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CA3131

Profa. Elisa Y Takada

Aula 4 (parte 2) - 31ago21


EDO separável - exemplos

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Exercício Resolver a EDO separável.
x
a) y′ = − tal que y(0) = − 3 Resposta y=− 9 − x2.
y
x sin x
b) y′ = tal que y(0) = − 1 Resposta y= 1 − 2x cos(x) + 2 sin(x)
y (dica: aplicar partes)
c) y′ = y − 3

y2 − 1 1 + ex
d) y′ = tal que y(ln 2) = − 3 Resposta y = .
2 1 − ex
(dica: aplicar frações parciais caso 1)

3
e y +y
Exercício Considere a EDO y′ = . Calculando a relação que
3y 2 + 1
descreve suas soluções na forma g(y) + x = c com g(0) = 1,
determine g(y).





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x
Resolução a) y′ = − tal que y(0) = − 3
y
dy x
dx
=− y
⟹ ydy = − xdx ⟹ ∫ ydy = − ∫ xdx
y2 x2
⟹ 2
=− 2
+c

y2 x2 Solução geral implícita


⟹ 2
+ 2
=c
(circunferência)

Aplicamos a condição inicial y(0) = − 3 na solução geral.


(−3)2 (0)2 9
y(0) = − 3 ⟹ + =c ⟹c=
2 2 2

y2 x2 9
+ = ⟹ y2 + x2 = 9 ⟹ y = ± 9 − x2
2 2 2

Como y(0) = − 3 < 0, a solução particular é y = − 9 − x2.

Resposta A solução particular é y =− 9 − x2.



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Exercício Resolver a EDO separável y′ = y − 3.

Solução constante
R(y) = y − 3 = 0 ⟹ y = 3
A EDO admite somente uma solução constante y = 3.

Solução não-constante
dy dy dy
∫ y−3 ∫
=y−3 ⟹ = dx ⟹ = dx ⟹ ln | y − 3 | = x + c
dx y−3
Solução geral implícita
Para isolar y vamos usar a função exponencial de base e.
ln | y − 3 | = x + c ⟹ e ln|y−3| = e x+c
| y − 3 | = e x+c
e ln a = a
y − 3 = ± e xe c
y − 3 = Ae x, A = ± e c
y = 3 + Ae x

Resposta As soluções da EDO são y = 3 e y = 3 + Ae x sendo A uma constante não-nula.



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3
e y +y
Exercício Considere a EDO y′ = . Calculando a relação que descreve
3y 2 + 1
suas soluções na forma g(y) + x = c com g(0) = 1, determine g(y).

Note que a EDO não tem soluções constantes.


3
dy e y +y (3y 2 + 1)dy
= ⟹ = dx
dx 3y 2 + 1 e y 3+y

(3y 2 + 1)dy
∫ ∫
Vamos reescrever a solução obtida:
⟹ = dx
e y 3+y
3
e −(y +y) + x = C
du
∫ eu
⟹ =x+c Pelo enunciado, vamos considerar

−(y 3+y)
u = y3 + y g(y) = e

2
du = (3y + 1)dy ⟹ e −udu = x + c
com g(0) = e 0 = 1
⟹ − e −u = x + c
3
Resposta g(y) = e −(y +y)
3
⟹ − e −(y +y) = x + c
3
⟹ e −(y +y) = − x + C
Solução geral implícita

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Aplicação Crescimento populacional (Stewart, vol.2 cap. 9)
Considere N(t) o número de indivíduos de uma certa população em condições
ideais de crescimento em um instante t. Se a taxa de crescimento da população
dN
é proporcional ao tamanho da população, então = kN sendo k a constante
dt
de proporcionalidade. Vamos determinar uma expressão para N(t).

dN dN dN
∫ N ∫
= kN ⟹ = kdt ⟹ = kdt ⟹ ln | N | = kt + c
dt N
EDO separável

Isolando N, temos | N | = e kt+c, ou N = Ae kt com A = e c.

Para determinar a constante A, consideramos t = 0:

N(0) = Ae 0 ⟹ N(0) = A (população inicial)

∴ N = N0e kt
Observação Note que N = 0 é uma solução constante da EDO.
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Aplicação Crescimento populacional (uma modelagem realista)
Em uma modelagem mais realista, uma população tem o número de indivíduos N
estabilizando em torno de sua capacidade de suporte M. Neste caso, a EDO
utilizada nessa modelagem é dada pela equação logística
dN N
= kN(1 − )
dt M
dN
Se N é muito pequeno, então > 0 e N é crescente.
dt dN
Se N passou a capacidade de suporte, N > M, então < 0 e N é decrescente.
dt
A EDO tem duas soluções constantes, N = 0 e N = M, que são chamadas também de
soluções de equilíbrio.

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Exercício Os psicólogos interessados em teoria do aprendizado estudam as
curvas de aprendizado. Se P(t) é o nível de desempenho de algum aprendiz
como uma função do tempo de treinamento t, P′(t) é a taxa com que o
desempenho melhora.

Se M é o nível máximo de desempenho do qual o aprendiz é capaz, um


dP
modelo razoável para o aprendizado é dado pela EDO = k(M − P)
dt
sendo k uma constante positiva.

a) Resolva a EDO e determine uma expressão para P(t).


b) Qual o limite dessa expressão a longo prazo?

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y2 − 1
Exercício Determinar uma solução particular da EDO separável y′ =
2
tal que y(ln 2) = − 3.

dy y2 − 1 2dy 2dy
∫ y −1 ∫
= ⟹ 2 = dx ⟹ = dx
dx 2 y −1 2

Aplicando as frações parciais:


1 1 A B A(y + 1) + B(y − 1)
= = + =
y 2 − 1 (y − 1)(y + 1) y−1 y+1 (y − 1)(y + 1)

Igualando os numeradores:
y = 1 ⟹ A = 1/2
1 = A(y + 1) + B(y − 1)
y = − 1 ⟹ B = − 1/2

1 (1/2) (−1/2)
= +
y −1 y−1
2 y+1

1 (1/2) (−1/2) 1 1
∫ y2 − 1 ∫ y−1
dy = [ + ] dy = ln | y − 1 | − ln | y + 1 | + c
y+1 2 2

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Completando as integrais provenientes da EDO separável:

dy |y − 1|
∫ y2 − 1 ∫
2 = dx ⟹ ln | y − 1 | − ln | y + 1 | = x + c ⟹ ln =x+c
|y + 1|
solução geral implícita
Isolando y:

|y − 1| y−1
= e x+c ⟹ = ± e x+c ⟹ y − 1 = Ae x, A = ± e c
|y + 1| y+1 y+1
y − 1 = Ae x(y + 1)
y − Ae xy = Ae x + 1

1 + Ae x
y= solução geral
1 − Ae x

Como y(ln 2) = − 3, temos x = ln 2 e y = − 3:


y − 1 = Ae x(y + 1) ⟹ (−3) − 1 = Ae ln 2((−3) + 1) ⟹ − 4 = A(2)(−2) ⟹ A = 1

1 + ex
Resposta A solução particular pelo ponto (ln 2, − 3) é y = .
1 − ex
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