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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
NATAL - RN
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meu pais Tevenilson Galdino da Silva e Eunice
Costa de Medeiros, ao meu irmão Tevenilson Laerte e a minha esposa Sabrina
Tavares.
ii
Agradecimentos
Este trabalho não poderia ser concluído sem a ajuda de diversas pessoas as
quais presto meus agradecimentos:
Aos meus amigos Jânio Pablo e Kaciê Trindade que sem o apoio deles não
seria possível a realização desse trabalho.
Ao meu cunhado Thiago Cidral e minha cunhada Aline Tavares por todo o
aprendizado e exemplo passado.
Galdino, TGM. Tecnologias para controle das emissões de NOx em motores Diesel –
PROCONVE P7. 2021. 55 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Engenharia Mecânica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2021.
Resumo
O desenvolvimento de novos motores diesel para uso do transporte de cargas
deve atender as diretrizes de eficiência, economia e sustentabilidade. Neste contexto, o
controle das emissões de NOx tem se tornado cada vez mais rígido. Em 2012 o Brasil
adotou o PROCONVE P7, baseado na norma EURO V, reduzindo ainda mais as
emissões dos gases de exaustão (CO, HC, CO2, NOx etc.). O foco deste trabalho consiste
no estudo das tecnologias de controle das emissões de NOx aplicado a motores diesel de
veículos pesados. As principais tecnologias de controle das emissões de NOx são
relativas ao processo de combustão da mistura de diesel e ar admitidos no cilindro do
motor e os tratamentos físico-químico dos gases de exaustão. Também faz parte da
pesquisa o estudo de caso que aborda a manutenção e análise de falhas dos sistemas de
pós tratamento dos gases de escape de uma frota de 52 veículos com motorização diesel
OM 924 LA que operam realizando o transporte de cargas na região norte e nordeste do
Brasil. O estudo constatou uma alta frequência de problemas relacionados ao sensor de
NOx do sistema SCR. Em menor grau, também foi identificado problemas relacionados à
contaminação por óleo do ARLA 32 e ainda a cristalização deste produto nas tubulações
do sistema.
Palavras-chave: Motor Diesel, NOx, Catalisador SCR, Válvula EGR, ARLA 32.
iv
Galdino, TGM. Current Technologies for NOx emission control in Diesel engines.
2021. 55 p. Conclusion work project (Graduate in Mechanical Engineering) - Federal
University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2021.
Abstract
The development of new diesel engines for use in cargo transportation must meet
the guidelines for efficiency, economy, and sustainability. In this context, the control of NOx
emissions has become increasingly strict. In 2012, Brazil adopted the PROCONVE P7,
based on the EURO V standard, further reducing exhaust gas emissions (CO, HC, CO2,
NOx, etc.). The focus of this work is the study of NOx emission control technologies applied
to heavy vehicle diesel engines. The main technologies for controlling NOx emissions
related to the combustion process of the mixture of diesel and air admitted to the engine
cylinder and the physical-chemical treatments of the exhaust gases. Also part of the
research is the case study that addresses the maintenance and failure analysis of the post-
combustion’s system a fleet of 52 vehicles that runs equipped with diesel engine OM 924
LA operating in cargo transport throughout the north and northeast of Brazil. In the study, a
high frequency of problems was observed related to the SCR system's NOx sensor. To a
lesser extent, it was also detected some problems related to oil contamination of the ARLA
32 and the crystallization of this product in the system piping were identify.
Lista de Ilustrações
Figura 21 – Leitura dos códigos de falha do SCR com scanner automotivo. ______ 35
Figura 26 –Teste de contaminação por óleo com fita para ARLA 32 em solução
padrão. ___________________________________________________________ 44
Figura 27 – Aspecto da fita de teste indicando contaminação por óleo do ARLA 32.
