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Relações entre os animais

Entre plantas e animais

Muitos animais comem apenas vegetais. A energia das plantas entra no corpo desses
animais e é transferida para o corpo dos animais que se alimentam deles. Existem
algumas plantas que capturam e digerem insetos. Alguns animais - como os pulgões e
certos nematelmintos - vivem dentro ou em cima dos tecidos das plantas vivas.

No processo de fabricação do alimento, as plantas liberam oxigênio puro (sem


misturas), sem o qual os animais não conseguiriam viver. No processo de respiração, os
animais, por sua vez, liberam dióxido de carbono, que as plantas utilizam para fabricar
seu alimento. Quando as plantas e os animais morrem, os diversos compostos químicos
que formam seus corpos passam a fazer parte do solo, que alimenta novas plantas e
outros animais. Por outro lado, muitos animais conseguem viver em áreas desfavoráveis
devido à umidade e à sombra produzida pelas árvores e outras plantas. Vários insetos se
desenvolvem embaixo de arbustos e da casca das árvores.

Alguns animais ajudam as plantas a se reproduzir. Certos insetos, aves e mamíferos


(abelha, beija-flor e alguns morcegos, respectivamente) que visitam as plantas para se
alimentar ou se abrigar carregam o pólen de uma flor para outra, promovendo a
fertilização. As sementes de plantas geralmente são levadas de um lugar para o outro
dentro ou sobre o corpo dos animais, processo chamado dispersão.

Entre os animais

Os animais não apenas dependem de outros animais para se alimentar, como também
podem disputar com eles pelo alimento. Por exemplo, os insetos que comem plantas,
como os gafanhotos, podem concorrer com coelhos, roedores e gados. Leões, leopardos
e chitas podem brigar entre si pela carne de antílopes e zebras.

Os animais da mesma espécie competem entre si principalmente por alimento, mas


também podem lutar por abrigo ou por uma fêmea. Além disso, os animais da mesma
espécie geralmente colaboram uns com os outros. Em algumas espécies, os animais se
reúnem em grupos por várias razões. As aves, por exemplo, formam grupos quando
migram. Alguns animais vivem sempre em grupos, geralmente como uma forma de
aumentar a proteção.

Quando os animais vivem em grupos, normalmente há um líder e uma ordem social em


que alguns indivíduos dominam os outros. Os insetos sociais - que incluem os cupins e
certas espécies de abelhas, formigas e vespas - apresentam uma organização social
altamente desenvolvida. As "castas" separadas realizam tarefas como botar ovos, cuidar
da cria e proteger o ninho e o grupo. Os membros de cada casta se diferem dos membros
das outras castas quanto à estrutura do corpo, tornando a divisão do trabalho
permanente. Entre alguns outros animais com uma ordem social, o mesmo indivíduo
não realiza necessariamente a mesma tarefa a vida inteira.

Simbiose
Às vezes, os animais de diferentes espécies, ou um animal e uma planta, vivem juntos
em uma relação especial. Simbiose é o termo geral para relações desse tipo. Se os dois
parceiros se beneficiam, essa associação é chamada de mutualismo. Um exemplo é a
relação entre o peixe palhaço e a anêmona do mar. As cores vivas do peixe palhaço
atraem a presa para os tentáculos cortantes da anêmona. Na verdade, o peixe palhaço,
que é imune ao ferrão mortal da anêmona, recebe em troca abrigo contra os predadores.

Se apenas uma das espécies se beneficia, a relação é chamada de comensalismo. Os


cirripédios, por exemplo, vivem sobre o corpo das baleias. As baleias não são
prejudicadas, mas os cirripédios se beneficiam por serem carregados para outros lugares
para se alimentar. Se a relação beneficia um e prejudica o outro, é chamada de
parasitismo. As tênias são parasitas que vivem no trato intestinal de humanos e de
outros animais.

Comportamento animal
O termo comportamento animal é usado para designar coletivamente a forma como um
animal reage ao ambiente que o cerca e às condições dentro de seu corpo. O ambiente
inclui plantas e outros animais, como também os elementos sem vida, como luz e som.
O conhecimento do comportamento animal se origina principalmente das observações
das atividades do animal em experimentos controlados em laboratório e e do
comportamento observado no seu habitat natural, como na selva. O estudo do
comportamento animal é chamado de etologia.

