirar o presente e criar um futuro melhor.
ENTÃO, COMO CONSEGUIMOS CHEGAR NESTE NÍVEL ÓTIMO DE FLUIR, ONDE NÍVEIS DE HABILIDADES
E NÍVEIS DE DIFICULDADES SE ENCONTRAM?
Esta ideia do "fácil demais" é muito comum em nosso mundo hoje em dia. Estamos
vivendo em um patamar relaRvamente bom (financeiramente). Muitas pessoa no
mundo de hoje em dia, vivem bem financeiramente, e mesmo assim, muitas pessoas
que parecem ter tudo externamente, estão muito infelizes internamente. Por quê?
Porque para muitas pessoas, crianças e adultos, as coisas ficaram muito fáceis.
Suniya Luthar fez uma pesquisa sobre os custos psicológicos da riqueza material (The
Culture of Affluence: Psychological Costs of Material Wealth). Nós vemos este
fenômeno entre os influentes, os ricos, que apresentam muitos sintomas parecidos
com aqueles que você encontra nas populações de risco. Seja depressão, ansiedade,
drogas, álcool, falta de senRdo e propósito na vida, e uma das grandes razões para
que você encontre tanto disso entre os ricos, é que as coisas se tornaram muito
fáceis.
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Eles foram privados de lutar, de enfrentar desafios em suas vidas. Se eu sou um pai,
e sou bem de vida, eu posso dar às minhas crianças tudo que elas quiserem, fazer a
vida deles mais fácil.
Nós não podemos nos privar, ou privar os outros do privilégio da luta e desafio.
Lutar é importante para crescer, para aprender e se tornar mais forte. Se queremos
fortalecer um músculo precisamos nos esforçar! Desafiar! O mesmo acontece com
nossas mentes, é preciso desafiar. Como pai é muito diocil ver os filhos se
esforçando. Pois, “se eu tenho os meios para ajudá-los, por que não tornar mais fácil
para eles?” Mas ao fazermos isso, estamos na verdade prejudicando nossos filhos.
Existe perigo quando as coisas são muito fáceis, e também existe um perigo quando
as coisas são muito dioceis. O que é muito fácil gera tédio, apaRa, e o que é muito
diocil leva a ansiedade e frustração.
Vamos supor que temos uma meta ambiciosa para conquistar algo, mas é muito
diocil. O que temos que fazer é:
DIVIDIR E CONQUISTAR!
Para quem vai escrever um livro, por exemplo, se pensar que tem que escrever um
livro de 200/300 páginas parece ser muito pesado e grande, parece uma tarefa
muito diocil! O que se pode fazer é escrevê-lo como cartas para as pessoas ou
capítulos separados como se esRvesse dando aulas. As cartas tem mais ou menos 4
páginas, as aulas também e você fala sobre um tópico que gosta, eventualmente
todas estas cartas ou capítulos se juntam, são revisadas, mas já se tem ali o
fundamento de um livro. Assim, escrevo meus livros. Divido para conquistar e no
final nem parece que foi muito trabalho!
Elen Langer, em 1989, fez uma pesquisa para invesRgar a importância de dividir e
conquistar. Ela trabalhou com dois grupos dos melhores alunos das diferentes
ciências (matemáRca, osica, etc.). Ela os chamou e começou a falar sobre os grandes
cienRstas, aqueles que conseguiram grandes feitos, prêmios Nobel, invenções, etc.
Com o primeiro grupo, depois de falar sobre vários célebres ela perguntou aos
alunos: “O quanto vocês acreditam ser possível conquistar o que eles
conquistaram?” E eles, que admiravam muito aqueles grandes exemplos diziam:
"bem, eu não acho que posso fazer isto, é muito diocil pra mim...”
Com o segundo grupo de estudantes, com o mesmo perfil, ela apresentou
exatamente os mesmos grandes cienRstas para eles, com uma diferença. Ela lhes
disse sobre o caminho que eles trilharam, as batalhas que eles passaram para aRngir
suas metas. Suas falhas, sucessos, suas pequenas vitórias, em outras palavras ela
apresentou a eles a "caminhada", o percurso, dividiu o sucesso dos cienRstas em
etapas. E ela então perguntou aos alunos: “O quanto vocês acreditam ser possível
conquistar o que eles conquistaram?” E eles disseram: "sim, eu acho que posso
fazer, com muito trabalho, luta, posso fazer!" Ela tornou mais gerenciável, dividiu
em pedacinhos a conquista em seus componentes reais. Porque uma conquista não
apenas acontece!
