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ANNA JÚLIA FIGUEIREDO JUNQUEIRA

A INFLUÊNCIA DAS CORES NA ARQUITETURA

São Lourenço
Abril de 2021
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Anna Júlia Figueiredo Junqueira

A INFLUÊNCIA DAS CORES NA ARQUITETURA

Projeto de Trabalho Integrado apresentado como


requisito na disciplina Arquitetura de Interiores
ministrado pelo professor Daniel Paiva.

Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Artes Aplicadas

São Lourenço
Abril de 2021
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LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 – Círculo Cromático .....................................................................................6

Imagem 2 – Organização das Cores ............................................................................7

Imagem 3 – Planta Baixa-Caracol ..............................................................................12

Imagem 4 – Cortes, Detalhamento e Fachada - Caracol ............................................12

Imagem 5 – Visão Lateral e Superior - Caracol ...........................................................13

Imagem 6 – Visão Superior-Caracol ...........................................................................13

Imagem 7 – Planta Anterior à Reforma - Casa Beckmann ..........................................14

Imagem 8 – Planta Demolir e Construir - Casa Beckmann .........................................14

Imagem 9 – Planta Baixa - Casa Beckmann ...............................................................15

Imagem 10 – Cozinha - Casa Beckmann ...................................................................15

Imagem 11 – Sala - Casa Beckmann .........................................................................16

Imagem 12 – Sala e Cozinha - Casa Beckmann .........................................................16


4

SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................5

2. A COR ............................................................................................................... 5

2.1. CÍRCULO CROMÁTICO E A ORGANIZAÇÃO DAS CORES .................6

3. O USO DA COR ................................................................................................7

4. A INFLUÊNCIA DAS CORES NO AMBIENTE ..................................................7

4.1. LUMINOSIDADE ....................................................................................8

4.2. DIMENSÃO ............................................................................................8

4.3. TEMPERATURA ....................................................................................8

5. PSICOLOGIA DAS CORES ..............................................................................9

5.1. AZUL ......................................................................................................9

5.2. VERDE ...................................................................................................9

5.3. ROXO .....................................................................................................9

5.4. VERMELHO .........................................................................................10

5.5. AMARELO ............................................................................................10

5.6. LARANJA .............................................................................................10

5.7. PRETO .................................................................................................11

5.8. BRANCO ..............................................................................................11

5.9. CINZA ..................................................................................................11

6. ANÁLISE DE PROJETOS ...............................................................................11

6.1. CARACOL ............................................................................................11

6.2. CASA BECKMANN ..............................................................................13

7. CONCLUSÃO .................................................................................................16

8. REFERÊNCIAS ..............................................................................................18
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1. Introdução
A arquitetura é uma área com amplas atuações, dentre elas, a arquitetura de
interiores, cujo objetivo é realizar uma intervenção em ambientes internos e externos,
proporcionando melhor conforto para aqueles que habitam a edificação. Nesse
sentido, um dos conhecimentos que o profissional dessa área deve dominar é o
design, o qual possui cinco elementos, os espaços, as texturas e padronagem, as
linhas, a luz, e por fim, as cores.
Segundo Serrats,
a cor é uma das ferramentas mais eficazes na arquitetura e design de
interiores. Graças à sua capacidade de transformar, pode aumentar espaços,
alterar formas, destacar volumes e separar ou unir divisões. Pode ainda
transmitir luz e calor soas cantos mais escuros, destacar ou disfarçar
elementos da estrutura do prédio e realçar as formas do mobiliário. (2001, p.
7).
Desse modo, podemos perceber que utilizando esse elemento de forma correta, ele
pode proporcionar ainda mais conforto e bem-estar.
Além disso,
As cores por meio de nossos olhos e do cérebro, fazem penetrar no corpo
físico uma variedade de ondas com diferentes potencias que atuam sobre os
centros nervosos e suas ramificações, e que modificam não somente o curso
das funções orgânicas, mas também nossas atividades sensoriais, emotivas
e afetivas. (FARINA; PERES; BASTROS, 2011, p. 1)
Percebe-se, portanto, que a além de ser utilizada como elemento de design, a cor
também pode atuar na psicologia, alterando sentimento e sensações conforme
desejado no ambiente.
Em vista dos fatos apresentando, conclui-se que a cor possui grande impacto na
arquitetura, alterando não somente elementos do espaço, como também a sensação
do ser humano o qual vive ou frequenta um determinado local. Assim, é de extrema
importância entender os efeitos que cada cor gera, a fim de proporcionar os melhores
resultados em uma edificação.
2. A cor
Mas, afinal, o que é cor? A cor é uma onda luminosa que proporciona uma
sensação aos nossos órgãos vitais e é interpretada pelo nosso cérebro. Segundo
Newton, ela é resultado da refração da luz branca nas setes cores conhecidas do
espectro solar, ou seja, as cores do arco-íris, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul,
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anil e violeta. Além dessas, também há o preto e o branco, que são resultados da
ausência ou presença de luz. A cor preta é a absorção total da luz, porém dificilmente
é encontrado um objeto totalmente preto, por outro lado, o branco é a cor pura, ou
seja, a reflexão total da luz.
2.1. Círculo Cromático e a Organização das Cores
O círculo cromático é a organização das cores em formato circular, o qual
normalmente é dividido em 12 partes iguais, sendo cada uma representada por uma
cor. Nesse sentido, ele é formado a partir das três cores primárias, três secundárias e
seis terciárias. Na arquitetura, esse sistema auxilia muito na harmonia ou contraste do
design.
Imagem 1: Círculo Cromático.

Fonte: Marron Teoria Blog

As cores primárias, são aquelas as quais não são criadas a partir de nenhuma
mistura, ou seja, o amarelo (2), o azul (6) e o vermelho (10), e pode se perceber que
elas se localizam de forma equidistantes. Já as secundárias, são as cores criadas a
partir da mistura de duas primárias, o verde (4), mistura entre amarelo e azul, o violeta
(8), mistura entre azul e vermelho, e por último, o laranja (12), mistura entre o vermelho
e o amarelo. Por fim, há as cores terciárias, cuja criação é feita a partir da combinação
entre uma cor primária e uma cor secundária.
Além dessa classificação, há também as cores análogas e complementares, e
as cores quentes e frias. As cores análogas são aquelas que estão em sequência, são
mais harmoniosas, enquanto as cores complementares são as que se localizam
opostamente, ou seja, são contrastantes. Já as cores quentes e frias estão
7

relacionadas a sensação de temperatura, sendo as primeiras, amarelo, vermelho e


laranja, que remetem ao sol, e as segundas verde, azul e violeta, relacionadas ao mar.
Na tabela abaixo, as cores foram divididas seguindo as organizações acima para
melhor visualização.
Imagem 2: Organização das Cores

Autoria: Anna Júlia Junqueira

3. O uso da cor
A utilização da cor está diretamente ligada as exigências da área, seja educação,
medicina, marketing ou arquitetura, pois cada campo utiliza de uma linguagem e
possui um objetivo diferente. Por exemplo, no Marketing, é de extrema importância
atrair a clientela e por isso é utilizada cores vibrantes. Ademais, um outro exemplo, é
o MC Donalds, na qual sua cor predominante é o vermelho, provocando fome nos
clientes e os fazendo se alimentar com mais rapidez, para resultar em uma
rotatividade maior.
Na arquitetura também há essas ligações relacionadas ao tipo de projeto, como
por exemplo, residencial, comercial, office, etc., pois cada um possui uma
necessidade especifica. Dentro de uma edificação, os ambientes também influenciam
na escolha da cor devido sua funcionalidade e suas características, sendo a cor fator
decisivo para a sensação, além de contribuir para luminosidade e dimensão do local.
4. Influência das Cores no Ambiente
A cor não apenas decora o ambiente, como pode altera-lo, criando atmosferas
diferentes de acordo com o tom. Desse modo, o arquiteto deve entender como a
8

composição pode modificar o ambiente, visando maior conforto, como, por exemplo,
maior ou menor luminosidade, dimensão ou temperatura de acordo com a demanda
do projeto.
4.1. Luminosidade
Para um ambiente parecer mais iluminado, deve ser utilizado tons claros e cores
neutras e brancas, pois estas refletem mais a luz. Além disso, essas cores criam uma
sensação de espaço aberto, amplo, limpo e arejado. Por outro lado, se o objetivo do
local é ser mais escuro, como por exemplo, um cinema, cores escuras como o preto
devem ser utilizados, pois absorvem mais a luz.
4.2. Dimensão
Em relação a essa questão, a cor, além de transformar o ambiente segundo sua
tonalidade, pode ser aplicada de diversas maneiras, seja para aumentar o pé direito,
esconder uma coluna, ou encurtar um corredor. Para ampliar ou diminuir o ambiente,
os tons seguem a mesma lógica da iluminação, cores que refletem a luz dão a
sensação de um ambiente mais amplo, enquanto cores que absorvem, dão a
impressão de um ambiente menor. No passado, por exemplo, quando as construções
possuíam um pé direito alto, costumava-se pintar o forro de preto, para “aproximar” o
teto, e assim tornar o ambiente mais acolhedor. Além disso, cores frias também podem
usadas com o objetivo de aumentar o ambiente, pois dão a sensação de que os
objetos estão mais longes, por outro lado, cores quentes dão a impressão de objetos
mais perto.
Ademais, corredores parecem mais largos com cores claras no chão, nas
paredes e no teto, e para o tornar mais curto, deve ser utilizado cores escuras e/ou
quentes na parede localizada no fundo. Por fim, as cores também podem ser aplicadas
visando esconder componentes da estrutura, como por exemplo vigas e pilares, ou
qualquer volume indesejado, e para isso, os elementos devem ser pintados da mesma
cor da superfície em que se localizam, ou seja, tetos ou parede.
4.3. Temperatura
Como já mencionado anteriormente, existem as cores quentes e as cores frias,
sendo as primeiras, cores voltadas para o vermelho, amarelo e laranja, e as segundas,
voltadas para o azul, verde e roxo. Essa definição pode, também, ser utilizados na
arquitetura, pois esses tons esquentam ou esfriam o ambiente. No Brasil, ambientes
voltados para o sul e leste, tendem a ser mais frios, necessitando, portanto, de tons
como o vermelho, enquanto cômodos voltados para o norte e oeste são mais quentes,
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demandando tons azulados. No hemisfério norte, essa dinâmica se inverte, indicando


a importância de se conhecer cada local em que se trabalha.
5. Psicologia das Cores
De acordo com Bastos (2011), alguns especialistas acreditam que o problema
emblemático das cores, trabalhados, principalmente, nas artes plásticas, seguem três
pontos de vistas essenciais: óptico-sensível (impressivo), psíquico (expressivo) e
intelectual-simbólico ou cultural (estrutural), ou seja, as cores exercem uma ação
tríplice no indivíduo, o qual a recebe, a de impressionar, expressar e construir. Na
arquitetura, a psicologia das cores estuda a expressão causada nos seres humanos
a partir de cada tom utilizado no ambiente.
5.1. Azul
A cor azul nos remete a água e céu, portanto é uma cor suave, natural e
refrescante (fria). É a cor da tranquilidade, da harmonia, da paz e da devoção, ou seja,
muito utilizada para acalmar. São ideais para lugares onde relaxar seja importante,
como, por exemplo, quartos e salas. Além disso, espaços pequenos também fazem
bom uso dessa cor. Por fim, também auxiliam na comunicação, podendo ser utilizada
em ambientes de trabalho (GURGEL, 2013).
Entretanto, tons diferentes trazem sentimentos diferentes. Enquanto tons
escuros e fortes podem deprimir, tons vivos transmitem paz e estimulam bons sonhos.
Já os tons acidentados podem-se tornar monótonos e sem vida e o azul-esverdeado,
são apropriados para banheiros, pois remetem ao frescor da água (GURGEL, 2013).
5.2. Verde
A cor verde está relacionada a natureza e muitas vezes, é utilizada visando trazer
o exterior para o interior da construção principalmente em ambientes muito fechados
ou cercados por outros prédios, como em cidade grande, por exemplo. Essa cor
significa equilíbrio, honestidade, confiabilidade e esperança, entre outras coisas, por
isso, pode ser considerada uma cor antiestresse. Desse modo, é ideal para ambientes
em que se tomam decisões, pois acentua o equilíbrio e desestimula discussões. Além
disso, é relaxante, sendo bem aplicado em lugares de descanso, assim como o azul,
como quartos, salas de estudo, e etc. Entretanto, quando utilizado com sua cor
complementar, o laranja, torna-se bem dinâmica. (GURGEL, 2013)
5.3. Roxo
O roxo, último dos tons frios, representa sensibilidade, intuição, espiritualidade e
ajudam a desenvolver a percepção, e por isso, em quartos de estudo ou escritório
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estimula um lado intuito, e ao lado do amarelo, acelera ainda mais o lado intelectual
de quem frequentar o ambiente. Além disso, tons escuros e fortes criam um espaço
para introspecção, ideal para ambientes musicais e salas de relaxamento, por outro
lado, desestimulam o trabalho físico, não sendo adequadas para cozinhas, por
exemplo. Enfim, tons lavandas são delicados e elevam a autoestima, podendo ser
aplicados em closets e salas de vestir (GURGEL, 2013).
5.4. Vermelho
Essa cor estimula os sentidos e seduz a mente, significa paixão, emoção, calor
e também agressividade. Por ser uma cor muito intensa, quando usado em grande
escala pode tornar o ambiente pesado, opressivo e até mesmo claustrofóbico,
portanto, é melhor utilizado com cores brancas ou tons de creme. Desse modo,
independente do local escolhido, deve-se tomar muito cuidado com o tom escolhido,
pois, em salas de reuniões, bares e restaurantes, podem estimular brigas, quando na
verdade, o objetivo do primeiro é ativar um plano racional e dos últimos estimular a
socialização. Além disso, tons vibrantes em cozinhas e copas podem estimular o
apetite, mas também deve ser utilizado com cautela em locais onde a alimentação
necessita acontecer de forma calma (GURGEL, 2013).
5.5. Amarelo
O amarelo nos lembra sol, luz e riqueza, e possui como significado a alegria,
infância e diversão. Essa cor é muito versátil, estimula a criatividade, a mente e a
comunicação e por isso são ideais para ambiente de estudos, cozinha e sala de estar,
e pelo mesmo motivo, não são indicadas para quartos, pois pode dificultar o sono.
Nesse sentido, tons puros e vivos devem ser aplicados com cautela em locais
pequenos, pois podem estimular demais a mente, sendo prejudiciais (GURGEL,
2013).
5.6. Laranja
Laranja é a mistura da energia do vermelho e a intelectualidade do amarelo, e
por isso, estimula o otimismo, a ação e eleva o espirito, além de ser a cor da
criatividade e do humor, podendo ser considerada antidepressiva. Desse modo, por
acelerarem o raciocínio, são ideais para áreas de estudo e trabalho. Entretanto deve
ser utilizada com cautela por pessoas são estressadas e agitadas. Além disso, assim
como o vermelho, estimula o apetite, contudo, são aliadas das pessoas com
problemas alimentarem, também necessitando de cautela em cozinhas e copas
(GURGEL, 2013).
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5.7. Preto
Considerado, na verdade, ausência de cor, o preto atua da mesma forma na
mente e no físico das pessoas. É neutro, sóbrio e impessoal e muitas vezes é
associado a escuridão e morte. Pode ser utilizado em qualquer composição, mas não
em excesso, pois pode deprimir (GURGEL, 2013).
5.8. Branco
Assim como o preto, essa cor é neutra e também pode ser utilizada em qualquer
composição, significa pureza, inocência e fé e também está associada a claridade,
como já dito anteriormente. Além disso, é a cor da saúde e higiene, e por isso, é ideal
para cozinhas, banheiros e consultórios médicos e dentários. Ambientes totalmente
brancos podem se tornar monótonos, além de lembrar hospital, por isso é melhor
utilizado com toques de cores vivas (GURGEL, 2013).
5.9. Cinza
Essa cor é a mistura do branco e do preto, ou seja, também considerada neutra,
está associada a sabedoria e idade, além de estresse e fadiga. Também podem ser
utilizadas em qualquer composição, mas é melhor aplicada com cores vivas, pois
grandes áreas cinzas podem se tornar sem vida (GURGEL, 2013).
6. Análise de Projetos
Nessa etapa do trabalho, dois projetos serão apresentados para a melhor
visualização das cores, suas composições e seus efeitos. Apesar de ambos os
projetos terem sido realizados anteriormente a pesquisa, é notável a importância da
cor para o objetivo final, e isso será exemplificado, assim como, quais mudanças
seriam interessantes a fim de alcançar ainda mais esses objetivos. O primeiro projeto
é denominado Caracol, e o segundo projeto é uma reforma realizada na Casa
Beckmann.
6.1. Caracol
O projeto caracol, realizado em Oficina II em conjunto com Anna Luisa Faria e
Júlia Vilela, foi um projeto de reforma voltado para o uso, nesse caso específico, o
estudo. Os alunos foram destinados a escolher um uso com importância durante o dia
a dia e a partir dele relatar as experiencias boas e ruins vividas no ambiente em que
se acontece a ação. A reforma foi idealizada em minha casa, a qual, o estudo era
realizado na cozinha.
O cômodo em questão está localizado voltado para o quintal, com a janela e
porta dando acesso ao exterior, era bem iluminado e ventilado, entretanto, por ser um
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local de uso comum de todos os moradores, não era privativo e em alguns horários
específicos sofria interferência de terceiros. Desse modo, foi necessário a criação de
um novo espaço localizado na área externa, o qual denominamos caracol, e o projeto
pode ser entendido nas imagens abaixo.
Imagem 3: Planta Baixa – Caracol
(Anexado ao Final)

Representação: Anna Júlia Junqueira, 2020

Imagem 4: Cortes, Detalhe e Fachada – Caracol


(Anexado ao Final)

Representação: Anna Júlia Junqueira

Em relação às cores, foi utilizado predominantemente as cores branco e azul.


Como já estudado anteriormente, o branco é uma cor neutra e pode ser utilizado em
qualquer composição, é puro e auxilia na iluminação do ambiente pois reflete mais a
luz, além de o deixar mais amplo. Por outro lado, o azul é uma cor relaxante e estimula
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a calma, sensações que desejávamos que o local transmitisse, pois acreditávamos


que um ambiente de trabalho não havia necessidade de ser estressante. Ademais,
essa cor também foi utilizada na laje da cozinha, de uma porta a outra com o objetivo
de “indicar o caminho.”
Imagem 5: Visão Lateral e Superior - Caracol

Representação: Anna Luisa Faria

Imagem 6: Visão Superior - Caracol

Representação: Anna Luisa Faria

Em suma, creio que atingimos o objetivo desejado, no caso, a calma e


tranquilidade. Entretanto, outras cores poderiam ter sido utilizadas para aprimorar
ainda mais o projeto, como por exemplo, o laranja ou amarelo. Essas cores estimulam
a criatividade e tornam o ambiente mais dinâmico, características interessantes para
uma sala de estudos. Além disso, traria um pouco mais de diversão para o ambiente,
com o seu contraste com o azul, além de tirar um pouco da monotonia do branco.
6.2. Casa Beckmann
Este projeto, assim como o anterior, foi um projeto de reforma realizado no
estúdio Arquitetura de Interiores em conjunto com Anna Luisa Faria e Victor Rocha.
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Os clientes, um casal de idosos e sua neta, desejavam uma melhoria nos ambientes
em comum, sala e cozinha, visando uma melhor organização de estilos, além de uma
melhoria na ventilação e iluminação dos ambientes.
Para a reforma, as paredes que separavam a sala e a cozinha foram demolidas
com o intuito de se haver uma integração nos ambientes. Além disso, como na cozinha
não há uma janela, foi necessário abrir um vão maior na varanda e também demolir a
parede que fazia divisória com a área de serviço, para que a iluminação e a ventilação
das outras janelas pudessem alcançar o local. Tais alterações podem ser percebidas
nas imagens abaixo.
Imagem 7: Planta Anterior à Reforma - Casa Beckmann
(Anexado ao Final)

Representação: Anna Júlia Junqueira

Imagem 8: Planta Demolir e Construir - Casa Beckmann


(Anexado ao Final)

Representação: Anna Júlia Junqueira


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Imagem 9: Planta Baixa - Casa Beckmann


(Anexado ao Final)

Representação: Anna Júlia Junqueira

Nesse sentido, pode-se perceber que os ambientes em questão não possuem


uma dimensão grande, então foi utilizado o branco para dar a impressão de um local
maior, além de auxiliar ainda mais a iluminação principalmente na cozinha. Ademais,
os toques de cor foram inseridos na decoração, como por exemplo, o sofá e a coleção
de violão, e também nas plantas distribuídas pelo local. Predominaram-se cores frias,
pois estas estão ligadas ao relaxamento e são ideais para ambientes de descanso.
Segue imagens do projeto.
Imagem 10: Cozinha - Casa Beckmann