_________________________________________________________________ 45
Lista de Tabelas
CO – Monóxido de Carbono
HC – Hidrocarbonetos
MP – Material Particulado
Sumário
Dedicatória ...................................................................................................... i
Agradecimentos .............................................................................................. ii
Abstract ......................................................................................................... iv
1 Introdução .................................................................................................... 1
2.2.1 Diesel............................................................................................ 11
3 Metodologia ............................................................................................... 32
5 Conclusões ................................................................................................ 53
6 Referências ............................................................................................... 54
1
1 Introdução
Para motores que utilizam como combustível o óleo diesel com baixo teor de
enxofre, a redução catalítica seletiva (SCR) é o principal método de tratamento. Esse
método consiste em pulverizar um reagente químico a base de ureia chamado
Agente Redutor Liquido Automotivo (ARLA) que é misturado aos gases de escape e
chegando no catalisador realiza a redução de NOx e consequentemente sua
emissão para a atmosfera (JOHNSON, 2014).
2 Revisão Bibliográfica
queimados durante a combustão e com isso permitir que seja reiniciado o ciclo no
tempo de admissão (BRUNETTI, 2012).
A. Pulverização de combustível no
interior do cilindro;
B. Válvula eletromagnética 2/2 vias;
C. Unidade de controle eletrônico;
Diferente do sistema UPS que possui uma unidade injetora de alta pressão
para cada cilindro, o sistema Common-rail possui uma única bomba de alta pressão
(E) que realiza a pressurização do combustível para o tubo de distribuição comum,
também conhecido por flauta. A pressão fornecida pode ser controlada
independente da rotação do motor (VARELLA; SANTOS, 2010).
A flauta fornece combustível a alta pressão para todos os bicos injetores (D)
que irão inserir o combustível na câmara de combustão precisamente de acordo com
os cálculos realizados a partir de informações realizadas por diversos sensores
instalados no motor (STABELINI, 2017). A figura 7 mostra o esquema de
funcionamento do sistema Common-Rail.
Como pode ser visto na figura 7, a unidade de controle eletrônica (C) realiza
o controle do funcionamento do sistema através de protocolos de comunicação CAN
recebendo informações do sensor de pressão localizado no tubo comum (F) e outros
sensores do motor como os sensores de temperatura e pressão do ar, sensor de
fluxo de massa de ar, sensor de fase e sensor de rotação do motor, e realiza a
11
2.2 Combustíveis
2.2.1 Diesel
2.2.2 Biodiesel
vegetal ou animal reagem com um álcool primário, etanol ou metanol a fim de gerar
dois produtos: o éster e a glicerina. Apenas após passar por processos de
purificação para se adequar à especificação da qualidade o éster pode ser destinado
para a aplicação em motores de ciclo Diesel (ANP, 2020).
Um gás não tóxico aos seres humanos, o dióxido de carbono (CO 2) também
chamado de anidrido carbônico ou gás carbônico, pode não ser nocivo aos humanos
mas está diretamente relacionado com o aumento das reações causadas pelo efeito
estufa na atmosfera terrestre e com isso contribuindo diretamente para o
aquecimento global (NEVES, 2019).
contato com humanos causa ardência nos olhos, no nariz e mucosas em geral
(MENEZES, 2009).
Esta nova homologação define que a emissão de gases de cárter deverá ser
nula com exceção para os motores com turbo compressores que poderão realizar o
lançamento de gases de cárter na atmosfera, desde que essa emissão, somada à
emissão de gases de escapamento, atenda aos limites estabelecidos (BRASIL,
2018).
18
As tabelas dos códigos de falhas dos sistemas OBD referente à emissão dos
poluentes devem ser fornecidas pelos fabricantes no ato da homologação. As
informações referente as datas de início, de reparos e a duração das falhas devem
permanecer armazenadas no modulo eletrônico do veículo por pelo menos 720 dias
mesmo se acontecer falhas ou desconexão elétrica do veículo (BRASIL, 2018). A
tabela 3 explicita os limites máximos de poluentes para os veículos pesados de uso
rodoviário estabelecidas para a fase PROCONVE P8 que devem ser atendidas pelas
montadoras.
seria mais eficaz aumentar a capacidade térmica do fluido de trabalho para produzir
uma temperatura de chama baixa (PALASH et al., 2013).
Como o NO2 sempre está presente nos gases de exaustão, a equação (2) é
pertinente e pode ser considerada a equação de redução principal, porém a equação
(1) é a reação SCR padrão (JOHNSON, 2014).
