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miguel bruno
hawa diawara
eliane araújo
anna carolina reis
mário rubens*
1
A escolha por esta definição deve-se a sua abrangência e à consideração da iniciativa pioneira de
Braga em sua tese: Temporalidade da riqueza: teoria da dinâmica e financeirização do capitalismo.
O processo de financeirização
se manifesta por uma defasa-
Parte do conceito de capital
gem, crescente e recorrente,
financeiro de Hilferding (1963)
entre o valor dos papéis que
BRAGA (1998) para compreender como os
representam a riqueza, o valor
agentes econômicos monetizam
dos bens e serviços e as ba-
a riqueza financeira.
ses técnico-produtivas de uma
sociedade.
110 60,0%
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0,0%
Fonte: IBGE e Marquetti (1998).
da.
80,0%Observe-se que apenas a partir de 2004 é que a parcela destinada à FBCF 3
interrompe sua trajetória de queda, voltando a crescer em 2006, o que explica a
Índice dos valores (jan/1991=100)
70,0%
melhor performance do crescimento econômico dos últimos três anos. Este fato 3
reforça
60,0% a hipótese de que o regime de acumulação brasileiro teria assumido um 2
padrão típico de finance-led growth, em que as decisões de investimento são
50,0%
“comandadas”, prioritariamente, pela norma de rentabilidade real ofertada pelos 2
mercados
40,0% financeiros. 1
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Fonte: IBGE, IPEADATA (2009) e Marquetti (2003).
Nota: A taxa de financeirização corresponde à proporção entre o estoque total de ativos financeiros (AF) e o
estoque total de capital fixo produtivo (Kprod).
400 8
ção é200
que ela expressa, no plano macroeconômico, a arbitragem entre a alocação 4
diretamente produtiva da poupança empresarial e sua alocação financeira. Conse‑
150 3
quentemente, a proporção não investida do lucro macroeconômico corresponde às
frações
100 consumidas e alocadas em ativos financeiros por firmas e detentores de 2
capital.
50 1
No Gráfico 2 pode-se constatar também que a taxa de financeirização evolui
em correlação
0 positiva com a parcela do lucro médio não investida produtivamen‑0
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Taxa de acumulação de capital fixo produtivo (à esq.) Taxa de lucro bruto empresarial (à esq.) 737
Revista de Economia Política 31 (5), Edição especial 2011
Rentabilidade financeira (à esq.) Taxa de utilização da capacidade (à dir.)
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crescimento
80 da taxa de financeirização, a parcela não investida declina, pois a 40,0
FBCF voltou
70
a crescer nesses anos.
30,0
d) Declínio
60 tendencial e estagnação da participação do estoque de capital fixo
produtivo
50 no estoque fixo total 20,0
A participação
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das máquinas e equipamentos declina tendencialmente desde 10,0
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1976, de acordo com o Gráfico 3. Uma expressão do esgotamento e crise do regime
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0,0
de acumulação responsável pelo “milagre econômico” brasileiro. As construções
não residenciais, que incluem o estoque de capital fixo correspondente às infraes‑
truturas, aumentaram sua participação até 1994; desde então se observa estagnação
relativa desse indicador, com nítida queda de participação a partir de 2004.
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Gráfico 4: Estoque da dívida pública interna e fator acumulado da Selic real (1991-2009)
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Fonte: IBGE e IPEADATA (2009).
Destaque-se com base nos dados do COSIF-BCB (2009) que a renda de títulos
e valores imobiliários responde por mais de 84% da receita operacional total des‑
se setor, enquanto as operações de crédito ao consumo e ao investimento produti‑
vo representam apenasde10%.
Taxa de acumulação Essa
capital fixo alta
produtivo participação
(à esq.) dalucro
Taxa de renda com títulos
bruto empresarial (à esq.) e valores
160
diretamente beneficiados pelo processo de financeirização da economia brasileira. 108
140
Nessas condições é compreensível que o autofinanciamento seja uma prática recor‑ 106
rente das empresas brasileiras, sobretudo as que não têm acesso às melhores linhas
120
104
2
de100crédito ofertadas pelos bancos públicos.
102
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A formação
60
bruta de capital fixo (FBCF) em dois padrões contrastados, mas 100
20 96
A dinâmica do investimento produtivo no Brasil permaneceu nitidamente cí‑
clica
0 até 2003, minando as bases para um crescimento econômico forte e sustentá‑
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vel (Gráfico 5). A partir de 2004, a formação bruta de capital fixo entra em uma
trajetória mais regular de expansão, sugerindo a entrada da economia brasileira
em um novo regime de crescimento.