Como afirma Ellen Langer: "As pessoas podem se imaginar dando passos, enquanto
grandes alturas parecem ser inteiramente proibidas".
Não é coincidência que as crianças experimentam muito mais o estado de fluir que
os adultos. Por quê? Porque crianças são muito mais atentas ao seu ritmo natural. Se
elas estão cansadas, elas dormem. Se elas estão com fome elas comem, se não estão
com fome, elas não comem. Se elas estão tristes, choram; se estão felizes no meio
da rua elas dão pulos de alegria, são muito mais sensíveis à sua natureza.
Quando escutamos a nossa natureza, tendemos muito mais a senRr o estado de
fluir. Quando estamos cansados, exaustos, quando nos mantemos acordados por
esRmulantes, tendemos a experimentar menos o fluir do que se ouvíssemos nosso
ritmo natural.
Em outras palavras, ao ficarmos mais sintonizados com a nossa natureza, desejosos
e demandas, tendemos mais a experimentar o estado de fluir, engajamento, alta
performance e boas experiências.
Para trabalhar essa sintonia Tal, em seus livros e cursos, sugere o uso de uma
ferramenta que você pode mudar sua vida para melhor:
Pareto era um economista italiano que argumentava que 20% das pessoas têm 80%
das riquezas. 20% dos clientes dão 80% do lucro, e ele viu este fenômeno de 20/80
acontecer em vários lugares, seja na macroeconomia ou no nível microeconômico.
Recentemente pessoas pegaram esta ideia e aplicaram para a arte ou ciência do
gerenciamento do tempo, observando consequências marcantes! Essencialmente,
aplicada a gerenciamento do tempo, o que dizem é que nós temos e
experimentamos uma diminuição do retorno com o nosso tempo. Em certo tempo
produzimos muito, digamos que 20% do nosso tempo produzimos bem, e aí 80% do
tempo precisamos colocar muito mais esforço.
Um exemplo:
Posso escrever um arRgo bom o suficiente, em 40 minutos, mas aí preciso passar 3
horas a mais para fazê-lo muito bom.
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Às vezes é necessário e importante (nem sempre) 100% do tempo. 100% são
certamente importantes quando estou buscando algo que exige perfeição. Por
exemplo: construir um avião, uma turbina que pode causar um grande acidente,
então é importante estar 100%, não posso ser checado só nos 80% e dizer que está
bom o suficiente! Precisa ser 100%.”
Mas na maioria das coisas que fazemos na vida, 80% é bom o suficiente. Não para os
perfeccionistas, que são tudo ou nada (e se paga um preço muito alto para esta
abordagem tudo ou nada se usamos indiscriminadamente o tempo todo). Em
algumas situações nós podemos deixar pra lá o perfeccionismo e nos contentar com
o bom o bastante.
Também pode se aplicar a regra ao tempo em mais senRdos. Todos nós temos
tempos onde somos mais produRvos do que em outros. Para alguns pode ser de
manhã, para outros à tarde, outros pode ser à meia-noite. E isso é um resultado dos
nossos diferentes ritmos internos que não são iguais. Cotovias e corujas.
Todos nós temos nossas "horas produRvas", a hora em que funcionamos em nossa
melhor performance, em que somos mais produRvos.
Todos nós precisamos dormir, mas algumas pessoas são mais produRvas, mais
sintonizadas de manhã, à noite ou à tarde.
SenRr o estado de fluir, estar engajado no aqui e agora, no presente pode nos levar a
altos níveis de bem-estar, serenidade, calma, autoesRma saúde osica e mental.
Escutar o nosso ritmo interno, nosso corpo, nossa natureza, pode fazer uma grande
diferença em termos das nossas experiências, e no nosso sucesso.
