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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO CIBERESPACIAL
ENGENHARIA CARTOGRÁFICA E DE AGRIMENSURA

PATRICK LOBATO DIAS

Análise multitemporal por imagem de satélite da expansão urbana


da sede municipal de Abaetetuba-PA.

BELÉM
2018
PATRICK LOBATO DIAS

Análise multitemporal por imagem de satélite da expansão urbana


da sede municipal de Abaetetuba-PA.

Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado na Universidade Federal Rural da
Amazônia como requisito básico para a conclusão
do Curso Engenharia Cartográfica e de
Agrimensura.
Orientador: MSc. Jamer Andrade Costa.

BELÉM
2018
Dias, Patrick Lobato
Análise multitemporal por imagens de satélite da expansão urbana da sede
municipal de Abaetetuba-PA / Patrick Lobato Dias. – Belém, 2018.

48 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Cartográfica e


de Agrimensura) – Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2018.

Orientador: MSc. Jamer Andrade Costa.

1. Sensoriamento remoto – Imagens de satélite - Abaetetuba – PA 2.


Sensoriamento remoto - Mapeamento visual 3. Sensoriamento remoto –
Município de Abaetetuba 4. Sensoriamento Remoto – Análise multitemporal
I. Costa, Jamer Andrade (orient.) II. Título.

CDD – 621.38415098115
Cerra os punhos, sorria e JAMAIS volte pra
sua quebrada de mão e mente vazia.
-Emicida.
RESUMO
O município de Abaetetuba teve um crescimento urbano nos últimos anos acelerado
em função dos comércios, empreendimentos e portos no centro da cidade, com isso
se teve a necessidade de arrumar novos espaços próximo ao centro econômico,
levando assim as ocupações desordenadas, geralmente em áreas inapropriadas,
como acontece com o bairro de São João localizado ao nordeste da sede do município
que foi urbanizada no leito do Rio Maratauira. Em função disso, ocorreu a necessidade
de se fazer um estudo detalhado do aumento da área urbana da sede do município
de Abaetetuba, para tanto procedeu-se uma metodologia para avaliar a ocupação ao
longo dos anos de 1990,2000,2010 e 2017. Adotou-se a análise multitemporal com o
auxílio das imagens dos satélites Landsat 5 (sensor Thematic Mapper) e Landsat 8
(Sensor OLI), as quais apresentam uma vasta coletânea de imagens, com
observações a cada 16 dias, de quase todo o globo terrestre desde a 1969, as
imagens foram pré-processadas com correções geométricas e atmosféricas
(radiométricas), seguida de classificação visual das áreas antropizadas com registro
da ocupação nos anos de 90, 2000, 2010 e 2017, deste modo observou-se a
importância dos programas de monitoramento contínuo através de sensoriamento
remoto para o mapeamento da mancha urbana e seus vetores de crescimento.

Palavras Chave: Imagens Orbitais, Mapeamento Visual, Urbanização, Ocupações


Desordenadas.
ABSTRACT
The municipality of Abaetetuba has had an urban growth in the last years accelerated
due to the commerce, undertakings and ports in the center of the city, with that it was
necessary to arrange new spaces near the economic center, thus taking the cluttered
occupations, generally in inappropriate areas, as it happens with the district of São
João located to the northeast of the municipality that was urbanized in the bed of the
River Maratauira. Due to this, it was necessary to carry out a detailed study of the
increase of the urban area of the city of Abaetetuba. For this purpose, a methodology
was used to evaluate the occupation over the years from 1990, 2000,2010 to 2017.
We adopted a multitemporal analysis with the aid of images from the Landsat 5
satellites (Thematic Mapper sensor) and Landsat 8 (Sensor OLI), which present a vast
collection of images, with observations every 16 days, of almost all the terrestrial globe
since 1969, the images were preprocessed with geometric and atmospheric
(radiometric) corrections, followed by a visual classification of the anthropic areas with
occupancy records in the years of 90, 2000, 2010 and 2017, thus observing the
importance of the continuous monitoring programs through sensing remote for the
mapping of the urban spot and its growth vectors.

Keywords: Orbital Images, Visual Mapping, Urbanization, Disordered Occupations .


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por te me concedido o dom da vida.


Agradeço a minha família, minha Mãe Edna Lobato dias, meu Pai Pedro Ferreira Dias,
meus irmãos Bruno Otávio Lobato Dias e Emanuelly Lobato Dias, por terem me
apoiado durante todo esse período para que eu conseguisse alcançar a esse título.

Agradeço aos meus amigos da Máfia Cartográfica e de Agrimensura por todas as


contribuições e ajudas prestadas durante esses 5 anos juntos.
Agradeço a minha namorada Alessandra Oliveira, que me apoiou e me deu força
quando eu pensei em desistir.
Agradeço a Universidade Federal Rural da Amazônia por tornar o meu sonho em
realidade.
Ao meu orientador Jamer Andrade Costa por todos os conhecimentos passados e
todas as orientações que foram de fundamental importância no desenvolvimento do
meu Trabalho de Conclusão de Curso.

Agradeço a banca examinadora por ter arrumado um tempo para avaliar o meu
trabalho de conclusão de curso, em especial a Professora mestre Paula Fernanda
Viegas Pinheiro e a Professora Doutora Merilene do Socorro Silva Costa.

E um agradecimento muito especial a todos os professores do corpo docente de


Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, em especial ao professor Mestre João
Almiro Soares por investir bastante e conseguir tornar o curso um uma realidade não
só para a instituição mas sim para todo o Norte.
3

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa de localização de Abaetetuba. ......................................................... 7


Figura 2 - Mapa de localização de São João.............................................................. 8
Figura 3 - Espectro Eletromagnético. ....................................................................... 17
Figura 4 - Resolução Espacial. ................................................................................. 19
Figura 5 - Resolução Espectral ................................................................................ 19
Figura 6 - Resolução Radiométrica. ......................................................................... 20
Figura 7 - Atenuação Atmosférica. ........................................................................... 21
Figura 8 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 90. .......................... 31
Figura 9 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 2000. ...................... 32
Figura 10 - Mapa da Área Urbana de Abaetetuba de 2010. ..................................... 33
Figura 11 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 2017. .................... 34
Figura 12 - Mapa do crescimento da Área urbana de Abaetetuba. .......................... 35
Figura 13- Mapa do Vetor de Crescimento da Área urbana de Abaetetuba. ............ 36
Figura 14 - Área contida em APP. ............................................................................ 37
Figura 15 - Área do bairro do São João. .................................................................. 37
Figura 16 - Área da erosão no Bairro de São João. ................................................. 38
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 6

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 10

3. PROBLEMÁTICA........................................................................................... 11

4. OBJETIVO ..................................................................................................... 12

4.1 Geral ............................................................................................................... 12

