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https://pt.wikipedia.org/wiki/Malandragem. Acesso em 12.11.2021.
Alguns afirmam que sim. Isso com base em nossas raízes coloniais ibéricas.
Somos um herói sem caráter, como o Macunaíma. Com uma mentalidade
baseada no pragmatismo, oportunismo, e no aceitar moralmente o inaceitável.
Lei de Gérson –
A expressão nasceu em meados da década de 80 quando o jornalista Mauricio
Dias entrevistava o professor e psicanalista pernambucano Jurandir Freire
Costa para a revista Isto É por ocasião de seu artigo "Narcisismo em tempos
sombrios". Foi nesta entrevista que Dias batizou como "Lei de Gérson" o desejo
que grande parte dos brasileiros tem de levar vantagem em tudo. Mais tarde,
em 1992, na edição 18 da revista Teoria e Debate, o termo "Lei de Gérson" foi
novamente lembrado por Maria Rita Kehl em entrevista com o mesmo Jurandir
Freire da Costa.[1]
Ao cunhar a expressão "Lei de Gérson", Maurício Dias fez alusão à propaganda
televisiva de 1976 criada pela agência Caio Domingues & Associados, que havia
sido contratada pela fabricante de cigarros J. Reynolds, proprietária da marca
de cigarros Vila Rica, para a divulgação do produto. O vídeo apresentava o
meia-armador Gérson, jogador da Seleção Brasileira de Futebol, como
protagonista.[2][3]
O vídeo tem início com a afirmação de que Gérson foi o "cérebro do time campeão
do mundo da Copa do mundo de 70". A narração é feita pelo entrevistador, que se
apresenta de terno, gravata e microfone à mão. A cena se passa em um sofá de
uma sala de visitas.
O entrevistador pergunta por que Gérson escolheu os cigarros Vila Rica. Ao
iniciar a resposta, Gérson saca um maço de Vila Rica e oferece um cigarro ao
entrevistador. Enquanto o entrevistador fuma seu cigarro Vila Rica, Gérson
explica os motivos que o fizeram preferir aquela marca.
"Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom
cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também,
leve Vila Rica!".
Mais tarde Gérson se disse arrependido por ter associado sua imagem ao
anúncio, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu
nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson2
Não penso que nosso dna é 100% malandragem. Ou que a malandragem está
no nosso sangue. Ou que somos malandros por natureza.
2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Gérson
3
REGA, Lourenço S. Dando um Jeito no Jeitinho. São Paulo: Mundo Cristão, 2000, p.16.
Contudo, também não acredito, como alguns (SOUZA, 2008, p.16) que a
malandragem não seja uma regularidade social, mas uma singularidade social,
uma prática que ocorre ocasionalmente. Penso que a malandragem, a lógica da
esperteza é uma prática social que aprendemos a aceitar desde nossa infância.
Ela existe, é real entre nós. Realmente pensamos que o mundo é dos espertos,
em maior ou menor grau.
Mas isso não quer dizer que somos malandros por natureza. Pensemos em
outros povos. Eles todos são honestos e santos e nós somos os corruptos do
mundo?
• Todos os seres humanos são pecadores – Rm 3.23
• Todas a nações e povos têm a sua lógica da esperteza e malandragem. O
ser humano, devido ao pecado, quer uma vida centrada em si mesmo.
Ele quer passar a perna no seu próximo. Ele quer tirar vantagem em
tudo.
• Entretanto, cada país, nação e povo teve uma construção histórica
diferente. Devido aos diferentes fatores históricos, sociais, culturais,
econômicos, políticos e religiosos, umas nações se estruturaram para
conter, proibir, e ver como nocivo à sociedade esse aspecto da nossa
natureza pecaminosa. Já outras nações acabaram por favorecer e até
desenvolver esse aspecto. Penso que esse é o nosso caso brasileiro.
Renunciador-
• É aquele que por meio de instrumentos diversos e em níveis
diferentes, rejeitam o mundo social como ele se apresenta.
• Deseja realmente outra realidade
• Não quer mandar (caxias) nem sobreviver (malandro). Mas criar
outra realidade.
• Utiliza a reza e a procissão. Caxias usa decretos e o malandro o
samba. Procura um lugar para viver seus ideais de justiça e paz
social.
• Antônio Conselheiro, Lampião
• Verdadeiro revolucionário, no universo hierarquizante brasileiro
• Abre mão de tudo pelo seu Millenium
• Segue o caminho dos santos, de Cristo
• Também é o caminho dos ditadores facistas e nazistas – perigo de
políticos – messias.
• Fiel, peregrino, romeiro
• O renunciador pode virar um santo
• Pode porém virar um tirano e impor seu millenium a todos.
• Como cristãos – renunciamos a mentalidade e valores do mundo.
Oramos para que chegue o reino de Deus e seu milênio. Qualquer
projeto milenista humano é satânico.
• É perigosa a atração do povo por messias políticos.
João trabalhou quase um ano e voltou para casa quase morto. O patrão tirara-lhe uma
tira de couro desde o pescoço até o fim das costas e nada mais lhe dera.
Isso gera toda uma ordenação social de igualdade perante a lei, produz
menos corrupção e tudo fica mais claro para todos. Entretanto, no Brasil
nossa história foi diferente. Entre nós houve um embaralhamento dos
papeis dessas duas esferas, o que resultou em muitos problemas sociais,
políticos, econômicos e religiosos que vemos ainda hoje e que parecem
difíceis de se solucionar.
Isso afeta nossa visão de mundo. Começamos a achar que determinadas
áreas nos pertencem, quando na realidade esse não é o fato, realidade.
Vemos o mundo público como se fosse nosso quintal.
Isso nos afeta nos nossos relacionamentos pessoais na igreja e fora da
igreja. Achamos que a vida no corpo de Cristo deve seguir nossas
determinações particulares. Afeta nosso entendimento e comportamento
no trânsito, nas filas, no lidar com a política, etc.
Pensamos apenas nos nossos interesses e temos dificuldade de pensar
nos interesses de outros, no interesse público.
4. Paternalismo
Surge da figura do Senhor que dominava e administrava uma realidade
social na qual o poder publico pouco atuava. As esferas publico e
privado se coincidiam com a vontade do senhor. Ao povo restava
obedecer a dominação pessoal deste senhor. Surge uma elite que lidera o
país mas que não consegue e não quer separar o público do privado.
5. Hierarquia