A regra 80/20 não quer dizer que em exatamente 20% do tempo você irá produzir
80%, quer dizer em média. A essência desta regra é que com relaRvamente pouco
invesRmento, seja no nosso tempo, ou em termos de aRvidades que fazemos, nós
ganhamos muitas recompensas. Diminuir retornos em nossos esforços, em nosso
tempo, no começo, nos primeiros 20%, temos muito retorno, após isso temos muito
pouco retorno para muito trabalho. E nós temos que idenRficar em nossas vidas, em
quais áreas, em qual hora invesRmos relaRvamente pouco esforço e temos muito
em retorno.
Significado e propósito
A razão pela qual algo existe ou é feito, usado, etc. Quando experimentamos um
senso de propósito, fazemos aquilo que sen.mos que devemos fazer, o que fomos
feitos para fazer, o mo.vo pelo qual estamos nesta Terra. É quando nos sen.mos
mais vivos, este é o propósito real.
Em seu livro “The Blue Zones”, Dan Bue†ner descreve as zonas azuis, que são as áreas
no mundo onde as pessoas vivem mais. São os lugares com os maiores números de
centenários, mais do que em outros lugares no mundo. O que o autor queria fazer era
idenRficar o que era único nestes lugares, e estes lugares eram conhecidos como zonas
azuis.
Nestas quatro áreas, eles isolaram os genes, estudaram os mesmos e viram que não se
tratava dos genes. Eles não Rnham genes melhores que o resto de nós. Eles
encontraram comportamentos, coisas que eles faziam, pensamentos que eles Rnham
que faziam toda diferença. Coisas que eles comiam, como por exemplo castanhas,
frutas, raízes, muita água, muito exercícios. Mas era naturalmente, como parte de suas
vidas. Naqueles lugares, eles Rnham um senso de propósito. Uma fala de uma pessoa
que morava em Okinawa:
"O grande senso de propósito que as pessoas mais velhas de Okinawa possuem, talvez
funcione como um amortecedor contra estresse e ajuda a reduzir suas chances de
sofrer de doenças como Alzheimer, artrites e derrames."
Olhem para o efeito de um senso de propósito. Eles não Rnham genes melhores, mas
Rnham um senso de propósito que os disRnguiam e os levavam a ter uma vida mais
longa, saudável e melhor. Fisicamente e psicologicamente.
Propósito e Resiliência
Propósito também contribui para a resiliência. Foi Nietzsche que disse que quando
existe um "para que" todo "como" se torna possível.
Quando temos um senso de propósito, algo que realmente queremos, isso nos permite
cair, pois ao ver aquele propósito nos levantamos de novo e conRnuamos.
Propósito e Sucesso
Não é uma coincidência que a maior parte das pessoas de sucesso no mundo, são
pessoas com um forte senso de propósito. Assim como as grandes empresas de
sucesso do mundo tem um grande senso de propósito, com uma visão e algo que os
empregados realmente acreditam.
Existem implicações práRcas para termos um propósito, um ideal. Para nos tornamos
mais felizes, com mais sucesso, é práRco ser um idealista. Em outras palavras, ser um
idealista é ser um realista, no senRdo mais profundo da palavra, se trata de ser práRco,
de ouvir sua natureza: precisamos de um senso de propósito na vida. De ouvir nosso
ideal, nosso chamado interior (sonho).
Apenas ser um idealista não é o suficiente, pois vemos muitas pessoas pelo mundo que
são muito idealistas, mas também dissociados da realidade.
Ter um ideal, um senso de propósito é necessário, mas não é suficiente.
Vamos agora ilustrar um processo que pode ajudar a definir metas, metas com
propósito. IdenRficar aqueles ideais que vão te ajudar a ser mais feliz e ter mais
sucesso. É um processo de quatro fases, baseado no trabalho de alguns autores.
Vamos explicá-las uma por uma e ilustrar como nós podemos introduzir estas fases em
nossas vidas, para que possamos viver uma vida com propósito.
Descreva um momento de sua vida em que você "floresceu". Reflita sobre o que
aconteceu durante aquela fase - onde você estava, com quem, e o que você fez. Mais
especificamente, com o que você contribuiu para fazer com que aquele período fosse
um momento de prosperidade e florescimento?