4.2 Específicos ..................................................................................................... 12

5. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 13

5.1 Histórico do município de Abaetetuba. ........................................................... 13

5.2 Crescimentos da área urbana Brasileira, Paraense e Abaetetubense. .......... 14

5.2.1 Crescimento da área urbana Brasileira. ......................................................... 14

5.2.2 Crescimento da área urbana Paraense .......................................................... 14

5.2.3 Crescimento da área urbana Abaetetubense ................................................. 15

5.2 Analise multitemporal da expansão urbana de Abaetetuba ............................ 15

5.3 Sensoriamento remoto ................................................................................... 16

5.4.1 Radiações eletromagnéticas .......................................................................... 17

5.4.2 Sistema Sensores .......................................................................................... 18

5.4.3 Comportamento espectral dos alvos .............................................................. 21

5.4.4 Programa Landsat .......................................................................................... 22

5.5 imagens do Google Earth ............................................................................... 24

5.6 Importância da Área de Preservação Permanente (APP). ............................. 25

6. METODOLOGIA ............................................................................................ 27

6.1 Materiais ......................................................................................................... 27

6.2 Métodos.......................................................................................................... 27

7. Resultados e Discussões ............................................................................ 31

8. Conclusão ..................................................................................................... 39
5

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 40
6

1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa aborda uma temática muito importante para a sociedade,
a análise do crescimento e da expansão urbana, que pode trazer graves
problemáticas para o desenvolvimento das cidades quando esta acontece de forma
desordenada e sem controle. Nesta análise utilizam-se técnicas de Sensoriamento
Remoto.
A área de estudo desta monografia é a sede do município de Abaetetuba, com
ênfase no bairro do São João, localizado no estado do Pará, mesorregião Nordeste
Paraense. Dentre as várias características presentes neste município destaca-se uma
Área de Preservação Permanente (APP) situada nas proximidades do Rio Maratauira.
As Áreas de Preservação Permanente (APP) de acordo com o código florestal
são espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis,
podendo ser públicas ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação
nativa” (BRASIL, 2012).
Os bairros localizados nessas áreas foram ocupados posteriormente e não
apresentam um planejamento adequado, a população local apenas se instalou para
construir suas moradias, sem um acompanhamento técnico acerca das estruturas
instaladas.
Isso acontece por exemplo com o bairro de São João que está localizado em
uma área da qual foi urbanizada posteriormente, em decorrência do crescimento
populacional do bairro. Assim pode-se dizer que a área sofreu um êxodo rural1. A
expansão urbana tem várias consequências e dentre elas o desaparecimento da
fauna e da flora, aumentando o índice de desmatamento da área em que foi instalado
o crescimento populacional (GOMES, 2012).
Assim voltando para a questão ambiental, esse processo de urbanização
desordenada acarreta a poluição do ar e da água e a ocupação de áreas
ambientalmente frágeis (FERREIRA, 2012).
Outro agravante são acidentes decorrentes de erosões, que trata-se de um
processo que ocorre de forma natural com a influência da água, do vento, etc.,
ocasionando catástrofes muito grandes. Tem grande influência em determinados tipos
de solo e também com as condições físicas do mesmo. O homem é o que mais
influência nesse processo, através do seu mal-uso do solo, é conhecida

1 Para GOMES, 2012. Êxodo rural é à saída do homem do campo para fixar moradia nas cidades.
7

principalmente na descontinuidade e desagregação do solo com a ajuda dos agentes


causadores: a água, vento (MAGALHÃES, 2001).
A exemplo das consequências do fenômeno de erosão, no ano de 2014, o
registro de uma reportagem apresentou um desastre que deixou cerca de 70 famílias
desabrigadas no Bairro de São João. Pode-se compreender que o solo próximo do
Rio não tem estrutura confiável para a construção de moradias com alto peso
estrutural, casas de alvenaria2.
O município de Abaetetuba está localizado no nordeste do estado do Pará, tem
como vizinhos os municípios de Moju a leste, Barcarena e Rio Pará ao norte, Igarapé
Miri ao sul e Limoeiro do Ajuru e Muaná ao oeste. Abaetetuba abrange uma área de
aproximadamente 1.619,404 km², sua densidade demográfica no ano de 2010, o
último previsto no site do IBGE foi de aproximadamente 87,71 hab/km². A área urbana
da cidade possui 17 bairros dentre eles o bairro de São João. (IBGE, 2010).

Figura 1 - Mapa de localização de Abaetetuba.

Fonte: Adaptado do IBGE, 2014.

2 Fonte: Jornal O Liberal. Site http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2014/01/area-que-desabou-em-


abaetetuba-tinha-aterro-irregular-diz-engenheira.html
8

O bairro de São João está localizado a nordeste do município de Abaetetuba,


como visto na Figura 2, seu número de habitantes é de aproximadamente 4.459 (IBGE
2010).
Figura 2 - Mapa de localização de São João.

Fonte: adaptado do IBGE, 2014.

Segundo o censo do IBGE, no ano de 2010 o município possuía 141.100


habitantes; em 2017, o IBGE estimou 153.380. Ou seja, em um curto intervalo de
tempo (sete anos) houve um acréscimo de mais de 12.280 habitantes, o que
compreende no aumento da infraestrutura municipal (IBGE,2016).
Para Guerra e Marçal (2006), os processos de urbanização e
industrialização tem tido um papel fundamental nos danos ambientais
ocorridos nas cidades. O desajuste entre uma crescente população humana
e os espaços destinados a sua ocupação, resultou em uma significativa
pressão sobre o meio físico urbano, tendo consequências variadas, tais
como: poluição atmosférica, do solo, das águas, enchentes, deslizamentos,
etc.

Para melhor analisar o crescimento da população faz-se necessário realizar um


levantamento de cunho cartográfico e posterior elaboração de um mapa mostrando
como aconteceu essa expansão urbana. Hoje em dia existe várias técnicas para obter-
9

se resultados satisfatórios e dentre essas técnicas, será utilizado o mapeamento do


município de Abaetetuba, por sensoriamento remoto.
O sensoriamento remoto como ciência, caracteriza-se como ferramenta eficaz
para representação cartográfica. Assim o mapeamento é de fundamental importância
para conhecer e mostrar os vetores de crescimento e a quantidade em hectares (ha)
de quanto a população cresceu a cada década.
Que contará com o auxílio do Sensoriamento Remoto para a coleta dos dados
da área, que consiste na obtenção de dados da superfície da terra através da energia
refletida por determinados alvos, sem haver um contato direto com a área (MENESES;
ALMEIDA, 2012).
O Sensoriamento Remoto pode ser entendido pelas suas vastas
funcionalidades que são expressas através dos equipamentos que o complementam.
A maioria dos sensores multiespectrais3 com resolução espacial de 10 a 30
metros trabalha com resoluções radiométricas de 8 bits, isso é, possui
capacidade de discriminar até 256 valores de radiância por banda espectral.
Já os sensores com alta resolução espacial, com tamanho de pixel de 1
metro, possuem resoluções radiométricas de 10 ou 11 bits (1024 ou 2048
valores digitais). (MENESES; ALMEIDA 2012)

No entanto, através da análise multitemporal, pode-se analisar em períodos


diferentes, como ocorreu a expansão urbana do bairro do São João. Essa pesquisa
contará com a aquisição de quatro (4) imagens do sensor Landsat-TM, com as datas
de 1990, 2000, 2010 e 2017. Para um detalhamento específico da área de São João
foi utilizado o aplicativo Google Earth Pro para visualizar as mudanças ocorridas ao
longo dos anos no bairro, assim pode-se notar como se deu a urbanização da área e
o desmatamento.
Assim para BENEDETTI, 2010 Através da utilização de imagens de satélite em
diferentes cortes históricos, obtém-se a análise multitemporal, que permite explorar
mudanças transcorridas na área analisada.

