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Há momentos na vida em que nos apetece desistir.

Mas não serão


esses os momentos que nos mostram quem verdadeiramente somos?

Será que nos momentos em que nos sentimos mais fracos é que realmente vemos quem
somos e de que somos realmente capazes? Nesses momentos nós vivemos uma pura
monotonia acabando assim por simplesmente existir e não por viver, por muito que nos
possam ajudar a perceber e pôr em causa os nossos limites.
Muitas vezes deixamo-nos levar pela sensação de adormecimento. Entramos num estado
de lassidão e vagueamos pela vida, quase sem perceber que não estamos a aproveitá-la. No
final de contas, acabamos por fazê-lo quando estamos concentrados em existir apenas.
Mesmo numa vida vivida em exaustão há momentos que quebram a monotonia, como
quando combinamos um convívio com os nossos amigos mais próximos. Estes são
realmente os momentos que dão sentido à nossa existência, que nos fazem perceber o que
é a vida, e que nos avisam que a maior parte do tempo vivemos em modo automático. São
estes momentos de luz que nos mostram o nosso verdadeiro caráter e a nossa capacidade
de resiliência.
Nestes momentos de maior fragilidade é possível sentirmos também vontade de morrer.
Não encontrando outras opções e motivados pelo sentimento de desespero muitas vezes
podemos pensar nessa medida mas, na verdade, não desejamos acabar com a nossa vida.
O que muitas vezes desejamos é pôr um fim nesse sentimento de angústia e acabar com
todos os nossos problemas. A vontade de morrer é causada pelo sentimento de fuga da
realidade o que demonstra que nesses momentos vivemos automaticamente, mesmo que
sejam estes os que nos tornam mais fortes.
Há momentos da vida que são dolorosos, em que parece que o mundo está contra nós. A
reação mais simples é desistir. No entanto, esses momentos permitem-nos avançar.
Em suma, por muito que estes momentos de desespero, monotonia e lassidão nos possam
ajudar a compreender e a testar os nossos limites, não nos mostram o que somos devido a
vivermos em modo automático, permitem-nos sim avançar. É nos momentos de luz que
tomamos noção de quem somos e de que somos capazes.

Lara Raposinho Nº16


11ºH

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