Todos os tipos de comportamento, simples ou complexos, são resultado da resposta do


animal a um estímulo. Estímulo é uma mudança em algum aspecto do ambiente ou uma
mudança que ocorre dentro do corpo do animal. O comportamento de um animal é
limitado por sua estrutura física, especialmente o nível de desenvolvimento de seu
sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos. Cada espécie de animal bem sucedida
desenvolveu, com o tempo, as características físicas e o comportamento apropriado para
permitir que ele sobrevivesse e se reproduzisse.

Dependendo dos órgãos dos sentidos que possui, ele pode reagir à temperatura, à luz, ao
som, ao toque, ao paladar e ao cheiro. Além disso, um animal reage a vários estímulos
internos. O comportamento de acasalamento, por exemplo, depende da presença de
vários hormônios liberados no corpo. Os desejos por comida, água e oxigênio são
estimulados pelas necessidades internas do corpo. Um animal saciado não comerá nem
mesmo o alimento mais tentador do mundo.

Quando o comportamento não é aprendido nem modificado pela experiência, ele é


considerado instintivo. Diz-se que o comportamento instintivo é inato, isto é, seu
padrão é inerente e determinado pela hereditariedade. Por exemplo, um peixe-cachimbo
que acabou de nascer sabe instintivamente como procurar comida e o fará tão bem
quanto um adulto de sua espécie.

Um tipo especial de resposta inata encontrada nos animais com um sistema nervoso
central é a ação reflexiva. O reflexo patelar, no homem, é um exemplo. Uma ação
semelhante ocorre nas rãs: se o dedo de uma rã for pressionado, a perna levantará. Essa
reação ocorre mesmo que seu cérebro tenha sido retirado.
Um reflexo normalmente envolve um único músculo ou um único conjunto de
músculos, mas o comportamento instintivo envolve o animal como um todo. Além
disso, um reflexo ocorrerá somente enquanto houver o estímulo, mas as ações
instintivas continuarão mesmo depois que esse estímulo, que deu início à atividade,
tenha desaparecido.

Muitos animais, de minhocas aos símios, podem ter comportamento aprendido, isto é,
podem alterar seu comportamento instintivo se aproveitando de experiências passadas.
O comportamento aprendido inclui o condicionamento, em que um animal aprende a
não reagir a certos estímulos. Um cachorro, por exemplo, aprende a não reagir a
determinados barulhos que suas experiências passadas mostraram que não o prejudicam.
Boa parte do comportamento animal é uma combinação de instinto moderado com a
aprendizagem.

O comportamento inteligente, em que um animal age com discernimento e razão, é


encontrado em graus variados em muitos animais. Entretanto, geralmente é difícil
distinguir o comportamento aprendido do comportamento inteligente. No entanto,
existem evidências de que tais animais, como cachorros, ratos, ursos, símios e certas
espécies de aves, são capazes de algumas ações inteligentes.

Comportamento social

Embora algumas espécies de animais apresentem as atividades sociais complexas dos


insetos sociais, são pouquíssimos os animais que não são uma vez ou outra sociais. As
interações entre pais e filhotes são atividades sociais; da mesma forma que são a corte e
o acasalamento entre os sexos. O comportamento social, como qualquer outro
comportamento, contribui para o sucesso da espécie e depende da comunicação.

Os seres humanos são os únicos animais que possuem linguagem no sentido real da
palavra. Outros animais se comunicam principalmente através de sinais
comparativamente simples. O comportamento de uso de sinais é amplamente instintivo,
mas as respostas aos sinais (embora normalmente instintivas) são, em muitos animais,
aperfeiçoadas pela a aprendizagem. O olfato, a visão e a audição são usados para a
comunicação.

A comunicação entre diferentes tipos de animais se limita basicamente a um aviso para


ficar longe do território particular. Os animais da mesma espécie entre si, dão sinais
para avisar sobre um perigo iminente, para proteger seu território e sua cria, para atrair
parceiros e para indicar onde há comida.

Para se comunicar com outros gansos, o ganso-bravo depende principalmente da


mudança de sua postura. Certos peixes mudam não apenas a posição de suas barbatanas,
mas também sua cor para expressarem medo, agressividade ou que estão prontos para a
desova. As rãs, alguns répteis e praticamente todos os mamíferos e aves se comunicam,
na maioria das vezes, através do som. Os golfinhos e as baleias se comunicam por meio
de uma grande variedade de sons subaquáticos.

As abelhas podem avisar outras abelhas sobre onde encontrar alimento fazendo uma
dança específica. Vários animais liberam um odor que pode ser rapidamente
identificado por outros. Tais odores são usados para determinar territórios, atrair
parceiros ou marcar o caminho até a fonte de alimento.

Os animais e o homem
A curiosidade e o interesse pelos animais já inspiravam a arte, a literatura e a religião
desde os primórdios da história. Milhares de anos atrás, os primeiros humanos faziam
pinturas de animais em rochas e nas paredes das cavernas. As lendas sobre animais
eram passadas de uma geração a outra. Muitas pessoas acreditavam em uma relação
espiritual entre elas e certos animais, que eram reverenciados como ancestrais e
guardiões. Nos tempos antigos, cultuavam deuses em forma de animais e acreditavam
que determinados animais eram sagrados para os deuses.

Uso de animais

As pessoas usaram e usam animais. A carne, o sangue e o leite de vários animais servem
de alimento. As roupas são feitas de peles e de tecidos feitos de lã e seda. Antigamente,
as peles também serviam para fabricar tendas e outros abrigos e, processadas como
couro, por exemplo, davam origem a inúmeros outros artigos úteis. As pessoas utilizam
os animais para transporte e outros trabalhos, e também como bichinhos de estimação.
Vacinas, antitoxinas, hormônios e vários medicamentos são derivados do tecido animal.
Para atender melhor as necessidades do homem, as características dos animais
domesticados geralmente são modificadas por meio de reprodução controlada (seleção
artificial de pares reprodutores).

Certos animais são usados em laboratório para pesquisa científica, como nos testes
iniciais de novos medicamentos. Essa pesquisa, às vezes chamada de vivissecção, gerou
muitos avanços na medicina, na psicologia e em outros campos, mas também criou
muita oposição pelo fato de ser cruel e desnecessária. Nos Estados Unidos, a Lei de
Bem-estar Animal (votada em 1966 e emendada em 1970 e em 1976) e certas
orientações do Serviço de Saúde Pública estabelecem normas para o tratamento de
animais de laboratório.

Animais nocivos

Os animais selvagens, como leões e leopardos na África, e tigres na Ásia, de vez em


quando, matam e comem humanos. Doninhas, lobos, ratos e ursos, às vezes, matam e
comem animais domésticos. Os animais herbívoros, como coelhos, gophers (espécie de
roedor) e vários insetos, destroem plantações. Cobras venenosas, aranhas e escorpiões,
além de certos insetos que mordem e picam, são uma fonte de perigo ou incômodo em
alguns lugares.

Os animais mais nocivos aos humanos são os que transmitem ou causam doenças.
Alguns mosquitos transmitem a malária; em algumas partes da África, a mosca tsé-tsé
transmite a tripanossomíase africana (doença do sono em humanos e nagana em animais
domésticos). As larvas parasitas, como ancilóstomos, tênias e triquinas, e vários
fascíolas causam sérias doenças em muitas partes do mundo.

Como os seres humanos afetam outros animais


A domesticação e a criação controlada de animais mudaram a estrutura do corpo e os
hábitos de muitos animais. A estrutura troncuda (forte) do gado de corte e as pernas
finas e compridas dos cavalos de corrida são exemplos de características desenvolvidas
pela reprodução controlada de animais ou seleção artificial.

Os humanos tiravam os animais de seus habitats naturais e os levavam para outros


lugares, geralmente, com resultados inesperados. Os mangustos levados para as Índias
Ocidentais para destruir os ratos também acabaram com muitos animais inofensivos e
queridos, e acabaram se tornando uma praga. Os coelhos e cervos levados para a Nova
Zelândia pelos europeus se transformaram em verdadeiras pestes para a agricultura e
para a silvicultura, já que não havia predadores que pudessem controlá-los.

Além disso, o homem destruiu os habitats e diminuiu a variedade de muitas espécies de


animais com o desenvolvimento da agricultura e das indústrias. Em muitos casos, essa
destruição foi benéfica para o ser humano, mas, em outras, a interferência nas condições
naturais causou prejuízos para o próprio homem. O reconhecimento desse fato levou ao
estudo de métodos de preservação de animais e de seu ambiente natural.

No entanto, apesar de vários esforços de preservação, dezenas de espécies de animais


selvagens desapareceram da terra nos últimos 200 anos, boa parte como resultado direto
da alteração humana de seu habitat ou da caça excessiva. Alguns exemplos são o dodô,
o pombo-passageiro e a vaca-marinha de Steller. Centenas de outras espécies de animais
estão em risco de extinção e o mundo tem se esforçado para salvá-las. Os animais
ameaçados incluem o tigre, a anta-brasileira, a lontra gigante, o condor-da-califórnia, o grou-
americano e várias espécies de baleias.

Inteligência animal
Muitos animais conseguem aprender alguns truques se forem cuidadosamente treinados. Mas essa
habilidade não é um sinal de inteligência. Até as pulgas podem ser treinadas como atrações de circo.
Os símios e macacos têm boa parte da inteligência dos humanos. Os chimpanzés parecem ser os mais
avançados. Podem fazer ferramentas, planejar buscas complicadas a alimentos e até contar. Também
podem se comunicar por meio de símbolos. Por exemplo, podem usar certos gestos para simbolizar
objetos, ações ou estados específicos.
Grandes mamíferos aquáticos, como golfinhos, baleias e leões-marinhos, têm cérebros muito semelhantes
aos dos seres humanos. São capazes de aprender a comunicação simbólica, que pode ser semelhante à
linguagem humana. Por exemplo, os golfinhos parecem reconhecer as diferenças de significado com base
na ordem em que os símbolos são apresentados.
Os mamíferos carnívoros das famílias do gato e do cachorro mostram uma capacidade de aprendizagem
tão boa quanto, ou até melhor que todos os animais, com exceção dos símios, de alguns macacos e dos
grandes mamíferos aquáticos. Leões, tigres e lobos provavelmente conseguem aprender com mais
rapidez do que gatos ou cachorros domesticados.
Os elefantes e os porcos são os melhores solucionadores de problemas entre os animais ungulados (com
dedos providos de cascos).
Os roedores geralmente são bons para encontrar o caminho certo por trajetos complicados.
Aves, como o corvo e o pombo, podem resolver problemas simples de cálculo. Os papagaios conseguem
aprender a falar e a usar as palavras de acordo com o seu significado para nomear e contar objetos.
Os anfíbios e répteis são difíceis de serem testados, mas os jacarés, os crocodilos, as tartarugas e os
lagartos-monitores gigantes podem se igualar aos mamíferos e aves quanto à localização de fontes de
alimento e a algumas outras formas de aprendizagem não-sociais.
O salmão e alguns outros tipos de peixe podem se lembrar de odores por muitos anos. Os tubarões
possuem cérebros tão grandes quanto os de algumas aves e mamíferos. Eles têm sentidos aguçados e são
surpreendentemente espertos para encontrar comida e evitar o perigo.
Os animais invertebrados normalmente parecem aprender bem pouco. Mas alguns têm habilidades
específicas e extraordinárias que envolvem aprendizagem de comunicação, alimento e localização.
Muitos cientistas consideram que os polvos apresentam os cérebros mais complexos de todos os
invertebrados. Eles aprendem rapidamente e têm personalidades distintas.

As baleias e os golfinhos dormem?

Baleias e golfinhos são mamíferos; portanto, em vários aspectos, eles são como os
humanos. Entre outras coisas, eles têm estrutura óssea similar à nossa, sangue quente, e
dão à luz a "bebês". As maiores diferenças entre estes animais e os seres humanos estão
relacionadas aos seus respectivos ambientes. Baleias e golfinhos têm um sistema
respiratório diferente que permite que passem longos períodos de tempo (às vezes 30
minutos ou mais) debaixo d'água, sem inalar oxigênio.

Em terra, os seres humanos e outros mamíferos respiram involuntariamente: Se não


decidirmos respirar ou não, nosso corpo captará o ar automaticamente. Como vivem em
um ambiente submarino, baleias e golfinhos precisam ser respiradores conscientes:
Têm de decidir quando respirar. Conseqüentemente, para respirar precisam ser
conscientes. O problema está aí, já que cérebros de mamíferos precisam entrar em um
estado inconsciente de tempos em tempos para funcionar corretamente (veja Como
funciona o sono para descobrir o porquê).

Os golfinhos têm muito tempo para tirar uma soneca entre suas viagens à superfície do
oceano, claro, mas não é uma opção viável. Quando se é um respirador consciente, é
impossível ficar completamente inconsciente - e se você não acorda a tempo? A solução
para baleias e golfinhos é deixar metade do cérebro dormir enquanto a outra permanece
acordada. Assim, o animal nunca está completamente inconsciente, mas ainda assim
tem o repouso necessário.

Cientistas estudaram este fenômeno em golfinhos, usando a eletroencefalografia. Neste


processo, eletrodos presos à cabeça medem os níveis de eletricidade no cérebro. Os
eletroencefalogramas (EEGs) dos cérebros dos golfinhos mostram que no ciclo do
sono, metade do cérebro do golfinho de fato "desliga" enquanto a outra metade ainda
está ativa. Os pesquisadores observaram que os golfinhos ficam neste estado por
aproximadamente oito horas por dia.