3 Segundo Meneses; Almeida (2006) “Multiespectral significa várias bandas no espectro


eletromagnético.”
10

2. JUSTIFICATIVA
O trabalho foi feito pelo simples fato da observação da expansão urbana está
se dando muito próxima ao rio, isso fez com que voltássemos a atenção para essas
moradias irregulares que estão presentes em áreas de preservação permanente
(APP), infligindo assim o código florestal, no qual requer uma atenção para que não
aconteça acidentes graves.
Apesar de existir um plano diretor de Abaetetuba, a área decorre da falta de
informação para a sociedade do município, juntamente com o descaso dos órgãos
públicos, assim decidiu-se a elaboração e a reprodução de um mapeamento,
identificando as áreas que sofreram a instalação de moradias irregulares, já que o
município apresenta outros bairros com o mesmo mau uso do solo.
11

3. PROBLEMÁTICA
O município apresenta um plano diretor, mas a área da sede municipal de
Abaetetuba, juntamente com o bairro São João não apresenta um estudo aprofundado
sobre as consequências que as ocupações desordenadas podem causar para o
ambiente, justamente por isso a população faz-se o uso inadequado do solo pela falta
de conscientização aliada a uma falta de política pública.
Este trabalho busca responder as seguintes problemáticas: Existe um
mapeamento das áreas de irregular ocupação? Essas ocupações desordenadas
acontecem em qual período? Existe a quantificação das áreas irregulares? A
população tem conhecimento do que pode acontecer com o mau uso do solo?
12

4. OBJETIVO

4.1 Geral
Analisar o crescimento da expansão urbana e seus impactos ambientais,
através de técnicas de Sensoriamento Remoto.

4.2 Específicos
 Mapear vetores de ocupação da área urbana (Sede do Município).
 Mapear e Quantificar em hectares (ha) a ocupação urbana da sede
municipal do município. – Imagem Satélite ao longo dos anos de
90,2000, 2010 e 2017; e
 Mapear as ocupações irregulares em áreas de preservação permanente
(APP).
13

5. REFERENCIAL TEÓRICO
Para melhor representar e dar um embasamento lógico para a pesquisa,
iniciou-se esse tópico para especificar os conteúdos teóricos utilizados nesta
metodologia, facilitando assim o entendimento da temática proposta.

5.1 Histórico do município de Abaetetuba.


O município se deu através da relação de Abaeté com a vila de Beja,
antigamente eram conhecidas como vilas distintas, hoje em dia fazem parte do mesmo
município. (PDPMA, 2006).
A partir do ano de 1804, a população de são Miguel de Beja passou a ter o seu
próprio senado da câmara sendo o juiz ordinário Manoel Jorge Soares. Em 1805,
quem assumiu esse cargo foi o juiz Jose Pereira de Lacerda, e permaneceu até 1822,
assim foi criado o corpo de oficiais do senado. Por consequência em 1833 uma
decisão que foi regida pelo governo provincial para dar uma melhor organização
municipal ao Pará (sessão aberta dia 10 de maio a 17 do mesmo ano), acabou com o
senado de Beja. Em 1839 a população de Beja perdeu sua autonomia por ordem do
presidente Bernardo de Souza Franco, e seu território foi anexado a vila de Abaeté
(PDMPA, 2006).
Em 1945 Francisco Monteiro foi procurar um pedaço de terra na vila de Beja,
mas antes de chegar ao local, um temporal atingiu sua embarcação e ele acabou indo
parar em jurumá, as margens do rio Maratauíra, onde se aportou. Como o local não
possuía cravos, uma das drogas do Sertão na época, acabou por abandonar a
sesmaria, retornando assim para Belém (PDMPA, 2006).
Em 1773 algumas famílias vindas do Marajó se instalaram na sesmaria de
Francisco Monteiro. Por conta do seu trabalho em prol da população local, Manoel da
Silva Raposo recebeu a posse da sesmaria.
Com a divisão judicial do governo provincial em 1933 e 1939 a vila de Abaeté
e a vila de Beja foram anexadas ao território do estado e ao patrimônio de Abaeté
respectivamente (PDMPA, 2006).
Já em 1944 as duas vilas fizeram parte do município de Igarapé Miri, mas em
1883, o presidente da província do Pará elevou o grau de vila de Abaeté para o
município de Abaeté de acordo com a lei de n° 973 de 23 de março, assim as terras
da freguesia de Beja passaram a pertencer ao município de Abaeté também.
14

Assim Abaeté conseguiu sua autonomia e o município passou a se chamar


Abaetetuba, de conjuntura com a lei que proibi a duplicação de toponímia nas cidades
e vilas, ganhou sua própria comarca, desligando-a juridicamente da comarca de
Igarapé Miri em 1943. (PDMPA, 2006).

5.2 Crescimentos da área urbana Brasileira, Paraense e Abaetetubense.

5.2.1 Crescimento da área urbana Brasileira.

A urbanização brasileira começou a ser mais frequente quando se teve a


necessidade de mais mãos de obra para o período da industrialização. Após a década
de 70 notou-se uma crescente significativa na área urbana em relação a área rural,
assim acabou transformando as cidades em foco principal das imigrações segundo
BRITO et al. (2005). Com base nisso as famílias partiram do campo para as cidades
em busca de melhorias de vida, porém as áreas encontradas a disponibilidade desses
imigrantes são as encostas.

Para Correia (2010) No que diz respeito às encostas, é importante observar


que, no Brasil, assim como outros países que seguiram a linha do
desenvolvimento dependente, materializado no subdesenvolvimento, a
ocupação danosa é mais flagrante por suas consequências fatais.

Assim nem tudo é comodidade e facilidade, com essa busca por melhorias de
vida para a cidade grande, acaba influenciando a estrutura e a ordem da expansão
urbana nas cidades, assim as moradias começam a ser irregulares e acabam
formando moradias irregulares, consequentemente formando um crescimento
desordenado e sem estrutura para comportar o crescimento exagerado da população
que acontece no entorno do centro buscando as margens.

