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Perry
Numa terça-feira, dia 3 de fevereiro de 1970, os estudantes compareceram para algo que
seria mais um serviço regular de capelania. O deão da academia estava escalado para
pregar naquele dia, mas ele anunciou que sentiu que Deus o estava orientando a não
pregar. Disse que Deus estava tocando seu coração para dar oportunidade para os
estudantes testemunharem de Cristo. Este tipo de reunião não era novidade para os
estudantes de Asbury. Enquanto o deão Reynolds esperava, alguns estudantes (de 12 a 20)
se levantaram e testemunharam de Cristo.
Por uns vinte minutos, aquela foi uma reunião comum. Cada pessoa que testemunhou de
Cristo contou algo que Deus fizera por ela no passado, mas nenhuma experiência recente
foi compartilhada. Quando a reunião já estava pela metade, Deus entrou para participar! Um
garoto se levantou e anunciou Jesus Cristo como seu novo Senhor e Salvador. Ninguém
esperava que este garoto fosse dar um testemunho. Ele era conhecido por muitas coisas,
menos por sua vida espiritual, pois por várias vezes quase foi expulso da escola.
Ele saltou sobre seus pés e disse que até três noites atrás não sabia por que havia ido para
aquela escola, quando então encontrou alguns garotos em seu quarto falando a respeito de
religião, Deus e Jesus. Pela primeira vez Jesus falou ao seu coração e ele o convidou a
entrar em sua vida. Ele continuou a testemunhar sobre quão gloriosos haviam sido os
últimos três dias de sua vida.
Assim que o nome de Jesus foi glorificado, Deus simplesmente entrou na reunião! Não um
atributo de Deus! Não uma bênção de Deus! Mas o próprio Deus – o altíssimo Deus!
Imediatamente uma multidão de estudantes levantou-se para compartilhar o modo como
estavam experimentando a mesma vitória em Jesus. E assim foi, um estudante após o
outro.
Por volta de dez minutos, antes de o sinal soar para o final da capelania e retorno às
classes, um dos professores sentindo que Deus realmente estava ali foi até a plataforma e
fez um simples apelo. Ele disse que percebeu que num determinado momento o Espírito
Santo havia enchido o auditório, e que talvez alguns estudantes precisavam convidar Jesus
a entrar em seus corações.
Ele pediu para que os estudantes curvassem suas cabeças e sem nenhum hino ou oração
para reforçar o convite, em menos de dois minutos mais de duzentos estudantes deixaram
seus assentos e foram ao altar! Assim que se ajoelharam e se reconciliaram com Deus,
vários destes estudantes subiram na plataforma e espontaneamente começaram a
testemunhar e confessar pecados publicamente. Ambos os corredores laterais do auditório
estavam repletos de pessoas aguardando sua vez de compartilhar aquilo que Deus havia
feito por elas. Compartilharam não apenas o que Deus fizera há cinco anos atrás ou até
mesmo cinco meses atrás, mas falaram de como Jesus lhes era real naquele exato
momento.
Este serviço de capelania, que deveria durar cinqüenta minutos, continuou assim por cento
e oitenta e cinco horas consecutivas. Sete dias e sete noites sem intervalo havia pessoas
naquele auditório. Até à meia-noite, centenas de pessoas adoravam a Deus, nestes
serviços de capelania sem horários e sem escalas. Durante todo o dia, como as aulas foram
interrompidas, o auditório continuou sempre lotado. Nas primeiras horas da madrugada,
centenas de pessoas estavam ainda aguardando para testemunhar enquanto outras
continuavam a compartilhar da plataforma.
Quando as notícias sobre o avivamento começaram a ser espalhadas pelo rádio, televisão e
jornais, outras pessoas além dos estudantes começaram a vir. Pessoas da vila de Wilmore
e outras partes do Kentucky visitaram as reuniões. Muitas pessoas vieram de carro ou de
avião de vários estados diferentes e também do Canadá para fazer parte daquilo que Deus
estava fazendo.
Parecia que os corações de todos que ouviam esta história passavam a clamar: “Senhor,
faça isto novamente”. Os estudantes simplesmente contaram aquilo que Deus estava
fazendo e as pessoas abriram seus corações para ele, e ele o fazia novamente.
No sábado, dia 7 de fevereiro, tantos estudantes estavam viajando, que alguns pensaram
que não havia suficiente número de pessoas no campus para continuar o avivamento. Mas
Deus trouxe pessoas de fora e o auditório ficou repleto no sábado e no domingo. Não
apenas estava cheio, mas domingo se tornaria mais um marco para este despertamento. O
pastor da maior igreja da localidade confessou que não estava amando suas ovelhas como
deveria e sua esposa contou sobre o avivamento que haviam experimentado na casa
pastoral.
Então, o presidente, o Dr. Kinlaw, disse que havia pelo menos cem pessoas que estavam
precisando dirigir-se até o altar para reconciliar-se com Deus. Imediatamente, mais ou
menos este número de pessoas se ajoelhou diante de Deus.
Este avivamento continuou por cinqüenta dias consecutivos. Novamente, nada era
planejado, não havia pregação e os cultos não tinham escalas ou horários fixados. As
pessoas se sentavam e durante horas ouviam um após outro testemunhando a respeito de
Jesus e confessando seus pecados.
O Dr. Kinlaw foi questionado pelos repórteres a respeito do que estava acontecendo. Um
dos repórteres perguntou: “Dr. Kinlaw, esta escola não teve em sua história outros
avivamentos como este?”
E o repórter perguntou: “Bem, como foi que este começou? Alguns de seus estudantes
acharam que havia muito tempo que isto não acontecia e decidiram juntos ter outro?”
Dr. Kinlaw respondeu: “Não. Eles estavam buscando um avivamento ano após ano depois
do último que tivemos. Mas desta vez foi o próprio Deus que entrou em pessoa!”