Você pode fazer isso com seus clientes, com você mesmo, com seus filhos. É um
exercício importante, porque podemos aprender muito com as nossas experiências
do passado e aplicá-las no futuro.
O que ela faz é nos levar a ancorar posiWvidade, como oposto de pensar no posiRvo,
no bom de nossas vidas de forma dissociada.
Este é o que você sonha! O que você imagina quando pensa que deu tudo certo, é o
que você cria em sua mente, a vida ideal. Segue um exercício que ajuda muito a criar
isso, baseado no trabalho de Laura King.
Ela fez o seguinte experimento, ela pediu para os estudantes responderem o seguinte:
"Pense em sua vida no futuro. Imagine que tudo deu o mais certo possível. Você
trabalhou duro e teve sucesso em conquistar todas as suas metas de vida. Pense nisso
como a realização de todos os seus sonhos. Agora, escreva sobre o que você imaginou”
Aqui é quando realmente traçamos metas concretas que são baseadas nas fases 1 e 2.
Metas com propósitos. Metas que nos "puxam", que são dioceis, que talvez até não
conquistemos, mas que seja algo que queiramos muito.
Metas desafiadoras, que nos puxam, nos levam a altos níveis de moRvação e melhor
performance, e é aqui também que dividimos e conquistamos.
Aqui, é quando estamos naquele ponto certo entre dificuldade da tarefa e níveis de
habilidade. E tendemos mais a experimentar o fluir como resultado daquele propósito
que definimos para nós mesmos.
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Então começamos com metas a longo prazo. O QUE EU QUERO FAZER? O QUE EU
QUERO CONQUISTAR CONCRETAMENTE? Não é um sonho dissociado, o que quero
conquistar concretamente em 10 anos, em 30 anos, daqui a 1 ano? E aí fracionamos
em partes, assim como Ellen Langer fez em seu estudos sobre conquistas divididas.
Dividimos em pequenas partes.
O que quero fazer a médio prazo? Em 30 dias?
O que quero fazer a curto prazo? Nesta semana, ou nesta noite?
E podemos dividir ainda mais! E esta divisão não é muito praRcada, mas talvez seja a
mais importante, quando se trata de trazer melhorias reais, mudanças a longo prazo
em nossas vidas. Isso é trazer mudança "Kaizen".
Um arRgo publicado em 1994 analisava as falhas dos CEOs. E a pergunta que o arRgo
fazia era: "Por que CEOs falham?" E procuravam as caracterísRcas diferentes entre eles
e aqueles que Rveram sucesso.
Não era pela inteligência, não era pela grande visão que eles Rnham (ou não), o que se
destacou era a diferença na execução. Seja em como eles faziam as coisas aconteceram
ou como eles se cerRficavam que as coisas estavam sendo feitas. Ideias não eram o
problema, eles Rnham grandes ideias! A caracterísRca chave que disRnguia os grandes
líderes era a sua habilidade de se assegurar que as coisas estavam sendo feitas, por
eles ou pelos funcionários. Jack Welch foi eleito pela revista Fortune como o CEO do
século XX, em entrevista ele disse que as coisas que ele sempre fazia era se cerRficar
que as coisas estavam sendo feitas.
Em liderar os outros e a nós mesmos, precisamos ter certeza que as coisas estão
sendo feitas.
Você tem que executar e ter certeza que os outros estão executando também, isso se
aplica em liderar os outros e a você mesmo. Então apenas sonhar sobre um futuro
fantásRco, apenas pensar em passado posiRvo, apenas traçar aquelas metas,
escrevendo-as, não é suficiente, nós temos que FAZER.
Estresse e ProcrasWnação
Saúde psicológica - Existe uma relação causal entre estresse por um longo tempo e
depressão. Aumento da ansiedade não é bom sinal. Descarrega nossa reserva de
serotoninas, e depressão pode vir por excesso de sobrecarga.
Saúde osica - O preço é muito alto, a medicina mostra que muitas das nossas doenças
são resultados do estresse ou estão relacionadas ao estresse. E você sabe pela sua
história pessoal, quando passamos por um período muito estressante, é muito comum
ficar doente durante ou depois, porque seu sistema imunológico fica fraco, ou mais
fraco como resultado.