5.2.2 Crescimento da área urbana Paraense

Entretanto, o estado do Pará começou a crescer no período de 60 a finzinho de


70.

Para Oliveira e Oliveira (2002) Entre a década de 60 e o final da década de


70 a cidade de Belém viveu uma produção do espaço urbano muito intensa,
que influenciou o crescimento, não só da cidade, como também,
consequentemente sua região metropolitana.
15

A grande expansão urbana da cidade de Belém nas últimas décadas tem


ultrapassado suas fronteiras municipais e está se refletindo em outros municípios,
esse crescente mostra que não foi só o estado de Belém que foi afetado, mas sim
todo o seu entorno, incluindo os municípios próximos. (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2002).

5.2.3 Crescimento da área urbana Abaetetubense


A cidade de Abaetetuba no estado do Pará, considerada cidade - polo do Baixo
Tocantins, teve sua ocupação urbana desenvolvida as margens do Rio Maratauíra
(RIBEIRO; ALENCAR, 2015). Algo que interfere muito na paisagem da cidade, pois
sem lugares no centro da cidade para abrigar esse pessoal, eles acabam buscando
as margens do rio do município.
Como as regiões ocupadas posteriormente são consideradas áreas de
preservação permanente (APP), segundo o código florestal, o mesmo precisa de uma
área de proteção, porém ao invés disso, encontra-se casas com vários pavimentos,
dificultando a estabilidade do solo.
Sendo assim, o presente estudo considera em sua análise o risco ambiental,
visto que ele resulta da associação entre os riscos naturais e os decorrentes de
processos naturais agravados pela atividade humana e pela ocupação do território a
partir de uma relação com os riscos de inundações e erosões. (Veyret; Richemond,
2013, p.64).
Com o intuito de realizar a pesquisa os métodos utilizados serão a análise
multitemporal com o auxílio do sensoriamento remoto.

5.2 Analise multitemporal da expansão urbana de Abaetetuba


Nessa parte bibliográfica investiga-se como se deu o crescimento populacional
do município a ponto de investigar os prós e contras do crescimento e de acordo com
essa análise retirar também a porcentagem que o município cresceu em determinado
período.
Essa técnica pode ser utilizada para vários levantamentos, como: analisar o
crescimento da área urbana, objetivo desse estudo; analisar as áreas verdes, como
estão se comportando; e a principal dela, analisar onde ocorre o uso inadequado do
solo.
16

Existem várias definições que expressam a finalidade da análise multitemporal,


entre elas a definição posta abaixo que diz:
Para Torres (2011, p. 30) classifica análise multitemporal brevemente como
sendo “o estudo de cenas de imagens de satélite, de mesmos locais, em
diferentes períodos, visando avaliar as mudanças da paisagem apresentadas
durante o tempo do estudo”.

Sendo assim, analisando várias imagens com cortes históricos diferentes já se


pode dizer que utiliza-se ali uma análise multitemporal.
Outra definição encontrada e que é de fundamental importância para a
pesquisa vem com o intuito de esclarecer o objetivo imposto para esse trabalho, que
tem a finalidade de expressar os seguintes dizeres:
Para Soares e Alves (2004) frisam a importância desta técnica para medir a
velocidade e a expansão da evolução da malha urbana, a qual permite a
observação da mesma área em diferentes períodos, sendo imprescindível
para o entendimento da forma e da intensidade da expansão urbana.

Sendo assim, o estudo começa a ter uma formulação diferente, pois com o
auxílio dessa análise o trabalho vai poder fluir de forma mais tranquila e
consequentemente atingir o objetivo final que é quantificar a porcentagem que a
população cresceu em diferentes tempos e conseguir possibilitar apontar como se deu
o vetor de crescimento do município.
Como a análise, necessita de um embasamento fotográfico para ser
reproduzida, utiliza-se as imagens de satélites adquiridas através do sensoriamento
remoto, pois a área a ser estudada possui uma extensão muito grande.

5.3 Sensoriamento remoto


Existe várias explicações para denominar o sensoriamento remoto, algumas
muito amplas e outras muito concentrada, mas a mais utilizada e que melhor
especifica o conceito do sensoriamento remoto é:
Segundo NOVO (2010) sensoriamento remoto é a utilização conjunta de
sensores, equipamentos para processamento dos dados, equipamentos de
transmissão de dados colocados a bordo de aeronaves, espaçonaves ou
outras plataformas, com o objetivo de estudar eventos, fenômenos e
processos que ocorrem na superfície do planeta terra a partir do registro e da
análise das iterações entre a radiação eletromagnética e as substâncias que
o compõem em suas mais diversas manifestações.

Assim entende-se que o sensoriamento remoto não é simplesmente a


aquisição de dados sem o contato prévio com a superfície, mas existe vários outros
17

elementos em conjunto que vem para melhorar os resultados a serem obtidos através
dessa técnica.

5.4.1 Radiações eletromagnéticas


A Radiação eletromagnética é conhecida pelos princípios da física, onde entra
em contato com o meio e cada alvo reflete um determinado comportamento no
espectro eletromagnético (NOVO, 2010).
Contudo tem-se o conhecimento de que elas podem ser consideradas como
mensageiros do SR, já que a sua energia emitida pode dar resultados de qual o tipo
de objeto que se encontra na superfície terrestre (FIGUEIREDO, 2002).
Existe uma completa faixa de comprimento de onda e de frequência que é
frequentemente conhecida como espectro eletromagnético.
O espectro eletromagnético, representa todo o conjunto de comprimento de
onda conhecido, que varia entre as bandas com alta frequência e menores
comprimentos, que são os raios gama e os raios X e bandas com menores frequências
e maiores comprimentos, que correspondem as ondas de rádio como mostra a Figura
3 (NOVO, 2010).
Figura 3 - Espectro Eletromagnético.

Fonte: Carvalho, T., 2008.


Segundo Novo (2010) a atmosfera é opaca em muitas regiões do
espectro eletromagnético: toda a radiação de comprimento de onda inferior a 0,3 µm
(Raios gama, raios X e ultravioletas) não é transmitida pela atmosfera.
Assim essa parte do espectro quando executada, acaba causando deformação
na matéria, modificando assim a estrutura eletrônica de átomos individuais.
18

Enquanto que na região do visível e do infravermelho os principais processos


são os de vibração molecular e aquecimento, onde encontram-se os níveis
energéticos da radiação menores. Já na região de micro-ondas ocorre a flutuação do
campo eletromagnético (NOVO, 2010). Entretanto é a região de maior importância
para o sensoriamento remoto que abrange melhor a área dos recursos terrestre
presente na superfície física da terra.
Entretanto a REM tem uma principal fonte de energia, tal essa que é dada pelo
sol. Assim, qualquer corpo que apresente temperatura maior que 0 k emite a REM
(NOVO,2010).
Com isso existe a divisão de sensores, os sensores ativos e os sensores
passivos.