Figura 12 – Layout esquemático do sistema SCR integrado com filtro de partículas Diesel.
24
Figura 14 – Sistema de pós tratamento dos gases de exaustão para veículos a diesel
EURO-V.
26
Na figura 17, pode ser visualizada a unidade dosadora. Esta, recebe o ARLA
32 da bomba via linha de alimentação (8), as leituras de pressão e temperatura do
ARLA 32 são realizadas pelos sensores B129 e B130 respectivamente e o ARLA 32
fica disponível na válvula de dosagem Y109 aguardando o momento certo para ser
injetado (BENZ, 2011).
(A) (B)
Fonte: (PEREIRA, 2015) / (BENZ, 2011)
O sensor NOx, figura 18-B, possui uma estrutura similar ao de uma sonda
lambda de banda larga pois possui uma célula de Nernst e uma segunda célula
chamada célula de bombeamento (PEREIRA, 2015). A sonda de medição do sensor
NOx é constituída de cerâmica de óxido de zircônio e possui duas câmaras, sendo
uma aberta para o lado do escapamento, que estão localizados três pares de
eletrodos chamados células de bombeamento como mostra a figura 17b. A
temperatura operacional do sensor é de 800ºC e para chegar a essa temperatura
existe uma resistência (6) para realizar o aquecimento do sensor (BENZ, 2011).
3 Metodologia
(A) (B)
Fonte: Adaptado de AEA, 2016
35
compressor de
ar do motor
Veículo apresenta vazamento
4 no fluido de arrefecimento do X
motor?
Pneus descalibrados ou com
5 X
desgaste irregular?
6 Problemas nos freios e
X
suspensão?
7 Veículo apresenta falhas no
MR: 12972;
computador de bordo? Se sim, X
04247; 02971.
quais?
Esta seção pretende focar no diagnóstico das falhas que podem ocorrer
durante a operação do sistema SCR. Diversas falhas nos diversos sistemas que
compõem o SCR podem apresentar problemas, sendo necessário detectar a causa
e a realização de uma ação para correção. O sistema pode ser separado em
grandes categorias sendo elas: catalisador; tanque de ureia; unidade de
bombeamento do redutor; unidade de dosagem do redutor e unidade de controle
SCR (VIGNESH; ASHOK, 2020). Cada um destes sistemas tem suas características
de falhas e analisaremos algumas delas a seguir.
38
sanadas precisam que o sistema de SCR esteja funcionando, não são atreladas a
falhas mecânicas e eletrônicas, e os níveis de partículas NOx emitidas esteja abaixo
do limite estabelecido pelas normas regulamentadoras. Foi visto que o veículo
estava com a luz da injeção piscando e apresentando somente a falha 04235 no
módulo MR, verificamos que o tanque de ARLA 32 estava com 76% de sua
capacidade e o veículo estava com uma quilometragem de 876540.
Figura 26 –Teste de contaminação por óleo com fita para ARLA 32 em solução padrão.
Figura 27 – Aspecto da fita de teste indicando contaminação por óleo do ARLA 32.
Após liberar o mesmo realizou três viagens com cerca de 1.000 quilômetros
cada (ida e volta) e consumiu um total de 19 litros de ARLA 32 durante o período de
avaliação, não apresentando nenhum problema relacionado ao funcionamento do
sistema SCR constatando assim que a falha estava acontecendo apenas devido à
baixa qualidade do ARLA 32 devido contaminação por óleo do motor.
46
4 Resultados e Discussões
Durante teste do compressor de ar, foi visto que o mesmo estava com
problemas e realizou a contaminação de todo o sistema de ar comprimido, como
pode ser visto na figura 33, o reservatório de ar foi contaminado.
52
5 Conclusões
6 Referências
________________________________________
CLEITON RUBENS FORMIGA BARBOSA
Orientador
________________________________________
ÂNGELO RONCALLI OLIVEIRA GUERRA
Examinador interno
________________________________________
CLEITON RUBENS FORMIGA BARBOSA JUNIOR
Examinador externo
________________________________________
THIAGO DA SILVA ANDRÉ
Examinador externo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede