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Arthas, o filho mais novo entre nove irmãos, um garoto esguio e melequento de cabelos loiros, chorão

como toda criança, estava sempre na barra da saia de sua mãe, inclusive, era dela que o mesmo herou a
aparência. Talvez por ser o mais novo ou por se parecer mais com a mulher, o garoto era o mais amado e
paparicado dos filhos, tanto por sua mãe, quanto por seu pai.

Aquelas pessoas não eram da nobresa, tampouco tinham terras ou dinheiro, mas uma coisa que nunca
faltava era amor entre todos na pequena casa que ficava na travessa das abobadas, no pequeno vilarejo
de nome "Laguna", cituado em algum lugar no interior. O reino era distante, e por isso ali não havia
cavaleiros ou qualquer aristocrata que pudesse comandar os aldeões, e embora todos os pedidos de
ajuda fossem negados sob o pretesto desenvolvimento local, e o protetor suserano da região omitisse
qualquer apoio, os tributos eram periodicamente cobrados, o que exauria quase todos os recursos da
terra e do seu povo.

Todos naquele pequeno acentamento era extremamente religiosos, e embora pequeno e sem
compreensão total do que religião queria dizer, Arthas copiava todos os gestos, desde se ajoelhar e
agradecer por meio de orações ao amanhecer, até repetir o processo a beira da cama antes de dormir.
Os anos lentamente foram se passando, e o garoto crescia mais e mais parecido com sua mãe, tanto no
exterior quanto no interior, demonstrando uma bondade sem limites, além de um largo sorriso sempre
que via um conhecido ou estranho, e embora soubesse dos perigos do mundo por meio das histórias
que os mais velhos contavam, preservava uma certa inocência dentro da sua mente. Havia feito muitos
amigos com o passar dos anos, e não se podia dizer que um ser humano se quer de Laguna não gostava
do menino.

Com o tempo, cada vez mais aventureiros aparência pelo vilarejo, e com eles os rumores a respeito da
capital de Cergheidan. Diziam os homens e mulheres de fora, que o rei estava louco, que vários e vários
templos eram erguidos com frequência em todos os locais do reino, diziam também que tudo isso era
uma busca efemera pela salvação do primogetino e herdeiro do trono. Não demorou para que bem
próximo ao pacato vilareja um grande templo em nome da deusa Mitrila, e passou a ser comum ver
alguns religiosos caminhando por entre as ruas de Laguna, embora ali diversas divindades fossem
cultuadas.

No auge dos seus 10 anos, Arthas agora ajudava nas tarefas de casa, como coleta de madeiras, na
pequena lavoura e até mesmo era um excelente pescador, tudo parecia em ordem, mas algo não se
aquietava no coração do jovem. Os dias pareciam mais pesados, e um clima tenso pairava sobre o
vilarejo. Embora as crianças continuassem brincando pelas ruas e campos vastos, os adultos já não eram
mais tão sorridentes, porém, para ele, aquilo não parecia ser tão alarmante. Arthas saiu de casa com seu
bojo e a pequena varinha de pesca, ele estava feliz, iria pescar e havia prometido trazer muitos peixes,
principalmente porque haviam recebido a visita de um clérigo, Roman, um homem alto de aparência
severa, mas que sempre tratara a todos com bondade.

As horas se passaravam com nos outros dias, longas, tediosas, mas aquilo não desagradou o menino, era
do silêncio que ele gostava para a pesca, e já ao cair do sol, Arthas havia pescado cerca de 8 belos peixes,
o que seria mais que o bastante para alimentar a sua familia e ao visitar, e apressado ele retornou, com
um largo sorriso estampado no rosto, uma forte luz ao longe chamou sua atenção, aquilo era o prelúdio
do que estava por vir. Ao chegar ao vilarejo, o que era sorriso se transformou em pavor, e nos olhos
lagrimas se formaram. Tudo estava em chamas, nas ruas o menino viu vários corpos, muitos conhecidos,
e dentre eles estavam alguns dos seus irmãos. Em estacas ao redor da pequena vila, cabeças gotejavam
sangue, com feições deformadas de dor e agonia, e sobre um pequeno palanque na rua central, alguns
corpos ainda queimavam e se debatiam, alí estavam os pais, a irmã mais velha e a mais nova, porém, ele
não teve tempo de esboçar qualquer reação, pois com um forte golpe na nuca Arthas estava no chão.

Algum tempo depois ele acordou, despido, amarrafo e com seu rosto coberto por um saco de batatas, o
menino esperneava, tentando desesperadamente se soltar enquanto lembrava-se da barbarie cometida
no lugar onde morava. Adormeceu. Mais tarde ao despertar novamente, ele podia ouvir vozes, e não
demorou para saber de quem eram, pois eram vozes familiares, e para sua surpresa ao ter o saco
removido ele viu o rosto de clérigo Roman, que sorria alegremente para ele. Pouco tempo se passou até
que as lagrimas vertessem mais uma vez de seus olhos ao saber que tudo aquilo havia sido obra dos
seguidores de Mitrila, como meio de purificar os pécados daqueles pagãos, malditos ereges, foi o que
Roman disse com uma expressão sádica.

Arthas fora vendido por um amigo como objeto de estudo e prazer para um lorde pesquisador do reino
de Cergheidan. Os dias se passaram, os meses se passaram, e de tudo era feito com o menino que
crescia sem vontade, sem emoções e sem apego a própria vida. O rei os abandonou, os religiosos os
abandonou e até mesmo os deuses à quem ele tantou rogou, os abandonou. O lorde que o mantinha em
uma coleira, era também um alquimista, além de pesquisador, e curiosos, ele realizou testes que iam
desde a substituição do coração do menino, até a remoção completa do seu braço esquerdo, o qual ele
serviu em um banquete na sua mansão sobre o disfarce de carne de caça, deixando no local um braço
mecânico.

Alguns anos depois, já sem uso como uma marionete velha e surrada, o lorde amarrou os braços e as
pernas de Arthas, e com um sorriso que ia de orelha a orelha, perfurou os pulmões do garoto com
estacas, e o deixou se afogar no próprio sangue enquanto realizava uma orgia diante do cadaver.

A luz se apagou, as cortinas se fecharam e o show da vida havia se acabado, ou pelo menos assim
deveria se não fosse pela intervenção de um ser tão singular. A morte havia rejeitado o incessante
pedido do menino, e agora, cara a cara, zombava de Arthas que não conseguia entender o seu pécado.
Os dois conversaram e ao saber de que ela, a morte, era um Deus, o garoto se encheu do mais puro ódio,
ele não acreditava em deuses, não desde o incidente, para ele todos eram farçantes, todos eram apenas
ilusão que pessoas pobres como ele criavam na esperança de refugo da realidade, mas a morte não
parecia irritada e nem frustrada, pelo contrário, ela já esperava por aquele desfecho, e como meio de
reparação, ela ofereceu a ele uma nova vida, uma vida sob sua proteção, uma oportunidade de vingança,
desde que ele se entregasse de corpo e alma aos seus caprichos e realizasse por ela suas vontades ao
caminhar sobre aquela terra.

A principios relutante, Arthas que já não tinha mais nada acabou aceitando, e se tornando o primeiro fiel
da morte, e sobre seus designeos, o mesmo passou a operar como um clérigo.
Nome: Arthas

Raça: Humano (Revivido)

Idade: Aparentemente 22 anos

Tendência: Neutro

Classe: Clérigo

Level: 7

Magis level 1 (4):

Magias level 2 (3):

Magias level 3 (3):

Magias level 4 (1):

PROFICIÊNCIAS: Armaduras: Armaduras leves, armaduras médias, escudos

Armas: Todas as armas simples

Pericias: Medicina e persuasão

Canalizar Divindade: Preservar Vida, (2 vezes entre os descansos.)

Domínio Divino: Vida

Proficiência em armaduras pesadas

1° bênção, curar ferimentos

3° restauração menor, arma espiritual

5° sinal de esperança, revivificar

7° proteção contra a morte, guardião da fé

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