5.4.2 Sistema Sensores


Os sensores têm por sua finalidade receber a REM proveniente dos objetos e
transformar as informações para valores digitais ou gráficos com a finalidade de
representar a superfície da terra.
Como dito anteriormente, de acordo com a fonte de energia o sistema sensor
pode ser dividido em dois tipos, que são esses:
Os sensores passivos são aqueles que detectam a radiação solar refletida ou
a emitida pelos objetos da superfície. Assim entende-se que os sensores passivos
não conseguem produzir sua própria energia, o limitando a gerar imagens apenas
quando existe a luz solar ou a reflexão dos alvos (NOVO,2010).
E os sensores ativos são aqueles que produzem a sua própria radiação. Como
exemplo os radares e os lasers uma vez que produzem a energia radiante que irá
interagir com os objetos da superfície. Portanto conseguem produzir sua própria
energia e consequentemente pode realizar o trabalho de produzir imagens sem a
necessidade de se encontrar no período noturno ou diurno (NOVO,2010).
Quando se fala de sensores tem-se por finalidade conhecer 3 conceitos básicos
sobre as resoluções que determinam as características dos alvos: a resolução
espacial, resolução espectral e resolução radiométrica.
A resolução espacial tem a finalidade de distinguir o tamanho do objeto. A
distância do sensor em relação ao objeto é de suma importância para distinguir a
menor parte imaginada, que pode ser considerada de acordo com a dimensão do
19

pixel. Dependendo do posicionamento do sensor, quanto menor for sua resolução


geométrica, maior será a distinção entre os objetos próximos, como mostra a Figura
4 (MORAES, 2002).
Figura 4 - Resolução Espacial.

Fonte: Autor, 2018.


Comparando as duas imagens tem-se a diferença entre uma alta resolução
espacial, imagem da direita do satélite DigitalGlobe com a resolução espacial de 15
metros, e uma baixa resolução espacial Landsat 5 do ano de 1969, com resolução de
60 metros, imagem da esquerda.
A resolução espectral tem a ver com a largura das faixas, quanto menor for a
sua faixa, maior será a sua resolução espectral, pois quanto menor a faixa espectral
a detecção dos objetos será feita mais sutilmente e consequentemente apresentará
uma resolução espectral melhor, como mostra a Figura 5 (FIGUEIREDO, 2002).

Figura 5 - Resolução Espectral

Fonte: Trancoso, R., 2013.


Conforme observa-se na imagem existe dois sensores o Modis e o Landsat TM,
as faixas do Modis são extremamente menores que a do Landsat, por isso, chega-se
a conclusão que a resolução espectral do Modis e melhor que a do Landsat TM.
20

A resolução radiométrica de um sensor, descreve a capacidade que o sensor


tem de interpretar a quantidade de energia que foi refletida pelo objeto, e tem a ver
com os níveis de cinza. Então quanto maior for a capacidade do sensor de distinguir
essa diferença de sinal, maior será a sua resolução radiométrica, como mostra a
Figura 6 (NOVO, 2010).
Figura 6 - Resolução Radiométrica.

Fonte: Piccinin, A.
Na imagem nota-se que as quantidades de níveis de cinza trabalhados em cada
imagem são diferentes, assim a imagem “a” corresponde a um número maior de níveis
de cinza e a imagem “b” corresponde a um número médio de níveis de cinza e a
imagem “c” apresenta apenas dois níveis de cinza, o preto e o branco.
A energia eletromagnética ao atravessar a atmosfera ela pode ser absorvida,
refletida ou retroespalhada. Assim a atenuação atmosférica interfere diretamente no
desenvolvimento dos sensores, logo quando a energia eletromagnética passa pela
atmosfera ela serve como um filtro, onde em alguns casos não deixa passar a luz
necessária para poder refletir o comportamento dos alvos, os filtros podem ser
considerados os gases encontrados na atmosfera (MORAES, 2002).
Analisando a Figura 7, pode-se observar a energia eletromagnética ao chegar
na atmosfera e em seguida interagindo com os filtros encontrados nela. Os filtros ou
cortinas encontradas são os gases.
21

Figura 7 - Atenuação Atmosférica.

Fonte: Moraes E.C., 2002.


Contudo existe vários tipos de satélites em operação para complementar o
acervo do sensoriamento remoto, dentre eles podemos citar: LANDSAT, SPOT,
CBERS, IKONOS, QUICKBIRD e NOAA. Destas as 5 primeiras plataformas de
satélites possuem a capacidade de descrever com maior facilidade os recursos
naturais e terrestres e a sexta plataforma possui a capacidade de melhor representar
a parte meteorológica (FIGUEIREDO, 2002).

5.4.3 Comportamento espectral dos alvos


Todo objeto encontrado na superfície da terra tem a capacidade de interagir
com a energia eletromagnética, algumas com maior frequência outras com menor,
mas todos funcionam no mesmo jeito, acontecendo a refletância a transmitância e a
absortância.
Os três elementos podem ocorrer de forma total ou parcial, mas todo o objeto
segue o princípio de conservação de energia, essa energia conservada pelo objeto
vai demonstrar e determinar o seu comportamento espectral no espectro
eletromagnético, onde os valores variam de 0 a 1µm (MORAES, 2002).
O conhecimento espectral dos alvos é de fundamental importância para o
conhecimento de determinadas aplicações. Dentre elas, a principal característica a
22

ser conhecida e a de asfalto e concreto (Superfícies construídas) e quais serão de


fundamental importância para o trabalho.
De acordo com o princípio das características dos alvos, analisando as duas
superfícies pode-se entender que o asfalto absorve mais energia, implicando assim
em uma reflectância menor, enquanto o concreto por ser uma superfície mais clara,
apresenta uma reflectância mais acentuada.
Portanto apresenta-se como o principal método para a fundamentação da
pesquisa o LANDSAT TM, pois a pesquisa busca fazer uma análise multitemporal e
esse é o satélite que apresenta mais tempo produzindo imagens da superfície
terrestre para tal finalidade.