Redução da produRvidade e criaRvidade - Estresse ou doenças relacionadas a ele, hoje
em dia, são a razão número um do absenteísmo no trabalho. É um grande preço
também para a economia, além do fato dos níveis de criaRvidade irem lá embaixo
quando estamos estressados.
Então o preço é incrivelmente alto, pessoalmente, interpessoalmente, assim como
nacionalmente e globalmente. E o que fazemos em relação a isso?
Psicologia tradicional - A psicologia tradicional, por muitos anos perguntou: "Por que
tem tanta gente estressada?" É uma pergunta importante, com respostas
interessantes, mas não promove respostas que são práRcas para resolver o problema.
Sabemos que existem pessoas assim... Então a pergunta não deve ser SE isso é ou não
possível, a pergunta deve ser: COMO isso é possível?
O que pessoas saudáveis, felizes e de sucesso fazem não é evitar o estresse, eles
experimentam estresse como todos nós. Faz parte da vida, e não só da vida moderna.
Há 5000 anos, o estresse era um leão nos perseguindo, isso é bem estressante! Ou não
ser capaz de juntar comida o suficiente para os meses de inverno. Hoje o estresse é o
relatório bimestral que está chegando. Nós podemos lidar com o estresse! Deus nos
deu, ou a evolução nos deu capacidade para lidar com ele, e lidar bem!
A diferença entre 5.000 anos atrás, ou mesmo 50 anos atrás e hoje é que antes Rnha-
se muito mais tempo para recuperação.
Se quisermos ter uma vida bem sucedida, não desisRrmos de nossas ambições, e ao
mesmo tempo quisermos ser felizes e saudáveis, precisamos pontuar as nossas vidas
(dias, meses, anos) com recuperação!
A outra coisa que as pessoas bem sucedidas, saudáveis e felizes fazem é SIMPLIFICAR!
Elas entendem (por causa de suas experiências pessoais, ou de outras pessoas) que
menos é na verdade mais. Porque o que sabemos é que o estresse, tentar fazer mais e
mais coisas em menos tempo, afeta nossa vida inteira!
Nós pagamos um preço muito alto por querer fazer mais e mais em menos e menos
tempo, em todas as áreas da vida.
Sabemos através de muitas pesquisas que dinheiro não leva a felicidade (acima das
necessidades básicas como saúde, comida, higiene e educação), dinheiro adicional não
nos traz felicidade. O que foi descoberto por psicólogos como Tim Casser, é que
riqueza material não predita o bem-estar, riqueza de tempo sim! "Riqueza de tempo" é
simplesmente o senRmento de que temos tempo, que não estamos constantemente
"correndo atrás do rabo".
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É ter tempo para saborear, aproveitar, apreciar nossos filhos, ou uma conversa ao
telefone com nosso melhor amigo, ou tomar um tempo no trabalho para focar. Ou
ouvir os pássaros cantando, o silêncio.
E você o que deseja para sua vida ficar melhor com um pouco menos?
Na verdade não dá pra ter tudo! E isso é muito diocil de aceitar.
Ao invés de procurar pela vida perfeita, procure pela vida "boa o suficiente".
ProcrasWnação
Tirar 5 minutos - Uma das ilusões que os procrasRnadores acreditam é que para fazer
alguma coisa, precisam realmente "se senRr no clima" de fazer. Isso é uma ilusão:
Desejo verdadeiro, realmente estar com vontade de fazer algo, não é um pré-
requisito para agir. Uma boa técnica para começar a não procrasRnar, como mostram
as pesquisas, é esta de Rrar 5 minutos Dizer para si mesmo: "Muito bem, eu não me
sinto no clima de fazer, mas vou tentar por 5 minutos" e normalmente estes 5 minutos
nos levam ao clima que precisamos para agir.
Recompense você mesmo - Se você fez, se invesRu seu tempo em algo, se dê uma
recompensa, vá passear um pouco, ou diga a você mesmo: "Se eu me concentrar 3
horas e fizer meu trabalho, então vou me recompensar com minha música favorita, ou
sair à noite". Nós usamos recompensas nas empresas, porque não usarmos conosco?