Representação: Anna Júlia Junqueira


16

Imagem 11: Sala - Casa Beckmann

Representação: Anna Júlia Junqueira

Imagem 12: Sala e Cozinha - Casa Beckmann

Representação: Anna Júlia Junqueira

Em síntese, os objetivos foram atingidos, na sala, com as cores certas aplicadas


(azul e verde), por ser um ambiente de relaxamento, e na cozinha, com o branco,
favorecendo ainda mais a iluminação. Entretanto, assim como o projeto anterior,
outras cores ou até mesmo outro tipo de design como as texturas poderiam ter sido
utilizados para complementar o projeto, visto que o branco em excesso cria uma
monotonia no ambiente.
7. Conclusão
Após o estudo apresentado, pode-se perceber a influência das cores para a
arquitetura e a importância de se entender suas peculiaridades e seus efeitos, tanto
no ambiente quanto nas pessoas. Além disso, é essencial que o cliente seja
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consultado a todo momento sobre quais são as expectativas para cada cômodo, pois
é uma questão decisiva para a escolha dos tons.
Em suma, um ambiente pode dar a impressão de amplitude quando utilizado
cores claras e também pode auxiliar na iluminação. Por outro lado, quando o pé direito
é muito alto, pode-se usar o preto para tornar o local mais acolhedor. Ademais, ainda
há como passar a sensação de um ambiente mais largo, ou mais curto, utilizando
cores certas em elementos determinados, além de esconder alguma composição
indesejada da estrutura.
Além disso, considerando a psicologia, o cômodo pode criar uma atmosfera
mais relaxante e tranquila, ideais em quartos e salas quando utilizado, principalmente,
cores frias, e uma atmosfera mais dinâmica, que incentiva o trabalho em ambientes
de estudo, quando aplicado cores quentes em maior escala. Já as cores neutras,
preto, branco e cinza, são cores que podem ser utilizadas em qualquer composição,
contudo, sem excesso, pois podem causar uma monotonia, além de deixar o local
sem vida.
Por fim, conclui-se que, ambos os projetos apresentados cumpriram com os
objetivos propostos. Contudo, se esse assunto fosse estudado anteriormente às
concepções das ideais, provavelmente o resultado final seria diferente e ainda melhor,
comprovando tudo que foi aprendido.
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8. Referências

CAGNIN, Gabriele; ROCHA, Paula Roberta Santana. O estudo da cor na criação de


ambientes. 2019. Tese (Doutorado) - Curso de Design de Interiores, Universidade de
Rio Verde, Goiás, 2019. Disponível em:
http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-
content/uploads/2019/03/231_IC_ArtigoRevisado.pdf. Acesso em: 22 mar. 2021.

FARINA, Modesto; PERES, Clotilde; BASTOS, Dorinho. A natureza, o homem e a cor.


In: FARINA, Modesto; PERES, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das
cores em comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 2011. p. 1-26

GURGEL, Miriam. Cores. In: GURGEL, Miriam. Projetando Espaços: guia de


arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: Senac São Paulo, 2013.
p. 249-276.
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

B
1000
970
Quadro de Aberturas
460 PORTAS Dimensões Tipos Material
N 140 150 P1 90x210 abrir vidro
271,56
P2 182x260 correr madeira
15 4 195 171
P3 80x210 abrir madeira
JANELAS Dimensões Tipos Material Peitoril

97
72,22
J1 140x50 basculante vidro 220

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

400
293
253,39
65,5
15

P2
J1
P1 15 10

A A
260
100
390
365

74,03
P3
95 10
115
10

200 15 80 60 40 4,7
15 345 10 105 10
95,11

Detalhes do Caracol
B

Planta Cotada Escala 1:50


Escala 1:50

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

10

10
5

50
285
300
280

280
260

260
212,7

220

220
210

210
174

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

70 5
40 50
110
10

10
Corte B-B Corte A-A
Escala 1:50 Escala 1:50

Buracos na laje revestidos de vidro


485

Pintura com tinta acrílica


170

Pintura com tinta acrílica


275
285

J1
390

105

65
105

115

370 115 P1
Fachada Nordeste
Escala 1:50

Detalhes Lage
Escala 1:50 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

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PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

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