5.4.4 Programa Landsat


A origem do programa Landsat se deu desde o século XX até os dias atuais,
entende-se que o programa foi fundado pela National Aeronautics and Space
Administration (NASA), contudo os dados recebidos pelo sistema Landsat aqui no
Brasil é realizado desde 1973, por intermédio do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), possibilitando um tempo muito bom da cobertura do planeta terra
vinda do espaço, embora não se tenha uma comprovação de que o programa irá
continuar, pois os métodos utilizados para a sua realização encontram-se bastante
ultrapassado (NOVO,2010).
O sistema a priori era conhecido por ERST-1, de origem americana, com o
passar dos anos em 1975 o sistema começou a ser chamado de Landsat. Nos 5
primeiros satélites que foram lançados de forma simultânea em 1972 (1), 1975 (2),
1978 (3), 1982 (4) e 1984 (5), com intervalos de aproximadamente 3 a 4 anos, ambos
apresentam painéis solares introduzidos em si, transformando a energia solar
incidente em energia para os satélites, encontra-se também os subsistemas
necessários para fazer a coleta, transformação dos dados, etc. (VENTURIERI,2007).
Os sensores presentes nas plataformas Ladsat apresentam uma configuração
heliossíncrona, que é determinada pelo alinhamento constante do sol-terra-satélite,
gerando assim condições igual de iluminação, para as áreas imageadas no momento
do registro das imagens da superfície terrestre, mesmo que em datas diferentes
(VENTURIERI,2007).
23

No Quadro 1 a seguir encontram-se alguns dados importantes sobre a família


Landsat TM, desde o primeiro satélite que foi denominado de Landsat 1 até o Landsat
8.

Quadro 1 - Satélites do programa Landsat.

Landsat Landsat Landsat Landsat Landsat


Satélites Landsat 1 Landsat 2 Landsat 3
4 5 6 7 8

Lançamento 23/07/1972 22/01/1975 05/03/1978 16/071982 01/03/1984 05/101993 15/04/1999 11/03/2013

Inativo Inativo Inativo Inativo Inativo


Situação atual Ativo Ativo Ativo
06/01/1978 25/02/1982 31/03/1983 1993 05/10/1993

Altitude 917 Km 917 Km 917 Km 705 Km 705 Km 705 Km 705 Km 705 Km

Orbita Polar, heliossincrona

Inclinação 99,2° 99,2° 99,2° 98,2° 98,2° 98,2° 98,2° 98,2°

Tempo de
duração da 103,3 min 103,3 min 103,3 min 99 min 99 min 98,9 min 98,9 min 98,9 min
orbita

Horário de
9:30 AM 9:30 AM 9:30 AM 9:45 AM 9:45 AM 10:00 AM 10:00 AM 10:00 AM
passagem

Período de
18 dias 18 dias 18 dias 16 dias 16 dias 16 dias 16 dias 16 dias
revista

Tempo de vida
1 ano 1 ano 1 ano 3 anos 3 anos s.d. 5 anos n.d.
projetada

Instrumento RBV e RBV e RBV e MSS e MSS e OLI e


ETM ETM+
sensores MSS MSS MSS TM TM TIRS

Fonte: (Adaptado do USGS, 2017).


Pode-se Observar os 7 sensores utilizados em cada plataforma, do Landsat 1
ao 3, foram utilizados os sensores RBV (Retum Beam Vidicom) e MSS (Multispectral
24

Scanner System), nas plataformas 4 e 5 os sensores TM (Thematic Mapper) e MSS


(Multispectral Scanner System), na platarforma 6 ETM (Enhanced Thematic Mapper),
na plataforma 7 o sensor ETM+ (Enhanced Thematic Mapper) e na plataforma 8 os
sensores OLI (Operacional Land Imager) e o TIRS (Thermal Infrared Sensor).
Algumas imagens do google earth foram utilizadas para melhor detalhamento
da evolução da área do bairro de São João.

5.5 imagens do Google Earth


No princípio a empresa Google Earth era chamava de Keyhole, mas após a
companhia ser comprada pela google, inc., passou a chamá-la de google earth, mas
com o mesmo desenvolvimento de trazer informações para os usuários. O aplicativo
disponibiliza imagens de quase todo o globo terrestre, possibilitando rotacionar as
imagens, salvar locais preferenciais, medir distâncias de objetos e permite a
visualização em duas e três dimensões de cada localidade, as imagens são
capturadas por sensores acoplados em satélites orbitais (LOPES, 2009).
As imagens encontradas no aplicativo vem de diversas fontes, com isso as
resoluções encontradas no mesmo são diversas, assim imagens com maior resolução
geralmente representam centros urbanos. Por mais utilizável e prático que o programa
seja, ele não disponibiliza dados em tempo real, as imagens são processadas antes
e disponibilizadas após três dias. Além do programa gratuito o aplicativo possui mais
três versões pagas, por essa consequência, as interfaces são mais rápidas, mais
eficazes e possuem mais funções para auxiliar nas informações cartográficas
(ANDRADE; MEDINA, 2007).
Para analisar melhor a área que está dentro de APP (Área de Preservação
Permanente) foi necessário fazer a vetorização de alguns rios que adentram o
município de Abaetetuba.
A vetorização nada mais é do que tornar um dado digital (foto) em um formato
vetorial, possibilitando assim direção, sentido e módulo para a nova feição, vetorizar
a imagem significa redesenhar o objeto mantendo as suas características reais, que
são medidas, escalas e diagramações (AJS, 2006).
25

5.6 Importância da Área de Preservação Permanente (APP).


De acordo com o código florestal brasileiro, as áreas de preservação
permanentes, amparadas nos artigos 2° e 3° do mesmo, é considerada como área
coberta ou não por vegetação nativa, que tem a finalidade de proteger os recursos
ambientais, os hídricos, paisagens e o principal que é a estabilidade geológica da
área, assim assegurando o bem estar da sociedade do local (BRASIL, 2002).
Existe vários fatores físicos que interferem no meio ambiente das APP, os mais
importantes a serem comentados para a presente pesquisa são: os problemas
encontrados nas encostas e problemas encontrados nas margens dos rios e cursos
d’água.
Nas áreas de nascente, a mata ciliar tem a função de amortecer as chuvas,
evitando o contato direto com o solo, e compactando lentamente o mesmo. Pois as
raízes das plantas encontradas no local permitem que o solo continue e capaz de
absorver a água das chuvas, assim evita também que o solo escorra para o interior
do rio provocando assim um assoreamento do próprio (SKORUPA, 2003).
E nas margens dos cursos d’águas, funciona como uma mata protetora,
impossibilitando que os solos laterais encontrados próximos dos rios sejam levados
diretamente para o curso do rio, atuando como um filtro protetor. A interação entre a
parte agrícola e as pastagens juntamente com o ambiente aquático influencia
diretamente no controle e preservação das erosões e mantendo a qualidade da água
estável, evitando assim a poluição dos recursos hídricos com produtos químicos,
sedimentos e etc. (SKORUPA, 2003).
O código florestal instituído pela lei Federal de n° 4.771, de setembro de 1965,
determina que as matas ciliares devem esta contidas nas áreas de preservação
permanente (APPs), entretanto afirma que faixas presentes nesse perímetro não
podem sofrer qualquer alteração na sua forma original. As áreas de preservação
permanente levam em consideração as florestas e vegetações nativas que estão
presentes nas margens dos rios, córregos, lagos e nascentes. Assim de acordo com
a lei comentada foi criado umas larguras fixas para representar a quantidade de área
que deve ser preservada de acordo com a largura de cada rio que será descrito na
Quadro 2.
26

Quadro 2 - Largura de Faixas.

