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INTRODUÇÃO
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Uma versão preliminar deste trabalho foi apresentada inicialmente durante o 13º Seminário de Iniciação
Científica e Tecnológica, realizado pelo IFG, de forma virtual, na cidade de Goiânia..
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BATISTA, Maria Rita; OLIVEIRA, Marcelo Escobar. Inserção de Veículos Elétricos em um Sistema de Distribuição de
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Redes Inteligentes
Veículos Elétricos
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METODOLOGIA
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Fonte: os autores.
Foi adotada como parâmetro a curva de carga ilustrada na Figura 1 por ser a
curva que se aproxima do caso mais crítico, ou seja, com maiores demandas de
carga. Ao observar a Figura 1 é possível concluir que a curva de carga residencial
adotada tem como característica principal consumo máximo às 19h, evidenciando o
comportamento predominantemente do tipo de curva adotada.
O Boston Consulting Group prevê que em 2030 os carros elétricos vão
representar 5% da frota brasileira. Sendo que neste momento torna-se conveniente
mencionar que este estudo deixa de fora fatores atuais e importantes que afetam de
forma direita ou indireta a média de vendas anual, como por exemplo, a alteração
nas vendas devido ao impacto do coronavírus ou o movimento de mobilidade
compartilhada (MOSQUET et al, 2018).
Em virtude ao que foi mencionado, foi adotado para os casos um, dois e três
que 5% dos carros a combustão da região do sistema sejam substituídos por
elétricos. Além da determinação da quantidade de veículos que serão carregados,
outro fator que necessita ser adotado é o padrão de recarga.
O padrão de recarga foi criado pela autora, considerando que os veículos
sejam inseridos na rede nos casos um, dois e três descritos abaixo. É necessário
ressaltar que nas curvas das Figuras 1, 2, 3 e 4, o sinal positivo indica fornecimento
e o negativo indica carregamento.
Para que as análises tenham situações mais próximas do real, o modelo do
carro utilizado será uma versão de entrada com valor mais acessível, se tratando de
uma condição em que o veículo seja um modelo popular.
Ao adotar a porcentagem, e tendo conhecimento da frota de automóveis
(IBGE, 2018), foram arbitrados 4515 veículos distribuídos em 35 barras sendo
divididos em 129 veículos por barras, com suas modelagens, no OpenDSS, como
baterias considerando capacidade de armazenamento de 24 kWh e potência base
para curva de carga de 3,6 kW.
Ainda importa aqui destacar que quando estes veículos são colocados para
carregar na rede serão feitas análises dos casos descritos abaixo, no que refere aos
níveis de tensão, potências ativas e reativas e as perdas totais diárias.
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Fonte: os autores.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caso Base
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Caso Um
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Caso Dois
Caso Três
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Neste último caso, com os VEs carregados das 00h~06h e servindo como
fonte de potência das 18h~22h, mostra-se o cenário mais eficiente, ou seja, com as
menores perdas comparando-se com os casos anteriores. Essa atenuação ocorre
uma vez que se injeta carga no sistema no intervalo que ocorre maior demanda,
fazendo com que não há necessidade de exigir uma potência maior do alimentador.
São nesses cenários que Fernandes (2017) aponta que os VEs podem
produzir potência reativa na rede nos dois modos de operação G2V e V2G. Esse
conceito estabelece que o VE injete reativo na rede.
CONCLUSÕES
Este trabalho teve como objetivo analisar as perdas elétricas diárias de todo o
sistema de distribuição de energia elétrica, a fim de verificar se o sistema elétrico
será capaz de suportar a presença dos veículos elétricos na rede.
Nas simulações realizadas nesse trabalho o software utilizado foi o OpenDSS,
voltado a sistemas de distribuição com estudo de geração distribuída, análises
relacionadas ao planejamento da distribuição e qualidade de energia, sendo
selecionado o modo Daily voltado ao fluxo de potência durante um intervalo de
tempo definido pelo usuário.
Entre os resultados principais, destaca-se que o cenário mais eficiente foi o
do Caso Dois, com os VEs carregados das 00h~06h e servindo como fonte de
potência das 18h~22h, por apresentar com as menores perdas comparando-se com
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os demais casos. Essa atenuação ocorre uma vez que se injeta carga no sistema no
intervalo que ocorre maior demanda, fazendo com que não haja necessidade de
exigir uma potência maior do alimentador
Observa-se que um dos passos importantes para a utilização das redes
inteligentes é a instalação de medidores inteligentes, uma vez que estes medidores
não apenas enviarão dados sobre o consumo, mas também uma série de
informações sobre o comportamento da energia elétrica nas unidades consumidoras,
e também enviarão informações da concessionária para o consumidor se tornando
um canal bidirecional de informações.
A conexão de geração distribuída na rede de distribuição é uma realidade e
tende a se expandir ao longo dos anos. Exemplo dessa ampliação são os resultados
das análises realizadas neste trabalho, em que se comprova que os sistemas de
distribuição ainda necessitam de algumas mudanças para receber o acréscimo de
demanda, no caso as cargas dos VEs.
Como presente na literatura analisada neste trabalho, os veículos elétricos
aumentarão a demanda de energia elétrica, e observa-se que o aumento da
demanda interfere na queda de tensão no sistema.
Compreende-se então que à medida que o uso dos carros elétricos aumente,
as distribuidoras de energia precisarão se ajustar ao crescente consumo de carga
com destaque a conexão em horário de pico do sistema, uma vez que dada a
ausência de infraestrutura pública de recarga, os proprietários desses veículos
tendem a recarregar a bateria em suas residências depois que chegam do trabalho.
Ou em contrapartida os usuários deverão associar os modos G2V e V2G aos
cenários que melhor beneficie tanto o sistema quanto a si, no caso deste trabalho, o
melhor cenário foi quando recarregado de madrugada e injetado potência no sistema
nos horários que possuem maiores demandas.
Tendo em vista os aspectos observados, o desequilíbrio de tensão tem como
uma de suas principais consequências o aumento das perdas do sistema. Mediante
os fatos expostos, a atual estrutura da rede só comportará o acréscimo de carga que
os veículos elétricos irão proporcionar, se associar os dois modos de conexão dos
VEs na rede.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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SOBRE OS AUTORES
Maria Rita Batista – Bolsista de Iniciação Científica. Graduanda (Engenharia Elétrica, IFG - Campus
Itumbiara), NuPSE - Núcleo de Pesquisas em Sistemas de Energia, mariarita_batista@hotmail.com.
Marcelo Escobar Oliveira – Orientador. Professor (Doutorado em Engenharia Elétrica, UNESP, 2009)
Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica, NuPSE - Núcleo de Pesquisas em Sistemas de
Energia, Instituto Federal de Goiás, Itumbiara, marcelo.oliveira@ifg.edu.br.
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