Não sabemos como eles se sentem neste estado de repouso, mas podemos adivinhar. É
provavelmente algo como o estado de semiconsciência que experimentamos quando
começamos a dormir. Ficamos muito próximo da falta de consciência, mas ainda
estamos cientes o bastante do que acontece à nossa volta para acordarmos por completo
se precisarmos.

E onde as baleias e os golfinhos dormem? Eles provavelmente poderiam dormir em


qualquer lugar, mas faz mais sentido se eles dormirem próximos à superfície do oceano
para que possam subir para respirar com mais facilidade. É comum ver os golfinhos
nadando devagar na superfície, com muito pouco movimento. Aparentemente, estes
golfinhos estão em repouso.

Como as arraias matam?


por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Steve Irwin, o famoso "Caçador de Crocodilos",


conhecido por procurar alguns dos animais mais
perigosos que existem e lidar com eles, morreu no dia 4
de setembro de 2006 em um acidente chocante com
uma arraia. Seis semanas depois, uma arraia pulou em
um barco pesqueiro na Flórida e atingiu James
Arraia
Bertakis, de 81 anos, no peito.

As arraias são consideradas criaturas dóceis pela maioria dos especialistas, atacando
apenas em autodefesa. A maioria dos ferimentos causados por arraias nos humanos
ocorre nos tornozelos ou nas panturrilhas, quando alguém acidentalmente pisa em uma
arraia enterrada na areia, fazendo o peixe assustado levantar sua perigosa cauda.
Oficiais acreditam que o incidente na Flórida foi completamente incomum. Nos
primeiros estágios de investigação do acidente de Steve Irwin, alguns especialistas
levantaram a hipótese de que a posição de Irwin (acima do peixe) e do cameraman (na
frente do peixe) poderia ter feito a arraia se sentir ameaçada e atacar em autodefesa.
Outros, disseram que ataques de arraias não provocadas não são incomuns.

As fatalidades relacionadas com arraias (em humanos) são extremamente raras, em


parte porque o veneno da arraia, embora seja extremamente doloroso, não costuma ser
fatal - a não ser que o ataque inicial seja no peito ou na área abdominal. No caso de
Irwin, a farpa perfurou o coração. James Bertakis também foi atingido no peito, e
possivelmente no coração, mas não tentou remover o aguilhão, o que pode ser uma das
razões pelas quais sobreviveu ao ataque.

Agências de notícias relataram que o encontro de Irwin foi com uma arraia-touro
australiana, que deve pesar cerca de 100 kg. Irwin estava mergulhando a cerca de 2
metros abaixo da água, filmando um novo documentário chamado "Ocean's Deadliest"
(Os mais fatais do oceano), na costa da Austrália. Ele estava nadando com uma das
maiores espécies de arraias (as arraias-touro australianas podem ter até 1,2 metros de
largura e 2,4 metros de comprimento), mas todas as arraias usam o mesmo mecanismo
de ataque, independentemente do tamanho. Esse mecanismo se chama aguilhão, com
até 20 centímetros de comprimento em uma arraia-touro, localizado perto da base da
cauda. O aguilhão tem um espinho com os lados serrilhados, ou farpas, voltados para o
corpo do peixe. Existe uma glândula de veneno na base do espinho e um revestimento
parecido com um membrana que cobre todo o mecanismo do aguilhão.
Foto cedida pelo National Marine Fisheries Service da NOAA
Arraia-touro australiana, também conhecida
como arraia-águia do sul, Myliobatis australis

Quando uma arraia ataca, ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa
que faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja
a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente
sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a
pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os
lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida.

O veneno de uma arraia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é
composto pelas enzimas 5-nucleotidase e fosfodiesterase e pelo neurotransmissor
serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse
componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam a morte de tecidos
e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente
pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da arraia e limita a quantidade de danos
que ele pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a
amputação. Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica, porém, a morte
do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados ao redor. Se o
espinho penetra no coração, como parece ter sido o caso de Steve Irwin, os resultados
geralmente são fatais.

Embora o veneno da arraia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do
mecanismo do aguilhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no
corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que
as pontas das farpas ficam voltadas para a arraia. Mesmo que não houvesse veneno,
puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser o suficiente para
causar a morte devido à quantidade de tecidos que são rasgados.

Como e por que os morcegos se penduram de cabeça para baixo o dia todo?
Neste artigo
1.
Introdução

2.
Mais informações

3.
Veja todos os artigos sobre Ciências da vida

Introdução
À noite, os morcegos se lançam no ar e agarram centenas de insetos e outros pequenos
animais. Mas durante o dia, eles praticamente não se movem, passam o tempo
pendurados de cabeça para baixo em um lugar isolado, como no teto de uma caverna, na
parte de baixo de uma ponte ou no interior de uma árvore esburacada.

Há algumas razões diferentes para os morcegos se empoleirarem dessa maneira. Em


primeiro lugar, isso os deixa na posição ideal para alçar vôo. Ao contrário dos pássaros,
os morcegos não conseguem se lançar no ar a partir do chão. Suas asas não produzem
elevação suficiente para alçar vôo sem um impulso inicial e seus membros inferiores
são tão pequenos e pouco desenvolvidos que eles não conseguem correr para acumular a
velocidade necessária para alçar vôo. Em vez disso, eles usam as garras dianteiras para
subir até um lugar alto e se lançam de lá para iniciar o vôo. Dormindo de cabeça para
baixo, em um lugar alto, eles ficam prontos para voar se precisarem escapar do abrigo.

Baleia Azul é o maior animal da terra, chega a medir 30 metros e pesar 135
toneladas.

 Los delfines duermen con un ojo abierto.


 Miles de árboles nacen accidentalmente porque las ardillas no recuerdan dónde
escondieron los frutos.
 Una jirafa se puede limpiar sus propias orejas con la lengua.
 Entre miles de cebras no hay ninguna que tenga rayas iguales.
 Los monos son los únicos animales junto con el humano que pueden reconocerse
ante un espejo.
 Al único animal que le teme y no enfrenta el Rey de la selva es… al Elefante.
 Las hormigas cuando llevan pedazos de hojas o flores a sus nidos, no son para
comer, sino para juntarlas en un montículo y de esa forma se crean hongos que le sirven
de alimento.
 En la parte interna de la ostra se encuentra una sustancia lustrosa llamada NÁCAR.
Cuando un grano de arena penetra, las células del Nácar comienzan a trabajar y cubren
el grano de arena con capas y mas capas, hasta formar una perla.
 Las águilas son las únicas aves que ven a su presa a 6 Km. de distancia y se dejan
caer en picada a 130 Km./h.
O gorila quando tem fome mostra a língua.
Um crocodilo não sabe mostrar a língua.
Os macacos Bonobo possuem uma agitada vida amorosa, fazem amor sem importar-lhes nem
o sexo nem a idade:
um jovem um adulto e vice-versa, fêmea com fêmea , macho com macho ou macho com
fêmea.
É um verdadeiro bacanal.
Um cão tem o olfato 20 vezes mais apurado do que o homem, ainda que sejam superados
pelos porcos.
O maior rebanho bovino do mundo, estimado em quase 200 milhões de cabeças, é o Indiano;
onde este animal é considerado sagrado.
O anfibio mais venenoso é a rã Flecha Venenosa que vive na Colômbia.
As serpentes mais venenosas são as marinhas: a hydrophis e a hudropis.
A Taipan do noroeste da Austrália é a serpente com um dos venenos mais potentes.
O veneno de apenas uma destas serpentes pode matar 125.000 ratos.
A ave mais venenosa, e a única, é o Pitohui encapuchado de Nova Guiné.
O polvo de anéis azuis é o molusco mais mortífero, sua picada pode matar um ser humano.
A aranha da banana, aracnídeo tipicamente brasileiro que tem uma envergadura de mais de 10
cm,
tem o veneno mais forte entre todas as aranhas.
O ornitorrinco e a musaranha(um marsupial parecido com um rato) são os dois únicos
mamíferos venenosos.
Os mosquitos são os animais mais perigosos da terra: ocasionam milhões de mortes ao ano.
A galinha que mais punha ovos era uma Leghorn branca que em 364 dias pôs 371 ovos.
O animal com maior número de tetas é o tenrec comum que tem 29.
O colibrí abelha cubano é a menor ave com apenas 5,7 centímetros.
O menor peixe é o gobio Filipino que mede 7,6 milímetros.
O maior mamífero é a baleia azul que mede aproximadamente 35 m. É também o animal mais
barulhento.
Registra-se até os 188 decibéis e pode ser ouvido por outras baleias até a 1.600 km de
distância.
O maior reptil é o crocodilo marinho que pode chegar a medir até 6 metros de comprimento.
O maior aracnídeo é a tarântula; envergadura de 28 centímetros.
O menor inseto conhecido é a vespa braconidae, mede 0,2 milímetros de comprimento.
O maior peixe é o tubarão baleia, que pode medir até 15 metros de comprimento.
maior molusco é o calamar gigante do Atlântico: 20 metros.
O maior inseto é o escaravelho Goliat da África Equatorial: 110 gramas.
A ave mais alta, mais rápida(70km/h) e maior ave viva é o avestruz.
O animal mais alto é a girafa que mede até 5,9 metros.
As aves voadoras mais altas são os grous.
O maior crustáceo é o caranguejo aranha japonês, envergadura de 4 metros.
O maior anfibio é a salamandra gigante japonesa: 1,5 metros de comprimento.
O maior primata é o gorila que chega a pesar 220 kg.
O menor mamífero é o morcego com nariz de porco: 3,3 centímetros.
A maior raça de cão é o San Bernardo, que pode pesar até 87kg.
A menor raça de cão é o chihuahua, que só pesa 0,45 kg.
As pulgas da neve podem chegar a dar saltos de até 400 vezes sua altura.
A longevidade dos elefantes é de até 90 anos, a das tartarugas gigantes de 150.
A orca em liberdade vive ao redor de 80 anos mas em cativeiro não supera os 10 anos.
O guepardo é o mamífero mais rápido em curtas distâncias, 105 Km/h.
As maiores e complexas moradias de insetos são as das abelhas da espécie partamona com até
12 m de altura.
Foto cedida Museu de História Natural de Georgia
Um grande morcego marrom se prepara para se lançar de uma
árvore. O grande morcego marrom é uma das espécies mais
comuns de morcegos na América do Norte e do Sul. Eles se
empoleiram em grandes colônias, muitas vezes em sótãos,
celeiros e outras estruturas feitas pelo homem.

Ficar pendurado de cabeça para baixo também é uma ótima maneira de se esconder do
perigo. Durante as horas em que a maioria dos predadores está atuando (principalmente
pássaros predadores), os morcegos se reúnem em um lugar onde poucos animais
pensariam em olhar e que muitos deles não conseguem alcançar. Isso permite que eles
desapareçam do mundo até que a noite chegue de novo. Também existe pouca
competição para conseguir esses locais de abrigo, já que outros animais voadores não
têm a habilidade de se pendurar de cabeça para baixo.

Os morcegos possuem uma adaptação fisiológica única que os permite se pendurar


dessa maneira sem fazer nenhum esforço. Se você quer apertar um objeto, precisa
contrair vários músculos em seu braço, que estão ligados ao seus dedos pelos tendões.
Quando um músculo se contrai, ele puxa um tendão, que faz um de seus dedos fechar.
As garras de um morcego se fecham da mesma maneira, mas seus tendões estão ligados
apenas à parte de cima do corpo, e não a um músculo. Para se pendurar de cabeça para
baixo, um morcego voa até essa posição, abre suas garras com outros músculos e
encontra uma superfície para agarrar. Para fazer com que as garras se prendam a uma
superfície, o morcego simplesmente relaxa o corpo. O peso da parte superior do corpo
puxa para baixo os tendões ligados às garras, fazendo com que elas agarrem. As
articulações das garras travam nessa posição, e o peso do morcego as mantém fechadas.

Como conseqüência, o morcego não precisa fazer nada para ficar pendurado de cabeça
para baixo. Ele só precisa fazer algum esforço para se soltar, flexionando os músculos
que fazem com que suas garras abram. Como as garras permanecem fechadas quando o
morcego está relaxado, um morcego que morre enquanto está empoleirado irá continuar
de cabeça para baixo até que alguma coisa (outro morcego, por exemplo) o solte.

Como é o comportamento de uma matilha de lobos?


por Cristen Conger - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Neste artigo
1.
Introdução a Como é o comportamento de um matilha de lobos?

2.
Comportamento da matilha

3.
Mais informações

4.
Veja todos os artigos sobre Ciências da vida

Introdução a Como é o comportamento


de um matilha de lobos?
Os lobos costumam viver em grupos organizados
hierarquicamente. A natureza das matilhas de lobos está
mais relacionada à ordem do que com a ferocidade. A
complexa dinâmica da matilha de lobos se assemelha mais
à de uma turma de adolescentes que a um grupo de animais
selvagens. É claro, eles ainda espreitam a presa, como alces comportamento dos
(em inglês) ou coelhos (em inglês) e travam lutas ferozes lobos
uns com os outros, mas você vai descobrir que esses
caninos obedecem a uma hierarquia de grupo incrivelmente
sofisticada.
Os lobos se organizam naturalmente em matilhas para manter a estabilidade e ajudar na
caçada. As matilhas são geralmente grupos de três a sete lobos liderados por um macho
alfa e uma fêmea alfa - ou casal alfa [fonte: Busch]. A partir daí, os filhotes do casal e
possivelmente lobos mais jovens sem parentesco compõem o resto da matilha.

©iStockphoto.com/Andy Gehring
Um por todos e todos por um

O líder da matilha não é necessariamente o macho alfa [fonte: Busch (em inglês)]. A
fêmea alfa pode liderar em certos grupos, uma vez que a classificação dos lobos se
baseia na força e na capacidade de ganhar lutas. Embora outros lobos dentro da matilha
possam copular quando as presas são abundantes, o casal alfa normalmente é o único a
se acasalar. Várias lobas na mesma matilha podem, no entanto, causar problemas
porque lutam umas com as outras com mais freqüência do que os machos [fonte: Busch
(em inglês)].

O lobo beta vem a seguir. Eles atuam como o segundo em comando, tomando posse
caso o macho alfa morra e possivelmente acasalando também com a fêmea alfa. Quando
um alfa fica fraco ou muito velho para liderar a matilha de maneira eficaz, o lobo beta
pode desafiá-lo para uma briga, depois da qual o vencedor assume o comando.

No degrau inferior da escada, está o lobo ômega, que é o mais fraco e com o qual a
matilha menos se preocupa. Aviltado por outros membros, o lobo ômega recebe a
violência da agressão no mundo dos lobos, particularmente durante brigas entre
matilhas [fonte: Busch]. Às vezes, esse antagonismo culmina no ponto em que o lobo
ômega deixa a matilha e parte para viver isolado do grupo. Mas o lobo ômega também
instiga a brincadeira entre os lobos para aliviar as tensões.

Nesse ambiente de lei do cão (ou lei do lobo), qual é o comportamento que prevalece?
Eles se odeiam ou simplesmente têm uma maneira diferente de demonstrar afeição?
Descubra a resposta na próxima página.
Comportamento da matilha
A lealdade e a devoção ao grupo mantém os lobos (em inglês) juntos como uma
unidade, apesar da escassez de presas ou da violência. Por exemplo, enquanto os lobos
alfa lideram, asseguram que todos os filhotes tenham seu suprimento de alimento antes
que os outros ataquem.

Os lobos exibem sinais visíveis da força por meio de uma linguagem corporal singular.
É possível dizer a posição do lobo na hierarquia da matilha simplesmente observando
sua postura. Os lobos alfa se mantêm mais eretos com as caudas mais elevadas,
enquanto os de grau inferior inclinam a cabeça em direção ao solo.

Até mesmo na hora de fazerem suas necessidades, essa diferença fica evidente. Um lobo
ômega urina em posição agachada. Os machos alfa, por outro lado, urinam em pé com a
perna levantada. Se um lobo dominante se aproxima de um mais submisso, este pode
abaixar as orelhas, colocar a cauda entre as pernas ou mostrar sua garganta ou virilha
para demonstrar subserviência. Ao saudar um membro dominante, o lobo de classe
inferior pode lamber o focinho do outro.

Os lobos também são intensamente territoriais. O território de uma matilha pode incluir
centenas de quilômetros quadrados e invadir outro domínio podem iniciar uma
confrontação bastante hostil [fonte: Mech and Boitani]. Como os lobos sabem onde seu
território começa e onde termina? Seguindo seu olfato. Os lobos detectam cheiros 10
vezes melhor que cães domesticados e 100 vezes melhor que seres humanos [fonte:
Discovery Channel]. Duzentos milhões de células nervosas olfativas dentro de seus
focinhos detectam informações precisas sobre a origem dos cheiros e por quanto tempo
estiveram lá [fonte: Discovery Channel].

Os lobos sinalizam com o cheiro urinando em alvos sobre o solo, como um tronco de
árvore por exemplo. Isso indica aos intrusos que estão cruzando fronteiras e fornece aos
lobos postos de sinais olfativos para ajudar a navegação. Defecar também libera
hormônios e deixa indicadores visuais de território. Além disso, os lobos arranham as
áreas marcadas para adicionar outra camada de cheiro [fonte: Mech and Boitani].

Com tudo isso, não é de admirar que matilhas de lobos por todo o mundo tenham
sobrevivido e continuado juntas por milhares de anos. Para aprender mais sobre lobos e
outros animais, visite os links na próxima página.

http://www.youtube.com/watch?v=lKwx8Lhqovg

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