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Fonte: IPEADATA (2009).
e a participação
Pressão para a elevação
•
das taxas de juros da renda financeira no PIB, para detectar osporefeitos
consumidos Aumento da da financeiriza‑
preferência
ativos líquidos e fuga
•
ção. Desestímulo
Por simplificação,
• às operações e porque Renda financeira como base da
é difícil
revalorização encontrar os mesmos
dos capitais dados para o Brasil,
das imobilizações
de crédito Forte demanda pela renda
será utilizado como indicador sintético para essas duas últimas variáveis explicativas
•
de juros
Renda Engajamento em operações
a razão entre o típicas
financeira fator acumulado
de instituições financeirasda taxa Selic real e o estoque de capital fixo produ‑
Pressão para a manutenção
de superávits fiscais
•
tivo.SETOR
Acredita-se
PRODUTIVOque esse seja um bom indicador de como aelevados renda
públicos
financeira pode
e corte dos gasto
o queSETORa financeirização
PÚBLICO induz, uma vez que esse processo se reproduz Aumento pela existência
da flexibilidade
quantitativa e salarial
•
de um Perda
• leque
de autonomiaamplo
da de alternativas de revalorização dos capitais Aumento na circulação mo‑
da precariedade •
das relações de trabalho
da política Em termos keynesianos, a financeirização exacerba a preferência
política econômica,
netária e financeira.
particularmente
Despesas monetária Elevação da carga tributária sobre os assalariados Terceirização •
pela Disciplina
de juros liquidez
• fiscal
dos detentores de capital, elevando a taxa de retorno dos projetos de
investimento
Contenção dos gastos
• nas atividades produtivas. E por essa razão, esse processo desloca a
sociais
rentabilidade média de referência do setor produtivo para o setor financeiro. Portan‑
Aumento do endividamento familiar
to, o modelo aqui testado coloca a taxa de acumulação de capital (G) como uma
função da taxa de lucro empresarial (R), da rentabilidade financeira (F) e do nível
de utilização da capacidade instalada (U). O Gráfico 6 permite uma visualização do
comportamento dessas séries, sugerindo a existência de relações estruturais entre
lucro, acumulação de capital e renda financeira.
Taxa de acumulação de capital fixo produtivo (à esq.) Taxa de lucro bruto empresarial (à esq.)
Rentabilidade financeira (à esq.) Taxa de utilização da capacidade (à dir.)
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Fonte: Cálculos próprios a partir das séries do IPEADATA.
Nota: Variáveis dessazonalizadas e em índices dos valores.
2
Destaque-se que esse período caracterizou-se por grande volatilidade dos fluxos de capitais e pela
instabilidade macroeconômica provocada por uma sucessão de crises financeiras (México, 1995; Ásia,
1997; Rússia, 1998; e Brasil, 1999).
3
Entre as razões para a recuperação da taxa de lucro empresarial encontram-se a elevação da demanda
externa pelas commodities brasileiras e a melhora das condições de mercado interno de consumo.
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50
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54
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60
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Taxa de acumulação
Corresponde à razão entre a formação bruta de capital fixo (FBCF) e o esto-
de capital fixo IPEADATA
que de capital fixo produtivo (Kprod) disponível à economia brasileira.
produtivo (G)
É a razão entre o fator acumulado da taxa Selic real e o estoque de capital fi-
xo produtivo (Kprod). Expressa a rentabilidade financeira, com base na renda
Proxy da de juros capitalizada. Quanto maior sua magnitude, relativamente ao volume BCB e
rentabilidade de capital imobilizado em máquinas e equipamentos pelas empresas, menor
IPEADATA
financeira (F) seria o estímulo para ampliarem esse volume ou aumentarem a taxa de uti-
lização da capacidade produtiva instalada. Caso em que seria melhor aplicar
suas receitas em ativos financeiros.
Nível de utilização da
Correspondem às séries dessazonalizadas produzidas pela Confederação
capacidade produtiva IPEADATA
Nacional da Indústria (CNI).
instalada (U)
Proporção
É estimada pela razão entre FBCF e a massa de lucro. É uma proxy da
investida do lucro IBGE
poupança empresarial que foi alocada em investimento produtivo.
macroeconômico