Largura mínima da faixa Situação


30 metros em cada margem Rios com menos de 10 metros de largura
50 metros em cada margem Rios com 10 a 50m de largura
100 metros em cada margem Rios com 50 a 200m de largura
200 metros em cada margem Rios com 200 a 600m de largura
500 metros em cada margem Rios com mais de 600m de largura
Raio de 50 metros em nascentes Nascentes

Fonte: (Código florestal, 1965).


27

6.METODOLOGIA
Nesta seção serão abordados os procedimentos metodológicos para obtenção
dos objetivos, sendo composto pelos materiais necessários para esta pesquisa e
pelos métodos.

6.1 Materiais
 Imagens de satélites foram baixadas do site da EarthExplorer USGS,
das plataformas Landsat 5 e Landsat 8, ambas com resolução espacial
de 30 metros para analisar o crescimento da expansão urbana nos anos
de 1990, 2000, 2010 e 2017.
 Bases vetoriais, encontradas no site do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) para auxiliará na produção dos produtos finais.
 Software Envi 4.5 (Environment for Visualizing Images) serve para
visualizar, analisa e fazer apresentação de dados da área do
sensoriamento remoto, elaborado pela Harris Geospatial Solutions
(HGS): processará as imagens baixadas.
 ArcGis 10.1 produzido pela empresa Esri serve para facilitar a
elaboração dos layouts finais que serão apresentados: elaborador de
alguns mapas finais;
 QGis 2.18.17 Software livre que possibilita na edição, visualização e
análises de dados, criado pela Gary Sherman, outro ótimo auxiliador
para a elaboração e finalização dos layouts: elaborador de alguns mapas
finais; e
 Os demais softwares: (Excel, Power Point e Word). Para elaboração de
planilhas, tabelas e o trabalho em si.

6.2 Métodos
Após baixar as imagens do EarthExplore USGS (earthexplorer.usgs.gov)
aplica-se o pré-processamento nas imagens com o auxílio do software Envi
(Environment for Visualizing Images), tem-se a necessidade de fazer o recorte da
área, para que com isso o peso da imagem torne-se menor otimizando o
processamento desta. Estes passos anteriores são de extrema importância, pois os
sensores sofrem várias distorções e erros decorrentes da atmosfera, que são os erros
28

instrumentais (ruídos espúrios), interferência da atmosfera (erros radiométricos) e a


geometria do mapeamento (distorções geométricas). Aplicando as correções
necessárias as imagens apresentarão melhor nitidez para desenvolvimento desta
metodologia.
A primeira correção foi a correção atmosférica, na qual utiliza-se as médias dos
comprimentos de onda de cada banda do sensor, é necessário realizar este
procedimento em todas as bandas. Os valores utilizados para esse procedimento
encontram-se na Tabela 1 especificando cada comprimento de onda de cada banda
da plataforma Landsat 5.
Tabela 1 - Comprimento de Onda Landsat 5.

Comprimento de onda
Bandas
Mínimo (µm) Máximo (µm) Média (µm)
Banda 1 0.45 0.52 0.485
Banda 2 0.52 0.60 0.56
Banda 3 0.63 0.69 0.66
Banda 4 0.76 0.90 0.83
Banda 5 1.55 1.75 1.65
Banda 6 10.4 12.5 11.45
Banda 7 2.08 2.35 2.215

Fonte: (Galo, M.L.B.T; VELINI, E.D., 2002).

Foi executado mesmo procedimento para a plataforma do Landsat 8, no qual


foi utilizado apenas 8 bandas, mas o sensor possui a quantidade de 11 bandas. Os
valores encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2 - Comprimento de Onda Landsat 8.

Comprimento de onda
Bandas
Mínimo (µm) Máximo (µm) Média (µm)
Banda 1 0.433 0.453 0.443
Banda 2 0.450 0.515 0.482
Banda 3 0.525 0.600 0.562
Banda 4 0.630 0.680 0.655
Banda 5 0.845 0.885 0.865
Banda 6 1.560 1.660 1.610
29

Banda 7 2.100 2.300 2.200


Banda 8 0.500 0.680 0.590

Fonte: (Rodrigues, T.W.P., 2016).

Após a modificação dos comprimentos de onda de cada banda, salvou-se as


bandas em uma nova pasta e copia o arquivo MTL que está contido junto das imagens
brutas.
Posteriormente a esse processamento necessita-se fazer a conversão do valor
de reflectância do topo da atmosfera para a superfície terrestre. A correção
atmosférica vai estimar um valor de píxel da superfície, no qual vai converter o valor
da radiância no topo da atmosfera para o valor da radiância na superfície. Após esse
procedimento finaliza a correção atmosférica das imagens.
Para otimizar o trabalho executou-se as correções das ambiguidades nas
imagens, que requer aplicar formulações e eliminar as ambiguidades, essa técnica
serve para melhorar a imagem processada e conservar as formas dos alvos presente
no local de estudo, facilitando assim, a vetorização dos objetos encontrados no
mapeamento
Também servindo como ajuste, temos o filtro majoritário, que é feito sempre
depois do processamento, e estabelece ao usuário escolher a quantidade de píxel que
existirá em um bloco, facilitando assim o manuseamento das imagens e permite os
usuários a chegarem uma acurácia desejada.
Assim feito todos os processamentos da imagem começa-se a fazer a
vetorização que é utilizado para transformar um dado analítico em um dando vetorial,
dando direção sentido e módulo, isso foi feito para as áreas com as ocupações
irregulares, e a quantificar a quantidade de APP que foi tomada pela população sem
o devido conhecimento dos riscos que a localidade está imposta a sofrer.
Executado todos os processamentos das imagens, retiram-se as informações
e exporta-os para o formato shepefile, que consiste em converter os dados das
imagens e transformar em forma de vetor para facilitar a manipulação dos dados, esse
processo é feito através do software Qgis onde tem-se uma melhor visualização das
imagens pré-processadas.
Por fim para finalizar o trabalho gerando-se todos os dados que se deseja
alcançar o ArcGis tem a finalidade de elaborar os produtos finais do trabalho,
30

auxiliando nas formações cartográficas e nos símbolos cartográficos presente na área,


como: escala, feições cartográficas, norte da área, informações dos produtos.
31

7.Resultados e Discussões
Através das análises feitas de acordo com os produtos obtidos em decorrência
dos mapas confeccionados pelo autor da monografia, as figuras 8, 9, 10 e 11, nos
anos de 1990, 2000, 2010 e 2017, juntamente com a técnica de vetorização, e a
composição das imagens do Landsat 5 e do Landsat 8, com orbita ponto de 224/61
em RGB com as bandas 5,4 e 3 e 6, 5 e 4 respectivamente, representando a falsa cor
tradicional, onde podemos analisar de forma mais fácil a área urbana, que está
representada pela cor magenta. Assim obteve-se a aquisição dos resultados em
hectares (ha), analisou-se que a expansão urbana se deu de início no centro da cidade
de Abaetetuba e se expandiu de forma irradiada para as outras localidades.
Ao analisar o primeiro resultado, figura 8, que foi do ano de 1990, através da
vetorização obteve-se uma área hectares de aproximadamente 561,62 (ha).
Figura 8 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 90.