De uma forma ideal, esta recompensa será intrínseca, a experiência do fluir é
prazerosa, mas às vezes moRvação intrínseca não é suficiente e precisamos de
moRvação externa para nos ajudar a conRnuar.
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Vá a público, declare para o mundo o que você fará - Tomas Edson, quando estava
trabalhando na invenção da lâmpada, antes de inventar declarou ao mundo que dia
31/12/1879 iria gerar luz da eletricidade. Ele fez um compromisso público, então ficou
muito mais susceTvel a conseguir do que se Rvesse feito um compromisso consigo
mesmo. Normalmente somos muito mais susce{veis a realizar um compromisso
público do que pessoal, "privado".
Use a abordagem em grupo (Wme) - Um parceiro pode nos ajudar a agir e sustentar a
ação. Então, se você deseja fazer um trabalho, porque não fazer com um colega de
trabalho? Para a maioria das pessoas, nem todas, uma abordagem em Rme ajuda na
procrasRnação.
Faça planos, metas, listas e histórias - Escreva sobre o que você quer conquistar, use
os exercícios das lições anteriores, pois quando está escrito fica muito mais susceTvel
de realmente acontecer, assim como declaramos as palavras em público, porque
palavras criam mundos, conceitos idealizados.
Permissão para recriar - Não se esqueça que recriar é importante, hoje em dia não nos
damos tempo suficiente para não fazer nada.
A revolução da felicidade
Mihaly escreveu um arRgo chamado "Se somos tão ricos, porque não somos felizes?",
pois incomoda o fato de o mundo ter se tornado muito mais rico desde a Revolução
Industrial, que nos trouxe coisas maravilhosas, porém, a felicidade não cresceu na
mesma proporção.
A Revolução Industrial e o progresso nos trouxeram muitas coisas boas! Contudo,
sempre há o outro lado da moeda. Não foi tudo bom, existem limites. Se você
comparar os níveis de depressão dos anos 60 até hoje, o que você encontra é que hoje,
10 vezes mais pessoas estão deprimidas.
A média de idade da incidência da depressão nos anos 60 era por volta de 30 anos de
idade para iniciar a doença, hoje a média é de abaixo de 15 anos. Os níveis de
depressão têm aumentado, e a média de idade de sua incidência tem diminuído. O
mundo mudou.
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Se somos tão ricos, porque não somos felizes?
O argumento encontrado é que estamos focando nas coisas erradas. Vamos começar a
fazer duas perguntas, estas são perguntas que MarRn Seligman faz no começo de seus
workshops quando ele fala sobre educação.
O que você mais quer para seus filhos? (No presente ou futuro) Felicidade, Sucesso,
CriaRvidade, Realização, Saúde, Amor, Diversão, Independência, Responsabilidade,
Família.
O que as crianças aprendem nas escolas? Ler, Escrever, Pensar, Português, Sucesso,
Trigonometria, CompeRção, Informação, A se dar bem nas provas...
Das coisas que mais queremos para nossas crianças quase nenhuma delas são
ensinadas na escola. E isso é um problema!
Temos esta discrepância entre as duas listas, intuiRvamente nós sabemos o que é
importante para as nossas crianças. E sabemos também que as escolas são produtos,
não da nossa intuição e conhecimento, elas são produtos da Revolução Industrial.
As coisas que mencionamos tais como conformidade, aprender a ler, escrever,
matemáRca, são coisas que potencialmente contribuem, ou contribuíram para a era
industrial, mas não são necessariamente coisas que fazem as pessoas felizes. O que
acontece desde a Revolução Industrial? Porque foi tão bem sucedida? É que entramos
em uma era de PERCEPÇÃO MATERIAL.
Percepção material se trata de situar o material como o maior, mais alto fim na
hierarquia dos valores.
E Felicidade não é definida como uma série de emoções posiRvas, felicidade não é
hedonismo, felicidade como prazer, mas também um senso profundo de significado
em nossas vidas.
Sucesso e Felicidade
Soa como algo simples, mas não é fácil de implementar em nossas vidas. Nós temos
passado por uma "lavagem cerebral", pela noção de que a única coisa que importa é
o material, que as coisas que contam são coisas contabilizáveis.
Como podemos trazer mais desta percepção da felicidade para nossas vidas?
A revolução da felicidade