Fonte: Autor, 2018.

Já no ano de 2000 a crescente da área urbana foi de aproximadamente 639,89


(ha), totalizando assim 1201,51 (ha) para o ano de 2000, como podemos observar na
figura 9.
32

Figura 9 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 2000.

Fonte: Autor, 2018.


É importante salientar que a mancha urbana não teve alteração dos anos de
2000 para 2010, pois a resolução espacial do sensor é de 30 por 30 metros,
inviabilizando assim a visualização, mesmo que mínima da sede municipal nesse
período, logo o resultado em hectares para a área de 2010 é a mesma utilizada na
área de 2000, como nota na figura 10.
33

Figura 10 - Mapa da Área Urbana de Abaetetuba de 2010.

Fonte: Autor, 2018.


Já no ano de 2017 a área urbana se expandia aproximadamente 253,21 (ha),
totalizando assim 1454,72 (ha) para o ano de 2017, como mostra a figura 11.
34

Figura 11 - Mapa da Área urbana de Abaetetuba da década de 2017.

Fonte: Autor, 2018.


É importante ressaltar que existe feições que aparentemente podem
representar área urbana ou área de expansão urbana, mas são apenas solo exposto
de áreas que talvez vão servir de galpões ou vão ser feitos alguns loteamentos
posteriormente. Analisando os resultados obtidos, pode-se notar que houve um
crescente na área urbana no período de 1990 até 2000, e o menor crescimento
ocorreu nos anos de 2000 até 2010, por conta de o sensor não conseguir interpretar
a expansão no período.
Analisando os resultados obtidos em um crescente de 10 anos a área urbana
de Abaetetuba foi de 561,62 hectares para 1201,51 hectares no ano de 1990 a 2000
respectivamente.
Como podemos analisar na figura 12, a evolução urbana ela se deu de forma
organizada e tendendo para as proximidades das estradas principais e as estradas
que dão acesso à praia de Beja, localizada no município de Abaetetuba, a tendência
é crescer cada vez mais, já que as proximidades das estradas já estão sendo
urbanizadas.
35

Figura 12 - Mapa do crescimento da Área urbana de Abaetetuba.

Fonte: Autor, 2018.


Através dos resultados obtidos com as vetorizações de quase três décadas,
podemos observar para onde se deu o vetor de crescimento da sede municipal de
Abaetetuba, resultado esse que podemos analisar na figura 13.
36

Figura 13- Mapa do Vetor de Crescimento da Área urbana de Abaetetuba.

Fonte: Autor, 2018.

Após a análise de todos os resultados, só podemos comprovar, juntamente com


os dados do IBGE, o avanço da população de Abaetetuba com um crescente
exorbitante em que percorreu no máximo quase 3 décadas.
Analisando a figura 14 tem-se a quantidade de área em hectares contida em
área de preservação permanente, que compreende um total de 74,30 hectares,
compreendido na cor laranja dentro do buffer.
37

Figura 14 - Área contida em APP.

Fonte: Autor, 2018.

Vale lembrar que toda essa urbanização gera um crescente na economia da


cidade a instalação de áreas residenciais para comportar a população crescente.
Analisando a área em destaque que foi feito o estudo, o bairro de São João,
analisamos na figura 15 a expansão e desmatamento ocorrido no bairro, mostrando
os impactos causados por conta das ocupações desordenadas.
Figura 15 - Área do bairro do São João.
38

Fonte: Autor, 2018.


E por fim, podemos analisar na figura 16 as consequências causadas pelas
moradias encontradas próximas ao leito do rio, ocasionando um processo muito
comum de acontecer com encostas desprotegidas, a erosão. A área afetada por esse
processo natural tem um perímetro de aproximadamente 179 metros e a área atingida
em hectares foi de aproximadamente 0,20 há.
Figura 16 - Área da erosão no Bairro de São João.

Fonte: Autor, 2018.


39

8.Conclusão
Observando os resultados obtidos, tem-se a afirmação de que o sensoriamento
remoto por satélite, por ser uma técnica bem antiga, demostra ser de bastante
importância, para analisar o crescimento da expansão urbana das cidades, em
decorrência de que os satélites compreendem a grande maioria do globo terrestre e
possuem essas imagens em um período muito longo na variação do tempo e
juntamente com a análise multitemporal.
Com os requeridos resultados pode-se demonstrar para onde se deu o vetor
de crescimento, possibilitando também, mostrar para onde a cidade ainda pode
crescer.
A vetorização se mostrou uma técnica muito eficaz, apesar de ser complicada
de se reproduzir, mas proporcionou resultados bastante satisfatórios e deu as áreas
de cada período histórico em hectares, possibilitando fazer o cálculo de área urbana
construída durante esses três períodos.
Contudo através das técnicas dos softwares possibilitou-se delimitar as áreas
contidas em APPs, possibilitando assim, mapear e quantificar as ocupações que estão
irregulares contidas no município.
Ao analisar a técnica utilizada, pode-se concordar de que o estudo analisado
pode gerar uma base de dados para maior informação da área urbana, possibilitando
assim a inserção de novas áreas de moradias ou até mesmo para locação de
zoneamentos ou coisas do tipo. Essa aplicação também possibilita a utilização do
sensoriamento remoto para várias outras utilidades, como analisar o indicie de
vegetação da área, analisar as principais vias de acessos para tal região e até mesmo
possibilitar as áreas que estão contidas em locais de APPs ou área restritas, possibilita
também o conhecimento de locais onde ocorre desmatamentos elevados e até
queimadas.
Assim pode-se observar o quanto as técnicas de geoprocessamentos são de
fundamental importância para o desenvolvimento urbano das cidades e
principalmente, poder interpretar pra onde se deu o vetor de crescimento de uma
determinada cidade ou município e onde se pode expandir.
40

REFERÊNCIAS

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DE SATÉLITE DO GOOGLE EARTH COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O
ENSINO DE PROJEÇÕES DE COBERTURAS. Curitiba, 2007. 10 p.

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migrações intrametropolitanas e da mobilidade pendular na reprodução da pobreza.
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GALO, M.L.B.T.; Velini, E.D. Uso do sensoriamento remoto orbital no


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